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Apostila Do Laboratorio de Qumica Aplicada
Apostila Do Laboratorio de Qumica Aplicada
Apostila Do Laboratorio de Qumica Aplicada
APOSTILA DO
LABORATÓRIO DE
QUÍMICA APLICADA À
ENGENHARIA
Versão 2012
2012
1
SUMÁRIO
AULA 01: Normas, Condutas e Segurança no Laboratório de Química Aplicada à Engenharia .... 2
AULA 03: Experimento 02: Determinação do Cloro em Produtos Domésticos por Titulometria
de Oxirredução ............................................................................................................................ 12
AULA 05: Experimento 04: Eletrodeposição do Níquel ................... Erro! Indicador não definido.
AULA 09: Experimento 08: Corrosão III - Influência do Meio Eletrolítico ................................... 43
AULA 13: Experimento 12: Polímeros – Produção do Isopor utilizando Poliestireno ................. 63
AULA 01
- O prazo de TOLERÂNCIA para o atraso nas aulas práticas é de 10 minutos, após esse
prazo o aluno não poderá assistir à aula. No início de cada aula prática o professor fará uma
- É proibido o uso de “short” e “mini-saias” durante as aulas. Usar de preferência uma calça
e calçado fechado. Essa é uma norma de segurança, uma vez que uma calça e sapatos fechados
protegem a pele de eventuais contatos com reagentes danosos.
- Não serão toleradas brincadeiras durante as aulas práticas, o grupo deve se concentrar na
realização das atividades propostas, pois o tempo é exíguo e a experimentação exige atenção.
Aliás, vários acidentes em laboratórios de ensino advêm da falta de atenção do aluno
experimentador.
- Caso o aluno falte a uma aula prática não haverá reposição da mesma. Isso acarretará a
perda da pontuação referente a essa aula.
- Em cada avaliação será atribuída uma pontuação de 4,0 (quatro pontos) para a prova
prática, que será realizada em dupla, uma pontuação de 6,0 (seis pontos) referente à participação
4. Os frascos contendo reagentes devem ser identificados sempre. Indicar o nome da substância,
sua concentração, o nome do responsável e a data da fabricação.
5. Nunca aquecer uma substância inflamável em chama direta, usar sempre um aquecedor
elétrico ou uma manta de aquecimento.
6. Não sentir o odor de uma substância colocando diretamente o nariz sobre o frasco que o
contém. Deve-se, com a mão, fazer com que o odor seja deslocado até o olfato do
experimentador.
AULA 02
Experimento 01:
REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO
1. OBJETIVOS
Essa prática tem como objetivo efetuar ensaios simples para verificar algumas reações
de oxirredução. Podemos verificar experimentalmente a tendência que apresentam as
substâncias químicas à oxidação e à redução, bem como os produtos de uma reação de
oxirredução.
2. INTRODUÇÃO
3. MATERIAL
3.1. Material
- 09 Tubos de ensaio
- Pipetas de 5 ou 10 ml
3.2. Reagentes
- Clorofórmio (CHCl3)
1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
a) Colocar 1,0 ml (20 gotas) da solução básica (Solução aquosa de NaOH 2M) num tubo
de ensaio.
a) Colocar 1,0 ml (20 gotas) da solução de CuSO4 + 10% de NaCl num tubo de ensaio.
a) Colocar 1,0 ml (20 gotas) da solução de K2Cr2O7 0,1M num tubo de ensaio.
5. REFERÊNCIAS
2. BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
3. KOTZ, J. C., TREICHEL JR., P. M. Química Geral 2 e Reações Químicas, Capítulo 20,
Tradução da 9a Edição americana, Cengage Learning, São Paulo, 2009.
6. PÓS-LABORATÓRIO
2. Calcular o potencial padrão de cada reação dos procedimentos 4.1.1 ao 4.1.6, para isso
utilizar o Potencial Padrão de Redução, encontrados nas Tabelas de Potenciais de Redução
Padrão nos livros de Química nos capítulos de Eletroquímica. Informe quais reações podem
acontecer espontaneamente.
c) Qual a cor da solução após ocorrer a reação com álcool etílico? Essa cor se deve a formação
de qual substância?
5. Por que os utensílios domésticos de prata têm uma durabilidade maior que os de alumínio?
Como você explica a perda do brilho de uma panela feita de alumínio e após uma limpeza ela
recupera esse brilho?
6. Em Setembro de 2008 o Governo Federal decretou a “Lei Seca” relatando que o motorista
que for pego dirigindo sobre efeito do álcool pagará uma multa de 957,00 reais, terá a Carteira
Nacional de Habilitação suspensa e poderá até ser preso. Para verificar se o motorista ingeriu
álcool os policiais de trânsito realizam o teste do bafômetro. Explique o princípio de
funcionamento do bafômetro e qual a reação que ocorre, colocando as cores observadas nos
reagentes e nos produtos. Este teste detecta qualquer quantidade de álcool ingerido por uma
pessoa?
AULA 03:
Experimento 02:
1. INTRODUÇÃO
A instabilidade natural dos compostos clorados associada à negligência na sua
fabricação (uso de água imprópria, armazenamento inadequado) pode levar à diminuição do
teor de cloro livre acarretando a decomposição precoce do produto e consequentemente, a
perda do poder bactericida (Nicoletti e Magalhães, 1996).
A solução de hipoclorito de sódio com pH elevado, em torno de 11 é mais estável,
sendo a liberação de cloro mais lenta. À medida que se reduz o pH da solução, através do
ácido bórico ou do bicarbonato de sódio, a solução torna-se muito instável e
consequentemente a perda de cloro é mais rápida, isso significa que o tempo de vida útil da
solução é pequeno (Estrela, 2004). Diante disso, vários estudos têm sido realizados para
verificar a qualidade das soluções de hipoclorito de sódio que se encontram à venda no
mercado.
2. OBJETIVOS
Verificar como uma reação de oxirredução pode ser usada para a determinação
quantitativa de um agente oxidante em removedores domésticos e alvejantes líquidos à base
de hipocloritos.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Material
- Removedores domésticos (diferentes marcas comerciais)
- Alvejantes líquidos (diferentes marcas comerciais)
- Bureta de 25 mL
- Provetas
- Pipetas de 5 ou 10 mL
- Erlenmeyer de 125 mL
3.2. Reagentes
- Hipoclorito de sódio (amostras comerciais)
- Tiossulfato de sódio 0,05M
- Iodato de Potássio (KIO3) 0,01M
- Iodeto de Potássio (KI)
- Ácido sulfúrico (H2SO4) 1M
- Amido 1%
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Procedimento: Encha uma bureta de 25 ml com Na2S2O3 0,05M tomando cuidado de eliminar
todas as bolhas. Registre o volume inicial da bureta. Para realizar a padronização, coloque 5
mL de KIO3 0,01M com auxilio de uma pipeta, em um frasco Erlenmeyer de 125 mL. Adicione 5
mL de água e 0,4 g de KI. Agite o frasco até que o KI dissolva. Adicione então 2,5 mL de H2SO4
1M e misture agitando. Deverá aparecer uma cor marrom escura, indicando a presença de
iodo. Titule imediatamente com Na2S2O3 0,05M contido na bureta, até que a cor marrom
esmaeça para uma cor amarelo pálido. Adicione então 2 mL da solução indicadora de amido
1% e continue a titulação até que a cor azul-escura do indicador desapareça. A mudança de
azul para uma solução incolor é muito nítida. Registre o volume da solução de tiossulfato
usado na titulação.
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA:
Alvejantes líquidos contendo hipoclorito de sódio a 5% são corrosivos para a pele e para
os olhos. Quando estiverem manipulando o alvejante líquido, tomem cuidado para não
deixar a solução atingir sua pele. Observe que os alvejantes ou outras substâncias
contendo hipoclorito, como removedores domésticos, não devem nunca ser misturados
com amônia (NH3), pois podem produzir cloraminas, tais como H2NCl e HNCl2, que são
tóxicas e voláteis.
iodo. Após, inicie a titulação com tiossulfato de sódio 0,05 M sob agitação constante até que a
substância resultante adquira uma cor amarelo-claro. Adicione então 2 ml do indicador amido
1%, ocorrendo uma mudança de cor para azul-violáceo. Retorne a titulação com tiossulfato de
sódio 0,05 M até que a solução torne-se transparente. Registre o volume gasto da solução de
tiossulfato de sódio na titulação.
Sendo:
5. REFERÊNCIAS
1. BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
2. ESTRELA, C. Hipoclorito de sódio. In: Ciência Endodôntica. São Paulo: Artes Médicas,
p.415-455 2004.
6. PÓS-LABORATÓRIO
1. Faça uma breve pesquisa do que seria titulação de oxirredução, coloque figuras ou desenhe
esquemas de titulação para tornar mais explicativa sua resposta.
AULA 04
Experimento 03:
1. INTRODUÇÃO
Agora temos o cobre metálico da placa doando 2 elétrons para o cátion cobre da
solução e se transformando em Cu2+ (Figura 2).
Cu0 → Cu2+ + 2e-
Mas o cátion cobre que estava em solução, ao receber os 2 elétrons doados pelo cobre
metálico, se transforma em cobre metálico.
Cu2+ + 2e- → Cu0
Daniell percebeu que, se fizesse uma interligação entre 2 eletrodos desse tipo, feitos
de metais diferentes, o metal mais reativo iria transferir seus elétrons para o cátion do metal
menos reativo, em vez de transferí-los para os seus próprios cátions em solução.
O zinco é mais reativo que o cobre, ou seja, tende a doar seus elétrons ao cátion cobre
(Cu2+). Com uma interligação entre os eletrodos de zinco e de cobre, mergulhados em solução
de seus íons, através de um fio condutor, o zinco metálico irá transferir seus elétrons para o
cobre (Cu2+). Desse modo se estabelece uma passagem de corrente elétrica pelo fio condutor,
conforme ilustra a Figura 3.
Observa-se que ao lado do zinco está uma solução de ZnSO4(aq) e ao lado do cobre
está uma solução de CuSO4(aq). Inicialmente, na solução de ZnSO4(aq) o número de íons Zn2+ é
igual ao número de íons SO42-.
Qual a função da PONTE SALINA: Ela é constituída de um tubo em U, preenchido com
algodão embebido em uma solução qualquer. Ela tem a função de permitir a migração de íons
de uma solução para outra, de modo que o número de íons positivos e negativos na solução de
cada eletrodo permaneça em equilíbrio. Na pilha de
zinco e cobre, onde se utiliza KCl na ponte salina, os íons Zn2+ e K+ tendem a migrar em direção
ao eletrodo de cobre para neutralizar o excesso de cargas negativas (íons SO42-). Da mesma
forma, os íons SO42- e Cl- tendem a migrar em direção ao eletrodo de zinco para de íons Zn2+.
(A) (B)
Figura 5: (A) Circuito Aberto e (B) Circuito Fechado da Pilha de Daniell (Russell, 2008).
por outro lado, no eletrodo de cobre haverá deposição de cobre metálico diminuindo
consideravelmente a concentração de Cu2+ na solução (concentração de SO42- constante).
A pilha é uma fonte de força eletromotriz, e como tal possui uma resistência interna.
Como você já sabe, força eletromotriz é a máxima diferença de potencial que a pilha consegue
fornecer para os seus pólos, mas sempre que é ligado um aparelho que necessita de uma
corrente grande para o seu funcionamento na pilha, a diferença de potencial em seus pólos
será menos que a força eletromotriz da pilha, pois parte de energia que a pilha fornece aos
portadores de cargas (elétrons) é consumida por eles para percorrer a própria pilha. Para
determinar a força eletromotriz da pilha que está a sua disposição use o voltímetro e meça a
diferença de potencial entre os pólos quando nenhum outro elemento está ligado na pilha.
PILHA DE CONCENTRAÇÃO
É uma pilha onde as soluções e os materiais metálicos do ânodo e do cátodo são
iguais, porém a concentração da solução dentro dos compartimentos é diferente. Isto leva a
uma transferência de elétrons, e como a solução mais concentrada é mais rica em íons
positivos ela atua como cátodo em função da redução desses íons positivos a um estado de
oxidação menor. O fluxo de elétrons ocorre até que as concentrações das soluções dos dois
compartimentos sejam iguais.
2. OBJETIVOS
Essa prática tem como objetivo montar a pilha de Daniell, entender como é o seu
funcionamento, identificando os compartimentos que ocorre a oxidação e redução, o ânodo e
cátodo e a importância da ponte salina e montar uma pilha de concentração e calcular o valor
da tensão (FEM) através da equação de Nernst.
5. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Material
- Placas de Zinco
- Placa de Cobre
- Sulfato de Cobre (CuSO4) 1M
- Sulfato de Zinco (ZnSO4) 1M
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Pilha de Daniell:
Montar a pilha de Daniell utilizando as placas de zinco e cobre fornecidas, conforme
ilustrado na Figura 3, para isso siga as seguintes etapas:
a) No béquer 1 adicionar 60 mL da solução de ZnSO4 1M e no béquer 2 adicionar 60 mL da
solução de CuSO4 1M.
b) Colocar a placa de zinco no béquer 1 e a de cobre no béquer 2.
c) Colocar a ponte salina interligando os dois compartimentos.
d) Ligar o polo positivo e o polo negativo, utilizando o jacaré, nas placas e no multímetro para
verificar o potencial da célula.
e) Fazer a conexão com o LED e verificar o que ocorre.
Pilha de concentração:
Montar a pilha de concentração conforme foi montada a pilha de Daniel:
a) No béquer 1 adicionar 60 mL da solução de ZnSO4 0,0001M e no béquer 2 adicionar 60 mL
da solução de ZnSO4 1M.
b) Colocar uma placa de zinco em cada béquer.
c) Colocar a ponte salina interligando os dois compartimentos.
d) Ligar o pólo positivo na placa imersa na solução 0,0001 M e o pólo negativo na placa imersa
na solução 1 M, utilizando o jacaré,.
e) Fazer a conexão com o multímetro e verificar a tensão produzida.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
2. KOTZ, J. C., TREICHEL JR., P. M. Química Geral 2 e Reações Químicas, Capítulo 20,
Tradução da 9a Edição americana, Cengage Learning, São Paulo, 2009.
6. PÓS-LABORATÓRIO
AULA 05:
Experimento 04:
ELETRODEPOSIÇÃO DE NÍQUEL
1. INTRODUÇÃO
(1)
onde:
m = massa de substância produzida em gramas;
MM = massa molar da substância (g/mol);
i = corrente em amperes;
t = tempo de eletrólise em segundos;
F = constante de Faraday = 96500 C/mol
A quantidade de substância produzida em uma eletrólise é frequentemente inferior à
quantidade prevista pelas Leis de Faraday. A razão entre a massa teórica prevista e a massa
realmente obtida na eletrólise, expressa em porcentagem é chamada de RENDIMENTO
FARADAICO (), e é dado pela equação 2.
= (massa obtida/massa prevista) x 100 (2)
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Material
- 1 eletrodo de cobre
- 1 eletrodo de aço ou platina
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
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- Fonte de corrente
- Dois conectores tipo jacaré
- Béquer de 100 mL
-1 cronômetro
-Balança analítica
-agitador magnético
- suportes e garras para prender os eletrodos
3.2. Soluções
- Solução do banho de Watts
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Eletrólise do KI
Pesar o eletrodo de cobre limpo e seco e anotar a massa.
Colocar a solução do banho de Watts no béquer e colocar sobre o agitador magnético.
Prender os eletrodos de forma que fiquem totalmente mergulhados na solução,
isolando sua superfície metálica da garra com uma borracha, para evitar fuga de corrente.
Conectar os cabos na fonte e em seguida conectá-los no ânodo e no cátodo, sendo o
ânodo o cabo vermelho e o cátodo o cabo preto.
Ainda com a fonte desligada girar o botão da corrente para a posição zero e o da
tensão para a posição máxima.
Ligar a fonte e ajustar a corrente para 0,03 A e começar a cronometrar o tempo.
Deixar a célula funcionando por 5 minutos e desligar a fonte.
Retirar o eletrodo de cobre, lavar com água destilada, secar bem e pesar novamente.
Anotar a massa e determinar a quantidade de níquel depositada.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
2. KOTZ, J. C., TREICHEL JR., P. M. Química Geral 2 e Reações Químicas, Capítulo 20,
Tradução da 9a Edição americana, Cengage Learning, São Paulo, 2009.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
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AULA 06:
Experimento 05:
ELETRÓLISE
1. INTRODUÇÃO
As células voltáicas são baseadas nas reações de oxirredução espontâneas.
Contrariamente, é possível usar a energia elétrica para fazer com que reações de oxirredução
não espontâneas ocorram. Por exemplo, a eletricidade pode ser usada para decompor o
cloreto de sódio fundido em seus elementos componentes, como mostra a Reação 1.
2NaCl(l)→ 2Na(l) + Cl2(g) (Reação 1)
Por causa dos altos pontos de fusão das substâncias iônicas, a eletrólise de sais
fundidos necessita de altas temperaturas. Uma alternativa seria realizar a eletrólise em meio
aquoso.
Obtém-se os mesmos produtos se fizermos a eletrólise da solução aquosa de um sal
em vez de fazer do sal fundido? Nem sempre, a eletrólise de uma solução aquosa é complicada
pela presença da água, porque precisa-se considerar se a água é oxidada (para formar O2) ou
reduzida (para formar H2) em vez dos íons do sal fundido (Kotz e Treichel, 2009).
Quando se aciona o motor de arranque de um automóvel girando-se a chave de
ignição, quando se acende uma lanterna, quando se mede a concentração de um ácido em
solução aquosa usando-se um aparelho medidor de pH, quando consideramos a colocação de
placas de zinco no caso de uma embarcação para se evitar a sua corrosão, estamos
observando a ocorrência de reações químicas. Quando se abre uma janela com esquadria de
alumínio, e até quando se utiliza um sabão qualquer, estamos usufruindo de produtos obtidos
como consequência do uso de reações químicas muito semelhantes àquelas citadas no
primeiro parágrafo. Essas reações químicas são chamadas de eletroquímicas, que produzem
eletricidade ou são por esta provocadas (http://www.uff.br/gqi/ensino/disciplinas).
A eletroquímica é o ramo da química que estuda as reações que envolvem a produção
ou o uso da eletricidade. As reações que produzem eletricidade são aquelas que ocorrem nas
2. OBJETIVOS
Observar a eletrólise do iodeto de potássio (KI), da água (H2O) e do cloreto de sódio
(NaCl), verificando os principais produtos e as condições necessárias para que ocorram.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Material
- 3 Placas de Petri (10 cm de diâmetro)
- Eletrodos de aço-inox
- Fonte de corrente
- Dois conectores tipo jacaré
- Dois fios de conexão
3.2. Soluções
- Indicadores de pH - Azul de bromotimol
- Iodeto de Potássio (KI) 5% m/v
- Hidróxido de sódio (NaOH) 5% m/v
- Solução de um eletrólito inerte (sulfato de potássio K2SO4 a 5%)
- Solução de NaCl 5% m/v
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Eletrólise do KI
Neste procedimento será mostrada a eletrólise de iodeto de potássio com a formação
de iodo elementar.
Numa placa de Petri, adicionar 40 mL de solução KI 5% e os eletrodos de aço inox
opostamente colocados. Conecte os eletrodos à fonte de corrente pelos cabos e conexões
necessários. Em seguida, faça a ligação do circuito. Observe e anote.
OBS.: As cores diversificadas do indicador Azul de bromotimol: Cor da forma ácida (AMARELO)
/Cor intermediária (VERDE) /Cor da forma básica (AZUL).
Monte os eletrodos de aço inox na placa de forma oposta, assim como os cabos de
conexão. Antes de fazer a ligação do circuito, espere um pouco (cerca de um minuto) para
acalmar eventuais turbulências na solução. De imediato os efeitos coloridos são observados
em torno dos eletrodos. Deixando o circuito ligado durante alguns minutos pode-se apreciar a
evolução da eletrólise. Observe e anote.
4.4.Eletrólise do NaOH
Figura 1: Esquema da eletrólise da água utilizando tubos de ensaio para coletar os gases
produzidos.
CANTINHO DA CURIOSIDADE
Gases
H2 - incolor, inodoro, produz pequena explosão em contato com uma chama viva;
O2 - incolor, inodoro, reaviva a chama em palito de fósforo em brasa (se em grande quantidade);
Cl2 - amarelo esverdeado, de odor irritante, e que lembra um pouco o cheiro da “água sanitária”,
descora um papel de tornassol umedecido, azul ou vermelho;
Líquidos
Sólidos
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4. BROWN, T. L., LEWAY JR., H. E., BURSTEN, B. E., BURDGE, J. R., Química – A Ciência
Central, Capítulo 20, 9a Edição, Pearson, 2007.
5. KOTZ, J. C., TREICHEL JR., P. M. Química Geral 2 e Reações Químicas, Capítulo 20,
Tradução da 9a Edição americana, Cengage Learning, São Paulo, 2009.
6. PRÉ-LABORATÓRIO
1. Para cada eletrólise indique as reações que ocorrem no ânodo e cátodo. E qual a reação
global balanceada.
2. Calcule a tensão mínima que se deve fornecer para que ocorram essas eletrólises.
7. PÓS-LABORATÓRIO
5. Supondo que a eletrólise do KI fosse conduzida a 350 mA durante 10 min, qual seria a
massa de iodo produzida?
AULA 07:
Experimento 06:
1. INTRODUÇÃO
A corrosão galvânica ocorre quando dois metais diferentes são postos em contato
um com outro e expostos a um eletrólito. O metal menos nobre será o ânodo e por isso se
dissolverá enquanto o mais nobre agirá como cátodo. Dependendo da natureza do meio
corrosivo, as reações catódicas podem ocorrer pelos processos de desprendimento de
hidrogênio ou absorção do oxigênio.
Além desse ataque inicial o metal formado se deposita sobre a superfície de alumínio
e cria uma série de micropilhas galvânicas, nas quais o alumínio funciona como ânodo,
sofrendo corrosão acentuada. Casos envolvendo este mecanismo são observados em:
Tubos de caldeiras onde ocorre, em alguns casos, depósitos de cobre ou óxido de cobre. Isto
porque a água de alimentação da caldeira pode conter íons cobre, cobre metálico ou suas
ligas;
Tanques de aço carbono onde aço galvanizado. A corrosão galvânica é ocasionada pela
presença de cobre ou compostos originados pela ação corrosiva ou erosiva da água sobre a
tubulação de cobre que alimenta o tanque. Por isso deve-se evitar, sempre que possível, que
um fluido circule por um material metálico catódico antes de circular por um que lhe seja
anódico.
Este tipo de corrosão é o que ocorre na “linha d’água das partes metálicas
parcialmente imersa em uma solução. Se, se mergulha uma peça de metal, zinco, por exemplo,
em uma solução diluída de um eletrólito qualquer, e a solução não é agitada, as partes acima e
adjacentes a linha d’água são mais fortemente aeradas devido a facilidade de acesso do
oxigênio a estas áreas, que portanto, tornar-se-ão catódicas. Na parte imersa a maior
profundidade, a concentração de oxigênio é menor, sendo esta, por conseguinte, anódica.
Outro exemplo de corrosão por aeração diferencial tipo linha d’água, ocorre nas
estruturas, estacas, etc. mergulhadas parcialmente na água do mar.
As superfícies rugosas, com sulcos ou fendas, onde o oxigênio não pode penetrar,
são perigosamente corroídas por aeração diferencial provocando cavidades (pitting). Esta
corrosão aumenta com o tempo, pois os produtos da corrosão acumulam-se em torno da área
anódica, impedindo ainda mais qualquer acesso de oxigênio.
2. OBJETIVO
3. MATERIAL
2. Pisseta
4. Béquer de 50 mL
5. Béquer de 100 mL
6. 1 bastão de vidro
7. Fio condutor
8. 1 Pipeta graduada de 5 mL
9. Lâmina de zinco
15. Fenolftaleína
CORROSÃO GALVÂNICA
b) Coloque sobre a superfície limpa da chapa de ferro duas gotas de solução de cloreto de
sódio, uma gota de fenolftaleína e duas gotas de solução de ferricianeto de potássio.
3Fe2+ + 2 Fe(CN)63- →
Fe3 (Fe(CN)6)2
Azul
PARTE II: Corrosão provocada por impurezas metálicas situadas num material metálico
b) Mergulhe parcialmente, nesta solução, uma lâmina de zinco previamente limpa. Observe
que o ataque ao zinco é pequeno.
d) A seguir, toque a lâmina de zinco com o bastão de cobre. Neste experimento pode-se
admitir que o cobre funcione como a impureza necessária para formar uma pilha de ação
local, na qual o zinco sofre corrosão e o cobre não.
c) Ligue o ferro a uma placa de cobre, previamente limpos, através de um fio condutor.
d) Faça a imersão desses metais, ligados entre si, na solução de NaCl 10%.
b) Após mergulhar os metais, ligados entre si, na solução de NaCl, observe o ocorrido e
anote.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
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CORROSÃO ELETROLÍTICA
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4. PÓS-LABORATÓRIO
PARTE I
PARTE III
4. Escreva as semi-reações que ocorrem nas regiões anódica e catódica da pilha de corrosão
formada.
PARTE IV
7. Escreva as semi-reações que ocorrem nas regiões anódica e catódica da pilha de corrosão
formada.
AULA 08:
Experimento 07:
1. INTRODUÇÃO
A atual tecnologia é fortemente dependente da utilização de materiais metálicos,
aproveitando as excelentes propriedades físicas e químicas dos metais. Por outro lado, quase
todas as ligas metálicas se deterioram pelo ataque que sofrem do meio ambiente onde são
utilizadas. Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades
(indústria química, automotiva, naval, de construção civil, etc). A corrosão preocupa o mundo,
que gasta bilhões de dólares ao ano para repor às perdas causadas por ela.
O ferro, por exemplo, é atacado por água e gás oxigênio do ar formando ferrugem.
Alguns autores consideram a deterioração de materiais não metálicos (concreto, borracha,
madeira, etc), devido à ação do meio ambiente, como corrosão.
2. OBJETIVO
O experimento a seguir tem por objetivo ilustrar ou desenvolver alguns conceitos
básicos de corrosão: efeito do sal na velocidade de corrosão; uso de metais de sacrifício;
influência de um pequeno ânodo frente a uma grande superfície de cátodo nas edificações e
equipamentos.
3. MATERIAL
3.1. Material:
- Placa de zinco;
3.2. Reagente:
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Use 4 latas semelhantes e limpas. Enumere-as de 1 a 4. Faça um risco no fundo das
latas 2, 3 e 4 (utilize um objeto pontiagudo, como um prego, saca-rolhas, etc). Arranhe duas ou
três vezes para garantir que a camada de estanho seja removida. Prepare a solução aquosa de
cloreto de sódio. 800ml são suficientes para um conjunto de latas (latas pequenas de 200g).
3) lata com arranhão, com água salgada (solução aquosa de NaCl a 4,5%).
4) lata com arranhão, com água salgada e colocar placa de zinco próximo ao arranhão.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. PÓS-LABORATÓRIO
2. Quais fatores que provocaram maior corrosão numa lata do que em outra?
3. As latas utilizadas pela indústria de alimentos são revestidas por uma fina camada de
estanho. Consulte uma tabela de potenciais de redução ou de reatividade de metais, e
justifique este procedimento.
5. Por que a presença de cloreto de sódio (NaCl) aumentou a corrosão na lata n°3?
AULA 09:
Experimento 08:
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
43
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. MATERIAL
3.2. Reagentes:
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE I
a) Limpe com água e sabão os pregos polidos e não toque nas superfícies da peça com as
mãos, devendo-se utilizar pinça.
1 São pedaços de papel cobertos com uma substância indicadora. Geralmente há dois tipos de
fitas, as que possuem apenas um tipo de indicador, geralmente o tornassol. E as que possuem
mais de dois tipos.
Ao mergulhar a fita em um líquido, a coloração da região impregnada com a solução
indicadora, muda de coloração e com uma tabela de comparação se determina o valor de pH
da solução analisada.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
45
d) Deixar os pregos nas soluções durante 24 horas, ou seja, de um dia para o outro.
Adicional:
Tabela 1: Resultados obtidos com a Parte I do experimento Corrosão III - Influência do Meio
Eletrolítico.
Esta técnica serve apenas para uma avaliação inicial da amostra, existem pHmetros que
realizam a determinação do pH das soluções com muita precisão.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. MORA, Nora Díaz; SIHVENGER, João Carlos; LUCAS, Juliana Fenner R. Caderno de
Práticas de Laboratório de Química Geral. Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
2006.
6. PÓS-LABORATÓRIO
1. Indique as soluções nas quais observou alguma evidência de corrosão na parte I. Explique.
2. Escreva as reações de oxidação e redução do ferro, cobre e alumínio imersos nas soluções
preparadas, assumindo que existe suficiente oxigênio dissolvido.
AULA 10:
Experimento 09:
1. INTRODUÇÃO
A proteção catódica é um método de controle de corrosão que consiste em
transformar a estrutura à proteger no cátodo de uma célula eletroquímica ou eletrolítica. O
emprego de proteção catódica em estruturas de concreto enterradas ou submersas é ainda
pouco frequente, devido a dificuldades, tais como necessidade de se interligar toda a
armadura do concreto, de modo a funcionar como um negativo único e a possibilidade de
fraturas no concreto devido aos esforços gerados pela pressão parcial do hidrogênio liberado
no cátodo, quando submetido a potenciais muito negativos. Não pode ser usada em estruturas
aéreas em face da necessidade de um eletrólito contínuo, o que não se consegue na atmosfera
(Gentil, 2008).
e através deles retifica-se uma corrente alternada, obtendo-se uma corrente contínua que é
injetada no circuito de proteção.
Como a diferença de potência de saída da fonte pode ser estipulada em valores
baixos ou elevada, a proteção catódica por corrente impressa aplica-se a estruturas situadas
em eletrólitos de baixa, média e alta resistividade. Também ela é aplicada onde se exige
maiores correntes, portanto, em estruturas de média para grande porte o que não impede o
seu uso em estruturas pequenas, quando houver conveniência.
“...à luz deste fenômeno, é fácil concluir-se que, em última análise, o ânodo galvânico
representa uma certa quantidade de energia acumulada, a qual será liberada paulatinamente,
proporcionando uma corrente elétrica que exercerá uma ação protetora sobre a superfície da
estrutura.”
(Proteção Catódica – Aldo Cordeiro Dutra & Laerce de Paula Nunes)
2. OBJETIVOS
O experimento a seguir tem por objetivo ilustrar e desenvolver alguns conceitos
básicos de proteção catódica da corrosão como, proteção catódica galvânica (uso de metais de
sacrifício) e proteção catódica por corrente impressa.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
51
3. MATERIAL
3.1. Material:
- Bécker de 250 mL
- Tubos de Ensaios
- Pregos de ferro e/ou placas de ferro limpos
- Placas de cobre
- Placas de zinco ou aço galvanizado
- Eletrodos de grafite
- Fios de cobre
- Fonte de corrente contínua
3.2 Reagentes:
- Solução de Cloreto de Sódio 5%
- Solução Alcoólica de Fenolftaleína
- Solução de Ferricianeto de Potássio
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE I. Proteção catódica galvânica (ânodos de sacrifício)
a) Em sete potes (A, B, C, D, E, F e G) adicionar 50 mL de solução de NaCl (5%).
b) Acrescentar aos potes:
A- um prego de ferro
B- um prego de ferro ligado a uma placa de cobre
C- um prego de ferro ligado a uma placa de zinco
D- um prego de ferro envolvido com uma fita de alumínio
E- um prego de ferro ligado a placas de cobre e zinco
F- um prego de ferro e adicionar 1 mL do inibidor A.
G - um prego de ferro e adicionar 1 mL do inibidor B.
c) Após uma semana preencha a Tabela 1 com suas observações.
d) Anote o (s) tubo (s) onde o ferro foi protegido catodicamente.
Aspectos Observados
Ferro
Grafite
b) Imerge dois eletrodos, um de ferro (prego) e outro de cobre, ligados por um fio de cobre,
imobilizando-os dentro da solução.
c) Imerge após algum tempo um eletrodo de grafite e ligue-o ao polo positivo da mesma
fonte de corrente contínua, ligando o ferro e o cobre ao polo negativo da mesma fonte.
OBS.: Se a solução já estiver muito turva é conveniente, para melhor observação, substituí-la
por outra.
Ferro e cobre
Grafite
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. PÓS-LABORATÓRIO:
PARTE I
PARTE II e III
7. Explique se poderia ser usado corrente da rede elétrica sem passar pelo retificador.
11. Explique o tipo de corrosão que ocorre na montagem inicial (Fe, Cu em NaCl(aq)),
indicando ânodo, cátodo e as respectivas reações.
AULA 11:
Experimento 10:
1. OBJETIVO
Montar a célula unitária e a estrutura do metal sorteado para o grupo, facilitando a
visualização dos tipos de retículos cristalinos estudados na teoria.
2. INTRODUÇÃO
Por que estudamos os materiais e suas estruturas?
Muitos cientistas experimentais ou engenheiros, sejam eles mecânicos, civis, químicos
ou elétrico, irão uma vez ou outra ficar expostos a um problema de projeto que envolva
materiais. Os exemplos podem incluir uma engrenagem de transmissão, a superestrutura para
um edifício, um componente de uma refinaria de petróleo, ou um chip de circuito integrado.
Obviamente, os cientistas e engenheiros de materiais são especialistas que estão totalmente
envolvidos na investigação e no projeto de materiais.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
56
3. MATERIAL
- Bolas de isopor e tinta guache
- Palitos
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
- Montar a célula unitária do material sorteado para o grupo, sendo os materiais: Alumínio;
Cobalto; Cromo; Ferro (α); Níquel; Zinco Cloreto de sódio e Cloreto de césio.
- Montar a Estrutura Cristalina do material utilizando as células unitárias.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
6. PÓS-LABORATÓRIO
AULA 12:
Experimento 11:
1. INTRODUÇÃO
Ao longo das últimas décadas, temos observado uma crescente substituição de
produtos naturais, como madeira, alumínio, cerâmica e algodão, por produtos poliméricos
sintéticos, como PVC, náilon, poliéster e polímeros condutores, pois os últimos atendem às
necessidades do homem tão bem quanto os primeiros, ou melhor.
As vantagens dos polímeros sintéticos são: a capacidade de serem moldados e a
possibilidade de se reunir, em um único material, várias características, tais como: leveza,
resistência mecânica, transparência, condutividade ou isolamento elétrico, isolamento
térmico, flexibilidade, dentre outras.
Desta forma, por ser termorrígido, o polímero ureia-formaldeído só pode ser moldado
durante a síntese, diferente dos polímeros termoplásticos, que, por não possuírem ligações
cruzadas, podem ser fundidos e remodelados várias vezes.
Polímero ureia-formaldeído é um polímero tridimensional obtido a partir da ureia e do
formaldeído. Quando puro é transparente, e foi por isso usado como o primeiro tipo de vidro
plástico. No entanto, ele acaba se tornando opaco e rachando com o tempo. Este defeito pode
ser evitado pela adição de celulose, mas ele perde sua transparência, sendo então utilizado na
fabricação de objetos translúcidos. Esse polímero é também usado em vernizes e resinas, na
impregnação de papéis. As resinas fenol-formaldeído e ureia-formaldeído são usadas na
fabricação da fórmica.
Outra classe de polímeros é a dos elastômeros, que possuem quase todas as
características dos termorrígidos, exceto que não são rígidos e quebradiços, mas sim elásticos.
Os elastômeros e os termorrígidos pertencem ao grupo dos termofixos.
Abaixo, são listados os polímeros mais comumente encontrados, de acordo com os
grupos:
• Termorrígidos: resinas ureia-formaldeído, fenol-formaldeído e melamina-
formaldeído e anilina-formaldeído.
• Termoplásticos: policarbonato (PC), poliuretano (PU), policloreto de vinila (PVC),
poliestireno (PE) e polipropileno.
• Elastômeros: elásticos e borrachas.
2. OBJETIVOS
Este experimento tem como objetivo mostrar como pode ser sintetizado e modelado
um polímero a partir da ureia e do formaldeído. Dessa forma, pode-se aprofundar um pouco
mais no assunto e explorar a característica mais marcante dos plásticos, que é a capacidade de
serem modelados.
3. MATERIAL
3.1. Material:
- 1 béquer de 600 mL, 1 de 100 mL, 3 de 50 mL e 2 proveta de 100 mL
- Espátula, conta-gotas e bastão de vidro
- Balança
- Ebulidor
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
61
- Forma
3.2 Reagentes:
- 10 g de ureia comercial
- 19 mL de formaldeído 37% (m/v)
- 17 mL de soda cáustica 7% (m/v)
- Ácido clorídrico 3M
- Corantes alimentícios
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Precauções
Realize o experimento em uma capela e use luvas de plástico, pois o formaldeído, a
ureia, a soda cáustica e o ácido clorídrico são tóxicos. Se não houver capela, o ambiente deve
ser arejado.
Etapas:
1. No béquer de 100 mL, adicionar 10 g de uréia, 19 mL da solução de formaldeído 37% (m/v) e
17 mL da solução de NaOH 7% (m/v).
2. Em seguida, aquecer o sistema em banho-maria, à temperatura de ebulição da água, para
que a ureia dissolva. Agitar com o bastão de vidro para ajudar na dissolução.
3. Quando a ureia estiver toda dissolvida, retirar o sistema do banho-maria e o resfriar com
água corrente ou em banho de gelo, sempre agitando com o bastão de vidro, até o sistema
ficar bastante turvo, com coloração esbranquiçada.
4. Adicionar fenolftaleína ao sistema, o qual adquirirá coloração rosa devido à soda cáustica.
5. Em seguida, adicionar o ácido clorídrico com um conta-gotas, vagarosamente, até a mistura
perder o tom rosa.
6. Neste ponto, adicione os corantes (1 mL), caso contrário, a resina ficará branca.
7. Colocar o sistema de volta ao banho-maria, sob agitação constante, por 2 minutos.
8. Quando o sistema estiver quente, recomeçar a adicionar o ácido clorídrico gota a gota, até
que a mistura fique mais consistente, como um mingau.
9. Logo em seguida transferir a mistura para um molde.
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
62
10. Após aproximadamente 40 minutos, quando o material já tiver resfriado e estiver seco,
retirar-lo do molde.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRAATHEN, P. C., et al. “Plásticos: Molde Você mesmo!” Química Nova na Escola, nº
13, maio 2001.
3. http://ube-164.pop.com.br/repositorio/4488/meusite/organica/polimeros.htm
acessado em 01 de novembro de 2009.
6. PÓS-LABORATÓRIO:
AULA 13:
Experimento 12:
1. INTRODUÇÃO
O poliestireno constitui matéria-prima para fabricação do isopor, quando expandido a
quente por meio de gases.
O poliestireno é um plástico de grande uso no mundo atual. Ele se presta para a
produção de artigos moldados como pratos, copos, xícaras, etc. Ele é bastante transparente e
bom isolante elétrico. É um polímero de adição, um termoplástico incolor transparente, com
um som tipicamente metálico quando deixado cair sobre uma superfície clara. Ele amolece a
cerca de 90 a 95°C enquanto que a 140°C, é um liquido móvel, excelente para uso em
moldagem por injeção. O poliestireno é um material bastante quebradiço e pode ser reforçado
com borracha para aplicações mais severas.
Suas excelentes propriedades elétricas incluem um baixo fator potência, alta constante
dielétrica e alta resistividade volumétrica. Quimicamente é resistente aos ácidos fortes e aos
alcoóis e é insolúvel em hidrocarbonetos alifáticos em ésteres, hidrocarbonetos aromáticos,
alcoóis superiores e hidrocarbonetos clorados.
2. OBJETIVOS
Este experimento tem como objetivo produzir isopor utilizando poliestireno.
3. MATERIAL
3.1. Material:
- 1 béquer de 50 mL
- 1 béquer de 500 mL
- 2 Erlenmeyer de 150 mL
- 2 proveta de 25 mL
- Placa aquecedora
- Balança
- Peneira
3.2 Reagentes:
- 10 g de poliestireno
- 20 mL de éter de petróleo
- 10 mL de acetato de sódio
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. No Erlenmeyer de 150 mL, adicionar 10 g de poliestireno e 20 mL de éter de petróleo e
deixar em repouso por 45 minutos.
3. Em seguida, escorrer em uma peneira e deixar todo o éter evaporar.
4. Após, colocar o poliestireno umedecido em um béquer de 500 mL, que contém água em
ebulição, e pressionar até completar o inchamento.
5. Repetir o procedimento utilizando acetato de sódio.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
6. PÓS-LABORATÓRIO:
AULA 14:
Experimento 13:
2. OBJETIVOS
Este experimento tem como objetivo produzir poliuretano.
3. MATERIAL
3.1. Material:
- 2 béqueres de 25 mL;
- 2 pipetas de 5 mL;
- 1 bastão de vidro;
- 1 vidro de relógio.
3.2 Reagentes:
- 3 mL de Isocianato;
- 3 mL de Poliol.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/poliuretanos/poliuretanos.php acessado
em 01 de agosto de 20010.
6. PÓS-LABORATÓRIO:
2. Quais os componentes químicos necessários para produzir a espuma? Como isso acontece?
AULA 15:
Experimento 14:
A maioria dos polímeros apresenta cadeias longas, compostas por um número grande
de unidades características. Por exemplo, na estrutura do polipropileno:
Fibras sintéticas: materiais que podem ser estirados em fibras e utilizados na indústria
têxtil. Exemplos: poliésteres, poliamidas (PA), poliacrilonitrila (PAN).
1. Transparência
2. Propriedades mecânicas
3. Densidade
A densidade dos principais polímeros industrializados varia entre 0,9 e 1,4 g/cm3, veja a
Tabela 2.
4. Fusão
O PVC elimina facilmente cloreto de hidrogênio na forma de uma névoa branca, ácida,
com formação de um resíduo sólido preto (carbonização). Na pirólise de poliésteres observa-se
a sublimação de ácidos carboxílicos, enquanto que, na pirólise de poliamidas, são eliminadas
aminas (vapores básicos) com formação de um resíduo escuro. Polietileno, polipropileno e,
especiamente, politetrafluoroetileno são mais resistentes à piròlise.
6. Queima
7. Presença do Cloro
Alguns polímeros contêm átomos de cloro em suas estruturas. Por exemplo: PVC,
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
75
- Acetona: poliacrilatos.
2. OBJETIVOS
Adquirir uma noção sobre a constituição química e as propriedades dos principais
polímeros sintéticos utilizados no cotidiano, por métodos simples de caracterização e
identificação
3. MATERIAL
3.1. Material:
- Béquer de 100 mL;
- Bico de Bunsen;
- Pinça de aço;
- Arame de cobre;
3.2 Reagentes:
- Diclorometano;
- Tolueno;
- Acetona;
- Tetrahidrofurano;
- Dimetilformamida;
- Cloreto de sódio;
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE I: DENSIDADE
a) Coloque um pedaço da amostra em um béquer com água.
b) Verifique se a densidade da amostra é superior ou inferior à da água (1g/cm3).
c) Coloque um pedaço de cada amostra com densidade superior a 1 g/cm3 em um béquer
com solução saturada de cloreto de sódio ( densidade: 1,2 g/cm 3). Verifique se a densidade
de cada amostra é superior ou inferior a 1,2 g/cm3.
d) Classifique a amostra pesquisada conforme sua densidade.
- Diclorometano;
- Acetona;
- Dimetilformamida.
A solubilização pode demorar; portanto deve-se esperar 10 minutos, agitando
ocasionalmente o tubo, antes de se chegar a uma conclusão. Se não houver solubilização à
temperatura ambiente, aqueça cuidadosamente os tubos.
CUIDADO: Você está trabalhando com solventes inflamáveis.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
4. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/poliuretanos/poliuretanos.php acessado
em 01 de agosto de 20010.
6. PÓS-LABORATÓRIO:
4. Qual seria o solvente adequado para preparar uma cola para PVC?
1. INTRODUÇÃO.
Uma breve descrição que descreva o contexto teórico abordado pela prática e o objetivo
da prática deverá está no final da introdução, inserida no contexto.
2. FIGURAS
As figuras poderão ser coloridas (legíveis), deverão fazer parte do arquivo inserida no
corpo do trabalho, tão próximas quanto possível das referências sobre elas.
Cada figura deverá ter um título e ser numerada em algarismos arábicos. Os títulos
devem ser centralizados na parte inferior das mesmas e escritos no seguinte formato: Figura 1
– Título da figura. No texto devem ser mencionadas da seguinte forma: “conforme mostra a
Figura 1...”, como exemplificado a seguir.
Figura 1 – Curvas de ruptura para os sistemas Cd2+/argila em diferentes vazões e 150 mg/L de
metal em solução.
3. TABELAS
As tabelas deverão ser escritas de forma compacta e lançadas à medida que forem
citadas. Os títulos devem ser centralizados na parte superior das mesmas.
Exp. dp C0 qu q RT (%)
(mm) (ppm) (mg/g) (mg/g)
4. REFERÊNCIA
As referências deverão estar de acordo com a norma ABNT – NBR 6023. A lista deverá
incluir somente os trabalhos citados no texto, relacionados em ordem alfabética, de acordo
com o sobrenome do primeiro autor.
Para cada experimento, antes de começar a escrever o relatório, você devem identificar a
prática da seguinte forma:
AULA 02:
Apostila do Laboratório de Química Aplicada à Engenharia
83
Turma: XX
Mossoró-RN
2010
ANEXO A
85
COMPROVANTE DE ENTREGA DE RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA APLICADA À
ENGENHARIA – ACS0361
Aluno/Matrícula:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________
___________________________________________________________________
.......................................................................................................................................
Aluno/Matrícula:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________
___________________________________________________________________
.......................................................................................................................................
86
COMPROVANTE DE ENTREGA DE RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA APLICADA À
ENGENHARIA – ACS0361
Aluno/Matrícula:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________
___________________________________________________________________
.......................................................................................................................................
ANEXO B
87
88
ANEXO C
TABELA PERÍODICA
89