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Teoria Meridionalista
Teoria Meridionalista
Teoria Meridionalista
- meridionalismo faz parte das história brasileira desde os tempos colônias, em que Brasil e
África eram nós essenciais no fluxo de relações lusitanas
- validade social de uma teoria geopolítica: diálogo com o presente geográfico do sistema
internacional + linha de sentido para os eventos passados da política externa + pontos de
orientação para a diplomacia futura
- primeira manifestação: luta pela emancipação política dos povos sul-americanos e africanos
- Hemisfério Sul detém reduzida parcela de poder mundial, decorrente dos déficits de capitais,
tecnologia e autonomia, o que remonta ao colonialismo europeu
- “meridionalidade” não se define pela questão do lugar (geografia), mas sobretudo pela
questão do poder (política). Países do Sul têm em comum a fragilidade política, econômica,
militar e diplomática (com afinidade de elementos culturais, ideológicos e civilizacionais)
- questão meridional decorre do déficit de poder das nações do Sul, que não têm condições de
definir seu destino de dentro para fora, nem de participar com autonomia na definição de seu
destino de fora para dentro
- perspectiva relativista da questão meridional: ser um país do Sul é uma realidade
sociopolítica mais do que uma posição geográfica (países “no” Norte podem não ser “do”
Norte, como Ucrânia). Apesar disso, existe uma clara uniformidade na distribuição geográfica
desses países
- BRICS promove encontros desde 2009 para articular seus interesses políticos em âmbito
global e desenvolver parcerias estratégicas
- desvantagens dos BRICS para Brasil: caráter autárquico da produção industrial chinesa e
riscos de envolvimento militar com retomada do Grande Jogo pela Rússia
- IBAS seria um bloco mais efetivo por contar com nações efetivamente meridionais marcadas
por dificuldades comuns em termos de projeção econômica e poder militar no sistema
internacional
- via ocidentalista de projeção geopolítica é contraditória com nossa matriz cultural (de base
ameríndia e negra), nossa realidade socioeconômica (de país subdesenvolvido relegado ao
provimento de matérias-primas) e nosso projeto político de nação brasileira (cujo
desenvolvimento esbarra no déficit de poder que nos separa do mundo ocidental)
- política externa brasileira tem oscilado desde os anos 50-60 entre uma agenda ora
ocidentalista e ora parcialmente meridionalista (regional e tropicalista)
- mares meridionais representam o destino comum das nações do sul: base geográfica e
geopolítica da sua unidade diplomática e militar + eixo de desenvolvimento econômico e
político desses países, pela concentração de recursos naturais e fontes energéticas nas águas
jurisdicionais e possibilidade de controle das rotas marítimas que dependem dessas zonas
- cooperação industrial e segurança coletiva são parte das medidas necessárias para superar a
dependência tecnológica e militar das nações do Sul