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VERTENTES

HISTORIOGRÁFICAS DO
SÉCULO XX
AULA 5

Prof. Alexandre Olsemann


CONVERSA INICIAL

Iniciaremos, a partir deste ponto, estudos que contribuíram sobremaneira


para sua formação. Com o olhar voltado aos movimentos sociais e às mudanças
de paradigmas, entenderemos como se desenvolveu a maneira de se pensar a
historiografia nas décadas de 1960 e 1070.
Veremos os movimentos sociais, políticos e culturais das décadas de 60
e 70 e como tais manifestações influenciaram a forma de pensar tanto das
ciências sociais como das ciências humanas. Nesse cenário, vamos
contextualizar o como se instaurou a crise dos parâmetros de verdade ou
modelos explicadores e como o pensamento pós-modernos modificou os
estudos historiográficos e o ofício do historiador.
Entenderemos como essas mudanças, que acontecem em nível mundial,
são propulsores que vão acelerar uma preocupação em torno de se pensar como
se compreender o universo que está ao nosso redor. Para melhor nos
organizarmos, vamos dividir nossa aula nos seguintes temas:

• Tema 1: Movimentos sociais e crise de paradigmas;


• Tema 2: A crítica aos paradigmas;
• Tema 3: Novas perspectivas;
• Tema 4: Walter Benjamin: sociedade de massas/cultura;
• Tema 5: Hayden White: articulações com a teoria literária.

TEMA 1 – MOVIMENTOS SOCIAIS E CRISE DE PARADIGMAS

Vamos iniciar nosso estudo direcionando nosso olhar para os movimentos


sociais que foram importantes na década de 60 e que, de certa forma, alteraram
a estrutura do pensamento em uma esfera mundial. Para além da história, tais
movimentos foram relevantes para outras áreas do conhecimento, como
antropologia, sociologia, psicologia e a teoria literária.
Importa-nos saber que os movimentos sociais dos anos 60 são
fundamentais para a mudança de perspectiva do papel da intelectualidade.
Vamos conhecer alguns deles. Merecedor de destaque, o movimento hippie
surgiu em 1960, em São Francisco, nos Estados Unidos. Assim como outros
movimentos, buscava direitos civis, pregava o pacifismo e uma contracultura.
Vivenciando o contexto norte-americano da Guerra do Vietnã e da invasão ao

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Camboja, o movimento hippie desenvolveu grandes manifestações e impactou
no modo de viver daquela época, estendendo-se a outros países.

Figura 1 – Manifestante antiguerra, Washington, D.C. Outubro, 1967

Crédito: Frank Wolfe/PD.

Saiba mais
Conheça um pouco mais sobre a cultura e o movimento hippie pela
webstorie publicada pela Folha, disponível em
<https://www1.folha.uol.com.br/webstories/cultura/2021/01/a-historia-do-
movimento-hippie/>. Acesso em: 19 ago. 2021.

Temos também no movimento negro um importante vetor de


questionamentos e proposições de mudança, com destaque às figuras de Martin
Luther King Jr e Malcolm X, ambos ativistas dos direitos políticos e sociais dos
negros. Podemos destacar que, em 1964, King ganha o Prêmio Nobel da Paz
por combater o racismo nos Estados Unidos através da resistência não-violenta.
Há muitas publicações sobre Martin Luther King Jr para que você busque
ampliar seu conhecimento, mas aqui deixamos a você a indicação de um
material audiovisual. No filme “Selma: uma luta pela igualdade”, é possível
conhecer um pouco sobre a atuação desse importante ativista. Disponível em:
<https://www.adorocinema.com/filmes/filme-175581>. Acesso em: 31 ago. 2021.
Nesse momento de nosso estudo, importa-nos entender que, nos anos de
1960, vivencia-se um mundo em transformação. De forma geral, isso leva a uma
preocupação e a uma revisão de conceitos de se estar e de se pensar o mundo.
Esses questionamentos se estendem ao que se pensa em termos dos registros

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historiográficos e na maneira de se pensar a história. É uma época em que se
observam várias manifestações sociais, culturais e políticas.
Há vários outros movimentos surgindo nesse período, como a ampliação
dos direitos da mulher e dos homossexuais, grupos sociais que buscam garantir
espaço de direito nessa nova perspectiva social que estava em formação nas
décadas de 60 e também nos anos 70.
As primeiras discussões teóricas a respeito de gênero surgiram na década
de 60 e ganharam maior força nas décadas seguintes. Assim como o próprio
movimento feminino, são décadas desse período de manifestações em busca de
maior espaço de maior liberdade por parte da mulher.
Para completar esse cenário, identificamos o movimento estudantil de
1968, ocorrido na França, símbolo da contestação juvenil. Tal movimento abalou
não só paradigmas culturais e teóricos desse período, como também colocou em
voga questões relacionadas às discussões políticas e aos espaços social,
político e cultural ocupados por esses estudantes.
As manifestações estudantis também vão acontecer no Brasil, como a
passeata dos 100 mil. Uma manifestação estudantil de organização dos
estudantes contra a ditadura militar brasileira que estava funcionando no país
desde 1964. Nesse contexto, vemos nascer uma grande força e organização do
movimento estudantil que não existia anteriormente.
Por fim, devemos entender que essas mudanças são significativas fazem
surgir novos olhares sobre esses sujeitos e suas manifestações. Nisso,
contribuem os meios de comunicação de massa que estavam em expansão. Daí,
nascem novos padrões culturais e vemos surgir a velha discussão que a própria
antropologia já fazia a respeito dessa pulverização e dessa variedade de culturas
que temos mundialmente.
Essa multiplicidade de movimentos gerou várias rupturas e fez surgir
questionamentos ao modo como as ciências humanas e as ciências sociais
conduziam seus estudos. A partir disso, buscou se pensar em teorias e
metodologias que pensassem nos agrupamentos, nos novos sujeitos históricos
em termos contemporâneos e no que tais grupos significam historicamente.

TEMA 2 – A CRÍTICA AOS PARADIGMAS

Em nosso estudo anterior, mencionamos alguns importantes movimentos


que trouxeram à tona questionamentos sobre os estudos das ciências sociais e
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humanas. Tal posicionamento ocasionou as rupturas que aconteceram nas
décadas de 60 e 70 sobre os grandes modelos teóricos e sobre as teorias
historiográficas vigentes.
Para nosso entendimento, no que tange à historiografia, vamos nos
centrar na referência mais questionada, a qual dizia respeito à herança e aos
modelos que ainda existiam do Século 19. Tais paradigmas buscavam formas
de pensar e estudar a história segundo as propostas iluministas do Século 18.
Aqui nos convém lembrar que o modelo iluminista, que já estudamos
anteriormente, refere-se à noção da história como verdade.
O questionamento sobre essa concepção de história passou a ser cada
vez mais crescente, principalmente pelo surgimento do movimento estudantil e
do aumento do número de universidades.
Diante disso, observamos que as críticas aos paradigmas teóricos advêm
desses novos olhares que começam a surgir de grupos politizados, pois, naquele
contexto, crescia o número de agremiações estudantis de onde surgem
discussões teóricas e filosóficas.
Para nosso estudo, ao realizar um recorte sobre histórico, percebemos
uma militância mais ativa nos países latino-americanos. Isso se justifica pelo
número de países da América Latina que, a partir de 1960, vivenciam governos
ditatoriais. Nesse cenário, percebemos o crescimento significativo de uma
militância de oposição, com a visão contraria os regimes ditatoriais e o
surgimento de partidos de esquerda.
Você conhece a União Nacional do Estudantes (UNE)?
A UNE é a entidade máxima dos estudantes brasileiros e representa cerca
de seis milhões de universitários de todos os 26 Estados e do Distrito Federal.
Acesse o site e amplie seu conhecimento sobre a organização estudantil do
nosso país.

Fonte: União Nacional dos Estudantes (UNE), [S.d.].

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É preciso entendermos que, nesse momento, os estudantes começam a
participar ativamente de vários movimentos. Além de politizados, tais estudantes
são vinculados a cursos de graduação, sejam das ciências sociais ou das
ciências humanas, e começam a questionar as bases de formação nesses
cursos. Daí advém os questionamentos da capacidade analítica das ciências de
forma geral.
Diante disso, para a historiografia, no meio intelectual e acadêmico, surgia
a necessidade de haver uma nova adequação da pesquisa histórica. Surgem
diversos modelos teóricos chamados macroexplicadores, que tentam dar conta
da totalidade de novos grupos sociais e das mudanças globais. Esses estudos,
em sua maioria, apresentam como base concepções de característica
estruturalista. Para nosso estudo, no que tange às macroestruturas, destacamos
duas importantes contribuições advindas de David Émile Durkheim (1858-1917)
e Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920) e alguns pressupostos marxistas que
dão conta desses grandes esquemas explicativos.
É preciso esclarecer que, conforme novos sujeitos despontam, grupos se
organizam e há a necessidade de se pensar uma historiografia que abarque
esses agrupamentos. É importante ter em mente que as proposições teóricas
que surgem advêm de concepções anteriores e que, de forma alguma, o que
veremos surgir rechaça totalmente as modificações que já aconteceram e que já
foram propostas tanto pela Teoria dos Annales como pelos marxistas. Vemos
surgir estudos que revelam novos enfoques e perspectivas sobre essas teorias
e que serão amplamente discutidos nas décadas dos anos 80 e 90.

TEMA 3 – NOVAS PERSPECTIVAS

Para darmos continuidade ao nosso estudo, vamos conhecer as


perspectivas que surgem nos anos de 1960 e 1970 e que se encaminham para
as décadas seguintes, chamadas de teorias da pós-modernidade.
Em nosso estudo, vamos nos ater à ideia de pulverização do
conhecimento. Mas como podemos entender isso? Ao mesmo tempo em que há
uma junção do que tínhamos como referência de paradigmas antigos, há
também novas possibilidades e uma diluição cada vez maior das margens que
separam determinadas áreas do conhecimento.
É oportuno entendermos aqui que, ao mesmo tempo em que temos os
defensores dessa abertura de discussões sobre as formas de se pensar outras
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metodologias, temos na contramão aqueles que fazem as críticas ao que está
acontecendo. Esse fato torna esse momento efetivamente bastante rico na
amplitude de diálogos possíveis entre as diversas áreas do conhecimento.
Percebemos isso na ocorrência de diversas manifestações socioculturais
e políticas que acontecem no Século XX. Podemos afirmar que o pensamento
pós-moderno é fruto das manifestações que aconteceram. Lembremo-nos do
que contextualizamos anteriormente no meio acadêmico – as manifestações e
as proposições de mudança de pensamento e de inclusão de novos sujeitos
ativos política, social e culturalmente.
Para nosso estudo, vamos olhar mais atentamente para as ideias de
discurso que surgem na pós-modernidade e sua influência na historiografia. Uma
das figuras fundamentais que Hayden White (1928-2018). Este importante
historiador aponta para a concepção de produção do discurso como elemento
central no processo de construção do conhecimento histórico. White diferencia
a historiografia de outras formas narrativas, atribuindo a ela um caráter narrativo.
Nas palavras de Bruno Leal, da Agência CaféHistória:

Um dos grandes expoentes da chamada “Virada Linguística” na


História – o movimento destacava a relação entre filosofia e linguagem
– White escreveu livros que provocaram da maneira mais criativa
possível o campo da Teoria da História. Entre esses livros estão
“Metahistória” (1973), “Trópicos do Discurso” (1978) e, mais
recentemente, “The Practical Past” (2014). Nessas obras, White
trabalhou com perspectivas que questionaram conceitos e noções já
bastante arraigadas no campo historiográfico, tais como verdade,
método, autoridade, cientificidade, evidência, entre outros tantos.
(Leal, 2018)

Em termos historiográficos, essas reflexões pós-modernas ganham


amplitude e vemos novas fontes, metodologias e teorias sendo utilizadas. O
grande ganho para a historiografia é pensar nas várias possibilidades a respeito
do que as fontes podem dizer para os historiadores e o amplo diálogo que a
história pode realizar com outras áreas do conhecimento.
Aqui nos é oportuno destacar a figura de Walter Benjamin (1892-1940),
pois ele propõe que podemos pensar nas questões relacionadas ao cultural para
entender uma ideologia que é dominante. Vamos conhecer mais sobre ele na
sequência de nosso estudo.

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TEMA 4 – WALTER BENJAMIN: SOCIEDADE DE MASSAS/CULTURA

Neste momento de nosso estudo, vamos conhecer um pouco sobre


Walter Benjamin, uma das importantes figuras de produção historiográfica dos
anos 30 e início de 1940.
Conheça a biografia de Walter Benjamin, importante filósofo, ensaísta,
crítico literário e tradutor que contribuiu com vasta obra literária. Acesse o site
eBiografia e amplie seu conhecimento.

Crédito: Walter Benjamin/PD.

Podemos considerar como uma das grandes contribuições de Benjamin a


reflexão e o estudo sobre a cultura de massa, sendo essa uma característica que
é abarcada pela historiografia e pelos estudos historiográficos após a década de
1960.
Os estudos de Benjamin são relevantes também para áreas do
conhecimento e da pesquisa científica, como sociologia, literatura e teoria
literária. É importante destacarmos que ele vivenciou o momento europeu do
entreguerras e os horrores do nazismo nas décadas de 30 e 40.
Suas proposições e estudos derivam em grande medida das teorias
marxistas. Nesse sentido, entendemos que ele parte de análises que pensam as
bases da sociedade em termos econômicos. Contudo, Benjamin direciona seu
olhar também para os movimentos nos níveis culturais, realizando reflexões
sobre a sociedade e a cultura de massa.
É interessante pensarmos no contexto em que Benjamim estava, o viés
dos estados totalitários que estavam no poder na Europa naquele momento, e
entender que esses governos usavam veículos de massa para angariar a
simpatia da população. Para isso, foi criada uma estética muito específica, a
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exemplo do que foi desenvolvido na Alemanha nazista na década de 30 por
Hitler. Esse tipo de comunicação tinha uma estética com elementos culturais que
foram pensados, especificamente, para criar uma ideia de esplendor, de
expectativa de crescimento da Alemanha. Neste momento mundial, temos na
radiodifusão um elemento de grande divulgação das ideias nazistas, assim como
no cinema.
Uma excelente dica de leitura é a obra “Sobre o conceito de História:
edição crítica”, de Walter Benjamin, com organização e tradução de Adalberto
Müller e Márcio Seligmann-Silva. Publicado pela Alameda Editorial em 2020, a
leitura desse livro será de grande valia para sua formação.
<https://www.alamedaeditorial.com.br/historia/sobre-o-conceito-de-
historia-de-walter-benjamin>.
Vivenciando esse contexto, Benjamin realiza seus estudos e proposições
buscando entender a história por meio do que o ser humano produz, pelo viés
do materialismo histórico, dialogando assim com a teoria marxista. Para nosso
estudo, importa termos em mente que o historiador é homem do seu tempo. Em
seu ofício, olha para o passado; porém, imbuído de uma cultura que lhe é
presente. Deste modo, o historiador tenta entender as questões sociais, políticas
e econômicas que permeiam a história e identificar valores culturais, de violência
e de barbárie nas sociedades.

TEMA 5 – HAYDEN WHITE: ARTICULAÇÕES COM A TEORIA LITERÁRIA

Para darmos continuidade ao nosso estudo, vamos conhecer alguns


pontos das abordagens teóricas propostas por Hayden White (1928-2018),
historiador estadunidense que fez uso da teoria literária para pensar as
narrativas históricas. White propunha uma nova revisão das teorias e
metodologias historiográficas, pensando no discurso fruto de seu tempo,
intencional e com relações políticas.
Vamos buscar entender que as manifestações teóricas de White
apresentam grande relação com o que chamamos de virada linguística. Para
nosso estudo, é importante entender que a ideia de White era pensar nas
palavras que articulam o discurso do historiador. Temos, assim, a concepção do
historiador que, longe do passado que é seu objeto primeiro de análise, acaba
produzindo algo de cunho do imaginário e também um discurso.

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Desse modo, percebemos que, em seus estudos e proposições, Hayden
apresenta articulações com a teoria literária. Está presente em seu ideário a
concepção de se trabalhar o discurso, a visão de que tudo o que se produz tem
um sentido e faz parte de um determinado tempo.
Para White, na prática do ofício, os estudos e registros historiográficos
fazem parte das características daquele historiador e ele é tomado de sentido
propositalmente. Diante desse entendimento, temos esclarecido que o passado
é produzido pela linguagem do historiador, com base em estudos e descobertas
em arquivos e diversidade de fontes. Contudo, o historiador produz uma
determinada análise e dela advém um discurso que é construído de acordo com
a vivência, cultura, ideologia etc. próprias dessa pessoa.
Hayden vai pensar nessa estrutura verbal na forma de um discurso
narrativo em prosa que dá conta da explicação da produção do texto
historiográfico.

Saiba mais
Na obra “Meta-história: a imaginação histórica do Século XIX”, você vai
conhecer as reflexões e proposições de Hayden White. Publicado pela EDUSP,
com tradução de José Laurênio de Melo, trata-se de um livro que vai contribuir
com a sua formação.

É importante ter a mente que, para Hayden, o exercício da imaginação


histórica permeia o processo de pesquisa e de escrita do registro histórico.
Assim, ao pensar essa categoria da imaginação, ele estabelece um diálogo com
a teoria literária, propondo que o estilo historiográfico representa a combinação
de modos de elaboração de enredo, argumentação e implicação ideológica que,
conforme vimos anteriormente, são próprias de cada um.

NA PRÁTICA

Para nossa atividade prática, queremos propor que você assista a um


documentário sobre a 2ª Guerra Mundial. Em nossos estudos e leituras, vimos
como esse momento influenciou mundialmente a configuração do mundo que
conhecemos hoje, assim como as produções teórico-científicas em todas as
áreas do conhecimento. Diante disso, é oportuno que você assista ao vídeo aqui
sugerido ou pesquise em outros meios sobre esse acontecimento histórico.

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Sugerimos o vídeo “A história da Segunda Guerra Mundial: o caminho
para a guerra”, documentário do History Channel Brasil, disponível no YouTube
em: <https://www.youtube.com/watch?v=onbdxhEap0I>. Acesso em: 19 ago.
2021.
Outra opção interessante é o documentário da National Geographic
Channel, disponibilizado no site Dia a Dia Educação, da Secretaria de Educação
do Paraná (SEED-PR), no tema Redescobrindo a Segunda Guerra Mundial.
Disponível em:
<http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5507
>. Acesso em: 19 ago. 2021.

FINALIZANDO

Podemos afirmar que caminhamos firmes em nossa formação ao


finalizamos mais esse ciclo de estudos e leituras. Fizemos considerações sobre
a importância de diversos movimentos sociais surgidos nas décadas de 1960 e
1970 e contextualizamos os questionamentos que surgiram nas ciências
humanas e sociais a partir desses movimentos.
Entendemos que as teorias e os métodos de estudo propostos no
passado são retomados, revistos e, sobre eles, surgem novas proposições.
Conhecemos um pouco sobre a contribuição de Walter Benjamin e sobre a
cultura de massa, assim como também vimos as ideias de Hayden White sobre
discurso, narrativa histórica e teoria literária.
É importante esclarecer que o que estudamos até aqui se complementa
com seu próprio conhecimento de mundo e seu repertório de leitura e que
representa apenas uma parte de sua formação.

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REFERÊNCIAS

BARROS, J. d’A. Teoria da história: a escola dos Annales e a Nova História. v.


5. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.

BARROS, J. d’A. Teoria e formação do historiador. Rio de Janeiro: Vozes,


2017.

BENJAMIN, W. Sobre o conceito de História: edição crítica. Trad. Adalberto


Müller e Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Alameda, 2020.

GOHN, M. da G. M. Teorias dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e


contemporâneos. 11. ed. São Paulo: Loyola, 1997.

JENKINS, K. A história repensada. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

LEAL, B. Historiador Hayden White morre aos 89 anos. 6 mar. 2018. Agência
CaféCultura. Disponível em: <https://www.cafehistoria.com.br/historiador-
hayden-white-morre-aos-89-anos/>. Acesso em: 19 ago. 2021.

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