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2024 02 15 10 12 00 95144580 Garantias Do Sistema Financeiro Nacional Parte II E1708002720
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BANCÁRIOS
Garantias do Sistema Financeiro
Nacional – Parte II
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240129537624
LEONARDO DEITOS
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Conhecimentos Bancários
Garantias do Sistema Financeiro Nacional – Parte II
Leonardo Deitos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Garantias do Sistema Financeiro Nacional – Parte II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Disposições Comuns para Hipoteca, Penhor e Alienação Fiduciária . . . . . . . . . . . . . . 5
Penhor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Direitos do Credor Pignoratício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Obrigações do Credor Pignoratício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Penhor Mercantil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Da Hipoteca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Alienação Fiduciária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Jurisprudências sobre Alienação Fiduciária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Comparação Entre as Garantias Estudadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
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APRESENTAÇÃO
Olá! Nesta aula continuaremos com a explicação sobre as garantias do Sistema Financeiro
Nacional, trataremos sobre:
• Penhor;
• Hipoteca;
• Alienação Fiduciária de bens móveis.
Querido(a) aluno(a), quero pedir-te uma gentileza rápida e fácil, peço que você avalie o
conteúdo desta aula. Caso você tenha gostado da forma pela qual apresentei os conteúdos,
avalie positivamente, sua opinião é muito importante!
Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão, ficarei grato
em saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.
Vamos ao estudo!
Seja imparável!
#SouGran
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Professor, as normas estabelecidas do artigo 1.419 ao 1.430 do Código Civil são apli-
cáveis, também, para a alienação fiduciária?
Art. 1.367. A propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições
do Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à
legislação especial pertinente, não se equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena
de que trata o art. 1.231.
O Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial do Código Civil corresponde aos
artigos 1.419 ao 1.430.
Vamos estudá-las.
Nas dívidas garantidas por penhor ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito,
por vínculo real, ao cumprimento da obrigação, tendo em vista que tanto o penhor, quanto
a hipoteca, são direitos reais, na forma do artigo 1.225 do Código Civil, veja:
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A resposta é Não, preciso de poder para alienar o bem para, então, ter legitimidade
para dar o bem em garantia.
Caso alguém dê em garantia um bem que não lhe pertence, há alguma possibilidade
dessa garantia ser válida?
Por óbvio que a garantia tem que ser dada por alguém com algum poder sobre o bem,
mas, nessa hipótese, há uma questão interessante.
EXEMPLO
Imagine que uma determinada pessoa dê em penhor ou hipoteca um bem que não integra seu
patrimônio, mas após a constituição da garantia, o referido bem é adquirido pelo garantidor.
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Art. 1.429. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na
proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo.
Parágrafo único. O herdeiro ou sucessor que fizer a remição fica sub-rogado nos direitos do
credor pelas quotas que houver satisfeito.
Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada
ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a
prioridade no registro.
Parágrafo único. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as dívidas que, em virtude de
outras leis, devam ser pagas precipuamente a quaisquer outros créditos.
EXEMPLO
Imagine que um devedor deu em penhor um determinado bem, porém, esse mesmo devedor
possui muitas outras dívidas.
Quando os credores começarem cobrar, via judicial, o patrimônio do devedor responderá
pelas dívidas.
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Nesse exemplo, o credor pignoratício tem preferência em relação aos outros credores,
visto que recebeu um bem em garantia real.
Porém, devemos prestar atenção no caso da hipoteca, pois, em um único bem podem
recair várias hipotecas, neste caso, a preferência deve seguir a ordem cronológica de
registro da hipoteca.
A preferência exercida por força do artigo 1.422 do Código Civil não prevalece diante de
outras que, em virtude de outras leis, devam ser pagas em virtude de outros créditos.
A garantia (penhor, hipoteca, alienação fiduciária) pode ser prestada por um terceiro?
Sim, um terceiro pode prestar uma garantia real em razão de dívida contraída por
outra pessoa.
Porém, se ocorrer a perda, deterioração ou desvalorização da coisa dada em garantia
sem culpa do proprietário (terceiro), este não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la.
Se o devedor não pagar a dívida, o credor hipotecário ou pignoratício pode tomar para
si a coisa dada em garantia?
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Art. 1.430. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para
pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo
restante.
PENHOR
O penhor é uma garantia real, na qual o devedor transfere a posse de um bem móvel
suscetível de alienação, ao credor, como garantia em um débito.
Existem várias espécies de penhor, são elas:
• Penhor Rural;
− Penhor Agrícola;
− Penhor Pecuário;
• Penhor Industrial e Mercantil;
• Penhor de Direitos e Títulos de Créditos;
• Penhor de Veículos;
• Penhor Legal.
Caro(a) aluno(a), você já sabe que o penhor é uma garantia, mas você sabe de que
maneira o penhor é constituído?
Bem, em regra, o penhor estará constituído com a efetivação da transferência da
POSSE do bem dado em garantia, isto é, o devedor pignoratício entrega o bem ao credor
pignoratício.
Porém, em alguns casos específicos, a coisa empenhada continua em poder do devedor,
que mantem a coisa sem seu podem com a obrigação de guarda e conservação.
Você sabe em quais hipóteses a coisa empenhada continuará em poder do devedor?
A coisa continuará em poder do devedor pignoratício no caso de penhor rural, industrial,
mercantil e de veículos.
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Sim, tanto o devedor pignoratício, quando o credor pignoratício, estão legitimados para
registrar o penhor.
O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela,
antes de ser integralmente pago.
Destaca-se que, quando o valor do bem empenhado for superior ao valor dívida garantida,
o juiz poderá, a requerimento do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma
das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor.
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• A imputar o valor dos frutos, de que se apropriar nas despesas de guarda e conservação,
nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente (conforme art. 1.433,
inciso V do Código Civil);
• A restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;
• A entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso de execução
judicial, ou a venda amigável.
EXTINÇÃO DO PENHOR
O penhor será extinto se ocorrer alguma das seguintes situações:
• A obrigação for extinta.
• A coisa pereceu.
• Houver renúncia do credor
− A renúncia do credor é presumida nos seguintes casos:
◦ Quando houver consentimento do credor na venda particular do penhor sem
reserva de preço.
◦ Quando o credor restituir a posse da coisa ao devedor. (Não ocorre no penhor
rural, industrial, mercantil e de veículos, tendo em vista que nesses casos o
devedor é quem mantém a posse do bem empenhado).
◦ Quando o credor anuir à substituição do penhor por outra garantia.
• Ocorreu confusão.
− Ocorre confusão quando uma mesma pessoa reúne as qualidades de credor e de
dono da coisa.
◦ Se a confusão ocorrer somente de parte da dívida pignoratícia (dívida garantida
por penhor), o penhor continuará válido na parte livre de confusão.
• Promoveu-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita
pelo credor ou por ele autorizada.
PENHOR MERCANTIL
O penhor mercantil consiste na utilização do penhor para garantia real de dívida
mercantil, ou seja, de uma dívida oriunda de relações comerciais. Portanto, o penhor
mercantil é um contrato pelo qual alguém dá, em garantia de cumprimento de obrigação
comercial, coisa móvel.
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Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do
débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas
continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados
e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e
bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à
industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das
mercadorias neles depositadas.
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Obs.: Cuidado para não confundir na hora da prova! Embora o penhor tenha por objeto
de garantia bens móveis, o penhor mercantil deve ser levado a registro do Cartório
de Registro de Imóveis!
Veja:
Art. 1.432. O instrumento do penhor deverá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes;
o do penhor comum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público
ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem
situadas as coisas empenhadas.
O que acontece se, após o registro do penhor mercantil,, o devedor manifestar o inte-
resse de pagar a dívida em dinheiro?
Obs.: Cédula de Crédito é um título de crédito emitido em favor do credor, por meio da
qual ocorre a promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de relação jurídica
anterior.
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Na relação jurídica estabelecida pela instituição de um penhor temos duas partes, são eles:
• Devedor Pignoratício: Aquele que dá bem em penhor.
• Credor Pignoratício: Aquele favorecido pela garantia real, recebendo o bem em
penhor. O credor tem direito real sobre a coisa empenhada, conforme artigo 1.225,
VIII do Código Civil, veja:
Tendo em vista que, no penhor mercantil, o devedor mantém em seu poder o objeto
empenhado, o credor tem direito de verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-
as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar.
PENHOR RURAL
O penhor rural é uma modalidade especial de penhor, segue várias das normas gerais,
porém, possui diversas peculiaridades.
Em primeiro lugar devemos salientar que, por meio do penhor rural, o bem dado em
garantia possui natureza agrícola ou pecuária, ou seja, é algo que está diretamente ligado
a atividade desempenhada pelo devedor pignoratícios, desse modo, a legislação previu que
o bem empenhado na modalidade “penhor rural” deve permanecer na posse do devedor
pignoratício.
Já que o bem fica na posse do devedor pignoratício, o credor tem o direito de verificar
o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, a inspeção pode
ocorrer pessoalmente ou por pessoa que credenciar.
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Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor rural, o devedor poderá
emitir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, conforme expresso em lei especial.
Art. 1.440. Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural poderá constituir-se independentemente
da anuência do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe
a extensão da hipoteca, ao ser executada.
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Sim, porém, a prorrogação deve ser averbada à margem do registro do penhor, por meio
de requerimento do credor e do devedor.
PENHOR AGRÍCOLA
Obs.: O penhor rural possui duas modalidades: Penhor agrícola e penhor pecuário.
PENHOR PECUÁRIO
O penhor pecuário é caracterizado pelo objeto que garante o penhor, assim, poderão
ser objeto de penhor pecuário os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou
de lacticínios.
Tendo em vista que no penhor pecuário os objetos dados em garantia são animais, o
devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento do credor,
destaca-se, ainda, que o consentimento deve ser prestado por escrito.
Lembre-se de que, no penhor pecuário, o devedor pignoratício permanece com a
posse dos animais empenhados, por esse motivo, se o devedor pretende alienar o gado
empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar a garantia do crédito, o credor poderá
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requerer que se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague
a dívida de imediato.
EXEMPLO
Imagine o seguinte caso:
Como garantia do pagamento de um débito, cujo credor é uma instituição bancária, Jurandir
empenha 100 cabeças de gado, firmando, portanto, penhor pecuário.
Ocorre que, durante uma tempestade, 10 animais do rebanho morreram. Jurandir adquiriu
outros 10 animais que passaram a integrar o rebanho.
Esses 10 animais adquiridos em momento posterior ao da constituição do penhor farão
parte da garantia?
O código Civil afirma que os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos,
ficam sub-rogados no penhor.
Portanto, os 10 animais adquiridos posteriormente integrarão a garantia dada por Jurandir,
ou seja, fazem parte do penhor pecuário firmado.
Porém, a sub-rogação somente terá eficácia contra terceiros se houver menção adicional
ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada.
O registro do penhor de direitos e Títulos de Crédito deve ser feito por instrumento
público ou particular?
Pode ser feito, tanto por instrumento público, quanto por instrumento particular.
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Art. 1.456. Se o mesmo crédito for objeto de vários penhores, só ao credor pignoratício, cujo
direito prefira aos demais, o devedor deve pagar; responde por perdas e danos aos demais credores
o credor preferente que, notificado por qualquer um deles, não promover oportunamente a
cobrança.
Obs.: O titular do crédito empenhado só pode receber o pagamento com a anuência, por
escrito, do credor pignoratício, caso em que o penhor se extinguirá.
O penhor de crédito só tem eficácia após notificado o devedor, você sabe como ocorre
a notificação?
A notificação pode ocorrer por meio de instrumento público ou particular, de modo que
o devedor se declara ciente da existência do penhor.
Você sabe como o crédito pignoratício, decorrente de penhor sobre títulos de crédito,
é constituído?
O penhor que recai sobre título de crédito, constitui-se mediante instrumento público
ou particular ou endosso pignoratício, com a tradição do título ao credor.
Portanto, a constituição do crédito mencionado ocorre por meio de:
1- Instrumento público ou particular ou endosso pignoratício;
2- Entrega do título ao credor (credor permanece com a posse do título).
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PENHOR DE VEÍCULOS
Nesta modalidade de penhor, podem ser empenhados os veículos empregados em
qualquer espécie de transporte ou condução.
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O penhor de veículos tem prazo máximo fixado em lei, só podendo ser convencionado
pelo prazo máximo de dois anos, prorrogável até o limite de igual tempo.
Destaca-se que a prorrogação, quando ocorrer, depende de averbação à margem do registro
respectivo.
Portanto:
Prazo máximo de duração do penhor de veículo: 02 anos (admitindo-se prorrogação
por igual período).
Em relação a prazo máximo, devemos ter especial atenção à redação do artigo 1.466
do Código Civil, veja:
Art. 1.466. O penhor de veículos só se pode convencionar pelo prazo máximo de dois anos,
prorrogável até o limite de igual tempo, averbada a prorrogação à margem do registro respectivo.
Quero que você repare, de forma especial, ao que o artigo 1.466 dispõe a respeito da
prorrogação.
Cuidado para não memorizar que a prorrogação pode ser instituída por até 02 anos!
A prorrogação é admitida pelo mesmo prazo de validade para qual o penhor foi
instituído, desse modo, se o penhor foi instituído pelo prazo de 06 meses, somente admitirá
prorrogação pelo prazo de 06 meses.
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Prometendo pagar em dinheiro a dívida garantida com o penhor, poderá o devedor emitir
cédula de crédito, conforme o que for determinado em lei especial.
PENHOR LEGAL
O penhor legal é aquele que surge, em razão de uma imposição legal, com a finalidade
de assegurar o pagamento de certas dívidas de que determinadas pessoas são credoras, a
que, por sua natureza, despendem tratamento diferenciado.
Assim, mesmo que não haja acordo de vontades, determinadas pessoas são credoras
pignoratícias, você sabe quem são elas?
São credores pignoratícios, independentemente de convenção:
• Os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis,
joias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas
casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito.
− A conta das dívidas serão extraídas conforme a tabela impressa, prévia e ostensi-
vamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros
fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.
• O dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino
tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
Destaca-se que o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da
dívida, além disso, os credores legais podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à
autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando, aos devedores, comprovante
dos bens de que se apossarem, porém, após tomado o penhor, o credor deverá requer sua
homologação judicial.
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DA HIPOTECA
A hipoteca é uma garantia real, em que o devedor dá um bem imóvel, ou equiparado a
imóvel, em garantia de uma dívida.
Geralmente a hipoteca proporciona melhores condições de pagamento, porém, caso a
dívida não seja paga, o credor poderá ficar com o bem.
O credor da hipoteca tem direito real sobre o bem, veja:
Como já mencionado, os bens imóveis podem ser hipotecados, porém, o Código Civil
equipara alguns bens à imóveis para fins de hipoteca.
Nessa perspectiva, devemos observar o que estabelece o Código Civil ao definir os bens
suscetíveis de hipotecas.
Portanto, podem ser objeto de hipoteca os seguintes bens:
• Os imóveis e seus acessórios.
• O domínio direto e o domínio útil.
− Atente-se para a possibilidade de hipotecar o domínio!
• As estradas de ferro.
• As jazidas, minas e demais recursos minerais, independentemente do solo onde se
acham.
• Os potenciais de energia hidráulica, independentemente do solo onde se acham.
• Os monumentos arqueológicos, independentemente do solo onde se acham.
• Os navios e aeronaves.
− A hipoteca dos navios e das aeronaves não é regida pelo Código Civil, mas por lei
especial criada para essa finalidade.
• O direito real de uso.
− Caso o direito real de uso tenha sido concedido por prazo determinado, a garantia
instituída por meio de hipoteca tem a sua duração limitada ao prazo determinado.
• O direito de uso especial para fins de moradia.
• A propriedade superficiária.
− Caso o direito de superfície tenha sido concedido por prazo determinado, a garantia
instituída por meio de hipoteca tem a sua duração limitada ao prazo determinado.
• Os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União,
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e a
respectiva cessão e promessa de cessão.
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Como vimos acima, a resposta correta é a alternativa D, os navios podem ser objetos de
hipoteca, já as demais alternativas apresentam objetos que não podem ser objeto de
hipoteca, de acordo com artigo 1473 do Código Civil.
Letra d.
A posse do bem gravado com hipoteca permanece com o proprietário, ou seja, com o
devedor. Portanto, a posse do bem não é transferia ao credor.
A hipoteca abrange a totalidade do imóvel, inclusive: acessões, melhoramentos ou
construções do imóvel.
• Melhoramentos: São as benfeitorias, bens acessórios. Podem ser:
− Necessárias.
− Úteis.
− Voluptuárias.
• Construções do imóvel: Enquanto o melhoramento corresponde a bens acessórios,
construções do imóvel representam a construção principal.
EXEMPLO
Em um terreno está construída uma casa com piscina.
A casa é a construção principal do imóvel.
A piscina é uma benfeitoria voluptuária (melhoramento).
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REGISTRO DA HIPOTECA
A hipoteca deve ser levada a restrito no Cartório de Registro de Imóveis. Deve ser
registrado tanto o início da hipoteca quando o fim dela (após o pagamento), assim, deve-
se lembrar que a baixa da hipoteca também depende de registro.
O registro da hipoteca deverá ocorrer no cartório do lugar do imóvel, é atribuição dos
interessados, exibir o título e requerer o registro da hipoteca.
As hipotecas legais além de registradas deverão ser especializadas. Isso porque não
são hipotecas convencionais (instituídas por vontade das partes), mas são hipotecas
estabelecidas pela própria lei, por esse motivo tem-se a característica da especialidade.
O registro e a especialização das hipotecas legais incumbem a quem está obrigado
a prestar a garantia, mas os interessados podem promover a inscrição delas, ou, então,
solicitar ao Ministério Público promova a inscrição da hipoteca legal.
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Art. 1.498. Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigação perdurar; mas a especialização,
em completando vinte anos, deve ser renovada.
Instituída a hipoteca, os ônus reais instituídos anteriormente sobre o mesmo bem continuam
válidos. A hipoteca não anula ônus reais já instituídos, ou seja, subsistem os ônus reais
constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel.
EXEMPLO
Veja:
(CEBRASPE/2022/TJMA (JUIZ)) De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça,
para que a hipoteca seja oponível erga omnes, ela deverá ser
a) constituída por meio de contrato.
b) imposta pela lei.
c) assinada por duas testemunhas.
d) declarada em sentença judicial.
e) inscrita no cartório de registro de imóveis.
Resposta: Letra e.
Sim! Porém, a hipoteca continua existindo! Se não houver o pagamento, por parte do
devedor, o credor hipotecário poderá executar a garantia, mesmo que não seja mais de
propriedade do devedor, isso é chamado de “Direito de Sequela”.
O adquirente do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado pessoalmente a
pagar as dívidas aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-
lhes o imóvel.
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Destaca-se que, para amenizar os efeitos colaterais, é permitido firmar acordo de que,
em caso de alienação do bem hipotecado, tem-se o vencimento do crédito hipotecário.
Obs.: Outra forma que o adquirente de bem hipoteca poderá utilizar para se proteger de
cobranças futuras é depositar o valor em juízo.
Sim, pode ocorrer em favor do mesmo credor ou de outro, mas deve ocorrer por meio
de novo título. Conforme artigo 1476 do Código Civil, veja:
Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante
novo título, em favor do mesmo ou de outro credor.
Obs.: Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações
garantidas por hipotecas posteriores à primeira.
Simplificando:
• Regra: O credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá executar o imóvel
antes de vencida a primeira.
• Exceção: Em caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca poderá
executá-la independente do vencimento da primeira.
Sim, por meio de simples averbação a hipoteca poderá ser prorrogada por até 30 (trinta)
anos da data do contrato, desde que requerida por ambas as partes.
Sim, mas é necessário que seja estabelecido o valor máximo do crédito a ser garantido.
Neste caso, a execução da hipoteca dependerá de prévia e expressa concordância do
devedor quanto à verificação da condição, ou ao montante da dívida.
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Se houver divergência entre o credor e o devedor, caberá ao credor fazer prova de seu
crédito, que, se reconhecido, submeterá o devedor, inclusive, por perdas e danos, em razão
da superveniente desvalorização do imóvel.
Sim! Caso o imóvel gravado com hipoteca, vier a ser loteado, ou se nele se constituir
condomínio edilício, a hipoteca poderá ser dividida, ou seja, ser grava em cada unidade autônoma.
A divisão da hipoteca por ser requerida pelo credor, pelo devedor ou pelo proprietário
e deve ser deferido pelo juiz.
Destaca-se que, deve ser observada a proporção entre o valor de cada um deles e o
crédito. O credor só poderá se opor ao pedido de desmembramento do ônus, provando que
este importa em diminuição de sua garantia.
Todas as despesas judiciais ou extrajudiciais necessárias ao desmembramento do ônus
correm por conta de quem o requerer, salvo acordo dispondo o contrário.
Mas atenção! veja o que dispõe a Súmula 308 do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 308 – STJ: “A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro,
anterior ou posterior à promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os
adquirentes do imóvel.”
Portanto, segundo o STJ, se uma construtora deu bem imóvel em garantia de hipoteca,
não terá eficácia perante o particular que adquirir o imóvel.
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DA EXTINÇÃO DA HIPOTECA
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
A alienação fiduciária é uma garantia real, ocorre quando o devedor de uma obrigação
transfere um bem para o credor como garantia de pagamento da obrigação.
É comum que instituições financeiras façam uso de alienações fiduciárias, para reduzir
o risco de prejuízo, mas nada impede que uma pessoa física, credora, utilize a alienação
fiduciária como garantia.
Essa garantia é bastante utilizada na compra de veículos financiados por instituições
financeiras. Ocasião em que o bem adquirido fica registrado como de propriedade da
instituição financeira, após o pagamento integral a instituição financeira transfere o bem
para o comprador.
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a) Errada. Na hipoteca o bem dado em garantia deve ser um imóvel, assim, não é possível
firmar hipoteca em um veículo.
b) Errada. No penhor mercantil, coisa móvel é dada como garantir de cumprimento de uma
obrigação comercial (praticado por comerciantes, no exercício da sua profissão, em que o
objeto do contrato é um ato de comércio).
c) Errada. A fiança é uma garantia pessoal, assim, uma pessoa firma contrato de fiança
(acessório ao contrato pessoal), obrigando-se a pagar o débito caso o devedor não o faça.
d) Certa. No caso apresentado, o próprio bem financiado (veículo) serve como garantia
da dívida, trata-se, portanto, de alienação fiduciária. Destaco que a alienação fiduciária é
uma garantia real que ocorre quando o devedor de uma obrigação transfere um bem para
o credor como garantia de pagamento da obrigação. O bem registrado como garantia em
alienação fiduciária permanece na posse do devedor, porém, o proprietário fiduciário do
bem é aquele que desembolsou dinheiro para financiá-lo (no caso em comento, o BB).
e) Errada. Aval é uma garantia pessoal firmada em títulos de crédito.
Letra d.
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Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o
devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
Se constituí com o registro do contrato, que pode ser celebrado tanto por instrumento
público como por instrumento particular, assim, o contrato funciona como título.
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Se a dívida vencer e não for paga o credor é obrigado a vender a coisa a terceiros. A venda
pode ser judicial ou extrajudicial. Devendo-se aplicar o valor que receber no pagamento de
seu crédito e das despesas de cobrança.
• Se sobrar dinheiro: Entregar ao devedor a parte excedente. (artigo 1.364 do Código
Civil).
• Se faltar dinheiro: O devedor continuará obrigado ao pagamento do restante (artigo
1.366 do Código Civil).
É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em
garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Vamos refletir: O bem pertence ao proprietário fiduciário, que por sua vez é credor de
uma dívida, cujo bem foi gravado com garantia (alienação fiduciária). Assim, o devedor, por
não ser proprietário do bem, não pode dar o bem em pagamento, mas pode dar o seu direito
eventual à coisa como pagamento, porém, neste caso, precisará da anuência do credor.
Portanto, o devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa
em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por efeito de realização da
garantia, mediante consolidação da propriedade, adjudicação, dação ou outra forma pela
qual lhe tenha sido transmitida a propriedade plena, passa a responder pelo pagamento dos
tributos sobre a propriedade e a posse, taxas, despesas condominiais e quaisquer outros
encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, a partir da data
em que vier a ser imitido na posse direta do bem.
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Não, a alienação fiduciária não é garantia privativa das entidades que operam no SFI.
Além da propriedade imobiliária plena, a alienação fiduciária pode ter como objeto:
• Bens enfitêuticos, hipótese em que será exigível o pagamento do laudêmio, se houver
a consolidação do domínio útil no fiduciário.
• Direito de uso especial para fins de moradia.
• Direito real de uso, desde que suscetível de alienação.
• Propriedade superficiária.
JURISPRUDÊNCIA
STJ – Súmula 28: O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto
bem que já integrava o patrimônio do devedor.
STJ – Súmula 72: A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do
bem alienado fiduciariamente.
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JURISPRUDÊNCIA
STJ – Súmula 245: A notificação destinada a comprovar a mora nas dívidas garantidas
por alienação fiduciária dispensa a indicação do valor do débito.
STJ – Súmula 384: Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de
venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia.
Explicação da Súmula: O credor pode ajuizar ação monitória para receber saldo
remanescente oriundo de venda de bem alienado fiduciariamente.
JURISPRUDÊNCIA
STJ – Súmula 92: A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada
no registro de veículo automotor.
JURISPRUDÊNCIA
STF – Súmula 489: A compra e venda de automóvel não prevalece contra terceiros, de
boa-fé, se o contrato não foi transcrito no registro de títulos e documentos.
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RESUMO
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PENHOR MERCANTIL
O penhor mercantil consiste na utilização do penhor para garantia real de dívida mercantil,
ou seja, de uma dívida oriunda de relações comerciais. Portanto, o penhor mercantil é
um contrato pelo qual alguém dá, em garantia de cumprimento de obrigação comercial,
coisa móvel.
No penhor mercantil, o bem móvel dado em garantia permanece em poder do devedor,
que deve exercer a guarda e conservação do bem.
• Portanto, podem ser objeto de penhor mercantil:
− Máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento,
com os acessórios ou sem eles.
− Animais, utilizados na indústria.
− Sal e bens destinados à exploração das salinas.
− Produtos de suinocultura.
− Animais destinados à industrialização de carnes e derivados.
− Matérias-primas e produtos industrializados.
• A validade do penhor depende de registro em cartório, assim, qualquer dos
contratantes é parte legitima para efetuar o registro da penhora.
− Penhor comum: Deve ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
− Penhor Mercantil: Deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis da cir-
cunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
• Se o devedor prometer pagar a dívida em dinheiro, credor poderá substituir o penhor
mercantil por uma cédula de crédito, na forma da lei específica.
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DA HIPOTECA
A hipoteca é uma garantia real, em que o devedor dá um bem imóvel, ou equiparado a
imóvel, em garantia de uma dívida.
• O credor da hipoteca tem direito real sobre o bem.
• Podem ser objeto de hipoteca os seguintes bens:
− Os imóveis e seus acessórios.
− O domínio direto e o domínio útil.
− As estradas de ferro.
− As jazidas, minas e demais recursos minerais, independentemente do solo onde
se acham.
− Os potenciais de energia hidráulica, independentemente do solo onde se acham.
− Os monumentos arqueológicos, independentemente do solo onde se acham.
− Os navios e aeronaves.
− O direito real de uso.
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• A hipoteca poderá ser prorrogada por até 30 (trinta) anos da data do contrato, desde
que requerida por ambas as partes.
• A hipoteca pode ser constituída para dívida futura ou dívida condicionada, desde
que seja estabelecido o valor máximo do crédito a ser garantido.
− Neste caso, a execução da hipoteca dependerá de prévia e expressa concordância
do devedor quanto à verificação da condição, ou ao montante da dívida.
• Caso o imóvel gravado com hipoteca, vier a ser loteado, ou se nele se constituir
condomínio edilício, a hipoteca poderá ser dividida, ou seja, ser grava em cada unidade
autônoma.
− O credor só poderá se opor ao pedido de desmembramento do ônus, provando
que o mesmo importa em diminuição de sua garantia.
− Todas as despesas judiciais ou extrajudiciais necessárias ao desmembramento do
ônus correm por conta de quem o requerer, salvo acordo dispondo o contrário.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 308 – STJ: “A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro,
anterior ou posterior à promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os
adquirentes do imóvel.”
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor,
com escopo de garantia, transfere ao credor.
• A propriedade fiduciária se constituí com o registro do contrato, que pode ser celebrado
tanto por instrumento público como por instrumento particular, assim, o contrato
funciona como título.
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EXERCÍCIOS
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a) aval.
b) fiança.
c) alienação fiduciária.
d) penhora.
e) hipoteca.
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a) Hipoteca
b) Fiança bancária
c) Alienação fiduciária
d) Penhor
e) Aval bancário
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São garantias reais a hipoteca, o penhor, a alienação fiduciária e a fiança. O aval é uma
garantia pessoal.
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coisas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados
no penhor.
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GABARITO
1. c 10. E 19. C
2. e 11. E 20. C
3. c 12. C 21. E
4. d 13. C 22. E
5. C 14. E 23. C
6. b 15. C 24. C
7. c 16. C 25. E
8. a 17. E
9. a 18. C
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GABARITO COMENTADO
a) Errada. Está incorreto porque, conforme artigo 1.426 do CC, não incide juros correspondente
ao tempo ainda não decorrido, portanto, em relação ao tempo já decorrido incide juros.
Veja: “Art. 1.426. Nas hipóteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dívida, não
se compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido”.
b) Errada. A descrição do bem é obrigatória, e não facultativa. Caso não haja descrição o
contrato de penhor não terá eficácia. Aplicando-se a regra do artigo 1.424, IV, também, ao
penhor agrícola (não foi objeto da nossa aula). Veja: “Art. 1.424. Os contratos de penhor,
anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia: IV – o bem dado em
garantia com as suas especificações”.
c) Certa. Está de acordo com o artigo 1.428 do Código Civil, veja: “Art. 1.428. É nula a
cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto
da garantia, se a dívida não for paga no vencimento”.
d) Errada. No penhor mercantil a coisa empenhada fica em poder do devedor, conforme o
artigo 1.431, parágrafo único do Código Civil, veja: “Art. 1.431. Parágrafo único. No penhor
rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder do
devedor, que as deve guardar e conservar”.
e) Errada. O penhor poderá ser registrado por qualquer interessado, a lei não exige quota
mínima para legitimar o pedido de registro, conforme artigo 1.432 do Código Civil, veja: “Art.
1.432. O instrumento do penhor deverá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes;
o do penhor comum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos”.
Letra c.
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A resposta da questão está no parágrafo único do artigo 1.448 do Código Civil, veja:
Art. 1.448. Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor
industrial ou mercantil, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito,
na forma e para os fins que a lei especial determinar.
Letra e.
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Quando a questão menciona que o bem dado em garantia é imóvel, há grandes chances da
garantia ser hipoteca, mas é necessário continuar analisando para não ser induzido a erro.
Conforme artigo 1.474, a garantia que abrange todas as acessões é a hipoteca, veja: “Art.
1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel.
Subsistem os ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o
mesmo imóvel”.
Além disso, a hipoteca não impede o proprietário de alienar o bem, veja: “Art. 1.475. É nula
a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado”.
Portanto, diante desta análise fica clara a constatação de que a garantia mencionada pela
questão é a hipoteca.
Letra d.
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Conforme artigo 22, §1, IV da Lei Lei 9.514/1997, a propriedade superficiária também pode
ser objeto de alienação fiduciária.
Letra b.
Esta está super fácil, não é mesmo? Perceba que houve a transferência do bem ao credor,
logo, estamos falando da alienação fiduciária.
Letra c.
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A fiança bancária foi estudada na aula anterior, mas agora é uma boa oportunidade para
revisar, ou então, responder por eliminação.
Uma instituição financeira garantindo uma obrigação de alguém mediante contrato,
claramente estamos falando da fiança bancária.
Letra a.
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Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente,
a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança,
e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Letra a.
São garantias reais: Hipoteca, penhor (incluindo penhor mercantil) e alienação fiduciária.
São garantias pessoais: Aval e fiança (incluindo fiança bancária).
Errado.
As garantias de penhor e hipoteca são garantias reais, portanto, o bem, dado em garantia,
fica vinculado ao cumprimento da obrigação. Nos termos do artigo 1.419 do Código Civil,
veja: “Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em
garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação”.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.427 do Código Civil, veja: “Art. 1.427. Salvo
cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado
a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize”.
Certo.
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Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.428 do Código Civil, veja:
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício ou hipotecário a ficar com o
objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
Certo.
Admite-se somente a remissão total, conforme artigo 1.429 do Código Civil, veja: “Art.
1.429. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na
proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo”.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.431 do Código Civil, veja:
Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do
débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas
continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.
Certo.
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Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.447 do Código Civil, veja:
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados
e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e
bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à
industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados.
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das
mercadorias neles depositadas.
Certo.
O penhor mercantil deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis, conforme artigo
1448 do Código Civil, veja: “Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil,
mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis
da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas”.
Errado.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 1.449 do Código Civil, veja:
Art. 1.449. O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas
empenhadas ou mudar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor,
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alienar as coisas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-
rogados no penhor.
Certo.
A hipoteca recai sobre bens considerados imóveis ou a ele equiparados, o código civil previu
expressamente a possibilidade de hipoteca sobre navios e aeronaves veja:
Certo.
Está de acordo com o artigo 1.475 do Código Civil, veja: “Art. 1.475. É nula a cláusula que
proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado”.
Certo.
Veja o que dispõe o artigo 1.476 do Código Civil: “Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado
pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de
outro credor”.
Errado.
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Código Civil:
Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida,
não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.
Errado.
Conforme artigo 1.361 do Código Civil, veja: “Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade
resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao
credor”.
Certo.
Está de acordo com o artigo 1.365 do Código Civil, veja: “Art. 1.365. É nula a cláusula que
autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não
for paga no vencimento”.
Certo.
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A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere direito real de aquisição
conforme artigo 1.268-B do Código Civil, veja: “Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia
de bem móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao fiduciante, seu cessionário ou
sucessor”.
Errado.
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