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QUIXERAMOBIM – CE
2023
QUIXERAMOBIM – CE
2023
1. INTRODUÇÃO
TABELA 01
ESPECIALIDADE
CIRURGIA GERAL 6
CIRÚRGICO
ESPECIALIDADE
GINECOLOGIA 2
CIRÚRGICO
ESPECIALIDADE
NEFROLOGIA UROLOGIA 2
CIRÚRGICO
ESPECIALIDADE
ORTOPEDIA TRAUMATOLOGIA 10
CIRÚRGICO
ESPECIALIDADE
CLÍNICA MÉDICA 44
CLÍNICO
ESPECIALIDADE
NEFROLOGIA 2
CLÍNICO
OUTRAS
PSIQUIATRIA 4
ESPECIALIDADES
Autora,2023.
uma recaída, onde ele vendeu o que tinha para beber. A conversa traz sua
carência sobre a falta da sua família, sobre a ausência da mesma, no seu
discurso parece que é amado e acolhido, mas no decorrer da conversa fala que
ninguém visita, nem os amigos que beberam com ele. Possui muitos problemas
de saúde e segue aos cuidados da equipe.
Paciente 2, mulher etilista, é seu caso envolve a vizinha que briga para não
ter que, além de socorrer, cuidar dela, essa mesma é acompanhada pelo CREAS
para identificar demanda, pois possui filhas, mas mora sozinha, então é
importante envolver a família e investigar.
Paciente 3, mulher, tentativa de suicídio, com perca de movimentos das
pernas e fala atrapalhada. A mesma tentou inúmeras vezes matar o marido,
padrasto de suas filhas, e sua filha de 13 anos mora com ela. Ela jogou ácido no
corpo, segundo padrasto tentou colocar fogo, pegou copo de vidro para quebrar
na cabeça dele, pegou extensão e tentou matá-lo e tinha perda de memória,
sobre falar que não tinha filhos, não calçar chinelos ao caminhar na rua, segue
aos cuidados da equipe para investigação.
Casos como esses é importante saber qual a posição que irá tomar
entendendo o contexto que está inserido, o que está ao seu alcance e o que pode
ser demanda encaminhada ou investigada ali mesmo no hospital, o cuidado, a
ética são essenciais nesse momento.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.REFERÊNCIAS
6.ANEXOS
problemas, sua vida, seus projetos, mas o que irá ser discutido no presente
momento é sua relação com a situação existencial que se encontra. Na psicologia
hospitalar é importante saber que o diagnóstico é uma hipótese e não verdade
absoluta, "se ocorrer mudança no tratamento dessa hipótese, essa foi uma
hipótese válida," esse trecho remete ao fato que o acompanhamento psicológico
no âmbito hospitalar não tem receita pronta, não tem mapa, por que é tudo muito
emergente e a inesperado, por parte do paciente e do profissional.
Discorrendo sobre a temática que o capítulo traz, o Manual de Psicologia
Hospitalar traz 4 tipos de diagnósticos e aqui se encontra uma importante
discussão a ser desenvolvida, esses diagnósticos são:
● Eixo I Reacional
● Eixo II Médico
● Eixo III Situacional
● Eixo IV Transferencial
E o que os difere? No Eixo I o diagnóstico é tratado com passos que são
identificados como negação, revolta, depressão e enfrentamento, e assim como
no processo de luto, eles não obrigatoriamente acontecem com uma ordem
definida, e aponta como angústia o foco do trabalho do psicólogo hospitalar,
através de entender que não é apenas nos parâmetros de vida ou morte, de
saúde ou doença, mas sim, evidenciar a fragilidade e sensibilidade, sabendo que
a doença vai além da própria doença.
O Eixo II traz o diagnóstico que é feito pelo médico que contém o nome
da doença, a condição dela, o estágio que se encontra, sintomas, tratamento,
medicação, o psicólogo, portanto necessita consultar o prontuário do paciente
para que ocorra um quebra gelo no primeiro contato com o paciente, possuindo
essas informações você sabe como lidar e o que irá encontrar no leito. E esse
diagnóstico médico é importante para seguimento do tratamento com esse
indivíduo no hospital.
Já no Eixo III é em tese ter informações sobre a vida do paciente para
explorar como ele está e ficará perante um diagnóstico, esses pontos fazem parte
da identidade do sujeito, são aspectos culturais, vida social, família,
personalidade, esse eixo se responsabiliza em tratar o paciente com a sua
totalidade, além do diagnóstico, e com o diagnóstico promover intervenções
importantes com base nas suas vivências. É mapear os pontos da vida diária que
podem influenciar na doença, e pede reflexão e manuseio prático constante para
auxiliar esse paciente.
E no Eixo IV é possível observar e identificar as relações que essa
pessoa irá estabelecer a partir do seu lugar de adoecimento, vínculos como
equipe hospitalar, médico, família, psicólogo e instituição. Essas relações fazem
com que a doença e o período que esse paciente passará ali, encontrar formas de
interagir ou não com o meio, trabalhando além da doença vínculos que são
importantes, pois ninguém nasce só, desde do começo da vida é preciso pessoas,
grupos, seres que norteiam e fazem a diferença.
Na Psicologia Hospitalar o diagnóstico seria o conhecimento da
situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada em sua relação com a
doença, diferentemente o da visão da medicina para diagnóstico, que para os
médicos o diagnóstico é o conhecimento da doença por meio de seus sintomas.
Então, a psicologia hospitalar, surge para escutar a pessoa que está inserida no
meio da doença, escutar a sua subjetividade porque no fim das contas a cura em
si não elimina a subjetividade do sujeito; pois a tal subjetividade não tem cura.
Contudo, tratar a pessoa, e não a doença foi um dos objetivos mais valiosos da
psicologia hospitalar. Conhecer profundamente aspectos ligados à história do
paciente, seus interesses, seu trabalho, suas condições de vida com atenção e
carinho conseguimos traçar um caminho para a cura da subjetividade de cada
paciente.
Os psicólogos executam trabalhos em grupos para melhorar as
relações interpessoais entre pacientes/familiares, pacientes/médicos,
pacientes/enfermeiros para um melhor entendimento, acolhimento e tratamento
dos pacientes em relação a sua estadia nos âmbitos hospitalares e uma possível
cura de seus sintomas e subjetividade.
Os psicólogos hospitalares com seu empenho e trabalhos em grupos
promovem um valioso exercício de trocas interpessoais, compartilhamento das
diferenças, das sensações de medo, angústias, alegrias e assim fazem com que o
meio hospitalar seja mais leve como um abraço acolhedor que nos protege e nos
consola.