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Resumos Psicolinguística e Ensino de Línguas
Resumos Psicolinguística e Ensino de Línguas
1. Curiosidades…
Diáspere- habitantes de outro país que formam uma comunidade. Portugueses que
emigram para os Estados Unidos.
“Portuglish” (língua nova influenciada por duas línguas)
As primeiras línguas (L1) estão contínuas (entre 8-16 anos) com as segundas
línguas.
Se aprendermos até aqui 1 língua ou mais, são línguas maternas.
L1 – L2
(8-16 anos)
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chequear (check- verificar)
ringar (telefonar/tocar)
clauseta (closet- armário)
offas (ofice- escritório)
zinko (sink- lava-loiças)
estoa (store- loja)
printar (print- imprimir)
goverment (governo)
mal (mal- shopping- centro comercial)
tráfico (trânsito)
2. A Linguagem
Linguagem Humana
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Um pouco de história…
Inatismo e alguns conceitos
Neurociência da Linguagem
Métodos Experimentais
EEG e Potenciais Cerebrais
Linguagem
Capacidade de comunicação
Línguas especificas
Linguagem Humana
Capacidade cognitiva
Processamentos específicos
Linguagem- Neurociência
Linguística- Biologia
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Prosódia preservada;
Compreensão preservada
Monsieur Leborgne- só produzia “tan tan tan”. Área de produção de língua.
Afazia/problema de tipo Broca. Juntam só um único fonema da língua, a mesma
sílaba.
Visualização de um vídeo de um senhor com afazia de Broca. Teve um AVC
Visualização de um vídeo de uma menina de 19 anos com afazia de Broca. Teve
um AVC. Tem menos comprometimento. O que falta no discurso são os
conectores. Não consegue fazer relações entre as palavras. Perde a noção de
tempo.
Problemas de produção de palavras de classe fechada
Produção da linguagem
2.3 Os Modelos
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Neurociência da linguagem
Modelos de processamento de linguagem
Modularidade
Interação entre outros módulos
Interação entre com outras cognições
Interface Wernicke Broca
Pragmática
Estas áreas todas conversam entre si.
Pontos em Discussão:
O ser humano está biologicamente apetrechado para o exercício da linguagem
verbal
Existem no cérebro centros nervosos especializados para o exercício da
linguagem
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A linguagem está predominantemente localizada no hemisfério esquerdo
A linguagem é um módulo cognitivo autónomo localizado numa área específica
do cérebro.
A linguagem está organizada em módulos (p. e., sintaxe, semântica)
Estes módulos têm localizações diferentes no cérebro. São módulos e funções
mais gerais.
O desenvolvimento típico da linguagem só é possível se as crianças forem
expostas a uma língua nos primeiros anos de vida (Período de Melhor
Desenvolvimento Linguístico) = Período cognitivo
A linguagem é uma capacidade inata no ser humano. (0-8 anos) e (12-16 anos).
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Contexto: pós-guerra, grandes avanços na medicina, biologia e computação.
Avram Noam Chomsky, Syntactic Structures, 1957.
Todos os indivíduos têm a capacidade de gerar de forma inata a língua.
Distingue:
Competência
Performance
- Universais linguísticos -> inspirado em Saussure, Chomsky defende que todas as
línguas possuem características comuns. (Uma língua pode ser SVO ou SOV, isto é,
pode ter diferentes organizações, no entanto o princípio é o mesmo - a Langue é
organizada por um conjunto finito de traços.)
7. Construtivismo
-A aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte.
-Piaget, 1970
-Descrição da aprendizagem em assimilação e acomodação.
-Descreve quatro estágios de desenvolvimento do indivíduo: Sensório-motor, Pré-motor,
Pré-operacional, Operatório concreto e Operatório formal.
-Para os construtivistas, o processo de alfabetização deverá ocorrer até aos 6 anos.
8. Psicolinguística
- Linguagem considerada como uma adaptação evolutiva -/- capacidade
cognitiva
- Steven Pinker, 1984.
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- Língua como uma adaptação que não vem intrinsecamente com a espécie,
mas que surgiu por meio de adaptação. Em contraste, há quem defenda que a língua é
uma capacidade cognitiva.
- “Instinto” (citação de Pinker) -> A língua não é um instinto. A língua não
ocorreu por uma necessidade do mundo, mas antes em consequência de uma
necessidade interna. A linguagem estaria mais associada ao “instinto”, não a língua.
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regras para combinar esses elementos, mas a aplicação dessas regras não
tem limites a priori (é recursiva). Nesse sentido, podemos dizer que
termos como “recursividade”, produtividade”, “ineditismo”, “infinitude
discreta” e “uso infinito de recursos finitos” são termos quase-sinônimos
de criatividade.
Chomsky
Natureza
Substrato Genético- competência + performance.
Quando mais icónica a palavra é, mais arbitrária é
Estruturalismo: acontece em outras áreas do cérebro
Papilas gustativas: podem desenvolver-se mais de acordo com a exposição.
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Sensibilidade: determinado geneticamente e só se desenvolve se tiver
performance.
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Em 1990 começa a corrida por este mapeamento genético.
Gene FOX P2 foi descoberto.
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Roedores
Em 2011 sai um documentário em que fala que o gene FOX P2 está presente em
chimpanzés
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A Laura está grávida e quer criar o seu filho junto do chimpanzé
Há documentário no Youtube
O chimpanzé também mama no peito de Laura
Tem a mesma quantidade de palavras do bebé humano
Usa casa de banho
Come de talheres
Usa roupa
Desempenha palavras
Em torno dos 5 anos, o chimpanzé começa a entrar em puberdade. O humano
entra por volta dos 12 anos.
Começa a ficar cada vez mais agressivo a cada dia que passa. Ele aleija a Laura
e eles resolvem acabar com o documentário porque geneticamente está com as
hormonas muito altas.
O que nós somos socialmente, é aprendido socialmente.
Botão- tarefa
Tapetes dos cães que eles apertam, sai um áudio e tem atividades ou desejos
deles para que os donos reconheçam.
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O FOX P2 pode ser um gene de língua específica, mas a ideia é que nós humanos
produza uma proteína específica que não produz em outros animais. Para guardarmos a
língua de maneira que os animais não o conseguem fazer.
Esse gene está determinado a funcionar melhor dentro de uma janela de tempo
de melhor desenvolvimento.
Geneticamente estamos mais preparados para aprender uma língua num
determinado período do que em outros (período crítico- 0 aos 16 anos). Janela
de tempo propicia
Dos 12 anos aos 16 as meninas têm a puberdade antes dos 12 anos. Enquanto os
meninos têm até aos 16/18 anos. A Janela de tempo varia.
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Fotografia do cérebro
1 mês- poucas ligações neuronais
Vai aumentando de acordo com a idade
Momento em que estamos mais bem preparados para aprender qualquer coisa
(com 2 anos, porque tem mais neurónios).
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/r/ e /l/ não têm diferença.
Em chinês ou japonês não há essa distinção. Tem 5 tons que nós não
conseguimos distinguir.
Patrícia vai pegar em duas crianças com alguns meses de vida, expostas a L1
diferentes. As crianças são capazes de perceber essa diferença.
As crianças em que os pares mínimos são iguais, já não são capazes de distinguir
diferenças.
Para os americanos o índice está muito mais alto (em torno dos 85%), ou seja, já
compreendem as diferenças.
O ouvido começa a entender as diferenças. Se não tiver diferença no meu
ambiente linguístico, eu não preciso de fazer esforço para reconhecer.
As outras línguas do ambiente são percebidas como ruídos. Não é possível fazer
Merge (forma e função) noutra língua desconhecida
Se um bebé estiver exposto a duas línguas, essas duas línguas vão ser
descodificadas e as gramáticas serão compreendidas.
Os bilingues têm as funções executivas mais desenvolvidas que os monolingues.
Os bilingues são mais rápidos e eficientes. Expor o cérebro a duas línguas, faz
com este se processe mais rapidamente.
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exposição aos dados linguísticos, levam a ativações de áreas linguísticas.
Resumo da aula
Nature x Nurture
A questão bootstrapping
- qual é o primeiro momento de aquisição de uma língua? Ele existirá?
-Os bebés não têm conceção sobre o mundo;
-Possuem uma mobilidade restrita e não recebem informação formal;
- Recebem, contudo, um estímulo linguístico desorganizado e contínuo.
-O bebé não é capaz de organizar essa informação.
Em torna dos 30 meses, terão esses dados organizados…Como?
Natureza ou ambiente?
1. Pró-biologia, pró-natureza humana, inatismo, generativismo - NATUREZA
2. Funcionalismo c/ muitas vertentes teóricas – AMBIENTE
(ambos os teóricos estiveram em contacto com as teorias estruturalistas)
1. Noam Chomsky
- Acredita que adquirimos cognição
- Argumentos: precisamos de dados linguísticos.
Leva em consideração duas partes do processamento da linguagem
a. Gramática internalizada/universal -substrato genético (cérebro preparado para
organizar os dados linguísticos): competência
b. Dados primários: performance
Nascemos para fazer a “juntação/concatenação” – to merge: o cérebro junta a
fórmula com a função (conceito estruturalista, Cf. Saussure - à forma está
associada um conceito. Quanto mais icónica a palavra é, menos ela varia).
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Chomsky defende que o cérebro nasce procurando essas relações e que a criança,
quando ouve dado linguístico, procura criar associações (ouve a palavra “cadeira” e
procura o significado no mundo).
O cérebro mantém essas estruturas e posteriormente armazena essas estruturas.
Chomsky utiliza um conceito do estruturalismo -> a sintaxe é determinada
geneticamente, a capacidade de organizar uma língua estruturalmente nasce
connosco. Essa capacidade desenvolve-se apenas se tiver performance. (Língua I-
marcação paramétrica; língua II- se se determinar um longo espaço de tempo (mais
tarde), elas serão aprendidas de forma menos eficaz.)
Exemplo usado: se os estímulos forem anulados as crianças (só cognição dará uma
língua?) não conseguirão desenvolver corretamente a língua (cf. experiência Genie –
primeiro grande caso de “crianças selvagens”). Só a biologia não dá língua,
apenas a capacidade linguística.
-Dois estudos longitudinais complementares (slide)
Genie desenvolveu apenas uma linguagem telegráfica (encontra-se no estágio
telegráfico).
E, se contemplarmos apenas a performance (s/ GU)? -> em 1990 começa a
corrida pelo mapeamento genético. Foi encontrado o gene FOXP2
Slide – árvore genealógica
50% com dispraxia genética
75% nas mulheres dispraxia genética
FOXP2 -> nós somos seres porque temos língua graças ao gene para a linguagem.
Mas, e os outros animais também têm FOXP2? Sim, os roedores, os pássaros (com
organização linguística próxima com a nossa), osesquilos. (cf. Filme NIM;
documentário com Laura-Anne Petitto).
Os animais não falam, mas tem o gene. E agora?
-> Em torno dos 3 anos, o chimpanzé contém um inventário lexical significativo.
-> Chimpanzé entra na puberdade e torna-se cada vez mais violento e menos
humano.
-> Na verdade, o que nós somos socialmente é algo aprendido.
->No entanto, a língua parece que é adquirida por qualquer espécie.
->O merge do Chomsky – de facto, os animais parecem ser capazes de criar relações
entre fórmula e função.
-> No entanto, somos os únicos que conseguimos adquirir língua por meio das
circunstâncias/forma que ela é adquirida.
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fase da puberdade até aos 16. Varia de acordo com o género e outros fatores
(meninas com uma janela menor dos meninos por causa da puberdade). Ao longo do
período pré-puberdade os neurónios ainda estão preparados para reconhecer os
dados primários. Após a puberdade perdemo-los ou esses desempenham outras
funções.
Slide – análise de produção sináptica
-Com 1 mês – poucas ligações neuronais – em termos biológicos, apenas as funções
biológicas, as funções cognitivas ainda não estão presentes.
-Com 2 anos – as ligações neuronais ocorrem em evidentemente em maior número.
Temos um momento em que estamos mais bem preparados para aprender algo.
Neste caso, a partir dos 2 anos. Depois da puberdade, as ligações diminuem. O
melhor período crítico seria, em média, entre os 2 e 14(fim da puberdade). Há um
período de estabilização dos processos cognitivos que se tornam mais estáveis e
funcionais.
Temos um índice de produção sináptica muito elevado em torno dos 6 anos.
Outras provas: (slide)
->Patricia Kuhl
- Estudos mostram crianças de línguas maternas diferentes (línguas em que a
distinção entre /r/ e /l/ não existe); expõem as crianças a palavras do tipo “rata” e
“lata” e procura-se perceber se elas compreendem as diferenças entre ambas as
palavras. Em torno de um ano de idade, as crianças com línguas em que não há
diferença (r=l) já não são capazes de reconhecer como diferentes ( crianças
japonesas). E, nas crianças americanos, eles são capazes de identificar a diferença e
acertam cerca de 80% das vezes.
As crianças como ouvintes universais, capazes de interpretar o som de qualquer
língua, mas, ao longo do caminho, as crianças especializam-se numa determinada
língua. Aprendemos a nossa língua a partir do momento em que deixamos de ser
ouvintes universais. Se nós formos expostos a várias línguas concomitantes o
cérebro será capaz de distinguir os sons.
A perceção auditiva especializa-se, mas também as áreas do cérebro tornam-se
especificamente linguísticas. Em torno dos 6 meses somos falantes universais, em
torno dos 12 meses já estamos numa fase de especificação. Assim, os sons das
outras línguas são considerados ruídos. O estímulo consistente passivo a uma língua
permite que o ouvido perceba melhor um determinado som de uma determinada
língua (materna). A exposição a um determinado som permite uma especialização.
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Problema na aprendizagem de uma outra língua/ a problemática da proficiência:
-Quanto mais próximas são duas línguas, mais complexo é o processo de
aprendizagem. Grande percentagem de aprendentes que desistem nos níveis
intermediários. Gramáticas parecida munem os indivíduos de uma “falsa” confiança.
Em contrapartida, o êxito e proficiência ocorrerá quando em contacto com línguas
extremamente diferentes como o chinês.
-Área sensorial mais estimulada quando expostos a línguas que não a materna.
(slide)
Síntese:
->Possuímos uma natureza biológica cognitiva que nos favorece na aquisição de
uma determinada língua.
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Como podemos verificar o período crítico (PC) em funcionamento?
Em torno dos 6 anos temos ápice das ligações neuronais. Em torno dos 14,
passamos por uma especialização de determinadas tarefas. Assim, já não precisamos
de tantas ligações neuronais, pois já possuímos um circuito neuronal para
determinadas tarefas.- Especialização para viver no mundo e realizar determinadas
tarefas.
O período crítico/ melhor desenvolvimento: (mais apto para aprender algo) 2-8 anos
– Período crescente de ligações neuronais.(Ex. crianças fazem muitas perguntas
nesta fase).
E perda de ligações neuronais? Por que razão ocorre?
Em consequência dos hormônios da puberdade: meninas 12 anos- 16 anos e
meninos 14 anos – 18 anos.
O PC tem uma certa variabilidade, no entanto.
Este é assim o melhor período de aquisição de L1. -> Proficiência numa língua é
mais propicia neste período. Qualquer língua exposta depois deste período parece
ser mais custosa.
(Cf. Teste Turning Heads - aula anterior)
Crianças viram cabeças com qualquer som, até aos 8 meses de idade (cerca de 65%
das crianças) – Crianças como ouvintes universais.
Crianças são expostas ao inglês e crianças japonesas são expostas ao japonês – as
crianças japonesas e americanas só reagem quando expostas à sua língua materna
(cerca de 85%) – 10 a 12 meses.
-As crianças aprendem desaprendendo – teorias das aquisições inatas – conhecemos
qualquer som, mas posteriormente passamos por uma fase de especialização de uma
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determinada língua que transforma qualquer outra língua, que não a materna, em
ruído.
Capacidade de especialização faz com que múltiplas regiões do cérebro sejam
ativadas de modo a tentar compreender a língua desconhecida. A língua
desconhecida é interpretada como ruído.
Período crítico – é um conceito biológico, mas também um comportamento animal.
(ex. lobos determinam as relações sociais na matilha ao nascimento – imprinting) O
imprinting só ocorre numa janela de tempo limitada após o nascimento. O PC não é
uma noção meramente linguística.
(Slide – O problema de Platão: Como podemos saber tanto com tão pouca
evidência?)
-Dentro da janela PC somos capazes de perceber traços a estrutura da língua
adquirida – Gramática interiorizada. ->> Complexidade das computações sintáticas
(1952)
Só temas essa capacidade porque a gramática cerebral é capaz de organizar dados
linguísticos e saber se uma determinada estrutura é gramatical correta.
-Recursividade – É uma computação cerebral que pega o output de uma operação
anterior como input para a operação seguinte e permite encaixamentos. Qual é o
limite?
-São possíveis infinitos encaixes. – Capacidade de encaixe é infinita.
Capacidade de processamento dos encaixes é sete. A memória a curto prazo
armazena confortavelmente 7 encaixes.
-Precursores desse pensamento
-Platão: como se pode saber tanto com tão pouca evidência? - Cérebro determinada
pela genética.
-Humbolt: meios finitos (palavras funcionais) para computar e gerar formas
infinitas.
-Distingue tipos de aquisições, usamos palavras funcionais para completar
(merge) e gerar formas infinitas. Por outras palavras, temos encaixes recursivos.
-Neo Darwinismo - Gould, Vrba, 1982: “Apesar de a teoria da seleção natural
prover boas explicações para muitos casos, Darwin não consegui explicar a origem e
a transmissão de todas as variações que surgiam nos seres vivos.” (Darwin faz uma
viagem de barco, desenha tudo o que vê na costa e no mar (peixes e aves), apercebe-
se de um padrão – quanto mais se distanciava da costa mais diferentes eram as aves.
Darwin defende que todos os seres evoluem de uma linha crescente, e estes evoluem
segundo uma necessidade. Período de milhares de anos). Na linguagem tentou-se
fazer uma descrição da sua evolução. -> Neodarwinismo: o mundo pressiona de
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forma tão grande que leva a uma mudança muito significativa. Humanos evoluíram
com dois processos em paralela. A visão foi lenta, mas as cognições sofreram uma
mutação extremamente brusca – EXAPTAÇÃO.
Na época de Darwin, as mutações e as leis de Mendel não eram conhecidas. Hoje
sabemos também que além da seleção natural há a deriva genética e a migração de
indivíduos que também agem para a modificação dos seres vivos ao longo do tempo.
-Todos estes fatores juntos compõem a teoria sintética da evolução ou
neodarwinismo, que prevê mudanças rápidas também por Exaptação.
-Existem cientistas que defendem a existência de uma relação entre ambas as
mudanças – uma mais lentas e outra mais rápida.
Ambiente (Nurture)
-Pró-ambiente
-Michael Tomasello – surge no contexto funcionalista.
Se as crianças forem privadas dos estímulos linguísticos elas não desenvolvem essa
capacidade.
Se eu receber os dados primários numa altura em que tenha capacidade de
organizá-los eu adquiro a performance.
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Competência e desempenho vão juntos fazer a gramática que temos
internalizada e não a gramática universal e prescritiva que se ensina na
escola. Se eu aprender duas línguas desde cedo eu tenho duas línguas
internalizadas, mas continuamos a ter apenas uma gramática universal.
Se eu não tenho competência não vou ter performance. Se eu não tenho
performance é indício de que tive problemas a receber dados primários.
Se tiver um problema físico por exemplo cancro da língua, eu deixo de
conseguir falar, mas não perco a competência linguística.
A socialização é fundamental. As línguas naturais são criadas, governadas,
adquiridas e usadas a serviço de fatores comunicativos que se valem de
habilidades cognitivas gerais em prol do comportamento social.
O mundo tem muita importância, o contacto com os dados que nos são
expostos para a aprendizagem.
Para o funcionalismo a capacidade é fundamental para aprender qualquer
coisa, não temos conhecimento implícito e à priori. Os funcionalistas
concentram-se principalmente nas construções sociais e na contribuição dos
pais – ensino explícito - e em como a linguagem é adquirida por meio de
experiências e comportamentos reforçados.
O que são capacidades básicas? As características que vem no nosso cérebro
à nascença? Capacidade de gesticular, imitar
Neodarwinismo – a linguagem deve as suas origens à imitação.
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