Você está na página 1de 55

2 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society

Comissão Organizadora [Organizing Committee]


Carlos Alberto Rosa Ferreira - Universidade de Lisboa, Portugal
Sofia Balula Dias - Universidade de Lisboa, Portugal

Comissão Científica [Scientific Committee]


José Manuel Fragoso Alves Diniz - Universidade de Lisboa, Portugal
Jean François Cerisier - Université de Poitiers, Francia
Maria Concepción Domínguez Garrido - Univ. Nacional de Educación a Distancia, España
Carlos Alberto Rosa Ferreira - Universidade de Lisboa, Portugal
Sofia Balula Dias - Universidade de Lisboa, Portugal
Antonio Medina Rivilla - Universidad Nacional de Educación a Distancia, España
João Barroso - Universidade de Trás-dos-Montes e Alto Douro, Portugal
Leontios J. Hadjileontiadis - Aristotle University of Thessaloniki, Greece
António Rodrigues - Universidade de Lisboa, Portugal
Francisco dos Santos Rebelo - Universidade de Lisboa, Portugal

Title: Livro de Resumos do X Semime (Exclusão Digital) [Conference Proceedings of the 10th International Conference on Digital Exclusion in the
Information and Knowledge Society]
Editors: Carlos Ferreira, Sofia Balula Dias, & José Alvez Diniz
Edition: © Faculdade de Motricidade Humana (FMH)
FMH Editions, 1495-688 Cruz Quebrada
Phone: (+ 351) 21 414 92 70
edicoes@fmh.ulisboa.pt - www.fmh.ulisboa.pt
Print: Digital Printig Services (DPS) Lda.
Date: January, 2016
ISBN: 978 972 735 219 7

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society i
2 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Programa [Program]
FRIDAY 29

8:30 Registration

9:00 Opening Session [Salão Nobre]


Conference Chair Prof. José Alves Diniz,
Head of the Faculdade de Motricidade Humana

9:30 Prof. Leontios J. Hadjileontiadis: Keynote 1


Guiding students to innovative thinking:
The biomedical, active and healthy ageing paradigms

10:00 SESSION 1: TECHNOLOGICAL INNOVATION & INTELLIGENT SYSTEMS


[Chair: Francisco Rebelo]

Atividades investigativas baseadas em TIC: Um estudo com crianças e


jovens num espaço diferenciado de educação científica e tecnológica
Geraldo Rocha Fernandes, António Rodrigues, Carlos Alberto Ferreira

Quality of life technologies: Facilitators and barriers


Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes

Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, serious games: qu’est


ce qui change dans le discours des porteurs de projets innovants
Diarra Diakhate

11:00 Musical Interlude/ Coffee Break

11:30 Prof. Jean-François Cerisier: Keynote 2


Le BYOD, un défi social pour l’Ecole

12:00 SESSION 2: DIGITAL PLATFORMS IN THE INFORMATION


AND KNOWLEDGE SOCIETY
[Chair: António Rodrigues]

Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning para


desenvolver uma maior literacia da população
Cristina Vaz de Almeida

Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos móveis


decorrentes da introdução de tablets no mercado nacional
Katiane Dias Miranda Ferreira

Autonomia e participação na aprendizagem


Ester Gómez

13:00 Conference Lunch

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 1
Programa [cont.]
14:30 Prof. Antonio Medina Revilla: Keynote 3
Programa para la mejora de la Educación Superior: Formación de docentes y
estudiantes en la competencia de identidad profesional,
innovación, comunicación entre culturas y digital

15:00 SESSION 3: LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS & B-LEARNING


[Chair: Geraldo Fernandes]

LMS Moodle and concept maps:


Two approaches-one hybrid world
Sofia B. Dias, Sofia Hadjileontiadou,
José A. Diniz, Leontios J. Hadjileontiadis

Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão


digital dos atores da relação educativa
Gilberto Lacerda Santos

Algumas considerações sobre a convergência


na educação (presencial e a distância)
Fernanda Campos, Fernando Fidalgo

16:00 Coffee Break

16:30 Prof. João Barroso: Keynote 4


Orientation and navigation of blind people using technology

17:00 SESSION 4: ACCESSIBILITY & MOBILE TECHNOLOGIES


[Chair: Maria Concepción Domínguez Garrido]

A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos


e na melhoria da autonomia das pessoas cegas
Hugo Paredes, Hugo Fernandes,
Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso

A problemática da pontuação nos leitores de ecrã,


sintetizadores de fala e dispositivos de acesso
Norberto Sousa, Manuela Francisco

As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do


professor numa ótica de inclusão na atividade e participação
dos alunos de NEE no contexto educativo
João Paulo da Silva Miguel,
Ana Lurdes Ribeiro Marcos

18:00 Closing Session (day 1)

2 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Programa [cont.]
SATURDAY 30

9:30 SESSION 5: EUROMIME [Salão Nobre]


[Chair: Carlos Ferreira]
5 Minutes, 5 Slides, 1 Question
Renan de Lima Barbosa, Esther Gomez Esteban, Zinate Khalil,
Ana Claudia Ellery, Lustosa da Costa, Virginia Palacios,
Gerti Pishtari, Sergio Iván Ramirez Luelmo,
Paulo Cesar Sepulveda Zuluaga, Elton Vinicius Silva

11:00 Coffee Break

11:30 SESSION 6: EDUCATIONAL TECHNOLOGY & DISTANCE EDUCATION


[Chair: Sofia Balula Dias]

Reach your targets and miss the point! The educational technology
paradox in 2016: Digital technologies vs. elusive educational goals
Prof. François Marchessou

O que dizem os professores da Universidade Aberta:


Portugal sobre a convergência na educação
Fernanda Campos, Fernando Fidalgo

REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos


educativos abiertos en la Educación Superior
Carmelo Branimir España Villegas,
Manuel Caeiro Rodriguez

Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas


para a educação digital de adultos:
Uma experiência no âmbito do projeto LIDIA
Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa,
Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina Pereira

12:50 Closing Session


Delivery of the “Young Investigator Award”
Conference Chair Prof. José Alves Diniz,
Head of the Faculdade de Motricidade Humana

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 3
4 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Comunicações e Autores [Communications & Authors]

A aprendizagem colaborativa online: Dinâmica dos grupos da


aprendizagem online
Virginia Palacios1, Lucio Teles2
1Euromime, Mexico; 2Universidade de Brasília, Brazil ...................................................................................... 9

A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos na


melhoria da autonomia das pessoas cegas
Hugo Paredes, Hugo Fernandes, Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso
INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
Portugal............................................................................................................................................................ 10

A problemática da pontuação nos leitores de ecrã, sintetizadores de fala


e dispositivos de acesso
Norberto Sousa1, Manuela Francisco2
1comAcesso, iACT, Portugal; 2Instituto Politécnico de Leiria, Portugal .......................................................... 12

Abordagem metodológica para o desenvolvimento e avaliação de jogos


pedagógicos para educação da cidadania de jovens
Ana Cláudia Ellery Lustosa da Costa1, Francisco Rebelo2
1Euromime, Brasil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal ......................... 13

Algumas considerações sobre a convergência na educação (presencial


e a distância)
Fernanda Campos, Fernando Fidalgo
Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil ................................................................................................ 15

Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos


móveis decorrentes da introdução de tablets no mercado nacional
Katiane Dias Miranda Ferreira
Brazil ................................................................................................................................................................ 17

Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning


para desenvolver uma maior literacia da população
Cristina Vaz de Almeida
Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal ......................................................................................... 18

Análise dinâmica da apropriação de tablets em contexto escolar


Renan de Lima Barbosa1, Bruno Devauchelle2
1Euromime, Brazil; 2Université de Poitiers, France ......................................................................................... 20

Apprentissage des langues et les TICE


Zinat Khalil1, Patrick Doucet2
1Euromime, Siria; 2Université de Poitiers, France ........................................................................................... 20

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 5
As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do
professor numa ótica de inclusão na atividade e participação dos
alunos de NEE no contexto educativo
João Paulo da Silva Miguel1, Ana Lurdes Ribeiro Marcos2
1AESH, Portugal; 2Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Portugal ................................................ 22

Atividades investigativas baseadas em TICE: Um estudo com crianças e


jovens num espaço diferenciado de educação científica e tecnológica
Geraldo Rocha Fernandes1, António Rodrigues2, Carlos Alberto Ferreira2
1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Brazil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de
Motricidade Humana, Portugal ........................................................................................................................ 24

Autonomia e participação na aprendizagem


Ester Gómez
Euromime, Spain ............................................................................................................................................. 25

Autonomía en el aprendizaje: Valoración de un taller de Scratch en el


CEIA Selva Saavedra de Temuco, Chile
Ester Gómez1, Guillermo Williamson2, José Salazar2
1Euromime, Spain; 2Universidad de La Frontera Temuco, Chile .................................................................... 27

By which criteria digital didactic materials can facilitate the learning


process!
Gerti Pishtari1, Gilberto Lacerda Santos2
1Euromime, Albania; 2Universidade de Brasília, Brazil ................................................................................... 28

Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas para a educação


digital de adultos: Uma experiência no âmbito do projeto LIDIA
Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa, Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina
Pereira
Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Portugal ............................................................................... 29

Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão digital dos


atores da relação educativa
Gilberto Lacerda Santos
Universidade de Brasília, Brazil ....................................................................................................................... 31

Guiding students to innovative thinking: The biomedical, active and


healthy ageing paradigms
Leontios J. Hadjileontiadis
Dept. of Electrical & Computer Engineering, Aristotle University of Thessaloniki, Greece ............................. 32

Le BYOD, un défi social pour l’Ecole


Jean-François Cerisier
Université de Poitiers, France ......................................................................................................................... 34

LMS Moodle and concept maps: Two approaches-one hybrid world


Sofia B. Dias1, Sofia J. Hadjileontiadou2, José A. Diniz1, Leontios J. Hadjileontiadis3
1Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Portugal; 2Hellenic Open University, Greece;
3Aristotle University of Thessaloniki, Greece ................................................................................................... 35

6 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
M-learning em educação a distância: Estudo de caso em um curso
piloto de formação de professores a distância
Elton Vinicius Silva1, José Manuel Saez2, María Concepción Domínguez Garrido2
1Euromime, Brazil; 2Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain ................................................. 37

Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, Serious Games:


Qu’est ce qui change dans le discours des porteurs de projets
innovants
Diarra Diakhate
Université Bordeaux Montaigne, France ......................................................................................................... 38

Nivel de apropiación en el uso de tableta digital percibida por


estudiantes de 5° de escuelas de Macôn y Chalôn sur Saone
Arminda Paulo César Sepúlveda1, Bruno Devauchelle2
1Euromime, Colombia; 2Université de Poitiers, France ................................................................................... 39

O que dizem os professores da Universidade Aberta: Portugal sobre a


convergência na educação
Fernanda Campos, Fernando Fidalgo
Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil ................................................................................................ 40

Orientation and navigation of blind people using technology


João Barroso
INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
Portugal............................................................................................................................................................ 42

Pedagogical practices typology: Academic behavior profiling &


interaction
Sergio Ivan Ramirez Luelmo1, Jean-Francois Cerisier2
1Euromime, Mexico; 2Universite de Poitiers, France ....................................................................................... 43

Programa para la mejora de la educación superior en competencias


Antonio Medina Rivilla, Maria Concepción Domínguez Garrido
Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain .................................................................................. 44

Quality of life technologies: Facilitators and barriers


Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal ........................................................................................... 45

REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos educativos


abiertos en la Educación Superior
Carmelo Branimir España Villegas, Manuel Caeiro Rodriguez
Universidad de Vigo, Spain ............................................................................................................................. 47

Reach your targets and miss the point! The educational technology
paradox in 2016: Digital technologies vs. elusive educational goals
François Marchessou
France .............................................................................................................................................................. 49

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 7
8 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
A aprendizagem colaborativa online: Dinâmica dos grupos da aprendizagem online
Virginia Palacios1, Lucio Teles2
1Euromime, Mexico; 2Universidade de Brasília, Brazil
Keywords: Dinâmica dos grupos da aprendizagem online, E-learning, Aprendizagem colaborativa
com suporte computacional

A Aprendizagem Colaborativa com Suporte efetivamente, a atender de forma ampliada e


Computacional (CSCL) é um ramo emergente regular as demandas de formação superior a
das ciências da aprendizagem que estuda distância. Entre essas parcerias, que se
como as pessoas podem aprender em grupo iniciaram nos anos de 2005 e 2006, encontra-
com o auxílio do computador. Até mesmo esta se o Sistema Universidade Aberta do Brasil
simples sentença esconde uma complexidade (UAB). A UAB é um sistema integrado por
considerável. A interação da aprendizagem universidades públicas que oferece cursos de
com a tecnologia revela-se bastante nível superior para camadas da população
complexa. A inclusão da colaboração, da que têm dificuldade de acesso à formação
mediação pelo computador e da educação a universitária, por meio do uso da metodologia
distância problematizaram a noção de da educação a distância. Além disso,
aprendizagem e levantaram questões incentiva a colaboração entre a união e os
referentes a premissas anteriores sobre como entes federativos e estimula a criação de
estudar este tema. centros de formação permanentes por meio
Como em muitos ramos ativos da pesquisa dos polos de apoio presencial em localidades
científica, a CSCL relaciona-se de forma estratégicas. Os polos oferecem a
complexa com disciplinas estabelecidas, infraestrutura física, tecnológica e pedagógica
evolui de forma difícil de precisar e inclui para que os alunos possam acompanhar os
contribuições importantes que parecem cursos a distância.
incompatíveis entre si. A área da CSCL tem Este estudo será útil para mostrar, com
uma longa história de controvérsias sobre sua precisão, os angulos ou dimensões dos
teoria, métodos e definições. Além disso, é grupos elearning. A descrição pode ser mais
importante entender a CSCL como uma visão ou menos profunda, ainda que, em qualquer
do que é possível alcançar usando caso, se baseie na medição de um ou mais
computadores, e quais as pesquisas que atributos de dinâmica dos grupos e-leraning.
devem ser desenvolvidas, e não como um O enfoque da pesquisa mista tem um design
corpo estabelecido de experimentos transversal e alcance descriptivo. O desenho
aceitáveis e de práticas de ensino. da pesquisa é não experimental, portanto é
A Universidade Brasília (UnB) tem uma uma pesquisa deliberadamente sem
história de pioneirismo em iniciativas de manipular variáveis. Ou seja, é uma pesquisa
educação a distância no ensino superior que não irá variar intencionalmente variáveis
brasileiro. No projeto original de 1961, o independentes. O que será feito na pesquisa
emprego das tecnologias na educação de é observar o fenômeno como ocorre em seu
forma democrática e criativa já estava contexto natural, neste caso, a dinâmica de
prevista. Em 1979, a instituição assinou um um grupo de e-learning e, em seguida,
convênio com a Open University da Inglaterra analisar esse fenômeno (do grupo dinâmico e-
para ofertar vários cursos de extensão na learning). Como Kerlinger (2002) afirma: “Na
modalidade a distância. O convênio se pesquisa não-experimental não é possivel
estendeu até 1985, mas, ao longo desses manipular as variáveis ou aleatoriamente
trinta anos, a universidade vem incorporando atribuindo participantes ou tratamentos”
a educação a distância à sua estrutura (p.240). Na verdade, não há condições ou
pedagógica, seja utilizando as tecnologias estímulos a que os sujeitos do estudo são
para apoiar a educação presencial ou para a expostos. Os indivíduos foram observados em
oferta de cursos de graduação, pós- seu ambiente natural. Portanto, o presente
graduação e extensão na modalidade a estudo é uma investigação sistemática e
distância. A seleção dos estudantes é feita por empírica. As inferências sobre as relações
vestibular. entre as variávais é realizada sem a
Entretanto, apenas a partir de parcerias com intervenção direita ou influência, e essas
o Ministério da Educação é que a UnB passa, relações são observadas em seu contexto

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 9
natural. O presente projeto é cross- Case study. Journal of educational technology
transacional e os dados serão recolhidos em systems, 33(3), 205-222.
um só momento, em um único tempo. O seu Goetz, T., Nett, U.E., Martiny, S.E., Hall, N.C.,
propósito é descrever e analisar sua Pekrun, R., Dettmers, S., & Trautwein, U.
(2012). Students’ emotions during homework:
incidência e interrelação em um determinado
Structures, self-concept antecedents, and
momento. É como tirar uma foto de algo achievement outcomes. Learning and
acontecendo. Individual Differences, 22(2), 225-234.
Kerlinger, F.N. (2002). Investigación del
Referências comportamiento. México: McGraw-Hill.
Cerclé, A., & Somat, A. (2005). Psychologie Rodríguez, F.G., & de la Hera, C.M.A. (1998).
sociale: Cours et exercices. Paris: DUNOD. Introducción a la psicología de los grupos.
Fisher, M., Thompson, G.S., & Silverberg, D.A. España: Ediciones Pirámide.
(2005). Effective group dynamics in e-learning:

A inteligência coletiva no combate ao isolamento dos idosos na melhoria da autonomia das


pessoas cegas
Hugo Paredes, Hugo Fernandes, Luís Fernandes, André Sousa, João Barroso
INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal
Keywords: Accessibilidade, Colaboração, Inclusão, Interação, Cegos, Idosos, Dispositivos móveis,
Inteligência coletiva, Ambientes inteligentes

Segundo a União Internacional de computação humana, “crowdsourcing” e


Telecomunicações (UIT), em 2015, 3.2 mil computação social.
milhões de pessoas, representando cerca de Estudos anteriores sobre computação humana
44% da população mundial, tinham acesso a e “crowdsourcing” foram centrados em tarefas
uma ligação à Internet. A mesma fonte prevê 7 cognitivas complexas, como a tradução fiel do
mil milhões de assinaturas de banda larga texto, a gestão social de processos de
móvel até o final de 2016. Toda esta população negócios, a recolha de dados rápida através de
ligada pode representar uma enorme força de "sensores humanos", o controlo de doenças, a
trabalho se forem utilizadas soluções correção do reconhecimento ótico de
tecnológicas pervasivas, incorporadas nas caracteres, a classificação vídeo e áudio, a
atividades quotidianas habituais das pessoas. manutenção das cidades e proteção civil, e os
A ascensão do “crowdsourcing", repositórios digitais utilizando as contribuições
desencadeada em 2006, despertou as dos cientistas (Fraternali, 2012).
empresas e a comunidade científica para esta A computação humana pode fornecer
oportunidade. informações em tempo real com extrema
As propostas de “crowdsourcing” apresentam precisão para problemas reais. A melhoria da
uma vertente bidirecional quando aplicadas à acessibilidade na colaboração é considerada
inclusão social. O envelhecimento da uma abordagem fundamental para melhorar a
população exige medidas para prevenir o experiência de navegação Web para pessoas
isolamento social, podendo a participação em com necessidades especiais (Takagi, 2009). O
iniciativas de “crowdsourcing” promover a “friendsourcing” é uma ferramenta que permite
socialização e evitar o isolamento de idosos. a cerca de 39 milhões de cegos em todo o
As computações humanas realizadas podem mundo obter respostas dos seus amigos, à
enquadrar-se no âmbito da intervenção social, distância, a perguntas visuais (Brady, 2013).
como no caso da descrição de uma praça Questões de design, barreiras cognitivas,
(como por exemplo Times Square em Nova problemas de acessibilidade e criação de meta
York) com vários painéis publicitários em dados precisos são algumas variáveis que
constante mudança, o reconhecimento de devem ser analisadas desde a fase inicial do
obstáculos que possam representar um perigo processo de desenvolvimento de software
para um cego (como um cão de uma raça social, incluindo as pessoas com deficiência
perigosa) ou mesmo o alerta para um (Takagi, 2008). A digitalização e transcrição
automóvel estacionado no passeio. colaborativa de livros por voluntários
De facto, a inteligência coletiva pode ser apresentam uma possibilidade de investigação
explorada de várias maneiras como para melhorar a experiência dos os utilizadores

10 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
cegos (por exemplo, Bookshare). Além disso, ambientes conhecidos em desconhecidos,
serviços comunitários recentes, como o Be My restringindo a mobilidade e a autonomia das
Eyes (www.bemyeyes.org/), permitem que pessoas cegas. A deteção destes obstáculos
voluntários de todo o mundo ajudem as foi estudada anteriormente no âmbito dos
pessoas cegas através de uma videochamada. projetos SmartVision (Fernandes e col., 2011)
O ecossistema móvel apresenta diversas e Blavigator (Fernandes e col., 2012), nos
oportunidades para o “crowdsourcing”. O uso quais foram identificadas as limitações das
ubíquo de smartphones e tablets num conjunto atuais tecnologias em termos de confiança,
diversificado de ambientes de trabalho precisão, capacidade de aprendizagem e
introduzem requisitos que variam adaptação. Associando a esta necessidade a
continuamente. VizWiz (Bigham, 2010) é uma potencialidades da inteligência coletiva,
aplicação que permite aos utilizadores cegos nomeadamente em cenários de inclusão
fazer perguntas para a "multidão" ou aos seus social, apresenta-se a hipótese de usar esses
amigos. Mais aplicações desta natureza são mecanismos associados aos sistemas de
necessárias para apoiar a integração social e navegação para cegos, analisando os pontos
a entre ajuda através da tecnologia. fortes e fracos da proposta. As contribuições
A Organização Mundial da Saúde (OMS) permitem definir os principais desafios de
(2002) define o envelhecimento ativo como "o integrar mecanismos de inteligência coletiva
processo de otimização das oportunidades de na resolução dos problemas identificados nos
saúde, participação e segurança, a fim de sistemas de navegação para cegos, e
melhorar a qualidade de vida ao longo do demonstrar a capacidade de integração social
envelhecimento". de tais mecanismos, proporcionando às
As tecnologias de informação e comunicação pessoas idosas a oportunidade de contribuir
(TIC) têm sido exploradas para ajudar e apoiar para o bem comum.
o envelhecimento ativo. As novas dimensões Este trabalho discute as potenciais
da comunicação possibilitadas pelas TIC oportunidades de investigação para o
reduzem as barreiras, quer físicas quer desenvolvimento de um modelo orquestrado
geográficas, que muitas vezes invadem a usando mecanismos de inteligência coletiva
população idosa e suas famílias (Taylor, 2011). por meio de iniciativas de inclusão social para
Essa comunicação permite aos idosos a melhorar a acessibilidade de ambientes
participação na vida social e evitando, assim, urbanos e estabelecer uma agenda de
solidão e isolamento (Löfqvist, 2013). investigação.
Neste trabalho, é debatido o uso de
ferramentas de comunicação das TIC para Referências
proporcionar ocupação aos idosos como Bigham, J.P., Jayant, C., Ji, H., Little, G., Miller, A.,
produtores de inteligência coletiva. Um dos Miller, R.C., Miller, R., Tatrowicz, A., White, B.,
desafios desta abordagem consiste na White, S., & Yeh, T. VizWiz (2010). Nearly real-
integração do papel de produtor na rotina diária time answers to visual questions. Proceedings of
the 23nd Annual ACM Symposium on User
dos idosos e a sua capacidade de usar os
Interface Software and Technology (UIST 2010)
dispositivos tecnológicos, tais como televisão, (pp. 333-342). New York: ACM.
telemóveis ou tablets. A intenção não é que a Brady, E., Zhong, Y., Morris, M.R., & Bigham, J.P.
contribuição seja obrigatória, ou mesmo (2013). Investigating the appropriateness of
intrusiva na sua vida quotidiana, mas uma social network question asking as a resource for
opção voluntária. No entanto, existem outras blind users. Proceedings of the 2013
questões de investigação, tais como Conference on Computer Supported
privacidade, segurança e confiança que não Cooperative Work (CSCW 2013) (pp. 1225-
serão abordadas. Como estudo de caso foi 1236). New York: ACM.
utilizado um sistema navegação para cegos, Fernandes, H., Conceição, N., Paredes, H., Pereira,
A., Araújo, P., & Barroso, J. (2012). Providing
resultados de investigação que tem vindo a ser
accessibility to blind people using GIS. Universal
desenvolvida pela equipa de investigação. A Access in the Information Society, 11(4), 1-9.
partir das lições aprendidas, houve a Fernandes, H., du Buf, J., Rodrigues, J.M.F,
necessidade de recolher informações em Barroso, J., Paredes, H., Farrajota, M., & José,
tempo real sobre as alterações temporárias J. (2011). The SmartVision navigation prototype
dos ambientes urbanos. for blind users. Journal of digital content
Na maioria das vezes, os obstáculos technology and its applications, 5(5), 351-361.
temporários em ambiente urbano transformam

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 11
Fraternali, P., Castelletti, A., Soncini-Sessa, R., Takagi, H., Kawanaka, S., Kobayashi, M., Sato, D.,
Vaca Ruiz, C., & Rizzoli, A.E. (2012). Putting & Asakawa, C. (2009). Collaborative web
humans in the loop: Social computing for Water accessibility improvement: challenges and
Resources Management. Environmental possibilities. Proceedings of the 11th
modelling & software, 37, 68-77. international ACM SIGACCESS conference on
Löfqvist, C., Haak, M., & Slaug, B. (2013). The use Computers and accessibility (pp. 195-202).
of assistive technology in different age-groups of ACM.
old people. Assistive technology research Taylor, A. (2011). Social media as a tool for
series, 33, 22-6. inclusion. Final Research Project. From:
Takagi, H., Kawanaka, S., Kobayashi, M., Itoh, T., http://homelesshub.ca/sites/default/files/Taylor_
& Asakawa, C. (2008). Social accessibility: Social%20Media_feb2011%20%281%29_1_2.p
achieving accessibility through collaborative df
metadata authoring. Proceedings of the 10th
international ACM SIGACCESS conference on
Computers and accessibility (pp. 193-200).
ACM.

A problemática da pontuação nos leitores de ecrã, sintetizadores de fala e dispositivos de


acesso
Norberto Sousa1, Manuela Francisco2
1comAcesso, iACT, Portugal; 2Instituto Politécnico de Leiria, Portugal
Keywords: Pontuação, Leitura, Leitores de ecrã, Sintetizadores de fala, Dispositivos de acesso

Tal como é explicado por diversos autores, corretamente os elementos suprassegmentais,


entre os quais Straus (2008) e Truss (2003), em particular a entoação e o ritmo, impostos
entende-se por “Pontuação” o sistema de pelo sinal utilizado? De acordo com Sousa e
sinais e símbolos usados na escrita, que Francisco (2014) e Bohman (2014), os leitores
mostram ao leitor como a frase é construída e de ecrã têm vários modos de leitura. Porém, a
como deve ser lida. Como tal, a pontuação é complexidade de interpretação e de
normalmente utilizada na informação escrita, navegação de um leitor de ecrã vai muito mais
em particular nos textos, sendo o seu além desta simplificação. Cada leitor de ecrã
significado ensinado nos primeiros anos de tem a sua própria forma de navegação,
escolaridade. Também na matemática interpretação e pronunciação do conteúdo,
encontramos alguns sinais com a mesma como é reforçado por Webaim (n/d), e que por
representação gráfica, mas que surgem com sua vez, depende do contexto onde se navega:
uma outra função. O mesmo sucede nos atuais documentos, dispositivos (PC, Tablet,
contextos digitais. Com o desenvolvimento da Smartphone) e web. Em contexto web
informática, encontramos alguns dos sinais de constata-se que a pontuação nos conteúdos e
pontuação, que adotam diferentes os carateres por vezes inseridos no código
significados, em linguagens de programação, para separar links (e.g., listas horizontais), são
em conteúdos web e na própria comunicação interpretados como elementos HTML. Esta
mediada por computador ou dispositivos forma de implementação dos carateres
móveis. Para compreender o significado dos imprimíveis para a separação de listas, além
sinais de pontuação, utilizados em cada de desaconselhada, torna a navegação de
contexto, é necessária uma aprendizagem, utilizadores de leitores de ecrã (principalmente
que nem sempre é rápida e efetiva. nos dispositivos móveis), mais demorada e
Sendo a pontuação representada com mais elementos distratores. Esta
graficamente, a pessoa que utiliza a função incongruência é agravada pelas diferentes
visual deteta a sua presença e interpreta-a de formas de interpretação de cada navegador
acordo com o contexto. Quem não utiliza a Web e de cada leitor de ecrã, os quais são, por
função visual, depende do leitor de ecrã que vezes, influenciados pelo sintetizador utilizado.
através de voz sintetizada, irá ler ou interpretar Assim, no presente estudo de caso, criaram-se
o sinal de pontuação utilizado. Contudo, serão diferentes cenários com o objetivo de analisar
os leitores de ecrã capazes de interpretar a e comparar os comportamentos dos diferentes
pontuação de acordo com o contexto? Terão leitores de ecrã, com diferentes sintetizadores,
todos o mesmo comportamento? Serão os em diferentes interfaces. Para tal, escreveu-se,
sintetizadores de fala capazes de transmitir no MS Word, frases com pontuação elementar;

12 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
frases com erros de pontuação; expressões mesmo sinal. Em cenário web, e apenas com
básicas de matemática e texto incluindo Links. os smartphones, verificou-se que os sinais de
Replicou-se estes cenários para uma página pontuação que separam links, são
Web e criou-se outro cenário com listas interpretados como elementos HTML (é feita
horizontais (e.g., menu de topo). Estes uma quebra na leitura como se mudasse de
cenários foram analisados, no MS Word, nos parágrafo). Nos símbolos matemáticos, à
navegadores web através do PC (Chrome, exceção do sinal mais, a forma de leitura dos
Firefox) com o modo de leitura sequencial sinais depende do leitor de ecrã, do
(seta acima/ abaixo) e de smartphones sintetizador e do espaçamento, colocado ou
(Crome, Safari) com o gesto predefinido não, antes e após o sinal.
(varrimento esquerda/direita), No Ms Word e Assim, a garantia que os conteúdos digitais
nos navegadores Web do PC utilizaram-se os sejam efetivamente acessíveis não depende
leitores de ecrã Jaws 17, com os sintetizadores apenas do cumprimento das normas
“Eloquence” (voz robótica) e “Vocalizer existentes. Os problemas relacionados com os
expressive Catarina” (voz natural) e NVDA comportamentos pouco consistentes dos
2015.4 com os sintetizadores “Espeak” e leitores de ecrã em situações específicas
“Eloquence” (vozes robóticas) e “Vocalizer devem ser previstos e resolvidos pelos
Joana” (voz natural). Nas configurações de programadores destes softwares. Estes
leitura de pontuação dos leitores de ecrã problemas, apesar da sua especificidade, são
selecionou-se a opção “Alguma pontuação”. fundamentais para uma compreensão eficaz e
Nos smartphones utilizaram-se, para Android, eficiente dos conteúdos e das interfaces
os leitores de ecrã Talkback e Shine Plus com veiculados pela web.
os sintetizadores “Eloquence” (voz robótica),
“voz do Google” e “Vocalizer Joana” (vozes Referências
naturais); e para o iPhone, o leitor de ecrã Bohman, P. (2014). Why don’t screen readers
VoiceOver com o sintetizador de voz “Vocalizer always read what’s on the screen? Part 1:
Joana”. Os comportamentos observados em Punctuation and typographic symbols. in
cada um dos cenários foram registados em accessibility matters - Deque Blog. Disponível
em: http://www.deque.com/blog/dont-screen-
tabelas que permitiram uma análise
readers-read-whats-screen-part-1-punctuation-
comparativa das várias situações. typographic-symbols/
Verificou-se que o sintetizador que mais Sousa, N. & Francisco, M. (2014). Acessibilidade na
respeita a entoação é o Eloquence, web: avaliação manual versus avaliação
independentemente do leitor de ecrã e do automática. Livro de Resumos SEMIME - VIII
dispositivo de acesso (pc ou smartphone). Este Seminário Exclusão Digital na Sociedade de
sintetizador demonstrou ainda ser mais eficaz Informação. Lisboa: Edições FMH.
na deteção de erros ortográficos e de Straus, J. (2008). The blue book of grammar and
pontuação. As vozes naturais, apesar de ser punctuation: An easy-to-use guide with clear
expectável um maior nível de prosódia, rules, real-world examples, and reproducible
quizzes. (10th ed.) USA: Jossey-Bass.
mostraram um comportamento contrário, ou
Truss, L. (2003). Eats, shoots & leaves. London:
seja, apenas as frases interrogativas são lidas Profile Books.
com entoação. No caso dos sinais de pausa WebAIM (n/d). Designing for screen reader
verifica-se que cada leitor de ecrã apresenta compatibility. WebAIM. Disponível em:
uma leitura com diferentes ritmos, relativos ao http://webaim.org/techniques/screenreader/

Abordagem metodológica para o desenvolvimento e avaliação de jogos pedagógicos para


educação da cidadania de jovens
Ana Cláudia Ellery Lustosa da Costa1, Francisco Rebelo2
1Euromime, Brasil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal
Keywords: Political education, Games, Serious games, Learning technology, User experience,
Persona

Este projeto tem por objetivo apresentar uma do programa de educação política da Câmara
metodologia para o desenvolvimento de jogos dos Deputados do Brasil, do qual faz parte o
pedagógicos para jovens brasileiros, com Plenarinho, portal voltado para educação
idade entre 9 e 15, e enquadra-se no âmbito cidadã responsável.

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 13
A criação de ferramentas educativas que de experiências positivas, o que, na vida real,
tratem deste assunto, assume-se de grande não se pode garantir.
importância no contexto educativo brasileiro Diante do exposto, a questão de investigação
que, a partir dos anos 90, elimina a disciplina que se coloca é a seguinte: Como criar um jogo
de educação política do currículo escolar, de educação política que seja divertido a ponto
transformando em tema transversal. Como de engajar o aluno?
resultado desta pulverização, um conteúdo Atualmente a maior parte dos jogos que
que devia estar em tudo, acaba por não estar atraem os jovens foram concebidos para
em nada, e o que vemos é uma ausência de divertir e ainda que toquem em temas que
educação política. O contraditório desta podem ser associados aos temas escolares,
situação é que, neste mesmo texto curricular, não foram desenvolvidos para ensinar ciência,
a cidadania, base de qualquer educação matemática, português ou qualquer outra
política, é citada como "eixo vertebrador da disciplina do currículo escolar. Os jogos online
educação", o que teria por objetivo permitir educativos, por sua vez, de modo geral são
“que alunos possam desenvolver a capacidade pouco atraentes e dificilmente buscados
de posicionar-se diante das questões que espontaneamente pelos alunos. Dependem,
interferem na vida coletiva, superar a para serem acessados, do interesse dos
indiferença e intervir de forma responsável” professores. Squire (2003) defende que os
(Ministério da Educação e do Desporto, 1997, jogos são divertidos à medida que conseguem
p.23). Em 2014, o Data Popular, equilibrar elementos como: narrativa,
www.datapopular.com.br, um instituto de obstáculos, prêmios, personagens
pesquisa, entrevistou 3500 jovens brasileiros. interessantes, competição e colaboração.
Neste caso, o que chamou a atenção foi o fato Malone (1981), por sua vez, argumenta que
dos dados revelarem um jovem mais videogames são divertidos porque incorporam
interessado pela política, ainda que 60% informações complexas, responsividade,
tenham admitido que não entendem de desafio, fantasia, criatividade.
política. Numa outra pesquisa, encomendada Com o objetivo de unir conteúdo político e
pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), diversão, o método desenhado articula
um levantamento feito junto a 3,3 mil jovens, conceitos do Design Centrado no Usuário
mostrou que 45% acreditam que (DCU), do desenho instrucional e ainda
manifestações públicas podem melhorar as elementos retirados dos jogos que são mais
coisas no país. acessados pelos usuários com idade entre 9 e
Neste contexto, em que de um lado temos o 15 anos. No caso do DCU, serão criadas
desejo e a crença do jovem na participação Personas, arquétipos dos usuários que servem
política, e do outro a ausência de uma de referência para equipe desenvolvedora
formação político-cidadã que o prepare para (Adlin e Pruit, 2010) e serão realizadas
um engajamento ativo, parece ser de extrema prototipagens das versões iniciais do jogo junto
importância a criação de ferramentas ao público-alvo. O desenho instrucional
educativas que possam ensinar, de forma permitirá o planejamento de situações
divertida, conceitos chaves da educação didáticas para o conteúdo político a ser
política. Uma estratégia é a criação de jogos ensinado de modo a permitir uma
online que facilitem experiências positivas de aprendizagem contextualizada. Os jogos mais
participação cívica, o que, de acordo com acessados serão analisados e a partir dos
Blevins, LeCompte e Wells (2014), contribuiria elementos identificados serão criadas as
para a promoção do engajamento democrático variáveis lúdicas a serem articuladas com o
de jovens. Isto porque os jogos podem permitir, conteúdo pedagógico.
desde cedo, o envolvimento em atividades A hipótese a ser comprovada é a de que esta
reais e/ou de simulação dos problemas integração fornecerá os elementos
enfrentados pela a sociedade à qual necessários para o desenvolvimento de jogos
pertencem. educativos que ensinem mesmo fora do
Os jogos online e a possibilidade de que se contexto escolar.
realizem em cenários que imitam a vida real e A metodologia que usaremos passa por quatro
que cada vez mais facilitam a imersão dos etapas (E), nomeadamente:
jogadores em seus ambientes virtuais parece E1 - A criação de Personas, através de
um meio bastante apropriado para simular questionários; E2 - O desenvolvimento dos
situações concretas e ainda facilitar a vivência requisitos de design do jogo em função das

14 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Personas e das necessidades da organização Blevins, B., LeCompte, K., & Wells, S. (2014)
(Câmara dos Deputados); E3 - A integração Citizenship education goes digital, Journal of
dos requisitos do jogo ao conteúdo a ser social studies research, 38, 33-44.
ensinado com apoio das técnicas de desenho Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria
de Educação Fundamental (1997). Parâmetros
instrucional; e E4 - O desenvolvimento e
curriculares nacionais: Introdução aos
avaliação de protótipos de complexidade parâmetros curriculares nacionais. Brasília,
crescente, que darão resposta aos requisitos MEC/SEF.
de design e aos conceitos a serem ensinado. Malone, T. (1981). Toward a theory of intrinsically
Serão usadas técnicas de card sorting para motivating instruction. Cognitive science, 5, 333-
criar soluções de design e o think aloud para 369.
avaliar se os conceitos desenvolvidos são Squire, K. (2003). Video games in Education.
compreendidos pelos usuários. International Journal of intelligent games &
simulation, 2, 49-62.
Referências
Adlin, T., & Pruitt, J. (2010). The essential persona
lifecycle: Your guide to building and using
personas. USA: Elsevier, Morgan Kaufmann.

Algumas considerações sobre a convergência na educação (presencial e a distância)


Fernanda Campos, Fernando Fidalgo
Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil
Keywords: Ensino superior, Convergência educativa, Tecnologias da informação e comunicação,
Educação a distância, Educação presencial

Há pouco mais de duas décadas pensar a de dados e de comunicação. A comunicação


convergência entre a educação presencial e mais eficaz, o material online e a formação de
educação distância (EaD) parecia algo grupos de trabalho permite que as diferenças
remoto, isto porque se compunham de entre EaD e educação presencial diminuam e
processos de ensino e aprendizagem que a conexão entre elas se estreite.
completamente distintos, que se definiam: Inclusive, a EaD tem se tornado parte
pelas formas de comunicação (face-to-face, integrante das instituições por meio da
correspondência, rádio, televisão), pela utilização conjunta da metodologia da EaD na
mediação (que também se referem a educação presencial, também conhecido por
presença física no local e a mediação por blended learning (Vieira, 2013; Oliveira,
meio de uma tecnologia comunicativa), e pela 2013).
sincronicidade temporal ou não (o uso de Assim, embora ainda persistam distinções na
chats e conversas online permitem, por forma de estudar presencialmente ou a
composição de grupos e por diálogo entre os distância é possível vislumbrar possibilidades
estudantes). Além disso, as instituições que de integração entre a educação presencial e a
desenvolviam formações a distância estavam EaD e arquitetar estratégias para superar os
afastadas das instituições educativas limites que ainda persistem entre elas.
tradicionais. Nesta direção, apresentamos neste trabalho
Entretanto, na atualidade, com o uso cada vez algumas considerações sobre a convergência
mais frequente das tecnologias digitais da entre educação presencial e a distância a
informação e da comunicação (TDIC) nas partir da realização de revisão de literatura em
relações econômicas e nas sociais, esses base de dados e repositórios de publicações
recursos também se integraram de forma científicas. Os contributos fundamentais
recorrente aos processos educativos, seja foram de Castells (1999), Jenkins (2009),
presencial ou a distância. Em específico a Kenski (2008), Mallmann e col. (2013) e
EaD, o uso das TDIC possibilitou uma Gomes (2013).
comunicação mais frequente entre O objetivo deste trabalho foi o de verificar na
professores e estudantes, assim como o literatura recente – entre teses, dissertações,
acesso facilitado ao material, com destaque comunicações e artigos científicos – a
para os ambientes virtuais de aprendizagem, definição de convergência educativa e os
as diversas plataformas e o software de base caminhos para superar os limites entre

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 15
educação presencial e EaD. Este trabalho faz não só pela conexão de mídias ou de
parte de uma investigação em conteúdos, mas, sobretudo, pela
desenvolvimento, realizada ao nível de convergência e interconexão entre pessoas.
doutorado, que pretende desenvolver Por isso, quando falamos de educação, as
conceitualmente a convergência na elaborações sobre convergência devem
educação, considerando a EaD e a educação perpassar as concepções pedagógicas, de
presencial no ensino superior. O conteúdo, metodológica e avaliativas.
procedimento metodológico desta Por meio da revisão de literatura,
investigação se constituiu de uma pesquisa conseguimos perceber que a convergência na
teórico bibliográfica a partir de bases de dados educação se caracteriza ser polissêmica. Ela
e repositórios de publicações científicas, tais esbarra em outros conceitos, como o de
como Scielo (Scientific Eletronyc Library blended learning e educação híbrida, que
Online), Bases de teses da CAPES, Google anunciam o processo de convergência,
Acadêmico, B-on (Biblioteca do entretanto, ainda existem pontos específicos
Conhecimento Online) e RCAAP (Repositório de ligação entre eles. Assim, conseguimos
Científico de Acesso Aberto de Portugal). verificar que um dos passos para efetivação
Procuramos sistematizar publicações da convergência na educação seria uma
científicas, a partir das seguintes categorias e regulação comum para educação presencial e
subcategorias: a) Modalidades educativas - a distância, na não diferenciação política entre
características das modalidades presencial e elas e de uma alteração significativa nos
a distância; b) Convergência educativa - modelos de aprendizagem. Percebemos que
complementariedade, convergência antes de ser uma tendência a convergência é
presencial e a distância; c) Políticas parte da educação do presente, em que se
educativas - regulamentação e pressupostos fundamenta na flexibilidade, na formação ao
educativos para o século XXI; e d) Integração longo da vida, no uso das TDIC, na
presencial e a distância - blended learning, colaboração, na interação, na educação
modelos híbridos e turmas mistas, síncrono e aberta e em rede.
assíncrono, polos e centros locais de
aprendizagem, relações pedagógicas, Referências
modelos pedagógicos, tecnologias da Castells, M. (1999). A sociedade em rede (6ª ed.)
informação e da comunicação. São Paulo: Paz e Terra.
No contexto da denominada Sociedade em Gomes, L.F. (2013). EaD no Brasil: Perspectivas e
Rede (Castells, 1999), pensar a convergência Desafios. Avaliação (Campinas), 18(1), 13-22.
Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência (2ª
na educação perpassa pelas perspectivas da
ed.). São Paulo: Aleph.
convergência de tecnologias e da cultura da Kenski, V.M. (2008). Educação e comunicação:
convergência, desenvolvida por Jenkins interconexão e convergência. Educação e
(2006), em que a mobilidade, interação, Sociedade (Campinas), 29(104), 647-665.
participação, integração, rompimento de limite Malmann, E.M, Jacques, J.S., Sonego, A.H.S.,
são características fundamentais desta Teixeira, T.G., Toebe, J.C.D., Domingues, F.R.
cultura. Ou seja, para a cultura da (2013). Potencial dos recursos educacionais
convergência se refere a um processo e não abertos para integração das tecnologias e
a um ponto final. No referente a convergência convergência entre as modalidades na UFSM.
na educação seria necessário haver uma Revista Eletrônica de Educação, 7(2), 263-284.
Oliveira, M.J. (2013). Comunicação, Tecnologia
organização e planejamento com foco na
Educativa à Distância em José Manuel Moran
integração das tecnologias no processo (Dissertação de Mestrado). Universidade de
ensino-aprendizagem na interação entre Trás dos Montes e Alto Douro: Departamento
professores/tutores/estudantes e na de Educação e Psicologia.
interatividade com os conteúdos curriculares, Vieira, M.T.C.C F. (2013). B-learning trabalhos de
de acordo com Mallmann e col. (2013). Isto casa e o computador Magalhães no 1º ciclo de
porque, segundo Kenski (2008), a escolaridade (Dissertação de Mestrado).
convergência na educação se torna possível Lisboa: Universidade de Lisboa - Instituto de
educação.

16 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Alterações no comportamento dos consumidores dos dispositivos móveis decorrentes da
introdução de tablets no mercado nacional
Katiane Dias Miranda Ferreira
Brazil
Keywords: Tablets, Consumidores, Comportamento, Novas tecnologias, Mudanças de hábitos,
Alterações de consumo

Num contexto em que as tecnologias da utilizada para a recolha dos dados, os quais
informação e comunicação (TICs) têm vindo foram posteriormente tratados no SPSS
assumir um papel cada vez mais relevante e (Statistical Package for Social Science for
atuante no quotidiano dos consumidores, o uso Windows). Face ao problema da pesquisa
de produtos inovadores bem como o seu enunciado e às hipóteses levantadas nesta
impacto e alterações no comportamento dos investigação, o trabalho teve por base a
utilizadores têm sido matéria de investigação pesquisa qualitativa e quantitativa. Os
por parte de vários autores ligados às resultados sugerem em primeiro lugar, que os
tecnologias (Normam & Nilesen, 2010). A utilizadores com maior adesão às novas
busca de informações, a leitura e tecnologias e internet passaram a ter novos
aprendizagem são alguns campos nos quais comportamentos referentes a hábitos de
as tecnologias podem dar o seu contributo. leitura, procura e acesso a informações.
Os fatores que estão por base nas alterações O uso mais frequente dos tablets pode ser em
de comportamento dos utilizadores de tablets parte explicado pela mobilidade que o mesmo
são fundamentos e objeto de estudo deste proporciona e o acesso à internet com maior
trabalho de investigação, mais frequência. Foi ainda constatado, que os mais
especificamente, no que diz respeito às adeptos às novas tecnologias e que possuem
alterações nos hábitos de leitura dos tablet há mais de um ano fazem do mesmo um
consumidores nacionais face a utilização deste objeto de utilização imprescindível nas mais
dispositivo de entretenimento, o que passa a diversas atividades. A utilização do dispositivo
ser confirmado pelos dados publicados pelo sai do âmbito fechado, local de trabalho e
INE. Para compreendermos melhor esta transporta-se para o uso pessoal, sendo que o
questão, analisaremos a segunda fase da pós- mesmo passa ser objeto de uso diário, o que
modernidade, onde o consumo de produtos atrai vários perfis de utilizadores (Alves, apud
tecnológicos que dão autonomia ao homem Haddon, 2006).
digital tem contribuído para algumas Pretende-se com este estudo analisar
alterações no comportamento de utilização, e eventuais mudanças no comportamento do
faremos esta análise tendo como foco os consumidor nacional face a introdução dos
hábitos de leitura e de pesquisa de dispositivos móveis tablets, nomeadamente,
informações por parte dos utilizadores pretende-se averiguar se os utilizadores
(Solomon, 2002). destes dispositivos alteraram o seu
Através de um estudo exploratório iremos comportamento quanto à leitura, como por
investigar a influência dos tablets no exemplo, sela pelo aumento, diminuição ou,
comportamento dos utilizadores e tentar até mesmo, aquisição de novos hábitos de
compreender se a adesão às tecnologias leitura. Alguns estudiosos ligados ao
contribuíram para mudanças na leitura e comportamento do consumidor apresentam
também para uma maior busca por dados que comprovam que os consumidores
informações. Foi também utilizada a adquirem produtos para satisfazer seus
metodologia de natureza quantitativa e desejos latentes, outros pesquisadores
qualitativa, sendo que os dados foram defendem que as novas tecnologias têm vindo
recolhidos através de um questionário a introduzir novos hábitos nos utilizadores dos
realizado em suporte de papel e digital mesmos (Alves, 2008).
administrado a 100 utilizadores de tablets, Assim, torna-se primordial antes de mais,
dentre os quais 49% residem em Portugal. O considerar a definição do comportamento do
questionário está dividido em 17 questões, consumidor relacionado a produtos
sendo que foram incluídas mais 6 questões tecnológicos. Este conceito é abordado por
para caracterização social demográfica. A vários autores, dos quais gostaríamos de
amostragem probabilística aleatória simples foi destacar alguns, como Salomon (2002) para

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 17
quem os consumidores selecionam e compram leitura, principalmente de revistas e jornais.
produtos com intuito de passar por novas Moraes (2012) observou na sua pesquisa e
experiências. Contudo, para Castells (2010), análise dos estudos realizados com os
as sociedades modernas têm a tendência de utilizadores de tablets, que os mesmos utilizam
partir para a mobilidade e os aparelhos que o dispositivo para ler revistas, aceder à internet
proporcionam essa nova vida social são e entretenimento. Ainda 41% dos
facilmente aceitos. Os dispositivos móveis, e entrevistados disseram ler livros em formato
consequente acesso à internet, apresentam-se digital e apenas 3% não liam livros em nenhum
como algo que possibilita aos indivíduos maior dos formatos.
mobilidade e consequentemente migração ou Análise de dados e pesquisa demostraram que
mudanças nos hábitos de leitura, assim sendo, os dispositivos móveis passaram a ser
tentaremos comprovar se realmente o essenciais no processo de interação entre as
utilizador dos dispositivos móveis, pessoas e constou-se também que o mesmo
especificamente no caso dos tablets, tem passou a ser utilizado na leitura e acesso à
migrado do material impresso para a nova internet. Podemos verificar que houve no
experiência tecnológica no que diz respeito decorrer dos anos uma crescente utilização
aos seus hábitos de leitura. dos dispositivos móveis. Há de salientar que
Desde o lançamento dos dispositivos, cada vez mais há migração para dispositivos
centenas de consultoras de renome mundial móveis por parte dos consumidores. Deste
tem divulgado relatórios sobre: modo, pode-se constatar através de pesquisa
- mudanças de hábitos dos consumidores; bibliográfica e análise detalhada que o digital
- migração do impresso para o móvel; e tem predominado na sociedade, passando a
- mais acesso à internet; ser relevante e objecto de estudo e pesquisa
Consultoras e observatórios (Marktest e académica.
Gartner) tem revelado que os consumidores
têm optado pela compra do dispositivo com o Referências
objetivo principal de utilizá-lo para Solomon, M. (2002). O comportamento do
entretenimento, verificando-se um aumento consumidor: Comprando, possuindo e sendo.
significativo no acesso à internet e migração Porto Alegre: Bookman.
para dispositivos móveis no que diz respeito à

Ampliar o marketing sensorial nas plataformas digitais de e-learning para desenvolver uma
maior literacia da população
Cristina Vaz de Almeida
Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal
Keywords: Literacia, Marketing sensorial, Plataformas digitais, E-learning, B-learning

Martin Lindstrom vem sublinhar nas suas Ocidental é de 5,8%, e estima-se que as suas
investigações ligadas às neurociências receitas alcançarão 8,1 mil milhões de dólares
aplicadas ao marketing, que o ser humano em 2015 (in IBDIN).
consegue memorizar e absorver melhor a O número de internautas no mundo já é de 3,2
informação se esta for transmitida pelas várias mil milhões, segundo dados da União
plataformas de sentidos que o ser humano Internacional das Telecomunicações, órgão da
tem: visão, audição, tacto, paladar. Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando falamos de educação através dos As escolas digitais em sistema de e-learning e
suportes digitais (seja através de e-learning ou b-learning crescem de forma contínua. Um
b-bearning) poderíamos questionar-nos se isto total de 41,7% das empresas globais da
é possível? De fato é possível, e tem tido Fortune 500 já utilizam algum tipo de
resultados surpreendentes. tecnologia educacional para instruir os
Cada vez mais jovens e adultos recorrem às empregados durante o horário de
plataformas digitais para formal ou aprendizagem formal, e esse número tende a
informalmente pesquisarem informações, aumentar progressivamente nos próximos
desenvolverem aprendizagens, formarem anos. Mais de 60% dos formadores
conhecimento. A taxa de crescimento do consideram que a capacidade para animar e
mercado de e-learning individual na Europa estimular os formandos num espaço de

18 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
trabalho virtual constitui um factor crítico, Com a aplicação das técnicas do marketing
refere Lencastre (2015). sensorial, através de um trabalho que procura
Serve esta avaliação, baseada em estudos aperfeiçoar as estratégias de produto/serviço,
multivariados e nas sessões de formação que distribuição, promoção, preço/valor,
ministro ao longo dos últimos anos em b- combinadas com um trabalho assente na
learning, e-learning e presencial, para reflectir estimulação dos sentidos humanos, o individuo
sobre a importância da utilização das técnicas fica mais permeável a uma aprendizagem
do marketing sensorial nas plataformas digitais progressiva, duradoura, com efeitos ao nível
para incrementar a literacia das populações. do conhecimento durante um maior prazo,
A utilização de suportes diversificados, permitindo também uma progressiva melhoria
combinados com áudio, vídeo, imagens fixas e da literacia da população alvo.
animadas, texto, e das estratégias de O processo de aprendizagem através das
marketing que permitam criar emoções nos plataformas digitais, e o objectivo de uma
seus utilizadores, são fortes contributos para maior literacia da população serão alcançados
uma maior capacidade de retenção das de uma forma mais eficaz se se utilizarem as
mensagens educativas em e-learning ou b- técnicas do marketing sensorial nestas
learning, estimulando e animando os seus plataformas assim como nos serviços que lhes
utilizadores, numa mais encantadora, estão relacionados.
emocional e assimilável forma de O trabalho visa um efeito da maior literacia do
compreensão dos conteúdos com vista a uma individuo com base na causa propagadora
maior literacia dos destinatários. assente em técnicas de marketing sensorial
O trabalho com centenas de profissionais das que estimulam, ampliam e melhoram a
áreas da saúde e do social realizado pela retenção de conhecimento.
autora na área de formação, os vários estudos
que suportam esta realidade e os resultados Referências
evidenciados pelas neurociências aplicadas ao Keegan, D., Dias, A., Baptista, C., Olsen, G.,
marketing têm demonstrado a importância do Fritsch, H., Föllmer, H., Micincová, M., &
uso das ferramentas do marketing sensorial Paulsen, M. (2002). E-learning: O papel dos
através das plataformas digitais e dos serviços sistemas de gestão da aprendizagem na
Europa. Instituto para a Inovação na Formação.
a elas associados.
ISBN 972-8619-38-3.
Nestes processos, como refere Patrick Lencastre, J., & Bronze, J. (2015). Building (e-)
Renvoisé, é necessário trabalhar o “cérebro learning bridges: Uma visão Europeia das
primitivo” do indivíduo que, para além do barreiras ao e-learning (pp. 54-70), In P. Peres,
cérebro racional e emocional, tem na sua P. Pimenta, & A. Mesquita (ed.), Guia prático do
natureza mais instintiva um sentido e-learning: Casos práticos nas Organizações.
egocêntrico e emocional, onde aprecia ficar na Porto: Vida Económica. ISBN 978-989-768-081-
sua zona de conforto, retendo melhor o que lhe 6.
é apresentado no início e reforço final, e Tecnologias e Games (2015). From:
precisando de sentir o contraste que lhe é http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/05/
mundo-tem-32-bilhoes-de-pessoas-
apresentado do antes/depois, do
conectadas-internet-diz-uit.html
seguro/inseguro, estimulado por vários Infográfico E-Learning: Tendências para 2014.
elementos que lhe despertam os cinco From: http://www.ibdin.com.br/?p=280
sentidos. Lindstrom, M. (2010). Buy.Ology. Truth and lies
O que parece ser uma tarefa difícil de about why we buy. New York: Broadway Books.
concretizar, é, no fundo, um aperfeiçoamento Lindstrom, M. (2011). Brandwashed. New York City,
e aplicação das várias vertentes que passam NY: Crown.
pelos cinco sentidos do indivíduo, levadas a Lindstrom, M. (2015). Small data: the tiny clues that
uma prática que tem demonstrado resultados uncover huge trends. From:
positivos. https://www.martinlindstrom.com/small-data/

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 19
Análise dinâmica da apropriação de tablets em contexto escolar
Renan de Lima Barbosa1, Bruno Devauchelle2
1Euromime, Brazil; 2Université de Poitiers, France
Keywords: Technology acceptance model, Tablet, Education

A inserção de tablets em ambiente escolar traz (2014). A coleta de dados ocorrerá a partir de
questões sobre o controle, monitoramento e de questionários, que abrange os itens citados
condução das ações pedagógicas. Para anteriormente, e entrevistas, no qual os
entender o processo de apropriação de professores podem trazer questões relevantes
tecnologia em ambiente escolar. Schneewele ao tema da pesquisa. A análise dos dados se
(2015) propõe o Dynamic Acceptance Model materializará com o cruzamento dos
for Education (DAME), um modelo dinâmico de indicadores pessoais e interpessoais.
aceitação de tecnologia para educação Com esta pesquisa almeja-se contribuir para
baseado no Technology Acceptance Model uma apropriação eficiente do tablet e favorecer
(TAM) de Davis (1989). O DAME se diferencia o desenvolvimento com êxito de projetos que
pela inclusão das variáveis pressão social e fazem uso dessa tecnologia em contexto
pressão tecnológica. escolar. Vale ressaltar que não é objetivo do
Esse projeto visa comparar a apropriação de trabalho propor uma nova teoria sobre
tablets em ambiente escolar a partir de práticas apropriação, mas sim elucidar os aspectos
docentes com o uso do DAME. Propõe-se envolvidos nas teorias DAME e TRI por meio
distinguir atitudes e motivos para utilização ou das percepções dos professores.
rejeição da tecnologia entre os professores e
estudar influências das características Referências
pessoais dos professores nos modelos de Davis, F.D. (1989). Perceived ease of use, and user
apropriação de tecnologia. acceptance of information technology. MIS
Para isso será estudada a utilização da Quarterly, 13(3), 319-340.
Biblioteca Digital Wizzbe por um grupo de Parasuraman, A., & Colby, C.L. (2014). An updated
and streamlined technology readiness index:
professores do Liceu Charles Péguy, em
TRI 2.0. Journal of Service Research, 18(1), 1-
França. A análise aborda os seguintes 16.
aspectos: percepção de usabilidade, Schneewele, M. (2014). L'appropriation d'un ENT
percepção de utilidade, nível de aceitabilidade, dans lenseignement secondaire, vers une
avaliação do uso, pressão social, pressão analyse et une modélisation des usages. Paris,
instrumental, e índice de prontidão à tecnologia France: L'Harmattan.
(TRI), este proposto por Parasuraman e Colby

Apprentissage des langues et les TICE


Zinat Khalil1, Patrick Doucet2
1Euromime, Siria; 2Université de Poitiers, France
Keywords: Apprentissage des langues, Numérique, Nouveaux comportements, Interaction,
Motivation

Dans le processus d’apprentissage des - le numérique améliore la motivation chez les


langues étrangères et l’intégration des apprenants.
technologies numériques, nous formulons Les technologies évoluent et deviennent de
notre question de départ de la façon suivante: plus en plus attractives dans nos vies car elles
Le numérique a-t-il un effet efficace sur permettent de réaliser de nouvelles tâches
l’apprentissage des langues chez les grâce à des fonctions innovantes et au design
apprenants? des interfaces.
Autrement dit, dans le cadre de cette Nous tenterons dans notre projet de nous
expérience, nous chercherons à savoir si: interroger sur les questions relatives aux
- les apprenants ont de nouveaux impacts des TICE dans l’apprentissage des
comportements vis-à-vis du numérique; langues: Les activités d’apprentissage avec
- le numérique engendre de l’efficacité dans ces outils sont-elles attractives et dynamiques?
l’interaction (homme /homme) (homme Les technologies numériques (tablettes et
/numérique); smartphone) seraient-elles surtout un outil

20 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
améliorant la motivation des apprenants? par le Cadre Européen Commun de Référence
Quelles valeurs pédagogiques que le pour les Langues (CECRL, 2000):
numérique (tablettes et smartphone) présente- “La perspective privilégiée ici, est
t-il? généralement aussi de type actionnel en ce
Le numérique permet de construire des qu’elle considère avant tout l’usager et
scénarios qui facilitent la production, comme la l’apprenant d’une langue comme des acteurs
compétence d’expression orale, à travers des sociaux ayant à accomplir des tâches (qui ne
changes avec des personnes ressources sont pas seulement langagières) dans des
distantes, grâce à la visioconférence. Le circonstances et un environnement donné, à
recours au numérique, avec la palette d'outils l’intérieur d’un domaine d’action particulier. Si
dont on dispose désormais, contribue à la mise les actes de parole se réalisent dans des
en place de l'approche par les tâches, activités langagières; celles-ci s’inscrivent elles
entendue au sens de l'agir avec, et qui – mêmes à l’intérieur d’actions en contexte
s'apparente donc le plus possible à des social qui seules leur donnent leur pleine
pratiques sociales. Les technologies signification” (p.15). La tâche en elle-même est
permettent, par exemple, la participation à une définie par le (CECRL, 2000) de la façon
création collective à distance avec des suivante:
partenaires dont on étudie la langue et la Il y a “tâche” dans la mesure où l’action est le
culture. L’approche actionnelle, et le fait d’un (ou de plusieurs) sujet(s) qui y
numérique, en particulier le web 2.0, mobilise(nt) stratégiquement les compétences
“dynamique, participatif et collaboratif”, selon dont il(s) dispose(nt) en vue de parvenir à un
les points-clés de la définition qu'en donne résultat déterminé. Une tâche efficace
O'Reilly (2005), permet aux apprenants de déclenche le processus d’apprentissage qui
créer, diffuser, partager et manipuler différents conduit l’apprenant à construire ses
types de contenus ensemble, d'être dans connaissances par stades successifs. Elle est
l'action, l'actionnel. L’action et la tâche se le moyen d’interagir avec l’environnement
prêtent souvent très bien à des scénarios langagier.
introduisant le numérique. Il reste toutefois Alors, notre projet s’inscrit dans le domaine de
important, pour nous en tout cas, d'articuler l’apprentissage des langues et les TICE. Il
action et réflexion, action sociale et concerne précisément les comportements des
interrogation sur la langue elle-même. apprenants face au numérique (tablettes,
Autrement dit, l’apprentissage est un smartphone). Pour réaliser notre projet, il y a
processus à la fois individuel et collectif, le plusieurs étapes à effectuer par exemple en ce
numérique permet bien de passer de l'un à qui concerne la partie théorique, nous nous
l'autre. Dans le cadre de notre projet sur les baserons sur plusieurs théories
rapports entre TIC et le processus d’apprentissage notamment des théories
d’apprentissage de la langue, et sur le socioconstructivistes et interactionnistes dans
développement de nouveaux comportements l’apprentissage assisté par les technologies
chez les apprenants dans un environnement numériques. Le modèle de construction de
numérique qui a des impacts sur l’interaction, l’intelligence élaboré en psychologie cognitive
nous appuierons sur les théories reste d’actualité mais il est redéfini dans le
sociocognitives, cognitiviste, interactionniste et cadre de l’approche socioculturelle et de
constructivistes de l’apprentissage Comme le nouvelles théories comme la cognition située,
rappellent Levy et Stockwell (2006, p.111), il ne partagée ou distribuée qui insistent sur le rôle
s'agit pas tant d'avancer que les théories que jouent les environnements technique et
cognitives nient le rôle du social dans humain dans la (co-) construction des
l'apprentissage ou que les théories connaissances et dans l’interaction
socioconstructivistes ou interactionnistes (homme/homme et homme/machine).
délaissent les aspects individuels, il s'agit Avec l’intégration des TICE dans la classe des
plutôt de déterminer où est placé le curseur et langues, la notion de dispositif remplace la
sur quel périmètre du fait "apprendre et notion de classe. Cette notion de dispositif est
enseigner une langue avec les technologies" utilisée par (Peraya, 1999) pour désigner un
porte la théorie convoquée. ensemble de moyens matériels et humains,
Dans une didactique moderne des langues, agencés en vue de faciliter un processus
l’idée de tâche est essentielle, elle correspond d’apprentissage. Peraya définit quatre formes
à la définition de l’approche actionnelle promue de médiation qui, appliquées aux TIC,

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 21
permettent de comprendre les mutations données nécessaires pour effectuer cette
qu'elles impliquent et donnent un sens au recherche, nous suivrons les étapes suivantes:
processus d'appropriation. Ces formes sont: questionnaire, entretiens semi-directifs et
- la médiation technologique qui est propre à observation directe.
l’outil, à l’objet technique, qui prologue nos
actions; References
- la médiation sensori-motrice est la projection O'Reilly, T. (2005). Web 2.0: compact definition.
de notre expérience pragmatique permettant From: http://radar.oreilly.com/2005/10/web-20-
l'émergence de nos concepts; compact-definition.html
- la médiation sociale représente la faculté à Levy, M., & Stockwell, G. (2006). CALL dimensions:
Options and issues in computer-assisted
construire une activité cognitive par
language learning. New Jersey, NJ: Lawrence
intériorisation des relations sociales; Erlbaum Associates, Inc. Publishers.
- la médiation sémiocognitive porte vers la Peraya, D. (1999). Vers les campus virtuels.
connaissance de l’objet. Principes et fondements techno-sémio-
La méthodologie quantitative et la pragmatiques des dispositifs de formation
méthodologie qualitative. Ce travail se virtuels. In G. Jacquinot et L. Monnoyer (ed.), Le
réalisera en partenariat avec le laboratoire dispositif. entre usage et concept (vol. numéro
Techné à Poitiers précisément dans une classe spécial, n.25, pp. 153-168). Paris: CNRS
de langue destinée à l’enseignement et Editions.
l’apprentissage du FLE. Pour récolter des

As TIC na Educação Especial: Responsabilidade científica e ética do professor numa ótica de


inclusão na atividade e participação dos alunos de NEE no contexto educativo
João Paulo da Silva Miguel1, Ana Lurdes Ribeiro Marcos2
1AESH, Portugal; 2Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Portugal
Keywords: TIC, Inclusão, Educação especial, Necessidades educativas especiais, Tecnologia
adaptada, Tecnologias de apoio, Produtos de apoio, Cidadania, Cultura, Acesso, Formação e
ensino-aprendizagem

As Tecnologias de Informação e Comunicação imprimir em Braille e ouvir aquilo que se


(TIC) desempenham, hoje, um papel de encontra escrito no ecrã. Ou ainda, soluções
grande relevo, na inclusão de crianças ou técnicas, do tipo Switches, computadores com
jovens com necessidades educativas sistemas de varredura, ativados através da
especiais (NEE). Nesta asserção, podemos pressão de movimentos, de sopro ou som, um
considerar que as TIC não representam simples toque, um piscar de olhos ou de uma
apenas um aparato tecnológico que tem como pequena contração muscular, permitindo a
premissa a correção de anormalidades físicas, qualquer criança ou jovem com deficiências
sensoriais e cognitivas. Pois, mais do que dar neuromotoras ou neuromusculares a sua
assistência às necessidades do sujeito, as TIC utilização.
têm um papel fundamental, o de auxiliar no Ora, se os desafios da mudança educativa,
desenvolvimento do potencial cognitivo, critico embora claros para alguns, parecem não ser
e humano dos alunos de NEE, fáceis de superar para outros, sendo
independentemente da sua patologia e/ou necessário avaliar e medir de forma
perfil de funcionalidade. Atualmente, existe no quantitativa as opiniões dos professores de
mercado uma série de soluções técnicas e educação especial relativas ao acesso,
software para ajudar os alunos com NEE. comportamentos, usos, domínios e formações
Soluções, tão simples, como uma placa de relativas às TIC, tendo por base a educação, a
plástico perfurada, colocada por cima do cidadania e a cultura, tão essenciais na escola
teclado, impedindo que, sujeitos com inclusiva, onde todos tenham a possibilidade
disfuncionalidades motoras carreguem em de ter um espaço de aprendizagem e de
mais de uma tecla ao mesmo tempo. Até, diferenciação pedagógica.
soluções mais integradas como a impressora No que respeita às opções metodológicas e
do tipo Index Basic, teclado alternativo Braillex seguindo os pressupostos de Bisquera,
e sistema Dolphin de audição e SYntha-Voice consideramos que se trata de um estudo tipo
para invisuais, que assim podem ler em Braille, “ex-post-facto” (Alzina e col., 2009, p.228),

22 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
predominantemente de natureza média de tempo de serviço de 19 anos.
descritiva/quantitativa, recorrendo ao inquérito Configura ainda, grupos de docência
por questionário (n=42), cujos dados distribuídos por três estruturas: 910
resultantes dos inquéritos foram tratados e (problemas cognitivos, motores, de
analisados, seguindo as orientações de perturbação da personalidade ou da conduta,
análise estatística, com utilização do SPSS multideficiência e apoio em intervenção
(Maroco, 2003). precoce- 96,4%); 920 (surdez moderada,
Este trabalho tem como objetivo compreender severa ou profunda, graves problemas de
o grau de inclusão das TIC nas práticas comunicação, linguagem ou fala- 2,6%); e 930
correntes da educação especial; identificar (cegueira ou baixa visão- 1,0%).
atitudes, usos, domínios e formação que os - 95,8% dos inquiridos revelam a escassez de
docentes detêm sobre as TIC. software adaptado que possa ser manuseado
Por tal, procurou-se, através da realização por alunos com determinadas deficiências
deste estudo, avaliar as opiniões dos docentes físicas, intelectuais ou sensoriais;
de educação especial, tendo em conta os - 88,3% dos professores referem que utilizam
pressupostos humanísticos que consideram a internet para descarregar imagens (87,0%),
todos os indivíduos capazes de aprender, jogos (86,3%), fichas adaptadas (85,3 %),
desde que se atenda às suas potencialidades. músicas e filmes (73,8%). No entanto, referem
Neste contexto, esta temática incentivou-nos a a carência de software que sirva as atividades
questionar os docentes para compreender se da educação especial, ou seja, há uma
a inclusão digital estará, ou não, a melhorar a escassez de programas para responder às
qualidade de vida, a independência e a exigências e aos perfis de funcionalidade dos
inclusão dos alunos com NEE no mundo global alunos com NEE;
e digital. Assim, tivemos em consideração a - 76,7% referem que, nas escolas, já existem
seguinte questão de investigação: será que as algumas alternativas para trabalhar com estes
TIC são um meio de aproximação entre alunos alunos, podendo os mesmos ter acesso à
e professores, no processo educativo e concretização de atividades que lhes permitem
promovem a inclusão, a cidadania e uma maior um desenvolvimento mais harmonioso nos
autonomia no aluno/jovem com NEE? aspetos relacionados com a inclusão sócio-
A amostra (n=42) deste estudo é constituída educativa;
por 42 professores de educação especial a - 76,8% usam tecnologia adaptada para
desempenhar funções no ano letivo valorizar o potencial dos alunos com NEE.
2015/2016, na DSR-Norte, nomeadamente: Mas, 86,8% defendem mais investimento, na
Viana do Castelo- 8; Braga- 8; Bragança- 8; produção e divulgação de programas
Vila Real- 8 e porto- 10. informáticos ajustados às necessidades dos
De um modo geral, os resultados obtidos neste alunos com deficiências nas estruturas do
estudo revelam que, per si, o acesso a corpo e, que os mesmos sejam mais
ambientes tecnológicos adaptados, não são interativos, promovam a comunicação e as
indutores de mudanças nos comportamentos, aprendizagens cognitivas;
usos, domínios e formação dos professores de - 86,4% dos docentes consideram importante
educação especial. É interessante verificar a criação de comunidades de pratica da
que, não obstante, alguns dos docentes Educação Especial, suportadas em plataforma
utilizarem diariamente as TIC, continuam a digital, geradoras de trabalho colaborativo em
sentir necessidade de formação para o torno da resolução de problemas, da
exercício das suas funções, o que denota uma articulação de procedimentos e da valorização
grande consciência das exigências do trabalho e disseminação de boas práticas.
que lhes é pedido e das competências
profissionais necessárias ao seu Referências
desenvolvimento. Por outro lado, este estudo Alzina, R.B. (coord.) (2009). Manuales de
permitiu avaliar alguns aspetos, tais como: métodología de investigación educativa. Madrid:
- a nossa amostra reflete uma predominância La Muralla.
do sexo feminino (78,5%) sobre o sexo Moroco, J. (2003). Análise estatística com utilização
do SPSS. Lisboa: Edições Sílabo.
masculino (21,5%), apresentando ainda, uma

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 23
Atividades investigativas baseadas em TICE: Um estudo com crianças e jovens num espaço
diferenciado de educação científica e tecnológica
Geraldo Rocha Fernandes1, António Rodrigues2, Carlos Alberto Ferreira2
1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Brazil; 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade
Humana, Portugal
Keywords: Ensino de ciências por investigação, Argumentação científica, Tecnologias de
informação e da comunicação, Discurso pedagógico

A presença dos artefactos tecnológicos na vida com base na seguinte questão: "Como se
dos alunos do ensino básico e a importância caracteriza o desenvolvimento de uma
de conhecer o modo como estes recursos atividade de ensino de ciências mediado pelas
auxiliam o processo de ensino e aprendizagem TICE dentro de um espaço não formal de
exigem cada vez mais que as práticas ensino por crianças e jovens provenientes de
educativas acompanhem as tendências do um meio social desfavorecido?".
mundo contemporâneo. Algumas escolas e Para atingir o objetivo do estudo, a equipa do
projetos, com perspetivas inovadoras de PEECT, juntamente com os pesquisadores,
ensino de ciências que utilizam as Tecnologias desenvolveram uma oficina temática, realizada
de Informação e Comunicação para o Ensino ao longo de uma semana com 13 voluntários
(TICE), foram fundamentais para o (crianças e jovens) num contexto educacional
desenvolvimento desta pesquisa: a Escola da mediado pela hipermédia MTV e que foi
Ponte (Portugal); o projeto “School of One” elaborada a partir de uma proposta de Ensino
(Estados Unidos); a escola “Vittra Telefonplan” de Ciências por Investigação (Fernandes,
(Suécia); o Ginásio Experimental de Novas Rodrigues, & Ferreira, 2015). Procurámos
Tecnologias: GENTE (Brasil); o Projeto de desenvolver uma atividade no espaço do
Educação Científica (Serrinha - Bahia, Brasil); PEECT que não fosse caracterizada como
o Projeto “Centro Integrado de Educação em aula, uma vez que as Atividades Investigativas
Ciências” (CIEC) (Vila Nova da Barquinha - de Ensino de Ciências (AIEC) mediadas por
Portugal); além de outros. Em busca de um TIC foram realizadas num espaço não formal
cenário próximo destas tendências de ensino e aprendizagem. A oficina apoiou-se
contemporâneas encontramos em Portugal, no no tema “o voo dos aviões” para complementar
concelho de Sintra, um Projeto que a formação das crianças e dos jovens no
denominaremos de “Projeto Experimental de desenvolvimento de aeromodelos e
Educação Científica e Tecnológica” (PEECT) e dispositivos a partir de energia renovável.
que visa desenvolver ações de “inclusão As ações, perceções e diálogos dos
escolar”, “educação não formal” e “inclusão participantes foram filmadas e os dados
digital” durante todo o ano num espaço com recolhidos foram analisados qualitativamente,
computadores, no qual se desenvolvem tendo-se os resultados caracterizados em
algumas oficinas. A principal oficina levada a quatro domínios: social, técnico, afetivo e
cabo neste projeto refere-se à construção de cognitivo. Através da análise qualitativa de
aeromodelos, com o objetivo de reforçar o categorias pré-determinadas emergiu um
ensino de ciências nas escolas da região. conjunto de subcategorias. Para analisar as
Com o objetivo de aprofundar os conceitos categorias e subcategorias foram utilizados
científicos da oficina de aeromodelismo do dois referenciais. O primeiro refere-se à
PEECT, procurámos realizar algumas estrutura e à qualidade da argumentação
atividades com crianças e jovens através de científica através dos instrumentos designados
vários recursos digitais, organizados numa Elementos Taxionómicos da Argumentação
hipermédia designada Módulo Temático Científica (ETAC) e Qualidade do Argumento
Virtual (MTV). Modificado (QAM); o segundo diz respeito aos
Assim, este trabalho tem o objetivo de Elementos Característicos do Discurso
compreender a forma como as crianças e os Pedagógico de Basil Bernstein.
jovens de meios sociais desfavorecidos Verificámos que os resultados são mais
interagem com conteúdos científicos e significativos quando se leva em consideração
desenvolvem atividades investigativas num os aspetos do domínio social, neste caso, as
espaço com diversas TICE. Para aprofundar características sociais dos participantes e as
este objetivo, organizámos o nosso estudo “ações indicadoras de interação com as TICE”.

24 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Também os aspetos do domínio afetivo, neste a) ações indicadoras de interação com as
caso, relacionados com a tecnologia, o ato de TICE: i) desejo dos participantes de utilizar
escrever no computador, as disposições para outras ferramentas informáticas, que requerem
aprender e as disposições emocionais negociações didáticas (ou controlo posicional)
expressas em situações de alegria, motivação, para o desenvolvimento das atividades; ii)
surpresa e prazer. Por fim, surgem os aspetos apoio colaborativo entre os participantes; e iii)
do domínio cognitivo que foram evidenciados descoberta do funcionamento das ferramentas
pela argumentação científica. informáticas;
Durante o desenvolvimento da pesquisa, a b) ações orientadoras para a condução das
análise do processo argumentativo foi atividades investigativas mediadas por TIC: i)
fundamental para compreendermos o Domínio explicar os objetivos das atividades de
Cognitivo dos participantes da nossa investigação; ii) apresentar questões pontuais;
investigação. A QAM, juntamente com as iii) acompanhar o desenvolvimento das
Regras de Realização Ativa da Orientação atividades (em forma de tutoria); iv) responder
Específica de Codificação (Bernstein, 1998), às atividades e apresentar feedback; e v)
teve uma evolução considerável durante o concluir os episódios/atividades com focus
desenvolvimento das AIEC mediadas por group; e
TICEs em que o processo de argumentação c) verbos e expressões de orientação para
oral e escrita, apoiado pelos recursos atividades TICE-on: uma vez que se diferencia
informáticos, foram os principais responsáveis das atividades hands-on, ter atenção aos
por esta evolução. Acreditamos que um verbos: levantar, descer, carregar, clicar, abrir,
espaço ativo, que se socorra das AIEC descarregar, inserir, escrever, apagar, enviar,
mediadas por TICEs, e sendo apoiado por um salvar, etc.
processo de argumentação de ensino de
ciências, pode dar um forte contributo para o Referências
desenvolvimento de competências sociais, Bernstein, B. (1998). Pedagogía, control simbólico
técnicas, afetivas e cognitivas dos e identidad. Madrid: Ediciones Morata.
participantes. Para este tipo de investigação, Fernandes, G., Rodrigues, A., & Ferreira, C.A.
em que se procura compreender um processo (2015). Módulos temáticos virtuais: uma
proposta pedagógica para o ensino de ciências
de ensino e aprendizagem diferenciados, é
e o uso das TICs. Caderno Brasileiro de Ensino
importante levar em consideração outros de Física, 32(3), 934-962.
elementos que também foram evidenciados:

Autonomia e participação na aprendizagem


Ester Gómez
Euromime, Spain
Keywords: Autonomia, Participação, Educaçao não formal, Pedagogias críticas, Exclusão

O currículo nacional do Ensino Básico enormemente o desenvolvimento da


(Ministério da Educação, Departamento da autonomia pessoal. É importante distinguir
Educação Básica, 2001) considera a entre a homogeneidade do conhecimento e a
autonomia como uma das competências igualdade de oportunidades no
essenciais. À saída da Educação Básica o desenvolvimento do conhecimento, “[...] el
aluno deve ter a capacidade de realizar saber, es para Illich, una experiencia
atividades de forma autónoma, responsável e existencial de la vida, es el aprendizaje y éste
criativa. Mas os programas atuais dos es la meta de la educación. Entendido así el
currículos (Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de saber -y no como mercancía comerciable-, es
dezembro, Le Bulletin officiel spécial n°11 du el resultado de un desarrollo personal
26 novembre 2015, “BOE” núm. 3, de 3 de autónomo” (Orfanel & Junoy, 1976). Uma não
enero de 2015) não estão providos de cursos implica à outra e vice-versa. Portanto, para
específicos para o desenvolvimento da fomentar a autonomia e a consequente
autonomia na aprendizagem. participação dos membros da comunidade no
Illich (1971) observa que, pelo contrario, as desenvolvimento do conhecimento precisamos
escolas buscam a homogeneidade de de projetos educativos específicos que
conhecimento, circunstância que dificulta brindem as mesmas oportunidades a todos.

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 25
As praticas pedagogicas estimuladoras de metodologia que Sugata Mitra vem
uma igualdade do desenvolvimento da desenvolvendo e pesquisando que em 2013
autonomia situam-se maioritariamente na ganhou o prémio TEDPrize para construir uma
educação não-formal. “Entendemos a escola na nuvem. Uma escola que qualquer
educação não-formal como aquela voltada criança no mundo pode acessar a partir da
para o ser humano como um todo, cidadão do rede de aprender por si só, ou em um grupo
mundo, homens e mulheres. Em hipótese com outros. Nos SOLEs, os alunos têm a
alguma ela substitui ou compete com a autonomia para liderar a investigação e
Educação Formal, escolar. Poderá ajudar na cenário de acordo com suas necessidades e
complementação dessa última, via ritmo, com o mínimo de intervenção do
programações específicas, articulando escola professor. O professor como cenógrafo, centra
e comunidade educativa localizada no território a sua atenção e seus papéis na condução da
de entorno da escola” (da Gloria, 2006). Estes experiência alunos, não dirigida, informal, e
tipos de projetos situam-se em espaços fora da promove a descoberta e surpresa nas
escola como são associações, centros sociais, decisões do grupo. Os alunos aprendem uns
centros culturais, a universidade em alguns com os outros, criando um cenário de
casos, fab labs, entre outros. A escola como aprendizagem e experiência independente que
instituição deveria favorecer estas praticas os ajuda a confiar em suas próprias estratégias
educativas para a sua consolidação e e recursos.
sustentabilidade. A pesquisa no Chile visa testar métodos
Dois projetos educativos ao nível da educação pedagógicos através de um workshop
não formal serão descritos, nomeadamente: desenvolvido num centro de educação de
Gamestar(t) e Sole. Estes servirão de adultos aberto aos membros da comunidade.
referencia para o desenvolvimento de um Com a tecnologia como ferramenta de
projeto final de mestrado, que será realizado trabalho, utilizaremos o videojogo de Scratch e
no Chile. Os fios de união entre eles baseiam- as bases da programação nível inicial como
se nos conceitos de autonomia e participação disciplina no programa de estudos da
que estão por se discutir neste documento, a formação instrumental da Tecnologia da
utilização da tecnologia para melhorar a Informação e das Telecomunicações para o
acessibilidade ao conhecimento, a importância desenvolvimento autónomo e participativo de
do espaço nesta interação pedagógica e o projetos na comunidade.
cambio do papel do maestro e dos alunos e a Concluindo, uma educação acessível para
relação entre eles. todos contra a exclusão implica a facilitação
Gamestar(t), conforme à informação do site dos recursos educativos, acesso à informação,
próprio, é um projeto inovador educacional e os conteúdos pedagógicos para o
lúdico enquadrada no âmbito da associação desenvolvimento igualitário da autonomia, e
Arsgames na qual tecnologias, videojogos e sobretudo, a entrada de projetos não formais
arte são misturados em uma combinação que promovem a inclusão de praticas
criativa explosiva onde as crianças são educativas abertas à comunidade onde suscite
protagonistas. Eles assumem o controle e a participação dos membros da comunidade:
decidem duma maneira autónoma. O projeto “What are needed are new networks, readily
está a meio caminho entre a paisagem artística available to the public and designed to spread
e tecnológica e a criação colaborativa e equal opportunity for learning and teaching”
pedagogias críticas. Forma um ponto de (Illich, 1971).
encontro e aprendizagem auto-gerida de
crianças de 7-18 anos nos processos Referências
tecnológicos de criação tecnológica com da Glória Gohn, M. (2006). Educação não-formal,
diversão tentando transformar os participantes participação da sociedade civil e estruturas
em agentes de criação e experimentação, as colegiadas nas escolas. Revista Ensaio-
pessoas não são apenas sujeitos passivos e Avaliação e Políticas Públicas em Educação,
14(50), 11-25. Disponível em:
consumidores da tecnologia. Entre as suas
http://www.scielo.br/pdf/%0D/ensaio/v14n50/30
vagas o projeto reserva algumas para as 405.pdf
crianças em risco de exclusão. Illich, I. (1971). Deschooling society. Disponível em:
Segundo o exposto no site da Fundación http://www.arvindguptatoys.com/arvindgupta/D
Telefónica, SOLE, na sigla em Inglês Auto- ESCHOOLING.pdf
Organizado Ambiente de Aprendizagem, uma

26 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Illich, I. (1973). Sociedade sem escolas. Petropolis: http://innovacioneducativa.fundaciontelefonica.c
Vozes. Disponível em: http://movaut.net/wp- om/blog/2014/03/10/soles-despertando-la-
content/uploads/2012/09/Sociedade-Sem- curiosidad-con-una-pizca-de-tecnologia-y-
Escolas-Ivan-Illich1.pdf mucha-autonomia/
Projeto GAMESTAR(T). Disponível em: Orfanel, G.G., & Junoy, G. (1976). Ivan Illich o la
http://gamestart.arsgames.net/Projeto%20SOL desescolarización. Revista de educación, 242,
E 105-120.
SOLE’s: Despertando la curiosidad con una pizca
de tecnología y mucha autonomía. Disponível:

Autonomía en el aprendizaje: Valoración de un taller de Scratch en el CEIA Selva Saavedra de


Temuco, Chile
Ester Gómez1, Guillermo Williamson2, José Salazar2
1Euromime, Spain; 2Universidad de La Frontera Temuco, Chile
Keywords: Educación no formal, Educación de adultos, Autonomía, Participación, Tecnologías
para la educación

El desarrollo y el fortalecimiento de la autónomas. Una educación accesible para


autonomía personal en el contexto educativo todos y una facilitación de los recursos, del
es un objetivo fundamental transversal del acceso a la información y de la entrada de
currículo de la Educación Básica y Media de proyectos no formales. “What are needed are
Adultos en Chile (Decreto Supremo de new networks, readily available to the public
Educación Nº 257, 2009) y así se aprueba en and designed to spread equal opportunity for
los Objetivos Fundamentales y Contendidos learning and teaching” (Illich, 1971). La
Mínimos Obligatorios para la educación de enseñanza para personas jóvenes y adultas en
personas jóvenes y adultas. A pesar de ello, no Chile y su situación en el sistema educativo
se programan actualmente cursos específicos chileno (su historia, desarrollo y reformas
para el desarrollo de la autonomía en el educativas). Descripción de los centros CEIAs
aprendizaje. Como observa Illich (1971), los de Chile y en concreto del CEIA Selva
niveles homogéneos del conocimiento no Saavedra: localización, perfil de estudiantes,
permiten desarrollar la autonomía de los oferta de estudios y talleres, etc.
aprendientes. “[...] el saber, es para Illich, una Hipótesis: Impacto del uso de Scratch en una
experiencia existencial de la vida, es el práctica no formal desarrollada en el centro
aprendizaje y éste es la meta de la educación. educativo CEIA Selva Saavedra con miembros
Entendido así el saber y no como mercancía de la comunidad no matriculados en el sistema
comerciable-, es el resultado de un desarrollo escolar:
personal autónomo” (Orfanel & Junoy, 1976). - ¿Sería una herramienta que ayude a
Se distinguen por tanto dos conceptos bien desarrollar la autonomía en el aprendizaje?
diferenciados: podríamos hablar sobre el - ¿Generaría los enlaces necesarios para una
desarrollo de saberes iguales, y, por otro lado, participación de los estudiantes?
sobre la igualdad en el desarrollo del - ¿Valdría como espacio virtual donde gestar
conocimiento. La institución educativa en su proyectos personales y/o comunitarios?
función formadora debería apoyar proyectos La metodología sería cualitativa, experimental,
pedagógicos que fomenten tanto la autonomía de caso, de investigación acción participativa.
como la participación en el marco del El planteamiento serían temas de interés,
aprendizaje durante toda la vida (longlife dentro de un aprendizaje significativo. En dicha
learning). “Entendemos a educação não- metodología se recogen opiniones a través de
formal como aquela voltada para o ser humano entrevistas en profundidad y de focus group, se
como um todo, cidadão do mundo, homens e hacen observaciones de campo con una pauta
mulheres. [...] articulando escola e comunidade de evaluación con la realidad. Enfoque Crítico-
educativa localizada no território de entorno da controversia sobre el papel de la escuela en la
escola” (da Gloria, 2006). El cambio de roles sociedad. El juego didáctico o serious game,
entre profesor y alumnos facilitaría el Scratch (condiciones de uso, juego en
desarrollo del aprendizaje autónomo. El trabajo contexto) y la Gamificación: desmitificación del
de equipo pedagógico, ayudaría de manera término, contextualización del método y sus
significativa a la formación de personas prácticas.

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 27
Diseño metodológico: Puesta en marcha de un Referências
taller a través del cual, utilizando métodos Williamson, G., Salazar, J., González, J., Pérez, y
pedagógicos específicos, se fomenta la otros (2013). Educación Social y Educación de
autonomía personal el alumnado. Dicho taller Jóvenes y Adultos. Reflexiones, experiencias,
se desarrollará en un centro de adultos abierto propuestas. Temuco, Región de La Araucanía:
Chile.
a los miembros de la comunidad. Con la
Collado, V.R.A. (2013). Abandono de la educación
tecnología como herramienta de trabajo, Regular de los estudiantes de educación de
utilizaremos el videojuego de Scratch y las adultos en Chile. Revista Interamericana de
bases de la programación nivel inicial como Educación de Adultos, 35(1), 55-65.
disciplina en el programa de estudios de la Bryman, A. (2012). Social research methods. New
formación instrumental de la Tecnología de la York: Oxford University Press.
Información y de las Telecomunicaciones para Fontes, A., Freixo, O., & Victória, C. (2004).
el desarrollo autónomo y participativo de Vygotsky e a aprendizagem cooperativa: Uma
proyectos en la comunidad. Población de forma de aprender melhor. Lisboa: Livros
estudio: cursos (2), diverso, sin comparación Horizonte.
Illich, I. (1971) Deschooling society. Disponible en:
entre ellos.
http://www.arvindguptatoys.com/arvindgupta/DES
Como herramientas se utilizará la aplicación CHOOLING.pdf
SPSS. A través de la observación activa: da Glória Gohn, M. (2006). Educação não-formal,
recogida de datos - con pautas - a través de participação da sociedade civil e estruturas
fuentes para el análisis de datos cualitativos colegiadas nas escolas. Revista ensaio-
(entrevistas, focus group, asambleas, avaliação e políticas públicas em Educação,
grabaciones de audio y vídeo, diario de 14(50), 11-25.
abordo, asambleas y reuniones). Abarcarán: el Orfanel, G. G., & Junoy, G. (1976). Ivan Illich o la
contraste de los datos resultantes del estudio desescolarización. Revista de Educación, 242,
con las hipótesis planteadas; nuevas 105-120.
preguntas de investigación; y proyecciones,
perspectivas.

By which criteria digital didactic materials can facilitate the learning process!
Gerti Pishtari1, Gilberto Lacerda Santos2
1Euromime, Albania; 2Universidade de Brasília, Brazil
Keywords: Ergonomy, Digital resources, Multimedia, Mathematics, Learning processes

This study will be incorporated in a greater fulfill their support role to the teaching - learning
project, called “Eduardo Peçanha”, managed processes. However, a natural question raises.
by Gilberto Lacerda dos Santos, professor at What strategies should be applied when these
the University of Brasilia. The goal of it is to users are young children, making their first
develop digital didactic materials that would steps in school?
help for teaching mathematics and which will The main goal of this research will be to
be adequate for a public composed by small propose solutions for ergonomic problems, in
children, in their first steps in education. order to contribute for the development of
Different aspects and disciplines are involved effective methods and techniques in the field of
in this project, like education, design, media engineering for education. The
information technology, programming, proposed research consists in an ergonomic
ergonomy, etc. The current research will be evaluation of all strategies and digital
concerned with the ergonomical part. An resources involved in the “Eduardo Peçanha”
important environment for this subject will be project. Students and professors of PIJ school
the experimental PIJ (Programa Infanto are going to take part on this. Due to the
Juvenil) School, incorporated at the campus of numerous fields involved in the “Eduardo
the “University of Brasilia”. In a teaching Peçanha” project, even this research will
perspective focused on the learning styles of directly or indirectly be in touch with different
students, it is important to identify ergonomic domains like cognitive ergonomy, informatics,
principles that are more likely to approach the education and learning styles, according to
biggest number of Medias for education with David Kolb and Richard Gagnon approaches.
their users, so that these tools can properly The tools that are planned to be used for this

28 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
research can be divided in two main groups, children. In order to do this, a relation should
namely: be established between the ergonomic theories
i) research tools! - part of these would be and the theory of learning styles according
Questionnaires, Interviews and Evaluation David Kolb and Richard Gagnon. During
grids; and ii) production tools! - which will different steps of the development of this
consist in programming applications and thesis, Questionnaires, Interviews and
compilors. Evaluation grids will be created and evaluated.
In general, this research will consist in a These will be later tested with students and
qualitative investigation based on a case study. teacher at the PIJ School.
According to Yin (2003, p.2) “the distinctive
need for case studies arises out of the desire to References
understand complex social phenomena” Houssaye, J. (1988). Le triangle pedagogique.
because “the case study method allows Berne, Peter Lang.
investigators to retain the holistic and Kolb, A.Y. & Kolb, D.A. (2010). Learning to play,
meaningful characteristics of real-life events", playing to learn: A case study of a ludic learning
space. Journal of organizational change
such as organizational and managerial
Management, 23(1), 26-50.
processes, for example. In fact, case studies Kolb, D.A. (1984). Experiential learning: Experience
seem to be the preferred strategy when “how” as the source of learning and development.
or “why” questions are being posed, when the Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
investigator has little control over events, and Yin, R.K. (2003). Case study research, design and
when the focus is on a contemporary methods (3rd ed., vol. 5). SAGE Publications.
phenomenon within some real-life context (Yin, Cassell, C. & Symon, G. (2004). Essential guide to
2003). Finally, Yin (2003) offers a more qualitative methods in organizational research.
detailed and technical definition of case London: SAGE Publications.
studies, namely: the first step will be the Cassell, C. & Symon, G. (1994). Qualitative
methods in organizational research: A practical
identification of the state of the art of the
guide. London: SAGE Publications.
research on cognitive ergonomics, applied to
the development of educational tools for young

Contributos para reflexão sobre dinâmicas formativas para a educação digital de adultos: Uma
experiência no âmbito do projeto LIDIA
Elisabete Cruz, Fernando Albuquere Costa, Carla Rodriguez, Joana Viana, Carolina Pereira
Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Portugal
Keywords: Literacia digital, Educação digital, Educação de adultos, Dinâmicas formativas

A necessidade de proporcionar ambientes de reforçar a sua confiança e criar relações de


aprendizagem com base na Internet, empatia (Rodrigues, 2007). Foi reconhecendo
alternativos ao ensino e à formação de matriz estas e outras vantagens que, no âmbito do
tradicional, para acolher uma gama projeto Literacia Digital de Adultos (projeto
diversificada de interesses e motivações de LIDIA) se deu primazia à modalidade b-
pessoas que, por distintas razões, pretendem learning para a primeira edição do curso
fortalecer conhecimentos numa determinada LIDIA, com o objetivo de ajudar formadores e
área, é hoje amplamente reconhecida, tanto técnicos da área social a promoverem a
no plano da formação académica como da literacia digital dos adultos com quem
formação profissional. Além de soluções trabalham. Conscientes da heterogeneidade
baseadas na oferta de cursos totalmente do público-alvo, investiu-se no desenho de
online (e-learning), têm sido realizados uma proposta formativa fundamentada nos
investimentos significativos em modalidades princípios orientadores da educação de
de formação mistas (b-learning), que incluem adultos (Cavaco, 2009). A equipa do curso
uma componente online e uma outra contou com um grupo de cinco facilitadores,
presencial (Peres, Lima, & Lima, 2014; responsáveis pelo conteúdo e pela tutoria na
Gutiérrez-Santiuste, Gámiz-Sánchez, & componente a distância, e cinco especialistas
Gutiérrez-Pérez, 2015). A introdução de uma convidados de diversas áreas de
componente presencial nos cursos a distância conhecimento e atuação em educação.
permite conhecer melhor os formandos, Frequentaram o curso 20 formandos,

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 29
selecionados em função de critérios dificuldades pelos formandos na
previamente definidos com vista a assegurar, concretização das tarefas previstas. Destaca-
tanto quanto possível, a concretização dos se, a este respeito, a dificuldade na gestão do
objetivos previstos. O presente estudo tem tempo, seguindo-se a alusão a dificuldades
como objetivo analisar os resultados obtidos relacionadas com a manipulação das
na primeira edição do curso LIDIA, realizado tecnologias propostas para a realização das
em regime b-learning. Pretende-se proceder a tarefas e, com menor expressão, dificuldades
um balanço que, além de permitir aferir o relacionadas com a falta de meios
sucesso do curso no que respeita às tecnológicos no local de trabalho. Seguindo
aprendizagens realizadas, possibilite a ainda a perspetiva dos formandos, o papel
identificação dos pontos fortes e dos pontos dos facilitadores emerge como um dos
mais críticos, a melhorar em futuros aspetos mais positivos do curso, seguido de
desenvolvimentos, de acordo com a referências às aprendizagens realizadas, às
perspetiva dos seus destinatários. As relações interpessoais, à aplicação prática
características metodológicas deste estudo dos conhecimentos adquiridos e ao próprio
enquadram-se no paradigma da investigação envolvimento dos formandos. Os resultados
qualitativa (Flick, 2007), privilegiando a deste estudo permitem extrair informação
exploração de dados obtidos por intermédio relevante não apenas sobre as principais
de sujeitos que, de alguma forma, dificuldades dos formandos na realização das
participaram no fenómeno que se pretende tarefas propostas, com destaque para a
compreender. Confere particular atenção ao gestão do tempo, mas também colocam em
registo do trabalho efetuado nos forúns relevo o papel fundamental dos facilitadores e
disponibilizados, às respostas obtidas o dos próprios formandos no sucesso das
mediante o preenchimento do questionário de aprendizagens, corroborando a tese de que a
avaliação aplicado e aos resultados de eficácia de qualquer curso a distância
avaliação sumativa da aprendizagem. Para depende tanto da comunicação dialógica
analisar os dados recorreu-se a métodos enquanto competência a ser desenvolvida
mistos, destacando-se nomeadamente a pelos tutores (Nörnberg, 2011), como da
análise de conteúdo e a estatística descritiva. motivação dos seus destinatários (Pavesi &
Da análise dos resultados de avaliação Oliveira, 2012). Em futuros desenvolvimentos
sumativa, verificámos que a taxa de parece importante investir em estratégias que
aprovação total (número de permitam um maior controlo do tempo por
aprovações/número de inscrições) foi de 70% parte dos formandos, considerando, por
(14 em 20), registando-se 30% de casos que exemplo, como sugerem os participantes, as
obteve uma classificação inferior a 3 valores possibilidades de alargar o prazo para a
por não ter completado parte significativa das conclusão das tarefas e de cada formando
tarefas previstas. A avaliação média dos definir o prazo para a entrega dos trabalhos.
formandos que finalizaram o curso com
sucesso foi de 4,5 valores, numa escala de 0 Referências
a 5 valores, oscilando em termos qualitativos Cavaco, C. (2009). Experiência e formação
entre o Bom e o Muito Bom. De acordo com a experiencial: a especificidade dos adquiridos
perspetiva dos formandos, as aprendizagens experienciais. Educação UNISINOS, 13(3),
mais significativas situam-se no domínio 220-227.
Flick, U. (2007). Designing qualitative research.
afetivo (saber-estar), às quais se seguem
London, Thousand Oaks: SAGE Publications.
aprendizagens que se situam nos domínios Gutiérrez-Santiuste, E., Gámiz-Sánchez, V., &
tecnológico (saber-usar), cognitivo (saber- Gutiérrez-Pérez, J. (2015). MOOC & B-learning
saber) e, por último, no domínio psicomotor students' barriers and satisfaction in formal and
(saber-fazer). Considerando o conjunto dos non-formal learning environments. Journal of
temas, a clareza com que foram tratados, as interactive online learning, 13(3), 88-111.
metodologias utilizadas pelos facilitadores, a Nörnberg, N. (2011). Os processos educativos e o
qualidade das relações que foram criadas, a papel do professor tutor na e para comunicação
larga maioria dos formandos (73,3%) atribui o e interação. Anais do XVII Congresso
valor máximo de eficácia ao curso LIDIA, Internacional de Educação a Distância.
Manaus, Amazonas, Brasil. Disponível em
indicando que este foi “complementarmente
http://goo.gl/quySJb
eficaz”. Apesar do elevado grau de satisfação
manifestado, foram sentidas algumas

30 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Pavesi, M. & Oliveira, D. (2012). Motivação do Rodrigues, S. (2007). Avaliação em e-/b-learning.
aluno da educação a distância. IX ANPED Sul. Implementação de um sistema de auto-
Seminário de Pesquisa em Educação da avaliação de um projecto de apoio online no
Região Sul. Universidade de Caxias do Sul. Instituto Superior de Contabilidade e
Peres, P., Lima, L., & Lima, V. (2014). B-learning Administração do Porto. Porto: Universidade
Quality: Dimensions, Criteria and Pedagogical Portucalense Infante D. Henrique.
Approach. European Journal of open, distance
& e-learning, 17(1), 56-75.

Funções dos materiais didáticos para situações de inclusão digital dos atores da relação
educativa
Gilberto Lacerda Santos
Universidade de Brasília, Brazil
Keywords: Mediação pedagógica, Materiais didáticos, Educação mediada por tecnologias,
Ciências cognitivas

O material didático tem um papel primordial no condicionais, a partir do emprego de


contexto da relação educativa e da promoção estratégias e de metaestratégias (Tardif,
da inclusão digital de professores e alunos. 1999). Nessa dinâmica, o professor deve
Suas funções são inúmeras e entre elas estabelecer interações baseadas na
destacamos o apoio ao esforço de mediação e percepção do aluno como sujeito ativo, afetivo
de atribuição de significados, por parte do e social que, ao longo do processo de
professor, e o auxílio na organização das construção de conhecimentos, constrói
intervenções pedagógicas ou o também uma autopercepção, uma
estabelecimento de um fio condutor para a autoimagem e uma autoestima, enquanto
construção de conhecimentos, por parte dos avança e evolui no seu universo imediato, indo
alunos. A relação educativa pode ser definida de saberes coletivos a saberes individuais e
como sendo uma dinâmica comunicacional vice-versa (Gagnon, 2013).
complexa entre dois indivíduos, um formador e Basicamente, o material didático pode ser
um formando, tendo como objeto um empregado segundo duas perspectivas
determinado corpo de conhecimentos. Tal diferentes. No caso da educação presencial, o
relação delimita o que Chevallard (1991) material didático tem seu papel de apoio
denominou de Triângulo Didático. À medida bastante evidenciado, à medida que ele é
que desempenha sua função reguladora e empregado pelo professor para dinamizar suas
intermediadora entre o saber do aluno e o intervenções, para exemplificar situações e
saber do conteúdo, o professor age como um objetos de aprendizagem, para motivar os
elo entre conhecimentos formalmente alunos a persistirem na relação educativa. Isso
delimitados (em função de premissas ocorre em paralelo à comunicação direta
científicas, tecnológicas e sociais) e versões estabelecida entre docente e discente. Nesse
didáticas desses mesmos conhecimentos (em caso, excluído o material didático, a relação
função de premissas pedagógica, didáticas e educativa ainda é perfeitamente viável e
epistemológicas). Nessa dinâmica de formador e aluno podem avançar na
transposição didática de saberes (Chevallard, comunicação pedagógica por outras vias.
1991), o professor tem a responsabilidade de Em se tratando de educação mediada por
assegurar que conhecimentos formais sejam tecnologias digitais o material didático assume
traduzidos segundo versões didáticas um papel de maior envergadura e de menor
adequadas e válidas, suscetíveis de serem flexibilidade, à medida que, distanciados da
tratadas como matéria de ensino e como presença física do emissor de mensagens
objeto de aprendizagem. Temos aí, desde já, a pedagógicas, os alunos têm nos recursos
explicitação de uma concepção cognitiva e mediadores o principal, senão o único,
construtivista da aprendizagem, segundo a elemento instigador de interações com os
qual aprender é um processo ativo de conteúdos veiculados. Em outras palavras, a
estabelecimento de ligações entre novas flexibilização do material didático para
informações e conhecimentos anteriores, que educação a distância é inversamente
requer uma reorganização constante de proporcional à distância entre emissores e
conhecimentos declarativos, procedimentais e

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 31
receptores e à dimensão interativa dos trazidos pelo docente para a relação educativa
materiais mediadores. devem servir de elemento de favorecimento de
A investigação em foco consistiu em uma trocas entre ele e seus alunos, na perspectiva
abordagem longitudinal, realizada entre 2002 e da promoção da construção de
2012, por meio de observações sistematizadas conhecimentos.
de situações educativas, de pesquisa No final da investigação, as seguintes funções
participante, da análise de diferentes tipos de foram identificadas: Função 1–proporcionar a
materiais didáticos digitais e convencionais e transferência de conhecimentos; Função 2–
da abordagem de discentes participantes das facilitar a comunicação formador-aluno;
disciplinas Práticas Midiáticas na Educação e Função 3–subsidiar a organização dos
Computadores na Educação, do Programa de processos de ensino e aprendizagem; Função
Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de 4–explicitar projeto comunicacional do
Educação da Universidade de Brasília. formador; e Função 5–promover a
A sistematização das observações, da interatividade cognitiva.
pesquisa participante, da análise de materiais Evidentemente, outras funções poderiam ser
didáticos e da abordagem dos discentes aqui anunciadas. Todavia, o foco da
(entrevistas não estruturadas) foi realizada à investigação longitudinal realizada foi
luz de 5 categorias distintas, mas totalmente delimitado pelas funções específicas e
complementares no caso de relações incontornáveis para situações de ensino não
educativas: a finalidade didática, a finalidade presenciais, nas quais os alunos evoluem
comunicacional, a finalidade estratégica, a independentemente das intervenções diretas
finalidade organizativa e a finalidade interativa. do professor. O mapeamento de tais funções e
A finalidade didática se referiu aos objetivos do o aprofundamento na compreensão de seu
material didático enquanto instrumento que escopo, alcance e repercussões podem,
auxilia o professor na elaboração de certamente, nos ajudar na melhoria de tais
mensagens pedagógicas e na condução da relações educativas e na resolução de uma
relação educativa. A finalidade estratégica se série de problemas de qualidade e de adesão
referiu ao papel do material didático na às situações educativas em que professores e
promoção de aprendizagens, no sentido alunos não interagem direta e
cognitivista apresentado no item anterior. A presencialmente.
finalidade comunicacional se referiu ao fato de
que todo material didático deve ser um meio de Referências
comunicação entre aluno, professor e Chevallard, Y. (1991). La transposition didactique
conteúdo pedagógico. A finalidade du savoir savant au savoir enseigné. Grenoble:
organizativa foi delimitada pelo fato de que o La pensée sauvage.
material didático, sua dinâmica e sua Gagnon, R. (2013). Éduquer après Carl Gustav
Jung - suivi de métaphores et autres vérités.
estruturação confundem-se com a própria
Québec: Les Presses de l’Université Laval.
organização das sequências didáticas que dão Tardif, J. (1999). Pour un Enseignement
forma à aula virtual. Por fim, a finalidade Stratégique: L’Apport de la pshychologie
interativa se baseou no fato de que os recursos cognitive. Quebec, Canadá: Logiques Écoles.

Guiding students to innovative thinking: The biomedical, active and healthy ageing paradigms
Leontios J. Hadjileontiadis
Dept. of Electrical & Computer Engineering, Aristotle University of Thessaloniki, Greece
Keywords: Innovative thinking, Creativity, Project-based learning, Biomedical technology, Active
and healthy ageing, Horizon 2020, Big data, Internet-of-things, Alzheimer’s disease, Parkinson’s
disease

Creativity, ingenuity, and innovation are the and hone their creative skills. As Epstein notes,
main roadmap factors to success in the four competencies essential for creative
evolving global economy. To prepare young expression could be identified (Henderson,
people for work and life in the 21st century, 2008): (a) capturing–preserving new ideas; (b)
educators must cultivate students' creativity challenging–giving ourselves tough problems
and innovative thinking, guiding them to ways to solve; (c) broadening–boosting creativity by
of learning how to imagine the unimaginable learning interesting new things; and (d)

32 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
surrounding–associating with interesting and The diversity in the characteristics of the PBL-
diverse things and people. Clearly, the based paradigms have shown that the
academic environment sets the basis for the intriguing nature of them serves as the vehicle
creative blending of the students’ potentialities that carries students in the creative process to
and the challenging and diversity of the open become from thinkers to practitioners and
research problems. This is taken even further overcome their initial barriers towards their
when employing Project-Based Learning (PBL) creative enhancement and expression when
in the students’ activities. PBL has many turning the impossible to possible. Moreover,
definitions and is implemented in many the social dimension of the PBL cases and the
different forms. In any case, there are four main students’ contribution to the solution of human-
characteristics that differentiate a project from centered problems increased their motivation,
a conventional learning activity (Buck Institute commitment and productivity, leading them to
of Education, 2013). In particular, there must maturity and social/inclusive-consciousness
be: (a) significant content, where students boosting. Based on the latter, possibilities for
apply and integrate key knowledge and skills; successful entrepreneurship are foreseen,
(b) an appropriate level of rigor and complexity; transfecting innovation to the market.
(c) open-ended, allowing students to develop The motivation of students to see themselves
more than one reasonable answer, and as carriers of the innovative thinking within the
providing them with autonomy and choice as higher education environment, structured upon
they work toward a solution; and (c) the realization of PBL case studies with social
explorative, where students are motivated to impact, promotes a holistic development of
identify, research, and learn concepts and skills their skills, setting the locus both at the
required to reach a solution (Nelson, 2014). personal learning and social offering,
The content of this keynote lecture is focused endorsing inclusion under the “Glocal”
upon the strategies that could be used to foster perspective.
innovation in the academic environment and
promote students’ innovative thinking. Specific References
PBL-based examples from the biomedical and Henderson, J. (2008). Developing Students'
assisting living fields are provided, placed Creative Skills for 21st Century Success.
within the context of European research Education Update, 50(12), 6-7.
trajectories (EC Horizon 2020 trends Buck Institute of Education (2013). Project Design
Rubric, Project Based Learning. Novato, CA:
(European Commission HORIZON 2020,
Buck Institute of Education, available at:
2016), complied with the emerging fields of the http://bie.org/object/document/project_design_r
Big Data analytics (Halevi, 2012) and Internet- ubric
of-Thinks (IoT) (Weber & Weber, 2010). In this Nelson, N. (2014). Achieving graduate attributes
way, the past, present and future of the through project-based learning. Proceedings of
biomedical engineering is presented as the the Canadian Engineering Education
host of innovative thinking and promoting Association, 1-7, available at:
information and knowledge society. http://library.queensu.ca/
Six case-studies related to students’ PBL- ojs/index.php/PCEEA/article/download/5923/56
based activities in the areas of biomedical 45
European Commission HORIZON 2020 (2016).
technology (e.g., pain management), assistive
http://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/e
technology for disabled (blinds’ navigator, sign- n/news/horizon-2020-work-programme-2016-
language translator, support of autistic kids’ 2017-published
education) and for the active and healthy Halevi, G. (ed.) (2012). Special Issue on Big Data
ageing of older adults (e.g., support of Research Trends, 30, 1-38, available at:
Alzheimer’s and Parkinson’s Disease http://www.researchtrends.com/wp-
communities) are used as characteristic content/uploads/2012/09/Research_Trends_Iss
paradigms that promote innovation in health, ue30.pdf
inclusion and ageing. Weber, R.H. & Weber, R. (2010). Internet of things.
New York: Springer.

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 33
Le BYOD, un défi social pour l’Ecole
Jean-François Cerisier
Université de Poitiers, France
Keywords: Bring your own device, Défi social, l’Ecole

Durant la décennie qui vient de s’écouler, la établissements et de plus en plus par les
construction du rapport des jeunes aux élèves et leurs familles. Les écoles primaires
équipements et services numériques s’est mais surtout les collèges et les lycées (et, a
inversée. Pour la plupart des enfants, le fortiori, les universités) doivent faire face à une
premier contact avec le numérique et les situation totalement nouvelle où l’élève (ou
réseaux ne s’effectue plus au sein de l’Ecole bien l’étudiant) utilise son propre matériel à la
mais, dès les premiers âges, dans fois pour des usages à finalité scolaire (ou
l’environnement familial et amical. Ce universitaire) et pour d’autres finalités
bouleversement traduit pour les plus jeunes la totalement privées (ludiques, relationnelles,
place que le numérique a prise dans sportives). C’est le BYOD (Bring Your Own
l’ensemble de la société. En France, comme Device). Au travers de différents programmes
dans de nombreux autres pays, l’équipement de recherche (TED, ONUP, AS-LIVING-
personnel à usage individuel des jeunes s’est CLOUD), le laboratoire TECHNÉ observe
considérablement développé, qu’il s’agisse de depuis plusieurs années le comportement des
smartphones, de tablettes tactiles, jeunes et analyse leurs représentations pour
d’ordinateurs portables ou fixes. C’est mieux comprendre ce que la disponibilité
particulièrement vrai en ce qui concerne les permanente du numérique change à leur
smartphones qui représentent l’archétype de rapport à l’École. Ces travaux procèdent d’une
l’équipement personnel, mobile et connecté. mise en perspective des pratiques numériques
Selon une enquête récente du Centre de des élèves (observées par la collecte
Recherche pour L’Étude et l’Observation des automatisée des traces de leurs activités
Conditions de vie (CREDOC, 2015), plus de numériques, par le recueil de données
91% des jeunes français âgés de 12 à 17 ans d’observation directe ou indirecte et par des
en sont équipés (alors qu’ils sont 93% à être enquêtes) avec la signification qu’ils leur
équipés en téléphones mobiles) et ce taux donnent caractérisées en mobilisant des
d’équipement croît rapidement (plus de 53% techniques de questionnaires et d’entretiens.
d’augmentation en un an). La diffusion de ces Ces données sont analysées et discutées au
équipements est telle qu’elle devient assez peu regard des modèles de l’instrumentation
sensible à l’origine socioéconomique familiale. numérique (Rabardel, 1995), de la médiation
C’est un effet de saturation qui avait déjà été instrumentale (Peraya et Peltier, 2012) et des
observé pour l’équipement des familles pour la interactions culturelles (Cerisier, 2014). Ces
réception de la télévision entre les années 60 travaux confirment la dimension culturelle des
et 80. Au contraire, les usages qui sont faite de évolutions en cours, leur impact déterminant
ces équipements numériques restent sur les représentations que les élèves se
qualitativement fortement dépendants du construisent de la forme scolaire et sur leurs
milieu social. L’appropriation de ces comportements notamment dans le cadre
équipements se traduit aussi par leur scolaire. Les principales interactions que les
disponibilité et leur utilisation très fréquente élèves entretiennent avec leur environnement
dans l’espace scolaire, y compris lorsque la en général et l’École en particulier sont
réglementation, voire la loi (à l’Ecole primaire transformées. C’est en particulier sensible pour
et au collège), l’interdisent. Dans le même ce qui concerne leur rapport à l’information et
temps, les équipements numériques des aux connaissances (interactions
établissements scolaires, malgré de conceptuelles), leur rapport à l’espace et au
considérables investissements des temps (interaction spatio-temporelles), leur
collectivités territoriales et de l’État, ne rapport à autrui (interactions relationnelles),
permettent pas l’équipement individuel des leur rapport aux normes scolaires (interactions
élèves avec des ordinateurs portables ou des sociales) et, enfin, leur rapport à la création et
tablettes. Autrement dit, l’équipement à la créativité (interactions poïétiques). Autant
numérique des élèves pour des usages d’interactions qui définissent, justement, les
scolaires est de moins en moins assuré par les institutions éducatives et qui leur donnent leur

34 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
forme en termes de savoirs scolaires, connaissance, au temps, à l’espace, à autrui,
d’espaces et de temps scolaires, de contrats aux normes sociales et à la création est
didactiques et d’activités scolaires. Dans cette bouleversé dans de telles proportions, c’est la
situation, la question des usages éducatif du forme scolaire elle-même qui est questionnée.
numérique et, plus largement, de la place et du
rôle des technologies numériques à l'école est References
totalement renouvelée. Il ne s’agit plus Cerisier, J.-F. (2014). La désintermédiation comme
seulement d’inventer de nouvelles activités agent de transformation culturelle dans
d’apprentissage qui exploitent les potentiels l’éducation, Dans C. Peltier (dir.), La
des équipements, services et contenus médiatisation de la formation et de
l’apprentissage (pp. 181-198). Bruxelles,
numériques alors qu’il est pourtant urgent
Belgique: De Boeck Université.
d’inventer de nouvelles démarches d’ingénierie CREDOC (2015). Le baromètre du numérique.
pédagogique et d’y former les enseignants. Les Édition 2015. Récupéré le 10 janvier 2015 du
exigences de cette nouvelle situation ne se site http://www.credoc.fr/pdf/Rapp/R324.pdf
limitent pas non plus à la mise en place d’une Peraya, D. et Peltier, C. (2012). Une année
véritable éducation au numérique des jeunes, d’immersion dans un dispositif de formation aux
même s’il faut souligner la responsabilité de technologies: prise de conscience du potentiel
l’École dans ce domaine quand on observe que éducatif des TICE, intentions d’action et
seuls les élèves issus des milieux changement de pratique. International Journal of
socioculturels les plus favorisés disposent de technologies in Higher Education, 9(1-2), 111-
135.
compétences numériques suffisantes pour en
Rabardel, P. (1995). Les hommes et les
faire un usage élaboré. La question porte sur la technologies: approche cognitive des
prise en compte des transformations culturelles instruments contemporains. Paris: Armand
déjà évoquées. Quand le rapport à la Colin.

LMS Moodle and concept maps: Two approaches-one hybrid world


Sofia B. Dias1, Sofia J. Hadjileontiadou2, José A. Diniz1, Leontios J. Hadjileontiadis3
1Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Portugal; 2Hellenic Open University, Greece; 3Aristotle University
of Thessaloniki, Greece
Keywords: Blended learning, Collaborative learning, Concept maps, Computer-supported learning,
Moodle Learning management system, Quality of interaction, Topological taxonomy score, Turn-
taking, Peer’s balance

Educational systems and Higher Education sophisticated and personalized technologies


Institutions (HEIs) working together could be (Johnson et al., 2015). In this line, Learning
strategically guided to influence the information Management Systems (LMSs), have become
and knowledge society. In fact, computer- very popular among educators to improve
supported learning (CSL) systems are being teaching-learning processes, incorporating
deployed in many HEIs, suggesting the tools, such as discussion forums, wikis and
development of software/applications that other interactive tools that make them
bring learners together, offering both creative especially useful for constructing enriched
activities of intellectual exploration, learning environments (Dias et al., 2014). At
metacognition and social interaction. In several the same time, several studies have clearly
contexts, CSL means blended (b-)learning demonstrated the efficacy of computer-
experiences through the mediation of ICT, oriented concept mapping techniques in
rather than being completely online or Face-to- supporting the learning process (e.g., Bridges,
Face (F2F) (e.g., Michinov & Michinov, 2008). Corbet & Chan, 2015; Omar, 2015); in
An important issue in b-learning, when it is particular, concept-maps (CMs) are flexible
situated in CSL environments, is how to cognitive tools that engage students in the
manage the two modalities (i.e., F2F and learning process, promoting activities that
online) to better support collaboration and to guide students to read, to think, to organize, to
create more holistic/integrated learning relate with prior knowledge, to draw, to revise,
experiences. The option for a b-learning to reflect, to rebuilt, and to communicate
structure is justified by its flexibility, ease of (Novak & Canãs, 2006). From this perspective,
access, and the possibility of integration of important research has focused on the micro

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 35
level of collaborative learning (i.e., single/small The experimental results have shown that: (a)
groups); however, to support collaborative the shift from the self- to collaborative-mode for
learning and knowledge building, a more the CM construction positively affects the TTS
detailed understanding of how small groups of of the constructed CMs; (b) there is a clear
learners construct shared meaning using contribution of the LMS Moodle use in the
various tools/systems should be considered. increase of the difference in the TTS when
Educators who understand the advantages of shifting from the self- to collaborative-mode for
b-learning can improve the impact of the CM construction; (c) no effect of the LMS
collaborative (c-)learning within their Moodle use was found in the self-mode for the
classrooms. In this way, advances within the CM construction; (d) more increased TT, PB,
field of CSL will depend on better ORG, CON, and REF appear in the
understanding and use of hybrid (b-/c-) collaborative-mode for the CM construction
educational approaches. when using the LMS Moodle instead of not
In general, we intend to investigate the effects using it; (e) the collaboration for the CM
of the LMS Moodle use in the quality of CM construction positively affects LMS Moodle
construction in self and collaborative mode. users’ QoI; and (f) the shift from the self- to
The analysis axes will be based on the collaborative-mode for the CM construction
structural characteristics of the constructed CM positively affects the structural characteristics
and the analysis of CMs based peers’ of the derived CM and peers’ collaborative
interaction during the collaborative mode. The interactions.
following research questions will help to explain The hybrid approach sets new directions about
the results of the present study, namely: How the enhancement of LMS use and computer-
shifting from not using to using LMS Moodle based concept mapping, contributing to the
affects the quality of CM in self- and enrichment of the HEI services and re-
collaborative-modes? How shifting from not examination of educational practices.
using to using LMS Moodle affects the CM-
based collaboration? How shifting from self- to References
collaborative-mode affects the structural Bridges, S.M., Corbet, E.F., & Chan, L.K. (2015).
characteristics of CM and the LMS Moodle Designing problem-based curricula: The role of
QoI? concept mapping in scaffolding learning for the
One hundred and twenty-eight participants health sciences. Knowledge management & e-
learning: An international journal, 7(1), 119-133.
(gender-balanced; aged 28±2.7 yrs)
Dias, S.B., Diniz, J.A., & Hadjileontiadis, L. J.
undertaking a professional learning course in (2014). Towards an intelligent learning
Greece completed the entire study lasting six management system under blended learning:
weeks. The 128 students were categorized in trends, profiles and modelling perspectives. In J.
two groups, i.e., G1 and G2, of 64 students (32 Kacprzyk, & L.C. Jain (Eds.), Intelligent Systems
pairs) each. Both groups constructed CMs in Reference Library (vol. 59), Berlin/Heidelberg:
self- (1-3 weeks) and collaborative-mode (4-6 Springer-Verlag, ISBN: 978-3-319-02077-8.
weeks), yet G2 only was instructed to Johnson, L., Adams Becker, S., Estrada, V., &
additionally use LMS Moodle during the whole Freeman, A. (2015). NMC horizon report: 2015
period. Data acquired from LMS Moodle use Higher Education edition. Austin, Texas: The
New Media Consortium. Retrieved from:
and CM collaborative interactions, set the
http://cdn.nmc.org/media/2015-nmc-horizon-
experimental corpus of the present study. report-HE-EN.pdf
Parameters related with the structural Michinov, N. & Michinov, E. (2008). Face-to-face
characteristics of the actual CMs (i.e., contact at the midpoint of an online collaboration:
topological taxonomy score (TTS)), the Its impact on the patterns of participation,
collaborative interactions of the peers during interaction, affect, and behavior over time.
the CMs construction (i.e., turn-taking (TT), pair Computers & Education, 50(4), 1540-1557.
balance (PB)), the peers’ CM-enabled Novak, J. & Canas, A. (2006). The origins of the
constructive (CON), reflective (REF) and concept mapping tool and the continuing
organisational (ORG) interactions, along with evolution of the tool. Information visualization, 5,
175-184.
the LMS Moodle users’ quality of interaction
Omar, A.M.A. (2015). Improving reading
(QoI), both in the self- and collaborative-mode comprehension by using computer-based
of the CM construction, were used as concept maps: A case study of ESP students at
quantitative metrics. Umm-Alqura University. British Journal of
Education, 3(4), 1-20.

36 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
M-learning em educação a distância: Estudo de caso em um curso piloto de formação de
professores a distância
Elton Vinicius Silva1, José Manuel Saez2, María Concepción Domínguez Garrido2
1Euromime, Brazil; 2Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain
Keywords: Mobile learning, Distance education, Teacher training

Hoje mais de 6 bilhões de pessoas no mundo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)
têm acesso a um dispositivo móvel conectado. localizando no Estado do Espírito Santo, no
Para cada uma pessoa que acessa a internet Brasil.
a partir de um computador duas pessoas o Mas especificamente, pretende-se construir
fazem a partir de um dispositivo móvel. um curso piloto a distância para formações de
Segundo Instituto Datafolha, professores do Ifes como forma de estimular a
aproximadamente 43 milhões de brasileiros adoção do conceito m-learning dentro da
acessam a Internet por dispositivos móveis. instituição. O Ifes oferece desde 2007 cursos
(F/RADAR, 2013). A tecnologia móvel está na modalidade a distância por meio do Cefor.
mudando a maneira como vivemos e está Atualmente são oferecidos 10 cursos, entre os
começando a mudar a nossa forma de níveis técnico, graduação, pós-graduação,
aprender (UNESCO, 2014). Diante disso, uma atendendo a mais de 3000 alunos. Além disso,
nova possibilidade de ensino e aprendizagem oferece também cursos de formação em
surge denominada de aprendizagem móvel ou educação a distância para professores, tutores
m-learning (mobile learning). Segundo e designers instrucionais.
Paulsen (2003), o m-learning é uma forma de Investir da formação de professores é um
aprendizagem que ocorre online e pode aspecto fundamental para que a aprendizagem
acontecer a qualquer momento e em qualquer móvel possa efetivamente ser incorporada em
lugar, com o apoio da tecnologia móvel e que qualquer instituição (Rosa & Azenha, 2013).
vem sendo utilizada principalmente na Para Rosa e Azenha (2013), o foco na
Educação a Distância. O ensino a distância por autonomia do professor frente às tecnologias é
meio de m-learning amplia as oportunidades o caminho mais efetivo para consolidar a
de aprendizagem já consolidadas pelo apropriação das TIC no universo escolar.
Educação a Distância por meio dos Segundo os autores, é necessário facilitar o
computadores e oferece novas vantagens por processo para o professor e tornar prático o
conta de suas características especificas, tais uso das tecnologias.
como: a mobilidade e a flexibilidade (Al-Emran, Nesta medida, trabalharemos com a seguinte
Elsherif, & Shaalan, 2016; Fuegen, 2012). questões de pesquisa: De que forma as
Muitas vantagens já são percebidas por atividades devem ser concebidas para que os
Instituições brasileiras de ensino a distância professores obtenham o máximo de proveito
que oferecem atividades de m-learning. De na aplicação de tecnologias móveis em suas
acordo com o Censo Ead.br 2013, 30% das disciplinas a distância?
instituições respondentes consideram que Questões secundárias que também nortearão
mobile learning aumenta a motivação e o a pesquisa são: Quais as ferramentas e
interesse do aluno, 20% das instituições recursos mais adequadas a ser utilizadas em
consideram que há um aumento na interação atividades para mobile learning? Qual a
educador-educando e 14% acreditam que o opinião e atitude dos professores sobre a
mobile-learning contribui para o utilização e aplicação de m-learning em um
desenvolvimento de habilidades cognitivas e contexto educativo a distância?
sociais dos alunos (ABED, 2013). A investigação será realizada no formato de
Considerando este contexto, em que a estudo de caso e utilizará o design-based
incorporação do conceito de m-learning aos research como referencial metodológico. Para
cursos à distância pode trazer novas e isso, será desenvolvido um curso piloto a
interessantes oportunidades educativas aos distância de formação de professores
estudantes, esta investigação tem a proposta utilizando o Moodle como ambiente virtual de
de discutir as possibilidades de adaptação de aprendizagem e o Moodle Mobile como
cursos à distância para o formato mobile aplicação móvel para a realização das
learning dentro do Centro de Referência em atividades de m-learning.
Formação e Educação a Distância (Cefor) do

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 37
Será utilizada uma amostragem não- do papel do professor na adoção do m-learning
probabilística composta por professores e e na área de m-learning aplicado a educação a
futuros professores dos cursos de graduação e distância.
pós-graduação a distância do Ifes que serão os
alunos do curso piloto. Como instrumento, Referências
será realizado um questionário (survey), Associação Brasileira de Educação a Distância
análise dos fóruns e das interações no (ABED) (2013). Censo EAD.BR: Relatório
ambiente de aprendizagem para realização de analítico da aprendizagem a distância no Brasil.
análise quantitativa e qualitativas. Disponível em:
http://www.abed.org.br/censoead2013/CENSO
A investigação está organizada em três fases.
_EAD_2013_PORTUGUES.pdf
Na Fase 1, será realizada à recolha de dados Al-Emran, M., Elsherif, H.M., & Shaalan, K. (2016).
sobre algumas das ferramentas e recursos Investigating attitudes towards the use of mobile
móveis, com a finalidade de caracterizar e learning in higher education. Computers in
elaborar o curso piloto a ser utilizado no Human Behavior, 56, 93-102.
estudo. Na Fase 2, haverá à aplicação de um Fuegen, S. (2012). The impact of mobile
questionário sobre as concepções dos technologies on distance education.
professores relativamente à temática do m- TechTrends, 56(6), 49-53.
learning e às tecnologias móveis que utilizam Paulsen, M.F. (2003). Online Education and
e aplicação do curso piloto. Na Fase 3, haverá Learning Management Systems. Global e-
learning in a Scandinavian perspective. Oslo:
à aplicação de um questionário para verificar a
NKI Forlaget.
opiniões e atitudes dos professores sobre a Rosa, F. Azenha, G. (2015). Aprendizagem móvel
utilização de m-learning em suas disciplinas no Brasil: gestão e implementação das políticas
online, sobre o desenho das atividades públicas atuais e perspectivas futuras. Columbia
desenvolvidas e sobre as ferramentas e University.
recurso móveis utilizados. Nesta fase também UNESCO (2014). Diretrizes de políticas para a
será feiro a análise dos fóruns e das interações aprendizagem móvel. Disponível em:
no ambiente virtual de aprendizagem como http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277
forma de identificar e compreender os /227770por.pdf
obstáculos e/ou os facilitadores na realização F/RADAR: Panorama do Brasil na Internet (2013).
Mobilidade e conectividade. Disponível em:
das atividades desenvolvidas.
http://www.fnazca.com.br/wp-
Espera-se com esta investigação contribuir content/uploads/2013/12/fradar-13_publica-site-
para ampliar conhecimento na criação e novo.pdf
desenho atividades moveis, no entendimento

Mise en place de dispositifs hybrides, MOOC, SPOC, Serious Games: Qu’est ce qui change dans
le discours des porteurs de projets innovants
Diarra Diakhate
Université Bordeaux Montaigne, France
Keywords: Innovation, Dispositifs numériques, Enseignement supérieur, Projet Idex

Avec le développement des technologies de comprendre les fondements de l’innovation


l'information et de la communication pour sous les trois dimensions du modèle TPACK
l'enseignement (TICE), de plus en plus de (Mishra & Koehler, 2006): les contenus, la
projets et de dispositifs portant le qualificatif pédagogie et les technologies avec une
“innovant” sont mis en place dans les analyse des pratiques d’enseignement, des
universités françaises. Sur quoi pourrait-on se pratiques évaluatives, du tutorat des étudiants
fonder pour qualifier cette innovation? Tel est et de l’accompagnement des enseignants.
le point de départ de cet article, qui étudie
quatre projets dits innovants: un dispositif References
hybride, un massive open online course Mishra, P., & Koehler, M. (2006). Technological
(MOOC), un small private online course pedagogical content knowledge: A framework
(SPOC), un serious game. for teacher knowledge. The Teachers College
Cette recherche qualitative étudie les liens Record, 108(6), 1017-1054.
entre dispositifs et innovation et tente de

38 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Nivel de apropiación en el uso de tableta digital percibida por estudiantes de 5° de escuelas de
Macôn y Chalôn sur Saone
Arminda Paulo César Sepúlveda1, Bruno Devauchelle2
1Euromime, Colombia; 2Université de Poitiers, France
Keywords: Apropiación, Tableta digital, Entrevista de explicitación

El objetivo es determinar el nivel de intercambiar nuevo conocimiento en beneficio


apropiación en el uso de tabletas digitales de sus contextos reales.
percibido por estudiantes de grado 5° de dos ¿Por qué “Percibido”?
escuelas francesas (Macôn y Chalôn sur La medición del nivel de apropiación no se
Saone). realizará a partir de evaluaciones
¿Por qué en tabletas digitales? estandarizadas o del cumplimiento de
El gobierno de Francia plantea el desarrollo de requerimientos o indicadores en el manejo de
un Ecosistema global de e-Educación. Una de los dispositivos, sino que se basará en la
las estrategias es dotar con tabletas digitales propia relatoría que los estudiantes hagan de
todos los estudiantes de 5°, de manera este uso, a través de la metodología “entrevista
progresiva, a partir del año escolar 2016. El de explicitación”. Esta metodología fue
plan contempla que a comienzos de 2016 el desarrollada por el profesor Pierre Vermersch,
40% de las escuelas ya estarán integradas a y busca una descripción tan fina como sea
este plan, 70% en 2017 y 100% en 2018 posible de una actividad ya realizada por una
(Ministère d'Education Nationale, 2015) persona en situación de práctica o encargada
Las tabletas tactiles hacen su entrada en la en la realización de una tarea. (Vermersch,
enseñanza y abren perspectivas pedagógicas. 2010).
Los profesores descubren nuevas maneras de En el contexto de la presente investigación,
aprender con este dispositivo (Ministère de esta metodología permite conocer la
l'Éducation Nationale, 2015). apropiación percibida, es decir, saber qué tan
Sobre el uso de las tabletas digitales se han bien estos estudiantes usan la tableta,
llevado a cabo estudios piloto que evidencian explicado en sus propias palabras, con sus
su utilidad en la enseñanza de matemáticas, propios indicadores y describiendo su propia
(Gamedesk, 2014), el desarrollo de realidad. En este proceso de verbalización, el
habilidades comunicativas (Harmon, 2013), un estudiante debe vencer el obstáculo que
incremento de la motivación, la satisfacción y representa el hecho de que sea posible realizar
el desarrollo de la independencia, la una acción correctamente sin ser consciente
autonomía, el trabajo en equipo y la creatividad de ello, sin saber que sabe hacerla y, por lo
(Shepherd, 2011). Sin embargo, es importante tanto, sin poder traducirla en palabras. Para
verificar que el proceso de desarrollo no se lograr esta verbalización, debe reflexionar
detenga en el nivel de acceso a los recursos ni sobre lo que ha hecho y cómo lo ha hecho, sin
en la capacitación en su uso básico. Debe enfocarse en sus aspectos conceptuales, lo
trascender hacia la apropiación (Karsenti & cual es una acción contraintuitiva y por ello
Tievez, 2013). requiere una ayuda para realizarla. La
¿Por qué Apropiación? entrevista de explicitación es esa ayuda.
El término Apropiación se refiere al uso más Así, frente a la pregunta “¿Cómo hiciste esto?”,
avanzado de la tecnología y está orientado a la la dificultad inicial de no saber verbalizar se
conformación de espacios de creación y traduciría en que el estudiante responda “no lo
colaboración entre usuarios, a la incorporación sé”. Gracias a la entrevista de explicitación, a
de nuevas formas de utilizar la información y a través de la posibilidad de recordar y describir
desarrollar habilidades que contribuyan a crear la vivencia de la acción realizada, en una
nuevo conocimiento. Si esto no se consigue, conciencia explícita, respondería con un “no lo
entonces las tecnologías estarán siendo recuerdo” o “no encuentro las palabras para
subutilizadas (Cobo Romani, 2013). explicarlo”.
La apropiación es la etapa final de un proceso Las entrevistas se llevarán a cabo entre los
que comienza con el acceso a las nuevas meses de febrero y marzo a estudiantes de 5°
tecnologías, para finalmente lograr individuos en escuelas de las poblaciones de Macôn y de
capaces de administrar, producir, adaptar e Chalon-sur-Saone. A la fecha se ha hecho una
exhaustiva revisión bibliográfica y se han

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 39
estructurado diferentes cuestionarios. Los cking_Literacy_with_iPad/iPads_files/Unlocking
cuestionarios deben ser flexibles porque en _Literacy_iPad.pdf
todo momento deben circunscribirse a las Shepherd, I. (2011). ACU research sheds light on
respuestas dadas por los estudiantes, de mobility in teaching, learning. From:
http://www.acu.edu/news/2011/110919-
manera que pueda profundizarse en lo que va
mobility-research.html
diciendo. No pueden contener preguntas Karsenti, T. & Tievez, A. (2013). L’iPad à l’école:
cerradas, ni proponer opciones de respuesta. usages, avantages et défis. From:
http://karsenti.ca/ipad/pdf/rapport_iPad_Karsent
Referências i-Fievez_FR.pdf
Cobo Romani, C. (2013). Aprendizaje adaptable y Ministère de l'Éducation Nationale (2015).
apropiación tecnológica: Reflexiones L'utilisation du numérique et des TICE à l'École.
retrospectivas. From: From: http://www.education.gouv.fr/cid208/l-
http://www.laisumedu.org/DESIN_Ibarra/autoes utilisation-du-numerique-et-des-tice-a-l-
tudio3/ponencias/ponencia33.pdf ecole.html
Gamedesk (2014). Motion Math in-class. From: Ministère d'Education Nationale (2015). L'Ecole
http://gamedesk.org/project/motion-math-in- numérique: Refonder l'ecole. From:
class/ http://www.gouvernement.fr/action/l-ecole-
Harmon, J. (2013). Unlocking literacy with iPad. numerique
From: Vermersch (2010). L’entretien d’explicitation. ESF
http://www.throughstudentseyes.org/ipads/Unlo éditeur.

O que dizem os professores da Universidade Aberta: Portugal sobre a convergência na


educação
Fernanda Campos, Fernando Fidalgo
Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil
Keywords: Ensino superior, Convergência educativa, Tecnologias da informação e comunicação,
Educação a distância, Educação presencial

Pensar a convergência na educação– relações econômicas e nas sociais, esses


educação presencial e educação a distância– recursos também se integraram de forma
é uma construção recente na história da recorrente aos processos educativos, seja
educação, isto porque há pouco mais de duas presencial ou a distância. Em específico a
décadas pensar esta convergência era algo EaD, o uso das TDIC possibilitou uma
remoto. Educação presencial e educação a comunicação mais frequente entre professores
distância se compunham de processos de e estudantes, assim como o acesso ao
ensino e aprendizagem completamente material, com destaque para os ambientes
distintos, que se definiam: pelas formas de virtuais de aprendizagem, as diversas
comunicação (face-to-face, correspondência, plataformas e os softwares de base de dados
rádio, televisão), pela mediação (que também e de comunicação. A comunicação mais
se referem a presença física no local e a eficaz, o material online e a formação de
mediação por meio de uma tecnologia grupos de trabalho permite que as diferenças
comunicativa), pela sincronicidade temporal ou entre EaD e educação presencial diminuam e
não (o uso de chats e conversas online que a conexão entre elas se estreite. Podemos
permitem, por composição de grupos e por pensar nisso na possibilidade de construção
diálogo entre os estudantes a redução de comunidades de aprendizagem, grupos e
temporal e da distância entre os sujeitos). de uma comunicação não só entre professores
Entre outros aspectos, as instituições que e estudantes, mas, sobretudo, entre
desenvolviam formações a distância estavam estudantes e estudantes. Dessa forma, a EaD
afastadas das instituições educativas tem se tornado parte integrante das
tradicionais. A educação a distância era muitas instituições por meio da utilização conjunta da
vezes desenvolvida por instituições exclusivas metodologia da EaD na educação presencial,
para este fim, enquanto a educação presencial também conhecido por blended learning.
tinha um espaço específico. Assim, embora, ainda persistam distinções na
Entretanto, na atualidade, com o uso cada vez forma de estudar presencialmente ou a
mais frequente das tecnologias digitais da distância é possível vislumbrar possibilidades
informação e da comunicação (TDIC) nas de integração entre a educação presencial e a

40 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
EaD e arquitetar estratégias para superar os das modalidades como modo de superar esta
limites que ainda persistem entre elas. dicotomia e pensar a educação como um todo
Nesta direção, apresentamos neste trabalho de forma integral, permitindo uma educação
algumas considerações sobre a convergência aberta e flexível. Percebemos que as
entre educação presencial e a distância a partir entrevistas contribuíram para uma
da realização de entrevistas com professores compreensão das possibilidades para que isso
da Universidade Aberta (UAb) de Portugal, na ocorra. Na medida em os professores
tentativa de perceber a visão deles sobre este acreditam que a educação deve ser aberta,
processo em desenvolvimento. inclusiva e os modelos pedagógicos
O objetivo deste trabalho foi o de elaborar, a necessitam de renovação indicam caminhos
partir da análise da entrevista de professores, para a necessidade de uma transformação na
perspectivas sobre a convergência na educação que não está vinculada somente a
educação. inclusão de recursos tecnológicos. É pensar a
Foram entrevistados cinco professores da UAb educação em que as modalidades possam se
(Portugal), que possuem experiência tanto na convergir e superar as barreiras físicas e
educação presencial quanto na educação a virtuais que há entre elas, pois, o objetivo a ser
distância. A oportunidade de entrevista-los se alcançado é a educação como um todo.
deve a oportunidade de realizar o Estágio A convergência não pode ser vista somente
Sanduíche nesta instituição. A entrevista como uma tendência, ao contrário, só é
semiestrutural era composta por 25 questões e possível pensá-la a partir das experiências
organizada em quatro eixos: Educação para a vividas e das evidências no que se refere ao
convergência no ensino superior; Educação a uso das tecnologias digitais da informação e da
Distância e as Políticas Educativas para o comunicação das experiências educacionais.
ensino superior; Relações educativas e O uso dessas tecnologias, sobremaneira, a
Orientação Pedagógica; Organização partir do uso da internet, possibilitaram o uso
Institucional. Utilizamos o método de análise integrado de diferentes plataformas para
de conteúdo proposto por Bardin (1977), alcançar diferentes objetivos que podem ser
assim, organizamos nas seguintes categorias pesquisar, comunicar, baixar vídeos, jogar,
e subcategorias: a) Modalidades educativas - compartilhar, criar grupos independentes, criar
características das modalidades presencial e a negócios entre outros. Pensar na
distância; b) Convergência educativa - convergência, nesse sentido, é pensar em
complementariedade, convergência presencial diálogo, em compartilhamento, em
e a distância; c) Políticas educativas - flexibilidade, em multiplicidade de conteúdo e
regulamentação e pressupostos educativos de equipamentos, em comunicação, em uso
para o século XXI; e d) Integração presencial e social, em superação de tempos e espaços,
a distância - blended learning, modelos em integração do virtual e do presencial.
híbridos e turmas mistas, síncrono e Assim, podemos entender a convergência
assíncrono, polos e centros locais de como parte dos atuais processos de
aprendizagem, relações pedagógicas, transformação social, tecnológico, cultural e
modelos pedagógicos, tecnologias da educativo.
informação e da comunicação.
Os professores entrevistados perceberam que Referências
esta é uma dimensão em evolução, que em Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa:
breve não fará mais sentido a distinção entre Edições 70.
educação presencial e a distância. Castells, M. (1999). A sociedade em rede (6ª ed.).
A educação presencial e a distância, que antes São Paulo: Paz e Terra.
Gomes, L.F. (2013). EaD no Brasil: Perspectivas e
eram compreendidas de forma dicotômicas,
desafios. Avaliação, Campinas,18(1), 13-22.
tem se aproximado tanto por meio de recursos Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência (2ª
tecnológicos, que permitem uma interação ed.). São Paulo: Aleph.
multilateral, quanto por modelos pedagógicos Kenski, V.M. (2008). Educação e comunicação:
que preveem a colaboração e o diálogo entre interconexão e convergência. Educação e
os pares. A convergência passa a ser Sociedade, 29(104), 647-665.
compreendida como uma perspectiva de fusão

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 41
Orientation and navigation of blind people using technology
João Barroso
INESC Technology and Science, Porto, Portugal; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal
Keywords: Navigation, Orientation, Accessibility, Inclusion, Blind, Mobile applications

Visual impairment has a significant impact on route calculation algorithms use graph based
individual quality of life, influencing negatively approaches, where the environment is divided
on the ability to work and to establish personal into a set of nodes (or vertices), representing
relationships. Almost half (48%) of people with important locations in the environment, and
visual impairment feels "moderately" or edges that connect the nodes. An edge should
"completely" away from people or objects only connect two nodes that are mutually
around them (Hakobyan, Lumsden, O'Sullivan, accessible. In the case of navigation systems
& Bartlett, 2013). for blind people (or any other type of disability),
In order to overcome or reduce the barriers the edges may have different weights to
imposed by the visually impaired, extensive personalize the route giving priority to the most
scientific research has been dedicated to accessible route, for example, not having
creating support systems. The need for steps, or have fewer obstacles in the path.
assistive technology has always been a A navigation system built on a modular
constant in the daily lives of people with this structure shares the same basic modules,
disability and will remain in the near future. In either for traditional use or when designed to
general, there are several definitions for be used by the blind. The difference in this last
"assistive technology". However, all of them case is that the modules may accommodate
share the concept of an object or a piece of different technologies, combined. This is valid
equipment that allows people with disabilities to for other types of impairment as well. For
enjoy full inclusion and integration in society, in example, a navigation system for the blind
a right and impartial manner (Foley & Ferri, should include a variety of location input
2012; Mountain, 2004; Scherer, 2000). sources, fusing them to address all types of
With the recent advances in ubiquitous scenarios, indoor or outdoor. The interface
computation and the constant miniaturization of should also accommodate different
technology, intelligent systems embedded in technologies, not just the screen or sound.
objects of everyday life are becoming quite Extra modules may provide extra information,
frequent. This opens opportunities for the like the use of computer vision to provide
creation of assistive systems that reduce the contextual information. Different technologies
technological gap between people. Traditional can be combined to provide ubiquitous
navigation systems don’t address the specific contextual navigation assistance to the blind.
needs of blind users mainly because of its
dependence on location systems that don’t References
provide enough accuracy or because the Foley, A. & Ferri, B.A. (2012). Technology for
geographic information systems don’t store people, not disabilities: ensuring access and
information directed to a blind user. inclusion. Journal of Research in Special
Navigation can be defined, in this context, as Educational Needs, 12(4), 192-200.
Hakobyan, L., Lumsden, J., O'Sullivan, D., &
the behavior necessary to reach a destination,
Bartlett, H. (2013). Mobile assistive technologies
with all motor processes, sensory and cognitive for the visually impaired. Survey of
that it entails (Kammoun et al., 2012). The Ophthalmology, 58(6), 513-528.
process is divided into four distinct phases: Kammoun, S., Parseihian, G., Gutierrez, O.,
orientation in the environment, choosing a Brilhault, A., Serpa, A., Raynal, M., Denis, M., et
path, staying on route and recognizing that the al. (2012). Navigation and space perception
destination has been reached. Therefore, all assistance for the visually impaired: The NAVIG
navigation systems including, of course, a project. Irbm, 33(2), 182-189.
navigation system for the blind, are composed Riehle, T., Lichter, P., & Giudice, N. (2008). An
by separate functional components, of which indoor navigation system to support the visually
impaired. Paper presented at the Engineering in
three are fundamental: a tracking module, a
Medicine and Biology Society, EMBS 2008. 30th
spatial database and an interface (Riehle, Annual International Conference of the IEEE.
Lichter, & Giudice, 2008). The most common

42 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Pedagogical practices typology: Academic behavior profiling & interaction
Sergio Ivan Ramirez Luelmo1, Jean-Francois Cerisier2
1Euromime, Mexico; 2Universite de Poitiers, France
Keywords: Dinâmica dos grupos, Aprendizagem online

Within a University environment, a vast array of performance perception are to be carried out
teaching practices is displayed. Whether some with selected teachers. Participants will be
teachers are more active, interacting, convivial, asked to describe how they perceive their own
open-minded, strict and many other perceived Pedagogical Practice, how they relate it to their
characteristics (Albuquerque, 2010), it reflects ICT use (UNESCO, 2010) and what impression
on the way they teach and give their courses. they think they give to their students about
The project consists of creating a statistical these two subjects.
study showing a correlation between Students'
and Teachers' Behavioral Profiles (Learning References
and Teaching Practices) and their usage of Albuquerque, C. (2010). Processo ensino
technological materials and resources in an on- aprendizagem: Características do professor
line academic platform environment. eficaz. Millenium, 39, 55‐71. Retrieved from:
This “teaching practices identity”, perceived by http://www.ipv.pt/millenium/Millenium39/4.pdf
Delaney, J., Johnson, A., Johnson, T., & Treslan, D.
colleagues and students, will reflect on the
(2010). Students' Perceptions of Effective
materials teachers create and use for their Teaching in Higher Education 26th Annual
courses, on the digital platform, as well as on Conference on Distance Teaching & Learning.
their students’ behavior (Delaney, Johnson, Wisconsin: Board of Regents of the University of
Johnson, & Treslan, 2010). Wisconsin. Retrieved from:
This project will help as a solution guideline to http://www.uwex.edu/disted/conference/Resour
the previously captioned problem by analyzing ce_library/handouts/28251_10H.pdf
and processing usage patterns data, files Díaz Barriga, F., & Hernández Rojas, G. (1999).
metadata, situational observation and Estrategias de enseñanza para la promoción de
questionnaires. For this, an understanding, aprendizajes significativos: Una interpretación
constructivista. Mexico: McGraw-Hill
compilation and classification of the main
Interamericana.
Pedagogical / Teaching & Learning Practices is Kreijns, K., Van Acker, F., Vermeulen, M., & Van
paramount, followed by the definition of the Buuren, H. (2013). What stimulates teachers to
object sample. Next, statistical procedures are integrate ICT in their pedagogical practices? the
applied to questionnaires' results in close use of digital learning materials in education.
conjunction with raw usage data and file Computers in Human Behavior, 29(1), 217-225.
metadata. Perrenoud, P. (1983). La pratique pédagogique:
The Integrative Model of Behavioral Prediction entre l’improvisation réglée et le bricolage.
has proven to be a successful tool to Éducation & Recherche, 2, 198-212.
understand planned behavior (intention) in UNESCO (2010). Questionnaire on statistics of
information and communication technologies
health care and health education
(ICT) in Education. Montreal, Quebec, Canada.
circumstances. It states that intention to Retrieved from:
perform a behavior follows reasonably from http://www.uis.unesco.org/Communication/Doc
specific beliefs that people hold about the uments/ICT_Questionnaire_EN.pdf
behavior (Yzer, 2012). It has been successfully Yzer, M. (2012). The integrative model of behavioral
applied to the domain of integrating ICT in prediction as a tool for designing health
teachers’ pedagogical practices to prove that messages (chap. 2, pp. 21-40). In H. Cho (ed.),
intention predates action (Kreijns et al., 2013). Health communication message design: Theory
Once the work group is defined, semi- and practice. Los Angeles, CA: SAGE
structured interviews to assess their own Publications.

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 43
Programa para la mejora de la educación superior en competencias
Antonio Medina Rivilla, Maria Concepción Domínguez Garrido
Universidad Nacional de Educación a Distancia, Spain
Keywords: Educación superior, Competencias, Materiais didácticos, TIC

La educación superior en los primeros años del 2013) el significado de la formación de


siglo XXI ha estado marcada por las directrices competencias docentes y discentes, en un
dadas por los gobiernos europeos, reunidos en diálogo y comunidad de mejora. Entre estas
Bolonia y en siguientes encuentros bianuales. competencias destacamos:
Destacamos: Identidad profesional, forma de ser y actuar,
-Orientación de los procesos educativos al que implica una adecuada valoración y
desarrollo de las competencias genéricas, significado de las concepciones y prácticas
específicas y profesionales de los estudiantes. que demanda el desempeño de la profesión,
-Organización del tiempo de estudio y trabajo para que los agentes se sientan capacitados y
del estudiante en créditos europeos, que comprometidos con su futura vida profesional.
muestran una temporalización global, Innovación, se concibe como la competencia
focalizada entre 25 y 30 horas de actividad del de creatividad para mejorar el estilo de saber,
estudiante. hacer y ser de los profesionales de cualquier
-Calidad de los materiales didácticos ámbito y el impacto determinante al elaborar
elaborados por el docente, que se concretan bienes y servicios, que en la sociedad de la
en guías, unidades, recursos y tipología de información se requieren, convirtiendo esta
tareas, esenciales para mejorar los resultados mejora integral y permanente en el principal
de aprendizaje. valor de la formación de docentes, estudiantes,
Se requiere que las universidades diseñen y universidades e instituciones.
lleven a cabo lo realizado en la planificación de Comunicación-diálogo entre culturas,
competencias, resultados de aprendizaje entendido como la disponibilidad y generación
intermedios y ambiente interactivo y de un discurso abierto, empático y fluido, que
colaborativo para el adecuado desarrollo presenta las imágenes mediante las cuales
integral de los estudiantes. Nos proponemos lograr el entendimiento y compartir los
ofrecer a las universidades una línea mensajes clarificadores que se logran en un
programática, que respetando la autonomía de continuo encuentro entre personas,
docentes e instituciones, siente las bases para comunidades y culturas. La comunicación
la mejora de los procesos de enseñanza y didáctica exige al docente un estilo de claridad,
aprendizaje, así como la adaptación del cercanía y empleo de auténtico significado en
desempeño docente, singularmente en el el pensamiento, mensajes, textos y espacios
primer curso de Universidad. Capacitación de textuales, en un diálogo cada vez más intenso.
docentes y discentes en las competencias: El encuentro entre las culturas se basa en el
identidad profesional, innovación, entendimiento mutuo y el conocimiento de la
comunicación-diálogo entre culturas y digital cosmología esencial de cada cultura, la toma
tecnológica. La respuesta a esta capacitación de conciencia de los problemas que les
depende de que apliquemos tareas, adaptadas inquietan y los procedimientos para atender y
en aulas de aprendizaje colaborativo e resolver tales problemas.
innovador. La formación basada en Tecnológica-digital, entendida como la
competencias representa una perspectiva combinación de saberes, estilo de acción y
transformadora para responder a los retos de actitudes favorables ante la utilización,
la futura profesión y prepararse para asumir los recreación, desarrollo y adaptación creativa de
continuos cambios de la sociedad del TIC en los actos educativos, formas nuevas de
conocimiento, avanzando en nuevos entendimiento y relación entre los seres
horizontes de cohesión social, desempeño de humanos y las diversas comunidades.
microempresas y escenarios abiertos al Las TIC en su versatilidad y variedad, según
desafío de la glocalización. Sevillano y Vázquez (2015), facilitan nuevas
Hemos destacado en trabajos anteriores formas de aprendizaje ubicuo y móvil,
(Medina, 2013; Domínguez, Levi, Medina, y propiciando a las personas en general y a los
Ramos, 2014; Medina, Domínguez, y Ribeiro, estudiantes en particular nuevos ambientes de
2011; Medina, Domínguez, y Sánchez, 2008, aprendizaje y fórmulas creativas para realizar

44 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
los actos comunicativos, promover la modelos, figuras y paradigmas personales,
interacción entre los seres humanos y generar familiares y profesionales son ejemplos de
escenarios de máxima flexibilidad y adaptación dominio previo de las competencias a
a cada aprendiz. desarrolla, auto y co-propuestas desde tareas
Métodos y tareas para desarrollar las personales y en parejas.
competencias propuestas: Los métodos
didácticos son abundantes y destacamos los Referências
más pertinentes para avanzar en el dominio de Domínguez, C., Leví, G.D.C., Medina, A., & Ramos,
las competencias explicitadas, implicando a E. (2014). Las competencias docentes:
docentes y estudiantes en la búsqueda de los diagnóstico y actividades innovadoras para su
más relevantes: método de proyectos, desarrollo en un modelo de educación a
distancia. REDU. Revista de Docencia
aprendizaje basado en problemas, trabajo
Universitaria, 12(1), 239-267.
colaborativo y en equipo, enseñanza mutua, Medina, A. (coord.) (2013). Formación del
estudio de casos, y la integración de varios profesorado. Actividades innovadoras para el
métodos, coherentes con las modalidades de desarrollo de competencias. Madrid: Ramón
tecnología y contenidos a trabajar, las tareas a Areces.
realizar, la tipología de los estudiantes, análisis Medina, A., Domínguez, M.C., y Sánchez, C.
de fuentes, organización de los medios, etc. (2008). Formación de las competencias de los
Estos métodos han de completarse con discentes mediante un diseño integrado de
heurísticos como son la auto co-observación, medios. Eccos Revista Científica, 10(2), 327-
grupos de discusión, análisis de narrativas, 357.
Medina, A., Domínguez, M.C., y Sánchez, C.
entre otros. Las tareas a realizar constituyen la
(2013). Evaluación de las competencias de los
base y el elemento más adecuado para estudiantes: modelos y técnicas para la
avanzar en el desarrollo de las competencias valoracion. Revista de investigación educativa,
pretendidas. RIE, 31(1), 239-256.
Al aplicar narrativas y autobiografías, en Medina, A., Domínguez, M., & Ribeiro, F. (2011).
relación a cada una de las competencias Formación del profesorado universitario en las
mencionadas, se convierte la reflexión de la competencias docentes. Revista historia de la
experiencia, previa en cada competencia, en el educación latinoamericana, 13(17), 119-138.
contenido y base del relato. La identificación de Sevillano, M.L. y Vázquez, E. (2015). Dispositivos
digitales móviles en educación. Madrid: Narcea.

Quality of life technologies: Facilitators and barriers


Arminda Guerra Lopes, Eurico Lopes
Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal
Keywords: Quality of life technology, Assistive technology, Older people, Disable people

The quality of life (QoL) technologies are those Another standard for classifying assistive
that contribute to transform lives in a large and technologies is the International Standard ISO
growing segment of the population, people with 9999 developed by the International
reduced functional capabilities due to aging or Organization for Standardization (Bougie,
disability. The field is a cross disciplinary one 2008).
which involves team of technologists, Assistive products, by ISO, are classified
clinicians, industry, end users, and other according to their function: products for
stakeholders to create revolutionary personal medical treatment, skills training,
technologies that will improve and sustain the personal care and protection, personal
QoL for all people. There are several mobility, housekeeping, communication,
technologies that could be classified as QoL information and signaling, handling objects and
systems. The Assistive Technology Act of 1988 devices, environmental improvements, tools
extended this definition to include “any item, and industrial machinery, furnishing and
piece of equipment, or product systems, adaptations to homes, recreation, and orthoses
whether acquired commercially, modified, or and prostheses. Along the years many social
customized, that is used to increase, maintain, barriers have been removed or reduced for
or improve the functional capabilities of people with disabilities. But there is more work
individuals with disabilities”. that needs to be done for people with

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 45
disabilities to become more independent and someone communicate. Other examples are
involved in their world. wheelchairs, walkers, and scooters, which are
The goal of this paper is to settle some of the mobility aids that can be used by persons with
technologies that can improve the people QoL physical disabilities. The development of
and to discuss examples of social facilitators technologies for QoL is defined as intelligent
and barriers as factors to determine the systems that augment body and mind functions
technology application. The first step in the for self-determination for older adults and
technology development process is to people with disabilities. QoL technology
understand the users and their needs and systems can take many forms: they could be a
preferences (Stanton et al., 2005). Qualitative device that a person carries or wears, a mobile
and quantitative methods can be used to system that accompanies a person, or a
identify those needs and preferences. The technology – embedded environment in which
output of this field is to develop intelligent a person lives. New technologies are only as
systems ranging from individual devices to successful as they are easy to use by all
comprehensive environments that enhance members of the user population. Efforts to
body and mind. The devices communicate with reach older consumers are often impeded by
a person and understand his/her needs and lack of understanding of the abilities,
task goals, and compensate for or replace requirements, and preferences of this
diminished capabilities appropriately, safely, population. Many computer-based systems
reliable and graciously. The main goal of these have been designed with little regard for the
technologies will be to restore and preserve potential older adult uses. There are different
independence allowing people to freely types of barriers and facilitators in the area of
perform valued and necessary activities of daily QoL technologies; they depend on the user
living so that they can fully participate in profile (e.g., type of disability, age, user
society. The successful technology experience with technology) and the
development in this field is highly dependent on technology goal. The main barriers we found
collaborative interdisciplinary teams involving are lack of financial support and lack of user
social scientist, clinicians, engineers and support.
computer scientists. The QoL technology intervenes in people’s
The user-focused approach and methodology lives to decrease activity limitations and
drive the technology development to ensure participation restrictions. Assistive technology
that any subsequent devices and systems are is an example of QoL technology, which
grounded within a thorough understanding of includes any item that is used to maintain or
the needs, preferences and desires of the improve functional capabilities. Besides the
potential users. A key aim was to take into diversity of these types of technologies we face
account the everyday realities within which several barriers to consider them as available
people come involving factors associated with technologies for all: there are different order
the person, context, everyday activities, barriers such as: financial, policy and support
personal meanings and well-being. The barriers. We also consider that the design and
improve people’s QoL, technology should not development undergoes in considering, as
exist for itself, but rather for bringing added much as possible, the user characteristics and
value to people’s daily life. People with his predisposition to use technology, and at the
disabilities need health care and health same time the concerns of availability and
programs for the same reasons anyone else accessibility.
does – to stay well, active, and a part of
community. Assistive technologies (AT) are References
devices or equipment that can be used to help Boogie, I.T. (2008). ISO 9999 Assistive Products for
a person with a disability fully engage in life Persons with Disability: Classification and
activities. AT’s can help enhance functional Terminology. In A. Helal, M. Mokhtari, and B.
independence and make daily living tasks Abdulrazack (eds.), Engineering Handbook od
Smart Technology for the Aging, Disability and
easier through the use of aids that help a
Independence (chap. 6, pp. 117-126). Hoboken,
person travel, communicate with others, learn, NJ: John Willey & Sons, Inc.
work and participate in social and recreational Stanton, N.A., Salmon, P.M., Walker, G.H., Baber,
activities. An example of assistive technology C., & Jenkins, D.P. (2005). Human factors
can be anything from a low-tech device, such methods: A practical guide for engineering and
as a special computer that talks and helps design. Aldershot, UK: Ashgate Publishing.

46 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
REA: Propuesta para el uso eficiente de los recursos educativos abiertos en la Educación
Superior
Carmelo Branimir España Villegas, Manuel Caeiro Rodriguez
Universidad de Vigo, Spain
Keywords: Recursos educativos abiertos, Tecnologias de la informacion y comunicacion,
Tecnología educativa
y evaluación de la calidad de los REA, basado
No hay duda que desde hace mucho tiempo en una revisión completa de diferentes
las Tecnologías de la Información y perspectivas a través de la literatura científica,
Comunicación (TIC) así como internet, tienen que permita contar con una herramienta de
un crecimiento exponencial y sin límites, en consulta para los profesores en la
todo el mundo se desarrollan nuevas y implementación eficiente de los REA
múltiples aplicaciones para diferentes considerando los siguientes elementos:
dispositivos y con un aporte importante en dimensión cultural, dimensión pedagógica,
todos los ámbitos profesionales. En la dimensión tecnológica, dimensión ergonómica
educación igualmente se ha tenido importantes y de accesibilidad, y evaluación de
avances, incluyendo además términos como competencias.
elearning, blearning, etc. y desde hace más de El marco teórico de la investigación
una década incluyen y se desarrollan considerará inicialmente 3 aspectos:
diferentes plataformas para el uso de los REA. - Contenidos educativos: cursos completos
En el año 2002, UNESCO se convirtió en la (programas educativos), materiales para
organización anfitriona de la discusión cursos, módulos de contenido, objetos de
internacional en torno a esta iniciativa, cuando aprendizaje, libros de texto, materiales
en el “Foro sobre Impacto de los Cursos multimedia (texto, sonido, vídeo, imágenes,
Abiertos para Educación Superior en los animaciones), exámenes, compilaciones,
países en desarrollo” se adoptó Open publicaciones periódicas (diarios y revistas),
Educational Resouces (sigla OER del inglés) etc.;
cuya traducción al español es Recursos - Herramientas: software para apoyar la
Educativos Abiertos (REA) (UNESCO, 2012), creación, entrega (acceso), uso y
en el que se recomienda el uso de los mismos mejoramiento de contenidos educativos
para beneficiar a sectores que habitualmente abiertos. Esto incluye herramientas y sistemas
no tienen acceso a recursos abiertos y para: crear contenido, registrar y organizar
gratuitos, con el principal objetivo de contenido; gestionar el aprendizaje y
democratizar la educación. desarrollar comunidades de aprendizaje en
El término REA designa a materiales de línea;
enseñanza, aprendizaje e investigación en - Recursos de implementación: licencias de
cualquier soporte, digital o de otro tipo, que propiedad intelectual que promuevan la
sean de dominio público o que hayan sido publicación abierta de materiales; principios de
publicados con una licencia abierta que diseño; adaptación y localización de contenido;
permita el acceso gratuito a esos materiales, y materiales o técnicas para apoyar el acceso
así como su uso, adaptación y redistribución al conocimiento. Por lo general, quienes crean
por otros sin ninguna restricción o con REA, permiten que cualquier persona use sus
restricciones limitadas. Las licencias abiertas materiales, los modifique, los traduzca o los
se fundan en el marco existente de los mejore y, además, que los comparta con otros.
derechos de propiedad intelectual, tal como Se debe tener en cuenta que algunas licencias
vienen definidos en los correspondientes restringen las modificaciones (obras
acuerdos internacionales, y respetan la autoría derivadas) o el uso comercial (Boneu, 2007).
de la obra (Santos-Hermosa, Ferran-Ferrer, & Los conceptos de compartir en el ámbito
Abadal, 2012). educativo no son nuevos, pero los REA,
Este trabajo recogerá información sobre el establecen el uso de las TIC, en el que se
estado actual y aplicación de los REA en la debate cual es la implicancia real en la mejora
Universidad de Vigo, en base a los resultados del proceso enseñanza aprendizaje, muy
a obtener, se propondrá un documento base cuestionado por la sociedad.
con un modelo de criterios e indicadores con Se ha realizado una revisión de
recomendaciones para la correcta clasificación investigaciones, que nos permiten compartir

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 47
datos estadísticos sobre la realizad existente realizar, y que no solo considere las
en la temática de REA y el impacto en la herramientas informáticas o el desarrollo de
educación tanto en la escuela como en la software o medios tecnológicos de uso ya
comunidad universitaria, por lo que este cotidiano en la actualidad, sino que permita
trabajo inicial permitirá proponer una tesis efectivamente que el profesor un su nuevo rol
doctoral para determinar el impacto de los REA educativo tenga la capacidad de mejorar la
en el ámbito universitario a desarrollarse en la calidad de la enseñanza y el alumno tenga la
Universidad de Vigo, España. posibilidad no solo de utilizar herramientas
Considerando el análisis previo realizado similares en cualquier centro educativo, sino
sobre las investigaciones y literatura respecto pueda desarrollar esa capacidad cognitiva que
de los REA, se planteará la investigación actualmente pese a la inversión en tecnología
descriptiva de corte cuantitativo – cualitativo. y proyectos para la educación, no brindan los
En España y, específicamente en la ciudad de resultados como lo establecen estudios al
Vigo, existen diferentes investigaciones y respecto.
trabajos sobre los REA, pero además de contar
con datos al respecto desde la perspectiva Referências
tecnológica, es necesario saber que es lo que Santos-Hermosa, G., Ferran-Ferrer, N., & Abadal,
se conoce de los REA y cual ha sido el impacto E. (2012). Recursos educativos abiertos:
real en el uso de los mismos en el ámbito repositorios y uso. El profesional de la
universitario. Asimismo, los cambios información, 21(2), 136-145.
Pinto, M., Gómez-Camarero, C. (2011). Propuesta
constantes en la tecnología y su aplicación en
de criterios e indicadores internacionales para la
diferentes ámbitos educativos, hacen evaluación de los recursos educativos
necesarios estudios complementarios y electrónicos. Ibersid: Revista de sistemas de
actualizados, aprovechando resultados información y documentación, 5(0), 81-87.
expuestos en investigaciones de la UNESCO, Dimension culturelle, Instructional designer’s
Harvard, PISA, investigadores de diferentes competency profile. Retrieved from:
universidades, que coinciden en que pese a http://www.q4r.org/Q4RInstruments/Cultural/tab
esfuerzos importantes, se requiere mayor id/112/language/fr-FR/Default.aspx
trabajo y difusión a diferentes niveles. UNESCO realiza 10 recomendaciones a los
La importancia de los REA con fines gobiernos para promover el acceso universal a
la Educación. Retrieved from:
educativos está presente en los procesos de
http://noticias.universia.ad/educacion/noticia/20
enseñanza - aprendizaje. El desarrollo de 15/04/28/1124121/unesco-realiza-10-
Internet y la evolución de las herramientas recomendaciones-gobiernos-promover-acceso-
Tecnológicas de la TIC han cambiado los universal-educacion.html
paradigmas educativos, en el que se requiere Seminario Internacional Mejorar los aprendizajes
mayor competencia tecnológica ante el en la educación obligatoria: Políticas y actores;
número cada vez mayor de recursos de Mejorar los aprendizajes en la educación
aprendizaje, pero también debe estar presente obligatoria: políticas y actores. Retrieved from:
el factor de la calidad de estos REA, y http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002349
garantizar la excelencia de los procesos /234977s.pdf
Las TIC en la Educación, Organización de las
educativos, que ante informes recientes de
Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia
investigaciones se determina que y la Cultura. Retrieved from:
especificamente en España los resultados http://www.unesco.org/new/es/unesco/themes/i
académicos no mejorán, pese a importantes cts
inversiones económicas realizadas. Por lo Hewlett Fundación (2007). Open Education
tanto consideramos que el proponer nuevos Resources (OER) – Making high quality
paradigmas actualizados para la aplicación en educational content and tolos freely available on
los centros de enseñanza, deben realizarse a the web. Retrieved from:
través de la correcta interpretación de http://www.hewlett.org/Programs/Education/OE
resultados que se tenga de la investigación a R/openEdResources.htm

48 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Reach your targets and miss the point! The educational technology paradox in 2016: Digital
technologies vs. elusive educational goals
François Marchessou
France
Keywords: Educational technology, Digital technologies, Elusive educational goals, MOOCs

By “target” we mean the development and teams from the most reputed university
integration of connected interactive hardware departments. Students of all age groups have
and software in the classrooms worldwide. flocked and the end results are ...at best
This has been achieved or is being achieved mixed.
through the lowering of economic and In some innovative formats involving
operational barriers, the expansion of web- individualized feedback and “coached”
based tools etc. The point that has been models, 90 % of the students registered have
missed or overlooked however is the actually finished the course whereas the free
intellectual, social and ethical progress that robotics MOOC taught by Stanford University
education is supposed to bring about. had a completion rate of only 2 per cent. In
The correlation between ed-tech and most cases overall quantitative attrition results
cognitive and metacognitive progress remains are usually high.
hazy and often problematic. Whereas simple These sobering observations do not entail a
laptops, tablets and smartphones are now sweeping rejection of technologies in
available in the remotest and poorest parts of secondary or higher education. They just
the world as we have observed, in-depth, mean that the “divide”, the profound
independent assessments of students who educational gaps have to be tackled and
are actually using those tools do not show partially at least, bridged or solved. Gone are
significant advances in actual results. the high price and complication of computers
In late 2015, the Organization for Economic and software, they are widely available
Co-operation and Development (OECD) everywhere now through smartphones,
published an in – depth study of the impact of tablets, Web-based apps, etc. The time is ripe
school technologies on international test for an honest appraisal of the motivations
results such as the well-known OECD PISA behind the selection and contextualization of a
regular evaluations of levels in reading, given technology by educators.
mathematics and science taken in more than After 20 years or so, the risks of a blind faith in
70 countries. the advent of an “educational millennium”
The results “show no appreciable have now been identified. This complex
improvements” and the director of education appraisal could derive much benefit from the
services at the Organization, Andreas enlightening diagnoses carried out by a
Schleicher goes so far as to say that “the socio number of cross disciplinary authors (see list
economic divide is not bridged” (by computers of references below) who have detected a
in the schools) and that making sure all variety of obstacles both superficial and deep-
children have a good grasp of reading and seated, which deprive students of much of the
math’s is a more effective way to close the gap benefits they could derive from technological
than “access to hi-tech devices”. We will go interactions. Among the avenues to be
back to the OECD assessment of those explored, are the insufficient periods of time
educational shortcomings that can be actually spent with the students, the lack of
observed after a massive technological flexibility in the design of tech-based learning
investment in schools. If we now turn to higher environments, the absence of cross-cultural
initial and continuing education, four years ago perspectives and flexibility in the design and
(2012) the buzzword, the forthcoming miracle administration of the learning material etc.
was MOOCs: they would bring the best course Digital gaps still exist in education, they are not
contents to students worldwide, irrespective of where they were supposed to be but an
their social status or geographical location and enlightened, fully integrated use of the
help create international networks of highly appropriate technologies can help build the
motivated interactive learners. Since then, indispensable bridges.
many high quality courses (MOOCs) have
been designed and produced by talented

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 49
References Carr, N. (2014). The glass Cage: Automation and
Coughlan, S. (2015). Computers “do not improve” Us. New York: W.W. Norton & Company.
pupil results, says OECD. Retrieved from Turkle, S. (2011). Alone together: Why we expect
http://www.bbc.com/news/business-34174796 more from technology and less from each other.
Carr, N. (2010). The Shallows. How the internet is New York: Basic Books.
changing the way we think, read and remember. Byrnes, N. (2015). Online Learning: Lessons from
London: Atlantic Books. the Digital Classroom. MIT Technology Review,
118(5).

50 10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society
Palavras-chave [Index of keywords]

Accessibilidade ........................... 10 Educação digital .......................... 29 Motivation .....................................20


Accessibility ................................. 42 Educação especial ...................... 22 Mudanças de hábitos ..................17
Acesso .......................................... 22 Educação mediada por Multimedia ....................................28
Active and healthy ageing ......... 32 tecnologias .............................. 31 Navigation ................................ 11, 42
Alterações de consumo ............. 17 Educaçao não formal.................. 25 Necessidades educativas
Alzheimer’s disease.................... 32 Educação presencial ............ 15, 40 especiais .................................22
Ambientes inteligentes ............... 10 Educación de adultos ................. 27 Nouveaux comportements .........20
Apprentissage des langues ....... 20 Educación no formal ................... 27 Novas tecnologias .......................17
Aprendizagem colaborativa com Educación superior ..................... 44 Numérique ....................................20
suporte computacional ............ 9 Education ..................................... 20 Older people.................................45
Aprendizagem online.................. 43 Educational technology .............. 49 Orientation ....................................42
Apropiación .................................. 39 E-learning ................................. 9, 18 Parkinson’s disease ....................32
Argumentação científica ............ 24 Elusive educational goals .......... 49 Participação .................................25
Assistive technology ................... 45 Enseignement supérieur ............ 38 Participación.................................27
Autonomia .................................... 25 Ensino de ciências por Pedagogias críticas .....................25
Autonomía.................................... 27 investigação ............................ 24 Peer’s balance .............................35
Big data ........................................ 32 Ensino superior...................... 15, 40 Persona.........................................13
Biomedical technology ............... 32 Entrevista de explicitación ......... 39 Plataformas digitais .....................18
B-learning ..................................... 18 Ergonomy ..................................... 28 Political education .......................13
Blended learning ......................... 35 Exclusão ....................................... 25 Pontuação ....................................12
Blind .............................................. 42 Formação e ensino- Produtos de apoio .......................22
Bring your own device ................ 34 aprendizagem ......................... 22 Project-based learning ................32
Cegos ........................................... 10 Games .......................................... 13 Projet Idex ....................................38
Cidadania ..................................... 22 Horizon 2020 ............................... 32 Quality of interaction ...................35
Ciências cognitivas ..................... 31 Idosos ........................................... 10 Quality of life technology ............45
Colaboração ................................ 10 Inclusão .................................. 10, 22 Recursos educativos abiertos ..47,
Collaborative learning................. 35 Inclusion ....................................... 42 48
Competencias ............................. 44 Innovation ..................................... 38 Serious games .............................13
Comportamento .......................... 17 Innovative thinking ...................... 32 Sintetizadores de fala .................12
Computer-supported learning ... 35 Inteligência coletiva .................... 10 Tablet ............................................20
Concept maps ............................. 35 Interação ...................................... 10 Tableta digital...............................39
Consumidores ............................. 17 Interaction..................................... 20 Tablets ..........................................17
Convergência educativa ...... 15, 40 Internet-of-things ......................... 32 Teacher training ...........................37
Creativity ...................................... 32 l’Ecole ........................................... 34 Technology acceptance model ..20
Cultura .................................... 22, 41 Learning management system .. 35 Tecnologia adaptada ..................22
Défi social .................................... 34 Learning processes .................... 28 Tecnología educativa ..................47
Digital resources ......................... 28 Learning technology ................... 13 Tecnologias da informação e
Digital technologies .................... 49 Leitores de ecrã........................... 12 comunicação ..................... 15, 40
Dinâmica dos grupos.............. 9, 43 Leitura ........................................... 12 Tecnologias de apoio ..................22
Dinâmica dos grupos da Literacia .................................. 18, 29 Tecnologias de informação e da
aprendizagem online ............... 9 Literacia digital............................. 29 comunicação ...........................24
Dinâmicas formativas ................. 29 Marketing sensorial ..................... 18 Tecnologias de la informacion y
Disable people............................. 45 Materiais didácticos .................... 44 comunicacion ..........................47
Discurso pedagógico .................. 24 Materiais didáticos ...................... 31 Tecnologías para la educación .27
Dispositifs numériques ............... 38 Mathematics................................. 28 TIC ........................... 1, 11, 22, 23, 44
Dispositivos de acesso............... 12 Mediação pedagógica ................ 31 Topological taxonomy score ......35
Dispositivos móveis .................... 10 Mobile applications ..................... 42 Turn-taking ...................................35
Distance education ..................... 37 Mobile learning ............................ 37 User experience ..........................13
Educação a distância ........... 15, 40 MOOCs ......................................... 49
Educação de adultos .................. 29 Moodle .......................................... 35

10th International Conference on Digital Exclusion in the Information and Knowledge Society 51

Você também pode gostar