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Apostila 2 - História Do Direito
Apostila 2 - História Do Direito
Direito
Parte 2
Prof. Francisco Medeiros Rodrigues
1° período
Tefé/2024
2
DIREITO ROMANO
1 - Introdução.
O Direito Romano é grande divisor entre os Direitos Antigos, sagrados,
consuetudinários, de conhecimento exclusivo dos anciões e sacerdotes e o Direito Ciência,
completamente separado da Religião e da Moral. Os romanos no seu processo evolutivo
ascendente só adquiriram a supremacia no campo do Direito, por haver ―criado uma ciência e
40
uma arte do direito‖.
2 - Período de Realeza
O mundo romano era constituído por várias camadas sócias, cujo status político
se foi modificando com o decorrer dos tempos: os patrícios, os clientes, os plebeus, os
peregrinos e os escravos.
troca, na qual os clientes deviam obediência e prestação de serviços ao patronus, mas estes
deviam proteção a assistência aos clientes. A clientela era composta por estrangeiros vencidos na
guerra, ou ainda escravos libertos.
e) Os Escravos (servi) não eram considerados pessoa, mas coisa res muncipi.
Havia escravos por nascimento, por perda dos direito civis e os prisioneiros de guerra.
Como todos os outros povos da antiguidade Roma teve seu direito iniciado pelos
costumes, sendo a jurisprudência monopólio dos pontífices, cabendo a eles todo o conhecimento
do direito. O historiador francês Fustel de Coulanges estudando o caráter jurídico dessa época,
assim o apresenta:
3 - O Período da República.
Segundo os autores modernos, a passagem da realeza para a república não
se fez de jato, por meio de revolução, mas obedeceu a processo lento, desenrolado entre 510 e
367 a.C. Por volta 501 a.C., com a Lex Valeria criou-se a magistratura da ditadura, pela qual era
concedido pelo Senado, um Patrício o poder absoluto para no prazo máximo de seis meses,
restabelecer a Ordem e a Segurança em Roma.
42
Cf. FUSTEL DE COULANGES, Apud. Jenny Magnani de O. Nogueira, A Instituição da Família em a Cidade
Antiga – Fundamentos de História de Direito, Org. por Antonio Carlos Wolkmer, Belo Horizonte: Del Rey,
2001, p. 111.
4
A (Lex Duodecim Tabularum) Lei das XII Tábuas, elaborada em 450 e 449 a.C
é considerado o primeiro documento legal escrito do Direito Romano, pedra angular onde se
5
basearam praticamente todos os corpos jurídicos do Ocidente. Ela separou o Direito da Religião
criando a Ciência do Direito.
43- JOHN GILISSEN, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p 87.
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4.1 – Antecedentes
Com tais diferenças os conflitos entre Pompeu e Júlio César eram constantes e
inevitáveis. César vence Pompeu e em 44 a.C. foi assassinado. Com a morte de César há uma
série de agitações, a qual surge o triunvirato formado por Otaviano, Marco Antônio e Lépido. Com
a desistência de Lépido e a derrota de Marco Antônio por Otaviano
44 Cf. PAULO DOURADO de Gusmão, Introdução ao Estudo do Direito, Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.298.
45 Cf. JOSÉ CARLOS Moreira Alves. Direito Ro mano, Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 29.
7
O Senado. Em 18 a.C., foi reduzido o número dos senadores para que o senado
funcionasse realmente. Durante o principado, o Senado manteve-se aparentemente em posição de
destaque, porém sua atividade foi inspirada e orientada pelo Imperador. No principado, o Senado
perde, em favor do príncipe, os poderes fundamentais que detinha na república.
46 Cf. J. CRETELLA JÚNIOR. Curso de Direito Romano.13ª ed.,Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 56.
8
Gaio ou Gaius
Papiniano
Ulpiano.
47 Cf. J. CRETELLA JÚNIOR. Curso de Direito Romano.13ª ed.,Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 58.
48 SABINIANOS – conservadores e inspirados nos filósofos estóicos – Capito, Sabino, Cássio, Javoleno e
Sálvio Juliano.
49 PROCULEIANOS - inovadores e inspirados nos filósofos aristotélicos – Labeão, Próculo, Celso e Nerácio.
50 Cf. J. CRETELLA JÚNIOR. Curso de Direito Romano.13ª ed.,Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 61.
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Paulus
Modestino
5– O Período do Dominato ou Baixo Império.
51 Cf. WILSON DEMO. Manual de História do Direito, Florianópolis: OAB/SC, 2000, p. 78-79.
52 AUGUSTUS, governante maior , o Imperador. - Caesar, lugar tenente do Augusto e seu substituto natural.
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Nessa fase somente uma fonte era atuante as Constituições Imperiais até então
chamadas leges, todavia, continua firme o costume, como fonte espontânea do direito, que se
limitava a preencher as lacunas das constituições, sendo que para o direito privado, sua
importância era muito pouca. Não há grandes juristas, mas sim, práticos, a decadência da
jurisprudência é notória. As normas tornam-se conhecidas através das obras dos jurisconsultos
clássicos.
Teodésio II e Valentinano III, através da ―lei das citações‖, estabeleciam que somente
poderiam ser invocados em juízo, os escritos dos jurisconsultos, Gaio, Papiniano, Ulpiniano, Paulo
e Modestino, desde que houvesse concordância da maioria, caso contrario o juiz seguia a
orientação que lhe parecesse melhor.
Antes de Justiniano, para solucionar vários problemas, foi elaborada uma série de
compilações, chamadas ―Compilações Pré-Justinianéias‖, para melhor diferenciá-las das
elaboradas por ordem do imperador Justiniano. Entre essas codificações devemos distinguir os
Códigos: Gregoriano, Hermogeniano, Teodasiano (dois primeiros elaborados por particulares,
restaurando poucas informações); de grande importância e o Código Teodosiano, elaborado por
ordem do Imperador Teodósio II e tornado obrigatório no Ocidente por Valentiniano III, distingue-se
por ser a primeira codificação oficial do Império Romano.55
Antes de Justiniano temos duas Leis Romanas dos Bárbaros que merecem ser
destacadas: A Lex romana Wisigothorum ou Breviário de Alarico e a: A Lex romana
Borgundionum ou Lei dos Borgúndios, são compilação de leis romanas feitas pelos Bárbaros,
pois eles respeitavam os costumes dos povos vencidos e por isso, organizaram os vencedores um
código que ofereceram aos vencidos.
Por ironia da vida, o grande Imperador Justiniano, o homem que deu o mais alto
valor aos estudos e à sistematização do Direito Romano, não nascera em Roma, não era culto e
53 Os dois impérios mantiveram, apesar de divididos, uma unidade ideal, quando um dos imperadores morria,
até que fosse escolhido um novo governante, o poder era dilatado por todo o império.
54 Direito contido nas obras dos jurisconsultos clássicos, que fazia a posição as leges.
55
RATIFICOU o código Gregoriano e o Hermogeniano, compilou varias constituições imperiais, a partir de
Constantino, parte de sua obra chegou até nós.
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mal sabia enunciar as primeiras letras.56 O Imperador foi um homem dotado de grande
conhecimento empírico, incrível capacidade de trabalho e um profundo amor ás artes, ás ciências
e ao Direito, casa-se com Teodora, ambiciosa, corajosa, considerada por muitos como a alma e
esteio do governo de Justiniano.57 Justiniano governou de 527 a 548 da era cristã. Foi o último
Imperador do Baixo Império e o primeiro dos Imperadores Bizantinos.
A obra de Justiniano, ou seja, Corpus Júris Civilis que chegou até nos consta de
quatro partes:
1ª - Digesto (compilação dos jura);
2ª - Institutas (manual escolar);
3ª - Código (compilação das leges);
4ª - Novelas (reunião das constituições).
Digesto, feita a compilação da leges (Codex Vetus – 529, hoje perdido), faltava
agora compilar os juras; projeto que ficou a cargo de Triboniano que formou uma comissão de
professores de direito e advogados, entre os quais se inscreviam Constantino, Teófilo e Cratino
de Constantinopla, Doroteu, Isidoro e Anatólio, da Universidade de Berito que concluíram o
trabalho em trás anos (governo calculou dez anos), era o Digetos ou Pandectas.
56 O Imperador Codificador sucedeu o seu tio Justino, que o adotara, mudando o seu nome eslavo Upranda
para o de Jutiniano.
57 TEODORA, mulher arrancada de um antro de degradação, era prepotente, ambiciosa, e extremamente
corajosa, conta-se que por ocasião da revolta de Nike (532), Justiniano, julgando-se perdido, prepara-se para
abandonar o Governo, mas toma-se de brios e volta ao ouvir Teodora exclamar: ―Vai, César, se queres
fugir. Os navios te esperam. Eu fico. A púrpura é uma bela mortalha‖.
58
Alguns historiadores atribuem ao romanista francês Dionísio Gotofredo a expressão Corpus Júris Civilis,
que teria sido usada em 1583 na edição feita por aquele erudito jurista.
59 Cf. J. CRETELLA JÚNIOR. Curso de Direito Romano. 13ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 71.
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por modelo os Comentários de Gaio. Obra muito mais clara e sistemática que o Digesto, foi
redigida por dois professores, Doroteu e Teófilo, sob a orientação de Triboniano. Em 533
Justiniano aprovou o texto e deu-lhe força de lei.
As Interpolações.
60
Ensina o mestre Moreira Alves:
―Também chamadas de Tribonianismos. Foram criadas para que os iuras a as leges
constantes no Corpus Iuris Civilis pudessem ter aplicações praticas. Constavam de
substituições, supressões ou acréscimos nos fragmentos dos jurisconsultos
clássicos ou nas constituições imperiais.
Dessas interpolações, destacamos os glosemas denominações, de modo geral, dos
erros dos copistas ou alterações introduzidas nas obras dos juristas clássicos, antes
de Justiniano, como o que aconteceu no Código Teodosiano. O estudo das
61
interpolações só foi realmente desenvolvido pelos glosadores na Renascença,
quando jurisconsultos da Escola Culta procuraram restauram o direito clássico
romano, em sua forma mais pura‖.
60Cf. JOSÉ CARLOS Moreira Alves. Direito Ro mano, Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 61.
61
-OS GLOSADORES tinham conhecimento das interpolações e procuraram usa-las.
62
- 28 de outubro 312 Constantino vence Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, o que ele mais tarde atribuiu
ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito
em latim: I hoc signo vinces "Sob este símbolo vencerás"
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DIREITO GERMÂNICO
1 - Introdução.
ascendiam à categoria de lei mediante sua definição pelo órgão judicial, a assembléia, no
julgamento dos casos concretos. As decisões constituíam precedentes e se aplicavam com força
legal. O direito era, ao mesmo tempo, de origem popular e judicial, conservado pela tradição oral.
Ensina Paulo Dourado:
―Caracteriza-se a Idade Média pelo pluralismo de ordens jurídicas:
direito romano vulgar (sul da França, Itália), direito consuetudinário
(Inglaterra), direito bárbaro, direito romano vulgar (Sul da França),
direito dos senhorios, direito das corporações de mercadores ou de
ofícios, direito das cidades e o direito canónico, vigentes muitas vezes
no mesmo território. Pluralismo resultante da política jurídica adotada
pelos gcnnanos impondo o princípio da personalidade das leis,
segundo o qual a "nacionalidade" da pessoa determina o seu estatuto
jurídico: germanos, direito germânico; latinos, direito romano vulgar, e
65
clérigos, direito da Igreja‖
.
É importante uma breve nota sobre o, que muito consideram como um sistema desumano
e completamente afastado do Direito, muito pelo contrario ele é apoiado no Direito e tem tudo a
ver com a luta da sobrevivência pelas armas e pela alimentação.
Ensina - John Gilissen:
63 - JOHN GILISSEN, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p136
64 Cf. JOSÉ CARLOS Moreira Alves. Direito Ro mano, Rio de Janeiro: Forense, 1999, p. 65.
65 Cf. PAULO DOURADO de Gusmão, Introdução ao Estudo do Direito, Rio de Janeiro: Forense, 2002, p.300.
14
2 - Direito Germânico
Como resultados do sistema de leis pessoais adotados pelos germanos, citam-se entre
outros estes estatutos: Lex Romana Wisigothorum, Lex Romana Burgundiorum e Edictum
Theodorici:
66 - JOHN GILISSEN, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p198
15
c) - O Edictum Theodorici foi promulgado por Teodorico entre os anos 500 e 506. Esse
estatuto abrange um resumo do direito aplicável aos romanos e aos ostrogodos no reino que
estes fundaram na Itália.
O DIREITO CANÔNICO
1 – Introdução.
a) – Direito Divino (ius divinum) é formado por regas extraídas da Sagrada Escritura,
bem com dos das explicações dos Apóstolos, e Doutores da Igreja;
b) - A Legislação Canônica - (fonte viva), formada pelas decisões das autoridades
eclesiásticas, como os decretos dos concílios e as decretais (constituições) dos Papas;
c) – Os costumes (jus non scriptum) – de pouco uso no Direito Canônico em razão
da abundância de regras escritas (ser seguido a mais de 30 anos, ser razoável e ser conforme o
Direito Divino,não contrariando A Legislação Canônica.);
d) – Princípios recebidos do Direito Romano – Após o Édito de Constantino o
Direito Romano passou a sofrer influência dos valores Cristãos e, também, influenciar o incipiente
Direito Canônico.
―O direito romano constituiu o direito supletivo do direito
canónico. A Igreja católica desenvolveu-se no império Romano;
depois da queda do Império do Ocidente, ela continuou a viver
segundo o direito romano. Aplica-o na medida ern que ele não é
67- Cf. PAULO DOURADO DE GUSMÃO, Introdução ao Estudo do Direito, Rio de Janeiro: Forense, 2002,
p.303.
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2 - Evolução Histórica:
68 - Cf. P. LEGENDRE, Apud. John Gilissen, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian
– Lisboa, 1986, p 145.
69
- JOHN GILISSEN, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p135.
70
- ORDÁLIO OU JUÍZO DE DEUS tipo de prova judiciária usado para determinar a culpa ou a inocência do
acusado por meio da participação de elementos da natureza e cujo resultado é interpretado como um juízo
divino.
17
constituições extravagantes. Entre 1230 e1234, após vários estudos o Papa Gregório IX mandou
publicar suas Decretais que tinham por objeto o processo, o casamento, os delitos e o clero.
Em 1298, Bonifácio VIII fez compor coletânea de textos promulgados desde 1234, essa
coletânea ficou conhecida como Líber sextus decretalium e formou a terceira parte do Corpus Júris
Canonici. A quarta parte foi constituída em 1313 por coletânea análoga, elaborada por Clemente V.
No inicio XVI temos as Extravagantes do Papa João XXII. O Corpus Júris Canonici constituiu a
base do Direito Canônico até 27/05/1917, ano em que o trabalho iniciado com Pio X e concluído
com Benedito XV é promulgado tendo sido promulgado no dia, ano em que o Papa publicou o
código moderno de Direito Canônico, ou seja, o Codex Júris Canonici.
2.3 - Terceiro Período ou fase da decadência: a partir do século XIV, mas, sobretudo a
partir do século XVI na seqüência da Reforma e da laicização dos Estados e, portanto do Direito,
da Europa Ocidental.
O atua Código Canônico foi promulgado pela Constituição apostólica (Sacrae disciplinae
leges) de 25 de janeiro de 1983 no quinto ano do Pontificado de João Paulo II e atualizado com a
Carta Apostólica sob a forma de Motu Próprio Ad Tuendam Fidem de 18 de maio de 1998. O
Código de Direito Canónico está ordenado em cânones(1752) que cumprem funções similares aos
artigos nos textos legislativos civis e divide-se em sete livros:
1. Livro Primeiro: Das normas gerais
2. Livro Segundo: Do Povo de Deus
3. Livro Terceiro: Da função de ensinar da Igreja
4. Livro Quarto: Da função de santificar a Igreja
5. Livro Quinto: Dos bens temporais da Igreja
6. Livro Sexto: Das sanções na Igreja
7. Livro Sétimo: Dos processos
O professor Canotilho ensina que o sistema jurídico deve ser visto como um
sistema normativo aberto de regras e princípios:
71- Cf. CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 4. ed. Coimbra : Almedina,
2000, p. 1123
72- Cf. PAULO DOURADO de Gusmão, Introdução ao Estudo do Direito, Rio de Janeiro: Forense, 2002,
p.307.
19
Nesse sistema, quando não existe um precedente, os juízes possuem a autoridade para
criar o direito, estabelecendo um precedente. O conjunto de precedentes é chamado de common
law e vincula todas as decisões futuras. O precedente judicial (sentença-padrão), fundado no
princípio de dever haver julgamento similar quando análogos forem os casos (ride ofprecedeni), é a
fonte principal do Direito em que a lei (statute law) desempenha papel secundário. Um precedente e
vinculará os tribunais futuros com base no princípio do stare decisis. Esse é o cerne de todos os
sistemas de common law.
73-Cf. John Gilissen, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p208.
20
O sistema de common law foi adotado por diversos países do mundo, especialmente
aqueles que herdaram da Inglaterra o seu sistema jurídico, como o Reino Unido, a maior parte dos
Estados Unidos e do Canadá e as ex-colônias do Império Britânico.
74
- http://meuartigo.brasilescola.com/historia/formacao-dos-modernos-estados-nacionais.htm
21
75
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo
22
4.4) - Reforma Protestante foi o movimento político sob disfarce religioso, ou seja,
luta das classes abastadas, principalmente os novos proprietários
rurais capitalistas, contra os monopólios altamente lucrativos da
Igreja Católica Apostólica Romana. Durante a Reforma
Protestante O homem renascentista, começava a ler mais e
formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos,
com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre
as coisas do mundo. Surgem as nações-estados. A Europa
começa a se fragmentar em países independentes politicamente
uns dos outros. Surgem países como a Inglaterra, França,
Espanha, Portugal, etc. Com isso é natural o desejo de cada
governante de sentir-se livre de um poder central e dominador
que era o papado. No campo político, os reis estavam
descontentes com o papa, pois este interferia muito nos
comandos que eram próprios da realeza. E o resultado foi a
nascimento do Direito
desligado das imposições centralizadas do Papado e o aparecimento de um direito laico e
tipicamente nacional, pois a missão central do governante era manter a segurança e a paz.
Maquiavel sustentava que a virtú (a força criativa) do governante era a chave para a
manutenção da sua posição e o bem-estar dos súditos.
4.5) – Novo Cristianismo. A Igreja até o séc. XVIII era favorável à monarquia
absoluta, oferecendo a ideologia que sustentava a tese da origem divina do poder. Já o
cristianismo primitivo, ao contrario, continha uma mensagem de libertação do homem na sua
afirmação da ―dignidade eminente da pessoa humana‖. A doutrina do Direito Natural dos
séculos XVII e XVIII, fundada na natureza racional do homem, sustentava as teses dos direitos
inatos, ou seja, direitos comuns a todos os homens, situados no plano dos valores absolutos,
universais e intemporais.
O conceito de dignidade da pessoa humana, como categoria espiritual, como
subjetividade, que possui valor em si mesmo, como ser de fins absolutos, e que, em conseqüência,
é possuidor de direitos subjetivos ou direitos fundamentais e possui dignidade, surge da idéia de
Igualdade Humana, ensinada inicialmente pelos Estóicos76e aprofundada por Paulo que em sua
carta aos gálatas afirma: ―não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem
homem nem mulher; porque todos vós sois um só em Jesus Cristo‖.77 Da idéia da igualdade
humana o Cristianismo, desenvolveu com maior profundidade e força a teoria da dignidade da
79
pessoa humana com a chamada filosofia patrística78e posteriormente com a escolástica .
76
- O Estoicismo foi fundado no século III a.C., por Zenão de Cítio, é uma doutrina filosófica que propõe
viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é
externo ao ser. O homem sábio obedece a lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e
propósito do universo. A ética estóica influencior o pensamento ético cristão nos seus primórdios.
77 Cf. PAULO, Apóstolo de Jesus, Bíblia Sagrada - Novo Testamento, (GL. 3.28).
78 - A Patrística, termo que designa a filosofia cristã nos primeiros séculos da nossa era, ou seja, o período do
pensamento cristão que se seguiu à época neotestamentária, e chega até ao começo da Escolástica: isto é,
os séculos II-VIII da era vulgar. Este período da cultura cristã é designado com o nome de Patrística,
porquanto representa o pensamento dos Padres da Igreja, que são os construtores da teologia católica, guias,
mestres da doutrina cristã. Portanto, se a Patrística interessa sumamente à história do dogma, interessa
assaz menos à história, em que terá importância fundamental a Escolástica.
79
- A Escolástica, pode ser definida como o conjunto de doutrinas teológico-filosóficas dominantes na Idade
Média, dos séc. IX ao XVII, caracterizadas, sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema
que se resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia greco-romana, à
teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros sistemas que se definem, do ponto de vista
estritamente filosófico, pela posição adotada quanto ao problema dos universais e dos quais se destacam os
sistemas de Santo Anselmo (anselmiano), de São Tomás (tomismo) e de Guilherme de Occam (occamismo).
23
80 Cf., D. Eusébio Oscar Scheid, Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Voz do Pastor, 05 de
Julho de 2005.
81 Cf. PAULO Nader, Introdução ao Estudo do Direito, , op. Cit. p. 77.
82 - ESQUEMA baseado na obra de José Afonso da Silva,. Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed,
83 - http://www.algosobre.com.br/geografia/capitalismo-o.html
25
84 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_de_classes
26
85 -
Norberto.Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, Dicionário de Política. trad.
Carmem C. Varriale. 11ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.p 1016
27
trabalhadores assalariados, ou seja, os operários das indústrias, afligidos por uma indigna miséria
e explorados em todas as suas articulações sociais e políticas resolve o Papa Leão XIII em 1891
baixar encíclica Rerum Novarum, sobre a questão operária, que se constituiu na verdade na carta
magna da atividade cristã no campo social, em busca de uma ordem social justa. À vista dos
problemas resultantes da revolução industrial que suscitaram o conflito entre capital e trabalho
aquele documento enumera de modo preciso e atualizado a doutrina católica sobre o trabalho, o
direito de propriedade, o princípio da colaboração em contraposição à luta de classes, sobre o
direito dos mais fracos, sobre a dignidade dos pobres e as obrigações dos ricos, o direito de
associação e o aperfeiçoamento da justiça pela caridade
Norberto.Bobbio
c) - O Intervencionismo Estatal – reconhecendo ao Estado o direito de atuar no
meio econômico e social, protegendo as classes menos favorecidas.
87 - Thomas Hobbes, 1588-1679. Leviatã ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil /
Thomas Hobbes de Malmesbury ; tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. — 2.
ed. — São Paulo : Abril Cultural, 1979 (Os pensadores), p 105 e 106.
30
88 - John Locke, 1632-1704. Carta acerca da tolerância ; Segundo tratado sobre o governo ;Ensaio
acerca do entendimento humano / John Locke ; tradução de Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. — 2. ed.
— São Paulo : Abril Cultural, 1978. (Os pensadores). P 82
89 - José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed, Rio de Janeiro, Malheiros
podemos citar: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com
o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de
pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778),
ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu
(1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário;
O Iluminismo atingiu o seu apogeu no século XVIII, que passou a ser conhecido como o
Século das Luzes. Ele foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através
de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros
movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na
Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. Com suas idéias sobre a ordem natural, a exaltação às
liberdades e a crença nos valores individuais do homem acima dos valores sociais.
a) - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em1762: Publica O Contrato Social, sua
Magnum opus90, que ―cuntribuiu para maior justiça e igaldadereinassem entre os homens‖.
Defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos;
... temos de:
"Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja
a pessoa e os bens de cada associação de qualquer força
comum, e pela qual, cada um, unindo-se a todos, não
obedeça, portanto, senão a si mesmo, ficando assim tão
livre como dantes. Tal é o problema fundamental que o
Contrato Social soluciona‖.91
90
- Magnum opus, em latim, significa grande obra. Refere-se à melhor, mais popular ou renomada obra de
um artista ou escritor
91
- Jean- Jacques Rousseau, O Contrato Social – Princípios de Direito Político, tradução de Antônio de P.
Machado, EDIOURO, P35.
32
5.3 – Liberalismo.
O liberalismo foi teoricamente defendido em 1689 por John Locke em sua obra clássica,
―Dois Tratados sobre Governo‖, ensinava que o Estado foi criado para servir ao povo, e ―não
para servir-se do povo‖. Os liberais consideram o exercício da liberdade individual como algo
intrinsecamente bom, ou seja, um modo de entender a natureza humana e uma proposta destinada
a possibilitar que todos alcancem o mais alto nível de prosperidade de acordo com seu potencial,
condição insubstituível para alcançar níveis ótimos de progresso.
5.4 – Estado Liberal de Direito. Ele nasce no mundo das idéias da filosofia política
do liberalismo, preconizada por John Locke (1632 – 1704), barão de Montesquieu (1689 – 1755) e
Immanuel Kant (1724 – 1804) e cuidou de salvar a liberdade decompondo a soberania na
pluralidade dos poderes. A teoria tripartida dos poderes, como princípio de organização do Estado
constitucional, é uma contribuição de Locke e Montesquieu.
92
-Montesquieu (1689-1755), Charles-Louis De Secondatt, Ou Barão De La Brède E De
Montesquieu. Do Espírito das Leis ; Tradução De Anoar Aiex E E. Jacy Monteiro. — 1. Ed. — São
Paulo : Abril Cultural, 1973. (Os Pensadores). P 156 e 157.
33
• Submissão ao imperio da lei, que era a nota primária de seu conceito, sendo a lei
considerada como ato emanado formalmente do Poder Legislativo;
• Divisão de poderes, que separe de forma independente e harmónica os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário;
• Enunciado e garantia dos direitos individuais. Essas exigências continuam a ser postulados
básicos do Estado de Direito, que configura uma grande conquista da civilização liberal
93 - José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed, Rio de Janeiro, Malheiros
Editores, 1995, p103.
94 - José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, Op. Cit., p. 109
34
5.6.1 – Formas:
a) - Inicial - inicialmente as declarações não passavam de proclamações solenes em que se
enunciam os Direitos Humanos
b) - Atual - Passaram a integrar os ordenamentos nacionais, adquirindo o caráter concreto
de ―normas jurídicas positivas constitucionais‖.
35
a) - Magna Carta (1215 - 1225), assinada em 1215, mas tornada definitiva em 1225,
longe de ser a carta das liberdades nacionais, é, sobretudo, uma carta para proteger os privilégios
dos arcebispos, bispos, abades, priores, condes, barões e os homens livres (muito poucos). A
Magna Carta Libertatum, embora incompleta, tornou-se um símbolo das liberdades públicas e,
principalmente, o esquema básico do desenvolvimento constitucional inglês;
36
Thomas Jefferson
37
Destaca-se nela o seguinte: “todos os homens foram criados iguais, foram dotados
pelo Criador de certos direitos inalienáveis; que, entre estes, estão a vida, a liberdade e a busca da
felicidade; que afim de assegurar esses direitos, instituem-se entre os homens os governos, que
derivam seus justos poderes do consentimento dos governados” (Jefferson, por esta
Declaração, foi considerado o Apostolo Paulo das Américas); (LER O ANEXO – 05)
Declaração de Independência
95 - Cf. JOSÉ AFONSO da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo. 6ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1990, p 145.
39
5.7 – O Constitucionalismo
Nesta mesma linha, podemos afirmar que, após a fragmentação do Império Romano
do Ocidente, os conquistadores germânicos vão pouco a pouco fortalecendo o feudalismo e a
Igreja Católica. Isto provocou o enfraquecimento da instituição estatal e tornou cada vez mais
sólido e atuante o Papado medieval, que passou a orientar o Direito Constitucional. Este passou a
ser considerado não mais o resultado da vontade do governante, mas no um acordo entre
governantes e governados, surgindo daí a idéia de Contrato Social, desenvolvida e consolidada
nos séculos XVII e XVIII.
O Constitucionalismo foi um movimento dos séculos XVIII e XIX, que tinha como cerne
o jusnaturalismo e as aspirações burguesas de limitar o poder absoluto do Estado e de seus
governantes, através de um documento escrito que delineava os Direitos Fundamentais das
pessoas. Esses direitos, uma vez inseridos em uma Constituição, tornam-se indisponíveis, não
podendo ser colocados de lado pelo governante, seja por ação, seja por omissão, cabendo ao
Estado defender, exigir o cumprimento ou dar efetividade aos Direitos Humanos ou Direitos
Fundamentais do Homem. Daí a afirmativa de que o Constitucionalismo foi a pedra de toque para
a positivação e subjetivação dos Direitos Humanos, ou seja, foi a grande vitória dos cidadãos na
luta contra o perigo de maiores abusos por parte dos governantes e do Estado.
Em resumo, podemos afirmar que o Constitucionalismo, após uma longa luta, garantiu a
positivação dos Direitos Humanos nas Constituições modernas. Nelas o homem tem a garantia de ter sua
dignidade preservada e os seus direitos respeitados pelo Estado e por seus governantes.
98
- JOHN GILISSEN, ―Introdução Histórica do Direito” Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa,1986, p 206.
42
99 - ORLANDO GOMES, Introdução ao direito civil, Direito civil. I. Título, Rio de Janeiro, Forense, 1998. "Obra
Friedrich Carl von Savigny defendia em seu trabalho - Da vocação da nossa época
para a legislação e a jurisprudência - que o direito não era revelado ao legislador, mas sim,
pelo costume, ou seja, o direito é produto espontâneo da cultura, que se origina do espírito do
povo (Volksgeist), manifestado nos usos e costumes e no trabalho dos jurisconsultos. Savigny
afirma que a codificação promove o engessamento do direito, paralisando-o no tempo.
A vitória foi creditada, aos pandectistas alemães, pela história, ou seja a Thibaut, de vez,
que em 1900, entrava em vigor o Código Civil Alemão, o famoso B. G. B. (Burgerlisches
Gesetzbuch). Para muitos, contudo, a vitória foi parcial, pois o Código somente entrou em vigor após
a morte de Savigny e não seguiu o plano idealizado por Thibaut. Este havia sugerido que o texto
apresentasse duas partes, uma que reunisse o antigo ordenamento e da outra constando as
inovações .100
Com Estado Liberal cria os chamados "direitos de primeira geração", que decorrem
da própria condição de indivíduo, de ser humano, situando-se, desta feita, no plano do ser, de
conteúdo civil e político, que exigem do Estado uma postura negativa em face dos oprimidos,
compreendendo, dentre outros, as liberdades clássicas, tais como, liberdade, propriedade, vida e
segurança, denominados, também, de direitos subjetivos materiais ou substantivos.
100 - PAULO NADER, Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2000. p. 212.
44
condições de vida e trabalho da população, exigindo do Estado uma atuação positiva em prol dos
explorados, compreendendo, dentre outros, o direito ao trabalho, à saúde, ao lazer, à educação e à
moradia. Na atualidade com o Estado Democrático de Direito temos a garantia de intervenção nas
funções econômicas nas condições abaixo:
―Funções Econômicas – intervindo mais ou menos numa economia moderna, espera-se
do Estado que:
QUINTA PARTE
FORMAÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO.
Mesmo antes de Cabral tomar posse das terras do Brasil, o nosso território já era alvo de
uma grande disputa entre Portugal e Espanha que estavam iniciando o ―Ciclo das Grandes
Navegações.‖ O que resultou historicamente nos três primeiros documentos sobre o que mais
tarde seria o Brasil:
101 - http://aprenderestado.blogspot.com/
102 Cf. RENÉ DAVID, Apud. Silvio Rodrigues, Direito Civil-Parte Geral, São Paulo: Saraiva, 2002, p.10.
45
Não podemos deixar de reconhecer que a mais influente fonte do nosso Direito
Privado foi o Direito Português e principalmente as Ordenações do Reino.
1 – Ordenações do Reino.
“Segundo Flávia Lages103 a Estrutura Judiciária colocada pelas Ordenações Afonsinas era
formada por Magistrados Singulares e Tribunais Colegiados de segundo e terceiro graus de
jurisdição, além de magistrados com funções específicas postos acima dos Tribunais
Colegiados.
103-CF. CASTRO, Flávia Lages, ―História do Direito – Geral e Brasil”, 8ºed. Rio de Janeiro, Lúmen Júris, 2010,
p. 273 e 274.
47
• Os Juizes de Vintena: eram os juizes de paz nas localidades com até vinte famílias.
• Os Almotacéis: que passaram a ter por função a apreciação de litígios sobre
servidão urbana e crimes praticados por funcionários corruptos.
• Os Juizes de Sesmaria: cuja função era o julgamento de questões envolvendo
terras.
• Os Juizes Alvazis dos Avençais e dos Judeus: que tinham por obrigação dirimir
questões havidas entre funcionários régios e entre judeus.
➢ Juiz das Casas da índia, Mina, Guiné, Brasil e Armazéns: que seriam responsáveis
pelas questões ultramarinas relativas à arrecadação fiscal;
➢ O Chanceler das Sentenças: que era o responsável pelo selo das sentenças e
cartas expedidas por alguns outros juizes singulares;
1.4.2 - O Governo-Geral.
Com o Governo-Geral foram instituídos três cargos, cada qual com Regimento próprio:
• O Provedor Mor da Fazenda que cuidava de organizar a cobrança de impostos
e prover cargos;
• Capitão-Mor da Costa com atribuições de defesa
•
• Ouvidor-Mor, com função jurídica administrativa. Este último situava-se como a
maior autoridade da justiça.
Em novembro de 1807 a França invadiu Portugal, com o apoio de dois corpos de exército
espanhóis, sendo o corpo de exército francês comandado por Jean-Andoche Junot, que
conquistou Lisboa na manhã de 30 de novembro. O Príncipe-regente D. João abondonou a corte
em 36 navios .A esquadra levantou âncora completamente lotada. Além de 15.000 pessoas, levava
tudo o que pudesse ter algum valor: jóias, quadros, móveis, roupas, prataria e metade do dinheiro
50
104 Cf. Armitage, Apud. Francisco Ignacio Marcondes Homem de Mello, Barão. A Constituinte Perante A
História, edição fac-similar do Senado Federal. 1996, Rio de janeiro: Typ. Da Actualidade, 1863, p. 2.
105 Decreto de Dissolução da Assembléia Constituinte de 1823. ―Havendo eu convocado, como tinha
direito de convocar, a assembléa geral constituinte e legislativa, por decreto de tres de junho do anno proximo
passado,
afim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam imminentes: E havendo esta assembléa perjurado ao tão
solemne juramento que prestou á nação de defender a integridade do imperio, sua independencia e a minha
dynastia: Hei por bem, como Imperador e defensor perpetuo do Brasil, dissolver a mesma assembléa, e
convocar já uma outra na fórma das instrucções feitas para convocação desta, que agora acaba, a qual
deverá trabalhar sobre o projeto de constituição que eu lhe hei de em breve apresentar, que será
duplicadamente mais liberal do que a extincta assembléa acabou de fazer. Os meus ministros e secretarios de
estado de todas as differentes repartições o tenham assim entendido, e façam executar a bem da salvação do
imperio. Paço, dose de novembro de mil oitocentos e vinte e tres, segundo da independencia e do imperio –
com a rubrica de sua Magestade Imperial. Clemente Ferreira França. José de Oliveira Barbosa”.
52
Rui Barbosa
106Cf. JOSÉ AFONSO da Silva. Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed, Rio de Janeiro, Malheiros
Editores, 1995, p. 78.
53
Pelo decreto de 3/5/32 Getulio marca eleições à Assembléia Constituinte para 3/5/33.
Em 9 de julho estoura a Revolução Constitucionalista em São Paulo, cujo lema foi, ―Tudo pela
Constituição‖, chefiada pelo General Isidoro Dias Lopes, cujo imediato foi o coronel Euclides de
Figueiredo, durou 70 dias e foi vencida pelo Ditador que manteve o Decreto de convocação das
eleições. Organizada a Assembléia Constituinte, presidida por Antonio Carlos, ela nos dá em 16 de
julho de 1934 a segunda Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, marco
inicial de Segunda República.
Constituição de 1937. Com o impacto das ideologias que grassavam no mundo após
a 1ª Grande Guerra, surge no Brasil um barulhento e virulento partido fascista – a Ação
Integralista Brasileira, cujo chefe, Plínio Salgado, se preparava para empolgar o Poder;
reorganiza-se o Partido Comunista, aguerrido e altamente disciplinado, cujo chefe, Luís
Carlos Prestes, também aspirava ao Poder. Vargas, em 10 de novembro de 1937 alegando o
perigo antidemocrático dessas ideologias, dá um golpe de Estado, dissolve a Câmara e o Senado,
revoga a Constituição de 1934 e outorga a Carta Constitucional de 10/11/37, criando o Estado
Novo ou Estado Nacional.
107
Cf. José Afonso da Silva. Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed, Rio de Janeiro, Malheiros
Editores, 1995, p. 86.
55
Constituição de 1946
Assume o Poder o Vice-Presidente João Café Filho (1954 – 1955), que adoece e a
Presidência passa para o Presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que governa por 48
horas, sendo deposto por um movimento militar liderado pelo general Teixeira Lott, que também
impede a volta de Café Filho. Assume o Presidente do Senado, o Senador Nereu Ramos, que
108
Cf. ALIOMAR BALEEIRO e Barbosa Lima Sobrinho. Coleção Constituições Brasileiras: 194 6, Brasília:
Senado Federal, MCT e CEE, 1999, p. 18.
109Cf. JÂNIO QUADROS e de Afonso Arinos Melo Franco. História do Povo Brasileiro, 1ª ed. São Paulo: J.
Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956 – 1961), eleito democraticamente e que governa com
o lema: “Transporte, energia, alimentação”;
Jânio Quadros
Presidente João Goulart e o Primeiro Ministro Tancredo Neves.
57
Constituição de 1967.
111
A Constituição de 1967, conhecida, apenas, como Constituição do Brasil, foi
promulgada em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março, quando assumia a
Presidência o Marechal Arthur da Costa e Silva (1967 – 1969) A nossa Carta Política de 1967
sofreu forte influência da Constituição de 1937, cujos constitutivos básicos assimilou.
110 Cf. JÂNIO QUADROS e de Afonso Arinos Melo Franco. História do Povo Brasileiro, 1ª ed. São Paulo: J.
Quadros Editores Culturais. 1967, p. 285.
111 Cf. JOSÉ AFONSO da Silva. Curso de Direito Constitucional Positivo, 10ª ed, Rio de Janeiro, Malheiros
Ato Institucional Nº5 ou AI-5. Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama
e Silva levou o Movimento de 1964 a perder o que ainda restava de legetimidade. (LER O
ANEXO – 10).
A Emenda Constitucional n°1 à Constituição do Brasil de 1976.
No Titulo II, tal qual a Constituição de 1967, estabelece uma Declaração de Direitos,
com quatro capítulos: Da Nacionalidade; Dos Direitos Políticos; Dos Partidos Políticos e Dos
Direitos e Garantias Individuais. Nos Títulos III e IV trata da ―Da Ordem Econômica e Social‖ e
―Da Família, da Educação e da Cultura‖.
JOSÉ SARNEY
ULYSSES GUIMARÃES
I - “Os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos”; II - “Os Direitos Sociais”; III -
“Os Direitos da Nacionalidade”; e IV - “Os Direitos Políticos”. No Título VII ela trata da
“Ordem Econômica e Financeira” e no Título VIII, “Da Ordem Social”.
60
BERNARDO DE VASCONCELOS
È importante registrar que o Código Criminal do Império se forjou nas melhores idéias
difundidas à época da sua elaboração. Das quais, devemos destacar o princípio basilar de que
―não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal‖ (nullum
crimen sine lege, nulla poena sine praevia lege) e manteve o princípio da proporcionalidade
entre o crime e a pena, tornando-a exclusiva do condenado e, portanto, só a ele endereçada.
113
Cf. NÉLSON HUNGRIA. Comentários ao Código Penal, 4ª ed, Rio de Janeiro: Forense, 1958, pp. 39-40.
114
Cf. BASILEU GARCIA. Apud. Walter Vieira do Nascimento. Lições de História do Direito, 13ª ed, Rio de
Janeiro: Forense, 2001, p. 217.
61
O Código Criminal, humanitário e liberal, foi uma reação contra as monstruosas leis
portuguesas, acolheu o princípio do jurisconsulto romano Paulo: ―Incumbit probatio, qui dicit non
qui negat‖ (Incumbe provar àquele que afirma e não quem nega) e instituiu entre nós o ―Habeas
Corpus‖.
As tentativas foram muitas, mas a demora foi mais longa do que o esperado. De fato,
em que pese termos editado o Código Criminal em 1830 e o Código Comercial em 1850, a nossa
codificação civil virou uma verdadeira ―via crucis‖ e um complicado cipoal, levando o Barão de
Penedo, em 1845, afirmar no Instituto da Ordem dos Advogados que a ―situação em que se
encontrava o nosso país, ainda regido pelas Ordenações e leis posteriores estabelecidas em
Portugal, por leis denominadas extravagantes promulgadas no Brasil, após a
116
Independência, formando um emaranhado indigesto e obscuro‖.
115 Cf. CARVALHO MENDONÇA. Apud. Walter Vieira do Nascimento. Lições de História do Direito, 13ª ed,
Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 219.
116 Cf. MIGUEL MARIA de Serpa Lopes, Curso de Direito Civil, Rio de Janeiro: Freitas Basto, 2000, p. 9.
62
1858 o Ministro da Justiça, Nabuco de Araújo, pelo Decreto Nº 2.318/58 resolveu confiar a
117
Augusto Teixeira de Freitas o encargo de preparar um projeto de Código Civil.
CLÓVIS BEVILÁQUA,
―Numerosas foram as reuniões para críticas e emendas até ser
encaminhado à Câmara dos Deputados, onde a chamada ‗Comissão dos
21‘ redige oito volumes de atas. Em 1902, a câmara aprova o Projeto e
remete ao Senado. Ruy Barbosa é o Relator da comissão e redige em três
117 AUGUSTO TEIXEIRA DE FREITAS, o Jurisconsulto das Américas, o Maior Codificador Brasileiro,
filho do Barão de Itaparica, foi o mais importante jurista brasileiro do séc. XIX. Nasceu na cidade de Cachoeiro
província da Bahia a 19 de agosto de 1816 e faleceu no Rio de Janeiro a 12 de dezembro de 1883. Formado
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Olinda. Aos 29 anos já era um jurista de
invejado renome. A Consolidação e o Esboço, pelo seu método e doutrina, foram suficientes para apontá-los
ao mundo como uma nona vertente do Direito, contrapondo-se ao Código de Napoleão, influenciou os
Códigos Sul-Americanos, Europeus e Asiáticos. Teixeira de Freitas passou a brilhar entre os mais notáveis
juristas da época, colocando-se ao lado de Andrés Bello e Josef Story, como um dos três maiores juristas das
Américas.
63
dias o seu parecer, que se prende mais ao ponto de vista da forma que
de fundo. Seguiu-se energética discussão sobre a matéria, ficando
famosa a Réplica de Ruy, na porfia com Carneiro Ribeiro, que redige a
erudita Tréplica. Carneiro Ribeiro tinha sido antigo professor de Ruy
118
Barbosa no Liceu Baiano‖.
A segunda tentativa de reforma, que também não logrou êxito, ocorreu por meio de
anteprojetos dos renomados juristas Caio Mario da Silva Pereira, responsável pelo Direito de
Obrigações e Orlando Gomes, encarregado do restante da matéria civil. Os trabalhos desses
renomados professores resultaram nos Projetos de Código Civil e do Código de Obrigações. A
respeito desse período ensina Silvio Rodrigue.
118 Cf. SÍLVIO SALVO Venosa. Direito Civil: Parte Geral, vol 1. São Paulo, Atlas, 2001, p. 131 e 132.
119 Cf. SILVIO RODRIGUES, Direito Civil-Parte Geral,São Paulo: Saraiva, 1999, p. 12.
64
Em 1967, o Ministro da Justiça, Luiz Antônio da Gama e Silva, cria uma nova
Comissão, sob a supervisão do sábio Prof. Miguel Reale, para rever o Código Civil, que,
entretanto, prefere elaborar um novo Código em vez de emendar o antigo. Daí surgindo em 1972 o
Anteprojeto de Código Civil, da lavra dos ilustres Profs. José Carlos Moreira Alves, Agostinho
de Arruda Alvim, Sylvio Marcondes, Ebert Chamoum, Clóvis do Couto e Silva e Torquato
Castro. O Anteprojeto apresentado procurou manter a estrutura do Código de 1916, reformulando
os modelos normativos à luz dos novos valores éticos e sociais. Uma segunda edição, revisada, foi
apresentada em 1973, que após nova revisão e numerosíssimas modificações transformou-se no
Projeto do Código Civil, que apresentado ao Poder Executivo, foi enviado ao Congresso Nacional
pela Mensagem nº 160 / 75, onde foi transformado no Projeto de Lei nº 634 / 75.
Código Civil
2002
Livro I – Do Direito das Obrigações
Livro II – Do direito de Empresa
Parte Especial Livro III - Do Direito das Coisas
Livro IV – Do Direito de Família
Livro V - Do Direito das Sucessões
Livro Complementar – Disposições Finais e
Transitórias
120 Cf. SILVIO RODRIGUES, Direito Civil-Parte Geral, São Paulo: Saraiva, 1999, p. 13.
65
O Imperador D. Pedro I criou, por ―Lei de 11 de agosto de 1827‖. redigido por José
Feliciano Fernandes Pinheiro, Visconde de S. Leopoldo, os Cursos Jurídicos e Sociais, sendo
um em Olinda e outro em São Paulo.
121
Entre os nossos grandes juristas contrários a existência da Parte Geral podemos citar: Hahnemann
Guimarães, Orlando Gomes e Washington de Barros Monteiro.
66
Vidigal, Alfredo Buzaid, Moacir Amaral dos Santos, Aguiar Dias, José Frederico Marques,
HélioTornaghi, Martinho Garcez Neto, etc. Pertence também a Escola do Largo de São
Francisco, o grupo realeano, criado na década de 50 em torno de Miguel Reale, para estudo e
defesa da Teoria Tridimencional do Direito.
4 - Administração da Justiça
c) Juízes Ordinários: estes juízes eram eleitos, competia-lhes: processar e julgar com
os vereadores as injúrias verbais, os furtos praticados por escravos até a quantia de 1.200 réis,
conhecer das decisões dos almotacés.
d) Juízes de Fora: tinham que ser bacharéis, para que pudessem ser nomeados por
carta régia; suas atribuições eram as mesmas dos juízes ordinários, dos quais eram substitutos
eventuais.
e) Juízes de Órfãos: podiam ser eleitos ou nomeados, tinham as mesmas funções
dos juízes já citados, como também era de sua alçada processar e julgar inventários, cujas partes
fossem menores; nomear tutores e curadores e cuidar da subsistência dos menores órfãos.
f) Juízes Alcaides: estavam encarregados da guarda e da polícia das vilas e cidades.
g) Juízes de Sesmaria: nomeado pela mesa do Desembargo do Paço ou por
governadores, cabendo-lhes decidir acerca de medição e demarcação de terras, nas hipóteses em
que as partes litigantes não optassem pela justiça ordinária.
h) Ouvidores da Comarca: sua nomeação era feita por carta régia, dentre suas várias
atribuições podemos mencionar, que era esse magistrado responsável para decretar a prisão de
criminosos, inspecionar as prisões, fazer observar os forais de cada local, etc.
Neste período, os juízes colegiados compunham a instância superior que se dividia em:
a) Desembargo do Paço: competente para apreciar matéria sobre liberdade, adoção,
legitimação, emancipação, reintegração de posse e censura as obras literárias.
a) Duas Mesas: uma para julgar matéria cível e outra para matéria criminal.
b) Grande Mesa: reunia-se uma vez por semana para conhecer das decisões das
Mesas.
Poder
Judiciário
Supremo
Tribunal Federal
O Ministério Público (MP) tem suas raízes no Egito, em um funcionário real chamado
magiai, que tinha por função castigar os rebeldes, reprimir os violentos e proteger os cidadãos
pacíficos. Modernamente coube à França a criação do MP, que no Brasil passou a ter a sua
existência real com o Código Criminal do Império, de 1832. Entretanto, não poucas atribuições,
que hoje cabem ao Ministério Público no processo civil, que no regime das
Ordenações Filipinas eram confiadas a juízes Municipais e juízes de Direito. Já no regime da
Consolidação de Ribas, de
1876, em segunda instância, os interesses dos incapazes eram defendidos, na
conformidade das Ordenações Filipinas, por procuradores da lide.
C
f. ROSALINA Corrêa de Araújo, O Estado e o Poder Judiciário no Brasil, Rio de Janeiro: Editora Lúmen
Jures, 2000, p.503
70
Mesmo antes de 1832, ainda que de forma superficial, já se fazia sentir a presença do
Ministério Público no sistema do processo penal brasileiro, O próprio Código Filipino, no seu Livro I,
Título XV, como já referido mais atrás, dispunha sobre as funções de promotor público na Casa da
Suplicação.
Com a criação do Tribunal da Relação da Bahia em 1609, o alvará que o instituiu fazia
menção ao Procurador da Coroa, Fazenda e Fisco. Tratava-se evidentemente de autoridade que
defendia os interesses do soberano português, mas, como ocorrera com lês gens du roi, na
França, nesse procurador, sem dúvida, podemos distinguir outra fonte do Ministério Público no
sistema brasileiro.
123 Cf. WALTER VIEIRA do Nascimento. Lições de História do Direito, 13ª ed, Rio de Janeiro: Forense, 2001,
p. 237.
71
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SITES CONSULTADOS:
http://cultcultura.com.br/?tag=kanun
http://meuartigo.brasilescola.com/historia/formacao-dos-modernos-estados-nacionais.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo http://meuartigo.brasilescola.com/historia/formacao-dos-
modernos-estados-nacionais.htm http://www.algosobre.com.br/geografia/capitalismo-o.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_de_classes
http://aprenderestado.blogspot.com/
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Autores da apostila original:
Edvaldo Lopes de Araújo (Centro Universitário da Cidade – UNIVERCIDADE);
Link: https://www.academia.edu/4628230/HISTORIA_DO_DIREITO.
SUMÁRIO/ÍNDICE
ASSUNTO
DIREITO ROMANO.
1 - Introdução.
2 - Período de Realeza
2.1 - O Povo e sua Organização.
2.2 - O Direito da Realeza
3 - O Período da República
3.1 - A luta da Plebe.
3.2 - A República e sua Organização.
3.3 - O Direito na República.
4– O Período do Principado ou Alto Império.
4.1 – Antecedentes
4.2 – O Principado e sua Organização.
4.3 – O Direito no Alto Império.
5– O Período do Dominato ou Baixo Império
5.1 – O Dominato e sua Organização.
5.2 – O Direito no Baixo Império.
5.3 – A Figura de Justiniano.
6 - A Influência do Cristianismo no Direito Romano
DIREITO GERMÂNICO
1 - Introdução
1.1 - Sistema Feudal
2 - Direito Germânico
O DIREITO CANÔNICO
1 – Introdução
1.1 – Fontes do Direito Canônico
2 - Evolução Histórica:
2.1 - Primeiro Período
2.2 - Segundo Período
2.3 - Terceiro Período
3 – Direito Canônico Atual.
IV - OS PRINCIPAIS SISTEMAS JURIDICOS CONTEMPORÂNEOS
1 – Conceito
2 - Os Sistemas Jurídicos Contemporâneos.
a) - Sistema Romano-Germânico ou Continental (Civil Law)
b) - Sistema Anglo-Saxônico, Common Law ou Sistema Anglo-Americano.
QUARTA PARTE
UNIDADE 4: IDADE MODERNA (SÉCULO XV AO SÉCULO XVIII)
4.1) - Expansão Marítima
4.2) - Absolutismo Monárquico
4.3) - Renascimento
4.4) - Reforma Protestante
4.5) – Novo Cristianismo
4.6) – O Jusnaturalismo
4.7 Condições, Objetivas e Subjetivas que Propiciaram a Formulação dos Direitos
Fundamentais e Estatais
4.7.1) - Condições Objetivas (materiais, reais ou históricas)
a) - Evolução do capitalismo
b) Revolução Industrial
c) - Convocação dos Estados Gerais
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4.7.2 - Condições Subjetivas (ideais ou lógicas).
a) - O pensamento cristão
b) - A doutrina do Direito Natural dos séculos XVII e XVIII
c) - Pensamento Iluminista
4.7.3 - Processo Histórico-Dialético das Condições Econômicas
a) - Manifesto Comunista e as doutrinas marxistas
b) - Doutrina Social da Igreja ou Pensamento Social Cristão
c) - O Intervencionismo Estatal
UNIDADE 5 A ASCENSÃO E A CONSOLIDAÇÃO DA ORDEM JURÍDICA- POLÍTICA
BURGUESA DO SÉCULO XVII AO SÉCULO XX
5.1 – Estado de Natureza e Estado de Direito
a) - O Estado de Natureza ou Estado Natural
b) - O Estado de Direito
5.2 - Do Iluminismo á Ação Concreta e Criadora do Direito Publico
5.3 – Liberalismo
5.4 – Estado Liberal de Direito
5.5 – Estado Social de Direito e Estado Democrático de Direito.
a) - Estado Social de Direito
b) - Estado Democrático de Direito
ESQUEMA DIDATICO-PEDAGÓGICO PARA MELHOR ENTENDIMENTO DA
EVOLUÇÃO DO ESTADO E CODIFICAÇÂO DO DIREITO PÚBLICO
5.6 - Declarações de Direitos
5.6.1 – Formas
5.6.2 – Evolução das Declarações de Direitos
5.6.2.1) -Cartas e Declarações Inglesas
a) - Magna Carta (1215 - 1225),
b) - A Petição de Direitos (Petition of Rights - 1628)
c) - O “Habeas Corpus Act” 16ι9 -
d) - A Declaração dos Direitos (Bill of Rights - 1688) -
5.6.2.2) - Declarações Americanas
a) - Declaração da Virgínia
b) - Declaração de Independência (4/7/1776)
c) - Constituição dos Estados Unidos da América
5.6.3 - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
5.6.4 - Declaração dos Direitos do século XX
a) Declaração Universal dos Direitos do Homem
b) Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem
5.7– O Constitucionalismo
5.8 – Codificação
5.8.1 - Codificação do Direito Público
5.8.2 - Codificação do Direito Privado
5.8.3 - Os Primeiros Códigos Modernos
5.8.4 – As Grandes Codificações do Direito Civil.
a) – Código de Napoleão de 1804
b) - Código civil Alemão de 1896
A polêmica entre Thibaut e Savigny
5.9 - Intervenções do Estado Nas Questões Sociais e Econômicas ocorridas ao Longo
dos Séculos XIX E XX
QUINTA PARTE
FORMAÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO
Os Primeiro Documentos Jurídicos
1 – Ordenações do Reino
1.1 - Ordenações Afonsinas
1.2 - Ordenações Manuelinas
1.3 - Ordenações Filipinas
1.5 – Do Período Colonial
1.5.1 - As Capitanias Hereditárias
1.5.2 - O Governo-Geral
1.6 – O Período Pombalino e as Leis Extravagantes
1.7 - Brasil Reino e a Independência do Brasil.
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2 – Elaboração do Direito Brasileiro
2.1 – Direito Constitucional
A Constituição de 1824
A Constituição de 1891
A Constituição de 1934
A Constituição de 1937
A Constituição de 1946.
A Constituição de 1967
A Emenda Constitucional n°1 à Constituição do Brasil de 1976.
A Constituição do Brasil de 1988
2.2 – Codificação das Leis Ordinárias
2.2.1- Código Criminal do Império
2.2.2 - Código de Processo Criminal do Império
2.2.3 - Código Comercial do Império do Brasil.
2.3 - Código Civil Brasileiro
2.3.1 - Elaboração do Código Civil Brasileiro de 1916
2.3.2 - Elaboração do Código Civil de 2002.
2.3.3 - Sinopses Estruturais e Comparativas dos Códigos de 1916 e 2002
3 - Fundação dos Cursos Jurídicos
4 - Administração da Justiça
4.1 – Evolução Histórica do Poder Judiciário
4.2 – O Poder Judiciário - da Colônia as Constituições Brasileiras
4.2.1- Juízes Singulares – da Colônia ao Império
4.2.2- Segunda Instância – da Colônia ao Império (Juízes Colegiados e Tribunal de
Cúpula)
4.2.3- Período da República
4.2.4- O Nosso Atual Poder Judiciário
4.3 – O Ministério Público.
4.3.1 – O Ministério Público no Brasil Colônia.
4.3.2 – O Ministério Público no Brasil Império
4.3.3 – O Ministério Público na República