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SUMÁRIO

1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS ........................ 4


2. RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS ................................................... 6
3. DOMINIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL .......................................................................... 6
16. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................... 20

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1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que


realmente está escrito nele. Já a interpretação de texto imagina o que as ideias do texto
têm a ver com a realidade. O leitor faz uma análise subjetiva do texto.

1.1 Compreensão de textos

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que


realmente está escrito nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o autor quis dizer,
ou seja, todas as informações devem estar presente no texto

Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
compreensão do texto:

 Segundo o autor….

 Segundo o texto….

 O texto informa que….

 De acordo com o autor….

 De acordo com o texto….

Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar claras no texto, ou
seja, você deve compreender o texto para tirar as conclusões.

1.2 Interpretação de textos

A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade.

O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer).

As informações não estão escritas claramente no texto, elas estão fora do texto, mas
tem ligação com ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias
que foram escritas no texto.

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Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum
conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve
fazer uma análise pessoal e crítica para ter uma conclusão mais completa.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
interpretação do texto:

 Conforme o texto, podemos concluir…

 Pela leitura do texto é possível perceber…

 É possível inferir que através….

 O texto permitem levantar a hipótese de que…..

 Conclui-se do texto que…

 O texto encaminha o leitor para…

Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler
atentamente todo o texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do
que está escrito.

 Grife as partes que você ache mais importante.

Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).

Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação
de alguma ideia.

E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um
sentido completamente diferente em um texto.

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2. RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

3. DOMINIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL

O novo acordo ortográfico de 1990, que entrou em vigor a partir de 2009, mas que
se tornou obrigatório somente a partir de 2016 introduziu várias mudanças nas regras
gramaticais como:

3.1 Alfabeto

As letras K, W e Y se tornaram oficiais em nosso alfabeto.

Nosso alfabeto é composto por:

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.

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Sendo:

Vogais: A, E, I, O, U

Consoantes: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z.

As letras K, W e Y são usadas em nomes próprios, nomes estrangeiros e seus derivados


portugueses como Nova York e em abreviaturas de símbolos internacionais como km
(quilômetro).

Consoantes C, P, B, G, M e T:

Ficam consideradas neste caso as particularidades da pronúncia conforme o espaço


geográfico.

A grafia permanece se for pronunciada e se não for pronunciada ela é retirada.

Pronunciada

Compacto, ficção, aptidão e etc…

Não pronunciadas

Acção, direcção, exacto e etc…

3.2 Trema

Não se usa mais, com exceção em nomes próprios estrangeiros e derivados, como em
Bündchen, por exemplo.

3.3 Acentos

 Acento diferencial

O acento diferencial em palavras homógrafas não é mais empregado. Exceto das


palavras pôr e por, pôde e pode.

Palavras homógrafas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia


semelhantes, mas com significados diferentes.

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Exemplo:

PARAR

VERBO

Antes Agora

Pára Para

PREPOSIÇÃO

Antes Agora

Para Para

O acento diferencial é empregado em situações em que há a distinção de tempo


verbal e singular e plural de verbos.

 Ele mantém / Eles mantêm;

 Ele convém / Eles convêm;

 Ele tem / Eles têm;

 Ele contém / Eles contêm;

 Acento diferencial facultativo

A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito


perfeito do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser
facultativa. Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Exemplo: palavras com acento facultativo, como demos e dêmos, cantamos e


cantámos, estudamos e estudámos.

 Acentuação dos ditongos abertos ei e oi

Nas palavras paroxítonas, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados.

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Ditongos oi e ei sem acento:

ANTES AGORA

Andróide Androide

idéia ideia

Alcatéia Alcateia

Jibóia Jiboia

Geléia Geleia

Estréia Estreia

Platéia Plateia

 Oxítonas com ditongo aberto eu, oi e ei continuam acentuadas

ANTES AGORA

Chapéu Chapéu

Herói Herói

 Acentuação dos ditongos oo e ee

Não se usa mais acento em palavras iguais com -E e -O aberto e fechado.

Exemplos: mêdo e medo, almôço e almoço.

Por causa disso que o acento também não é mais empregado em palavras
paroxítonas terminadas em “êem” nem em palavras com o hiato “oo”.

Exemplos: Enjoo, leem, voo, abençoo

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 Não se acentuam os verbos e substantivos terminados em -eem e -oo(s).

Exemplo: Eles veem (verbo ver) / Voos.

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.

 Não são acentuados os hiatos -ee, -oo.

Exemplo: leem, voo.

Exemplos de ditongos -oo e -ee sem acento: deem; leem; veem; voo; enjoo.

 Acentuação da vogal “i” e “u” antes de ditongos

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u


quandoaparecem após ditongos.

Não se acentua mais o I e o U tônicos, precedidos de ditongos. (outra maneira que


épedido esta condição de acentuação);

 Vogal i e u sem acento:

Exemplo: baiuca; feiura.

 São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s),


-em, - ens.

Exemplo: Sabiá, aliás, café, jacaré, retrós, avó, Amém, também.

3.4 Dupla grafia

Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a


pronúncia.

Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do


acentocircunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.

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Palavras com dupla grafia

Gênero Género

Bebê Bebé

Purê Puré

Antônimo Antónimos

Sinônimo Sinónimo

Todas as palavras proparoxítonas recebem acento.

Exemplo: matemática.

3.5 Hífen

As principais são:

 Quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo


elemento emprega-se o hífen:

Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório ou contra-ataque.

 Se o prefixo for -CO mesmo que o segundo elemento começar com -O não
se usa o hífen:

Exemplo: coordenar ou cooperar.

 Se o prefixo for -CO e o segundo termo começar com a letra -H, ele perde
o –H

ANTES AGORA

Co-habitante Coabitante

 Caso seja vogais diferentes não se usa o hífen.

Exemplo: sobreaviso, autoestima, autoescola, semiárido.


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 Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento
começar com as letras -r ou -s. Caso isto aconteça se deve duplicar o -r ou -s.

Exemplo: antissocial, ultrassom, autorretrato, autossustentável ou contrassenso.

 Usa-se hífen em palavras cujo prefixo termina com a mesma consoante


que começa o segundo termo.

Exemplo: inter-racial, hiper-requisitado.

 Prefixos inter, super e hiper, continua com hífen se o segundo elemento


começar com r

Exemplo: inter-regional.

 Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar
uma unidade.

Exemplo: mandachuva, paraquedas.

 Emprega-se hífen em palavras onde o segundo termo começa com a letra


-h

Exemplo: super-homem, anti-higiênico.

 Se os prefixos sob ou sub for seguido de uma palavra iniciada por -b, -h
ou -r, deve-se empregar o hífen.

Exemplo: Sub-base, sub-região, sub-reino, sub-reitor, sub-rotina, sub-humano, sob-


roda.

 Não se emprega hífen em palavras cujo prefixo é RE e o segundo termo


começa com a letra E

ANTES AGORA

Re-editar Reeditar

Re-eleição Reeleição

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 Palavras com prefixo PARA- emprega-se o hífen.

Exemplos: para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios.

ATENÇÃO: Paraquedas e seus derivados não se usa o hífen, pois no novo


acordo ortográfico foi dito que perdeu sua noção de composição.

Exemplo: paraquedas, paraquedismo, paraquedista.

3.6 Emprego das letras

-E ou -I

 Em verbos terminados em -uar, -air e -oar

Exemplo: perdoar – perdoem.

 Em verbos terminados em -ir no presente do indicativo

Exemplo: partir - partes.

 Em ditongos nasais -ãe(s) e -õe(s)

Exemplo: aldeães e vilões.

 Em palavras com prefixo ante, indicando anterioridade.

Exemplo: antebraço.

 Verbos no presente do indicativo terminados em uir, oer ou air

Exemplo: possuir – possui.

 Em palavras de prefixo anti, indicando contrariedade

Exemplo: Antiácido.

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-C

 Em vocábulos de origem indígena, africana ou árabe

Exemplo: cipó e cacique.

 Em palavras derivadas de vocábulos terminados em -te/-to

Exemplo: marte – marcial, marciano.

 Sempre depois de ditongos

Exemplo : foice.

 Com as terminações -ecer e -encer

Exemplo: entardecer.

 Palavras escritas com -C

Exemplo: Solicitação, Obcecado, conciliar, nocivo, acionamento, vicitude.

 Nunca usado antes de -E e -I e sempre antes de -A, -O e -U.

Exemplo: Açai, Moçambique, muçulmano.

 Em sufixo -guaçu e -açu

Exemplo: Paraguaçu.

 Substantivos derivados do verbo ter

Exemplo: detenção - deter.

 Depois de ditongo

Exemplo: louça.

 Palavras com -Ç

Exemplo: Aquisição, expedição, abolição, cansaço, esvoaçante, injeção, miçanga,


percepção

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-S

 Sufixos ês, esa e isa, para formar nacionalidade e títulos ou profissões.

Exemplo: Chinês e chinesa. Francês e francesa, burguês e burguesa.

 Palavras derivadas com -S.

Exemplo: analisar – análise, pesquisar – pesquisa, aviso – avisar, subsídio – subsidiar,


adesão – aderir.

 Sufixos oso e osa na formação de adjetivos

Exemplo: delicioso, gasoso, pretencioso.

 Após ditongo

Exemplo: maisena.

 Nas formas dos verbos pôr, querer e seus compostos.

Exemplo: puser, repusesse, quis, quisemos.

 Palavras escritas com -S

Exemplo: empresa, aquisição, previsão, misto, pretensão, cansaço, clausura,


paralisado, estende, excursão.

-SC

Pode ser dígrafo (um som) ou um encontro consonantal (dois sons).

 Dígrafo: descida e discípulo;

 Encontro consonantal: descoberta e descanso;

 Usa-se em termos eruditos: acréscimo e plebiscito.

 Palavras com -SC

Exemplo:piscina, florescer, imprescindível, condescendente, descentralizar.

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-SÇ

 Usa-se na conjugação de alguns verbos:

Exemplo: Nascer – nasço...

-SS

 Emprego do dígrafo -SS

Nos substantivos derivados de verbos, como primir, meter, mitir, cutir, ceder, gredir

Exemplo: Agredir – agressão, conceder – concessão.

 Palavras escritas com -SS

Exemplo: míssil, ressaltar, excessivo.

-H

 Tradição

Exemplo: Homem e honra.

 Final de algumas interjeições

Exemplo: Ah!, oh! ou hein?

 Tradição de escrita

Exemplo: Hábito.

 Para compor os dígrafos -ch, -nh e -lh

Exemplo: marcha.

-Z

 Sufixos -ez e -eza, derivados de adjetivos ou formar substantivos


abstratos

Exemplo: rico – riqueza, miúdo – miudeza, rígido – rigidez, ironia – ironizar, belo –
beleza, triste – tristeza, social – socializar.

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 Derivada de palavras com -Z

Exemplo: Cruz – cruzada, deslize – deslizar.

 Uso dos sufixos –ar e –izar. -ar se o radical da palavra tem o -S, senão
usa-se o –izar.

Exemplo: análise – analisar, eterno – eternizar, capital – capitalizar, oficial – oficializar.

 Palavras escritas com -Z

Exemplo: Audaz, alteza, raiz, esquizofrenia, realizar, xadrez, abalizado, especializado,


giz.

-X ou -CHX

Após ditongo

Exemplo: peixe.

 Palavras que iniciam com -en (exceções: encher, encharcar, enchumaçar,


enchiqueirar e seus derivados).

Exemplo: enxaqueca, enxergar, enxugar, enxame, enxurrada, enxoval

 Após -ME (exceção: mecha e seus derivados)

Exemplo: mexer, mexerico.

 Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas


aportuguesadas

Exemplo: Abacaxi, xangô, xavante, xingar, xerife, xampu, orixá, xará, xaxim

 Palavras com x

Exemplo: xícara, laxante, xereta, xarope, execrado, exposição, exceção,expedição,


expediente, xadrez, aconchego, expandir, prolixo, caixa, exumado, excursão.

 Palavras escritas com x e ch

E x e m pl o: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmosignificado).

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-CH

 O dígrafo ch é usado em palavras de origem latina, francesa, espanhola,


italiana, alemã, inglesa, árabe dentre outras:

Exemplos: cheirar, chuva, chassi, chalé, chuchu, apetrecho, trapiche, espadachim,


salsicha, chope, charuto, mochila, cheque, chafariz, piche (origem inglesa), cartucho
(origem francesa e italiana).

 Emprega-se ch depois de -an, -en, -in, -on, -un

Exemplo: anchova, encher, inchar, inchaço, concha, funcho.

 Em sufixos aumentativos ou diminutivos -acho, -achão, -icho, -ucho

Exemplo: riacho, bonachão, rabicho e gorducho.

 Em palavras derivadas do mesmo radical

Exemplo: chinelada (de chinelo), chaveiro (de chave), chamariz (de chamar),
enchente (de encher), pichação (de piche).

 Palavras escritas com -ch

Exemplo: cartucho, espichar, bochecha, chamego, chamuscar, chiqueiro, borracharia,


flecha, ficha, clichês.

 Palavras escritas com x e ch

Exemplo: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmo significado).

-G ou -JG

 Palavras que terminam com -ágio, -égio, -ígio, -ógio e -úgio

Exemplo: refúgio, subterfúgio, litígio, prodígio, egrégio.

 Palavras que terminam com -agem, -igem e –ugem (Exceções: pajem,


rabugem, lajem)

Exemplo: ferrugem, garagem, vertigem.

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 Palavras derivadas de outras que já tem a letra -G

Exemplo: ferrugem – ferrugento, vertigem – vertiginoso .

 Normalmente após a letra R

Exemplo: ergam, érgio, largo, burgo.

 Palavras escritas com g:

Exemplo: lacrimogêneo, indígena, privilegiado, sugestão, algema, gilete, estagiário,


gengiva, hegemonia, giz, estrangeiro.

-J

 Palavras indígenas, africanas, árabe ou exótica

Exemplo: canjica, pajé.

 Derivados dos verbos terminados em jar ou jear

Exemplo: Arranjar – arranjo, viajar – viajo, gorjear – gorjeio.

 Palavras derivadas de outras terminadas em JA ou de outras que possuem


o -J

Exemplo: Loja – lojista, laranja – laranjinha.

 Palavras escritas com J:

Exemplo: Projetar, gorjeta, sarjeta, trajetória, projétil, injeção, jeito

-K, -W e -Y

 Abreviaturas, símbolos, palavras estrangeiras, nomes próprios


estrangeiros

Exemplo: K (potássio), Darwin ou software

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16. QUESTÕES COMENTADAS

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Compreensão e Interpretação de textos

O QUE VIVI AO FICAR PRESO NO ELEVADOR

Por Ton Paulo – 20 novembro 2019

As portas do elevador estacionado no térreo já se fechavam quando, numa


corrida rápida, coloco o braço no rumo do sensor a tempo de fazê-las reabrirem. Entro
ainda ofegante no cubículo vazio, não sem antes soltar um “que sorte!” em voz baixa.

Sou apaixonado por elevadores vazios. O intervalo do térreo até o andar


escolhido é sempre o momento oportuno do dia para dar uma ajeitada no cabelo no
espelho, olhar as mensagens ainda não visualizadas e respirar. Mas não hoje.

O elevador parou no meu andar, o 25º, mas as portas não se abriram. Espero,
estranhando o delay, e nada. Alguns instantes depois, o ventilador de teto para. Era isso:
eu estava preso em um elevador enguiçado.

Desato a tocar o interfone, mas, no lugar de uma voz humana, só recebo uma
luzinha que pisca insistentemente. Do nada, me vem a palavra “claustrofobia” – do latim,
claustro phobos: medo de lugares fechados. Eu não tinha aquilo, mas sentia que meus
pulmões já puxavam o ar de maneira irregular.

Sento, levanto, sento novamente, dou voltas só de meias dentro do cubículo


de metal. Exatos uma hora e cinquenta minutos se passam até que um funcionário abre
a porta, com o elevador já no térreo e me encontra no chão abraçado às minhas pernas.
Ainda um pouco trêmulo e puxando o ar com força, caminho até a recepcionista: “Onde
ficam as escadas mesmo?”

Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/oque-vivi-ao-ficar-


preso-no-elevador-221327/. Acesso em: 20 maio 2023.

1. A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o autor:

(A) Não tentou pedir por socorro, visto que teve uma crise de claustrofobia.

(B) É apaixonado por elevadores vazios porque não gosta de interagir com os
vizinhos.

(C) Foi resgatado quando o elevador estava em seu andar, o 25º.

(D) Machucou o braço ao entrar no elevador.

(E) Permaneceu por quase duas horas preso no elevador.

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GABARITO COMENTADO: No último parágrafo, a partir da leitura do trecho ”Exatos
uma hora e cinquenta minutos se passam até que um funcionário abre a porta”.. . Pode-
se dizer que uma hora e cinquenta minutos são quase duas horas, ou seja, é algo
aproximado. Aproximadamente (quase) duas horas.

Portanto, gabarito (E).

TEXTO 2

Adaptado de: https://www.medicina.ufmg.br/por-que-a-ingestao-deagua-e-essencial-no-


tratamento-de-doencas/. Acesso em: 25 nov. 2022.

2. Assinale a alternativa que evidencia corretamente a função do Texto

(A) Promover o consumo de água inadequado e argumentar sobre como isso pode
melhorar a hidratação.

(B) Instruir sobre o consumo de água para auxiliar a hidratação.

(C) Relatar fatos sobre a água que foram observados em situações de boa hidratação.

(D) Descrever e detalhar as características da água que levam à hidratação.

(E) Estabelecer um paralelo entre consumo de água e hidratação, posicionando-se a


respeito do tema.

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GABARITO COMENTADO: Estamos diante de um texto injuntivo. Onde podemos
encontrar a presença de verbos no imperativo, como “beba”, “deixe” e “coloque.” O
objetivo do texto é instruir e recomendar o consumo de água para auxiliar a hidratação.

Logo, gabarito letra (B).

Tipologias e gêneros textuais

TEXTO 1

Água: recurso mineral de total importância para todos os seres vivos

A água é o mais eficiente solvente do planeta, chamado de solvente universal. Esta


sua característica permite que ela se associe a substâncias diversas, inclusive com aquelas
que podem contaminá-la.

Considerando que a vida na terra se originou na água, os organismos terrestres têm


uma associação direta e de plena dependência com esse composto químico. A água, que
é responsável por cerca de 70% do nosso peso corporal, está relacionada com a regulação
da temperatura corpórea e com a manutenção das atividades vitais. Para o nosso perfeito
equilíbrio orgânico, necessitamos ingerir, pelo menos, 2 litros de água por dia, quantidade
esta necessária para as reações vitais de nossas células e para repor as perdas que
acontecem pela respiração, sudorese, saliva, urina, fezes, dentre outras.

Uma das atividades fisiológicas que pode exemplificar bem a importância e a nossa
dependência da água é a excreção. A excreção é a eliminação, pela urina, dos resíduos
tóxicos que entram ou são produzidos no nosso corpo. Isso acontece porque a água
contida nas células se associa aos compostos tóxicos ali presentes e os eliminam do nosso
corpo, na forma de urina. Caso haja um consumo inadequado de água pelo indivíduo,
haverá, consequentemente, o comprometimento das suas atividades vitais, dentre elas a
da excreção dos resíduos corporais tóxicos, substâncias estas que podem desencadear
intoxicações que levam a sérios problemas à saúde.

Da mesma forma que a água presente em nossas células se associa com as


substâncias tóxicas do nosso organismo, as águas dos rios se associam com os poluentes
que são carreados para dentro de seus leitos. De maneira geral, nas regiões de alta
concentração populacional, os rios recebem uma alta carga de poluentes ao longo do seu
curso, o que deixa as suas águas poluídas por substâncias diversas, muitas delas tóxica
para os seres vivos.

Adaptado de: https://conexaoagua.mpf.mp.br. Acesso em: 22 nov. 2022.

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3. Assinale a alternativa que classifica corretamente o tipo textual
predominante no Texto 1.

(A) Argumentativo.

(B) Expositivo.

(C) Descritivo.

(D) Narrativo.

(E) Injuntivo.

GABARITO COMENTADO: Por meio da estrutura textual e das informações presentes


no texto, podemos concluir que ele se classifica como texto expositivo. Algumas
características dessa tipologia textual:

Totalmente imparcial e neutro, que serve apenas para informar e não trazer a
opinião do autor;

É apenas uma exposição sobre o assunto que será retratado;Um exemplo claro são
as notícias veiculadas no jornal;

Não deve ter interferência de nenhuma opinião do autor e o objetivo é explicar.

Portanto, gabarito letra (B).

O cadeado

Por: Ana Cristina Vieira de Souza (Cris da Rocha)

Um dia o cadeado resolveu não abrir. Como nãoera de boa qualidade, enferrujou.
Tentaram abrir:apertaram, viraram de um lado para o outro, atéque a chave emperrou.
[...] Não se contendo, aoinvés de retirar a chave de dentro do cadeado,apertaram mais e
mais até a chave quebrar e, napressa de abrir o cadeado para entrar, ficaramdo lado de
fora até que se pudesse encontraralguém para cortar o cadeado e dinheiro paracomprar
um novo [...].

Às vezes somos que nem a história simples docadeado, queremos ser mais felizes,
alegres,satisfeitos e gentis com a vida, mas passamosesse tempo repetindo os mesmos
erros,entrando e saindo sempre pela mesma porta,empurrando os mesmos problemas ao
invés detentarmos soluções. [...] Nem sempreconseguimos a coragem suficiente
paradesapegar daquilo que não traz mais alegria deviver e que faz da vida um espetáculo
que nãonos encanta. [...]

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Há um momento, depois detodo o esforço, que o cadeado deve serdescartado com a
chave e tudo. Jogue fora até acorrente que ajuda a trancar o portão e, mesmoque demore,
compre tudo novo e aproveite dasoportunidades que a vida vai te dar. Construatudo com
novas emoções e cuide para que seussentimentos não enferrujem.

Adaptado de: https://psicologiaacessivel.net/2018/04/03/ocadeado/. Acesso em 23


abr. 2021.

4. A partir da leitura do texto, é correto afirmar que

(A) A história do cadeado funciona como uma metáfora para as relações humanas:
quanto mais uma pessoa é “fechada”, mais ela precisa de alguém que possua a chave
correta para “abri-la”

(B) “O cadeado” é um exemplar do gênero textual fábula, pois apresenta uma “moral
da história”: para sermos mais felizes, devemos mudar nossos comportamentos.

(C) A solução para os problemas da vida, assim como para problemas com cadeados,
é não desistir jamais.

(D) Estão presentes sequências linguísticas tanto narrativas quanto injuntivas.

(E) As pessoas não conseguem se desapegar daquilo que faz mal a elas porque não
sabem qual é a “chave” (forma correta) que abre seu “cadeado” (coração).

GABARITO COMENTADO: Estamos diante de um texto injuntivo. Textos com essa


tipologia podem ser encontrados também em manuais de autoajuda, não somente em
receitas e manuais de instrução. A injunção também é vista como um tipo de “conselho”,
servindo para orientar o leitor.

Logo, gabarito letra (D).

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Ortografia Oficial

Texto 2

Superalimentos: o que são e como podem melhorar sua saúde

Cada vez mais as pessoas tem se preocupado em ter uma alimentação saudável. A
busca por saúde e bem-estar está diretamente conectada com o que comemos. Todos os
alimentos possuem propriedades específicas e atuam de formas diferentes no organismo.
Mas existem aqueles que trazem diversos benefícios que ajudam o organismo das mais
diferentes formas, os chamados superalimentos.

O termo superalimento é empregado para designar os ingredientes que são ricos em


nutrientes, sendo muito benéficos ao organismo. Com grande concentração de vitaminas,
proteínas, antioxidantes, fibras e outros, esses alimentos são verdadeiras fontes de
saúde. Para se ter êxito com as vantagens que eles oferecem, é importante incluí-los em
um plano alimentar equilibrado.

Adaptado de: https://blog.tudogostoso.com.br/estilo-devida/alimentacao-


saudavel/superalimentos/. Acesso em: 13 fev. 2022.

5. Assinale a alternativa correta sobre o emprego de hífen no termo “bem-


estar”, do Texto 2.

(A) O emprego está adequado, pois se trata de termo derivado.

(B) O emprego está adequado, pois se trata de termo composto, representado por
duas formas adjetivas.

(C) O emprego está adequado, pois se trata de termo composto sem elemento de
ligação e iniciado por “bem”.

(D) O emprego está inadequado, pois não se emprega hífen em locução adverbial.

(E) O emprego está inadequado, pois só se emprega hífen em termo derivado iniciado
com “h” ou “r”.

GABARITO COMENTADO: Existe uma dica para o uso do Hífen em relação a palavra
“bem”. “O bem não gosta de ninguém”, então você deve separar ele de outras palavras.

Exemplo: Bem-humorado, bem-te-vi, bem-vindo.

Por isso, gabarito letra (C).

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“É impossível vencer alguém que não desiste.”

-Bebe Ruth

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