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COMUNICAÇÃO É

PODER NA ADVOCACIA

PROFESSOR CARLOS ANDRÉ


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NÃO BASTA SER BOM,
É PRECISO SER ÚTIL.
COMUNICAÇÃO
É PODER
CARLOS ANDRÉ
- Advogado e Linguista;

- Professor de Língua Portuguesa e de Redação Jurídica no Instituto Carlos André;

- Professor de Redação Jurídica nas Escolas Superiores da Magistratura e da Advocacia, no Estado de Goiás;

- Professor de Redação Jurídica na Escola Nacional da Advocacia, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
- Membro do grupo técnico responsável pelo Manual de Redação Jurídica – OAB;

- Membro do grupo técnico responsável pela implementação da Linguagem Jurídica Simples no Poder Judiciário
Goiano;
- Presidente da Câmaras Setorial de Educação ACIEG-GO.

- Representante da OAB Nacional no Senado da República no Acordo Ortográfico;

- Conselheiro Decano da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Goiás;

- Presidente da Comissão de Concurso Público;

- Ex-presidente da Comissão de Exame de Ordem da OAB-GO;

- Vice-presidente da Escola Superior de Advocacia da OAB-GO;

- Mestrando em Gramática e Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais

- Mestrando em Linguística pela PUC-GO

- Comentarista de Língua Portuguesa na Rádio CBN Goiânia;

- Articulista de Língua Portuguesa no Jornal O Popular, em Goiás e na Academia Goiana de Letras

- Autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua”, ambos pela editora Kelps;
TRATADO INTERNACIONAL SOBRE
LÍNGUA PORTUGUESA
TRATADO INTERNACIONAL SOBRE
LÍNGUA PORTUGUESA
A LINGUAGEM
SIMPLES
O MOVIMENTO DA LINGUAGEM SIMPLES
O MOVIMENTO DA LINGUAGEM SIMPLES

Lei 12.527/2011

Lei 13.709/2018

PL 6.556/2019
Professor Carlos André
lança livro sobre
Linguagem Simples, em
São Paulo, na maior
feira jurídica da
América Latina.
QUE É LINGUAGEM
SIMPLES?
LINGUAGEM NÃO SIMPLES

O vetusto vernáculo manejado no âmbito


dos excelsos pretórios, inaugurado a partir
da peça ab ovo, contaminando as súplicas do
petitório, não repercute na cognoscência dos
frequentadores do átrio forense.
LINGUAGEM SIMPLES

O vocabulário antigo utilizado atualmente nos


Tribunais, a partir das petições iniciais, além de
dificultar a interpretação dos pedidos dos
interessados, é dificilmente compreendido por
quem atua nos processos.
CARACTERÍSTICAS

Correção – Obediência à gramática

Clareza – Interpretabilidade imediata

Concisão – Redução ao essencial

Coerência - Lógica

Coesão – Organização textual


LINGUAGEM ERUDITA,
PADRÃO E COLOQUIAL?
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

CONTEXTO

CANAL DA COMUNICAÇÃO
EMISSOR RECEPTOR

MENSAGEM

LINGUAGEM
LINGUAGEM

VERBAL

NÃO
LINGUAGEM
VERBAL

MISTA
LÍNGUA

São os sinais comuns


em uma sociedade,
LÍNGUA compreendidos,
portanto, por um
grupo de pessoas.
LÍNGUA
VARIANTES LINGUÍSTICAS
Ex:
ERUDITA
“Ruibarbosiês”

Ex:
LÍNGUA CULTA
Padrão e Jargões

Ex:
COLOQUIAL Regionalismos e
Gírias
O ROUBO DO PATO
-ERUDITO-
Oh, bucéfalo anácrono!...Não o interpelo pelo valor
intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e
bit.ly/CarlosAndre-
sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, fenalaw2022

levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso


por necessidade, transijo; mas se é para zombares da
minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado,
dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua
sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei á
quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

Dotô, rezumino... Eu levo ou dêxo os pato?


O ROUBO DO PATO
-CULTO-

Oh, seu ignorante inoportuno!...Não


chamo sua atenção em razão de quanto
custam os patos, mas sim pelo ato
dissimulado de furtar minha casa, levando
meus patos de maneira escondida.

Se faz isso por necessidade, aceito; mas…


O ROUBO DO PATO
-GÍRICO-
O ROUBO DO PATO
-REGIONALISTA-
NORMA CULTA PADRÃO

•Grafia / acentuação
•Morfossintaxe
•Propriedade vocabular
COESÃO E COERÊNCIA

•Coesão referencial
•Coesão sequencial
•Argumentação
PRINCIPAIS ERROS E DÚVIDAS
GRAMATICAIS
VÍRGULA EM ARTIGOS E PARÁGRAFOS

1. Se a referência obedecer à ordem crescente, não use a vírgula:


Inciso II do parágrafo 2º do art. 5º da Constituição Federal.

2. Se a referência obedecer à ordem decrescente, a vírgula pede


passagem: Constituição Federal, art. 5º, parágrafo 2º, inciso II.
VÍCIOS DE LINGUAGEM
USO DE O "O MESMO"

Nunca use "o mesmo" como elemento de coesão


referencial anafórico para substituir substantivos
USO DE EM NOME DE QUEM E NA PESSOA
DE QUEM

Em nome de quem – Confundido erroneamente com “na pessoa de


quem”, é utilizado quando a pessoa “em nome de quem se
cumprimenta” autoriza. E regra, a utilização dessa expressão não é
recomendável.

Na pessoa de quem – Utilizada com o objetivo de concisão, tem, por


finalidade, cumprimentar alguém e, por meio dessa pessoa
cumprimentada, serem estendidos os cumprimentos às outras. Não há
necessidade de autorização da pessoa cumprimentada. Essa expressão é
a mais recomendável.
USO DE ATRAVÉS E POR MEIO DE

Através - sentido de atravessar


Por meio de - sentido de utilização da coisa ou de
alguém para algo
USO DE INOBSTANTE

Não se recomenda tal verbete, por não ter tradição e,


consequentemente, registro no Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras.
Use “não obstante” ou “nada obstante”.
USO DE VEZ QUE

Não se recomenda tal expressão, por não ter tradição


e, consequentemente, registro no Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia
Brasileira de Letras. Use “porquanto”, “uma vez que”,
“dado que”.
USO DE POSTO QUE

Não se recomenda tal expressão, com valor de causa por


não ter tradição e, consequentemente, registro no
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia
Brasileira de Letras. Use-a como concessão, como sinônimo
de “conquanto”, “ainda que”, “mesmo que”.
Caso queira se utilizar de conjunção com valor de causa, use,
“porquanto”, “uma vez que”, “dado que”.
USO DE AO FIM E AO CABO

Não se recomenda tal expressão, embora seja muito


utilizada. Trata-se de pleonasmo vicioso porquanto os
verbetes “fim” e “cabo” têm o mesmo valor semântico.
Recomenda-se o uso das duas distintamente:
“Ao fim, ...”
“Ao cabo, ...”
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OBRIGADO

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