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Dinâmica e Engª Sísmica

Mestrado em Engenharia Civil | Perfis de Geotecnia e Mecânica Estrutural

FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 1

FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA SÍSMICA GEOTÉCNICA

1. Considere as observações, representadas no Quadro I e nas Figuras 1 e 2, relativas à geologia e


às acelerações superficiais máximas medidas na zona de São Francisco (USA), durante o sismo de
Loma Prieta (1989), o qual teve epicentro a cerca de 100 km a sul de São Francisco.
a) Avalie os valores máximos e mínimos das acelerações superficiais máximas medidos na região
(Figura 1) e discuta os fatores que podem determinar as diferenças observadas;
b) Com a informação fornecida no Quadro I, discuta se a distância ao epicentro do sismo parece
influenciar os valores da aceleração máxima medida;
c) Discuta a importância das características geotécnicas de locais igualmente afastados de um
sismo localizado na zona de Santa Cruz, em particular zonas em redor da Baía de São Francisco,
do ponto de vista do risco sísmico representado na Figura 3.

Quadro I- Acelerações de pico medidas em vários locais durante o sismo de Loma Prieta

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Fig. 1- Acelerações de pico (em g) medidas na zona da Baía de São Francisco no sismo de Loma Prieta
(área maior em cima, com epicentro assinalado, e menor em baixo, com foco mais centrado na Baía
de São Francisco)

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Fig. 2- Geologia da zona da Baía de São Francisco e localização de estações de observação de sismos

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Fig. 3- Mapa de risco sísmico da zona Sul de S. Francisco para um sismo gerado perto de Santa Cruz

2. Considere que um determinado maciço é constituído por solos relativamente uniformes em


profundidade, estando o maciço rochoso (“bedrock”) localizado a uma profundidade
variável (d). Após a ocorrência de um sismo verificou-se que os danos causados tinham
tendência a aumentar para determinadas profundidades do depósito, as quais dependiam
da espessura da camada de solos (Figura 4).

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a) Procure justificar a razão pela qual os edifícios são afetados de forma distinta consoante
a profundidade dos solos onde estão fundados;
b) Alguns autores sugerem que o período fundamental de vibração de um edifício comum
pode ser qualitativamente estimado, pelo menos para alturas normais entre pisos- cerca
de 3 m- e para edifícios até 12 andares, pela relação T=0,1xN, sendo N o número de
andares do edifício. Verifique se esta expressão pode ser aproximadamente validada
através dos danos sofridos pelos vários edifícios representados na figura;
c) Considerando os osciladores com um grau de liberdade (O1GL) observados no vídeo de
modelação física nas aulas teóricas, e sabendo que a rigidez das barras relativa ao grau
de liberdade em consideração depende das características do material e geometria da
barra, através da relação k=3EI/l3 (Figura 5), sendo l o comprimento da barra:
(i) justifique aproximadamente a relação observada entre as frequências fundamentais
das estruturas (tomando como referência a mais alta, p.ex.);
(ii) se os O1GL representarem modelos simplificados de estruturas reais fundadas num
maciço relativamente uniforme de profundidade variável, e se a estrutura mais alta for
particularmente suscetível às ações sísmicas quando fundada num depósito de
espessura H, indique qualitativamente se as restantes estruturas serão mais suscetíveis
quando fundadas nesse maciço quando este possui maiores ou menores profundidades.

Figura 4- Intensidade de danos estruturais causados por um sismo em edifícios construídos numa
mesma região sobre um maciço de solos relativamente uniformes mas com espessura variável

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k

Figura 5- Rigidez de uma barra vertical sujeita a deslocamentos horizontais da sua extremidade

3. Considere um ensaio de compressão triaxial realizado sobre um solo (Figura 6 e Quadro II).
a) Calcule o módulo de rigidez ao corte do solo (G) para: (i) muito pequenas deformações;
(ii) 50% da tensão de rotura; (iii) na rotura; (iv) para uma deformação de 6, 8, 10 e 12%;
b) Represente graficamente a variação, com a deformação por corte, do módulo de rigidez
ao corte (G) normalizado em relação ao seu valor para pequenas deformações, ou
máximo (G0).

Figura 6- Curva tensão-deformação medida ao longo do ensaio triaxial

Quadro II- Valores de tensão tangencial e deformação por corte medidos ao longo do ensaio

γ (%) 0 0.065 0.13 0.26 1.094 3.418 6 8 10 12


τ (kPa) 0 24 48 96 291 582 471 414 390 374

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