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2024

AQUILO QUE VOCÊ BUSCA TAMBÉM ESTÁ BUSCANDO VOCÊ

RESULTADOS QUE JÁ ENTREGAMOS Quem é o Professor ALYSON BARROS

STF, STF, TST, CNJ, TCDF, TCE-TO, TJSP, TJRJ, Aprovado em dois concursos públicos

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TJDFT, TJSE, TJPB, TJRN, TJBA, TJAP, TJAM, (Analista do Planejamento e Orçamento do
TJMA, TJPA, TJRS, TJGO, TJES, TJPE, TJPI, Ministério do Planejamento / Técnico do
TRT11 AM/RR, TRT-GO, TRT-PB, TRT-MG, TRT- Ministério da Fazenda), atua na mais alta da
SC, TRT 15a Região, TRT-ES, TRT-PA/AP, TRF carreira de gestão do país e trabalha com
2° Região, TRF3ª Região, Marinha, TRE-RS, o desenvolvimento e monitoramento das
MPAC, MPRS, MPSP, MPCE, MPPA, MPRR, principais políticas públicas nacionais. Psicólogo
MPAP, DPEPA, DPEPI, DPESP, DPE-RS, DPE-
formado pela renomada UFRN, especialista
AM, DPDF, DPE-RO, ALECE, ALRN, ALEAP,
em neuropsicologia, especialista em gestão
CLDF, SEFIN-Fortaleza, MAPA, SESDF,
INSS,PMMG, PMCE, PMBA, PCES, PCMG, pública, mestre em Avaliação Psicológica e com
PMRN, PMGO, Polícia Federal, ABIN, DEPEN, experiência no campo organizacional e clínico.
Metrô-SP, SANEAGO, ENARE, FUNSAÚDE- Idealizador e sócio do Psicologia Nova,
CE, CRP-MG, IJF, UFSCAR, FUB-UNB, UFRN, adquiriu experiência docente para concursos
EBSERH, SEDEST-DF, SESAU-AL, SEMSA lecionando mais de 600 cursos e aprovando mais
Manaus, IGP-RS, ITEP-RN, SEDF, SESA-PR, de 5 mil psicólogos ao longo de mais de uma
SEEDF, AHM-SP, POLITEC-AP, CODEVASF, década de trabalho.
PGDF, HEMOPE/PE e SPGG.

Não computamos nesta lista os concursos nos quais Nossa MISSÃO


Melhorar o campo da psicologia no
aprovamos mais de uma vez e nem os concursos de serviço público brasileiro através da
prefeituras aprovação dos melhores psicólogos

Nossa VISÃO
Orientações: Ser reconhecida como a maior referência
(1) Leia ATENTAMENTE a descrição do seu curso em nosso site. em concursos para a área da psicologia
(2) Acompanhe o calendário de aulas pela descrição do seu curso.
Nossos VALORES
(3) Para que tudo funcione certinho, preciso que se COMUNIQUE
Honestidade, paixão, liderança, qualidade
sempre conosco. Tem um time de pessoas DO SEU LADO torcendo
e aprovação
por você!
(4) Use SEMPRE os canais oficiais de atendimento (chamado no
site ou chat no site) para melhor atendimento.
(5) Trabalhamos em horários comerciais, NÃO trabalhamos nas
madrugadas ou finais de semana.
Ou seja, tenha paciência, sua solicitação será atendida.
(6) Nosso e-mail: contato@psicologianova.com.br
(7) Não buscamos likes, buscamos APROVAÇÃO, adapte-se e
aproveite o que achar conveniente em nossas aulas. Outros
psicologos estão fazendo isso!

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Referências Técnicas para


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atuação de psicólogas (os) na


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Gestão Integral de Riscos,


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Emergências e Desastres
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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA 09260954711 09260954711
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CONSELHOS REGIONAIS DE PSICOLOGIA 09260954711
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CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E09260954711
09260954711 POLÍTICAS PÚBLICAS
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REFERÊNCIAS TÉCNICAS PARA ATUAÇÃO

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DE PSICÓLOGAS (OS) NA GESTÃO INTEGRAL
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DE RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES
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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO


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Conselheira Federal Responsável
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Marisa Helena Alves
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Especialistas 09260954711
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09260954711 Adriana Simões Marino 09260954711


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Ângela Elizabeth Lapa Coêlho 09260954711 09260954711


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Ionara Vieira Moura Rabelo


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Luciana Florêncio de Lima 09260954711
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Maria da Conceição Correia Pereira
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09260954711 Brasília-DF, outubro de 2021 09260954711
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© 2021 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
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É permitida a reprodução desta publicação, desde que sem alterações e citada a
09260954711
fonte. Disponível também em: www.cfp.org.br. 09260954711
09260954711
Projeto Gráfico: Agência Movimento
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Diagramação: Agência Movimento
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Revisão e normalização: MC&G
09260954711 Design Editorial
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Referências bibliográficas conforme ABNT NBR

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Direitos para esta edição – Conselho Federal de
09260954711 Psicologia:
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09260954711 SAF/SUL Quadra 2,
09260954711

l.c
Bloco B, Edifício Via Office, térreo, sala 104, 70070-600,
09260954711 Brasília/DF
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09260954711 (61) 2109-0107
09260954711

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09260954711 09260954711
Correio eletrônico: ascom@cfp.org.br/www.cfp.org.br

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Impresso no Brasil ht 09260954711
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Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP
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09260954711 C755 Conselho Federal de Psicologia (Brasil).


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09260954711 Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) na gestão integral09260954711


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09260954711 riscos, emergências e desastres / Conselho Federal de Psicologia, 09260954711


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09260954711 Conselhos Regionais de Psicologia, Centro de Referência Técnica em


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09260954711 09260954711
Psicologia e Políticas Públicas. — 1. ed. — Brasília : CFP , 2O21.
es

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96 p. ; 21 cm.
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G

09260954711 Inclui bibliografia. 09260954711


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09260954711
ISBN: 978-65-89369-01-1
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1. Psicologia - Manuais, guias etc. 2. Gerenciamento de crise. 3. Geren-


09260954711 09260954711
de

ciamento de Emergência. 4. Desastres - Aspectos psicológicos.


09260954711I. Conselhos
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Regionais de Psicologia. II. Centro de Referência Técnica em Psicologia e09260954711


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Políticas Públicas (CREPOP) . III. Título.
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CDD 155.9
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09260954711 Elaborado por Priscila Pena Machado – CRB09260954711
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Informações da Edição
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Coordenação Geral/ CFP 09260954711
Miraci Mendes — Coordenadora Geral
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09260954711 Luana Spinillo Poroca — Gerente
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Coordenação Nacional do CREPOP/CFP

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Neuza Guareschi – Conselheira CFP

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Mateus09260954711
de Castro Castelluccio – Supervisor

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Queli Cristina do Couto Araujo – Analista Técnico-Psicologia
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Karen Kathleen Amorim Oliveira – Estagiária

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Integrantes
09260954711 das Unidades Locais do Crepop nos CRPs
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Conselheiras(os): Artur Mamed Cândido (CRP01); 09260954711Priscilla Gadelha Morei-
ht
ra (CRP02); Renan Vieira de Santana Rocha (CRP03); Luiz 09260954711
Felipe Viana Cardoso
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ce

(CRP04); Isabel Scrivano Martins (CRP05);Talita Fabiano de Carvalho, Beatriz Bor-


ar

09260954711 09260954711
ges Brambilla (CRP06); Carla Mariela Carriconde Tomasi (CRP07); João Batista Mar-
-m

09260954711
tins (CRP08); Cândido Renato Alves de Oliveira (CRP09); Maria Eunice Figueiredo
09260954711
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Guedes (CRP10); Tássia Oliveira Ramos e Marcossuel Gomes Acioles (CRP11); San-
-1

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dra Coimbra (CRP12); Clarissa


09260954711 Paranhos Guedes (CRP13); Maria de Lourdes Dutra(-
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CRP14); Emylia Anna Ferreira Gomes (CRP15); Bruno da Silva Campos (CRP16);
09260954711 09260954711
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Marina Angélica Silva Queiroz e Keyla Mafalda de Oliveira Amorim (CRP 17);
09260954711 Ga-
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briel Henrique Pereira de Figueiredo (CRP18); Pedro Henrique


09260954711 do Nascimento Pires
09260954711
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(CRP19); Cleison Guimarães Pimentel e João Lucas da Silva Ramos (CRP20);09260954711


09260954711 Joyce
es

09260954711
Mesquita Nogueira (CRP21); Péricles de Souza Macedo (CRP22); Ricardo Furtado
om

09260954711 09260954711
de Oliveira (CRP23); Edna Mônica da Silva Wobeto (CRP24).
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
Técnicas(os): Adelia Benetti de Paula Capistrano (CRP01); Maria de Fátima dos
ei

09260954711 09260954711
Santos Neves (CRP02); Natani Evlin Lima Dias, Pablo Mateus dos Santos Jacinto e
m

09260954711 09260954711
Al

Gabriela Evangelista Pereira (CRP03); Leiliana Sousa e Luciana Franco (CRP04);


09260954711 09260954711
de

Roberta Brasilino Barbosa, Jaqueline Sério da Costa (CRP05);


09260954711Larissa Correia
tz

Nunes Dantas (CRP 06); Rafaela Demétrio Hilgert (CRP07); Altieres Edemar Frei
er

09260954711 09260954711
H

(CRP08); Regina Magna Fonseca (CRP09); Letícia Maria Soares Palheta (CRP10);
09260954711
lo

Mayrá Lobato Pequeno (CRP11); Pâmela Lunardelli Trindade (CRP12); Katiuska


09260954711
ce

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Araújo Duarte (CRP13); Krisley Amorim de Araujo (CRP14); Liércio Pinheiro de
ar
M

09260954711
Araújo (CRP15); Mariana Moulin Brunow Freitas (CRP16); Zilanda Pereira Lima
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(CRP17); Jackeline Jardim Mendonça (CRP18); Lidiane de Melo Drapala (CRP19);
09260954711 09260954711
Macela Marta da Costa Tenório (CRP21); Francisco Valberto
09260954711 dos Santos Neto
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(CRP22); Stéfhane Santana da Silva (CRP23); Jeovânia Vieira de Lima (CRP09260954711
09260954711 24).
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09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
09260954711
XVIII Plenário
09260954711
Gestão 2019-2022 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
Conselheiras(os) Efetivas(os):
09260954711 09260954711

0
:2
Ana Sandra Fernandes Arcoverde
09260954711 Nóbrega – Presidente
09260954711

6
:2
Anna Carolina Lo Bianco Clementino – Vice-Presidente 09260954711
09260954711

15
09260954711
Izabel Augusta Hazin Pires – Secretária 09260954711

24
09260954711 09260954711
Norma Celiane Cosmo – Tesoureira

0
/2
09260954711 09260954711
Robenilson Moura Barreto – Secretário Região Norte

05
09260954711 09260954711
Alessandra Santos de Almeida – Secretária Região Nordeste

6/
09260954711 09260954711

-0
Marisa Helena Alves – Secretária Região Centro-Oeste
09260954711 09260954711
Neuza Maria de Fátima Guareschi – Secretária Região Sul

om
09260954711 09260954711
Antonio Virgílio Bittencourt09260954711
Bastos – Conselheiro 1

l.c
09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
Conselheiras(os) Suplentes: 09260954711
Katya Luciane de Oliveira – Suplente
ht 09260954711
lo
09260954711
ce

Losiley Alves Pinheiro – Suplente


ar

09260954711 09260954711
Rodrigo Acioli Moura – Suplente
-m

09260954711
Adinete Souza da Costa Mezzalira – Suplente Região Norte
09260954711
1

Maria de Jesus Moura – Suplente Região Nordeste


-1

09260954711 09260954711
47

Tahina Khan Lima Vianey –09260954711


09260954711 Suplente Região Centro-Oeste
.5

Célia Zenaide da Silva – Suplente Região Sudeste


09260954711 09260954711
09

Marina de Pol Poniwas – Suplente Região Sul


09260954711 09260954711
.6
92

Ana Paula Soares da Silva – Conselheira Suplente 1


09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

APRESENTAÇÃO
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) oferece à categoria e à

:2
09260954711 09260954711

15
sociedade o documento Referências Técnicas para
09260954711 Atuação de Psicólo-
09260954711

24
gas(os) na Gestão Integral
09260954711 de Riscos, Emergências e Desastres, produzido
09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
no âmbito do Centro de Referência Técnica em09260954711
Psicologia e Políticas

05
09260954711
Públicas (Crepop). Este documento propõe uma reflexão crítica e his-

6/
09260954711 09260954711

-0
tórica sobre a inserção da Psicologia no campo
09260954711 das emergências e
09260954711

om
09260954711 09260954711
dos desastres, ampliando as possibilidades da atuação das (os) psicó-

l.c
09260954711 09260954711
logas (os) no gerenciamento de riscos e vulnerabilidades.

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711
Desse modo, para além de grandes acidentes e/ou desastres
09260954711

z@
09260954711
ambientais, a ação da Psicologia se estende para ht situações sociais
09260954711
lo
que atingem grande número de pessoas na sociedade brasileira 09260954711
ce

(como, por exemplo, a seca, o desemprego e09260954711


outras questões so-
ar

09260954711
-m

09260954711
cioeconômicas), para09260954711
as quais são necessárias políticas públicas de
1

prevenção por parte da Psicologia.


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
É preciso questionar o que caracterizamos como riscos, emer-
.5

09260954711 09260954711
09

gências e desastres, compreendendo que no Brasil situações de


09260954711 ex-
09260954711
.6

trema vulnerabilidade social são naturalizadas09260954711


a tal ponto, que dei-
92

09260954711
-0

xamos de tratá-las e nomeá-las como desastrosas e emergenciais.


09260954711
É
09260954711
es

09260954711
fundamental que o fazer da Psicologia não normalize situações vio-
om

09260954711 09260954711
ladoras dos direitos humanos, pelo contrário, promova o enfrenta-
G

09260954711 09260954711
da

mento constante das injustiças e desigualdades sociais. Para 09260954711


tanto,
ei

09260954711 09260954711
é necessário que as(os) profissionais se integrem intersetorialmente
m

09260954711 09260954711
Al

às políticas públicas de Saúde, Assistência Social, Educação, Defesa


09260954711 09260954711
de

Civil etc. Nessa direção, essa Referência Técnica é um instrumento


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
potente para demarcação do compromisso ético-político da Psico-
H

09260954711
logia com a sociedade09260954711
brasileira.
lo
ce

Este texto não poderia deixar de abordar09260954711


a pandemia da co-
ar
M

09260954711
vid-19 que tem impactado em escala global todas as pessoas e 09260954711
09260954711 todos
os setores da sociedade. No entanto, é necessário
09260954711 explicitar que,
09260954711
para além dos grupos de risco, o impacto da09260954711
09260954711 pandemia foi muito
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
mais para com as pessoas em vulnerabilidade social.
09260954711
A falta de
acesso à saúde, as condições de
09260954711 habitação, o desemprego, o acesso
à educação foram sentidos de forma muito mais agressiva, levando
09260954711
a um número muito maior de famílias enlutadas por seus entes e
09260954711
09260954711 09260954711
em
09260954711 sofrimento pelas dificuldades
09260954711 de manutenção de sua existência.
09260954711 O XVIII Plenário do CFP agradece a todas e a todos os envolvi-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
dos na elaboração deste documento, em especial aos membros da

6
:2
09260954711 09260954711

15
comissão ad hoc responsáveis pela redação. Desejamos
09260954711 que esta pu-
09260954711

24
blicação seja um instrumento
09260954711 de orientação e qualificação da prática
09260954711

0
/2
profissional e de reafirmação do compromisso ético-político
09260954711
da 09260954711
Psico-

05
09260954711 09260954711
logia e que possa auxiliar profissionais e estudantes na aproximação

6/
09260954711 09260954711

-0
com o campo da Gestão Integral de Riscos, Emergências
09260954711 09260954711e Desastres

om
pensando essa área em uma perspectiva ampliada e crítica.
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
XVIII Plenário ht 09260954711
lo
09260954711
ce

Conselho Federal de Psicologia


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711
Nadie puede librar a los hombres del dolor,

om
09260954711 09260954711
pero le será perdonado a09260954711
aquel que haga rena-

l.c
09260954711

ai
09260954711 09260954711 cer en ellos el valor para soportarlo.

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht
Selma Lagerlöf, escritora sueca
09260954711
lo
09260954711
ce

(1858-1940)
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711

Lista de siglas e abreviaturas


09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Associação Brasileira de Psicologia
09260954711
Abrapede nas Emergências
09260954711
e Desastres 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Alto Comissariado
09260954711 das Nações Unidas para

0
09260954711Acnur

:2
Refugiados
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711Cemigrar Conferência Estadual sobre Migrações e Refúgio
09260954711

24
09260954711 09260954711

0
Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia

/2
09260954711 09260954711
Ceped

05
Civil da Universidade Federal de Santa Catarina
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
CFP Conselho Federal de Psicologia
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
CNDC Conferência Nacional
09260954711 de Defesa Civil
09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 Comitê Interinstitucional de Promoção
09260954711

z@
Comigrar dos Direitos das Pessoas em Situação
09260954711
ht
de Refúgio, Migração e Apatridia 09260954711
lo
09260954711
ce

Conpdec Conselho Nacional de Proteção e09260954711


Defesa Civil
ar

09260954711
-m

09260954711
Crai Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 Centro de Referências Técnicas


09260954711
.5

09260954711Crepop
em Psicologia e Políticas Públicas 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

Crid
09260954711
Centro Regional de Informácion sobre Desastres
09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

CRPS Conselhos Regionais


09260954711 de Psicologia
om

09260954711 09260954711
09260954711ESMPU Escola Superior do Ministério Público da União
G

09260954711
da

09260954711
ei

09260954711Fiocruz Fundação Oswaldo Cruz 09260954711


m

09260954711 09260954711
Al

Federação Latino-Americana de Psicologia


09260954711 09260954711
de

Flaped das Emergências e dos Desastres09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
H

GTED Grupo de Trabalho de Emergência e Desastres 09260954711


lo

09260954711
ce

GT Grupo de Trabalho 09260954711


ar
M

09260954711
09260954711 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 09260954711
09260954711Ibama e dos Recursos Naturais Renováveis
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Ipam Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Rede Latino-Americana
09260954711 de Psicologia em
09260954711Laped Emergências e Desastres
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711OMS Organização Mundial de Saúde 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711ONU Organização das Nações Unidas
09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
Opas Organização Pan-Americana da Saúde
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
PNPDEC Política Nacional
09260954711de Proteção e Defesa Civil
09260954711

om
09260954711 09260954711
Sociedade Argentina de Psicologia

l.c
09260954711 09260954711
09260954711Sapsed

ai
das Emergências
09260954711e Desastres

gm
09260954711 09260954711

z@
Serviço de Atendimento Psicológico
09260954711
Sapsir ht
Especializado aos Imigrantes e Refugiados
09260954711
lo
09260954711
ce

09260954711Sindpec Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil


ar

09260954711
-m

09260954711
SMAPS Saúde Mental e Atenção Psicossocial
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 Sociedade Chilena de Psicologia


09260954711
09260954711Sochped
.5

em Emergências e Desastres 09260954711


09

09260954711 09260954711
.6

Sociedade de Psicologia Peruana 09260954711


92

09260954711
SPPED
-0

em Emergências e Desastres 09260954711 09260954711


es

09260954711
09260954711Suas Sistema Único de Assistência Social
om

09260954711
G

09260954711 09260954711
SUS Sistema Único de Saúde
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

Ulapsi União Latino-Americana de Entidades de Psicologia


09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

United Nations Office for Disaster09260954711


Risk
tz

UNDRR Reduction- (Organização das Nações Unidas


er

09260954711 09260954711
H

para a Redução dos Riscos e Desastres) 09260954711


lo

09260954711
ce

United Nation Internacional Strategy


09260954711
ar

UNISDR for Disaster Reduction (Nações Unidas para


M

09260954711
09260954711
a Redução de Riscos e Desastres 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
11 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

SUMÁRIO 09260954711
09260954711

09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
CREPOP, BREVE INTRODUÇÃO.............................................................13

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
INTRODUÇÃO.........................................................................................
09260954711 09260954711
17

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
EIXO 1: A PSICOLOGIA 09260954711
EM CONTEXTOS

6/
09260954711

-0
DE RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES........................................... 26
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
EIXO 2: PSICOLOGIA COM COMPROMISSO SOCIAL ........................... 46

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
EIXO 3: A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA GESTÃO 09260954711
09260954711
ht
DOS RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES ........................................ 59
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

REFERÊNCIAS....................................................................................... 93
09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


12
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

CREPOP – BREVE INTRODUÇÃO


09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Pú-

:2
09260954711 09260954711

15
blicas (Crepop) é um projeto estratégico do Sistema
09260954711 Conselhos de
09260954711

24
Psicologia (Conselhos09260954711
09260954711 Regionais e Conselho Federal de Psicologia)

0
/2
09260954711 09260954711
e tem por objetivo a produção de orientações técnicas para atuação

05
09260954711 09260954711
de psicólogas e psicólogos em diversas políticas públicas brasileiras.

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711
Sua metodologia de trabalho está alicerçada na Lei n. 5.766,

om
09260954711 09260954711
que cria o CFP e os CRPs, artigo 9º, alínea b, que trata das funções

l.c
09260954711 09260954711

ai
do CFP: “orientar, disciplinar
09260954711 09260954711e fiscalizar o exercício da profissão

gm
de Psicólogo” (Brasil, 1971), o que concede ao
09260954711
CFP e aos CRPs a
09260954711

z@
09260954711
prerrogativa de perguntar às(aos) profissionais ht sua atuação a fim
09260954711
lo
de produção de tais orientações. 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
O Sistema Conselhos de Psicologia entende que, além da for-
-m

09260954711
mação profissional (cursos de graduação e de especialização) e da
09260954711
1
-1

academia (a pesquisa e a pós- graduação), o trabalho profissional


09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
também produz conhecimento, o que torna relevante perguntar à
.5

09260954711 09260954711
09

categoria a respeito de sua prática nas políticas públicas como09260954711


09260954711 parte
.6

inicial do processo de elaboração das orientações técnicas.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
O Crepop conta09260954711com equipes nos CRPs e no CFP, formadas
es

por técnicas(os) e conselheiras(os), sendo sua principal atividade


om

09260954711 09260954711
realizar as investigações sobre a prática profissional, bem como so-
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
bre uma vasta agenda local de atividades que envolvem seminários,
ei

09260954711 09260954711
m

contato com instituições formadoras, pesquisas09260954711 locais, diálogo09260954711


com
Al

gestores das políticas públicas e com a própria09260954711 categoria. 09260954711


de

09260954711
tz

O trabalho desenvolvido pelo Crepop enfatiza a democracia


er

09260954711 09260954711
na construção das orientações, pois propõe etapas de diálogo09260954711 com
H
lo

a categoria. Tal diálogo é materializado pela investigação da prática,


09260954711
ce

09260954711
ar

que subsidia a elaboração da versão prévia da referência, e pela


M

09260954711
consulta pública, na qual a categoria pode avaliar o conteúdo09260954711
09260954711 e su-
gerir tópicos adicionais antes da publicação.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
Tal modelo é reflexo do próprio processo democrático
09260954711 do
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
13 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
Sistema Conselhos de Psicologia, no qual a categoria participa
09260954711
du-
rante os Congressos Regionais
09260954711e Congresso Nacional da Psicologia,
indicando as ações que devem ser realizadas09260954711 pelos conselhos. É
também durante o processo de Congressos Regionais 09260954711
e Nacional
09260954711 09260954711
que
09260954711 os temas das referências
09260954711 técnicas são indicados e votados.
Diálogo e democracia
09260954711 são palavras-chave para o Sistema Conse-
09260954711

0
:2
lhos de Psicologia e para
09260954711 o Crepop.
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Basicamente existem duas formas possíveis de produção das
09260954711

24
referências técnicas: a09260954711
09260954711 primeira passa pela realização da investigação

0
/2
sobre a prática profissional (coleta quantitativa 09260954711
09260954711
on-line e coleta 09260954711
quali-

05
09260954711
tativa em grupos e entrevistas realizadas pelos CRPs). Posteriormente,

6/
09260954711 09260954711

-0
uma comissão de especialistas
09260954711 é convidada pelo Plenário do CFP a
09260954711

om
analisar os resultados da investigação e produzir um documento de
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
referência que dialogue com as questões apontadas pela categoria.

ai
09260954711 09260954711

gm
A segunda forma de produzir uma referência é 09260954711
09260954711 não realizar a investi-

z@
gação, ficando apenas a comissão responsável pela elaboração. Em
09260954711
ht
09260954711
ambos os casos o documento é levado à consulta pública.
lo
09260954711
ce

É importante evidenciar que cada referência técnica lançada


ar

09260954711 09260954711
-m

conta com a contribuição de muitas pessoas que participam desse


09260954711
09260954711
1

processo: são centenas de psicólogas(os) que atuam na ponta09260954711


e re-
-1

09260954711
47

latam suas experiências às(aos) técnicas(os), conselheiras(os) e es-


09260954711 09260954711
.5

tagiárias(os) dos Crepop nos CRPs; às vezes mil, duas(dois) mil


09260954711 pro-
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

fissionais que respondem à coleta on-line; equipes de sistematização


92

09260954711 09260954711
de dados; especialistas convidadas(os) e conselheiras(os)
09260954711 do CFP; e
-0

09260954711
mais umas duas centenas que contribuem durante a consulta públi-
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
ca. As referências técnicas são feitas para a categoria e pela categoria.
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

Quinze anos de Crepop


09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
O Crepop foi aprovado pelo Sistema Conselhos de Psicologia
H

09260954711
lo

em dezembro de 200509260954711
e iniciou suas atividades em janeiro de 2006.
ce

A iniciativa tem como justificativa principal qualificar a atuação pro-


09260954711
ar
M

09260954711
fissional num cenário aumento da inserção de psicólogas e psicó-
09260954711 09260954711
logos nas políticas públicas brasileiras, além de
09260954711 preencher uma la-
09260954711
cuna ainda existente entre o que o mundo do09260954711
09260954711 trabalho busca e ao
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


14
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
currículo durante a formação profissional. 09260954711
Nos últimos três anos e meio, o Crepop vem passando por
09260954711
um intenso processo de revisão das Referências Técnicas e de pu-
09260954711
09260954711
blicação de novas referências.
09260954711 Saímos de 1309260954711
publicações (2013)
para as atuais 23, e é esperado
09260954711 09260954711um número maior até o fim de 2021.
09260954711 09260954711

0
O Crepop/CFP também é responsável pela realização do Se-

:2
09260954711 09260954711

6
minário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas, que já está em

:2
09260954711 09260954711

15
sua 9ª edição.
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711
Talvez o principal desafio seja uma disputa que é política 09260954711
e que

0
/2
09260954711
afeta diretamente todo o cenário que construímos até aqui, uma vez

05
09260954711 09260954711

6/
que estamos inseridos nos processos sociais e políticos do país: en-
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711
frentar o processo de09260954711
desmonte das políticas públicas, projeto que

om
09260954711
já está em curso e caminha a passos largos, para o qual precisamos

l.c
09260954711 09260954711

ai
estar atentas(os). Em09260954711
09260954711 pouco tempo, enfrentaremos uma Reforma

gm
09260954711 09260954711
Administrativa, o que pode acarretar mais contratações temporá-
z@
09260954711
rias, vínculos de trabalho fragilizados, alta rotatividade
09260954711de trabalha-
ht
lo
doras(es), ocasionando descontinuidade do serviço e do vínculo 09260954711
ce

com a população, bem como o achatamento de salários.


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
Impossível falar 09260954711
dos quinze anos do Crepop sem se lembrar de
1
-1

Marcus Vinícius de Oliveira, um defensor incansável dos direitos


09260954711 hu-
09260954711
47

09260954711 09260954711
manos e da luta antimanicomial, professor da Universidade Federal
.5

09260954711 09260954711
09

da Bahia (UFBA), idealizador do Crepop e de tantas outras ações


09260954711 da
09260954711
.6
92

Psicologia brasileira. Marcus Matraga foi assassinado


09260954711 em fevereiro
09260954711
-0

09260954711 09260954711
de 2016 e o crime continua sem solução. Marcus Vinícius, presente.
es

09260954711
O tema Riscos, Emergências e Desastres já era tratado pelo
om

09260954711 09260954711
Sistema Conselhos de Psicologia em seminários nacionais (aborda-
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
do adiante), e entra para a lista de ações do Crepop em 2018. Por
ei

09260954711 09260954711
m

opção metodológica, o Crepop definiu que não09260954711


haveria investigação
09260954711
Al

da prática profissional, cabendo diretamente à09260954711


comissão de 09260954711
espe-
de

09260954711
cialistas a elaboração do texto.
tz
er

09260954711 09260954711
O texto foi submetido à categoria por meio de consulta pública
H

09260954711
lo

09260954711
realizada em agosto de 2019, que teve a contribuição de todo o país.
ce

09260954711
ar

O Crepop/CFP estava próximo ao lançamento da referência técnica


M

09260954711
quando o mundo assistiu ao início da pandemia da covid-19 , 09260954711
09260954711 o que
fez com que o plenário do CFP tomasse medidas
09260954711
para que a referên-
09260954711
09260954711 09260954711
cia abordasse a atuação profissional em contextos de pandemia.
09260954711 O
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
15 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
CFP ampliou a comissão convidando especialistas com experiência
09260954711
em situações de epidemias.
09260954711
O resultado deste trabalho leva em consideração
09260954711 todo o tra-
09260954711
balho já realizado pelo Sistema Conselhos de 09260954711
09260954711 Psicologia no campo
da gestão integral de 09260954711
09260954711 riscos, emergências e desastres, reforçando a
importância da prevenção
09260954711 e com uma seção adicional sobre o con-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
texto da pandemia.

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


16
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

INTRODUÇÃO
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
De acordo com a Estrategia Internacional para la Reducción

:2
09260954711 09260954711

15
de Desastres Las Américas-EIRD-ONU, “desastre
09260954711 é uma séria in-
09260954711

24
terrupção no funcionamento
09260954711 09260954711de uma comunidade ou sociedade

0
/2
09260954711 09260954711
causando uma grande quantidade de mortes, 09260954711 bem como perdas e

05
09260954711
impactos materiais, econômicos e ambientais que excedem a ca-

6/
09260954711 09260954711

-0
pacidade da comunidade ou sociedade afetada
09260954711 de fazer frente à si-
09260954711

om
09260954711 09260954711
tuação mediante o uso de seus próprios recursos” (UNDRR, 2004).

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 No Brasil, o Ministério da Integração Nacional, por meio da Ins-
09260954711

gm
trução Normativa n. 02, de 20 de dezembro de 09260954711
09260954711
2016, define desastre
z@
09260954711
como resultado de eventos adversos, naturais,09260954711
ht tecnológicos ou de
lo
origem antrópica, sobre um cenário vulnerável exposto a ameaça, 09260954711
ce

causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
prejuízos econômicos09260954711e sociais (BRASIL, 2016).
1
-1

09260954711 Em análise sobre perspectivas psicológicas e sociológicas 09260954711


47

09260954711 09260954711
para a definição de desastres, FAVERO, SARRIERA e TRINDADE
.5

09260954711 09260954711
09

(2014) reafirmam que não há consenso entre especialistas e09260954711


09260954711 pro-
.6

põem que o conceito precisa ser retomado como um processo que


92

09260954711 09260954711
-0

tem sua origem na interação entre seres humanos e seu contexto


09260954711 09260954711
es

09260954711
social, que expressa de forma aguda as vulnerabilidades 09260954711 física, so-
om

09260954711
cial e ambiental. Os desastres desafiam a capacidade humana de
G

09260954711 09260954711
da

resposta e podem levar tanto a perdas repentinas como prolonga- 09260954711


ei

09260954711 09260954711
das no tempo. Ressaltam ainda que as circunstâncias 09260954711 que envol-
m

09260954711
Al

vem os desastres determinarão suas consequências e capacidade


09260954711 09260954711
de

de enfrentamento por parte da comunidade. 09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
A Comissão de Psicologia das Emergências e Desastres do
H

09260954711
lo

Conselho Federal de Psicologia


09260954711 (CFP), em 2015, apresentou o curso
ce

“Psicologia da Gestão Integral de Riscos e Desastres” na plataforma


09260954711
ar
M

09260954711
Orientapsi. No segundo módulo, nomeado “Mapa dos Desastres
09260954711 no
09260954711
Brasil”, apresenta-se a seguinte proposta de conceituação:
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
“A conceituação de um evento como desastre depende da09260954711
09260954711 pers-
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
17 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
pectiva daquele que o nomeia e do lugar que ele ocupa nessa interação
09260954711
com o evento. Assim, 09260954711
o conceito de desastre é utilizado para nomear
muitos eventos e/ou processos com características distintas. Parte-se
09260954711
da compreensão do desastre como uma ruptura do funcionamento ha-
09260954711
09260954711 09260954711
bitual de um sistema ou
09260954711 comunidade, devido aos impactos ao bem-es-
09260954711
tar físico, social, psíquico,
09260954711 econômico e ambiental de uma determinada
09260954711

0
:2
localidade. Tal evento afeta um grande número de pessoas, ocasionan-
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
do destruição estrutural e/ou material significativa e altera a geografia

15
09260954711 09260954711
humana, provocando desorganização social pela destruição ou altera-

24
09260954711 09260954711

0
ção de redes funcionais. Os desastres podem provocar medo, horror,

/2
09260954711 09260954711

05
sensação de impotência, confrontação com a destruição, com o09260954711
09260954711
caos,

6/
09260954711 09260954711
com a própria morte e\ou de outrem, bem como perturbação aguda

-0
09260954711 09260954711

om
em crenças, valores e09260954711
09260954711 significados. Para haver um desastre, é neces-

l.c
sária a combinação de09260954711
um conjunto de fatores:09260954711 ameaças, exposição,

ai
09260954711 09260954711
condições de vulnerabilidade e insuficiente gestão integral de riscos. O

gm
09260954711 09260954711

z@
desastre deve ser compreendido e vinculado ao09260954711 contexto no qual ele
ocorre, ou seja, é necessário considerar as dimensões ht 09260954711 sócio-político-
lo
09260954711
ce

-culturais de vulnerabilidade, capacidade, exposição de pessoas e bens,


ar

09260954711 09260954711
características e percepções dos riscos e meio ambiente” (CFP, 2015).
-m

09260954711
A proposta global para enfrentar os desastres é nomeada 09260954711
09260954711
como
1
-1

09260954711
“Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres” e representa
47

09260954711 09260954711
.5

um campo teórico/prático organizado coletivamente em relação


09260954711 às
09260954711
09

ameaças potenciais. Situações que podem afetar as condições09260954711


09260954711 para
.6
92

09260954711 09260954711
uma boa qualidade de vida em diferentes contextos, estados,09260954711
cida-
-0

09260954711
des e comunidades, considerando que uma população pode sofrer
es

09260954711
om

com adversidades em circunstâncias previsíveis


09260954711 e não previsíveis.
09260954711
G

09260954711 09260954711
Ao ser capaz de identificar riscos que possam existir, também
da

09260954711
é possível – de forma organizada – que uma população consiga pro-
ei

09260954711 09260954711
m

teger não só os recursos materiais e imateriais 09260954711 existentes num09260954711


09260954711
dado
09260954711
Al
de

território, mas também desenvolver condições09260954711 para enfrentar as si-


tz

tuações adversas e reduzir danos. Estudos sobre09260954711 crises apontam que


er

09260954711
H

o risco aumenta quando se negligencia o potencial das situações de


09260954711
lo

09260954711
desastre. Assim, é preciso que as políticas públicas sejam responsá-
ce

09260954711
ar

veis e interajam para a elevação do grau de consciência das pessoas


M

09260954711
e, inclusive, das organizações privadas. Trata-se da implementação
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
de estratégias de Gestão de Riscos, de modo que
09260954711
as ações não se-
09260954711
jam sempre, ou reiteradamente, para gerenciar09260954711 situações de respos- 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


18
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
tas às emergências e desastres (SPEIGHT, 2010).
09260954711
A Organização das Nações Unidas para a Redução dos Riscos
09260954711
de Desastres (United Nations Office for Disaster Risk Reduction –
09260954711
09260954711
UNDRR), a partir do Marco de Ação de Hyogo, 2005-2015,
09260954711 09260954711propôs que
os Governos deveriam
09260954711 aumentar a resiliência de nações, cidades e
09260954711
comunidades frente aos
09260954711 riscos. Posteriormente, a partir da Confe-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
rência de Sendai, 2015-2030, adotou-se um novo marco no campo

6
:2
09260954711 09260954711

15
da redução dos desastres, reafirmando a necessidade
09260954711 de antecipar,
09260954711

24
planejar e reduzir riscos,
09260954711 proteger pessoas e comunidades, construir
09260954711

0
/2
cidades mais seguras, bem como uma maior resiliência
09260954711
nas cidades
09260954711

05
09260954711 09260954711
do mundo inteiro. Nesse contexto, entendeu-se que uma cidade re-

6/
09260954711 09260954711

-0
siliente pode ser definida como:
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 Capacidade de um sistema, comunidade ou socieda-
09260954711

gm
09260954711 09260954711
de exposto a riscos de resistir, absorver, adaptar-se
z@
09260954711
e recuperar-se dos efeitos de
ht um perigo de manei-
09260954711
lo
ra tempestiva e eficiente, através, por exemplo, da
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
preservação e restauração de suas estruturas bási-
-m

09260954711
cas e funções essenciais (UNDRR, 2015).
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711
Diante do contexto em que se configurou o Marco de Sendai09260954711 (UN-
09

09260954711 09260954711
.6

DRR 2015), a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que para
92

09260954711 09260954711
se prevenir novos riscos e reduzir as condições existentes 09260954711para desas-
-0

09260954711
tres pressupõe-se a implementação de medidas econômicas, infraes-
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
truturais, jurídicas, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambien-
G

09260954711 09260954711
tais, tecnológicas, políticas e institucionais, integradas e inclusivas,
da

09260954711
que possam prevenir e reduzir vulnerabilidades junto aos cidadãos.
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

Os territórios que compõem as cidades se constituem e 09260954711


09260954711 se or-
de

ganizam dentro do contexto político, econômico e social onde se


09260954711
tz

inserem. Atualmente, cidades estão mais frágeis diante das emer-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
gências que vão se constituindo, não apenas conforme o imaginá-
lo

09260954711
ce

rio social e visível do que seria um desastre, atrelado 09260954711a fenômenos


ar

tidos como “naturais”, mas como espaços marcados por profundo


M

09260954711
09260954711 09260954711
desamparo, especialmente no que se refere à não
09260954711 garantia dos direi-
09260954711
tos humanos. Em outras palavras, como nos ensina
09260954711 MBEMBE (2018),
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
19 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
encontramo-nos sob a vigência da necropolítica, isto é,
territórios
09260954711
dominados por aqueles que detêm o poder de decidir os que po-
09260954711
dem viver e quem deve morrer. 09260954711
09260954711
Os fatores de sucesso do atendimento em09260954711
09260954711 situações de crises,
em termos de rapidez
09260954711 e precisão, são resultados do bom planeja-
09260954711
mento de estratégias de
09260954711 resposta, treinamento, liderança, tecnologia
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
adequada e, efetivamente, dos planos de respostas factíveis – tendo

6
:2
09260954711 09260954711

15
como base fundamental o envolvimento e o 09260954711
09260954711 desenvolvimento de

24
competências das organizações
09260954711 09260954711 públicas, privadas e da sociedade

0
/2
civil. Além disso, é importante que haja a formação
09260954711
de parcerias,
09260954711

05
09260954711 09260954711
buscando respostas satisfatórias
09260954711 na assistência às vítimas, procuran-

6/
09260954711

-0
do resguardar a comunidade atingida de maiores
09260954711 danos no futuro.
09260954711

om
09260954711 09260954711
Evoluímos substancialmente, ao longo das
09260954711décadas, da
últimas

l.c
09260954711
condição de pensarmos uma Psicologia das emergências e dos desas-

ai
09260954711 09260954711

gm
tres para uma Psicologia que pode gerenciar riscos09260954711
09260954711 e vulnerabilidades. A

z@
09260954711
Psicologia na Gestão Integral de Riscos acompanha a possibilidade não
ht
09260954711
apenas de construir estratégias de cuidados de saúde mental e atenção
lo
09260954711
ce

psicossocial para um território atingido por uma situação adversa, mas


ar

09260954711 09260954711
-m

também de buscar atender às demandas de uma população que já se


09260954711
09260954711
1

encontra em uma situação de vulnerabilidade, sob a perspectiva das


-1

09260954711 09260954711
47

estratégias de mitigação, prevenção e preparação.


09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 A Psicologia brasileira vive um processo de compreensão 09260954711


.6

dessas estratégias e tem se posicionado diante dos eventos que,


92

09260954711 09260954711
-0

especialmente ao longo dos últimos anos, nosso país tem viven-


09260954711 09260954711
es

09260954711
ciado. São situações críticas que desencadeiam emergências e de-
om

09260954711 09260954711
sastres que nos impõem, como psicólogas(os), uma reflexão 09260954711
sobre
G

09260954711
o papel e as ações que a Psicologia – enquanto ciência e profissão
da

09260954711
ei

– pode contribuir e deve realizar.


09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

No âmbito do CFP, e tendo em vista a presente publicação


09260954711 des-
09260954711
de

ta Referência Técnica,1 vale ressaltar alguns momentos


09260954711que marca-
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar

1 O Sistema Conselhos é formado pelo CFP e pelos CRPs. No tema dos Riscos,
M

09260954711
Emergências e Desastres nos conselhos vêm se fortalecendo nos últimos 09260954711
09260954711 anos e
têm sido guiados por alguns eventos, grupos temáticos e documentos
09260954711 09260954711 norteadores.
Conforme abordaremos neste trabalho, duas notas técnicas
09260954711 foram publicadas. A
09260954711
primeira em 2013 e a segunda foi uma revisão publicada 09260954711
em 2016. 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


20
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
ram o processo histórico da linha de pensamento da categoria 09260954711
09260954711
sobre
o tema. Nesse sentido, destacamos
09260954711 o primeiro Seminário Nacional
de Psicologia das Emergências e dos Desastres,09260954711 realizado em Brasí-
lia-DF, no ano de 2006, que pôde trazer uma perspectiva 09260954711
diferente e,
09260954711 09260954711
mais
09260954711 propriamente, inovadora,
09260954711 em razão do trabalho realizado em
colaboração com a Secretaria
09260954711 09260954711Nacional de Defesa Civil.

0
:2
09260954711 09260954711
O Brasil caminhava pari passu a movimentos internacionais com

6
:2
09260954711 09260954711

15
o propósito de rever e pensar ações que traziam
09260954711 mudanças de pers-
09260954711

24
pectiva a respeito do 09260954711
09260954711 tema, rumo a um processo de construção de

0
/2
uma política pública voltada para a Proteção e Defesa
09260954711
Civil. Em09260954711
2010,

05
09260954711 09260954711
ocorreu a primeira Conferência Nacional de Defesa Civil e Assistência

6/
09260954711 09260954711

-0
Humanitária, em Florianópolis-SC,
09260954711 onde o CFP teve sua parcela de con-
09260954711

om
tribuição nos processos de construção dos debates e encaminhamen-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
to de ações (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2012).

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 Culturalmente e ao longo do tempo, o tema09260954711dos Riscos, das Emer-

z@
09260954711
gências e dos Desastres foi pouco valorizado ou,09260954711
ht mais precisamente,
escamoteado. A invisibilidade construída sobre as desigualdades so-
lo
09260954711
ce

ciais e vulnerabilidades ajudou a construir a perspectiva falaciosa de


ar

09260954711 09260954711
-m

que o país seria pouco09260954711


suscetível a condições adversas ou a grandes
09260954711
1

riscos. Em meio às mudanças de perspectiva, à época da primeira


-1

09260954711 09260954711
47

Conferência Nacional, a própria Psicologia no Brasil seguia um cami-


09260954711 09260954711
.5

nho de maior democratização, alcançando espaços de políticas


09260954711 pú-
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

blicas nos quais se firmava uma Psicologia com compromisso social.


92

09260954711 09260954711
-0

O CFP manteve-se ativo em encontrar espaços para ampliar


09260954711 o
09260954711
es

09260954711
debate com a categoria e promover, junto a outros atores e setores,
om

09260954711 09260954711
uma parceria com a Defesa Civil. A proposta foi e ainda é a de apoiar
G

09260954711 09260954711
uma efetiva Política de Proteção e Defesa Civil no país (Lei n. 12.608,
da

09260954711
ei

de 10 de abril de 2012), considerando a importância


09260954711
da participação
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

e contribuição da Psicologia. O Brasil começava a viver uma09260954711


09260954711 nova
de

forma de conceber a Defesa Civil, uma vez que09260954711 a condição de uma


tz

efetiva proteção se juntou ao nome dessa política – daí a mudança


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
para Sistema Nacional09260954711de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).
lo
ce

Importante registrar a contribuição do CFP no processo de


09260954711
ar
M

09260954711
criação
09260954711
da Rede Latino- Americana de Psicologia em Emergências
09260954711
e
09260954711 Desastres (LAPED), quando o inesquecível colega
09260954711Marcus Viní-
cius de Oliveira, junto a outros colegas, formulou
09260954711 uma parceria do
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
21 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Brasil com demais países, como Argentina, que09260954711
Cuba e Chile,
pas-
09260954711
saram a formar um bloco de apoio
09260954711 a atividades sobre o tema em
congressos e demais eventos. 09260954711
09260954711
A experiência com desastres, como diante
09260954711 das enchentes e
09260954711
deslizamentos de terra
09260954711 que atingiram os estados do Espírito Santo,
09260954711
Goiás, Minas Gerais, São
09260954711 Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Pa-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
raná em 2011, consolidou o processo de elaboração do CFP – junta-

6
:2
09260954711 092609547112

15
mente aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs)
09260954711 –, no sentido
09260954711

24
de oferecer respostas09260954711
09260954711 mais efetivas para aprofundar a compreensão

0
/2
acerca do papel da Psicologia para com as comunidades
09260954711
atingidas.
09260954711

05
09260954711 09260954711
É dessa composição, 09260954711
inserida em movimentos e articulações nacio-

6/
09260954711

-0
nais e internacionais, 09260954711
que tornou possível a inserção efetiva da cate-
09260954711

om
goria diante da temática dos Riscos, Emergências e Desastres.
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Ao longo dos anos, vários Centros de Estudos e Pesquisas em

ai
09260954711 09260954711

gm
Desastres foram criados com o objetivo de ampliar
09260954711 pesquisas sobre o
09260954711

z@
09260954711
tema nas diferentes regiões do Brasil. Pode-se destacar uma das pri-
09260954711 ht
meiras publicações e contribuições da Psicologia, o material produ-
lo
09260954711
ce

zido pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia


09260954711Civil da Uni-
ar

09260954711
-m

versidade Federal de Santa Catarina (CEPED-UFSC) sobre Gestão de


09260954711
09260954711
1

Riscos e de Desastres e contribuições da Psicologia (BRASIL, 2010).


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 A integração de diferentes atores para promover linhas de cui-


09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

dados de Saúde Mental e Atenção Psicossocial (SMAPS) em 09260954711


09260954711 situa-
.6

ções humanitárias trouxe uma perspectiva internacional


09260954711 ampliada
92

09260954711
-0

sobre as possibilidades de atuação de diferentes profissões, 09260954711


09260954711 entre
es

09260954711
elas a Psicologia (IASC, 2007).
om

09260954711 09260954711
A primeira nota técnica sobre o assunto foi publicada em09260954711
maio
G

09260954711
da

de 2013. Em janeiro de 2015 foi implementada a Comissão de Emer- 09260954711


ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

2 De acordo com a Lei n. 5.766/71, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Re-
09260954711
tz
er

gionais de Psicologia, a função desses conselhos é orientar, 09260954711 09260954711


disciplinar e fiscalizar
H

09260954711
o exercício dessa profissão e zelar pela fiel observância dos princípios éticos e da
lo

09260954711
disciplina da classe. Ambos buscam promover a autonomia e a valorização da ca-
ce

09260954711
ar

tegoria, pois isso refletirá no melhor desempenho do trabalho e no exercício ético


M

09260954711
da profissão. A tarefa maior das autarquias é, sem dúvida, a proteção dos direitos
09260954711 09260954711
do cidadão e de toda a sociedade no que diz respeito à prestação
09260954711 09260954711de serviços psico-
lógicos de qualidade, evitando a atuação de maus profissionais
09260954711 ou de profissionais
09260954711
não habilitados para o exercício dessa profissão. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


22
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
gências e Desastres do CFP, composta de das 09260954711
representantes
cinco
09260954711
regiões do Brasil, além09260954711
de contar com a colaboração de profissionais
da Psicologia brasileira e seus reconhecidos trabalhos na área. Pos-
09260954711
teriormente, o grupo passou a se chamar Comissão de Psicologia na
09260954711
09260954711 09260954711
Gestão Integral de Riscos,
09260954711 Emergências e Desastres, considerando
09260954711
uma revisão conceitual
09260954711 que permitiu um olhar ampliado diante do
09260954711

0
:2
papel da Psicologia na área. Foram realizadas oficinas sobre Psico-
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
logia e Gestão de Riscos e de Desastres em parceria com Conselhos

15
09260954711 09260954711
Regionais, em cada uma das regiões, sendo que na Região Sudes-

24
09260954711 09260954711

0
te as oficinas ocorreram em todos os 4 estados. Como produto do

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
trabalho dessa Comissão, também foi ofertada à categoria o curso

6/
09260954711 09260954711
sobre o tema na plataforma Orientapsi. Ao final09260954711
de 2016, a comissão

-0
09260954711

om
elaborou uma revisão09260954711
09260954711 da nota técnica que já ressaltava a Gestão In-

l.c
tegral em situações de09260954711
Riscos, Emergências e Desastres.
09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 A Psicologia brasileira segue na busca 09260954711
por contribuir efeti-

z@
vamente na formulação, implementação e avaliação de políticas
09260954711
09260954711 ht
públicas no âmbito da Proteção e Defesa Civil. Ao mesmo tempo,
lo
09260954711
ce

vem construindo referências de atuação, apesar da predominância


ar

09260954711 09260954711
e do acúmulo no eixo de respostas em situações de emergências
-m

09260954711
e desastres. Em outros termos, apesar do reconhecido papel
09260954711
em
1
-1

09260954711 09260954711
políticas públicas intersetoriais,
09260954711 imprime-se mais que um desejo de
47

09260954711
.5

contribuir em circunstâncias especiais em termos de pós-desastre.


09260954711 09260954711
09

Fundamentalmente, trata-se de fomentar um conhecimento calca-


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
do na experiência prática e no acúmulo teórico sobre o tema,09260954711
con-
-0

09260954711
siderando a perspectiva da percepção e mitigação de múltiplas vul-
es

09260954711
om

nerabilidades e das condições para uma Gestão


09260954711 Integral de Riscos.
09260954711
G

09260954711 09260954711
Atualmente, tem-se uma compreensão de que desastres são
da

09260954711
resultado do crescimento e transformação da sociedade, sem09260954711o ge-
ei

09260954711
m

renciamento adequado de riscos. Mais especificamente,


09260954711
riscos que
09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

são produzidos por fatores socioambientais, sociotécnicos,


09260954711 econô-
tz

micos e culturais relacionados ao modo como09260954711


se produzem vulne-
er

09260954711
H

rabilidades e de como se vivenciam ameaças aos desastres. Trata-se 09260954711


lo

09260954711
de uma mudança de paradigma em relação ao tema, a saber, do
ce

09260954711
ar

enfoque nos efeitos para o reconhecimento e 09260954711


intervenção sobre as
M

causas de desastres. Afinal, desastres são produtos de uma combi-


09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
nação particular entre riscos, ameaças e vulnerabilidades
09260954711 09260954711
em um
dado território e com efeitos danosos para uma população, 09260954711
09260954711 como
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
23 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
já foi dito nas definições apresentadas no início09260954711 09260954711
deste documento.
09260954711
A Psicologia também foi congruente com outra mudança de
09260954711
paradigma sobre o tema. De uma perspectiva centrada 09260954711na psicopa-
09260954711
tologia sindrômica individual,
09260954711inclusive em relação à experiência do
09260954711
traumático – como na09260954711
09260954711 difusão do chamado Transtorno do Estresse
Pós-Traumático –, para
09260954711 uma apreensão da multideterminação do
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
sofrimento psíquico, tanto singular quanto comunitário, ampliando

6
:2
09260954711 09260954711

15
a dimensão dos cuidados a partir das contribuições
09260954711 da Saúde Cole-
09260954711

24
tiva e da Saúde Mental.
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
Para uma reflexão mais ampliada sobre a atuação da Psicologia

05
09260954711 09260954711
em situações de Riscos, Emergências e Desastres, é preciso conside-

6/
09260954711 09260954711

-0
rar que as ações devem ser integradas às redes 09260954711
09260954711 de serviços públicos,

om
09260954711 09260954711
especialmente da Defesa Civil, do Sistema Único de Saúde (SUS), do

l.c
09260954711 09260954711
Sistema Único de Assistência Social (SUAS), de Segurança Pública,

ai
09260954711 09260954711

gm
Educação, além da contribuição das iniciativas privadas
09260954711 e de voluntá-
09260954711

z@
09260954711
rios, de modo a implementar um plano articulado intersetorialmente,
ht
09260954711
evitando-se ações isoladas, desintegradas ou mesmo improvisadas.
lo
09260954711
ce

Trata-se de pensar ações de curto, médio e longo prazo.


ar

09260954711 09260954711
-m

092609547113
Técnica para a atuação de psicólogas(os) na
Esta Referência 09260954711
1

Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres considera os


-1

09260954711 09260954711
47

avanços realizados na
09260954711 compreensão desse tema, seu “estado da
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

arte” e as contribuições que o CFP vem trazendo ao longo do tempo.


09260954711 09260954711
.6

A proposta deste trabalho é a de contribuir para que a nossa cate-


92

09260954711 09260954711
-0

goria se aproprie ainda mais de subsídios teórico, técnico e político


09260954711 09260954711
es

09260954711
das ações desenvolvidas no âmbito da Psicologia na Gestão Integral
om

09260954711 09260954711
de Riscos, Emergências e Desastres.
G

09260954711 09260954711
da

Tendo isso em vista, esta Referência Técnica visa a uma09260954711


abor-
ei

09260954711 09260954711
dagem da temática como um elemento de inspiração à Psicologia.
m

09260954711 09260954711
Al

A aposta é partilhar e fomentar as questões em torno da complexi-


09260954711 09260954711
de

dade envolvida no tema. Para isso, espera-se 09260954711


que o trabalho aqui
tz
er

09260954711 09260954711
apresentado possa promover o diálogo, ampliar a compreensão eo
H

09260954711
potencial de atuação 09260954711
da categoria.
lo
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
3 Uma nota técnica, para um órgão regulador e fiscalizador
09260954711 como o CFP, é um docu-
09260954711
mento de ordem consultiva e indicativa, cujo principal objetivo
09260954711 é nortear o desen-
09260954711
volvimento de atividades que demandam uma atenção específica. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


24
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Para esse percurso, esta referência foi três09260954711
dividida
gran- em
09260954711
des eixos. O primeiro09260954711
versa sobre a dimensão ético-política envol-
vida no tema, com base em uma perspectiva 09260954711
histórica. O segundo
busca compreender a relação da Psicologia 09260954711
e seu compromisso
09260954711 09260954711
social
09260954711 em contextos de Riscos,
09260954711 Emergências e Desastres, tendo em
vista o escopo das políticas
09260954711 públicas e as contribuições da Psicolo-
09260954711

0
:2
gia Social e Psicologia
09260954711 Ambiental. A seguir, o terceiro eixo discute
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
a atuação profissional dentro das 5 fases dos desastres:
09260954711prevenção,

15
09260954711
preparação, mitigação, resposta e reconstrução. Acrescentam-se

24
09260954711 09260954711

0
também reflexões sobre cuidados específicos com relação a09260954711
refu-

/2
09260954711

05
09260954711 09260954711
giados e em situações de epidemias.

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
25 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

EIXO 1: A PSICOLOGIA EM CONTEXTOS DE


09260954711
09260954711

RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES


09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 Neste primeiro 09260954711
momento, tem-se como objetivo discorrer

0
/2
09260954711
sobre a Psicologia em contextos de Riscos, Emergências e Desas-
09260954711

05
09260954711 09260954711
tres, e para isso será09260954711
apresentado o percurso histórico sobre as

6/
09260954711

-0
primeiras abordagens09260954711
quanto ao tema. O prenúncio desses estu-
09260954711

om
dos se concentrou nos efeitos dos desastres, especialmente sob a
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
perspectiva do estresse. Nesses tempos, a Psicologia encontrava-

ai
09260954711 09260954711

gm
-se embrenhada no paradigma individualista 09260954711
09260954711 em voga, em que o

z@
discurso médico ditava a forma de apreensão sobre a experiência
09260954711
ht
09260954711
do traumático. A seguir, discute-se alguns marcos legais e históri-
lo
09260954711
ce

cos internacionais e nacionais em relação à 09260954711


proteção da popula-
ar

09260954711
ção em situações de09260954711
desastres, o desenvolvimento de estratégias
-m

09260954711
de prevenção, ações do CFP, além das aproximações da Psicologia
1
-1

09260954711 09260954711
brasileira e latino-americana dedicadas à temática.
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711

Primeiras abordagens sobre o tema


-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
A tradição das pesquisas em emergências e desastres teve ori-
G

09260954711 09260954711
da

gem em duas disciplinas, a saber, a Geografia e a Sociologia.09260954711


Am-
ei

09260954711 09260954711
bas dominaram o campo de pesquisas sobre 09260954711
o tema, por meio de
m

09260954711
Al

investigações empíricas sistemáticas, desde o 09260954711


início dos anos09260954711
1950
de

(OLIVER-SMITH, 1986; QUARANTELLI, 1985; QUARANTELLI


09260954711 & DY-
tz
er

09260954711 09260954711
NES, 1985). O interesse na área surgiu com a Geografia Humana. No
H

09260954711
entanto, a abordagem09260954711
mais voltada para as questões sociais deu-se
lo
ce

com a Sociologia, e a partir dos anos 1970. A 09260954711


pesquisa sociológica
ar
M

inicial
09260954711
– atenta aos comprometimentos das comunidades
09260954711
e 09260954711
orga-
nizações
09260954711 afetadas por desastres naturais – apoiava a ideia
09260954711 de que,
embora houvesse efeitos imediatos extensos, a09260954711
09260954711 maioria das reações
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


26
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
era superficial, de curta duração, não havendo09260954711 09260954711
outros comprometi-
09260954711
mentos em termos de09260954711
comportamento dos sobreviventes.
Os sociólogos, inclusive, chegaram a sugerir que poderia ha-
09260954711
09260954711
ver efeitos psicológicos benéficos, promovendo
09260954711 um forte senso de
09260954711
equilíbrio pessoal e social
09260954711 (QUARANTELLI, 1985; QUARANTELLI &
09260954711
DYNES, 1985). As dificuldades
09260954711 09260954711comportamentais resultantes de um

0
:2
09260954711 09260954711
determinado evento seriam consequência do 09260954711ambiente social nos

6
:2
09260954711

15
quais os serviços de assistência pós-desastre eram
09260954711 oferecidos.
09260954711

24
09260954711
Com relação à Psicologia,
09260954711
sua inserção tem sido gradual e,

0
/2
09260954711 09260954711
principalmente, nos últimos anos, sendo que09260954711
a maioria dos09260954711
estu-

05
dos e estratégias de 09260954711
intervenção eram voltados ao atendimento

6/
09260954711

-0
dos sobreviventes posterior aos eventos. A dificuldade
09260954711 09260954711de analisar

om
09260954711 09260954711
as possíveis consequências de um desastre esteve atrelada à ten-

l.c
09260954711 09260954711
dência de se observar09260954711
o fato como inteiramente devido a uma rela-

ai
09260954711

gm
ção de causa e efeito. No entanto, uma situação
09260954711 de emergência ou
09260954711

z@
09260954711
desastre raramente é um evento isolado. Geralmente, é o acúmulo
09260954711 ht
de situações e condições anteriores, sendo apenas o prenúncio de
lo
09260954711
ce

mais graves consequências.


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
A evolução das pesquisas
09260954711 sobre os efeitos psicológicos dos de-
1

sastres pode ser descrita como um desenvolvimento gradual,09260954711 com


-1

09260954711
47

eventos-chave esporádicos
09260954711 e com períodos de nenhum trabalho
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

proeminente. WEISAETH (1993), em uma avaliação histórica09260954711


09260954711 con-
.6

cisa, relata que o estudo mais antigo sobre os09260954711


efeitos psicológicos
92

09260954711
-0

dos desastres foi conduzido por Edward Stierlin, publicado em09260954711


09260954711 1909
es

09260954711
e 1911. Embora Stierlin fosse um médico psiquiatra na área, inves-
om

09260954711 09260954711
tigando eventos como desastres em minas e ferrovia, bem 09260954711 como
G

09260954711
desastres naturais, seus estudos foram negligenciados na literatura
da

09260954711
ei

sobre o assunto. Em 1920, encontramos a primeira


09260954711
pesquisa consi-
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

derada científica, realizada por Samuel Prince, no Canadá. Ele 09260954711


09260954711 traba-
de

lhou com explosões e desastres marítimos. Já em 1944, Lindemann


09260954711
tz

realizou o primeiro estudo na área de intervenção pós- desastre. Tra-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
tou-se de uma avaliação sistemática das respostas psicológicas dos
lo

09260954711
ce

sobreviventes do incêndio de uma boate em Boston (EUA), levando


09260954711
ar

à morte 400 pessoas (PEREIRA, 2012).


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Durante vários anos, as organizações responsáveis
09260954711 por pres-
tar assistência aos sobreviventes enfatizaram a09260954711
09260954711 provisão de abrigo,
alimentação e imunização contra epidemias. Desse modo, a impor-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
27 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
tância de se atender às necessidades psicológicas foi subestimada.
09260954711
A concepção sobre a09260954711
exclusividade de se atender a necessidades
materiais e imediatas mudou ao longo do tempo, considerando a
09260954711
importância que os efeitos psicológicos têm no09260954711
processo de recupe-
09260954711 09260954711
ração de uma população
09260954711 afetada por desastres.
09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
Durante vários anos, as organizações 09260954711
responsáveis

:2
09260954711

15
09260954711 por prestar assistência aos sobreviventes enfatizaram
09260954711

24
09260954711
a provisão de abrigo,alimentação e imunização. 09260954711
09260954711

0
/2
09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711
Desde os anos 1950, diversas investigações no âmbito indivi-

-0
09260954711 09260954711
dual e social analisaram as consequências psicológicas dos desas-

om
09260954711 09260954711

l.c
tres (SHORE et al., 1986; VITALIANO et al., 1987;
09260954711 WARHEIT, 1985).
09260954711

ai
09260954711 09260954711
No entanto, apesar do número de pesquisas realizadas, não houve

gm
09260954711 09260954711
consenso no que dizia respeito à ocorrência, extensão 09260954711 persistên-
e
cia dos efeitos negativos na saúde mental dos 09260954711 z@ sobreviventes (SHO-
ht
lo
RE et al., 1986; VITALIANO et al., 1987). 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
De acordo com09260954711
WARHEIT (1985), os resultados dessas pes-
-m

quisas podem agrupar- se em quatro categorias. A primeira inclui


09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
pesquisas que sugerem que os desastres causam estresse psico-
47

09260954711 09260954711
.5

lógico extenso, transtorno social e trauma psicológico crônico.


09260954711 A
09260954711
09

segunda categoria contém pesquisas que descrevem estresse


09260954711 de
09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
curta duração e alguns problemas psicológicos e psiquiátricos crô-
-0

09260954711 09260954711
nicos. A terceira agrupa pesquisas que concluem que os desastres
es

09260954711
causam quadros psicopatológicos de longa duração, mas somen-
om

09260954711 09260954711
te entre aqueles que têm histórico anterior de psicopatologia ou
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
vulnerabilidade psicológica. Finalmente, a quarta categoria sugere
ei

09260954711 09260954711
m

que os desastres podem produzir consequências positivas, geran-


09260954711 09260954711
Al

do forte sensação de equilíbrio individual e social. 09260954711 09260954711


de

09260954711
tz

Existem algumas explicações plausíveis09260954711 para essa falta de


er

09260954711
consenso. Em primeiro lugar, existe a probabilidade de os pesquisa-
H

09260954711
lo

09260954711
dores terem usado instrumentos diferentes para avaliar a extensão
ce

09260954711
ar

do estresse. Em segundo, a possibilidade de os dados terem sido


M

09260954711
coletados em diferentes momentos depois do desastre. Como,
09260954711 por
09260954711
exemplo, certos dados que foram coletados imediatamente pós-de-
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
sastre e outros que foram coletados meses depois. Em terceiro09260954711
09260954711 lugar,
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


28
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
as pesquisas podem ter sido realizadas com diferentes populações.
09260954711
Finalmente, o conceito de desastre pode ter recebido diferentes in-
09260954711
terpretações (VITALIANO et al., 1987; WARHEIT,09260954711
1985).
09260954711
Conforme estudos de BENEVIDES (2015),09260954711
09260954711 ainda sob uma pers-
pectiva histórica, a atuação
09260954711 da Psicologia em situações de Riscos,
09260954711
Emergências e Desastres
09260954711 encontra-se atrelada ao Instituto de Saúde
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
Mental do Departamento de Saúde dos Estados Unidos. Nesse instituto

6
:2
09260954711 09260954711

15
norte-americano, em 1974, foi promulgada a primeira
09260954711 lei que regulou a
09260954711

24
“atuação e ajuda em desastres”,
09260954711 09260954711 quando foi prevista a atuação de psi-

0
/2
cólogas(os) em relação aos afetados, determinando
09260954711
“que toda pessoa
09260954711

05
09260954711 09260954711
que passa por um evento de emergências e desastres” deve receber

6/
09260954711 09260954711

-0
“acompanhamento psicológico
09260954711 por tempo indeterminado”
09260954711 (p. 24).

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
1909: Primeiro estudo sobre
aspectos psicológicos envolvidos

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 em desastres, de Edward Stierlin (EUA); 09260954711

z@
09260954711
1920: Primeira pesquisa considerada científica feita por Sa-
09260954711 ht
muel Prince (Canadá);
lo
09260954711
ce

1944: Primeiro estudo na área de intervenção pós-desastre


ar

09260954711 09260954711
-m

por Lindemann 09260954711


(EUA);
09260954711
1

1974: Primeira lei que garantiu atendimento psicológico, do


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 Instituto de Saúde Mental do Departamento de Saúde (EUA).


09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 Reconhecer a participação da Psicologia junto às pessoas


09260954711
-0

09260954711 09260954711
afetadas traz a necessidade de ampliar e atualizar nossos conhe-
es

09260954711
cimentos sobre o tema. Daí que visitar o passado de sua constru-
om

09260954711 09260954711
ção permite reafirmar ou redimensionar alguns conceitos e noções,
G

09260954711 09260954711
da

contribuindo com a fundamentação para o trabalho da Psicologia. 09260954711


ei

09260954711 09260954711
m

As pesquisas sobre as reações psicológicas aos desastres


09260954711 têm
09260954711
Al

utilizado a literatura sobre estresse para avaliar tais consequências.


09260954711 09260954711
de

09260954711
No entanto, historicamente, as teorias do estresse adotaram uma vi-
tz
er

09260954711 09260954711
são psicopatológica individualista. Frequentemente, o estresse é09260954711
defi-
H
lo

nido como: “um estado alterado do organismo produzido por agentes


09260954711
ce

09260954711
do ambiente psicológico, social, cultural e/ou físico. Assume-se que,
ar
M

09260954711
quando este estado alterado não é mitigado, produz efeitos físicos
09260954711 e
09260954711
psicológicos negativos para certas pessoas” (WARHEIT,
09260954711 1985, p. 198).
09260954711
09260954711 09260954711
Avalia-se que não só as diferentes perspectivas teóricas09260954711
09260954711 para
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
29 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
compreender como desastres afetam a saúde 09260954711
09260954711
mental das
pessoas,
09260954711
mas também as publicações e estudos longitudinais são raros, o que
09260954711
tem dificultado a avaliação dos impactos na saúde mental daqueles
09260954711
que vivenciam eventos dessa natureza (UDOMRATN, 2008).
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 A perspectiva da09260954711
Psicologia nas décadas de 1960 e 1970 seguiu
a esteira dos estudos09260954711
09260954711 do período e, desse modo, concentrou suas

0
:2
09260954711 09260954711
análises em termos das reações psicopatológicas individuais. Nesse

6
:2
09260954711 09260954711

15
ínterim, aderiu à concepção e literatura do Transtorno
09260954711 09260954711do Estresse

24
Pós-Traumático, que 09260954711
09260954711 passou a ser a principal abordagem sobre os

0
/2
impactos psicológicos em experiências de desastre.
09260954711
Inclusive,09260954711
ade-

05
09260954711 09260954711
riu ao contexto das comorbidades – transtornos secundários –, que

6/
09260954711 09260954711

-0
incluem o abuso de substâncias psicoativas, fobias, ataques de pâ-
09260954711 09260954711

om
nico e quadros de depressão
09260954711 e mania.
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
O que também passou a ser veiculado foi que a desinformação

ai
09260954711 09260954711

gm
e o subdiagnóstico poderiam levar à proliferação09260954711
09260954711 de outras patologias,

z@
09260954711
em que os sintomas pós-traumáticos poderiam09260954711evoluir e apresentar
ht
outras expressões. Posteriormente, passou-se a considerar que09260954711
ter o
lo
ce

cuidado de explorar o modo como a pessoa experimentou as circuns-


ar

09260954711 09260954711
-m

tâncias e os eventos pregressos


09260954711
09260954711
de sua vida, relacionam-se com suas
1

queixas somáticas e seu sofrimento psíquico (VIEIRA NETO, 2006).


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 No âmbito da Psicologia brasileira, é preciso considerar que


09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

a categoria profissional somente foi reconhecida em 1967. 09260954711


09260954711 O pri-
.6

meiro registro de sua inserção na área de Riscos, Emergências e


92

09260954711 09260954711
-0

Desastres data de 1987, quando aconteceu um acidente radioati-


09260954711 09260954711
es

09260954711
vo envolvendo uma cápsula de césio-137, em09260954711Goiânia. O acidente
om

09260954711
ocorreu no dia 13 de setembro e foi considerado o maior acidente
G

09260954711 09260954711
radioativo no mundo, ocorrido fora o de uma usina nuclear (ASSIS
da

09260954711
ei

& FERREIRA, 2013; NETO & BELO, 2015).


09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

As mudanças climáticas têm sido estudadas na relação09260954711


09260954711 com
de

desastres, e no Brasil o desastre que afeta a maior parte dos mu-


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
nicípios é a seca. Talvez esse seja o desastre mais silenciado das
H

09260954711
últimas décadas, com09260954711
pouca produção de estudos. Numa revisão
lo
ce

sistemática de estudos sobre impactos da seca sobre a saúde, en-


09260954711
ar
M

09260954711
contraram-se:
09260954711
desnutrição e deficiências nutricionais, saúde 09260954711
men-
tal,
09260954711 doenças relacionadas com a qualidade das águas e
09260954711ar, câncer e
comprometimento do acesso aos serviços de saúde. Alpino, Sena e
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


30
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Freitas (2016) também relacionaram impactos 09260954711
09260954711
financeiros
e econô-
09260954711
micos da seca ao aumento do estresse, ansiedade, alcoolismo e sui-
09260954711
cídio, bem como aumento de processos migratórios e disseminação
09260954711
de doenças e epidemias. 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Nesse mesmo estudo, ao avaliar especificamente os aspectos
09260954711
de saúde mental em diferentes
09260954711 grupos populacionais, identificaram-se
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
ansiedade em relação ao futuro e suicídio, principalmente, entre agri-

6
:2
09260954711 09260954711

15
cultores e fazendeiros idosos. O isolamento social
09260954711 e econômico apa-
09260954711

24
receu entre grupos de09260954711
09260954711 adolescentes. Mulheres apresentaram maiores

0
/2
níveis de ansiedade que os homens em função09260954711
09260954711
da responsabilidade
09260954711

05
09260954711
com relação às necessidades da família, principalmente quando se

6/
09260954711 09260954711

-0
encontravam sozinhas09260954711
em função dos companheiros terem se muda-
09260954711

om
do em busca de emprego (ALPINO; SENA; FREITAS, 2016).
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Outro estudo relacionado
09260954711 a eventos climáticos detectou au-

ai
09260954711

gm
mento da demanda por cuidados de saúde mental
09260954711 pós-desastre na
09260954711

z@
09260954711
Região Serrana do Rio de Janeiro (2011), particularmente ht
09260954711
no Siste-
ma Único de Saúde, ao comparar dados públicos sobre assistência
lo
09260954711
ce

em saúde mental dois anos antes e dois anos09260954711 após o evento. Em


ar

09260954711
-m

comparação às áreas 09260954711


não afetadas pelo evento, não houve o mesmo
09260954711
1

aumento de demanda (DELL’ARINGA et al., 2018).


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 Acidentes aéreos, deslizamentos e inundações têm grande


09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

cobertura midiática e geram comoção da população e interesse


09260954711 de
09260954711
.6

profissionais para atuar na resposta. Porém, é fundamental com-


92

09260954711 09260954711
-0

preender a dimensão complexa dos desastres, 09260954711


a conexão com09260954711
o ter-
es

09260954711
ritório, as vulnerabilidades deles e construir estratégias que estejam
om

09260954711 09260954711
articuladas com a população afetada. Ressalta-se que as reações
G

09260954711 09260954711
advindas de um evento extremo são consideradas “normais” dentro
da

09260954711
ei

de uma “situação anormal”. Sendo assim, é fundamental


09260954711
elaborar
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

estratégias que tragam segurança, reativação de09260954711


redes afetivas09260954711
e cui-
de

dados em momentos de crise, bem como manter serviços de saúde


09260954711
tz

mental especializados para os casos mais graves (IASC, 2007).09260954711


er

09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
A Psicologia nas décadas de 1960 e 1970 seguiu
ar
M

09260954711
09260954711 a esteira dos estudosdesse período: concentrou 09260954711
09260954711 suas análises em termos de reações
09260954711
09260954711
psicopatológicas individuais.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
31 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Não é possível determinar um tempo específico
que as para
09260954711
pessoas se recuperem. Existem
09260954711 vários elementos que podem favo-
recer ou dificultar a recuperação, como a presença de grupos de as-
09260954711
sistência, o que reforça a importância do auxílio psicológico voltado
09260954711
09260954711 09260954711
para demandas específicas
09260954711 oriundas de experiências traumáticas
09260954711
(FRANCO, 2005). A relevância
09260954711 da Psicologia em contextos de Riscos,
09260954711

0
:2
Emergências e Desastres se deve ao reconhecimento de que essas
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
experiências podem produzir alterações psicológicas e sintomas so-

15
09260954711 09260954711
máticos (PARANHOS & WERLANG, 2015).

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711
Com as contribuições de SOLOMON (1987), as pesquisas
09260954711

05
09260954711 09260954711
sobre desastres passaram a ser uma oportunidade para se anali-

6/
09260954711 09260954711

-0
sar o estresse não somente em uma perspectiva
09260954711 individual, mas
09260954711

om
também social. Nesse mesmo sentido, VITALIANO et al. (1987)
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
enfatizam que os desastres deveriam ser interpretados como um

ai
09260954711 09260954711

gm
estressor coletivo. É nesse contexto que vemos
09260954711 uma abertura para
09260954711

z@
múltiplas determinações causais e efeitos não exclusivamente in-
09260954711
ht
09260954711
dividuais, mas vivenciados coletivamente. Emergências e desas-
lo
09260954711
ce

tres são eventos complexos e multidimensionais. Assim, os senti-


ar

09260954711 09260954711
dos que uma pessoa 09260954711
atribui ao evento determinam não só como a
-m

situação será vivenciada inicialmente, mas também como interfe-


09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
rirá nos processos de09260954711
recuperação (ANGELA, E. L. C; MARCOS, A.
47

09260954711
.5

M.; LUCELITA, M. A. 1981). Contudo, o significado não está apenas


09260954711 09260954711
09

na situação em si, nem nas pessoas tomadas individualmente,


09260954711 mas
09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
na interação entre pessoas, comunidades e eventos.
-0

09260954711 09260954711
As pesquisas e os trabalhos técnicos, no Brasil, têm contribuído
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
para se compreender e modificar atuações de profissionais envolvidos
G

09260954711 09260954711
em desastres em função da sua complexidade, como, por exemplo, a
da

09260954711
importância da mobilização comunitária e a garantia da proteção aos
ei

09260954711 09260954711
m

direitos humanos nas fases de resposta e recuperação (UFSC,09260954711


09260954711
2014,
Al

09260954711 09260954711
de

2015). Muitas publicações na América Latina têm09260954711


retomado as causas
tz

estruturais dos desastres e os impactos psicossociais. Sendo assim, de-


er

09260954711 09260954711
H

sigualdades sociais e vulnerabilidades socioambientais ainda são im-


09260954711
lo

09260954711
portantes desencadeadores de desastres e sofrimento na população
ce

09260954711
ar

latino-americana que precisam ser enfrentados 09260954711


para a construção de
M

comunidades resilientes. Ressalta-se que ainda há pouca produção


09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
teórica sobre os impactos psicossociais dos desastres,
09260954711
mantendo o en-
09260954711
foque em aspectos psicológicos (CARVALHO, OLIVEIRA, 2020). 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


32
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

Desafios para redução de riscos e de


09260954711
09260954711

desastres: Marcos09260954711
de Hyogo e Sendai09260954711
09260954711

09260954711
09260954711
Ao mesmo tempo que a Psicologia avança realinhando con-
09260954711
09260954711 09260954711

0
ceitos e estratégias para09260954711 de SMAPS em desastres, o mesmo
cuidados

:2
09260954711

6
ocorre em nível mundial. Governos membros da ONU, de diferentes

:2
09260954711 09260954711

15
partes do mundo, se comprometeram a tomar medidas para reduzir
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711
os riscos de desastres, adotando o Marco de Ação de Hyogo (para a

0
/2
09260954711 09260954711
redução do risco de desastres entre 2005-2015). O Marco de Hyogo

05
09260954711 09260954711

6/
oferece uma assistência
09260954711 aos esforços das nações para que possam
09260954711

-0
09260954711 09260954711
reduzir vulnerabilidades, considerando a colaboração como uma

om
09260954711 09260954711
noção fundamental. Isso porque se compreendeu que desastres po-

l.c
09260954711 09260954711

ai
dem afetar a qualquer09260954711
09260954711 um e, portanto, é um assunto de todos.

gm
09260954711 09260954711
Trata-se de um importante instrumento 09260954711 para a implementa-
z@
ção de estratégias de redução de riscos, com o09260954711 objetivo de aumen-
ht
lo
tar a resiliência e reduzir consideravelmente as perdas – de09260954711 vidas
ce
ar

09260954711 09260954711
humanas, bens sociais, econômicos e ambientais – causadas por
-m

09260954711
desastres. O Marco oferece 09260954711as seguintes ações como prioritárias:
1
-1

identificar riscos e adotar medidas cabíveis para reduzir riscos;


09260954711 am-
09260954711
47

09260954711 09260954711
pliar a compreensão e conscientização de governos e populações;
.5

09260954711 09260954711
09

e fortalecer estratégias de preparação e resposta (INTERNATIONAL


09260954711 09260954711
.6

STRATEGY FOR DISASTER REDUCTION, ISDR, 2005).


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
O Marco de Sendai (2015-2030) foi adotado na III Conferência
es

09260954711
Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, de março de 2015.
om

09260954711 09260954711
Na ocasião, países se comprometeram em reduzir os riscos de de-
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
sastres; completar a avaliação e revisão da implementação do Mar-
ei

09260954711 09260954711
co de Hyogo; considerar a experiência adquirida com estratégias,
m

09260954711 09260954711
Al

instituições, planos e acordos regionais e nacionais para a redução


09260954711 09260954711
de

de riscos e suas recomendações; identificar modalidades 09260954711


de coope-
tz
er

09260954711 09260954711
ração com base nos compromissos para implementar um quadro
H

09260954711
lo

pós-2015 para a redução dos riscos; e determinar modalidades para


09260954711
ce

a revisão periódica da implementação de um quadro pós-2015 (Uni-


09260954711
ar
M

09260954711
ted Nations Office for Disaster Risk Reduction, UNDRR, 2015). 09260954711
09260954711
09260954711 A Organização das Nações Unidas para a09260954711 Redução dos Riscos
09260954711 09260954711
e dos Desastres, a partir do Marco de Ação de Hyogo 2005-2015,
09260954711
pro-
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
33 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
punha o aumento da resiliência das nações e das comunidades09260954711
09260954711
fren-
te aos desastres e posteriormente,
09260954711 a partir da conferência de Sendai,
adota um novo marco de redução aos desastres 2015-2030, o Marco
09260954711
de Sendai, reafirmando a necessidade de antecipar, planejar e reduzir
09260954711
09260954711 09260954711
o
09260954711 risco de proteger pessoas, comunidades
09260954711 e países de forma mais
efetiva, bem como construir
09260954711 uma maior resiliência nas cidades.
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
A resiliência é definida no contexto desses marcos como “a

6
:2
09260954711 09260954711

15
capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade
09260954711 09260954711 exposto a

24
riscos de resistir, absorver,
09260954711 adaptar-se e recuperar-se dos efeitos de
09260954711

0
/2
um perigo de maneira tempestiva e eficiente,09260954711
09260954711
através, por exem-
09260954711

05
09260954711
plo, da preservação e09260954711
restauração de suas estruturas básicas e fun-

6/
09260954711

-0
ções essenciais”. Essa09260954711
é definição de resiliência das Nações Unidas
09260954711

om
para a Redução de Riscos de Desastres (UNISDR, 2009, p. 24).
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
As Nações Unidas diante do contexto em que se configura o

ai
09260954711 09260954711

gm
Marco de Sendai, objetiva que prevenir novos 09260954711
09260954711 riscos de desastres e

z@
09260954711
reduzir os riscos de desastres já existentes pressupõe ht a implemen-
09260954711
tação de medidas econômicas, estruturais, jurídicas, sociais, de
lo
09260954711
ce

saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e


ar

09260954711 09260954711
-m

institucionais integradas e inclusivas que possam prevenir e reduzir


09260954711
09260954711
1

riscos, perigos e vulnerabilidades junto aos cidadãos.


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 Diante desse Marco, o que ainda pode-se observar é que o


09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

mundo convive com condições de desigualdades intensas, e as


09260954711 me-
09260954711
.6

tas para alcance do Marco de Sendai presumem que se faz necessá-


92

09260954711 09260954711
-0

ria a erradicação da pobreza, melhoria da educação das populações


09260954711 09260954711
es

09260954711
vulneráveis e redução da desigualdade social. 09260954711
Com a dimensão da
om

09260954711
pandemia da covid-19 vivida no mundo, é possível que essas09260954711
desi-
G

09260954711
gualdades sejam acentuadas e que as situações de risco se ampliem
da

09260954711
ei

diante das populações mais pobres e mais vulneráveis.


09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

Marco de Hyogo → 2005-2015


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
Marco de Sendai → 2015-2030
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


34
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

Trajetória brasileira e inserção da Psicologia


09260954711
09260954711

na dimensão da Proteção e Defesa Civil


09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
Sob uma perspectiva histórica, o Brasil traz uma preocupação
09260954711
09260954711 09260954711

0
com a segurança de seus
09260954711 desde a época do Império. O artigo
povos

:2
09260954711

6
179 da Constituição Política do Império do Brasil, de 24 de março de

:2
09260954711 09260954711

15
1824, garantiu os chamados “socorros públicos” à população. Entre-
09260954711 09260954711

24
09260954711 09260954711
tanto, foi a partir da década de 1940, com a participação do 09260954711 Brasil

0
/2
09260954711
na Segunda Guerra Mundial e, principalmente, 09260954711 após o naufrágio dos

05
09260954711

6/
navios de passageiros09260954711
09260954711 Arará e Itagiba na costa brasileira, que se co-

-0
09260954711 09260954711
meçou a avançar nesse tipo de atendimento. Em 1988, surgiu a ideia

om
09260954711 09260954711
de um sistema único 09260954711
nacional, de ação permanente em termos de

l.c
09260954711

ai
Defesa Civil. A legislação
09260954711 sobre o SINPDEC passou por uma série de
09260954711

gm
revisões ao longo do tempo (BRASIL, 2010). 09260954711
09260954711

z@
09260954711
A atual política de Proteção e Defesa Civil, ht nos diferentes ní-
09260954711
lo
veis – federal, estadual e municipal –, é uma legislação específica 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
que rege as ações nessa área e encontra-se em vigor desde 2012,
-m

09260954711
por meio da Lei n. 12.608 (BRASIL, 2012). Trata-se da lei que insti-
09260954711
1
-1

tuiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), dispôs


09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
sobre o SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa09260954711 Civil
.5

09260954711
09

(CONPDEC), autorizando a criação de sistemas de informação,


09260954711 mo-
09260954711
.6

nitoramento e financiamento.
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
1824: Constituição Política do Império do09260954711 Brasil garantiu os
om

09260954711
“socorros públicos”;
G

09260954711 09260954711
1940: Socorro público em função do naufrágio dos navios
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
Arará e Itagiba;
m

09260954711 09260954711
Al

1988: Criação de um sistema único de Defesa Civil;


09260954711 09260954711
de

2012: Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

No ano de 2012, o governo brasileiro lançou


09260954711
o Plano Nacio-
ce

09260954711
ar

nal de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres 09260954711 (BRASIL,


Naturais
M

2012), que se embasou em quatro eixos: prevenção, mapeamento,


09260954711 09260954711
monitoramento e alerta, resposta aos desastres.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
O primeiro Seminário Nacional de Psicologia das Emergências
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
35 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
e dos Desastres, realizado em Brasília-DF, ocorreu – 09260954711
em 2006
já em
09260954711
uma perspectiva inovadora em
09260954711 função do trabalho realizado em co-
laboração com a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Nessa época,
09260954711
a própria Defesa Civil caminhava em um processo de construção
09260954711
09260954711 09260954711
de
09260954711 uma política pública para
09260954711Proteção e Defesa Civil, em que todo
o sistema passou a ser
09260954711 integrado às demais políticas públicas, já
09260954711

0
:2
desenvolvidas no país.
09260954711 Nesse mesmo momento, foi realizada a pri-
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
meira Reunião Internacional por uma Formação Especializada em

15
09260954711 09260954711
Psicologia das Emergências e Desastres, permitindo elencar o tema

24
09260954711 09260954711

0
no âmbito curricular à formação de futuros profissionais.

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
Durante o primeiro Seminário Internacional de 2006, sucedeu-

6/
09260954711 09260954711

-0
-se a construção da política e produção de novas
09260954711 referências da Psi-
09260954711

om
cologia na área. No evento, a Secretaria Nacional de Defesa Civil
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
acolheu um plano de09260954711
trabalho desenvolvido pelo CFP que, atento

ai
09260954711

gm
às novas formas de atuação da Psicologia, foi desafiado
09260954711 09260954711a iniciar um

z@
diálogo e desenvolver ações, considerando prevenção, 09260954711mitigação e
ht
09260954711
preparação (simulados), resposta e recuperação aliando-se a09260954711 uma
lo
ce

política de Proteção e Defesa Civil.


ar

09260954711 09260954711
-m

PARANHOS e WERLANG
09260954711
09260954711
(2015) indicam os impactos do movi-
1

mento de construção da política de Proteção e Defesa Civil nos Conse-


-1

09260954711 09260954711
47

lhos Regionais de Psicologia (CRPs). O CRP da 12ª região/SC assinou


09260954711 09260954711
.5

um termo de cooperação, em 2008, com a Secretaria Executiva


09260954711 de
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

Justiça e Cidadania com propostas desenvolvidas em conjunto com


92

09260954711 09260954711
a Defesa Civil. O CRP da 4ª região/MG montou um Grupo de Trabalho
-0

09260954711 09260954711
sobre a temática entre 2008 e 2009. O CRP da 6ª região/SP, em 2011,
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
protagonizou oficinas de práticas em algumas cidades de São Paulo e
G

09260954711 09260954711
criou um Grupo de Trabalho de Emergências e Desastres (GTED). Nes-
da

09260954711
se contexto, cabe ressaltar que, desde 2014, Pernambuco já mantinha
ei

09260954711 09260954711
m

uma parceria com a Defesa Civil de Recife, uma09260954711


vez que esta foi09260954711
09260954711
a pri-
Al

09260954711
de

meira a adotar concurso público, a partir de 2008, para psicólogas(os)


09260954711
tz

em seu quadro de agentes. Já o CRP da 5ª região/RJ, por meio de sua


er

09260954711 09260954711
H

Subsede da Região Serrana, realiza desde 2008 discussões voltadas ao


09260954711
lo

09260954711
tema de emergências e desastres, com destaque para o I Seminário
ce

09260954711
ar

de Psicologia das Emergências e dos Desastres (2008), pesquisa junto


M

09260954711
às/aos estudantes de Psicologia de Petrópolis (2010) e, logo após
09260954711 as
09260954711
09260954711 09260954711
enchentes
09260954711
(em 2011, participou da constituição da Rede
09260954711
de Cuidados
da Região Serrana/Psicologia das Emergências e09260954711
dos Desastre. 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


36
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Em 2010, deu-se a primeira Conferência09260954711
09260954711
Nacional
de Defesa
09260954711
Civil, e o CFP pôde contribuir na construção dos debates. Afinal, tra-
09260954711
ta-se de um tema no qual, culturalmente, o Brasil não dimensionou
09260954711
os diferentes tipos de desastres a serem considerados no país, nem
09260954711
09260954711 09260954711
a
09260954711 necessidade de se formular
09260954711 e implantar políticas nesse sentido,
bem como a importância
09260954711 de se preparar a população. Desde a con-
09260954711

0
:2
ferência, o CFP manteve-se
09260954711 mais presente, fomentando mudanças
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
no âmbito das políticas públicas de Proteção e Defesa Civil, amplian-

15
09260954711 09260954711
do debates e promovendo encontros.

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711
No relatório da primeira Conferência Nacional de Defesa09260954711
Civil

05
09260954711 09260954711
(CNDC), de 2010, realizado em Brasília/DF, constaram os seguintes as-

6/
09260954711 09260954711

-0
pectos: “inexistência de uma cultura permanente de Defesa Civil com
09260954711 09260954711

om
ênfase na prevenção; um
09260954711 modelo de ação pautado numa perspectiva
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
restrita ao resgate e proteção; e aceitação de que o passivo dos desas-

ai
09260954711 09260954711

gm
tres ficava a cargo das pessoas afetadas” (UFSC,09260954711
09260954711 2012, p. 17.). “Tendo

z@
em vista um cenário de pouco conhecimento e discussão popular
09260954711
09260954711 ht
sobre os assuntos pertinentes à Defesa Civil, e mesmo quanto aos
lo
09260954711
ce

desastres, tornou-se fundamental investir em ações voltadas à sen-


ar

09260954711 09260954711
sibilização, informação e mobilização social” (UFSC, 2012, p. 17). A
-m

09260954711
primeira CNDC visou debater e construir a política pública de Defesa
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
Civil no Brasil, atentando para ações de redução e mitigação de riscos
47

09260954711 09260954711
.5

e perdas relacionadas a desastres no país, além da necessidade


09260954711 de
09260954711
09

se garantir que as pessoas fossem atendidas, protegidas, escutadas


09260954711 e
09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
partícipes do debate sobre a Defesa Civil (UFSC,09260954711
2012).
-0

09260954711
A segunda conferência – Conferência Nacional de Proteção e
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
Defesa Civil –, realizada em 2014, enfatizou as políticas de preven-
G

09260954711 09260954711
ção, investiu no conhecimento e mapeamento dos riscos e 09260954711 visou
da

fortalecer a participação, o controle social e a integração das 09260954711


políti-
ei

09260954711
m

cas públicas relacionadas, tendo em vista novos paradigmas 09260954711


09260954711
sobre
Al

09260954711 09260954711
de

o tema (BRASIL, 2017). 09260954711


tz

As conferências nacionais foram importantes por adotarem09260954711


uma
er

09260954711
H

09260954711
perspectiva democrática sobre a Proteção e Defesa Civil no país. Envol-
lo

09260954711
ce

veram processos participativos, de franco diálogo entre Estado – nos


09260954711
ar

níveis federal, estadual e municipal – e sociedade. As duas conferên-


M

09260954711
09260954711 09260954711
cias compartilharam as responsabilidades do Estado
09260954711
e da sociedade
09260954711
na elaboração de uma nova política pública de Proteção
09260954711 e Defesa Civil,
09260954711
ajustando estratégias de implementação de políticas já existentes.
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
37 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
As conferências nacionais foram importantes
09260954711
por adotarem uma perspectiva democrática
09260954711
sobre a Proteção e Defesa Civil no país.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
Em novembro de 2011, foi realizado o segundo Seminário Na-

:2
09260954711 09260954711

6
cional de Psicologia das Emergências e dos Desastres, em Brasília/

:2
09260954711 09260954711

15
DF. O CFP esteve à frente de todo o processo, práticas
09260954711 09260954711desenvolvidas

24
em todo o Brasil foram
09260954711
apresentadas, uma condição de troca efetiva
09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
de informações aconteceu e foi proposta a criação da Associação

05
09260954711 09260954711
Brasileira de Psicologia nas Emergências e Desastres (ABRAPEDE)

6/
09260954711 09260954711

-0
4
seguinte. O segundo seminário
– oficializada no ano 09260954711 09260954711 avançou em

om
09260954711 09260954711
termos conceituais: os desastres puderam ser reconhecidos como

l.c
09260954711 09260954711
fenômenos que entrelaçam acontecimento e elaboração cultural;

ai
09260954711 09260954711

gm
as mudanças climáticas foram tipificadas como09260954711
09260954711 fenômenos associa-

z@
09260954711
dos a desastres mistos e não naturais (apesar do ht que supõe o imagi-
09260954711
nário social); e foi considerada a origem antropogênica da emissão
lo
09260954711
ce

dos gases de efeito-estufa como ameaça.


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
Nesse mesmo sentido,
09260954711 o seminário discutiu a relevância de
1

se entender que não é a natureza que obsta o processo organizador


-1

09260954711 09260954711
47

da sociedade, mas o 09260954711


09260954711 resultado de uma construção dada ao longo
.5

09260954711 09260954711
09

do tempo: desflorestamento e destruição de pântanos, migração


09260954711 de
09260954711
.6

áreas rurais improdutivas para cidades que não têm infraestrutura


92

09260954711 09260954711
-0

de apoio e meios de subsistência suficientes e09260954711 adequados, além da


09260954711
es

09260954711
relativa indiferença dos governos com o aquecimento global e situa-
om

09260954711 09260954711
ções de vulnerabilidade (CFP, 2011).
G

09260954711 09260954711
da

Alguns desastres ocorridos no território nacional, articulação 09260954711


ei

09260954711 09260954711
com movimentos sociais de pessoas afetadas, acidentes aéreos,09260954711
bem
m

09260954711
Al

como o incêndio da Boate Kiss em Santa Maria/RS no ano de09260954711


09260954711 2013,
de

impulsionaram o CFP no sentido de contribuir com a categoria a fim


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
de refletir sobre o posicionamento profissional, de modo a cooperar
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
4 Durante a segunda Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, em setembro
09260954711 de
09260954711
2012, realizada em São Paulo/SP, uma assembleia geral formalizou
09260954711 09260954711a fundação da
associação, com eleições de diretoria e conselho fiscal. O09260954711
09260954711 site www.abrapede.org.
br encontra-se em funcionamento, mas a associação não09260954711 perdurou. 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


38
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
com as demandas que emergem nessas situações.
forma, Desta
o
09260954711
CFP lançou a primeira09260954711
nota técnica sobre o tema em 2013 – Nota Téc-
nica sobre Atuação de Psicólogas(os) em Situações de Emergências e
09260954711
Desastres –, posteriormente revisada e publicada em 2016.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 A Nota Técnica 09260954711
de 2013 ressalta a importância da atuação da
Psicologia de forma integrada
09260954711 como norteadora das ações da(o) psi-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
cóloga(o), em articulação com a política de Defesa Civil. Também

6
:2
09260954711 09260954711

15
dimensionou a condição do trabalho voluntariado
09260954711 e do estágio su-
09260954711

24
pervisionado. Reforçou
09260954711 a importância de que psicólogas(os), como
09260954711

0
/2
profissionais contratados ou voluntários, estão
09260954711
submetidas(os) às
09260954711

05
09260954711 09260954711
determinações do Código de Ética e outras regulamentações nor-

6/
09260954711 09260954711

-0
mativas da categoria (CFP , 2013).
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711
A Comissão de 09260954711
Gestão Integral de Riscos, Emergências e De-

l.c
09260954711
sastres, que funcionou de 2015 a 2017 no CFP, revisou a nota, publi-

ai
09260954711 09260954711

gm
cando-a em 2016. Inseriu a concepção da Gestão
09260954711 Integral e conside-
09260954711

z@
09260954711
rou os avanços da política pública da Proteção09260954711
e Defesa Civil (CFP,
ht
2016). A revisão também salientou a importância de a Psicologia no
lo
09260954711
ce

campo dos Riscos, Emergências e Desastres estar vinculada às polí-


ar

09260954711 09260954711
-m

ticas e estratégias do SUS e SUAS.


09260954711
09260954711
1

Estas referências técnicas inserem-se nesse processo de09260954711 con-


-1

09260954711
47

tínua elaboração. Fundamentam-se


09260954711 09260954711 nos avanços da categoria nesse
.5

09260954711 09260954711
09

campo de atuação e pesquisa, somam-se às novas experiências


09260954711 da
09260954711
.6

Psicologia na área – especialmente em função de emergências e


92

09260954711 09260954711
-0

desastres mais recentemente ocorridos no país.09260954711


A isso se soma09260954711
uma
es

09260954711
aposta de que referências técnicas contribuem em termos de atuali-
om

09260954711 09260954711
zação, capacitação ou formação profissional contínua.
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711

Grupo de Trabalho sobre Riscos,


Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz

Emergências e Desastres do CFP


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

Entre 2015 e 2017, no âmbito do CFP, foi criada uma comissão


09260954711
ar
M

09260954711
nacional com psicólogas e psicólogos de diferentes regiões do
09260954711 país
09260954711
– todos com expressivo conhecimento de ações
09260954711 na Psicologia das
09260954711
Emergências e dos Desastres. O objetivo foi desenvolver
09260954711 09260954711 um projeto
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
39 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
político de modo a atender às necessidades da 09260954711
09260954711
categoria em
termos
09260954711
de reconhecimento, 09260954711
condições de trabalho, formação e inserção
em políticas públicas. As ações da comissão ampliaram09260954711a dimensão
histórica do CFP como gestor do Sistema Conselhos, fortalecendo o
09260954711
09260954711 09260954711
reconhecimento
09260954711 social dessa temática
09260954711 no país.
09260954711 Identificando tantas outras demandas no país, a Comissão de
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
Psicologia e Gestão Integral de Riscos e de Desastres do CFP reali-

6
:2
09260954711 09260954711

15
zou em todas as regiões do Brasil uma oficina com
09260954711 o título de “Ges-5
09260954711

24
tão Integral dos Riscos09260954711
09260954711 de Desastres: da prevenção à recuperação”.

0
/2
Posteriormente, realizou-se um debate on-line09260954711
09260954711
sobre a atuação da
09260954711

05
09260954711
Psicologia na Gestão Integral de Riscos e de Desastres, em que tam-

6/
09260954711 09260954711 6

-0
bém foi apresentada a09260954711
nota técnica revisada, publicada
09260954711em 2016.

om
09260954711 09260954711
A comissão elaborou e executou um curso on-line, em uma

l.c
09260954711 09260954711
plataforma do CFP, sobre a Psicologia e Gestão do Integral de Ris-

ai
09260954711 09260954711

gm
cos e de Desastres; uma orientação técnica acerca
09260954711 da importância
09260954711

z@
09260954711
da regulamentações do CFP frente ao cenário09260954711 de desastres aéreos
ht
(Ofício Circular n. 0169-16/GRI-CFP), em função do acidente com o
lo
09260954711
ce

time brasileiro da Chapecoense em novembro de 2017. Neste ofício,


ar

09260954711 09260954711
-m

resgata-se a Instrução09260954711
de Aviação Civil sobre gerenciamento de cri-
09260954711
1

ses provocadas por acidentes aéreos, orienta-se sobre atendimento


-1

09260954711 09260954711
47

a vítimas e seus familiares,


09260954711 e retoma- sea importância de ações arti-
09260954711
.5

culadas intersetorialmente, que tenham sustentação a longo 09260954711


09260954711 prazo
09

09260954711 09260954711
.6

e não revitimizem as pessoas afetadas.


92

09260954711 09260954711
-0

Destaca-se também a epidemia do Zika vírus no Brasil, consi-


09260954711 09260954711
es

09260954711
derada uma das maiores emergências de saúde pública da história,
om

09260954711 09260954711
entre 2015 e 2016, que ocasionou vários impactos na saúde, com ca-
G

09260954711 09260954711
sos de microcefalias entre recém-nascidos e envolvendo aspectos
da

09260954711
ei

psicossociais. Este evento proporcionou a retomada


09260954711
da discussão
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

sobre o aborto e os direitos das mulheres sobre09260954711


seu corpo. Outro as-
09260954711
de

pecto identificado foi o alto índice de distanciamento dos genitores


09260954711
tz

das crianças acometidas pela síndrome, passando a ser gerencia-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar

5 Ao todo, foram realizadas oito oficinas, três no Sudeste,09260954711


pela maior concentração
M

de psicólogas e psicólogos em atuação.


09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
6 Debate on-line “A Atuação da Psicologia na Gestão Integral
09260954711 de Riscos e Desastres”.
09260954711
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=G_tN6ZuNAzo. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


40
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
do apenas pelas mães e mulheres, que, diante09260954711
09260954711
de atenção
exclusi-
09260954711
va solicitada por essas crianças, não conseguiam acessar recursos
09260954711
financeiros pelo governo. Isso gerou ações específicas
09260954711 em alguns
Conselhos Regionais, de forma especial no CRP-02, que dimensio-
09260954711
09260954711 09260954711
nou
09260954711 uma atuação junto às secretarias
09260954711 estaduais de Saúde e de De-
senvolvimento Social 09260954711
09260954711 do Estado, e organizou, inclusive, um evento

0
:2
especial relacionado ao
09260954711 tema Epidemia da Zika, com apoio do CFP
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
e da Comissão de Gestão do Risco Integral, Emergência
09260954711 e Desastre

15
09260954711
vigente diante dessa demanda.

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711
Na gestão do Sistema Conselhos – de 2017 a 2019 e com 09260954711
conti-

05
09260954711 09260954711
nuidade em 2020 –, tem-se um grupo de trabalho (GT) que também

6/
09260954711 09260954711

-0
adotou a perspectiva da Gestão Integral. Este GT09260954711
09260954711 é composto de 5 psi-

om
cólogas e psicólogos e tem na coordenação geral um representante
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
da plenária do CFP. O GT tem o propósito de retomar, articuladamente,

ai
09260954711 09260954711

gm
as ações do CFP sobre a temática, ampliando as09260954711
09260954711 discussões e promo-

z@
vendo a participação dos CRPs, considerando os movimentos sociais.
09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce

Na gestão do Sistema Conselhos – de09260954711


2017 a 2019,
ar

09260954711
continuando em 2020 –, tem-se um grupo de trabalho (GT)
-m

09260954711
09260954711
que também adotou a perspectiva da Gestão Integral.09260954711
1
-1

09260954711
Este GT é composto de 5 psicólogas e psicólogos e tem na
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 coordenação geral de umrepresentante da plenária do CFP .


09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

Este GT também tem atuado no sentido09260954711


de redimensionar e
09260954711
es

09260954711
resgatar a formação voltada para essa área de atuação. Para isso,
om

09260954711 09260954711
também fomenta a articulação com os CRPs, considerando as 09260954711
ações
G

09260954711
realizadas em diferentes territórios. O GT resgata as orientações téc-
da

09260954711
ei

nicas na área e reforça o diálogo com as políticas


09260954711
públicas, notada-
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

mente do SUS, SUAS, e Defesa Civil para articular ações no território,


09260954711 09260954711
de

em todas as fases do desastre. 09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
O GT realizou um levantamento do que tem sido produzido
H

09260954711
junto aos CRPs, esteve presente no Fórum Social Mundial em 2018,
lo

09260954711
ce

participou dos eventos da Rede LAPED no Chile, em 2017, e na Ar-


09260954711
ar
M

09260954711
gentina,
09260954711
em 2019, assim como do Congresso Brasileiro de Psicologia
09260954711
(CBP)
09260954711 de 2018 e do Congresso da ULAPSI em 09260954711encontra-se
2019, e
articulado ao Crepop – a exemplo destas Referências
09260954711 Técnicas.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
41 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Em 2020, o cenário da saúde mundial sofreu com a
pandemia
09260954711
da covid-19 , reconhecida como tal pela Organização Mundial de
09260954711
Saúde (OMS). O CFP acompanhou atentamente as orientações dos
09260954711
órgãos competentes sobre os impactos para a 09260954711
população em geral,
09260954711 09260954711
como também para os
09260954711 profissionais de Psicologia, realizando várias
09260954711
campanhas informativas
09260954711 e atividades on-line, alterou a Resolução
09260954711

0
:2
CFP n. 04/2020, facilitando o acesso dos profissionais à plataforma
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
e-Psi, como também criou um espaço virtual09260954711
para informações e

15
09260954711 7
documentos norteadores.

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

Articulações na América Latina

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 América Latina 09260954711
e Caribe destacam-se por serem regiões ex-

gm
postas a cheias, tempestades, terremotos, secas,
09260954711
deslizamentos de
09260954711

z@
09260954711
terra, erupções vulcânicas e incêndios, e também a desigualdades
ht
09260954711
lo
sociais e financiamento insuficiente para ações de prevenção09260954711
e mi-
ce

tigação aos desastres. Sendo assim, são fundamentais os estudos da


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
psiquiatra Raquel Cohen, iniciados em 1970, os quais colaboraram
09260954711
1

para construir protocolos de atenção psicossocial pós-desastres co-


-1

09260954711 09260954711
47

nectados à realidade 09260954711


09260954711 latino-americana, bem como delinearam es-
.5

09260954711 09260954711
09

tratégias de capacitação para equipes locais (COHEN, 2008). 09260954711


09260954711
.6

Após a ocorrência dos furacões Georges09260954711


e Mitch, no Caribe,
92

09260954711
-0

em 1998, foi criado o 09260954711


Centro Regional de Información sobre Desas-
09260954711 09260954711
es

tres (CRID) na América Central, que também 09260954711


trabalhou a temática
om

09260954711
da Saúde Mental. Em 2001, em El Salvador, foi introduzido o concei-
G

09260954711 09260954711
da

to de Atenção em Saúde Mental para pessoas atingidas por terremo-09260954711


ei

09260954711 09260954711
tos (OCAMPO, 2006).
m

09260954711 09260954711
Al

De acordo com documento elaborado por especialistas


09260954711 em
09260954711
de

09260954711
saúde mental para o Caribe (PAHO, 2012), reafirma-se a importân-
tz
er

09260954711 09260954711
cia das intervenções nas primeiras horas após um desastre para que
H

09260954711
lo

promovam informação clara; implementem apoio para localizar pa-


09260954711
ce

rentes e que garantam escuta cuidadosa para09260954711


as necessidades ex-
ar
M

09260954711
pressas pela população. Só assim pode-se garantir que a maior09260954711
09260954711 parte
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
7 Disponível em: http://saudementalcovid19.org.br/. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


42
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
da população possa reagir sem desenvolver transtornos
09260954711
mentais.
Como já foi enfatizado, quando se considera os primeiros 50
09260954711
anos de pesquisas sobre os aspectos psicológicos envolvidos em
09260954711
09260954711
situações de desastres, têm-se um acento sobre
09260954711 a eventualidade
09260954711
dos impactos psíquicos
09260954711 e a influência do discurso médico psiquiá-
09260954711
trico (COELHO, 2006).09260954711
09260954711 Mas, a partir dos anos 1950, a Psicologia pôde

0
:2
09260954711 09260954711
avançar nesta temática específica, daí que se passou a falar em uma

6
:2
09260954711 09260954711

15
Psicologia dos Desastres e uma Psicologia das Emergências.
09260954711 09260954711 Apesar

24
dos autores terem apostado
09260954711 nessas diferenças conceituais, ainda
09260954711

0
/2
não há consenso (MOLINA, 2006). Atualmente,
09260954711
tem-se utilizado a
09260954711

05
09260954711 09260954711
terminologia da Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres,

6/
09260954711 09260954711

-0
uma vez constatada a09260954711
importância de políticas09260954711
públicas dedicadas

om
à proteção e estratégias de prevenção e mitigação (BRASIL, 2010).
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Uma análise de 52 documentos sobre o tema na América Latina,

ai
09260954711 09260954711

gm
entre os anos de 1980 e 2014, encontrou quatro 09260954711
09260954711 tipos de intervenções

z@
09260954711
psicossociais em desastres: intervenções baseadas no tempo; inter-
09260954711ht
venções centradas num tipo específico de desastre; intervenções por
lo
09260954711
ce

níveis de ação e intervenções baseadas nas pessoas. A maior parte


ar

09260954711 09260954711
-m

dos documentos estáão destinados aos profissionais que atuam na


09260954711
09260954711
1

resposta ao desastre com escassez de material voltado para a partici-


-1

09260954711 09260954711
47

pação comunitária. Pode-se perceber que há ambiguidade nas con-


09260954711 09260954711
.5

cepções sobre desastres, bem como são incipientes os estudos


09260954711 de
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

sistematização de experiências com enfoque na estratégia psicosso-


92

09260954711 09260954711
cial, na América Latina (ABELDAÑO; FERNÁNDEZ, 2016).
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
Atualmente, os trabalhos da Psicologia têm sido congruentes
om

09260954711 09260954711
com as mudanças de paradigmas que atravessaram a temática. De
G

09260954711 09260954711
uma disciplina que antes enfocava uma psicopatologia individual,
da

09260954711
ei

centrada na temática do estresse pós-traumático


09260954711
e em conformi-
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

dade com o discurso médico-psiquiátrico, para uma perspectiva


09260954711 09260954711
de

fundada na prevenção, mitigação e promoção de saúde. Assim,


09260954711
tz

há múltiplas formas de se pensar a intervenção da Psicologia,09260954711


e de
er

09260954711
H

09260954711
forma integrada, expandindo os níveis individual, familiar, social e
lo

09260954711
ce

organizacional (COELHO, 2006). 09260954711


ar
M

09260954711
09260954711
Na América Latina, na cidade de Lima (Peru), foi realizado o
09260954711
primeiro
09260954711 Congresso Latino-Americano de Psicologia em
09260954711 Emergên-
cias e Desastres – organizado pela Sociedade de
09260954711 Psicologia Peruana
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
43 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
em Emergências e Desastres (SPPED), com a Organização 09260954711
Pan-Ame-
ricana de Saúde (OMS/OPAS).
09260954711Segundo MOLINA (2017), as origens
da Rede LAPED estão relacionadas ao encontro de profissionais
09260954711
durante esse evento. Na ocasião, desenvolveu-se um projeto para
09260954711
09260954711 09260954711
a criação da Federação
09260954711 Latino- Americana de Psicologia das Emer-
09260954711
gências e dos Desastres
09260954711 (FLAPED), que visava, principalmente, esti-
09260954711

0
:2
mular a orientação de esforços de psicólogas(os) interessadas(os)
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
no assunto, no sentido de estabelecer organizações nacionais de

15
09260954711 09260954711
natureza semelhante 09260954711
à SPPED nos países de origem dos participan-

24
09260954711

0
tes – Argentina, Chile, Equador, México, EUA e Peru.

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
A busca para conseguir criar essa federação perpassou alguns

6/
09260954711 09260954711

-0
anos de idas e vindas,09260954711
em eventos realizados na09260954711 América Latina. Em

om
países como Chile, Cuba, Argentina e Peru, a condição dos desas-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
tres era encarada como um processo muito presente, em função da

ai
09260954711 09260954711

gm
natureza geográfica desses países.
09260954711 09260954711

z@
09260954711
Em 2005, por ocasião da organização do09260954711 ht primeiro Congresso
da União Latino- Americana de Entidades de Psicologia (ULAPSI),
lo
09260954711
ce

na cidade de São Paulo, Brasil, houve uma oportunidade 09260954711 para reto-
ar

09260954711
-m

mar o projeto FLAPED. Nessa ocasião, foram compartilhadas as ati-


09260954711
09260954711
1

vidades da FLAPED, desde a formação até a delimitação das 09260954711 áreas


-1

09260954711
47

de interesse para o desenvolvimento de uma Psicologia Latino-Ame-


09260954711 09260954711
.5

ricana. Durante o congresso, ocorreram diálogos latino-americanos,


09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

dentre eles, houve um evento sobre Psicologia09260954711 das Emergências e


92

09260954711
dos Desastres. Houve, inclusive, a realização de09260954711 uma mesa-redonda
-0

09260954711
denominada “Subjetividade, ecologia e desastres: a contribuição da
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
psicologia na América Latina”.
G

09260954711 09260954711
Essa definição deu origem à articulação de uma mesa de de-
da

09260954711
ei

bate, na qual Ângela Coelho (Brasil), Arturo Marinero


09260954711
(México) e
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

Rodrigo Molina (Chile) compuseram. Essa mesa foi


09260954711moderada por
09260954711
de

Marcus Vinícius, então vice-presidente do CFP . O potencial dessa


09260954711
tz

área foi discutido, na época, para o desenvolvimento de uma Psi-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
cologia Latino-Americana e deu o pontapé para a organização de
lo

09260954711
ce

um primeiro Seminário Nacional de Psicologia09260954711 em Emergências e


ar

Desastres no Brasil – país que, até então, estava fora do escopo das
M

09260954711
09260954711 09260954711
atividades da FLAPED. Em 2006, como já enfatizamos,
09260954711 09260954711
ocorreu o pri-
meiro Seminário Nacional em Brasília/DF, quando
09260954711 surgiu a ideia de
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


44
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
organizar uma rede permanente. 09260954711
A primeira reunião da América Latina aconteceu em abril de
09260954711
2007, em Buenos Aires, Argentina. Paralelamente às atividades de
09260954711
09260954711
mesas-redondas e apresentações,
09260954711 foram realizadas reuniões ple-
09260954711
nárias apoiando a formação
09260954711 da Rede Latino-Americana. Estavam
09260954711
presentes: o CFP-Brasil,
09260954711 a Sociedade Argentina de Psicologia das
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
Emergências e Desastres (SAPSED-Argentina), 09260954711
a Sociedade Chilena

6
:2
09260954711

15
de Psicologia em Emergências e Desastres (SOCHPED-Chile)
09260954711 09260954711 e a So-

24
ciedade de Psicologia09260954711
09260954711 Peruana em Emergências e Desastres (SPPE-

0
/2
D-Peru). Nessa ocasião, Marcus Vinícius representou
09260954711
o CFP e propôs
09260954711

05
09260954711 09260954711
a convocação para o 09260954711
segundo Congresso da ULAPSI que se realiza-

6/
09260954711

-0
ria em setembro daquele ano, na cidade de Havana,
09260954711 Cuba. A ideia
09260954711

om
era trabalhar a criação definitiva da Rede LAPED.
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Em setembro de 2011, foi redigida a Declaração de Princí-

ai
09260954711 09260954711

gm
pios da nascente LAPED. O documento estabeleceu
09260954711 diretrizes nas
09260954711

z@
09260954711
áreas de formação acadêmica, técnicas de intervenção
09260954711
e pesqui-
ht
sas, além de estabelecer o caráter da organização internacional da
lo
09260954711
ce

rede. Nesse ato, essas entidades foram apresentadas como organi-


ar

09260954711 09260954711
-m

zações fundadoras da Rede LAPED. Dentre as decisões tomadas,


09260954711
09260954711
1

uma versou sobre a organização e promoção de reuniões latino-a-


-1

09260954711 09260954711
47

mericanas a cada dois anos.


09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 A história da Rede LAPED vem sendo construída paulatinamen- 09260954711


.6

te com os esforços de cada uma das organizações-membro e que


92

09260954711 09260954711
-0

trabalham em diferentes territórios da América 09260954711


Latina e Caribe.09260954711
Suas
es

09260954711
ações englobam: intervenções em campo, pesquisas e formação aca-
om

09260954711 09260954711
dêmica. Toda a história de construção dessa rede vem promovendo
G

09260954711 09260954711
uma construção teórica latino-americana sobre o tema e o Conselho
da

09260954711
ei

Federal de Psicologia, além de ser um membro


09260954711
fundador da 09260954711
Rede
m

09260954711 09260954711
Al

Latina, mantém-se também como membro articulador ativo.


09260954711 09260954711
de

09260954711
tz

A história da Rede LAPED vem sendo09260954711


construída
er

09260954711
H

09260954711
paulatinamente com os esforços de cada uma
lo

09260954711
ce

das organizações-membro e que trabalham em


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 diferentes territórios da América Latina e Caribe. 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
45 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

EIXO 2: PSICOLOGIA COM


09260954711
09260954711

COMPROMISSO SOCIAL
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 Neste momento,09260954711
abordaremos o tema da Gestão Integral de

0
/2
09260954711
Riscos, Emergências e Desastres com base na noção do compromis-
09260954711

05
09260954711 09260954711
so social na Psicologia.09260954711
Em outras palavras, trata-se de ressaltar a ética

6/
09260954711

-0
da categoria, levando em consideração ações voltadas
09260954711 para as causas
09260954711

om
e consequências de vulnerabilidades sociais e que, por sua vez, con-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
dicionam riscos sociais e situações de desastre. Nesse sentido, res-

ai
09260954711 09260954711

gm
salta-se a Psicologia Social como campo de estudos
09260954711 e intervenções,
09260954711

z@
que, sob um ponto de vista histórico, tradicionalmente se dedicou à
09260954711
ht
09260954711
temática dessa interface entre o humano e a sociedade. Desse modo,
lo
09260954711
ce

entendemos que uma efetiva abordagem sobre09260954711


o tema da Gestão In-
ar

09260954711
tegral encontra-se atravessada pelas contribuições dessa área.
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

Contribuições da Psicologia Social


09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
8
-0

A Psicologia Social trata das relações entre o ser humano


09260954711
ea
09260954711
es

09260954711
sociedade. É uma ciência do “entre”, considerando a interdepen-
om

09260954711 09260954711
dência entre ambos. Tradicionalmente, enquanto a Sociologia09260954711
con-
G

09260954711
da

centra-se na sociedade, numa dimensão sobre o que concerne ao


09260954711
ei

09260954711 09260954711
“fora”, a Psicologia tende a acentuar o indivíduo, o “dentro”. A Psi-
m

09260954711 09260954711
Al

cologia Social articula os dois, demonstrando que um é impossível


09260954711 09260954711
de

sem o outro (GUARESCHI, 2004, p. 9). Para SILVIA LANE (2007):


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
8 O CFP reconhece a Psicologia Social como especialidade em Psicologia para fins
ce

09260954711
ar

de concessão e registro do título de Especialista. Indica que o trabalho desse pro-


M

09260954711
fissional envolve proposições de políticas e ações relacionadas à comunidade
09260954711 em
09260954711
geral e aos movimentos sociais de grupos e ações relacionadas
09260954711 à comunidade em
09260954711
geral e aos movimentos sociais com objetivos à realização
09260954711 de projetos da área so-
09260954711
cial, como também na fomentação de políticas públicas. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


46
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
Indivíduo e Sociedade são inseparáveis,
segundo a
09260954711
dialética,
09260954711 pois o particular contém em si o universal,
deste modo, se desejamos conhecer cientificamen-
09260954711
te o ser humano, é necessário considerá-lo dentro
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 do contexto histórico, inserido em um processo
09260954711
09260954711 constante de subjetivação/objetivação (p. 52).
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711Psicologia Social – relações entre o ser humano e a sociedade
09260954711

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
Apesar da ênfase na formação em Psicologia ainda ser a da
09260954711
clí-
09260954711

6/
09260954711 09260954711
nica individual, esse enfoque não alcança ou 09260954711
responde totalmente

-0
09260954711

om
aos problemas de ordem
09260954711 social, como as diferentes modalidades de
09260954711

l.c
violência e efeitos oriundos das desigualdades09260954711
09260954711 sociais, que impac-

ai
09260954711 09260954711
tam a subjetividade humana, ampliam vulnerabilidades e produzem

gm
09260954711 09260954711

z@
diferentes modalidades de sofrimento – tanto singulares
09260954711 quanto co-
letivos. Nesse sentido, quando abordamos o tema ht da Psicologia em
09260954711
lo
09260954711
contextos de Riscos, Emergências e Desastres, a Psicologia Social
ce
ar

09260954711 09260954711
assume um lugar estratégico.
-m

09260954711
Conforme previsto no pacto de solidariedade em nossa Consti-
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
tuição Federal (1988), 09260954711
a formulação e implementação de políticas so-
47

09260954711
.5

ciais públicas ensejaram também uma abertura em termos de campo


09260954711 09260954711
09

de trabalho da Psicologia, traduzindo-se numa ampliação de 09260954711


09260954711 “uma
.6
92

09260954711 09260954711
parcela considerável dos psicólogos que se formaram no Brasil nos
-0

09260954711 09260954711
últimos anos” estar “trabalhando
09260954711 em projetos e instituições que lidam
es

com problemas sociais complexos” (MACHADO,09260954711 2011, p. 146). Afinal,


om

09260954711
G

09260954711
trata-se do reconhecimento da categoria em sua capacidade de09260954711 ana-
da

09260954711
lisar e intervir em processos sociais, institucionais e comunitários.
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

Quando abordamos o tema da Psicologia em


09260954711
tz

contextos de Riscos, Emergências e Desastres,


09260954711 a
er

09260954711
H

Psicologia Social assume um lugar estratégico. 09260954711


lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 A oferta do suporte psicológico, tanto na forma do atendi-
09260954711
mento em situações de emergências e desastres
09260954711 quanto nos pro-
09260954711
cessos de prevenção, mitigação e preparação,
09260954711 no âmbito da Ges-
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
47 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
tão Integral de Riscos, encontra seus aportes, ao menos em
termos
09260954711
históricos, na Psicologia Social.
09260954711
ALBUQUERQUE (2008) pontua que a análise social dos de-
09260954711
09260954711
sastres se dá em uma perspectiva de continuidade
09260954711 de comporta-
09260954711
mentos e não apenas 09260954711
09260954711 como uma ruptura de certos padrões. Por isso
que processos de mitigação,
09260954711 preparação e recuperação podem ser
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
entendidos como resultado dos comportamentos anteriores a sua

6
:2
09260954711 09260954711

15
existência, principalmente em função das vulnerabilidades
09260954711 09260954711 sociais

24
presentes em comunidades,
09260954711 na organização social e cultural onde
09260954711

0
/2
está inserida. Quanto mais preparada uma comunidade
09260954711
se encontra,
09260954711

05
09260954711 09260954711
melhores condições terá para a superação de eventuais desastres.

6/
09260954711 09260954711

-0
A Psicologia tem buscado compreender09260954711
09260954711 a dimensão da per-

om
09260954711 09260954711
cepção social. O comportamento humano se 09260954711 imerso em
encontra

l.c
09260954711
crenças e valores, daí ser preciso considerar como cada popula-

ai
09260954711 09260954711

gm
ção, em um dado território, percebe perigos 09260954711
09260954711 ou riscos a que está

z@
09260954711
exposta. Desse modo, um técnico da Defesa Civil de um município
ht
09260954711
terá uma percepção sobre riscos – apesar do aprendizado adqui-
lo
09260954711
ce

rido – que nem sempre será condizente com09260954711


as vulnerabilidades
ar

09260954711
-m

específicas de uma determinada


09260954711
09260954711
comunidade. A Psicologia Social
1

tem um papel muito importante em processos de compreensão do


-1

09260954711 09260954711
47

comportamento expresso pelas populações que vivenciam condi-


09260954711 09260954711
.5

ções de vulnerabilidades, que se encontram mais além do 09260954711


09260954711 que é
09

09260954711 09260954711
.6

visível num contexto objetivo ou mesmo sobre o que pode ser con-
92

09260954711 09260954711
siderado como um desastre.
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
Quando relacionamos a Psicologia Social09260954711
com a temática da
om

09260954711
Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres, entendemos
G

09260954711 09260954711
que a categoria pode contribuir ativamente nas atitudes e percep-
da

09260954711
ei

ções das pessoas. Desastres não ocorrem em 09260954711


09260954711
um vazio social, pois
09260954711
m

09260954711
Al

estão inseridos em estruturas sociais existentes. Quando


09260954711 aconte-
09260954711
de

cem, geram comportamentos vinculados a estruturas previamente


09260954711
tz

existentes. Sabe-se, por exemplo, que em situações de desastres fí-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
sicos, como desmoronamentos, explosões ou terremotos, existem
lo

09260954711
ce

certos padrões de comportamento que podem ser identificados e


09260954711
ar

que determinam uma melhor ou pior atuação sobre o problema


M

09260954711
09260954711 09260954711
(ALBUQUERQUE, 2008).
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


48
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Desastres não ocorrem em um vazio social, pois estão09260954711
09260954711
inseridos 09260954711
em estruturas sociais existentes.
09260954711
09260954711
É preciso considerar a relevância dos
09260954711 aspectos culturais
09260954711 e das
relações sociais em comunidades
09260954711 09260954711 atingidas por desastres. Territó-
rios vulneráveis a desastres
09260954711 podem desenvolver atitudes de solida-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
riedade em situações de emergência. O sofrimento compartilhado

6
:2
09260954711 09260954711

15
produz uma cultura mais coletivista e que pode
09260954711 tornar as pessoas
09260954711

24
mais solidárias ao vivenciarem
09260954711 09260954711 um sofrimento coletivo. Manifesta-

0
/2
09260954711 09260954711
ções de solidariedade e ajuda mútua numa comunidade precisam

05
09260954711 09260954711
ser consideradas nas 09260954711
ações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros

6/
09260954711

-0
ou Polícia Militar, de voluntários,
09260954711 bem como de09260954711
trabalhadores da As-

om
sistência Social (SUAS)
09260954711 e da Saúde (SUS). Afinal, os recursos que
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
uma comunidade dispõe geralmente são mais eficazes e eficientes

ai
09260954711 09260954711

gm
para o enfrentamento de situações de desastres.
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht 09260954711
O sofrimento compartilhado produz uma cultura 09260954711
lo
ce

mais coletivista e que pode tornar as pessoas 09260954711mais


ar

09260954711
solidárias ao 09260954711
vivenciarem um sofrimento coletivo.
-m

09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
Constata-se que, frequentemente, antes das ações realizadas
47

09260954711 09260954711
.5

por equipes estrangeiras em um território que tenha sofrido


09260954711 um
09260954711
09

desastre, a própria comunidade já encontrou algumas soluções.


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
No entanto, isso não significa que as ações das09260954711 equipes de serviços
-0

09260954711
públicos devam ser desprezadas. Trata-se de reconhecer, valorizar
es

09260954711
om

e somar diferentes saberes e estratégias comunitárias.


09260954711 A Psicologia
09260954711
G

09260954711 09260954711
Social contribui para essa sensibilização e criação de estratégias
da

09260954711
dialogadas para a ação.
ei

09260954711 09260954711
m

Considerar o papel da comunidade – portanto, a participação


09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

e o controle social – significa reconhecer a 09260954711 potência contida no


tz

protagonismo da população. Trata-se, sobretudo, de um exercício


er

09260954711 09260954711
H

da cidadania. A Psicologia Social inspira a ideia de que a transfor- 09260954711


lo

09260954711
mação social se dá na perspectiva da participação coletiva em pro-
ce

09260954711
ar

cessos de construção comunitária das políticas09260954711 públicas. O mesmo


M

é válido para políticas voltadas à Gestão Integral de Riscos, Emer-


09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
gências e Desastres.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
49 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Considerar o papel da comunidade –09260954711
a 09260954711
portanto,
09260954711
participação e o09260954711
controle social – significa reconhecer
a potência contida no protagonismo da população.
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 A participação cidadã permite mobilizar os recursos de atores
09260954711
09260954711 09260954711

0
em torno da reivindicação de seus direitos. São os meios e os resul-

:2
09260954711 09260954711

6
tados do aumento de suas habilidades pessoais09260954711 e coletivas para atin-

:2
09260954711

15
gir níveis mais altos de qualidade de vida. Assim,
09260954711 a participação não
09260954711

24
é um favor que é concedido às pessoas. É, em primeiro lugar,
09260954711 09260954711
um

0
/2
09260954711 09260954711
direito, mas também um dever de cidadania. Consiste em participar

05
09260954711 09260954711
ativamente de decisões e ações relacionadas ao planejamento, à

6/
09260954711 09260954711

-0
ação e à avaliação de09260954711
projetos, programas e políticas 09260954711 que venham

om
09260954711 09260954711
diminuir as possibilidades do aumento das vulnerabilidades em po-

l.c
09260954711 09260954711
pulações diante de desastres (VARGAS, ALMUNA & ENRIQUE, 2015).

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711
Psicólogas(os) devem considerar vulnerabilidades e procurar
z@
09260954711
intervir nas condições que as produzem ou agravam. ht 09260954711 Isto é, melho-
lo
rar os fatores que podem proteger contra riscos, considerando09260954711 o his-
ce
ar

tórico da comunidade09260954711
09260954711
e sua população. 09260954711
-m

É preciso dotar as populações de recursos materiais e conhe-


09260954711
1
-1

cimento para saberem coexistir com o risco, buscando fomentar


09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
estratégias de prevenção e fuga. Nesse sentido, é fundamental re-
.5

09260954711 09260954711
09

forçar condições de não dependência das populações, promover


09260954711 e
09260954711
.6
92

organizar planos de contingências que permitam


09260954711 a emancipação,
09260954711
-0

09260954711 09260954711
autonomia e autoestima coletiva – elementos-chave no enfrenta-
es

09260954711
mento de adversidades.
om

09260954711 09260954711
Um dos maiores obstáculos à participação ativa e ao 09260954711 prota-
G

09260954711
da

09260954711
gonismo de atores comunitários é, justamente, o baixo reconheci-
ei

09260954711 09260954711
m

mento de seus direitos e capacidades. Tanto em termos de alcançar


09260954711 09260954711
Al

melhores níveis de bem-estar como de participar e decidir 09260954711


09260954711 sobre
de

09260954711
assuntos que dizem respeito à vida coletiva (VARGAS, ALMUNA &
tz
er

09260954711 09260954711
ENRIQUE, 2015). É uma questão, então, de capacitar atores comuni-
H

09260954711
lo

tários para mobilizar e09260954711


administrar os recursos disponíveis, para que
ce

09260954711
eles capitalizem suas experiências criativas para lidar com adversi-
ar
M

09260954711
dades e não sucumbir a elas; para reforçar a solidariedade comuni-
09260954711 09260954711
tária; e para aumentar suas habilidades pessoais
09260954711 e coletivas para en-
09260954711
frentar criativamente as situações de perigo, risco
09260954711
e vulnerabilidade.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


50
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
É fundamental reforçar condições de não dependência
das
09260954711
populações, promover e organizar planos de contingências que
09260954711
permitam a emancipação, autonomia e autoestima coletiva –
09260954711
elementos-chave no enfrentamento de adversidades.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
A Psicologia pode fomentar os recursos da população em pro-

:2
09260954711 09260954711

6
cessos estratégicos para seu empoderamento.09260954711 Em outros termos,

:2
09260954711

15
fortalecer uma cultura de resiliência – como propostas
09260954711 09260954711contidas nos

24
marcos internacionais de Hyogo e Sendai – sobre a Gestão Integral
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
de Riscos, Emergências e Desastres. As pessoas, certamente, co-

05
09260954711 09260954711
nhecem sua realidade. Daí ser necessário um cuidado ao lidar com

6/
09260954711 09260954711

-0
crenças, suposições ou opiniões que nem sempre
09260954711 contribuem para
09260954711

om
09260954711 09260954711
uma visão crítica de seu ambiente, de modo a 09260954711
produzir transforma-

l.c
09260954711
ções sociais. Trata-se 09260954711
de ressaltar processos educativos na geração

ai
09260954711

gm
de capacidades e compromissos de cada cidadão
09260954711 e cidadã.
09260954711

z@
09260954711
Populações em situação de extrema pobreza, ht em situação de
09260954711
lo
rua, que sofrem discriminações e preconceitos, encontram-se 09260954711 como
ce
ar

“refugo humano”, como


09260954711
nos indica Bauman (1998). Segundo
09260954711
esse
-m

09260954711
autor, no mundo capitalista, aqueles que não se encontram como
09260954711
1

consumidores, nem realizam esse pretenso desejo, encontram-se


-1

09260954711 09260954711
47

como “objetos fora do


09260954711 lugar”. Nesse sentido, cabe retomarmos o
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

compromisso social de psicólogas(os), como consta no Código


09260954711 de
09260954711
.6

Ética da categoria, isto é, um trabalho que visa09260954711


promover a saúde e
92

09260954711
-0

a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, 09260954711contribuindo


09260954711
es

09260954711
para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discrimina-
om

09260954711 09260954711
ção, exploração, violência, crueldade e opressão (CFP , 2005).
G

09260954711 09260954711
da

A postura ética de compromisso e responsabilidade com a so-


09260954711
ei

09260954711 09260954711
ciedade, com o desenvolvimento de projetos e09260954711 ações voltados09260954711
para
m
Al

a garantia dos direitos humanos, pressupõe a construção 09260954711 de uma so-


09260954711
de

ciedade mais justa e igualitária, em que se possa pensar o sujeito in-


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
tegralmente como um ser social, como indivíduo e cidadão do09260954711 mun-
H

do. É preciso entender09260954711


que “compromisso social” não se reduz a um
lo
ce

discurso, é envolvimento, posicionamento político, reflexão e ação.


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
A interface entre Psicologia e Políticas Públicas
09260954711
tem sido ampliada significativamente
09260954711 nos últimos
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
51 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
anos e tem possibilitado o09260954711
crescimento
dos09260954711
dois
09260954711
campos.
09260954711 Para a Psicologia, a atuação dos psicólo-
gos em diferentes áreas e 09260954711
instituições tem levado
os profissionais a criar técnicas e estratégias de
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 trabalho e fazer uma verdadeira reinvenção da prá-
09260954711
09260954711 tica psicológica. Para as políticas públicas, a parti-
09260954711

0
:2
09260954711 cipação ativa dos profissionais da Psicologia tem
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
possibilitado que estas incluam, tanto nos textos

15
09260954711 09260954711
quanto nas práticas, o diálogo interdisciplinar

24
09260954711 09260954711

0
como fundamental para auxiliar na busca 09260954711
de so-

/2
09260954711

05
09260954711
luções para os conflitos e problemas sociais09260954711
(BRI-

6/
09260954711 09260954711

-0
GAGÃO, NASCIMENTO & SPINK,
09260954711 2011, p. 214).
09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 Precisamos questionar oque podemos chamar, em nossos
09260954711

gm
09260954711 09260954711
tempos, de “desastres”. O que estamos entendendo e com isso legi-
z@
09260954711
timando como sendo Riscos, Emergências e Desastres,
09260954711consideran-
ht
lo
do nossas ações em Psicologia? Consideramos que os desastres não
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
se restringem ao que09260954711
é visível, ao que se entende como “natural”,
-m

inclusive como propõe a Política de Proteção e Defesa Civil, no Bra-


09260954711
1

sil. Desastres que, talvez por sua presença excessivamente cotidiana


-1

09260954711 09260954711
47

em diferentes territórios,
09260954711 ou por não ganharem uma visibilidade so-
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

cial-midiática, não são reconhecidos como desastrosos do ponto


09260954711 de
09260954711
.6

vista dos direitos humanos fundamentais.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
Ao refletirmos sobre as contribuições da Psicologia Social e do
es

09260954711
compromisso social em relação à temática da09260954711
Gestão Integral, po-
om

09260954711
demos reconhecer a necessidade de um desalojamento diante de
G

09260954711 09260954711
da

composições teóricas excessivamente consolidadas ou distantes da


09260954711
ei

09260954711 09260954711
heterogênea sociedade e cultura brasileiras. Enfim, temos de consi-
m

09260954711 09260954711
Al

derar como a fragilidade e o avanço de políticas de precarização


09260954711 da
09260954711
de

vida constituem o maior risco para o futuro deste país.


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

Questões políticas acerca do desastre no Brasil


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Desastres se caracterizam, muitas vezes,09260954711 por uma magnitude
que excede as condições que um determinado local e uma 09260954711
09260954711 popu-
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


52
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
lação têm para lidar com esses eventos. O conceito de desastre
09260954711
diz
de uma pronta-insuficiência para fazer frente a um acontecimento
09260954711
considerado abrupto – mesmo que, em alguma medida, possa ser
09260954711
previsível –, que põe abaixo não apenas estruturas físicas e bens ma-
09260954711
09260954711 09260954711
teriais,
09260954711 mas que também tem a
09260954711 potência de fragilizar as pessoas e
produzir rupturas em 09260954711
09260954711 acervos simbólicos (WEINTRAUB et al., 2015).

0
:2
09260954711 09260954711
É por esse motivo que, tantas vezes, tais situações demandam

6
:2
09260954711 09260954711

15
intervenções externas e, inclusive, de pessoas estrangeiras
09260954711 09260954711 em uma

24
região tornada alvo de09260954711
09260954711 um desastre. Algumas situações ganham des-

0
/2
taque nas mídias e trazem apelo humanitário – e
09260954711
cabe perguntarmos
09260954711

05
09260954711 09260954711
como certas tragédias09260954711
têm mais apelo midiático e social que tantas

6/
09260954711

-0
outras. A seca, no que concerne a sua classificação,
09260954711 caracteriza-se
09260954711

om
como um desastre natural de evolução crônica e lenta, com desen-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
volvimento progressivo ao longo do tempo. Apesar de sabermos que,

ai
09260954711 09260954711

gm
em nossa atualidade, a seca atinge milhões de09260954711
09260954711 pessoas em todo o

z@
Brasil, a ponto de muitas cidades e capitais decretarem “estado de
09260954711
09260954711 ht
situação crítica ou emergência”, ela não se traduz por grande 09260954711
apelo
lo
ce

social-midiático. Além disso, como indica FAVERO (2012):


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 Apesar de ser um desastre natural, não se09260954711


pode
47

09260954711 09260954711
esquecer que a ação humana também pode in-
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 tensificar o agravamento desse fenômeno.09260954711


Den-
.6

tre os prejuízos e consequências


09260954711ocasionados
92

09260954711
-0

pela seca, estão as questões de ordem social


09260954711 e
09260954711
es

09260954711
psicológica. Sobre os impactos psicológicos da
om

09260954711 09260954711
seca, aponto o sentimento de luto, enquanto uma
G

09260954711 09260954711
da

reação subjetiva comum na passagem desse09260954711


acon-
ei

09260954711 09260954711
tecimento. O luto caracteriza-se enquanto09260954711
uma
m

09260954711
Al

reação psicológica frente ao fenômeno


09260954711 de perda.
09260954711
de

Nesse sentido, pensar a seca é refletir sobre um


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
número ilimitado de perdas reais e simbólicas
H

09260954711
que, não sem razão, interferem maleficamen-
lo

09260954711
ce

te nas subjetividades e no09260954711


bem-estar do ser hu-
ar
M

mano, vitimados por esse desastre. Sobre essas


09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 perdas, cito o exemplo das crises econômicas
09260954711
09260954711 desencadeadas pela improdutividade
09260954711 dos so-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
53 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
los, gerando prejuízos na 0926095471109260954711
agricultura,
pecuária e
09260954711
agronegócios
09260954711 como um todo. E sem os recursos
financeiros disponíveis, consequentemente,
09260954711 a so-
brevivência é afetada. Além disso, a seca interfe-
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 re na rotina diária levando algumas famílias a ter
09260954711
09260954711 que providenciar água e alimentação para si e os
09260954711

0
:2
09260954711 animais, aumentando a preocupação e o volume
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
do trabalho. E isso não acontece apenas na zona

15
09260954711 09260954711
rural, pois, basta levar o nosso olhar para as maio-

24
09260954711 09260954711

0
res cidades da Paraíba como, Campina Grande,

/2
09260954711 09260954711

05
Patos, Souza, Cajazeiras e09260954711 09260954711
João Pessoa, onde o

6/
09260954711 09260954711

-0
racionamento de água tem09260954711
09260954711 dificultado o dia a dia

om
09260954711 da população (HEDIANY, 2016).
09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711
O fenômeno da seca interfere no cotidiano das famílias, no
z@
09260954711
que se refere à necessidade de ter que providenciar ht água e alimen-
09260954711
lo
tação, tanto para si e seus familiares como para seus animais.09260954711
Essa
ce
ar

09260954711 09260954711
situação pode se transformar em uma experiência de estresse pela
-m

09260954711
constante preocupação com a falta de água.
09260954711
1
-1

09260954711 Realizando uma breve visita na nossa história brasileira09260954711


refe-
47

09260954711 09260954711
rente ao tema da seca, em 1877 teve início, no Nordeste, uma das
.5

09260954711 09260954711
09

piores secas já registradas no Brasil. Ela durou três anos e atingiu


09260954711 a
09260954711
.6
92

região que hoje abrange 6 estados nordestinos e a região norte de Mi-


09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
nas Gerais. A província09260954711
do Ceará foi a que mais sofreu com a falta de
es

água. Mais de 20% da sua população, que tinha na época 800 mil pes-
om

09260954711 09260954711
soas, deixou a região, procurando refúgio na Amazônia, outros 10%
G

09260954711 09260954711
da

teriam morrido. Os cálculos não oficiais da época estimam que 500


09260954711
ei

09260954711 09260954711
mil pessoas pereceram em decorrência da seca (ESPECIAL, 2015).
m

09260954711 09260954711
Al

Este resgate histórico se apresenta como uma possibilidade


09260954711 de avaliar
09260954711
de

as possíveis falhas, mas também nos avançamos e desafios que se


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
apresentam diante do tema nos dias atuais, assim com a necessidade
H

09260954711
de atenção e estruturação de um efetivo plano de contingência nas
lo

09260954711
ce

regiões afetadas pela seca e seus múltiplos desdobramentos.


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 A seca no Nordeste brasileiro, e, mais recentemente, no Su-
09260954711
deste, acaba não sendo considerada um desastre
09260954711 pela opinião pú-
09260954711
blica, talvez por não levar à morte um grande número
09260954711
de pessoas
09260954711
09260954711
ao
09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


54
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
mesmo tempo. Alguns desastres podem ganhar espaço nas
mídias,
09260954711
receber ajuda humanitária e causar, mesmo que temporariamente,
09260954711
indignação. Apesar disso, prevalece o silêncio diante da condição de
09260954711
miséria vivida por um quarto da população brasileira (IBGE, 2017).
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Tal fato demonstra como se configura a percepção sobre o que
09260954711
seria ou não considerado
09260954711 desastre, que não se reduz a maremotos,
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
terremotos, deslizamentos de terra ou rompimento de barragens

6
:2
09260954711 09260954711

15
com resíduos tóxicos, mas ao modelo de desenvolvimento
09260954711 09260954711 socioe-

24
conômico adotado pela
09260954711 maioria dos países e presente, inclusive, na
09260954711

0
/2
forma como se vive no interior das grandes cidades.
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
Trata-se de um assunto que atravessa o tema da bioética. Afi-

6/
09260954711 09260954711

-0
nal, as novas tecnologias são fundamentais ao09260954711
09260954711 progresso científico,

om
09260954711 09260954711
porém a forma como podemos nos relacionar com tais avanços pode

l.c
09260954711 09260954711
levantar problemas éticos. Poluição, degradação de ecossistemas e

ai
09260954711 09260954711

gm
biodiversidades, modalidades insustentáveis de 09260954711
09260954711 produção e consumo

z@
09260954711
(especialmente em países industrializados) geram escassez, condu-
09260954711ht
zem a desequilíbrios sociais, causam problemas graves de saúde e,
lo
09260954711
ce

enfim, minam as condições para a vida (CLOTET, 2012). No Brasil, as


ar

09260954711 09260954711
-m

queimadas e desmatamentos são fenômenos rotineiros que agravam


09260954711
09260954711
1

condições de saúde, aumentam a morbimortalidade de populações


-1

09260954711 09260954711
47

que vivem nesses ecossistemas, ao mesmo tempo que denunciam os


09260954711 09260954711
.5

modelos econômicos subsidiados pelos governos.


09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

As condições em que se efetivam os desastres relacionados a


92

09260954711 09260954711
-0

contextos do ambiente, historicamente, quando se faz um levanta-


09260954711 09260954711
es

09260954711
mento do que vem ocorrendo no Brasil, entre 09260954711
os grandes desastres
om

09260954711
que aparecem como referências, a questão das queimadas não09260954711
apa-
G

09260954711
rece ou está pontuada como algo que vem devastando, por exem-
da

09260954711
ei

plo, a maior área de biodiversidade no mundo, 09260954711


09260954711
que é a Região09260954711
Ama-
m

09260954711
Al

zônica. Nos anos de 2019 e 2020, as queimadas nessa


09260954711região foram
09260954711
de

problematizadas e debatidas internacionalmente. 09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
Em 2019 ocorreram as maiores taxas de desmatamento 09260954711 da úl-
H

tima década na Amazônia. O pesquisador Paulo Moutinho, do Insti-


lo

09260954711
ce

tuto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, alerta09260954711


para a possibilidade
ar
M

09260954711
de
09260954711
um desastre nos sistemas de saúde se os desmatamentos e as
09260954711
queimadas
09260954711 não forem controlados a tempo. 09260954711
09260954711
De acordo com PINHEIRO (2002), na atualidade, os estudos no
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
55 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
campo do compromisso ambiental buscam uma maior contextuali-
09260954711
zação, à medida que incluem bases culturais e históricas dos valores
09260954711
das pessoas, aspectos afetivos, ideologias políticas e visões do mundo.
09260954711
09260954711
GABRIEL MOSER (2005), como grande representante
09260954711 09260954711 da psico-
logia ambiental, apresenta
09260954711 uma relação direta entre as condições de
09260954711
se pensar o ambiente,
09260954711 e a própria psicologia ambiental com a psi-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
cologia social. Seguindo o seu pensamento, a questão do ambiente

6
:2
09260954711 09260954711

15
e sua proteção e defesa, no sentido do cuidado
09260954711 efetivo, onde o ser
09260954711

24
humano se faz presente,
09260954711 se coloca como um grande desafio, onde
09260954711

0
/2
a ciência psicológica precisa não só elaborar métodos
09260954711
de pesquisa
09260954711

05
09260954711 09260954711
mais apropriados onde se chegue a um corpo de conhecimentos

6/
09260954711 09260954711

-0
mais coerente por meio da articulação teórica09260954711
09260954711 e integrada em de-

om
senvolver abordagens mais consistentemente.
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Compreender como um conhecimento transversal que saia dos

ai
09260954711 09260954711

gm
espaços privados, e efetive a compreensão acerca
09260954711 da relação com
09260954711

z@
09260954711
os espaços partilhados, do habitat coletivo, do bairro,ht do lugar de tra-
09260954711
balho, dos parques e espaços verdes, das cidades, das matas, das
lo
09260954711
ce

florestas, do cerrado, do pantanal, dos pampas e tantos outros am-


ar

09260954711 09260954711
-m

bientes da nossa diversidade no Brasil, assim como da relação com o


09260954711
09260954711
1

ambiente em sua totalidade que implica a melhoria da qualidade de


-1

09260954711 09260954711
47

vida dos indivíduos envolvidos em contextos particulares e coletivos.


09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 Nesse contexto, ter uma noção de que a qualidade de vida e


09260954711
.6

bem-estar social de todos e todas revela a psicologia como ciência


92

09260954711 09260954711
-0

seja na condição de pensar a gestão e o cuidado com desastres


09260954711 ea
09260954711
es

09260954711
psicologia ambiental como múltipla em suas abordagens, compro-
om

09260954711 09260954711
metida com os debates atuais da sociedade, e que tem, incontestavel-
G

09260954711 09260954711
mente, o seu lugar nessa paisagem que se descortina mesmo se, no
da

09260954711
ei

momento atual, nos falta, em certa medida, uma


09260954711
condição de pensar
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

e agir mais integrativa. Estes caminhos precisam09260954711


ser descortinados, e
09260954711
de

permitir um devir de construção com a participação efetiva dos posi-


09260954711
tz

cionamentos da psicologia para se considerar a09260954711


resistência e resiliên-
er

09260954711
H

09260954711
cia diante do contexto09260954711
da proteção e defesa do mundo, nosso Ethos!
lo
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711
As novas tecnologias são fundamentais ao progresso09260954711
09260954711 científico, mas a forma como podemos 09260954711
nos relacionar
09260954711 com tais avanços pode levantar problemas éticos.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
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Integral de Riscos, Emergências e Desastres


56
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Conforme nos aprofundaremos ao falar sobre
e preven- riscos
09260954711
ção, um cenário desastroso não exime a responsabilidade do poder
09260954711
público, do setor privado e da população sobre aquilo que pode e
09260954711
deve ser evitado. Também não exime a responsabilidade
09260954711
que países
09260954711 09260954711
e
09260954711 sociedades têm frente ao descaso
09260954711 com populações em situação
de vulnerabilidade, predispondo-as
09260954711 09260954711 a desastres.

0
:2
09260954711 09260954711
Uma devida abordagem do problema torna necessário tocar-

6
:2
09260954711 09260954711

15
mos em certos assuntos considerados tabus 09260954711
09260954711 e que persistem em

24
nossa cultura. Isto é, de
09260954711 como certas diferenças produzem desigual-
09260954711

0
/2
dades ou, mais precisamente, como formas impostas
09260954711
hegemônicas
09260954711

05
09260954711 09260954711
de ser e viver – oriundas dos padrões heteronormativo, do homem,

6/
09260954711 09260954711

-0
branco e ocidental – determinam
09260954711 riscos sociais09260954711
e produzem diferen-

om
tes modalidades de sofrimento
09260954711 09260954711 (FANON, 2008; MBEMBE, 2018).

l.c
09260954711 09260954711
Uma Gestão Integral em contextos de Riscos, Emergências e

ai
09260954711 09260954711

gm
Desastres implica uma coordenação com planejamento
09260954711 09260954711de ações de

z@
09260954711
curto, médio e longo prazo, ressaltando que ajudas externas
09260954711 ht – vindas
de organizações públicas ou privadas, da ajuda humanitária e iniciati-
lo
09260954711
ce

vas voluntárias – precisam estar integradas com a09260954711


rede intersetorial do
ar

09260954711
-m

território, levando em09260954711


consideração as suas características, a fim de
09260954711
1

não produzirem ou reproduzirem práticas colonizadoras. Essas09260954711


práti-
-1

09260954711
47

cas engendram a organização dos Estados, a forma de concebermos


09260954711 09260954711
.5

e validarmos os conhecimentos, além de atravessarem a constituição


09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

da própria subjetividade – desde uma racionalidade ocidental, euro-


92

09260954711 09260954711
cêntrica, racista e patriarcal (TURRIANI & LANARI, 2018).
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
A desarticulação e uma não implicação09260954711
com o contexto so-
om

09260954711
ciocultural e político de um determinado local podem fragilizar
G

09260954711 09260954711
ainda mais a população, sem contribuir efetivamente para os pro-
da

09260954711
ei

cessos de reconstrução e criação de novas formas


09260954711
de mobilização
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

para a vida. Nos termos de KATZ e OLIVEIRA (2017): “A perda


09260954711 dos
09260954711
de

laços e a destituição do sistema de identificações são efeitos di-


09260954711
tz

retos da desorganização do pertencimento ao09260954711território” (p.09260954711


227).
er
H

09260954711
Desse modo, um território que sofre um desastre conduz a proces-
lo

09260954711
ce

sos de desagregação das redes sociais e comunitárias,


09260954711produzindo
ar

efeitos de desorganização subjetiva.


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Então, como a Psicologia pode contribuir 09260954711
nesse campo? Psicó-
logas(os) encontram- se diante do exercício de
09260954711 ampliar sua escuta
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
57 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
qualificada, exercendo um importante papel de 09260954711
no âmbito
ações
09260954711
que não se restringem09260954711
ao setting considerado tradicional, do consul-
tório fechado, mas na parceria com diferentes setores, como saúde,
09260954711
educação, assistência social, cultura, trabalho, 09260954711
habitação, meio am-
09260954711 09260954711
biente, saúde e proteção
09260954711 e defesa civil. É em função da ampliação
09260954711
das estratégias de atenção
09260954711 e gestão que se torna necessário apreen-
09260954711

0
:2
der certos elementos condicionantes para Riscos, Emergências e
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
Desastres, de modo a instrumentalizar e bem fundamentar as ações

15
09260954711 09260954711
da Psicologia nesse campo.

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


58
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

EIXO 3: A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA GESTÃO


09260954711
09260954711

DOS RISCOS, EMERGÊNCIAS E DESASTRES


09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 09260954711
Neste capítulo, apresenta-se como a Gestão Integral em situa-

24
09260954711 09260954711

0
ções envolvendo Riscos, Emergências e Desastres requer a articula-

/2
09260954711 09260954711

05
ção de uma rede composta de diferentes atores e instituições,
09260954711 ten-
09260954711

6/
09260954711 09260954711
do como norte ações 09260954711
que não se reduzam a intervenções pontuais,

-0
09260954711
mas a médio e longo09260954711
prazo. Ressalta-se que tais ações precisam

om
09260954711
considerar os recursos materiais e imateriais 09260954711
de um determinado

l.c
09260954711

ai
09260954711 09260954711
local e das pessoas atingidas, seus modos heterogêneos de ser e

gm
09260954711 09260954711
viver, para que não reproduzam condições de 09260954711
vulnerabilidade, mas
fortaleçam a população e seu território. z@
09260954711 ht
lo
09260954711
ce

Tendo em vista a complexidade dessas situações,


09260954711 que geral-
ar

09260954711
mente excedem o alcance desses recursos, destaca-se a impor-
-m

09260954711
tância da realização 09260954711
de ações integradas nos diferentes níveis da
1
-1

09260954711 09260954711
federação, municipal,09260954711
estadual e federal, por meio da articulação
47

09260954711
.5

dos serviços do SINPDEC, SUS e SUAS, orientando-se pelas carac-


09260954711 09260954711
09

terísticas de um dado território onde se localizam diferentes


09260954711 de-
09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
mandas em termos de cuidados.
-0

09260954711 09260954711
É importante considerar o papel das políticas sociais, dos servi-
es

09260954711
om

ços públicos, considerando uma gestão integrada


09260954711 do órgão da Defe-
09260954711
G

09260954711 09260954711
sa Civil e das Redes de Atenção Psicossocial e Socioassistencial dos
da

09260954711
municípios, tendo em vista o reconhecimento das características da
ei

09260954711 09260954711
m

população atingida e da potência contida nos 09260954711


territórios – concep-
09260954711
Al

09260954711 09260954711
ção que não se restringe aos limites físicos de 09260954711
um determinado es-
de
tz

paço, mas contempla as formas de subjetivação e das relações que


er

09260954711 09260954711
ali se produzem, sua dimensão perceptiva e micropolítica.
H

09260954711
lo

09260954711
ce

A referida articulação visa ao protagonismo dessas redes so-


09260954711
ar

cioinstitucionais, comunitárias e dos trabalhadores inseridos nos


M

09260954711
serviços que compõem o município e seu entorno. Para que 09260954711
09260954711 as es-
09260954711 09260954711
tratégias sejam sustentáveis, é preciso que haja
09260954711 uma coordenação
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
59 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
intersetorial, com a participação de agentes públicos, trabalhadores
09260954711
da rede socioassistencial e membros da sociedade civil, na promo-
09260954711
ção e gerenciamento das ações. 09260954711
09260954711
As ações voltadas para a população, que09260954711
09260954711 foi exposta a estres-
sores severos durante09260954711
09260954711 um desastre, precisam ter uma perspectiva a
longo prazo. De acordo
09260954711 com a OMS, é preferível focar no desenvol-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
vimento de estratégias de médio a longo prazo 09260954711
focadas no território,

6
:2
09260954711

15
em intervenções sociais, serviços de saúde na atenção
09260954711 primária que
09260954711

24
apenas propor o atendimento
09260954711 09260954711 imediato que proponha o alívio do

0
/2
sofrimento psicológico agudo da fase de emergência
09260954711
(WHO, 2003).
09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
As estratégias de intervenção em desastres
09260954711 09260954711

om
09260954711 devem estar articuladas às características de um
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
determinado local e/ou de uma comunidade

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
A Psicologia situa-se, justamente, na htcomposição
rede de
09260954711
da
cuidados, em intervenções que vão desde a prevenção ao pós-de-
lo
09260954711
ce

sastre, atuando conjuntamente com diferentes09260954711


setores. Mais preci-
ar

09260954711
-m

samente, desde processos educativos e atenção psicossocial em


09260954711
09260954711
1

serviços dedicados a mitigar riscos, prevenir e preparar a população,


-1

09260954711 09260954711
47

como também contribuir


09260954711 para seu enfrentamento. Por isso, conside-
09260954711
.5

ra-se que a Psicologia, presente em qualquer política pública, 09260954711


09260954711 deve,
09

09260954711 09260954711
.6

também, estar incorporada às equipes da Defesa Civil como profis-


92

09260954711 09260954711
sional que organiza linhas de cuidado e mobilização comunitária,
-0

09260954711 09260954711
escuta, acolhe e atua09260954711
na defesa da população antes (prevenção,
es
om

09260954711 09260954711
mitigação e preparação), durante (resposta) e após (reparação/re-
G

09260954711 09260954711
construção) situações de desastre.
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

A Psicologia deve, também, estar incorporada 09260954711 às 09260954711


de

equipes da Defesa Civil como agente 09260954711 que organiza


tz

linhas de cuidados e mobilização comunitária, escuta,09260954711


er

09260954711
H

09260954711
acolhe e atua na 09260954711
defesa da população antes (prevenção,
lo
ce

mitigação e preparação), durante (resposta) 09260954711 e após


ar

(reparação/reconstrução) situações de desastre.


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
Neste eixo, será enfatizada a articulação dessa imbricada rede,
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


60
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
atentando para alguns elementos que circunscrevem a temática
09260954711
e as
múltiplas formas de inserção da Psicologia, com suas diferentes aborda-
09260954711
gens e campos de atuação na gestão de Riscos, Emergências
09260954711e Desastres.
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

Mudanças de Paradigma
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Em 1940, houve a criação do primeiro órgão,
para a no Brasil,
09260954711

24
09260954711 09260954711
proteção da população em situações de emergência e calamidade

0
/2
09260954711 09260954711
pública. Na década de 1960, o órgão da Defesa Civil foi enfim estabe-

05
09260954711 09260954711

6/
lecido institucionalmente
09260954711 no país, e na década seguinte este órgão
09260954711

-0
09260954711 09260954711
passou a ser responsável pela assistência prestada às situações de

om
09260954711 09260954711
Riscos, Emergências e09260954711
Desastres.

l.c
09260954711

ai
09260954711
Ocorreram importantes mudanças de paradigmas
09260954711
ao longo

gm
09260954711 09260954711
desse tempo. A primeira, como já foi mencionado, diz respeito a
z@
09260954711
uma mudança de enfoque, a saber, de ações voltadas
09260954711para os efei-
ht
lo
tos ou consequências dos desastres (estratégias de resposta e09260954711
repa-
ce
ar

09260954711 09260954711
ração), para as condições que produzem direta ou indiretamente
-m

09260954711
desastres, especialmente os condicionantes sociais e econômicos
09260954711
1
-1

que geram vulnerabilidades (FURTADO et al., 2013).


09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
A segunda mudança paradigmática é aquela que deslocou o
.5

09260954711 09260954711
09

enfoque da psicopatologia sindrômica – como na difusão do Transtor-


09260954711 09260954711
.6
92

no do Estresse Pós-Traumático –, em sua dimensão


09260954711
biológica indivi-
09260954711
-0

09260954711 09260954711
dual e frequentemente09260954711
calcada no traumatismo, para uma apreensão
es

da complexidade do fenômeno que não se reduz à abordagem psi-


om

09260954711 09260954711
copatológica individual, mas amplia os cuidados a partir das contri-
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
buições da Sociologia, Psicologia Social, Psicologia Ambiental, Saúde
ei

09260954711 09260954711
Coletiva e Saúde Mental. Tal ampliação da abordagem inscreve 09260954711
ações
m

09260954711
Al

que contemplam desde a prevenção e mitigação até a resposta09260954711


09260954711 e re-
de

09260954711
cuperação em situações de desastres (TRINDADE & SERPA, 2013).
tz
er

09260954711 09260954711
A mudança de perspectiva perpassou o questionamento de
H

09260954711
lo

intervenções que se concentram em tratamentos individuais, como,


09260954711
ce

09260954711
ar

por exemplo, a oferta apenas de atendimentos psicoterápicos aos


M

09260954711
afetados, ou mesmo de cunho médico-psiquiátrico e medicalizante,
09260954711 09260954711
em detrimento da mobilização das condições sociais na abordagem
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
de problemas que são, sobretudo, coletivos. 09260954711
Afinal, nesse campo
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
61 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
de estudos e intervenções, abordam-se modalidades de sofrimento
09260954711
que são produzidas socialmente,
09260954711 vivenciadas coletivamente e que
não são resolvidas apenas individualmente. 09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Mudança de paradigmas em relação ao tema:
09260954711
09260954711 09260954711 → Causas / Condicionantes
Efeitos / Consequências

0
:2
09260954711 09260954711
Psicopatologia Individual → Sociologia, Psicologia Social,

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Psicologia Ambiental, Saúde Coletiva, 09260954711 Saúde Mental

24
09260954711 09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
Como observaram WEINTRAUB e VASCONCELOS (2013),

05
09260954711 09260954711
desde a década de 1990, a perspectiva internacional sobre o tema

6/
09260954711 09260954711

-0
ressalta que desigualdades sociais e econômicas
09260954711 engendram vul-
09260954711

om
09260954711 09260954711
nerabilidades que impactam a vida comunitária, condicionando a

l.c
09260954711 09260954711
emergência de desastres. Tendo em vista a mudança de perspec-

ai
09260954711 09260954711

gm
tiva, pode-se dizer que desastres não são, exatamente,
09260954711 09260954711 fatalidades

z@
09260954711
provocadas pela natureza ou pelo simples avanço ht tecnológico, mas
09260954711
estão vinculados à preexistência de certos elementos que são de-
lo
09260954711
ce

terminantes para que desastres aconteçam. Um desastre nunca é,


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
exata ou exclusivamente, um fenômeno natural. Desastres não se
09260954711
1

reduzem a um determinado evento, mas a uma consequência de


-1

09260954711 09260954711
47

um evento em um ambiente vulnerável. Ou seja, são condições da-


09260954711 09260954711
.5

das por processos sociais, políticos, econômicos e ambientais


09260954711
que
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

aumentam a suscetibilidade e exposição (FURTADO et al., 2013).


92

09260954711 09260954711
-0

Não é por acaso que, como observam as 09260954711 autoras, “nas últimas 09260954711
es

09260954711
duas décadas, houve um aumento da ocorrência de desastres, de
om

09260954711 09260954711
8.671, nos anos 1990, para 23.238, na década seguinte” (WEINTRAUB
G

09260954711 09260954711
& VASCONCELOS, 2013, p. 3). Isso se deve ao modelo de desenvol-
da

09260954711
ei

vimento adotado em países considerados desenvolvidos


09260954711
e que09260954711
sub-
m

09260954711 09260954711
Al

metem países que seguem em desenvolvimento, como


09260954711 forma de
09260954711
de

conceber o progresso à custa do subdesenvolvimento das periferias


09260954711
tz

regionais e mundiais (NAPOLEONI, 2011; SEN, 09260954711 2010; SOUZA, 2017).


er

09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

Um desastre nunca é, exata ou exclusivamente, 09260954711


ar
M

09260954711
09260954711
um fenômeno natural. 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
Em outros termos, é o modelo de desenvolvimento 09260954711 adotado
09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


62
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
pelas sociedades dominantes – notadamente norte-americana
09260954711
e eu-
ropeia – que conduz a09260954711
desastres, coloca pessoas e o meio ambien-
te em risco e produz, cotidianamente, situações de emergência ou
09260954711
calamidade. É a urbanização sem planejamento que leva à degra-
09260954711
09260954711 09260954711
dação
09260954711 do meio ambiente, ao aquecimento
09260954711 global e à produção de
epidemias; a concentração
09260954711 de capital cultural e a não redistribuição
09260954711

0
:2
de renda e riqueza que
09260954711 cria a pobreza e que, por sua vez, conduz
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
pessoas às periferias e zonas de risco habitacional – sem garantia de

15
09260954711 09260954711
educação, água potável e tratamento de esgoto. Enfim, é a falta de

24
09260954711 09260954711

0
cuidado com o meio ambiente e os seres humanos que engendra

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
riscos que podem conduzir a desastres.

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 É o modelo de desenvolvimento adotado pela
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
sociedade que09260954711
conduz a desastres, coloca pessoas e

ai
09260954711

gm
09260954711 o meio ambiente em risco e produz cotidianamente
09260954711

z@
situações de emergência ou calamidade.
09260954711
09260954711 ht
lo
09260954711
ce

Por isso, o consenso internacional sobre 09260954711


a necessidade de se
ar

09260954711
-m

09260954711
investir em estratégias que reduzam situações de vulnerabilidade,
09260954711
1

e é nesse ínterim que o poder público tem seu papel. Desde a09260954711
Con-
-1

09260954711
47

ferência de Hyogo, estabeleceu-se


09260954711 09260954711 internacionalmente que países
.5

09260954711 09260954711
09

signatários, como o Brasil, precisam desenvolver estratégias


09260954711 de
09260954711
.6

atuação em todo o ciclo que envolve desastres, isto é, desde a pre-


92

09260954711 09260954711
-0

venção e mitigação até a resposta e recuperação. 09260954711 09260954711


es

09260954711
No Brasil, a Defesa Civil é o órgão responsável
09260954711pela gestão
om

09260954711
desse ciclo e está vinculada ao Ministério da Integração Nacional,
G

09260954711 09260954711
da

sob a coordenação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa 09260954711


ei

09260954711 09260954711
Civil (SENPDEC), tendo por objetivo as ações09260954711
previstas e acorda-
m

09260954711
Al

das internacionalmente: prevenção, mitigação, resposta e recupe-


09260954711 09260954711
de

ração. Portanto, a Defesa Civil não deve funcionar apenas como


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
órgão a ser acionado no momento dos desastres, pelo contrário,
H

09260954711
deve promover ações09260954711
que, articuladas a outros setores das políti-
lo
ce

cas públicas e juntamente às comunidades – especialmente


09260954711 aque-
ar
M

09260954711
las
09260954711
em situação de maior vulnerabilidade –, deve prevenir e mitigar
09260954711
riscos socioambientais. Isso porque é a falta09260954711
09260954711 da intervenção nos
riscos que leva à produção de desastres.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
63 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
Prevenção – Mitigação – Preparação – Resposta – Recuperação
09260954711
09260954711
09260954711

Prevenção, Mitigação e Preparação


09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
Apesar de a Psicologia ser reconhecida e frequentemente cha-

:2
09260954711 09260954711

6
mada para atuar em situações de desastres, a09260954711 categoria ainda não

:2
09260954711

15
se encontra plenamente incorporada na gestão
09260954711 integral de Riscos,
09260954711

24
09260954711 09260954711
Emergências e Desastres, pelo órgão da Defesa Civil, no país,09260954711
bem

0
/2
09260954711
como não se percebe fazendo parte do Sistema de Proteção,09260954711
mes-

05
09260954711

6/
mo atuando em outras
09260954711 políticas públicas como SUS e SUAS. A exce-
09260954711

-0
09260954711 09260954711
ção, como já observamos, encontra- se na cidade de Recife/PE, que

om
09260954711 09260954711
conta com psicólogas(os) concursadas(os), membros efetivos das

l.c
09260954711 09260954711

ai
equipes da Defesa Civil.
09260954711 O argumento para a inclusão da Psicologia
09260954711

gm
nessa política pública ocorre em função do reconhecimento
09260954711 09260954711
do pa-
z@
09260954711
pel da categoria em todo o ciclo que envolve desastres. ht 09260954711
lo
Apesar da atuação de psicólogas(os) na escuta de pessoas que
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
passaram por essas experiências – oferecendo acolhimento e contri-
-m

09260954711
buindo para processos09260954711
de nomeação do sofrimento psíquico –, a Psi-
1
-1

cologia não se reduz a uma atividade clínica. Psicólogas(os) podem


09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
contribuir na ampliação da percepção dos riscos sociais e ambientais
.5

09260954711 09260954711
09

presentes num determinado território e das estratégias que o 09260954711


09260954711 poder
.6

público e a população podem empregar a fim de mitigar riscos.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
A concepção de09260954711
mitigação diz respeito às ações que podem
es

ser implementadas quando riscos já são localizados, portanto, tra-


om

09260954711 09260954711
ta-se de intervenções para evitar e minimizar riscos identificados
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
(FURTADO et al., 2013). Tal concepção implica, necessariamente, o
ei

09260954711 09260954711
reconhecimento das condições que geram vulnerabilidade.
m

09260954711 Desse
09260954711
Al

modo, o que previne desastres é o combate aos condicionantes


09260954711 so-
09260954711
de

09260954711
ciais e econômicos que geram vulnerabilidades.
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

Psicólogas(os) podem contribuir na ampliação da percepção


09260954711
ce

09260954711
ar

dos riscos sociais e ambientais presentes num determinado


M

09260954711
09260954711 território e das estratégias que o poder público e a 09260954711
09260954711 população podem empregar a fim de mitigar 09260954711 riscos.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


64
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
Esse campo de estudos e intervenções deve inscrever-se09260954711
09260954711
des-
de a formação em Psicologia
09260954711a cursos de pós-graduação em Saú-
de Mental e Atenção Psicossocial em desastres, compondo a for-
09260954711
mação profissional contínua. A partir das definições trazidas pelo
09260954711
09260954711 09260954711
IASC
09260954711 (2007), percebe-se que os
09260954711 impactos psicológicos e sociais de
emergência podem ser
09260954711 acentuados em curto prazo, podendo agra-
09260954711

0
:2
var indicadores de saúde
09260954711 mental e o bem-estar psicossocial de um
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
determinado território, a longo prazo. Sendo assim, uma das priori-

15
09260954711 09260954711
dades em situações de emergência é, portanto, proteger e melhorar

24
09260954711 09260954711

0
a saúde mental e o bem-estar psicossocial das pessoas.

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711
Por Saúde Mental temos uma área complexa per-

om
09260954711 09260954711
meada por conhecimentos e cuidados que não

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 se restringem à concepção biológica ou orgânica
09260954711

gm
09260954711 do ser humano, como nas abordagens psicopa-
09260954711

z@
09260954711
tológicas que priorizam diagnósticos
lo
ht 09260954711na forma de
síndromes ou transtornos mentais. A Saúde Mental
09260954711
ce

diz de conhecimentos e saberes transversais, po-


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
lissêmicos e intersetoriais que se encontram mais
09260954711
1

além da dualidade saúde versus doença. Implica


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 uma relação dialética entre sujeitos singulares e as


09260954711
.5

09260954711
particularidades encontradas em diferentes 09260954711
09

comu-
09260954711 09260954711
.6

nidades, ampliando a concepção de saúde.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
A Atenção Psicossocial diz respeito a uma for-
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 ma diferente de lidar e apreender o sofrimento


09260954711
da

09260954711
psíquico. O cuidado empreendido não se09260954711
reduz
ei

09260954711
m

à dimensão de assistência, mas enfoca na


09260954711 pro-
09260954711
Al

dução de vínculos, com intervenções


09260954711 pensadas
09260954711
de

09260954711
intersetorialmente, ressaltando as demandas do
tz
er

09260954711 09260954711
próprio sujeito, da família e da comunidade de
H

09260954711
lo

forma mais ampla (OPAS, 2015a, p.2).


09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Para o IASC (2007), os termos “saúde mental” e “apoio psicos-
09260954711
social” estão intimamente relacionados e são usados
09260954711 em situações de
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
65 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
desastres para descrever as estratégias locais ou fora09260954711
vindas de
cujo
09260954711
objetivo seja: proteger09260954711
ou promover o bem-estar psicossocial e/ou
prevenir ou tratar o transtorno mental. Agências09260954711
assistenciais, fora do
setor saúde, tendem a utilizar o termo “apoio psicossocial”,
09260954711
enquanto
09260954711 09260954711
agências
09260954711 do setor saúde utilizam
09260954711 “saúde mental”, “reabilitação psi-
cossocial” ou mesmo09260954711
09260954711 “tratamento psicossocial” para descrever as

0
:2
intervenções não biológicas
09260954711 para pessoas com transtornos mentais.
09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Em situações de Riscos, Emergências e09260954711
Desastres, as fases

24
de prevenção, mitigação
09260954711 e preparação traduzem a mudança de pa-
09260954711

0
/2
radigma que referimos anteriormente, somando-se
09260954711
à transversali-
09260954711

05
09260954711 09260954711
dade, que implica a efetivação
09260954711 de políticas oriundas da conquista

6/
09260954711

-0
de direitos humanos e09260954711
sociais, como habitação, educação, saúde e
09260954711

om
lazer. Para isso, exige-se um trabalho contínuo a ser realizado pelo
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
poder público e pela população.

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
É muito comum que as ações ht preventivas e de
09260954711
lo
mitigação se constituam como ações isoladas, 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
pontuais, focadas em determinadas populações,
-m

09260954711
áreas ou com objetivos específicos, como as cam-
09260954711
1
-1

09260954711 panhas anuais. Manter a continuidade das09260954711 ações


47

09260954711 09260954711
de forma integrada e continuada é mais difícil,
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 uma vez que exige manutenção de recursos (hu-


09260954711
.6

manos, materiais, financeiros etc.); elaboração


92

09260954711 09260954711
-0

de um programa de redução de riscos no qual


09260954711 as
09260954711
es

09260954711
ações estejam filiadas; atualização de dados rela-
om

09260954711 09260954711
cionados aos riscos, mapeamentos, populações,
G

09260954711 09260954711
da

entre outros; e uma constante avaliação do pro-


09260954711
ei

09260954711 09260954711
cesso em desenvolvimento09260954711 para verificar se09260954711
os re-
m
Al

sultados estão sendo alcançados 09260954711e as estratégias


09260954711
de

adequadas. (FURTADO et al., 2013, p. 74)


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

Esse campo de estudos e intervenções deve


09260954711
inscrever-se
ce

09260954711
ar

desde a formação em Psicologia a cursos de pós-graduação


M

09260954711
09260954711 em Saúde Mental e Atenção Psicossocial em Desastres.09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


66
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
A formação precisa abordar temas que chamem atenção09260954711
09260954711
para
uma gestão que considere os recursos dos territórios e das comuni-
09260954711
dades, contribuindo para o exercício de mapeamento, levantamento
09260954711
de demandas, formulação de estratégias, planos e avaliações locais,
09260954711
09260954711 09260954711
com o conhecimento09260954711
09260954711 de protocolos e procedimentos validados e
científicos, além de conhecimentos
09260954711 09260954711 específicos e princípios básicos

0
:2
para o trabalho em situações de Riscos, Emergências e Desastres.
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Nesse ínterim, entende-se que uma formação condizente con-
09260954711

24
temple esse campo de
09260954711 atuação e pesquisa, sem consistir em uma
09260954711

0
/2
especialidade para o emprego de estratégias burocráticas,
09260954711
mas par-
09260954711

05
09260954711 09260954711
te inerente da formação em Psicologia. Psicólogas(os) podem com-

6/
09260954711 09260954711

-0
por, então, equipes que já atuam no território, nas
09260954711 diversas políticas
09260954711

om
públicas e interferir nos fatores de risco e vulnerabilidade da popu-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
lação, podem contribuir em ações de vistorias em áreas de risco

ai
09260954711 09260954711

gm
(como nas construções em encostas), auxiliando-as
09260954711 nos processos
09260954711

z@
que envolvam informações sobre os riscos identificados, medidas
09260954711
ht
09260954711
de segurança e os recursos que envolvam a garantia de direitos so-
lo
09260954711
ce

ciais quando uma mudança de local for necessária.


ar

09260954711 09260954711
-m

Isso inclui o devido suporte psicossocial quando se verifica a


09260954711
09260954711
1

necessidade da retirada e realocação de pessoas. Nesses casos, a


-1

09260954711 09260954711
47

Psicologia também atua, junto ao poder público, para a garantia de


09260954711 09260954711
.5

direitos sociais e humanos dessa população. Sobre esses processos,


09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

cabe observarmos que a intervenção da Psicologia também se en-


92

09260954711 09260954711
contra nas estratégias coletivas para que a população possa inserir-
-0

09260954711 09260954711
-se, simbólica e materialmente, em um novo território:
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
É com base no entendimento que o sujeito09260954711
deve
ei

09260954711
m

fazer de seu espaço físico 09260954711


de circulação uma mo-
09260954711
Al

rada territorializada, para que possa ali se consti-


09260954711 09260954711
de

tuir em seu modo de vida,09260954711


que apontamos para a
tz
er

09260954711 09260954711
necessidade de que toda e qualquer incidência
H

09260954711
lo

sobre o espaço físico ocupado por uma popula-


09260954711
ce

ção, se faça acompanhar09260954711


da atenção para que
ar
M

09260954711
09260954711 o sujeito não seja desterritorializado. E que caso
09260954711
09260954711 isso ocorra, de apoiá-lo na09260954711
invenção de uma nova
09260954711 forma de territorializar-se,09260954711
entendendo tal inter-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
67 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
venção como uma forma de produção de saúde.
09260954711
(KATZ & OLIVEIRA, 2017, p. 228)
09260954711
09260954711
09260954711
Em situações de emergência e
09260954711 desastre, psicólogas(os)
09260954711 en-
09260954711 09260954711
contram-se
09260954711
como parte que
09260954711
deve integrar a gestão. Por não se res-

0
tringir à atuação clínica, apresentam habilidades contidas na sua

:2
09260954711 09260954711

6
:2
formação – que podem ser aprimoradas –, nas
09260954711 mais diversas dis-
09260954711

15
09260954711 09260954711
ciplinas que compõem a formação em Psicologia, em trabalhos

24
09260954711 09260954711
voltados à prevenção e gestão de crises.

0
/2
09260954711 09260954711

05
Para tal integralidade, é preciso considerar que a temática
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711
saúde mental e atenção psicossocial componha os planos de con-

-0
09260954711 09260954711
tingência para desastres, nos três entes federados, sendo importan-

om
09260954711 09260954711

l.c
te a participação: coordenação
09260954711 dos serviços do09260954711 SUAS, coordenação

ai
09260954711 09260954711
de saúde mental no sistema SUS, trabalhadores da Rede de Atenção

gm
09260954711 09260954711
Psicossocial e Socioassistencial, conselhos/sindicatos de profissão,
z@
09260954711
universidades, lideranças, associações comunitárias, ht 09260954711 organizações
lo
não governamentais e trabalhadores e trabalhadoras voluntárias. Res-
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
salta-se que cada município deve atualizar anualmente os planos de
-m

09260954711
contingência para os desastres mais frequentes naquele território.
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
São múltiplas as09260954711
formas de a Psicologia fomentar o protagonis-
47

09260954711
.5

mo do sujeito e das comunidades envolvidas. O que sobressai, segun-


09260954711 09260954711
09

do WEINTRAUB et al. (2015), é que “o/a profissional não aja sozinho,


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
tampouco desconheça a estratégia a priori determinada nos 09260954711
níveis
-0

09260954711
social, de saúde e educação, para mitigar e/ou responder à deman-
es

09260954711
da gerada pelos desastres” (p. 294). Todas as pessoas que desejem
om

09260954711 09260954711
G

contribuir nessas situações, inclusive psicólogas(os), precisam09260954711


09260954711
inte-
da

09260954711
grar-se e fomentar a gestão que coordena as ações, para que a oferta
ei

09260954711 09260954711
m

de cuidados “seja orgânica ao modelo nacional,09260954711 integrando o amplo 09260954711


Al

guarda-chuva das políticas públicas brasileiras” (NOAL et al., 2016,


09260954711 p.
09260954711
de

09260954711
940). Tal integralização permite, ainda, que não haja “sobreposição
tz
er

09260954711 09260954711
de ações ou ações contraproducentes para os afetados” (p. 941).
H

09260954711
lo

09260954711
Soma-se a isso a importância de se realizar um levantamento
ce

09260954711
ar

sobre como a população percebe e lida com riscos, capacitando as


M

09260954711
pessoas, além de fomentar as discussões de casos, atentando09260954711
09260954711 para
a
09260954711
09260954711
prioridade de pessoas com diferentes modalidades de
09260954711
09260954711
sofrimento
psíquico, doenças, deficiências, crianças e adolescentes, 09260954711 mulheres 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


68
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
gestantes e pessoas idosas. Situações de desastre
a agravar tendem
09260954711
condições ou problemas preexistentes, daí a importância de se pro-
09260954711
mover ações que atentem para a equidade (IASC, 2007). Práticas efi-
09260954711
cazes e permanentes de proteção devem contar com a mobilização
09260954711
09260954711 09260954711
social para ações de redução
09260954711 de riscos e de desastres com enfoque
09260954711
no protagonismo das 09260954711
09260954711 comunidades (UFSC, 2015).

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
São múltiplas as formas de a Psicologia fomentar o

15
09260954711 09260954711
protagonismo do09260954711
sujeito e das comunidades envolvidas.

24
09260954711

0
/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 Com base nos trabalhos
09260954711desenvolvidos pela Comissão de Po-

-0
líticas Públicas e Grupo de Trabalho sobre Gestão
09260954711
do Risco Inte-
09260954711

om
09260954711 09260954711
gral, Emergências e Desastres
09260954711do Conselho Regional de Psicologia

l.c
09260954711
de Pernambuco, em 09260954711
Recife (CRP-02), e IASC (2007), adapta-se al-

ai
09260954711

gm
gumas contribuições específicas da Psicologia09260954711
09260954711 para o eixo de pre-

z@
09260954711
venção, mitigação e preparação: 09260954711
lo
ht
• Integrar-se aos programas já existentes no município,09260954711
con-
ce
ar

09260954711 09260954711
siderando a gestão dos aspectos psicossociais das popula-
-m

09260954711
ções em situação de risco;
09260954711
1
-1

09260954711
• Incluir a temática da Saúde Mental e Atenção Psicossocial
09260954711
47

09260954711 09260954711
nos Planos de Contingência;
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 • Realizar capacitações das equipes sobre gerenciamento de


09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
abrigos, proteção a populações vulneráveis e Primeiros Cui-
-0

09260954711 09260954711
dados Psicológicos (OPAS, 2015b);
es

09260954711
om

09260954711
• Planejar, elaborar e executar programas voltados para09260954711
09260954711
a po-
G

09260954711
pulação local, considerando processos de mitigação 09260954711
e pre-
da

venção de riscos identificados, bem como reconhecendo o


ei

09260954711 09260954711
m

conhecimento da população; 09260954711 09260954711


Al

09260954711 09260954711
de

• Mobilizar líderes comunitários, populações vulneráveis e


09260954711
tz

demais atores sociais para construção09260954711


coletiva de estraté-
er

09260954711
H

09260954711
gias de prevenção, preparação e mitigação de desastres;
lo

09260954711
ce

• Participar dos treinamentos de profissionais de socorro e su-


09260954711
ar
M

porte, incluindo informações sobre as 09260954711


respostas esperadas
09260954711 09260954711
09260954711 em situações de desastres; 09260954711
09260954711 • Integrar informações junto aos coordenadores dos serviços
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
69 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
de Assistência Social e Saúde, e fornecer dados que permi-
09260954711
tam o aprimoramento dos projetos de mitigação e prevenção;
09260954711
• Promover estudos e análises dos fatores de riscos, conside-
09260954711
09260954711
rando contextos psicossociais;
09260954711 09260954711
09260954711 • Estreitar os laços e a integração entre os órgãos de saúde,
09260954711
09260954711 09260954711

0
desenvolvimento social e educação junto à Defesa Civil;

:2
09260954711 09260954711

6
• Divulgar e sensibilizar grupos e comunidades sobre estraté-

:2
09260954711 09260954711

15
09260954711
gias de prevenção e mitigação, os comportamentos
09260954711
espera-

24
09260954711 09260954711
dos e a necessidade do suporte psicossocial;

0
/2
09260954711 09260954711

05
• Participar dos programas desenvolvidos nos processos
09260954711 de
09260954711

6/
09260954711 09260954711
educação da população diante de situações de risco: edu-

-0
09260954711 09260954711
cação ambiental, educação em saúde, educação e partici-

om
09260954711 09260954711

l.c
pação social; 09260954711 09260954711

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 • Fornecer esclarecimentos e subsídios aos órgãos da impren-
09260954711

z@
sa para que promovam informações fidedignas para suporte
09260954711
à população;
ht
09260954711
lo
09260954711
ce

• Estimular construção de Planos de Contingência em dife-


ar

09260954711 09260954711
-m

rentes serviços e simulados periódicos para principais de-


09260954711
09260954711
sastres no município e/ou estado;
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 • Atualizar, anualmente,


09260954711lista de serviços públicos e organiza-
.5

09260954711
ções que estejam atuando no território; 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

• Participar de Simulados em preparação09260954711


para desastres e es-
92

09260954711
-0

timular que o saber da população possa ser incorporado


09260954711 às
09260954711
es

09260954711
estratégias de resposta.
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
Enfrentar situações de emergências e desastres está relacio-
ei

09260954711 09260954711
m

nado com a forma como a comunidade e a sociedade, 09260954711de maneira 09260954711


Al

mais ampla, percebe riscos, prepara-se e participa das estratégias


09260954711 09260954711
de

09260954711
de enfrentamento (COÊLHO, 2011).
tz
er

09260954711 09260954711
H

É importante destacar que nessas fases iniciais cabe ao Sis-


09260954711
lo

09260954711
tema Conselhos organizar debates/eventos intersetoriais, construir
ce

09260954711
ar

materiais orientativos sobre atuação em desastres e articular pautas


M

09260954711
que promovam as contribuições da Psicologia para a Gestão Integral
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
de Riscos, Emergências e Desastres.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


70
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

Resposta e Reconstrução
09260954711
09260954711
09260954711
Ao abordarmos os temas da resposta e 09260954711
reconstrução, temos
em vista a mudança de paradigma oriunda do09260954711
09260954711
questionamento de
09260954711 09260954711
intervenções reduzidas
09260954711 à dimensão psicopatológica biologicista, as-
09260954711

0
:2
sentada em diagnósticos
09260954711 médicos e estratégias de cuidado indivi-
09260954711

6
:2
duais. Tal mudança se deve ao reconhecimento
09260954711 de que desastres
09260954711

15
09260954711 09260954711
são problemas, sobretudo, sociais e vivenciados coletivamente. Tra-

24
09260954711 09260954711
ta-se de um problema que é da ordem da justiça social.

0
/2
09260954711 09260954711

05
(IASC, 2007), as intervenções de saúde09260954711
De acordo com09260954711 09260954711
men-

6/
09260954711

-0
tal e atenção psicossocial devem ser acionadas09260954711
09260954711 nas primeiras horas

om
após um desastre, observando
09260954711 09260954711os quatro níveis de intervenção apre-

l.c
sentados na pirâmide09260954711
a seguir, a depender da complexidade das
09260954711

ai
09260954711 09260954711
necessidades da população atendida. Figura 1 09260954711
(p. 712).

gm
09260954711

z@
Figura 1: Níveis de intervenção 09260954711
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
Serviços
47

09260954711 09260954711
especializados
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
-0

Apoios focados, 09260954711 09260954711


es

não especializados
09260954711
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

Apoio à comunidade 09260954711 09260954711


de

e às famílias 09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 Serviços básicos e segurança 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
71 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
De acordo com essa pirâmide, grande parte da população
09260954711
será
capaz de lidar com o 09260954711
sofrimento após o desastre e poderá se bene-
ficiar das ações do nível 1 e 2. Todas as ações do primeiro nível de-
09260954711
vem focar na preservação da vida e dignidade humanas, 09260954711
promoven-
09260954711 09260954711
do
09260954711 o mais rápido possível: alimentação,
09260954711 água, abrigo, atendimento
básico de saúde, etc.09260954711
09260954711 Percebe-se nesse primeiro nível de cuidados

0
:2
a ação de diferentes setores que atuam na resposta aos sobreviven-
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
tes. No segundo nível estariam as ações, como: o rastreamento e

15
09260954711 09260954711
reunificação familiar, 09260954711
auxílio no processo de luto e cerimônias co-

24
09260954711

0
munitárias para recuperação, comunicação em massa acerca dos

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
métodos sobre como09260954711
enfrentar a situação, programas de apoio aos

6/
09260954711
pais, atividades educacionais formais e não formais, atividades de

-0
09260954711 09260954711

om
subsistência e a ativação
09260954711 das redes sociais, por meio, por exemplo,
09260954711

l.c
de grupos de mulheres e clubes de jovens. Nesse
09260954711 09260954711
segundo nível

ai
09260954711 09260954711
percebe-se a potência da mobilização comunitária e apoio às redes

gm
09260954711 09260954711

z@
afetivas e de proteção, grupos e associações, 09260954711 escolas e atividades
econômicas que possam resgatar a capacidade09260954711 ht de reconstrução da
lo
09260954711
ce

comunidade. No terceiro nível estaria um número menor de pes-


ar

09260954711 09260954711
soas, com sofrimento09260954711
mental de leve a moderado (15 a 20% da po-
-m

pulação), que precisam de apoio individual ou familiar por meio dos


09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
Primeiros Cuidados Psicológicos (OPAS, 2015b), ou mesmo a escuta
47

09260954711 09260954711
qualificada por parte de profissionais da saúde. E por fim, no quarto
.5

09260954711 09260954711
09

nível está a oferta de cuidados especializados de saúde mental09260954711


09260954711 para
.6
92

os quadros graves (3 a 4%), que mesmo recebendo


09260954711 09260954711
o suporte dos
-0

09260954711 09260954711
demais níveis ainda apresentam
09260954711 sofrimento intolerável, com com-
es

prometimento da vida diária. No Brasil este atendimento 09260954711 é ofertado


om

09260954711
nos Centros de Atenção Psicossocial, Ambulatórios Especializados e
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
por profissionais liberais: psiquiatras e psicólogas(os).
ei

09260954711 09260954711
m

Situações de emergências demandam atendimento 09260954711 assisten-


09260954711
Al

cial imediato, como a providência de recursos básicos 09260954711


à sobrevivên-
09260954711
de

09260954711
cia e à dignidade humana: água potável, alimentação, 09260954711vestimenta,
tz
er

09260954711
material de higiene e limpeza, abrigo seguro, instalações de lavan-
H

09260954711
lo

deria e banheiro. Esse suporte é, inclusive, essencial para a saúde


09260954711
ce

09260954711
ar

mental e o bem- estar psicossocial da população atingida e, se ofe-


M

09260954711
recido a tempo e de forma adequada, pode aliviar o sofrimento
09260954711 psi-
09260954711
cológico dos sobreviventes.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
No entanto, a assistência imediata não 09260954711 finda a tragédia hu-
09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


72
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
manitária que comportam demandas mais da 09260954711
complexas,
plena
09260954711
garantia dos direitos 09260954711
sociais e humanos, de estratégias de recons-
trução e, muitas vezes, de construção que precisam ser articuladas
09260954711
a médio e longo prazo. 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 São esperadas reações intensas nas primeiras 72 horas após
09260954711
os desastres, como, por
09260954711 exemplo: reação imediata de alarme, rea-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
ções fisiológicas, motoras e cognitivas (taquicardia, sudorese, hipe-

6
:2
09260954711 09260954711

15
ratividade, aflição, agressividade), agitação desordenada,
09260954711 09260954711 fuga, pâ-

24
nico, crise emocional09260954711
09260954711 e incapacidade de reagir ou paralisia (NOAL,

0
/2
RABELO, CHACHAMOVICH, 2019). A maior parte
09260954711
destas reações
09260954711

05
09260954711 09260954711
agudas são mais bem manejadas sem o uso de medicamentos e

6/
09260954711 09260954711

-0
de acordo com os princípios dos Primeiros Cuidados
09260954711 Psicológicos
09260954711

om
(OPAS, 2015b; WHO, 2003).
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
É importante destacar que a incorporação de equipes adicionais

ai
09260954711 09260954711

gm
aos serviços já existentes no território, na primeira
09260954711 fase da resposta,
09260954711

z@
09260954711
fortalece os serviços públicos locais e cria acesso mais fácil para a po-
09260954711 ht
pulação que já tem vínculo com tais serviços. Tais equipes adicionais
lo
09260954711
ce

podem ser contratadas, ou mesmo voluntários, 09260954711


mas precisam passar
ar

09260954711
-m

por capacitação e supervisão para que possam alinhar as estratégias


09260954711
09260954711
1

de SMAPS no território (NOAL, RABELO, CHACHAMOVICH, 2019).


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 A assistência imediata não finda a tragédia humanitária,


09260954711
.6

que comporta demandas mais complexas.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
A razão humanitária, baseada na compaixão e solidariedade
om

09260954711 09260954711
G

com o sofrimento alheio, não deve se sobrepor à dimensão da09260954711


09260954711
injus-
da

09260954711
tiça social implícita em situações de Riscos, Emergências e Desas-
ei

09260954711 09260954711
m

tres (WEINTRAUB & VASCONCELOS, 2013). O09260954711


aspecto moral09260954711
con-
Al

tido nas mais diversas formas de assistencialismo não sobrepuja


09260954711 o
09260954711
de

09260954711
cenário que um desastre tem a potência de descortinar. Portanto,
tz
er

09260954711 09260954711
é preciso cautela com ações que podem servir apenas para aliviar
H

09260954711
lo

as consciências, sem qualquer implicação com a desigualdade pre-


09260954711
ce

09260954711
sente nas bases da sociedade, nas estruturas econômicas e gestão
ar
M

09260954711
política de governos que culminam em desastres. Soma-se a09260954711
09260954711 essa
crítica o risco de a ajuda humanitária acabar09260954711
09260954711 por enfraquecer as
estruturas comunitárias e os mecanismos de apoio
09260954711
tradicionais,
09260954711
09260954711
re-
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
73 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
dundando em estratégias colonizadoras que acabam
agravar a por
09260954711
vulnerabilidade social09260954711
(IASC, 2007, p. 2).
WEINTRAUB e VASCONCELOS
9
(2013), a09260954711
partir das contribui-
09260954711
ções de DIDIER FASSIN, comentam os usos políticos
09260954711 que podem se
09260954711
esconder na chamada09260954711
09260954711 razão humanitária e, inclusive, nos discursos
acerca do traumatismo
09260954711 – como se o problema e os efeitos de um de-
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
sastre redundassem em problemas psicopatológicos e só pudessem

6
:2
09260954711 09260954711

15
ser reconhecidos por meio da noção de trauma09260954711
09260954711 psicológico.

24
09260954711
A crítica em torno da razão
09260954711
humanitária encontra-se em seu

0
/2
09260954711 09260954711
aspecto moral, o que acaba por desconsiderar ou não se ocupar

05
09260954711 09260954711
dos problemas estruturais de injustiças que produzem desigualda-

6/
09260954711 09260954711

-0
des sociais (FASSIN, 2006). Tal concepção reforça
09260954711 o assistencialismo
09260954711

om
09260954711 09260954711
e, sobretudo, em estratégias morais de correção comportamental e

l.c
09260954711 09260954711
adaptação afetiva, em09260954711
que o sujeito deve receber o que está sendo

ai
09260954711

gm
oferecido como gesto de caridade. Em outros termos,
09260954711 o que se ques-
09260954711

z@
09260954711
tiona são estratégias de cuidado assentadas na ajuda e assistência
ht
09260954711
às pessoas em situação de vulnerabilidade, mas que se encontram
lo
09260954711
ce

como indesejados socialmente, como as populações LGBTI+, pre-


ar

09260954711 09260954711
-m

tos/as e negros/as, quilombolas,


09260954711
09260954711
migrantes, refugiados/as, militantes
1

políticos, indígenas, egressos/as do sistema penitenciário, entre ou-


-1

09260954711 09260954711
47

tras minorias sociais que


09260954711 compõem a maioria da população.
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 Categorias de raça, classe social, gênero, diversidade sexual,


09260954711
.6

idade cronológica e mesmo de território “respondem por sistemas


92

09260954711 09260954711
-0

de poder, como a colonialidade racial, a hierarquia de classes,


09260954711 o
09260954711
es

09260954711
patriarcado, a heterossexualidade/modelo familiar tradicional e o
om

09260954711 09260954711
adultocentrismo”, que tendem, a partir da estrutura de nossa so-
G

09260954711 09260954711
ciedade, a produzir uma hegemonia discursiva e tácita que acaba
da

09260954711
ei

por oprimir e, efetivamente, buscar a supressão


09260954711
de quaisquer09260954711
dife-
m

09260954711 09260954711
Al

renças (VAZ, 2018, p. 114). 09260954711 09260954711


de

É justamente onde o Estado encontra-se marcado


09260954711por uma in-
tz
er

09260954711 09260954711
suficiência ou sua ausência que a ajuda humanitária tem seu 09260954711
lugar.
H

Quando direitos sociais e humanos não se encontram como garan-


lo

09260954711
ce

tia dos cidadãos, estratégias compensatórias são necessárias “aos


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
9 Didier Fassin é médico, sociólogo e antropólogo francês. 09260954711
09260954711 Foi vice-presidente e é um
antigo membro da organização humanitária internacional 09260954711 Médicos Sem Fronteiras. 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


74
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
grupos desvalidos, anômicos e impotentes, gerando a aparência de
09260954711
09260954711
grande compaixão e solidariedade onde, estruturalmente,
09260954711 paira a
indiferença social” (VALÊNCIO, 2011, p. 25). 09260954711
Assim, é importante
chamarmos a atenção09260954711
que a compaixão pode reforçar injustiças so-
09260954711
09260954711 09260954711
ciais,
09260954711 enaltecendo “a figura dos
09260954711 doadores e voluntários” (p. 25).

0
:2
09260954711 Em situações de09260954711
emergência, espera-se da Psicologia uma sen-

6
:2
09260954711 09260954711
sibilidade em relação à cultura e demais recursos simbólicos – o que

15
09260954711 09260954711
inclui experiências religiosas, modalidades de cuidado comunitárias

24
09260954711 09260954711

0
e concepções morais, presentes nas comunidades atingidas –, soma-

/2
09260954711 09260954711

05
da a uma imbricada articulação com a Defesa09260954711
Civil – seus agentes,
09260954711

6/
09260954711 09260954711
marcos legais e protocolos previstos –, trabalhadores das redes So-

-0
09260954711 09260954711
cioassistencial e Atenção Psicossocial. Em situações de emergência,

om
09260954711 09260954711

l.c
a comunidade local deve compor a gestão de09260954711
09260954711 crise desde o início,

ai
09260954711 09260954711
contribuindo com o diagnóstico, a elaboração de estratégias, sua im-

gm
09260954711 09260954711
plementação, monitoramento e avaliação (IASC,09260954711
2007).
z@
ht
Importante notarmos que o SUS é o sistema responsável
09260954711
pe-
lo
09260954711
ce

los cuidados em saúde para populações que09260954711apresentam formas


ar

09260954711
de ser e viver consideradas heterogêneas, como povos indígenas,
-m

09260954711
ribeirinhos e quilombolas. Nesse ínterim, encontramos um especí-
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
fico e precioso dispositivo legal que, justamente, contempla a ga-
47

09260954711 09260954711
.5

rantia de preservação de povos, comunidades e territórios tradicio-


09260954711 09260954711
09

nais. A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos 09260954711


09260954711 Povos
.6
92

09260954711 09260954711
e Comunidades Tradicionais (DECRETO n. 6.040, de 7/2/2007) é
-0

09260954711 09260954711
voltada para populações que apresentam formas particulares de
es

09260954711
ocupar territórios e usar recursos naturais, como forma de manu-
om

09260954711 09260954711
G

tenção de sua cultura ancestral, de reprodução social, religiosa,


09260954711 09260954711
da

09260954711
econômica e conhecimentos tradicionais.
ei

09260954711 09260954711
m

Em conformidade com essa política, a Psicologia


09260954711encontra-se
09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

implicada na valorização e no respeito à diversidade socioambiental


09260954711
tz

e cultural dos povos e comunidades tradicionais, considerando a


er

09260954711 09260954711
H

etnia, raça, gênero, idade, religiosidade, ancestralidade, orientação09260954711


lo

09260954711
sexual, atividades laborais, incluindo suas concepções e práticas
ce

09260954711
ar

tradicionais de cuidado e medicina.


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 É preciso cautela em estratégias que servem apenas
09260954711
para aliviar as consciências, sem qualquer alteração 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
75 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
nas bases ou estruturas sociais, econômicas
09260954711
e
políticas que culminam em desastres.
09260954711
09260954711
09260954711
É preciso cuidado para não produzir
09260954711 ou09260954711
reproduzir práticas
09260954711 09260954711
colonizadoras
09260954711
– em que o saber
09260954711
e, consequentemente, o poder

0
encontram-se do lado daquele que chega para prestar um atendi-

:2
09260954711 09260954711

6
mento –, o que pode revitimizar a população em função da sobre-

:2
09260954711 09260954711

15
posição de modos de vida e pensamento estranhos
09260954711 09260954711àquela comu-

24
09260954711 09260954711
nidade (FANON, 2008). Desse modo, é a participação da própria

0
/2
09260954711 09260954711
comunidade que pode permitir que ações de assistência não se

05
09260954711 09260954711

6/
transformem em assistencialismo.
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711
Estratégias pontuais podem e devem ter como norte o fortale-

om
09260954711 09260954711
cimento da rede comunitária – e não sua pretensa substituição –, daí

l.c
09260954711 09260954711

ai
a
09260954711
importância das Unidades Básicas
09260954711
de Saúde, Unidades da Política

gm
09260954711 09260954711
de Assistência Social, escolas, lideranças locais,09260954711 associações de mo-
radores, ONGs e demais pessoas e instituições09260954711 z@ formais e informais
ht
lo
de referência, fomentando um trabalho contínuo com a comunida- 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
de local. Psicólogas e 09260954711
psicólogos podem, neste contexto, realizar um
-m

levantamento das demandas,


09260954711 fazer um diagnóstico sobre as condi-
1
-1

ções em que se encontram os atingidos e os serviços – por meio


09260954711 da
09260954711
47

09260954711 09260954711
reflexão crítica sobre seus alcances e impasses –, além de apoiar as
.5

09260954711 09260954711
09

equipes que, em situações de emergência, também são impactadas


09260954711 09260954711
.6

e que, com frequência, acabam se desorganizando.


92

09260954711 09260954711
-0

09260954711 09260954711
es

09260954711
09260954711 É a participação da própria comunidade que09260954711 pode permitir que
om

09260954711 ações de assistência não se transformem em assistencialismo.


G

09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Psicólogas(os) podem contribuir para o fortalecimento das re-
Al

09260954711 09260954711
de

des comunitárias e familiares, gerenciamento 09260954711 dos abrigos, e apoiar


tz

a construção de estratégias de SMAPS para diferentes serviços 09260954711


e gru-
er

09260954711
H

09260954711
pos vulneráveis. Podem, também, acompanhar no processo de re-
lo

09260954711
ce

conhecimento de cadáveres e identificação de 09260954711 corpos, contribuindo


ar

no preparo dos familiares e ajudando as equipes no acompanha-


M

09260954711
mento e visualização de áreas atingidas (RAMÍREZ, 2011).
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 É importante considerar dispositivos de 09260954711 escuta e acolhimen-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


76
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
to que permitam narrativas tanto singulares quanto coletivas para
09260954711
a
elaboração e construção de estratégias de enfrentamento à situação
09260954711
vivenciada. Isso porque desastres têm o poder 09260954711
de fragilizar as linhas
que separam o público e o privado (WEINTRAUB et al., 2015). Desse
09260954711
09260954711 09260954711
modo,
09260954711 pode-se dizer que estratégias
09260954711 de cuidado coletivas têm efei-
tos terapêuticos singulares
09260954711 e, dialeticamente, estratégias de cuidado
09260954711

0
:2
singulares produzem 09260954711
09260954711 efeitos coletivos.

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Cabe ressaltar que a área da saúde mental09260954711
começa a participar

24
das intervenções em 09260954711
09260954711 situações de tragédias justamente a partir do

0
/2
contexto humanitário (FASSIN, 2006). Nesse âmbito,
09260954711
a Psicologia das
09260954711

05
09260954711 09260954711
Emergências, como disciplina autônoma, encontrou seu lugar no pre-

6/
09260954711 09260954711

-0
núncio do século XX nos EUA, concentrando-se nas
09260954711 pesquisas e ações
09260954711

om
voltadas às respostas em situações de tragédia coletiva (NETO & BELO,
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
2015). E é aí também09260954711
que o conceito de “traumatismo” se inseriu:

ai
09260954711

gm
09260954711 09260954711

z@
09260954711
No campo da saúde mental,
ht é o conceito de “trau-
09260954711
lo
matismo” que aparece como operador fundamen- 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
tal do cenário de cuidado produzido em desastres,
-m

09260954711
dentro deste contexto humanitário. Constatamos
09260954711
1
-1

09260954711 a existência de duas correntes de pensamento e


09260954711
47

09260954711 09260954711
intervenção que valorizam a ideia do traumatismo
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 como principal resultado do desastre, e, assim, dire-


09260954711
.6

cionam sua intervenção para lidar com ele de ma-


92

09260954711 09260954711
-0

neira individual ou em grupo, excluindo, por


09260954711 con-
09260954711
es

09260954711
sequência, a intervenção nos fatores mais sociais
om

09260954711 09260954711
e comunitários. (WEINTRAUB et al., 2015, p. 290)
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Tudo se passa como se fosse preciso haver traumatismo psico-
Al

09260954711 09260954711
de

lógico para que um desastre pudesse ser reconhecido e legitimado.


09260954711
tz

Por isso, como salientam as autoras, a atuação09260954711 da Psicologia 09260954711


nesse
er
H

campo se situa diante do reconhecimento do sofrimento que09260954711 é es-


lo

09260954711
perado frente às perdas trazidas por uma tragédia. No entanto, boa
ce

09260954711
ar

parte das pessoas não desenvolvem problemas psicológicos – no


M

09260954711
sentido médico-psiquiátrico que necessita de intervenção medica-
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
mentosa – em contextos de emergência (IASC,09260954711
09260954711 2007). Isso quer di-
zer que muitas pessoas costumam ser resilientes, isto é, “a capaci-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
77 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
dade de lidar relativamente bem com situações09260954711 09260954711
de adversidade”
09260954711
(p.
3). Nesse sentido, é preciso considerar que são diversos os fatores
09260954711
– sociais, psíquicos e biológicos – que podem09260954711
ser mais ou menos
favoráveis à produção de resiliência. 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 É importante que a experiência do trauma possa ser reconheci-
09260954711
da como modalidade 09260954711
09260954711 de sofrimento, sem consistir em uma concep-

0
:2
09260954711 09260954711
ção reducionista psicopatológica, ou seja, como mais um transtorno

6
:2
09260954711 09260954711

15
ou síndrome específica. A “sindromização”, como
09260954711 doença mental
09260954711

24
individual, acaba por 09260954711
09260954711 configurar uma modalidade de violência, es-

0
/2
tigmatização, passando ao largo da sua produção
09260954711
e reprodução so-
09260954711

05
09260954711 09260954711
cial e política. Como observam KATZ e OLIVEIRA (2017), mesmo

6/
09260954711 09260954711

-0
sintomas situados e tratados no corpo físico, 09260954711
09260954711 como cardiopatias e

om
hipertensão, precisam ser considerados, quando falamos em expe-
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
riências de desastres,09260954711
como atravessados pelo evento traumático.

ai
09260954711

gm
09260954711 Nos termos das autoras, a noção de trauma diz de uma pronta
09260954711

z@
09260954711
incapacidade de simbolizar um acontecimento, como
ht resultado de
09260954711
uma radical experiência de desamparo: “O trauma retira a possibili-
lo
09260954711
ce

dade de que o acontecido se encadeie no curso da vida e da expe-


ar

09260954711 09260954711
-m

riência, produz uma ruptura e com isso desarticula os recursos do


09260954711
09260954711
1

sujeito para lidar com o acontecimento. É nesse sentido que 09260954711


se diz
-1

09260954711
47

do trauma como algo sempre presente” (p. 230).


09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 Trata-se de uma experiência em que o presente se apresen- 09260954711


.6

ta em uma materialidade distante ou cindida09260954711das referências que


92

09260954711
-0

servem de recurso tanto do passado quanto do09260954711futuro. O problema


09260954711
es

09260954711
é quando a experiência do traumático é capturada pelo discurso
om

09260954711 09260954711
psicopatológico: “O sujeito, nessa condição, é tomado da contin-
G

09260954711 09260954711
gência que o determina, fica desarticulado de todo o seu contexto e
da

09260954711
ei

da sua pertinência social e simbólica” (p. 219).09260954711


09260954711
Como observam as
09260954711
m

09260954711
Al

autoras, este problema é duplo: não só exclui a09260954711


potência contida na
09260954711
de

implicação subjetiva do sujeito, como também09260954711desresponsabiliza o


tz

Estado ou, a depender do evento, também as empresas 09260954711privadas na


er

09260954711
H

09260954711
produção de sofrimentos causados ou atravessados por questões
lo

09260954711
ce

sociais, econômicas e políticas. 09260954711


ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
É importante que a experiência do trauma possa ser
09260954711
09260954711 reconhecida como modalidade de sofrimento,
09260954711sem
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


78
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
consistir em uma concepção seja,09260954711
psicopatológica, ou
09260954711
como mais um transtorno ou síndrome específica.
09260954711
09260954711
09260954711
Em função de 09260954711
seu caráter abrupto, desastres podem
09260954711 fazer
emergir modalidades de sofrimento inéditas para um sujeito, mas,
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
em menor proporção, a emergência de quadros psicopatológicos

:2
09260954711 09260954711

6
severos que necessitem de acompanhamento09260954711 médico e interven-

:2
09260954711

15
ção circunstancial medicamentosa. Como ressaltam
09260954711 WEINTRAUB et
09260954711

24
al. (2015), é comum que as pessoas apresentem afetos intensos
09260954711 09260954711
de

0
/2
09260954711 09260954711
tristeza, desespero, além de episódios de desorganização 09260954711 psíquica,

05
09260954711
estados de ansiedade,09260954711 culpa, apatia, angústia e desamparo. Contu-

6/
09260954711

-0
do, tais fenômenos são esperados, tendo-se em
09260954711 vista um processo
09260954711

om
09260954711 09260954711
que é, fundamentalmente, de luto.

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 O luto é um processo de elaboração subjetiva que demanda
09260954711

gm
09260954711 09260954711
um complexo trabalho psíquico oriundo de uma perda. Tal processo
z@
09260954711
pode se dar desde a perda de uma pessoa (separação ht ou morte) até
09260954711
lo
mesmo com relação a algo mais abstrato, como a perda da “pátria, 09260954711
ce
ar

liberdade, ideal etc.” (FREUD,


09260954711
2011, p. 47). Trata-se de um
09260954711
processo
-m

09260954711
que envolve dor, desinteresse 09260954711social, incapacidade para trabalhar e
1

amar, em função de uma concentração libidinal ou investimento psí-


-1

09260954711 09260954711
47

quico em torno daquilo


09260954711 que foi perdido, assim como em relação a
09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

tudo o que se situa direta ou indiretamente atrelado ao que se perdeu.


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 Há um fechamento em torno de si mesmo que é esperado, de


09260954711
-0

09260954711 09260954711
inibição e desinteresse em relação ao mundo externo, cuja duração
es

09260954711
é muito singular, ou seja, depende de cada sujeito e seu contexto,
om

09260954711 09260954711
e não pode ser pré-estabelecido sem incorrer em inconsistências
G

09260954711 09260954711
da

teórico-clínicas. É comum que o sujeito apresente afetos e pensa-


09260954711
ei

09260954711 09260954711
mentos de tristeza, recusa e revolta frente à perda, o que pode ser
m

09260954711 09260954711
Al

entendido como uma preservação, realizada pela própria subjetivi-


09260954711 09260954711
de

dade, da existência daquilo que foi perdido (FREUD, 2011).


09260954711
tz
er

09260954711 09260954711
A vivência do luto tem também como função proporcionar a
H

09260954711
lo

reconstrução de recursos e viabilizar um processo de adaptação às


09260954711
ce

09260954711
mudanças ocorridas em consequência das perdas. Compreender
ar
M

09260954711
o papel do luto no processo de reconstrução perpassa pela forma
09260954711 09260954711
como se deve entender o luto diante das condições
09260954711 das vivências
09260954711
traumáticas e das perdas advindas dessas situações.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
79 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
A compreensão do luto na atualidade propõe
concep- uma
09260954711
ção de pensar o luto como um processo que deve ser vivido na sua
09260954711
singularidade, assim como foi singular as relações rompidas que o
09260954711
precedeu. Sendo o luto um processo que permite revisões na iden-
09260954711
09260954711 09260954711
tidade pessoal e coletiva,
09260954711 nas relações sociais, nas relações com o
09260954711
morto ou com aquilo09260954711
09260954711 que foi perdido e no sistema de crenças de

0
:2
quem vive o luto (FRANCO, 2010).
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 Outro aspecto que se acredita importante09260954711
pontuar e foi levan-

24
tado por FRANCO (2010)
09260954711 é sobre os parâmetros de normalidade do
09260954711

0
/2
luto. Há evidências na literatura que mostram 09260954711
09260954711
que a saúde da09260954711
pes-

05
09260954711
soa enlutada, no geral, está em risco quando comparada a pessoas

6/
09260954711 09260954711

-0
não enlutadas; o que deve ser relevante é buscar
09260954711 a compreensão do
09260954711

om
fenômeno sem utilizar visões restritas e restritivas sobre o luto.
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
Ainda considerando estas observações, o estudo do luto pode

ai
09260954711 09260954711

gm
ser empreendido por diversos olhares, em uma
09260954711 condição de multi-
09260954711

z@
09260954711
disciplinaridade em múltiplas referências. É preciso pensar no estu-
ht
09260954711
do do luto como parte necessariamente de um fenômeno que09260954711 trata
lo
ce

de formar vínculos e romper vínculos.


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
Nesse sentido, ressaltamos
09260954711 a importância que rituais exercem
1

no trabalho de luto, pois auxiliam nos processos de simbolização


-1

09260954711 09260954711
47

diante de perdas. Tais09260954711


09260954711 ritos são os mais variados segundo diferentes
.5

09260954711 09260954711
09

culturas, mas, cada um a seu modo, exercem a importante tarefa


09260954711 de
09260954711
.6

contribuir para essa simbolização. Em contextos de desastres, ceri-


92

09260954711 09260954711
-0

mônias coletivas e a construção de memoriais 09260954711


são importantes09260954711
para
es

09260954711
que se garanta o direito à memória dos atingidos.
om

09260954711 09260954711
G

09260954711 09260954711
da

O luto é um processo de elaboração subjetiva que demanda


09260954711
ei

09260954711 09260954711
um complexo trabalho psíquico oriundo09260954711
de uma perda.
m

09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

09260954711
tz

Psicólogas(os) têm sua prática profissional orientada09260954711


pelo
er

09260954711
H

Código de Ética Profissional da Psicologia (CFP, 2005) e precisam 09260954711


lo

09260954711
bem fundamentar suas ações com base nas teorias que embasam o
ce

09260954711
ar

trabalho dessa categoria, garantindo o sigilo profissional. 09260954711 Como su-


M

gerem WEINTRAUB et al. (2015), psicólogas(os) também precisam


09260954711 09260954711
atentar para os objetivos, a duração, relevância09260954711
09260954711
09260954711
e os efeitos de suas
09260954711

intervenções. Em outras palavras, as ações da Psicologia 09260954711 devem en-


09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


80
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
contrar respaldo como ciência e profissão. 09260954711
A seguir encontramos
09260954711algumas contribuições para apoiar
ações da Psicologia para os eixos Resposta e Recuperação.
09260954711 Tais con-
09260954711
tribuições são adaptadas de acordo com a proposta
09260954711 da Comissão
09260954711
de Políticas Públicas e09260954711
09260954711 Grupo de Trabalho sobre Gestão Integral de
Riscos Emergências e09260954711
09260954711 Desastres do Conselho Regional de Psicologia

0
:2
09260954711 09260954711
de Pernambuco, em Recife (CRP-02) e IASC (2007):

6
:2
09260954711 09260954711

15
09260954711 • Articular linhas de cuidado de SMAPS intersetoriais
09260954711 com de-

24
09260954711
finição de fluxos e responsabilidades;
09260954711

0
/2
09260954711 09260954711
• Readaptar agendas e processos de trabalho nos serviços de

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 saúde, assistência social e educação para atendimento a
09260954711

-0
09260954711 09260954711
pessoas atingidas pelo desastre;

om
09260954711 09260954711

l.c
• Participar no gerenciamento
09260954711 e adequação de abrigamentos,
09260954711

ai
09260954711 09260954711
garantindo que grupos familiares e comunidades estejam

gm
09260954711 09260954711
mais próximos;
z@
09260954711
• Organizar estratégias de cuidado adaptadas
ht
ao território e
09260954711
lo
09260954711
ce

com participação comunitária;


ar

09260954711 09260954711
-m

• Desenvolver estratégias
09260954711 de cuidados que deem visibilidade
09260954711
a populações vulneráveis: crianças, mulheres, gestantes,
1
-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 idosos, pessoas com deficiência e com transtornos mentais;


09260954711
.5

09260954711
• Identificar, monitorar, prevenir e responder às ameaças e
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

falhas de proteção através de medidas de proteção social;


92

09260954711 09260954711
-0

• Garantir espaços seguros e retorno à 09260954711


rotina de crianças e
09260954711
es

09260954711
adolescentes;
om

09260954711 09260954711
• Identificar e recrutar equipes e envolver voluntários que en-
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
tendam a cultura local e que cumpram os códigos de09260954711con-
ei

09260954711
duta e diretrizes éticas;
m

09260954711 09260954711
Al

• Organizar a orientação e o treinamento09260954711


de trabalhadores so-
09260954711
de

09260954711
bre serviços de saúde mental e apoio psicossocial;
tz
er

09260954711 09260954711
H

• Prevenir e manejar os problemas de saúde mental e 09260954711bem-


lo

09260954711
-estar psicossocial que possam ocorrer09260954711
com a equipe e com
ce
ar

os voluntários;
M

09260954711
09260954711
09260954711
• Facilitar a formação de redes de cuidado comunitária09260954711
09260954711
entre
09260954711 pares e o apoio social na comunidade;09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
81 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
• Facilitar as condições para práticas culturais, espirituais09260954711
09260954711
e re-
ligiosas de recuperação
09260954711 das comunidades;
• Facilitar o apoio para crianças pequenas (0 a 8 anos) e seus
09260954711
09260954711
responsáveis;09260954711 09260954711
09260954711 • Incluir considerações
09260954711 psicológicas e sociais específicas na
09260954711 09260954711

0
prestação de 09260954711
cuidados gerais de saúde;

:2
09260954711

6
• Fornecer acesso a serviços para pessoas com transtornos

:2
09260954711 09260954711

15
09260954711
mentais graves; 09260954711

24
09260954711 09260954711

0
• Atender e proteger pessoas com transtornos mentais gra-

/2
09260954711 09260954711

05
ves e outras deficiências neurológicas09260954711 e mentais, vivendo 09260954711

6/
09260954711 09260954711
em instituições;

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 • Construir estratégias
09260954711 de cuidados em colaboração com os

l.c
09260954711 09260954711
sistemas de saúde locais, indígenas e tradicionais;

ai
09260954711 09260954711

gm
09260954711 • Minimizar os danos derivados do uso09260954711 de álcool e outras

z@
substâncias; ht
09260954711
09260954711
lo
• Fornecer informações à população afetada sobre a situação 09260954711
ce

de emergência, esforços de ajuda, bem como sobre seus


ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711
direitos legais;09260954711
1
-1

09260954711 • Fornecer acesso a informações sobre métodos de enfrenta- 09260954711


47

09260954711
mento positivo;09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 • Incluir considerações sociais e psicológicas específicas so-


09260954711
.6
92

09260954711 bre a segurança do fornecimento de alimentos e apoio nu-09260954711


-0

09260954711 09260954711
tricional, abrigo, água e vestimentas (segurança e dignida-
es

09260954711
de a todos, respeitando as práticas culturais e funções dos
om

09260954711 09260954711
membros da família);
G

09260954711 09260954711
da

09260954711
• Articular ações para prevenção de violências e promoção da
ei

09260954711 09260954711
m

saúde junto a afetados; 09260954711 09260954711


Al

09260954711 09260954711
de

• Atender as vítimas oferecendo suporte 09260954711 e informações sobre


tz

o que aconteceu e sobre as reações esperadas 09260954711 nessas ex-


er

09260954711
H

periências; 09260954711
lo

09260954711
ce

• Encaminhar casos que demandem atenção e cuidados es-


09260954711
ar

pecíficos aos serviços de saúde;


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 • Coordenar e acompanhar ações de prevenção 09260954711 no sentido
09260954711 do resgate da segurança pós-evento crítico; 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


82
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
• Identificar, catalogar e manter o contato com as vítimas;
09260954711
• Oferecer subsídios e informações por meio de relatórios
09260954711
sistemáticos, para que as coordenadorias de crises possam
09260954711
09260954711
ter condições09260954711
de informar a população09260954711
e a imprensa acerca
09260954711 dos trabalhos09260954711
desenvolvidos;
09260954711 09260954711

0
• Manter um acompanhamento sistematizado junto à Defesa

:2
09260954711 09260954711

6
Civil e às organizações atuantes;

:2
09260954711 09260954711

15
09260954711
• Planejar, elaborar e executar capacitações na área de aten-
09260954711

24
09260954711 09260954711
dimento pós- acidente junto à equipe da Defesa Civil e09260954711
inte-

0
/2
09260954711
ração com as equipes parceiras.

05
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 Dentre as temáticas que produzem crises humanitárias no
09260954711

l.c
mundo, mas que não09260954711 são contempladas dentro09260954711
da categoria desas-

ai
09260954711 09260954711

gm
tres, destaca-se a situação de Migração e Refúgio,
09260954711 que será discutida
09260954711

z@
a seguir. Em seguida aborda-se a atuação psicológica em situações
09260954711
de epidemias que são emergências de saúde pública.
ht 09260954711
lo
09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
-m

09260954711

Migração e Refúgio: uma condição de


09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
47

desastre e emergência no mundo


09260954711 09260954711
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
A história de nosso país se confunde com 09260954711
a própria história das
-0

09260954711
migrações que se efetivaram no nosso território, seja com migrações
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
externas (povos de outros países) ou migrações internas (como, por
G

09260954711 09260954711
exemplo, a saída dos nordestinos nos anos 1950 para o sudeste do
da

09260954711
Brasil). O que se sabe é que a migração ocorre por diferentes09260954711 fato-
ei

09260954711
m

res, sendo desencadeada por motivos religiosos, culturais, ambien-


09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
de

tais, políticos e econômicos. O Brasil sempre foi dito como um país


09260954711
tz

acolhedor. O mundo atual vem ampliando uma09260954711 dimensão de 09260954711


mobi-
er
H

lidade humana que não só se depara com condições dos processos 09260954711
lo

09260954711
migratórios em contextos de escolhas, no sentido de encontrar um
ce

09260954711
ar

lugar onde possa ter uma vida melhor, mas também com solicita-
M

09260954711
ções de refúgios e condições apátridas que se tornam cada vez09260954711
09260954711 mais
09260954711 09260954711
fonte
09260954711
de sofrimento humano e de morte, na contramão
09260954711
de um sen-
tido que deveria ser o de movimento para a vida. 09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
83 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
Por que é preciso pensar o tema da gestão do risco, emer-
09260954711
gências e desastres trazendo a questão das migrações e refúgios?
09260954711
Primeiramente, precisamos compreender a diferença 09260954711básica entre
o que representa a condição de refugiados e de simplesmente mi-
09260954711
09260954711 09260954711
grantes, para que, ao09260954711
09260954711 adentrar na temática, tenhamos um pouco
mais de entendimento
09260954711 de sua emergência e de sua condição de
09260954711

0
:2
busca de gerenciamentos específicos diante dos
09260954711 09260954711 riscos que

6
:2
09260954711 09260954711
essas populações estão enfrentando.

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 Considerando o09260954711
que o Alto Comissariado das Nações Unidas

0
/2
para Refugiados (Acnur) apresenta que mais de
09260954711
70 milhões de pes-
09260954711

05
09260954711 09260954711
soas no mundo foram forçadas a se deslocarem dos seus locais de

6/
09260954711 09260954711

-0
origem na última década. Estatísticas mostram que mais de 25 mi-
09260954711 09260954711

om
lhões de migrantes internacionais
09260954711 09260954711 cruzaram alguma fronteira entre

l.c
09260954711 09260954711
países, temendo perseguição por motivo de religião, violência ge-

ai
09260954711 09260954711

gm
neralizada, violações de direitos humanos, conflitos
09260954711 internos, entre
09260954711

z@
outros motivos (Acnur, 2020). 09260954711
ht
09260954711
No que tange aos migrantes, também de acordo com o Acnur,
lo
09260954711
ce

eles são pessoas que fazem seus deslocamentos de forma voluntária


ar

09260954711 09260954711
-m

em busca de melhores09260954711
condições de vida, podem retornar a seu país
09260954711
1

de origem sem riscos e contam com proteção estatal. Não contam


-1

09260954711 09260954711
47

com proteção internacional específica, dependendo das leis e pro-


09260954711 09260954711
.5

cessos internos de cada país (2020). Por suas definições, tanto


09260954711 mi-
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

grantes como refugiados entram em grupos de riscos, considerando


92

09260954711 09260954711
suas perdas e a perspectiva que se efetiva de deslocar-se
09260954711 de seu ter-
-0

09260954711
ritório de origem sem a garantia objetiva de que tudo dará certo em
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
qualquer outro destino que se aventura muitas vezes a procurar.09260954711
G

09260954711
Em relação à realidade brasileira, os dados divulgados09260954711
indi-
da
ei

cam que o Brasil recebeu 82.552 solicitações de09260954711


09260954711
reconhecimento da
09260954711
m

09260954711
Al

condição de refugiado em 2019, a maior quantidade de


09260954711 solicitações
09260954711
de

registradas desde a regulamentação do Estatuto dos Refugiados


09260954711
tz

pela legislação brasileira. Em 2020, o Brasil recebeu 28.899 solicita-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
ções de reconhecimento de solicitações de refúgio – vale ressaltar
lo

09260954711
ce

as restrições à circulação de pessoas e controle de fronteiras neste


09260954711
ar

ano em razão da pandemia pelo covid-19 , porém ainda é alta a va-


M

09260954711
09260954711 09260954711
riação de mobilidade humana internacional (SILVA,
09260954711
CAVALCANTE,
09260954711
OLIVEIRA, COSTA, MACEDO, 2021).
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


84
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
Vale também ressaltar que o Brasil não possui uma política
09260954711
pú-
blica definida para contexto das migrações, apenas programas es-
09260954711
pecíficos, na maioria das vezes implementados09260954711
junto às instituições
internacionais de apoio que recebem subsídios09260954711
financeiros e que es-
09260954711 09260954711
tão acolhendo essas populações
09260954711 09260954711 que chegam ao país. Diante desse
cenário, recentemente
09260954711 a Organização Internacional para as Migra-
09260954711

0
:2
ções (OIM) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançaram
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
um relatório sobre um mapeamento da Assistência em Saúde Mental

15
09260954711 09260954711
e Atenção Psicossocial à População Migrante e Refugiada no Brasil

24
09260954711 09260954711

0
com a finalidade de subsidiar a implementação de políticas públicas

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
mais efetivas (ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOS-

6/
09260954711 09260954711
SOCIAL À POPULAÇÃO MIGRANTE E REFUGIADA NO BRASIL, 2021).

-0
09260954711 09260954711

om
09260954711 Diante desse panorama brasileiro e mundial, é inevitável que
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
essas pessoas estejam09260954711
mais vulneráveis a questões de saúde mental

ai
09260954711

gm
em função do sofrimento psíquico e emocional09260954711
09260954711 a que estão sujeitas.

z@
Desse modo, tanto o processo migratório como os deslocamentos
09260954711
09260954711 ht
forçados constituem em si um fator de risco. Há elementos de per-
lo
09260954711
ce

da: da família e dos amigos, da língua, da cultura, da casa, da posi-


ar

09260954711 09260954711
ção social, do contato09260954711
com o seu grupo étnico e religioso.
-m

09260954711
1

O que se deseja fomentar aqui é que a Psicologia enquanto


-1

09260954711 09260954711
47

Ciência deve manter-se


09260954711 comprometida com a dimensão dos Direi-
09260954711
.5

tos Humanos e com a dimensão do direito de migrar dos seres


09260954711 hu-
09260954711
09

09260954711 09260954711
.6

manos, e se existe uma crise, esta precisa ser enfrentada com pro-
92

09260954711 09260954711
cessos mitigatórios e de prevenção no que diz09260954711
respeito ao cuidado
-0

09260954711
e à atenção psicossocial dessas populações. Dessa forma, qualquer
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
ação psicológica precisa estar articulada intersetorialmente para ga-
G

09260954711 09260954711
rantir aspectos da saúde mental e atenção psicossocial com base na
da

09260954711
garantia de direitos (UNHCR, 2013).
ei

09260954711 09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

Em relação ao tema Migração e Refúgio e09260954711


à atuação da 09260954711
Psico-
de

logia, podemos citar as atividades do Serviço de09260954711


Atendimento Psico-
tz

lógico Especializado aos Imigrantes e Refugiados (SAPSIR) de09260954711


Que-
er

09260954711
H

09260954711
bec, no Canadá, fundado em 2000, com o objetivo de acompanhar
lo

09260954711
ce

e facilitar as elaborações essenciais implicadas09260954711


no trabalho psíquico
ar

com migrantes e refugiados (MARTINS-BORGES, 2013).


M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 Devem ser de conhecimento dos profissionais os documen-
09260954711
tos e protocolos internacionais para atendimento
09260954711 09260954711psicossocial
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
85 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
(UNHCR, 2013a; 2013b) 09260954711
No Brasil, temos o histórico de atuação do Sistema Conse-
09260954711
lhos de Psicologia, na medida em que a migração é objeto de inter-
09260954711
09260954711
venção no território de alguns Conselhos Regionais,
09260954711 a exemplo do
09260954711
Paraná, São Paulo e Santa
09260954711 Catarina. Nesses estados já existem es-
09260954711
paços de atuação aos09260954711
09260954711 imigrantes, como os Centros de Referência

0
:2
09260954711 09260954711
e Atendimento para Imigrantes (CRAI), que oferecem atendimento

6
:2
09260954711 09260954711

15
psicológico aos imigrantes.
09260954711 09260954711

24
09260954711
Profissionais da Psicologia
09260954711
têm tido participação em espaços

0
/2
09260954711 09260954711
de representações, como na Conferência Nacional sobre Migra-

05
09260954711 09260954711
ções e Refúgio (COMIGRAR),
09260954711 em audiências de implementação

6/
09260954711

-0
para políticas de imigração nos estados, no Comitê
09260954711 Interinstitucio-
09260954711

om
09260954711 09260954711
nal de Promoção dos09260954711
Direitos das Pessoas em 09260954711
Situação de Refúgio,

l.c
Migração e Apatridia 09260954711
(COMIGRAR).

ai
09260954711

gm
09260954711 09260954711
O Conselho Federal de Psicologia, através da comissão de di-
z@
09260954711
reitos humanos, tratou do tema migração, luta09260954711
pela sobrevivência,
ht
lo
fluxos migratórios e territórios em disputa no Fórum Mundial Social 09260954711
ce

(CFP, 2018). Em 2019,09260954711


o tema migração também foi discutido na
ar

09260954711 09260954711
-m

ULAPSI. Em 2019, o CFP participou do evento da Escola Superior


09260954711
1

do Ministério Público da União (ESMPU) “Atuação em rede: 09260954711 capa-


-1

09260954711
47

citação dos atores envolvidos


09260954711 09260954711no acolhimento, na integração e na
.5

09260954711 09260954711
09

interiorização de refugiados e migrantes no Brasil”.


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 A condição de refugiados e a situação de09260954711


vulnerabilidade po-
-0

dem ser agravadas pelo contexto da pandemia 09260954711


da covid-19 . Por09260954711
isso
es

09260954711
a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) lançou a09260954711
cartilha Saúde Mental
om

09260954711
e Atenção Psicossocial na Pandemia da covid-19 : pessoas migrantes, re-
G

09260954711 09260954711
da

fugiadas, solicitantes de refúgios e apátridas, que traz recomendações


09260954711
ei

09260954711 09260954711
de cuidados específicos durante a pandemia, 09260954711
considerações 09260954711
sobre
m
Al

a cultura e informa sobre acesso aos direitos 09260954711


básicos garantidos a
09260954711
de

toda essa população (FIOCRUZ, 2020). 09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

09260954711
ce

Psicologia e estratégias de cuidado em epidemias09260954711


09260954711
ar
M

09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
Dentro do campo de emergências e desastres, destaca-se a
09260954711
possibilidade de atuação em epidemias, consideradas emergências
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


86
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
da área de saúde, pois causam aumento significativo
pessoas
09260954711
de
enfermas e mortes. Sobrecarga
09260954711 dos sistemas de saúde, impacto nas
pessoas com maior vulnerabilidade social, fragilização das redes so-
09260954711
ciais são alguns dos fatores que incidem sobre09260954711
a saúde mental das
09260954711 09260954711
populações. Estima-se09260954711
09260954711 um aumento dos transtornos psíquicos entre
30% e 50% da população,
09260954711 ressaltando-se que nem todo sofrimen-
09260954711

0
:2
to psicológico pode ser qualificado como doença, nomeia-se como
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711 09260954711
reações normais diante de uma situação anormal (OPAS, 2009).

15
09260954711 09260954711

24
09260954711 Estratégias de cuidado precisam ser articuladas intersetorial-
09260954711

0
/2
mente. Sendo assim, a Psicologia pode contribuir
09260954711
com diferentes
09260954711

05
09260954711 09260954711
instituições e propostas que devem estar interligadas via Planos de

6/
09260954711 09260954711

-0
Contingências para epidemias,
09260954711nas fases de prevenção,
09260954711preparação,

om
resposta e recuperação. Podemos destacar as seguintes ações que
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
devem ser desencadeadas para diminuir o impacto psicológico da

ai
09260954711 09260954711

gm
epidemia (OPAS, 2009):
09260954711 09260954711

z@
09260954711
• Elaborar a comunicação de risco à população,
09260954711
com ênfase
ht
nos grupos vulneráveis;
lo
09260954711
ce

• Sensibilização09260954711
e informação sobre o assunto, capacitação
ar

09260954711 09260954711
-m

sobre Primeiros Cuidados Psicológicos (OPAS, 2015b) para


09260954711
1

todas as equipes envolvidas na resposta;


-1

09260954711 09260954711
47

09260954711 09260954711
• Capacitação de equipes de saúde mental e profissionais de
.5

09260954711 09260954711
09

09260954711 atenção primária de saúde sobre o assunto; 09260954711


.6
92

09260954711 09260954711
• Preparação de grupos de apoio emocional e psicológico;
-0

09260954711 09260954711
• Estímulo ao espírito solidário e incentivo à participação da
es

09260954711
om

09260954711
comunidade; 09260954711
G

09260954711 09260954711
• Remodelar serviços e equipes para atividades móveis que
da

09260954711
ei

09260954711 ampliem a capacidade de oferta de psicoeducação, estímu- 09260954711


m

09260954711 09260954711
lo ao autocuidado, normalização das reações e evitar 09260954711
ini-
Al

09260954711
de

ciar medicação psicotrópica para reações normais;


09260954711
tz

• Implementar equipes de SMAPS para trabalhar na comuni-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
dade e atenção primária de saúde, unidades de interven-
lo

09260954711
ce

ção em situações de crise em lugares 09260954711


selecionados (como
ar

unidades de urgência e emergência, 09260954711


necrotérios, grandes
M

09260954711 09260954711
09260954711 hospitais etc.); 09260954711
09260954711 • Implementação da atenção à saúde mental individual e de
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
87 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
grupo às pessoas, famílias e comunidades que foram 09260954711
09260954711
afeta-
das, como parte de um plano de recuperação psicossocial
09260954711
de médio prazo (6 meses, no mínimo);09260954711
09260954711
• Atenção à saúde mental para equipes de
09260954711 resposta;
09260954711
09260954711 • Fortalecer novos projetos de vida.
09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

6
:2
09260954711
No ano de 2015, o Brasil foi afetado pela09260954711 epidemia de Zika, e

15
09260954711 09260954711
rapidamente houve estudos que apontaram a correlação desta epi-

24
09260954711 09260954711

0
demia com o aumento do número de nascimento de bebês com mi-

/2
09260954711 09260954711

05
crocefalia. Em várias partes do país, psicólogas(os), junto às demais
09260954711 09260954711

6/
09260954711 09260954711
profissões, construíram estratégias de cuidado09260954711 com gestantes, be-

-0
09260954711
bês e familiares (BRASIL, 2016, 2017). Ações foram desencadeadas

om
09260954711 09260954711

l.c
por equipes de diferentes políticas públicas e 09260954711
09260954711 várias discussões fo-

ai
09260954711 09260954711
ram realizadas sobre temas como aborto, saúde da mulher, acesso

gm
09260954711 09260954711
à assistência, desigualdade social e Zika.
z@
09260954711
Rapidamente, a OMS adaptou materiais anteriores
ht 09260954711
para orientar
lo
09260954711
ce

sobre o apoio psicossocial para gestantes e famílias com microcefalia


ar

09260954711 09260954711
e outras complicações09260954711
neurológicas no contexto do Zika vírus, enfo-
-m

cando: informações precisas


09260954711sobre Zika e orientações sobre saúde;
1
-1

09260954711 09260954711
orientações sobre como equipes poderiam desenvolver comunica-
47

09260954711 09260954711
.5

ção de apoio; orientações sobre reações comuns; apoio psicossocial


09260954711 09260954711
09

básico; fortalecimento do suporte social; estratégias para redução


09260954711 do
09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
estresse e recomendações sobre criação de filhos (OMS, 2016).
-0

09260954711 09260954711
No fim de 2019, teve início a maior pandemia da modernidade,
es

09260954711
om

o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2,


09260954711 09260954711
sendo respon-
G

09260954711 09260954711
sável pela doença classificada como covid-19 . Este vírus é o agente
da

09260954711
causador de uma série de casos de pneumonia, inicialmente 09260954711 na ci-
ei

09260954711
m

dade de Wuhan (China), depois se transformou em uma pandemia


09260954711 09260954711
Al

09260954711 09260954711
decretada pela OMS, em 11/3/2020. O vírus tem09260954711 alta transmissibilida-
de
tz

de e provoca uma síndrome respiratória aguda 09260954711 que alterna de 09260954711


casos
er

leves (cerca de 80%) a casos muito graves, com insuficiência res-


H

09260954711
lo

09260954711
piratória (entre 5% e 10%). Sua letalidade é diversificada, principal-
ce

09260954711
ar

mente conforme a faixa etária e as condições clínicas associadas.


M

09260954711
09260954711 O distanciamento, a quarentena e o isolamento social,09260954711 além
09260954711 09260954711
do risco de contaminação – entre outras situações
09260954711 vivenciadas pela
09260954711
população na pandemia da covid-19 , como, por exemplo, desem-
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


88
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
prego, negacionismo, ausência das rotinas escolares,
09260954711
diminuição
do contato social e aumento da violência doméstica – trouxeram
09260954711
instabilidade emocional significativa, bem como agravamento de
09260954711
problemas psicológicos. A pandemia atingiu todo o país no ano de
09260954711
09260954711 09260954711
2020, em diferentes fases,
09260954711 com milhões de pessoas contaminadas
09260954711
e milhares de mortes.09260954711
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
Já no início da pandemia, entre abril e09260954711
maio de 2020, um

6
:2
09260954711

15
estudo de Barros et al. (2020) utilizou questionário
09260954711 09260954711virtual, com

24
45.161 brasileiros respondentes.
09260954711 09260954711 Verificou-se que nesse período

0
/2
40,4% (IC95% 39,0;41,8) se sentiram frequentemente
09260954711
tristes ou de-
09260954711

05
09260954711 09260954711
primidos, e 52,6% (IC95% 51,2;54,1) frequentemente ansiosos ou

6/
09260954711 09260954711

-0
nervosos; 43,5% (IC95% 41,8;45,3) relataram início de problemas
09260954711 09260954711

om
de sono e 48,0% (IC95%
09260954711 45,6;50,5) problema de sono preexistente
09260954711

l.c
09260954711 09260954711
agravado. Tristeza, nervosismo
09260954711 frequentes e alterações do sono es-

ai
09260954711

gm
tiveram mais presentes entre adultos jovens, 09260954711
09260954711 mulheres e pessoas

z@
com antecedente de depressão. 09260954711
ht
09260954711
Muitos materiais didáticos foram produzidos rapidamente,
lo
09260954711
ce

com base em epidemias anteriores, como Mers, Sars e Ebola. Uma


ar

09260954711 09260954711
-m

revisão sistemática internacional


09260954711
09260954711
de 26 documentos, em 5 idiomas,
1

que buscou identificar, descrever e avaliar as orientações práticas


-1

09260954711 09260954711
47

sobre estratégias on-line e recomendações desenvolvidas por orga-


09260954711 09260954711
.5

nizações internacionais e governos, foi publicada até 15/4/2020,09260954711


09260954711 para
09

09260954711 09260954711
.6

lidar com o impacto psicológico da covid-19 , no início da pandemia.


92

09260954711 09260954711
-0

Os principais resultados foram que: sintomas de ansiedade


09260954711 e
09260954711
es

09260954711
estresse apareceram em quase todos os documentos; em vários do-
om

09260954711 09260954711
cumentos foram feitos alertas sobre a possibilidade de aumento da
G

09260954711 09260954711
depressão e uso de substâncias; a maioria deles trazia informação re-
da

09260954711
ei

levante sobre características da pandemia, estratégias


09260954711
e recomenda-
09260954711
m

09260954711 09260954711
Al

ções, bem como a importância de verificar fontes de informação09260954711


09260954711 para
de

reduzir incertezas; outros enfatizaram a importância de os profissio-


09260954711
tz

nais manterem e divulgarem informação atualizada sobre o enfren-


er

09260954711 09260954711
H

09260954711
tamento da covid-19 , 09260954711
para evitar medo e pânico; todos eles enfatiza-
lo
ce

ram a relevância de ferramentas práticas para 09260954711


manejar ansiedade e
ar

preocupações sobre a covid-19 , bem como manter conexões sociais


M

09260954711
09260954711 09260954711
para promover a saúde mental; maior parte ressalta
09260954711
a necessidade de
09260954711
construir instrumentos de apoio a familiares, sendo
09260954711 comum a todos as
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
89 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
orientações sobre manter estilo de vida saudável e como
cuidar
09260954711
uns
dos outros (ALMEDA; GARCIA-ALONSO;
09260954711 SALVADOR-CARULLA, 2021).
Esse mesmo estudo destacou que, surpreendentemente,
09260954711 a
09260954711
maior parte dos documentos não inclui informação
09260954711 específica sobre
09260954711
manejo de estresse para
09260954711 pacientes positivos, ou mesmo sobre como
09260954711
reduzir o estigma da doença.
09260954711 Ressaltou-se também que os cuidados
09260954711

0
:2
09260954711 09260954711
remotos podem ser úteis durante a emergência, apenas se a equipe

6
:2
09260954711 09260954711

15
receber capacitação e informação confiável para
09260954711 manter a própria
09260954711

24
saúde e puderem ofertar
09260954711 um cuidado melhor aos pacientes. Ges-
09260954711

0
/2
tores precisam assegurar conexões sociais e reforçar
09260954711
infraestrutura
09260954711

05
09260954711 09260954711
digital para diminuir 09260954711
falhas no acesso aos serviços, principalmen-

6/
09260954711

-0
te para grupos de idosos. Apenas os documentos
09260954711 mais complexos
09260954711

om
pontuaram a necessidade de evitar estigmatização de pessoas com
09260954711 09260954711

l.c
09260954711 09260954711
covid-19 , grupos vulneráveis,
09260954711pessoas com transtornos mentais e

ai
09260954711

gm
profissionais da saúde. Os documentos mais específicos
09260954711 09260954711 incluíram

z@
estratégias para atendimento remoto de crianças, porém foram ne-
09260954711
ht
09260954711
gligenciadas as necessidades de idosos nesse tipo de atendimento.
lo
09260954711
ce

Faz-se necessária a inclusão de links e ferramentas para capacita-


ar

09260954711 09260954711
ções para desenvolver09260954711
habilidades para uso da internet entre idosos.
-m

09260954711
1

A biossegurança tornou-se um dos temas centrais para psi-


-1

09260954711 09260954711
47

cólogas(os) e demais categorias profissionais, visto a alta taxa de


09260954711 09260954711
.5

transmissibilidade do vírus. Tal cenário fez com que grande 09260954711


09260954711 parte
09

09260954711 09260954711
.6

da categoria migrasse para atendimentos on-line, bem como foram


92

09260954711 09260954711
construídos novos procedimentos para atendimentos 09260954711presenciais,
-0

09260954711
tais como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento físi-
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
co (FIOCRUZ, 2020).
G

09260954711 09260954711
Ressalta-se a importância da atuação da Psicologia articulada
da

09260954711
ei

a linhas de cuidados de SMAPS nos diferentes 09260954711


09260954711
cenários da covid-19
09260954711
m

09260954711
Al

. Podem-se destacar a ampla divulgação em mídias sociais e órgãos


09260954711 09260954711
de

de comunicação de estratégias de autocuidado em saúde mental


09260954711
tz

para a população geral, orientações para combater rumores, 09260954711


orien-
er

09260954711
H

09260954711
tações sobre saúde mental para pessoas em quarentena, interven-
lo

09260954711
ce

ções para cuidados de profissionais de resposta09260954711


à pandemia, utiliza-
ar

ção de tecnologias de informação e comunicação para atendimento


M

09260954711
09260954711 09260954711
a pacientes hospitalizados, construção de protocolos
09260954711
para hospitais
09260954711
de campanha ou com leitos para covid-19 , articulação
09260954711 09260954711intersetorial
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


90
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
para proteção e cuidado das populações vulneráveis, discussão
09260954711
so-
bre processos de luto09260954711
e formação de diferentes categorias profissio-
nais sobre SMAPS (FIOCRUZ, 2020). 09260954711
09260954711
Ao avaliar os impactos
09260954711da covid-19 na população
09260954711 brasileira,
uma publicação realizou
09260954711 painel de especialistas brasileiros em saú-
09260954711
de da criança e do adolescente,
09260954711 09260954711 neurodesenvolvimento, serviços de

0
:2
09260954711 09260954711
saúde e saúde mental de adultos e idosos; com o objetivo de com-

6
:2
09260954711 09260954711

15
pilar intervenções baseadas em evidências para
09260954711 apoiar mudanças
09260954711

24
nas políticas brasileiras,
09260954711 para mitigar o aumento esperado de trans-
09260954711

0
/2
tornos mentais durante a pandemia e suas consequências
09260954711
para a
09260954711

05
09260954711 09260954711
saúde mental (MARI et al., 2021). Recomendou- se:

6/
09260954711 09260954711

-0
1. investir em programas
09260954711 de prevenção para o retorno seguro
09260954711

om
09260954711 09260954711
dos alunos às escolas;

l.c
09260954711 09260954711

ai
09260954711 2. adotar intervenções
09260954711psicossociais baseadas em evidências

gm
09260954711 09260954711
para manter um ambiente adequado para o desenvolvi-
z@
09260954711
mento da criança e do adolescente; 09260954711 ht
lo
3. focalizar estratégias nas populações socialmente vulnerá- 09260954711
ce
ar

09260954711 09260954711
veis e vítimas de discriminação;
-m

09260954711
4. treinar equipes de atenção primária para resolver proble-
09260954711
1
-1

09260954711 09260954711
mas comuns de saúde mental, fornecer avaliações com
47

09260954711 09260954711
.5

09260954711 base nas necessidades e gerenciar cuidados domiciliares 09260954711


09

09260954711 de longo prazo para pacientes idosos; 09260954711


.6
92

09260954711 09260954711
5. investir em avanços tecnológicos (por09260954711
exemplo, telemedi-
-0

09260954711
cina) para promover o atendimento coordenado;
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
6. aumentar o acesso e a capacitação para uso de computa-
G

09260954711 09260954711
dores e telefones celulares, especialmente entre os idosos;
da

09260954711
ei

09260954711 09260954711
7. expandir protocolos para intervenções psicoterápicas bre-
m

09260954711 09260954711
Al

ves e remotas e psicoeducação para 09260954711


gerenciar problemas
09260954711
de

comuns de saúde mental. 09260954711


tz
er

09260954711 09260954711
H

09260954711
lo

Junto ao enfoque acima que direciona orientações para ges-


09260954711
ce

09260954711
tores e universidades, é importante destacar alguns grupos que pre-
ar
M

09260954711
cisam ter estratégias específicas de SMAPS e, portanto, podem
09260954711 se
09260954711
beneficiar das ações da Psicologia.
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
O primeiro grupo seria dos profissionais09260954711
de resposta, 09260954711
nesse
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
91 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
caso, os profissionais da saúde. Uma revisão sistemática
de Pappa
09260954711
et al. (2020) identificou 13 estudos, publicados até 17/4/2020, e, ao
09260954711
fazer taxas de prevalência combinadas, detectou que mais de 1 en-
09260954711
tre 5 profissionais da saúde apresentaram ansiedade ou depressão
09260954711
09260954711 09260954711
e
09260954711 quase 2 de cada 5 se queixavam
09260954711 de insônia. Tais achados iniciais
já sugeriam que uma09260954711
09260954711 considerável proporção de profissionais de

0
:2
saúde experienciava 09260954711
09260954711 sofrimento psíquico e seriam necessárias es-

6
:2
09260954711 09260954711
tratégias para mitigar os riscos à saúde mental e ajustar interven-

15
09260954711 09260954711
ções de acordo com09260954711
a pandemia. Sendo assim, recomendou-se

24
09260954711

0
continuamente que os serviços de saúde organizassem estratégias

/2
09260954711 09260954711

05
09260954711 09260954711
de SMAPS para seus09260954711
colaboradores, avaliassem a sobrecarga de

6/
09260954711
trabalho, horas de sono, acesso e capacitação09260954711
para uso de equipa-

-0
09260954711

om
mentos de proteção individual
09260954711 09260954711 (FIOCRUZ, 2020).

l.c
09260954711 09260954711
O segundo grupo seria de pessoas diretamente afetadas pela

ai
09260954711 09260954711

gm
covid-19 . Estudos anteriores já relatavam o sofrimento
09260954711 09260954711 de sobre-

z@
viventes do Ebola, na Libéria. Após a internação, eram percebidos
09260954711
ht
09260954711
como contagiosos, excluídos da família, trabalho e vida social, afe-
lo
09260954711
ce

tando os possíveis mecanismos de coping que poderiam


09260954711 ser aciona-
ar

09260954711
dos via rede socioafetiva. Um dos maiores sofrimentos dizia respei-
-m

09260954711
to a voltar para uma casa “cheia de fantasmas”, em referência
09260954711
aos
1
-1

09260954711 09260954711
familiares que haviam morrido com Ebola. Receber apoio psicos-
47

09260954711 09260954711
.5

social, participar de associações, resignificar a vida pós-Ebola09260954711


09260954711 foi a
09

estratégia que mais os ajudou a aliviar o sofrimento. Para aqueles


09260954711 09260954711
.6
92

09260954711 09260954711
sem apoio social, havia apenas a Associação 09260954711
e o aconselhamento
-0

09260954711
psicossocial como vínculos que os apoiavam (RABELO et al., 2016).
es

09260954711
om

09260954711 09260954711
Neste momento, muitos estudos tentam compreender 09260954711 o que
G

09260954711
nomeiam como COVID longa ou persistente, como os aspectos
da

09260954711
físicos e psicológicos estão relacionados, bem como o impacto
ei

09260954711 09260954711
m

social da COVID, com mortes, desemprego e09260954711 desesperança,09260954711


09260954711
tem
Al

09260954711
de

interferido na recuperação de pacientes e população geral que foi


09260954711
tz

afetada. Sendo assim, um vasto campo para pesquisa se abre09260954711


para
er

09260954711
H

que a Psicologia possa compreender para intervir de forma ética e


09260954711
lo

09260954711
embasada cientificamente.
ce

09260954711
ar
M

09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
09260954711 09260954711

Integral de Riscos, Emergências e Desastres


92
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711

REFERÊNCIAS
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711 09260954711

0
:2
09260954711 09260954711

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09260954711
09260954711
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09260954711 09260954711
09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
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09260954711 09260954711
09260954711
09260954711
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Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
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Integral de Riscos, Emergências e Desastres


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CONHEÇA AS DEMAIS REFERÊNCIAS


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TÉCNICAS PUBLICADAS PELO CREPOP


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09260954711 — Como os Psicólogos e as Psicólogas Podem Contribuir para
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Avançar o Sistema Único de Assistência Social09260954711
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ções para Gestoras e Gestores.

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2013 — Como a Psicologia Pode Contribuir para
09260954711 o Avanço do SUS:
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Orientações para Gestores.

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2013 — Referências 09260954711
09260954711 Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no

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Centro de Referência Especializado de Assistência Social — CREAS.
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2013 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no
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CAPS — Centro de Atenção Psicossocial. 09260954711
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2013 — Referências Técnicas
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Programas de Atenção a Mulheres em Situação de Violência.


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2017 — Relações Raciais


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Psicólogas(os).
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2018 — Referências Técnicas para Atuação de 09260954711


Psicólogas em Políti-
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cas Públicas de Mobilidade Humana e Trânsito.09260954711
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2019 — Referências Técnicas para Atuação das(os) Psicólogas(os)
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em Questões Relativas à Terra (edição revisada).
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2019 — Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) nos
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Programas e Serviços de IST/HIV/aids.
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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os)


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Educação Básica (edição revisada).
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2019 — Saúde do Trabalhador no Âmbito da Saúde Pública: Referên-09260954711


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cias para Atuação do(a) Psicólogo(a) (edição revisada).
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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em


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Políticas Públicas sobre Álcool e Outras Drogas09260954711
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(edição revisada).
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111 Conselho Federal de Psicologia 09260954711
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Políticas Públicas de Esporte.

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2019 — Referências Técnicas para Atuação da(o) psicóloga(o) em

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Varas de Família (edição revisada).
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2019 — Referências Técnicas
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Serviços Hospitalares 09260954711
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2019 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na
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Atenção Básica à Saúde. ht
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2020 — Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na


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Rede de Proteção às 09260954711
Crianças e Adolescentes em Situação de Vio-
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ticas de Segurança Pública.


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2020 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) nos Pro-


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gramas de IST/HIV/aids (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) no Siste-
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ma Prisional (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) nas Me-
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didas Socioeducativas (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os)


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CRAS/SUAS (edição revisada).
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2021 — Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) na09260954711


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tão Integral de Riscos, Emergências e Desastres.
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Referências Técnicas para atuação de psicólogas (os) na Gestão
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Integral de Riscos, Emergências e Desastres


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