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FASCÍCULO I Semestre 2017
FASCÍCULO I Semestre 2017
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
FASCÍCULO
FUNDAMENTAL
ENFERMAGEM I
Docente:
MCs IRAIDA CABALLERO ESCALONA
Moxico
1º ANO
I SEMESTRE
Fundamentação da Disciplina
OBJECTIVOS DA DISCIPLINA
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2. Ajudar a elevar a qualidade dos serviços de saúde através da atuação
profissional honesta, responsável, criativa, compassiva, solidária, sensível, com
elevado sentido de ética e com independência no âmbito das suas
competências, como expoente do humanismo.
Objectivos instrutivos
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UNIDADE I
TEMA 1.1 PROFISSÃO DE ENFERMAGEM
DEFINIÇÃO DE ENFERMAGEM
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Atende às necessidades de saúde da família, indivíduo e comunidade,
aplicando a lógica do processo de cuidado de enfermagem como um
método científico da profissão.
TIPOS DE ENFERMEIROS
FUNÇÕES:
Funções: assistencial, administrativa, docente e de investigação
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ACTIVIDADES E TAREFAS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Técnico de enfermagem:
- Assistencial
- Administrativa
- Professor
- Investigador
Enfermeiro licenciado:
- Assistencial.
- Administrativa
- Professor
- Investigador
Deveres:
Conhecer os princípios do Sistema Nacional de Saúde e cumpri-los
fielmente, assim como as normas, métodos e procedimentos que
regulam o exercício da sua actividade.
Cumprir as regras disciplinares e princípios éticos.
Conhecer, acatar e cumprir os deveres inerentes ao seu trabalho.
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Ser simpático, cortês, paciente e respeitoso com as pessoas que direta
e indirectamente se relacionam com a sua actividade.
Usar o uniforme no local de seu trabalho.
Orientar o indivíduo, família e membros da comunidade sobre a
prestação de serviços de saúde.
No exercício das suas funções deve manter a discrição com os
pacientes e famílias no diagnóstico e prognóstico da doença dentro e
fora da unidade e promover ou manter boas relações humanas com os
colegas e a população em geral.
Manter-se em perfeito estado de saúde, pelo que deve fazer exames
médicos periódicos.
Chegar pontualmente ao trabalho.
Substituir um colega de trabalho na sua ausência.
Comunicar com antecedência, a quem de direito, a ausência ao trabalho
e a respectiva razão.
Solicitar o nível superior, autorização para mudar de turno quando exista
uma necessidade.
Observar as regras de conduta dentro do grupo dos trabalhadores na
sua unidade, de acordo com os princípios éticos e da moral.
Evite conversar de assuntos, que não têm a ver com o exercício da
função, dentro do horário de trabalho.
Contribuir para a manutenção e preservação do património social.
Cuidar de instrumentos, equipamentos e materiais que são confiadas
para a realizar o seu trabalho, não os utilizados para outros fins.
Cuidar a limpeza no local de trabalho.
Cumprir as normas vigentes de biossegurança.
Desenvolver atividades com fins educativos direcionadas para
pacientes, familiares e membros da comunidade.
Cumprir com a educação formal.
Auxiliar na formação dos alunos.
Participar do processo docente educativo.
Participar de reuniões e assembleias que se convoquem na unidade.
Cumprir os deveres correspondentes dentro do plano estabelecido no
seu local de trabalho para com a pátria.
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Cumprir e fazer cumprir as tarefas atribuídas pela chefia
Direitos:
Ser tratado e respeitado como um trabalhador que cumpre e observa os
princípios da sociedade.
Receber informações e orientações necessárias dos distintos níveis e
do pessoal médico a respeito do processo evolutivo dos pacientes e
população que atende, e o trabalho a desenvolver no seio da instituição
ou centro de saúde onde trabalha.
Receber benefícios das leis existentes.
Receber o vestuário e calçado, conforme estabelecido pela instituição
onde trabalha
Conhecer o aviso prévio, vindo da chefia, a nível das mudanças
relacionadas com trabalho.
Expor problemas ou fazer sugestões relacionadas com o trabalho, a
nível superior.
Ser informado pela equipe médica sobre o processo evolutivo dos
pacientes sob seus cuidados.
Ser promovido para outros cargos de acordo com os requisitos e a
metodologias estabelecidas.
Ter de um dia de descanso por semana e 15 dias de férias duas vezes
por ano, conhecendo esses períodos com antecedência.
Obter as aptidões que ajudem a desenvolver as habilidades e
motivação para trabalhar.
Receber assessoria e avaliação periódica pela hierarquia respectiva.
Prosseguir nos estudos segundo o nível atingido, habilidades
demonstradas, atitude perante o trabalho e as competências gerais.
Exigir as condições requeridas de protecção e saúde no trabalho.
Realizar ou participar como um membro da equipa de saúde em
atividades de investigação.
Desenvolver e participar em projectos de investigação, ou inovações
que contribuem para o desenvolvimento das actividades em saúde.
Ser membro da Ordem dos Enfermeiros do país e cumprir aos
requisitos estabelecidos.
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Ser um membro do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde.
Seja fiel e verdadeira, não fazer mal e fazer o bem.
Praticar o humanismo, a abnegação, a solidariedade e o
internacionalismo.
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4 - Ajudar o paciente a se incorporar na sociedade: é da responsabilidade do
enfermeiro fazer educação para a saúde ao paciente a partir do ponto de vista
da sua saúde, ensinar a viver com sua doença se esta for crónica, prepará-lo
psicologicamente para o seu retorno à família.
PRINCÍPIOS ÉTICOS
A ética é um código moral de conduta, inclui qualidades morais do
enfermeiro e regras de conduta, especialmente relacionados com o cuidado
dos pacientes e seus familiares, com os trabalhadores do sector da saúde e
sociedade, que será baseada nos seguintes princípios éticos:
1 - Em relação ao paciente e seus familiares
2 - Manter o segredo profissional.
3 - Relações com outros profissionais de saúde.
4 - Nas relações entre professores e estudantes.
O Conselho Internacional de Enfermagem estabeleceu o código de ética,
que aponta a responsabilidade do enfermeiro em relação à prática da
profissão, às pessoas, à sociedade, aos funcionários e à equipa de saúde. O
código não estabelece discriminação baseada na nacionalidade, raça, credo,
cor, idade, sexo, classes políticas ou sociais.
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e delegar responsabilidades. Exercer as suas funções em conformidade com
as normas de conduta pessoal que conferem a boa reputação da profissão.
ASPETOS LEGAIS
Nos serviços de saúde desenvolve-se muitas actividades que são controlados
por leis existentes e na prática de enfermagem surgem problemas de índole
jurídica, às vezes e para diferentes situações, os princípios não são cumpridos,
nem se respeitam as pessoa, não se prevêem os riscos, más práticas e
negligência, e, portanto, os enfermeiros devem ser responsáveis pelas
consequências legais e éticas das suas acções.
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O direito e dever fundamental de toda a profissão é ser responsável
perante o serviço pretende oferecer. A responsabilidade é um conceito
presente em enfermagem desde a sua criação. Perante o paciente que lhe está
atribuído, a obrigação do enfermeiro é: ser responsável, ter a capacidade para
explicar o seu comportamento e os resultados na sua actividade profissional e
agir com diligência na vida social.
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Que tenha uma domínio da concepção científica no exercício do seu
trabalho, mediante uma base filosófica, científica e metodológico para
uma prática social transformadora, voltada para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas com um sistema de habilidades intelectuais e valores de
personalidade como cidadão e profissional
FILOSOFIA DA ENFERMAGEM
INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM
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A Investigação é o tipo de análise mais confiável, nenhuma profissão pode
melhorar a sua prática sem Investigação. Na Enfermagem surgem
constantemente problemas que necessitam de ser investigados e de melhorar
os métodos utilizados para garantir a eficácia nos Cuidados de Enfermagem.
As linhas de pesquisa são dadas pelos problemas que podem ocorrer nas
instituições de saúde e precisam ser investigados para sua melhoria e solução.
1. Enfermagem em Cuidados de Saúde Primários.
2. Principais doenças do sistema respiratório.
3. Doenças do sistema digestivo principal.
4. Principais doenças do sistema urinário.
5. Principais doenças do sistema cardiovascular.
6. Afecções de oncologia.
7. Principais Doenças do sistema hematopoiético.
8. Principais doenças infecciosas (AIDS, sífilis, gonorreia, condiloma
acuminado).
9. Principais problemas dermatológicos.
10. Assistência de Enfermagem em pacientes cirúrgicos.
11. Assistência de Enfermagem em pacientes queimados.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Consiste na leitura e análise de um tema científica previamente estudado, a fim
de actualizá-lo.
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Partes que a compõe:
Capa
Sumário
Introdução
Desenvolvimento
Conclusões
Bibliografia
Estilos:
Tema livre
Mesa Redonda
Poster
Requisitos:
Deve ser pelo menos 12 páginas, incluindo gráficos.
O número de bibliografias não deve ser inferior a 25 nem superior a 50,
actualizada e acotada pelas normas em vigor na instituição de ensino.
O número de autores não deve exceder 4 pessoas.
PROBLEMAS PROFISSIONAIS
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1. Alteração na satisfação das necessidades da pessoa saudável ou doente.
2. Alteração no atendimento das necessidades das famílias, dos grupos e / ou
comunidades.
3. Respostas clínicas frente a ações de diagnóstico e terapêutica de natureza
diferente.
4. Dificuldade para estabelecer a comunicação.
5. Riscos e alterações higiénicas - epidemiológicas e outras no ambiente.
6. Insatisfação das necessidades educativas individuais e colectivas.
7. Situações problemáticas no objecto de trabalho que se ligam aos problemas
científicos da profissão e áreas afins.
8. Requerimentos administrativos de enfermagem nos serviços de saúde.
ESTUDO INDEPENDENTE
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científica, mas muitos dos seus fundamentos teóricos são extraídos de outras
ciências.
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TEORIAS: representa para a ciência um nível mais profundo do que o modelo.
O conjunto de propostas construídas sistematicamente, utilizadas para
descrever, predizer, explicar, entender, controlar parte empírica do mundo.
Para um conjunto de propostas hipotético terem o estatuto de teoria, têm de ser
testadas no campo da investigação e terem sido comprovadas um número
suficiente de vezes.
ESCOLAS
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ESCOLA DAS NECESSIDADES
Que fazem as enfermeiras?
ESCOLA DA INTERACÇÃO
Como fazem os enfermeiros, o que eles estão a fazer?
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A quem são dirigidos os cuidados?
ESCOLA DO CUIDAR
Como os enfermeiros fazem o que fazem?
Teoria Moderna
Dorothea E. Orem
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Prevê que pessoas estão sujeitas às limitações de saúde, que os incapacita
para o autocuidado contínuo ou fazer que o autocuidado seja ineficaz ou
incompleto e ao existir este o enfermeiro se torna em agente de autocuidado.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Avaliação
Intervenção
Valoração
Diagnóstico de
Enfermagem
Plano de Cuidados
Resposta Humana
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ESQUEMA GERAL DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
ESTUDO INDEPENDENTE
Teorias de Enfermagem
Bibliografia
Fundamentos de Enfermaria Parte I, Nilda L. Bello, págs: 56 a 82
ECOLOGIA
MEIO AMBIENTE
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Ecologia humana é o estudo da relação entre seres humanos e seu meio
ambiente. Os ecologistas humanos investigando como as pessoas adaptam
suas características genéticas, fisiológicas, culturais e comportamentais ao
ambiente físico e social.
CONCEITO DE FAMÍLIA
Grupo constituído por pais e filhos, vivendo juntos ou não, e num sentido
mais amplo estende-se a todos aqueles que estão relacionados por
consanguinidade ou afinidade.
CLASSIFICAÇÃO
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Dependendo do seu tamanho.
Dependendo do número de gerações.
De acordo com a ontogénese da família.
Família nuclear.
Família extensa.
Família alargada.
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que, mesmo sem laços de sangue e de parentesco entre eles, existem laços de
convivência e afinidade
COMUNIDADE
Tipos de Comunidade
Comunidades emocionais.
Comunidades estruturais.
Comunidades funcionais.
Comunidades emocionais
Comunidade raiz, considera o lugar do qual se é natural, onde têm raízes.
Comunidades de interesses comuns, é baseada num conjunto de interesses
ou necessidades comuns a várias pessoas que se assemelham entre si, pelo
menos na área de interesse especial. Exemplo: Trabalhadores da construção
civil.
Comunidades estruturais:
Grupos de risco ou agregados: grupos de pessoas que partilham uma ou mais
características pessoais ou ambientais, por exemplo, asmáticos, pessoas que
vivem perto de uma fábrica expostos a contaminação.
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Comunidades face a face: a comunidade primária consiste em grupos como a
família, vizinhos, a paróquia e outros grupos coesos, relativamente pequenos.
Problemas ambientais da Comunidade: os limites desta comunidade incluem
as áreas geográficas afectadas por problemas ambientais.
Comunidade geopolítica: são as unidades de jurisdição política que possuem
as fronteiras geográficas e legais, bem definidas. Por exemplo, cidades,
aldeias, províncias.
Organizações: incluindo os departamentos de saúde, hospitais, igrejas e
outras organizações têm uma estrutura que une os seus membros entre si e
certo grau de poder para regular as atividades realizadas pelos seus membros.
Comunidade soluções: comunidade com limites dentro dos quais se pode
definir um problema, tratá-lo e resolvê-lo.
Comunidades funcionais
Comunidades funcionais partem da crença dos seus membros que comunidade
é qualquer sentido de bem comum local que se pode ajudar a chegar os
cidadãos.
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Os membros, da família, encontram-se numa dinâmica de interacção particular,
constituem sistemas individualizados com objectivos e motivações próprias que
divergem dos objectivos do grupo.
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Registo das informações da família
O gráfico é colocado dentro de informações demográficas, data de
nascimento, de morte.
Coloca-se, fora do gráfico, as informações de saúde dos membros da
família.
X
Nasceu = 1944
Faleceu = 2001
Sinalização das relações familiares.
- Representa-se o tipo de relacionamento entre os membros da família sempre
que não seja normal.
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CICLO DE VIDA FAMILIAR OU CICLO VITAL FAMILIAR
É o processo que cada família atravessa a partir da união do casal para uma
vida em comum até à sua morte.
Este é um processo de desenvolvimento no qual a família amadurece e cresce
entre as constantes exigências a que obrigam os acontecimentos da vida, a
organização e estrutura familiar.
FUNÇÕES NA FAMÍLIA
Função biossocial ou reprodutiva
Função económica
Função educativo cultural
Função afectiva
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ESTUDO INDEPENDENTE
Impacto da doença na família em Angola
Promoção da saúde da família em Angola
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Fundamentos de Enfermaria. p. 109-125
Página Enfermagem Sociais e da Família. 56-57
Introdução à Saúde Pública. Página 15
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IMUNIZAÇÃO
É a estimulação dos mecanismos de defesa do organismo susceptível, através
da introdução de um microrganismo vivo atenuado, microrganismos morto ou
os seus produtos.
VACINAÇÃO
Administração de microrganismos, ou uma parte deles, ou um derivativo
(antigene imunizante), com o objectivo de produzir uma resposta imune
semelhante à infecção natural, mas sem perigo para o vacinado. É com base
na resposta do sistema imunológico e memória imunológica.
ESTUDO INDEPENDENTE
Grupos de risco em Angola
Esquema de vacina em Angola
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As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas
doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem
maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir.
Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é
preciso receber várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz.
Outras vezes é também necessário fazer doses de reforço, nalguns casos ao
longo de toda a vida.
A vacinação, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a
comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada
interrompe-se a transmissão da doença.
AOS 2 MESES
Pólio – 1ª dose; Pentavalente -1ª dose; Pneumo - 1ª dose; Rotavirus
- 1ª Dose
AOS 4 MESES
Pólio – 2ª dose; Pentavalente -2ª dose; Pneumo - 2ª dose; Rotavirus
- 2ª Dose
AOS 6 MESES
Pólio – 3ª dose; Pentavalente -3ª dose; Pneumo - 3ª dose. Vitamina A
1ª dose
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AOS 9 MESES
Sarampo – 1ª dose; Febre Amarela – dose única: Vitamina A 2ª dose
AOS 15 MESES
Sarampo – 2ª dose.
NOTA:
Não administrar a 1ª dose de Potavírus após os 4 meses de idade, nem a
2ª após o 7º mês.
COMUNIDADE E SAÚDE
Modo de vida:
é a forma que adquire a actividade, o tipo de vida do indivíduo, do grupo social
e das pessoas em geral, que actua de uma forma económica e social própria e
de maneira aceitável e interactiva entre a actividade vital do homem e dos
grupos humanos; a forma específica de assimilação e de visão de mundo
determinada pelas condições imediatas da vida.
Nível de vida
É o nível de bem-estar cultural da população em geral expresso em ter:
A garantia de habitação
A alimentação e vestuário
O desenvolvimento da educação
Horário de trabalho,
Segurança social,
O desenvolvimento dos transportes
O Desenvolvimento do comércio
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Os indicadores de morbilidade,
Os processos demográficos,
Todos estes itens, são aspectos que nos fornecem o padrão de vida das
relações de produção com a sua utilização social.
Qualidade de vida
É o nível ou a relação de dois aspectos da existência humana:
A possibilidade de desenvolvimento pleno da personalidade
humana que é dada pelas possibilidades de manifestação do
desenvolvimento e utilização do potencial intelectual, emocional e
criador do homem,
A possibilidade de estar satisfação com a vida determina que a
qualidade de vida será maior quanto maior for a satisfação dos
indivíduos com a vida dependendo do grau de realização das suas
aspirações.
FARMACODEPENDÊNCIA
Drogas ou tóxicos
Substâncias naturais ou sintéticas, médicas ou não médicas, legais ou ilegais
que quando consumidas produzem algum efeito sobre as funções psíquicas e
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determinam tolerância e dependência, assim como várias ações prejudiciais
que podem prejudicar a saúde em seus aspecto físico, mental, social e
espiritual
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em pó ou rapé, também contêm muitas toxinas, bem como altos níveis de
nicotina.
É aditiva a nicotina?
A maioria dos fumantes usa tabaco regularmente porque são viciados em
nicotina. O vício é caracterizado pela busca e uso compulsivo de drogas,
apesar das consequências negativas para a saúde, e o tabaco encaixa-se
nessa descrição.
Nicotina e dependência
A nicotina produz dependência farmacológica e psicológica.
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Desenvolvendo uma série de efeitos negativos sobre o corpo e a psique do
indivíduo.
Tratamento da dependência
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Proibição da venda a menores de idade ou escolas e unidades de
saúde.
Diferentes formas de auto-ajuda livros e panfletos, e os tratamentos de
terapia de substituição de nicotina, ansiolíticos.
Tabagismo no mundo
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Fumadores passivos
STOP
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Provar um tóxico por curiosidade é muito perigoso,
lembre-se que este é sempre o primeiro passo falso
e ninguém pode prever o que vai acontecer depois…
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Prevalência do HIV adultos (15-49 anos) …………..……………………..
……………… 1,98%
2.1 SAÚDE/DOENÇA
Saúde e doença são termos que têm significados diferentes, mas estão
intimamente relacionadas e interagem de modo que podemos dizer que eles
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constituem um par dialéctico, eles não são constantes nem absolutos, são
estados de bem-estar que estão em constante mudança.
Exemplo: Uma pessoa pode se levantar de manhã com cefaleias que o
impede de ir para o trabalho, mas, em seguida, lembrar-se que tem algo
importante para fazer e acha que pode sentir-se melhor no trabalho. Da mesma
forma que, uma pessoa que normalmente exerce as suas atividades diárias
pode ter uma doença grave segundo os médicos e parecer saudável a outras
pessoas.
SAÚDE
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sobreviver. Também precisamos manter um equilíbrio com o ambiente
(físico, psíquico e social).
Meio Ambiente: o mundo físico ao nosso redor pode afectar nossa saúde, falta
de água potável, habitação inadequada, insegura, poluindo a água a
industrialização aumentou e ar, o clima.
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Assépsia. É um procedimento que pretende a ausência de agentes biológicos
vivos, convencionalmente considerados patogénicos. Para o seu estudo divide-
se em médica e cirúrgica.
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elimina agentes de superfície biológica. A água, sabão ou detergente e
posterior secagem são os elementos básicos do processo.
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2.3 PRINCÍPIOS SOBRE A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS:
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PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS
@ Estes podem ser espalhados por várias vias: ar, cama, e até mesmo
pelas mãos de enfermeiros.
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de
maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções,
devendo ser praticada por toda equipa, sempre ao iniciar e ao término de uma
tarefa.
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- Antes de preparar medicação.
- Antes e após o uso de luvas.
- De utilizar a casa de banho.
- Antes e depois de contacto com pacientes.
- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham
sido usadas.
- Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo
orotraqueal e outros dispositivos
- Após o contacto directo com secreções e matéria orgânica.
- Após o contacto com superfícies e artigos contaminados.
- Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
- Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar,
manusear dinheiro
- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
- Após manusear quaisquer resíduos.
- No fim de cada tarefa.
- No final do dia de trabalho.
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8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira accionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel
toalha. Nunca use as mãos.
PRECAUÇÕES:
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CLASSIFICAÇÃO:
Lavagem simples das mãos.
Lavagem de mãos higiénico-médica
Lavagem de mãos cirúrgica
Material ou equipamento
-Água corrente.
-Sabão convencional.
-toalhas, pano ou papel.
Recipiente para o lixo.
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Objectivos - Eliminar os microrganismos transitórios da pele e reduzir os
microrganismos residentes; Evitar infecções cruzadas; Proteger o pessoal de
saúde.
As escovas utilizadas na preparação cirúrgica das mãos devem ser de cerdas
(sedas) macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso
exclusivo em leito ungueal e subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se: Anti-sepsia cirúrgica das mãos e
antebraços com anti-séptico degermizante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a
3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração
recomendado pelo fabricante).
Luvas:
Dispositivo de borracha ou plástico, adaptada à forma da mão.
OBJECTIVOS
Proteger o paciente de microrganismos patogénicos.
Utilizar um meio de protecção do pessoal de saúde quando presta
cuidados ao paciente.
Manter um meio estéril na manipulação de materiais e equipamentos
estéreis.
CALÇAR LUVAS
PRECAUÇÕES
Realizar a técnica de lavagem de mãos médico ou cirúrgica segundo o
procedimento que deve realizar, antes de colocar as luvas para evitar a
contaminação das mesmas
O tamanho das luvas deve corresponder ao tamanho das mãos
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Se se romper as luvas retirar-se ou calça-se luvas a dobrar
MATERIAL
Embalagem de luvas
Envelope com talco
Material para lavar as mãos
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RECOMENDAÇÃO GERAL
Lave sempre as mãos antes e depois de cada procedimento
CUIDE DA SUA SAÚDE E DA DOS DEMAIS
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EUTUDO INDEPENDENTE
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8- Agentes infecciosos podem ser destruídos com calor suficiente, produtos
químicos e outros meios conhecidos.
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DESCONTAMINAÇÃO - É a eliminação ou inibição por agentes físicos ou
químicos de agentes biológicos infectantes que estão presentes no material,
isto irá ser feito em todos os materiais contaminados com estes agentes, por
meio da limpeza; tem como objectivo final é impedir que se espalhe a
contaminação.
DESINFECTANTES
Pasteurização: 75 a 80 graus.
* Glutaraldeído a 2%
* Formaldeído a 4%
* Solução de formaldeído a 8% de álcool
* Peróxido de hidrogénio 6 a 7,5%
* O hipoclorito de sódio
* Formaldeído gasoso
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Desinfectantes químicos de baixo nível:
DESINFECÇÃO DO AR:
Pele
Para manobras críticas: Igual à das mãos do pessoal.
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Mucosas e cavidades:
*Clorexidina, Iodo povidona,
ESTERILIZAÇÃO
É o procedimento que não admite a presencia de agentes biológicos vivos,
capazes de reproduzir-se. Depende do controlo estrito do agente esterilizante,
do tempo de acção e da biocarga presente, e outras substâncias ou eventos
que possam interferir com a acção.
Os agentes esterilizantes podem ser físicos ou químicos e sempre que seja
possível utilizaram-se altas temperaturas húmidas como agentes de ELEIÇÃO.
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4- A iluminação deve ser o mais perfeita possível, quer seja natural ou artificial.
5- A ventilação é de grande importância, pois este departamento tem áreas que
devem estar completamente fechadas, com ventiladores ou ar condicionado.
6- O departamento deve possuir grandes armários e vitrinas, construídas de
forma que permitam a limpeza e desinfecção dos mesmos.
7- Deve dispor de amplas e numerosas gavetas para colocar material de uso
geral.
8- É necessário um local estéril para guardar o material que já está esterilizado.
9- Uma área para a entrada do material sujo e outro para a saída do material
estéril.
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material usado, deve confrontar-se com o vale que está na área estéril para
comprovar que tudo o que foi solicitado foi devolvido em perfeitas condições.
60
5- Laboratório bacteriológico: inspecciona frequentemente (cada 3 meses) o
material esterilizado e o pessoal que trabalha no departamento (com exsudado
faríngeo) e uma ou duas vezes ao mês se controla o ambiente.
6- Com a lavandaria, rouparia, costura e com o funcionamento do horário das
caldeiras.
7- Com outros centros hospitalares: coordena-se se existir algum imprevisto
para que outro centro colabore de maneira rápida e sem prejuízos no
funcionamento.
8- Relação com salas ou departamentos: Haverá horário para entrega do
material, os pedidos fazem-se em cada turno em modelos oficiais.
Todos os gastos desnecessários, avaria de equipamentos informar-se-á
ao pessoal de enfermagem durante as reuniões técnico-administrativas.
PRECAUÇÕES GERAIS:
1- Deve-se insistir na correta limpeza do material antes de ser empacotados
para posterior esterilização. De acordo com o material, assim será a técnica
de limpeza e preparação.
4- O conteúdo dos pacotes deve ser colocado de forma tal, que o calor penetre
uniformemente em todas as superfícies e o tamanho destes se recomenda que
como máximo sejam de 55 cm de largura e 22 cm de alto.
a) Funções assistencial:
1- Executar e supervisar o processo de desinfecção e esterilização do material.
2- Cumprir e fazer cumprir as normas de higiene pessoal e do ambiente.
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3- Executar e supervisar a elaboração e preparação do material e instrumentos
da autoclave.
4- Encarregar-se do controlo da esterilização com fitas testemunho.
5- Delimitar as áreas estéreis e as não estéreis.
6- Estabelecer a rotação do material e equipamento, fazendo a esterilização de
acordo com as normas.
b) Funções administrativas:
1- Realizar o plano de trabalho de acordo com o estabelecido.
2- Garantir o material para todos os serviços, salas e departamentos.
3- Fazer os pedidos do armazém, controlos médios e fundos fixos e
estabelecer horário de entrega e recibo de material.
4- Realizar uma revisão de materiais e efectuar reposições de material
defeituoso e estragado.
5- Coordenar com a secção de manutenção a revisão periódica de
equipamentos e autoclave.
6- Coordenar a realização do controlo bacteriológico do material, meio
ambiente e pessoal que trabalha na secção.
7- Informar o pessoal de enfermagem sobre os gastos, poupanças e ruturas de
materiais.
8- Registar diariamente as atividades.
c) Funções de docência:
1- Participar em cursos de educação continuada e docência a estudantes dos
diferentes cursos que rodam por departamentos.
2- Participar nas investigações que se realizem.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO:
Podem ser por meios químicos, físicos ou biológicos.
Físicos:
1- Incluem as radiações (raios solares, ultravioletas)
2- Força de arrastar das soluções.
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3-Calor: pode ser seco (chama, estufa ou forno). Húmidos (ebulição e vapor de
água à pressão) e por filtração.
Químicos:
São constituídos por soluções químicas (glutaraldeído, formaldeído, hipoclorito
de sódio e outros) e gás de Óxido de Etileno.
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• Formolaldeído: solução alcoólica a 6% - 8% em 12 horas.
Pré-esterilização
- Descontaminação.
- Esfregar.
- Secar.
- Classificação.
- Manipulação.
- Empacotamento: data de esterilização, iniciais do processador e data.
Esterilização: em Autoclave.
- Colocar a carga de acordo com as normas estabelecidas.
- Colocação do pacote de prova segundo indicadores para o controlo de
qualidade.
- Tempo de esterilização segundo o material a esterilizar.
- Uso de bioindicadores para o controlo do equipamento
- Mantimento periódico do autoclave.
- Limpeza periódica do autoclave pelo operador.
Pos-Esterilização:
- Armazenamento e conservação do material estéril.
- Vitrinas de vidro e aço inoxidáveis herméticos. conservará o material até
7 dias sempre que não tenha sido manipulado.
- Vitrina de outro material que não permita a lavagem diário, até 72 horas.
- Si não existe nem a primeira, nem a segunda condição, a esterilização
será diária.
- Realiza-se a entrega do material estéril na área reservada para esse
efeito.
- Fazer a lavagem das mãos, antes da entrega.
64
NORMAS E CONTROLOS DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO:
Métodos de controlo:
1- Controlos químicos:
São dispositivos destinados e calibrados para detectar falhas nos parâmetros
de esterilização. Colocam-se no interior do pacote em lugares de difícil
penetração do agente esterilizante. Por si só, não constituem prova de
esterilidade e são complementos necessários dos controlos biológicos e outros
métodos de controlo.
2- Controlos biológicos:
São dispositivos inoculados com esporas agentes de esterilização.
BIOSSEGURANÇA
BIOSEGURANÇA:
65
modificados geneticamente ou provenientes de outro lugar; diminuir ao
mínimo os efeitos que se podem apresentar e eliminar rapidamente as
suas possíveis consequências em caso de contaminação, efeitos
adversos, fuga ou perda.
Riscos biológicos. Este pode resultar em que a pessoa sofra uma doença
infecciosa por contacto com um agente patogénico (bactérias, fungos, vírus,
rickettsia) que está presente no material analisado.
66
1. O contacto direto:
Ocorre pelo contacto direto com as superfícies corporais, como quando apertar
as mãos, tomar banho no paciente.
2. O contacto indirecto:
Ocorre através de objectos inanimados, por exemplo, quando usamos a luva
em um paciente e sem as mudar usamo-las noutros pacientes.
3. Gotículas de transmissão:
Ocorre quando o paciente fala, espirra, tosse ou durante certos procedimentos
(sucção, endoscopia). As gotículas geradas aí são maiores do que 5 microns e
não se movem mais do que um metro, estes são depositados na conjuntiva, na
mucosa bocal ou na mucosa nasal.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Lavagem das mãos. Mão deve ser lavada com sabão regular após o
tratamento de cada paciente, a menos que seja indicado o uso de um
desinfectante em particular.
67
Tome atenção
Mude de luvas de um paciente para outro.
Depois de tirar as luvas, lavamos as mãos, porque pode ter defeitos ou rasgar
durante o uso.
Botas
Devem ser colocadas por cima dos sapatos e deve cobrir todo o calçado
Dispositivos cortantes.
Agulhas e lâminas de bisturi devem ser descartados em recipientes de
plástico, não perfurada rígida e nunca exceder a sua capacidade.
Máscara bocal
Nos casos em que podem surgir salpicos no rosto.
Deve cobrir as narinas e a boca. Não pendurar no pescoço quando não é
necessário usar. Não falar, tossir ou espirrar e se molhar deve ser
substituído imediatamente. Deve-se trocar com frequência
Touca
Deve cobrir todo o cabelo.
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Ao manusear sangue, deve usar todas as precauções, porque hoje em dia
se tornaram muito importantes pela frequência de exposição e factores
perigosos, os agentes patogénicos podem ser transmitidos pelo sangue.
COLHEITA DE AMOSTRAS
A colheita das amostras é a recolha de pequenas quantidades de material de
secreções e excreções, biópsias e punções de órgãos ou sistemas do corpo
humano para futuras pesquisas clínicas
CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Muitas vezes o paciente pode colaborar na recolha de amostras de sangue,
urina, fezes, saliva ou secreções exsudados de feridas. Para ser capaz de
executar esses procedimentos, deve explicar ao paciente o que tem de fazer
para colaborar na obtenção de material.
Muitos pacientes estarão dispostos a ajudar e muitas vezes o sucesso depende
da vontade do paciente para fornecer a amostra.
É importante destacar, o cuidado que deve ser tomado em consideração para
evitar esquecimentos e erros que trazem consequências adversas para o
paciente. Através da investigação das amostras contribui-se para o diagnóstico
médico e tratamento.
Várias amostras são enviadas ao laboratório para exames microbiológicos para
analisar secreções (produto de uma glândula, por exemplo, biliares) e
excreções (substâncias que são removidos do corpo, por exemplo, fezes),
frequentemente estudadas para isolar e identificar os micróbios infeccioso.
69
Os enfermeiros devem preocupa-se com o resultado dos testes realizados e
anexá-lo ao processo do paciente.
Objectivo:
_ Utilizar os resultados da investigação clínica para diagnosticar e acompanhar
o progresso do paciente durante o tratamento.
COLHEITA DE AMOSTRAS
PRECAUÇÕES
Explicar ao paciente o procedimento para que colabore
Recipiente adequado à amostra que se vai recolher
Recipiente limpo e seco por dentro e por fora para evitar contaminação e
em algumas amostras, é necessário recipiente estéril.
A amostra deve ser suficiente de acordo com as normas do laboratório
Rotular o recipiente em forma clara com os seguintes dados:
Nome e apelido
Número do processo clínico
Serviço onde está internado
Número de cama
Data e hora da colheita
Se a amostra vai para outro hospital ou instituição deve constar o
nome do hospital de onde procede o paciente.
Antes de colher a amostra certifique-se que tem prescrição médica.
Em caso do paciente estar a fazer antibiótico deve assinalar-se na
requisição.
A amostra deve seguir de imediato para que se não decomponha e dê
resultados falsos
Algumas vezes o laboratório indica quando se deve colher a amostra.
Deve-se anotar no modelo qualquer dado anormal relativo ao aspecto da
amostra
Antes do procedimento:
_ Prepare o paciente.
_ Explique ao paciente o que vai fazer.
70
_ Explique como o paciente pode ajudar no teste.
_ Receber a orientação médica sobre o significado do teste.
_ Proporcionar a privacidade necessária do procedimento.
_ Cubra o paciente para o conforto e para facilitar a prova (se necessário).
_ Ajuda o paciente a tomar a melhor posição para fazer o teste.
Preparação do ambiente:
_ Feche as janelas e evitando as correntes de ar.
_ Dar privacidade para o ambiente. Coloque o parado (se necessário).
_ Coloque o equipamento da forma mais conveniente para o uso por pessoas
que irão realizar o procedimento assim.
_ Fornecer uma cadeira para o médico ou técnico, se necessário.
Durante o procedimento:
_ Tranquilize o paciente e ajudá-lo a trabalhar com o teste.
_ Dê assistência física para estar na posição indicada.
_ Ajuda no manuseio do equipamento, caso seja necessário.
_ Observar as reacções do paciente para o procedimento.
Após o procedimento:
_ Aplicar medidas de enfermagem para o paciente ter o máximo de conforto e
para evitar complicações.
_ Observe com cuidado para as reacções adversas no paciente.
_ Insira as informações necessárias no registro ou processo clínico do
paciente.
_ Enviar as amostras ao laboratório em recipientes rotulados, como deve ser.
_ Limpe e ordem do equipamento utilizado.
As amostras de sangue
71
Recolha de amostras de sangue. Ele consiste em tirar sangue para determinar
os valores normais de seus componentes e à presença de componentes
anormais, tais como microorganismos.
Considerações gerais.
A colheita de amostras de sangue tem um significado prático no cuidado do
paciente, a sua relação com o estado clínico como um todo. Com a análise de
sangue pode fazer determinações de valores normais dos seus componentes.
Punção venosa, a qual envolve o picar uma veia com uma agulha para obter
uma amostra de sangue, é geralmente praticado no sangradouro (dobra do
cotovelo), é menos comum no pulso, no dorso da mão ou do pé, ou em
qualquer outra veia. A punção de veias das pernas aumenta o risco de
tromboflebite e embolia, por isso deve ser evitado sempre que possível.
Punção venosa deve ser realizada com cautela em pessoas com distúrbios
hemorrágicos ou recebendo terapia anticoagulante. Nunca retire uma amostra
de sangue venoso de um indivíduo a ser utilizado para administração
terapêutica ou intravenosa de sangue, conforme pode alterar os resultados do
teste, nem para a amostra a partir de um local infectado, como este corre o
risco de introdução de agentes patogénicos no sistema vascular.
Se a pessoa tem distúrbios hemorrágicos ou recebendo terapia
anticoagulante , retire a agulha e mantenha o local da punção por 5 min , pelo
menos , para evitar a formação de um hematoma.
A complicação mais comum da punção venosa é a formação de um hematoma
e má técnica pode resultar numa infecção.
Precauções:
_ Preparar psicologicamente o paciente e explicar o propósito da análise para
que se sinta confiante, seguro e cooperar na extracção da amostra.
_ O paciente deve estar em jejum desde a ingestão de alimentos podem alterar
as concentrações de componentes sanguíneos.
_ Executar a limpeza mecânica dos braços do paciente (dependendo de sua
saúde) antes da extracção
_ Para realizar a extracção, o paciente deve ser deitado ou sentado, porque
observando o sangue muitas pessoas se impressionam desagradavelmente, ou
72
sofrer desmaios e pode cair ou bater.
_ As amostras laboratoriais devem ser frescas e entregues atempadamente, de
modo que o resultado seja real
_ O equipamento a ser utilizado deve ser esterilizado, agulhas e seringas
devem estar secos para evitar a hemólise.
_ Quem faz a colheita deve estar ciente do tratamento adequado - manipulação
de material esterilizado e desinfecção da região; cada vez que vai palpar a veia
a ser pusionada, isto é, se quando se faz a primeira punção não se obtém
sucesso, é necessário desinfectar novamente a região sondada, tantas vezes
quantas as necessárias.
_ O tubo de onde a amostra é depositado deve conter anticoagulantes.
_ registe no processo clínico: data, hora, local da punção venosa, ao enviar a
amostra para o laboratório e os efeitos colaterais que surgem, como hematoma
ou ansiedade.
_ Fornecer alimentos para o paciente após a colheita de sangue.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra de sangue e anexá-lo ao processo.
_ Recordar ao médico que os exames pedidos já têm os resultados no
processo do paciente.
Amostras de urina
Recolha de amostras de urina.
Consiste na colheita de urina, que é uma solução aquosa composta por
substâncias orgânicas e inorgânicas, dos quais a maioria é o produto de
resíduos do metabolismo celular.
73
_ A urina deve ser colhida directamente para o frasco, se não for possível, use
um recipiente limpo para evitar a contaminação, desperdiçar o primeiro jacto de
urina e recolher o jacto intermédio.
Material
_ Frasco com tampa ( 60 a 100 ml ) , rotulado .
_recipiente graduado (se necessário)
_ Urinol, arrastadeira ou recipiente limpo.
_ Colector de urina pediátrica.
_ Biombo ( se necessário ) .
_ bacia ( se necessário ) .
_ Sabão, água e toalha ( se necessário ) .
Procedimentos:
Inváveis funcionais Gerais.
_ Manter privacidade do paciente (biombo, se necessário) .
Variáveis funcionais:
_ Dê o frasco para o paciente, se ele pode colher a amostra, caso contrário ,
coloque a arrastadeira , em seguida, coloque o frasco onde vai recolher para
enviar ao laboratório . Se precisa para medir e registrar débito urinário,
esvaziar a urina restante no recipiente graduado. Caso contrário, descarte. Se,
acidentalmente, derrame de urina na parte externa do recipiente, limpa e seca
para evitar possível contaminação cruzada.
_ Dê a água paciente, sabonete e toalha para limpar as mãos.
_ Se o paciente tem sonda vesical permanente, 1º feche a sonda durante 15m,
depois recolha a amostra colocando directamente o frasco na ponta da sonda
_ Observe características da urina ( cor, se límpida ou turva e cheiro).
_ Rotular o recipiente com o nome do paciente, número da cama, serviço, data,
hora da colheita e enviá-lo imediatamente para o laboratório.
Invariantes funcionais Gerais.
74
Considerações gerais.
Dado que as hormonas, proteínas e electrólitos são excretados pela urina em
pequenas quantidades e variáveis , muitas vezes, as amostras de urina para
medir essas substâncias devem ser colhidas durante um período prolongado, a
fim de reunir quantidades com valor de diagnóstico. O mais comum é recolher
a urina de 24 horas, porque desta maneira se pode avaliar a média de
eliminação das substâncias removidas durante este tempo. Este tipo de
amostra também pode ser recolhido em intervalos mais curtos, como por
exemplo 2 a 12 horas, dependendo da informação específica desejada. Além
disso, uma amostra de urina recolhida ao longo de um período específico pode
ser prescrita após a administração de uma dose de uma substância
estimulante, para identificação de diversos distúrbios renais.
Objectivo:
_ Obter amostra de urina num determinado período para avaliar a função renal.
Precauções:
_ Quando começar a colheita de urina para um determinado período de tempo,
certifique-se que, no final, o laboratório está aberto para receber a amostra, o
que ajudará o teste seja rápido e preciso. Se por acaso uma amostra no tempo
de colheita se desperdiçou, iniciar de novo.
_ Nunca guarde uma amostra de urina num frigorífico contendo alimentos ou
drogas, para evitar a contaminação.
_ Se o paciente tiver colocado um cateter urinário permanente (sonda vesical),
coloque ao lado da cama e um recipiente com gelo sobre o saco de recolha.
_ A perda acidental de urina durante o teste pode resultar em hospitalização
prolongada por mais de um dia, o que pode provocar ao paciente transtornos
pessoais e económicas. Portanto, é importante comunicar a necessidade de
toda a urina ao pessoal assistente, aos familiares e visitantes.
_ Explicar ao paciente ou acompanhante deve começar a recolher a urina às
6:00 horas da manhã, pelo que deve esvaziar a bexiga para a amostra de 24 h.
_ A amostra deve ser guardada no frigorífico.
75
_ Evitar a contaminação com fezes e papel higiénico (contém bismuto e alterar
os resultados do teste).
_ Explicar restrição dietética ou medicamentosa.
Urocultura
Requer amostras de urina asséptica para determinar a presença de
microorganismos patogénicos
Objectivo:
_ Para determinar a presença de germes patogénicos em amostras de urina ,
de forma asséptica .
Material:
_ Frasco de 60 a 100 ml estéreis, rotulados.
_ Soluções desinfectantes.
Procedimento:
Invariantes funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Orientar o paciente para fazer a higiene dos genitais com água e sabão, e
depois a com um desinfectante, 2º indicação médica.
_ Peça ao paciente para eliminar a primeira urina e que recolha directamente
para o frasco a urina do jacto médio para evitar a contaminação da amostra. O
resto da urina deve ser descartado.
_ Enviar a amostra para o laboratório, acompanhado por prescrição médica.
Invariantes funcionais Gerais.
Amostras de fezes
As fezes são resíduos do corpo, contida no cólon, que é evacuada por
defecação.
Considerações gerais.
As fezes são o produto de resíduos de digestão, por isso, é necessário removê-
los.
76
A quantidade de fezes varia muito com dieta e outros factores. A média é de
200 g em 24 h. Uma ou duas dejecções por dia pode ser considerado normal,
até uma evacuação a cada 2 ou 3 dias é comum entre as pessoas saudáveis.
Em cada caso deve ter-se em conta o hábito intestinal. Tipicamente, a
deposição deve ser sólido e " moldada ", ou seja, cilíndrica, consistente, e
manter esta forma após ser excretado. Quando obstipado, elimina-se pouco,
pequeno, duro, e muitas vezes, tipo bolinhas. Na diarreia, as fezes são fluidas,
pastosas ou líquidas. As fezes moldadas com pequeno diâmetro aparecem na
estenose de cólon distal ou do recto.
Normalmente, com uma dieta mista, as fezes são castanhas, mais ou menos
escura, em adultos, e escurece com o passar do tempo e exposto ao ar.
Podem variar de cor de acordo com a dieta e ingestão de certos
medicamentos. Assim, nota-se que uma dieta de leite, fezes torna-se um
amarelo canário, e devido à ingestão excessiva de café podem escurecer. As
fezes diarreicas são geralmente claras, embora haja excepções.
Os produtos de decomposição são responsáveis pelo odor desagradável
normal das fezes.
Tornam-se fezes inodoras durante o tratamento com antibióticos. O
aparecimento de muco nas fezes é reconhecível macroscopicamente. Pode ser
separado ou misturado, dando às fezes uma aparência brilhante, geralmente
vem de intestino delgado, ao contrário se aparece listrado origina-se no cólon
distal.
De acordo com a prática comum, uma amostra de fezes é limitado à busca de
parasitas intestinais, ovos , por exemplo, você pode encontrar Trichuris trichiura
, Ascaris lumbricóides e outros. Testes bacteriológicos também são feitos para
detectar bactérias intestinais patogénicas, como Salmonella tiphy , Escherichia
colli e outros.
Objectivo:
_ Determinar a presença de sangue, parasitas e seus ovos, bílis, substâncias
ingeridas como drogas com fins de diagnóstico.
Precauções:
Colheita de amostras de preferência pela manhã.
77
_ Não misturar as fezes com urina ou água, porque os tropozoítos são
destruídos, ou com papel higiénico, pois contém bismuto e alterar os resultados
do teste.
_ Utilize um frasco limpo.
_ Não deve ser após o banho de assento, depois de toma de antibióticos,
corantes para estudos radiográficos da vesícula biliar, antiácidos não
absorvíveis, enemas evacuantes, alimentos gordurosos ou drogas em
pacientes aos quais se vão colher amostras para análise bacteriológica.
_ Lembre aos pacientes e ou família as medidas de higiene, se eles próprios é
que vão fazer a colheita.
_ Nunca guarde uma amostra de fezes num frigorífico que contenha alimentos
ou drogas.
_ Se as fezes têm aspecto estranho, informe o médico.
Material:
_ Frasco de boca larga, rotulado.
_ Espátula ou dispositivo para colher as fezes.
_Arrastadeira limpa.
_ Papel higiénico ou similar.
_ Biombo
_ Papel (para envolver depressivo utilizado).
Procedimento:
Invariáveiss funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Orientar o paciente para lembrar quando tiver desejo irresistível para defecar.
_ Coloque o biombo.
_ Fornecer arrastadeira.
_ Dê o frasco e dizer ao paciente para recolher com a espátula, uma pitada (1
ou 2 g) de fezes; passar isso para o frasco e tampar. Se o paciente não é
capaz de colher a amostra, os enfermeiros executam. Se as fezes têm sangue,
muco ou pus, não se esqueça de incluí-los na amostra.
_ Envolver em papel a espátula para ser descartada.
78
_ Enviar a amostra para o laboratório imediatamente, acompanhada da
prescrição médica, pois uma amostra fresca permite resultados mais precisos.
Se você não pode enviá-lo em breve, manter refrigerada, não mantenha aa
amostra fecal refrigerada, se for pesquisa de ovos e parasitas, este é estudado
logo que é obtida.
_ Se o paciente for incapaz de ir à casa de banho, adicionado outra
arrastadeira, no caso das mulheres, e um urinol no caso os homens, para que
o paciente urine.
Invariáveis funcionais Gerais.
Amostra de expectoração
Expectoração - Secreção de muco produzido pela mucosa que existe nos
bronquíolos, brônquios e traqueia; ajuda a proteger contra a infecção nas vias
respiratórias.
Considerações gerais.
A expectoração é geralmente um exsudado purulento, mais ou menos a partir
de produtos expelidos pelos brônquios ou pulmões . Quando estas secreções
são expelidos a partir do sistema respiratório, geralmente contendo leucócitos,
células epiteliais, as bactérias e poeiras, tudo isto é misturada com saliva,
secreções nasais, células mortas e as bactérias da flora oral. O aparecimento
destes fluidos são variáveis e pode ser aquoso (um líquido incolor), com
espuma ou viscoso (um muco espesso e exsudado pegajoso).
A expectoração também pode ser descrita por cores: verde, amarelo, com
sangue ou cinzenta. Por vezes, a expectoração tem um odor característico que
pode ser, por exemplo, irritante (mau cheiro) ou doce. Pacientes com distúrbios
respiratórios frequentemente têm expectoração. Deve observar a expectoração
em relação à quantidade, à cor, à consistência, ao odor e a presença de
material estranho, tal como o sangue ou pus. A característica da expectoração
depende do tipo de doença do paciente, por exemplo, a expectoração de
79
pacientes com enfisema ou bronquite crónica é geralmente espessa e viscosa,
enquanto que em doentes com edema pulmonar é geralmente de uma cor -de-
rosa e espumoso. A hemoptise é a expectoração que tem estrias de sangue.
Objectivos:
_ Pesquisar gérmenes patológicos a nível da árvore respiratória
_ Detectar a existência do bacilo da tuberculose (TB) no BAAR.
Precauções:
_ O paciente deve enxaguar a boca para ficar livre de alimentos e pasta de
dentes ou de resíduos ou medicamentos via oral, pode lavar os dentes.
80
proteger os funcionários dos núcleos de gotículas, que o paciente
descarregada ao ar livre.
_ A amostra a ser transportada deve ser bem rotulada com os nomes do
paciente, o nome da instituição a que pertence; acompanhada da indicação
médica e indicar se o paciente está a fazer tratamento com antibióticos.
_ Antes de enviá-la para o laboratório, examine-o para se certificar de que é, de
facto, escarro, não saliva, pois isso levará a resultados imprecisos.
_ O enfermeiro deve estar atento ao resultado para a tomada medidas
posteriormente.
Material
_ Recipiente, de preferência de cor âmbar, estéril, com tampa.
_ Copo com anti-séptico bucal (se necessário).
_ Recipiente para lixo.
_ Lenços ou panos descartáveis.
_ Frascos com solução fixadora.
Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Posicionar o paciente na cama, em um ângulo de 90 °, ou sentado numa
cadeira.
_ Orientá-lo para expectorar no frasco para obter a quantidade de amostra
necessária.
_ Feche o frasco rapidamente.
_ Recolha o frasco.
_ Rotular o frasco e enviá-lo ao lugar onde ele é processado, evitar a ruptura
ou derrame.
Invariáveis funcionais Gerais.
81
Colheita de expectoração em crianças. É realizado pelo pediatra ou por
pessoal treinado.
Precauções:
_ O frasco para a colheita, a amostra deve ser estéril.
_ Colheita feita nas primeiras horas da manhã.
_ Seguir rigorosamente as medidas de assepsia e anti-sépticas, pois pode
infectar e contaminar a amostra.
_ A ordem médica deve especificar caso o paciente está recebendo
antibióticos, pois estes podem alterar os resultados.
_ Realizar a lavagem da boca antes de colher a amostra para evitar a
expectoração contendo restos de comida em outras substâncias.
_ Confirme se recolhei expectoração e e mantenha o recipiente fechado.
_ A amostra pode ser feita em 3 dias consecutivos, até que se obtenha uma
amostra adequada, o frasco deve permanecer fechado.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra obtida.
Material:
_ Frasco de cor âmbar com boca larga, com tampa estéril, com solução
fixadora e rotulado.
Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Leve o frasco para o lado do paciente
82
_ Diga ao paciente que tussa energicamente, nesse momento, destape a
tampa do frasco, recolha a amostra e observe as características da
expectoração, tais como: cor (amarelo, esverdeado, branco, com sangue) e
consistência (purulenta ou serosa) .
_ Tampe o frasco novamente.
_ Enviar a amostra para o laboratório juntamente com a ordem médica.
PARASITAS
83
Hospedeiro intermédio: é o organismo vivo que aloja as formas larvares no
desenvolvimento do parasita no qual este se reproduz de maneira assexual.
84
Dentro dos protozoários encontramos:
Giardia lamblia: este parasita constitui uma das principais infecções intestinais
do homem, e está presente em forma endémica nos países subdesenvolvidos.
Pode chegar a produzir surtos de infecção através da ingestão de águas ou
alimentos contaminados e por transmissão de pessoa a pessoa.
Manifestações clínicas: diarreia, dores abdominais, cólicas, provocam rápida
perda de peso e má absorção de gorduras, náuseas e diminuição do apetite.
Pode observar-se manifestações extra intestinais como urticária e em alguns
casos bronquite.
85
Exemplo de enfermedades producidas por fungos:
1. Pitiríase versicolor.
2. Tinha negra.
3. Dermatofitose.
4. Candidíase (genital, oral), balanite, esofagite, onicomicose, endocardite.
5. Histoplasmose.
86
5. Proteus: encontra-se na flora normal intestinal, são resistentes aos
antibióticos, nas infecções urinárias, septicémias e lesões purulentas em
diferentes zonas.
4- Vírus: são os agentes infecciosos mais pequenos que carecem de
estrutura celular (não têm núcleo, membrana o parede celular). Contem
um só tipo de ácido nucleico (ARN ou ADN) como genoma. São
partículas que adquirem vitalidade e se reproduzem quando entram
numa célula de um hospedeiro susceptível, pois se multiplicam
unicamente dentro das células vivas.
Os vírus que contêm ADN são: adenovírus, herpes vírus, entre outros,
e os que contêm ARN são: retrovírus rabdovírus, etc.
Exemplos de vírus:
1. Vírus da hepatite A. (VHA), provoca a hepatite A. (Hepatovírus)
2. Vírus da hepatite B. (VHB), provoca a hepatite B.
3. Vírus da Imunodeficiência Humana. (VIH), provoca o SIDA.
( Retrovírus)
4. Vírus de Dengue, serotipos 1,2,3,4. (Flavivírus)
87
UINDADE 3: ADMISSÃO HOSPITALAR E ATENÇÃO NO DOMICÍLIO
88
Somática ou vida animal (tegumentar e músculo-esquelética)
Sistemas visceral e fisiológico (digestivo, respiratório, endócrino,
urogenital)
Sistema circulatório (vascular, sanguíneo e linfático)
Sistema nervoso (central e periférico), relacionado com os órgãos dos
sentidos.
89
TERMINOLOGIA
MORFOLÓGICA:
Conjunto de termos
técnicos empregues
para designar
estrutura que compõe
o organismo.
POSIÇÃO ANATÓMICA:
Considera-se o corpo em posição vertical ou de pé, de
frente (às pessoas) com o olhar fixo no horizonte; os
membros inferiores juntos com os pés paralelos, membros superiores
alinhados com o corpo de ambos os lados com as palmas das mãos orientadas
para a frente.
90
TIPOS CONSTITUCIONAIS:
91
TERMINOLOGIA GERAL MAIS UTILIZADA: CORPO HUMANO
Anterior: pela frente.
Posterior: por trás.
Superior.
Inferior.
Direito ou esquerdo.
Médio ou mediano (plano médio).
Lateral. (afastado do plano médio).
Intermédio. (entre dois pontos).
Externo e interno.
Superficial e Profundo.
92
Articulações.
FUNÇÕES SOMA
1- Protecção
2- Segurança
3- Movimento e equilíbrio
4- Forma.
CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DE OSSO:
MECÁNICA CORPORAL:
É a inter-relação dos vários sistemas mecânicos do corpo, principalmente os
sistemas esquelético, muscular e visceral e a sua associação com o sistema
nervoso
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Manter o corpo sob o centro de gravidade, dobrando as ancas e joelhos,
em vez de dobrar ao nível da cintura, que distribui uniformemente o peso
entre a metade inferior e superior do corpo e ajuda a manter o equilíbrio.
2. Apoiando-se sobre uma ampla base de suporte, o que é conseguido
através da separação dos pés, o que vai proporcionar a estabilidade
lateral e diminui o centro de gravidade.
3. 3. Manter as relações correctas (ou alinhamento) das partes do corpo
diferentes uns dos outros, movendo-se os seus pés, para evitar a torção
e flexão da cintura, mantém o centro de gravidade directamente por
cima da base de apoio.
93
PRINCÍPIOS QUE REGEM O MOVIMENTO DO CORPO:
94
As mudanças de actividade e posição, ajudam a preservar o tónus
muscular e prevenir a fadiga.
A fricção entre um objecto e a superfície sobre a qual se move afecta o
trabalho necessário para movê-lo. Quanto mais lisa a superfície que
produz menos atrito.
Empurrar ou deslizar um objecto exige menos esforço para levantar,
porque implica um movimento contra a gravidade.
Alguns dispositivos mecânicos reduzir o trabalho necessário no
movimento.
Próprio preço serviu para contrabalançar o peso do paciente requer
menos energia em movimento.
ACTIVIDADE PRÁTICA:
6 grupos de 5 ou 6 estudantes cada um e estudam os seguintes métodos de
atuação em Enfermagem
1- Ajudar o paciente a mover-se para o bordo da cama.
2- Ajudar o paciente a levantar os ombros.
3- Ajudar o paciente a mover-se para a cabeceira da cama.
4- Ajudar o paciente a pôr-se de lado.
5- Ajudar o paciente a sentar-se na beira da cama.
6- Ajudar o paciente inválido a levantar as nádegas.
Estudo Independente
95
ou sinais produzidos em caso de doença, este teste é realizado através dos
cinco sentidos e instrumentos.
96
sapatos, se possível e com a menor quantidade possível de roupa. Deve haver
sincronia de movimentos.
3- Biótipo:
- Longilíneo. (Alto, magro, pernas longas, pescoço comprido)
- Brevilíneo. (Baixo, gordo, membros curtos, pescoço curto)
- Normolíneo. (Proporções normais)
97
. Cianose é a coloração azul ou púrpura da pele. (Mostrado na insuficiência
cardíaca em pacientes que ingerem compostos tóxicos quando há má
circulação dos membros superiores e inferiores)
. Icterícia: coloração amarela da pele, dado pelo aumento de bilirrubina no
plasma sanguíneo. (observa-se em pacientes com hepatite, icterícia com
obstrução, cirrose hepática, etc)
6- Mucosas: pele que está dentro da boca, da conjuntiva, lábios, entre outros.
Estes são geralmente normocoradas (característica da cor da pele) e molhadas
(normohídrica) com uma boa higiene e livre de lesões
7- Anexos: são os cabelos e unhas.
. Cabelo: á inspecção valoriza-se a cor, quantidade, higiene e espessura e de
implantação do cabelo.
. Pode haver algumas alterações fisiológicas de acordo com as condições
biológicas: herança, entre outros
. Na infância, o cabelo é escasso, na medida em que cresce aumenta a
quantidade e torna-se mais espesso.
. Na adolescência, o cabelo começa a emergir em regiões onde havia,
principalmente na virilha e axilas, também nos rostos dos homens.
. Nos adultos, os cabelos são mais abundantes: no homem aparecem pelos no
peito, as sobrancelhas são pesadas e grossas, barba e bigodes, pelos
pubianos no formato de diamante na região infra umbilical (Monte Apollo). Na
mulher os pelos são mais finas, mais, nas sobrancelhas e cílios são menos
abundantes, aparecem nas pernas e antebraços, e púbis em forma de triângulo
(Monte de Vênus).
. Na idade crítica (nos homens) gradualmente o cabelo torna-se branco,
também na barba e pelos do corpo e surge calvície.
Nas mulheres, para além do cabelo branco, aparecem no lábio superior e no
queixo cabelo queixo pelo rijo com características da barba do sexo masculino.
Na velhice, como o passar dos anos acentuar as características que acabamos
de descrever, cada vez mais o cabelo perdido vitalidade, a queda se generaliza
e a careca torna-se mais extensa.
98
A unha normal cresce cerca de 0,5 m por semana, rosa, consistência macia e
elástica. O lanugo esbranquiçado ocupa a 5 ª parte da sua superfície.
Na unha vê-se o enchimento capilar
REGIÕES DO CORPO:
Cabeça
Pescoço
Tórax.
Abdómen.
Coluna vertebral.
Membros superiores e inferiores.
Sistemas ou aparelhos:
Sistema cardiovascular.
Sistema respiratório.
99
Sistema renal.
Sistema genital (masculino e feminino).
Sistema nervoso.
100
dos lábios (palidez, cianose, hidratação), secreções, tom de voz, dicção, hálito
(fétido, cetónico, alcoólico, higiene e gosto)
Exame físico dos ouvidos: observe a posição da cabeça para escutar, uso de
prótese auditivo, deformidades, implantação, lesões (quistos, nódulos e outros),
inflamações, secreções, tamanho e forma do ouvido externo, dor.
101
desde as regiões dos vértices até às bases, a seguir o plano anterior e
finalmente o plano lateral.
Em cada plano deve examinar-se primeiro um lado, depois o outro e
posteriormente, efectuar uma exploração comparando as áreas simétricas.
Existem diferenças fisiológicas entre um lado e o outro pelo que faz com que
em determinadas áreas os achados normais sejam diferentes entre e o lado
direito e o esquerdo.
Inspecção: Estado de la pele do tórax, do tecido celular subcutâneo (TCS) e
das estruturas músculo esqueléticas, configuração e simetria. Devemos
inspeccionar a traqueia e os movimentos respiratórios. Geralmente as
mulheres respiram com movimentos torácicos, enquanto os homens e as
crianças respiram com o diafragma. Avalia-se a frequência respiratória.
Palpação: se palpa a sensibilidade (dor), expansibilidade torácica e
intensidade das vibrações vocais.
Expansibilidade: coloca-se as mãos na região posterolateral do tórax, com os
polegares a nível da décima costela, apontando para a coluna. Peça á persona
que respire profundamente e observe o movimento das suas mãos, a apertura
do ângulo e a separação dos seus polegares, que se produz pela
expansibilidade torácica a nível das bases.
Normalmente, quando a pessoa realiza uma respiração profunda, os polegares
devem separar-se da coluna uma distância igual de cada lado.
Uma diminuição da expansibilidade torácica num hemi tórax, pode indicar
doença pulmonar ou pleural.
As vibrações vocais têm origem nas cordas vocais durante a fonação e se
transmitem pela coluna de ar traquebronquial ao pulmão, modificam-se pela
idade, o sexo e a voz.
Se diz com razão, que as vibrações vocais “correm bem”, “voam mal” e “nadam
pior”. Se aplicarmos isto à galinha, veremos que este animal pode correr
relativamente rápido, contudo, seu voo é baixo e por suposto, morre se
submergir na água.
Idade:
Criança pequena: menos intensa, por ser a voz aguda y menos forte.
Adultos: mais intensas, por ser a voz mais grave e mais forte.
102
Idosos: menos intensas, por ser a voz débil.
Sexo: na mulher são menos intensas, por ser a voz mais aguda e menos forte.
Auscultação.
O lugar onde se vai auscultar deve reunir una série de atributos: privacidade,
ambiente tranquilo, silencioso, com temperatura agradável e que no hajam
ruídos exteriores. Se pode realizar em qualquer posição: pode fazer-se com o
paciente de pé, sentado ou encostado quando o paciente se encontra
acamado, mas os objetivos atingem-se de forma mais eficaz com a pessoa
sentada. No se pode fazer com roupa vestida, é um erro auscultar por cima da
roupa pois impede a auscultação e se podem originar ruídos paralelos que se
podem confundir com ruídos respiratórios anormais.
Pedimos ao paciente que respire tranquilo e regularmente sem esforço, mas
mais profundamente que o habitual. Que respire pelo nariz com a boca aberta
ou só pela boca, segundo o hábito do paciente, tendo o cuidado de não fazer
ruídos nasais ou bocais.
Ao colocar o estetoscópio sobre o pelo fino do tórax pode originar sons
similares a estertores (crepitantes). Isto pode evitar-se humedecendo-o.
103
de respiração costal superior e do género.
Ruídos patológicos: eles são chamados estertores, que pode ser secos ou
húmidos.
Entre eles está a roncos, sibilos, crepitações.
SISTEMA CARDIOVASCULAR:
Palpação: com o paciente deitado palpa-se toda a área no peito, a mão deve
ter uma temperatura moderada. A palma é mais sensível à palpação e dedos
são mais sensíveis ao toque, como o choque da ponta.
O choque ou batimento do ápice coincide com o foco mitral.
104
epigástrica e pescoço.
O EXAME DO ABDÓMEN:
A posição do paciente deve ser em decúbito dorsal, a cabeça pode estar sem
ou com uma pequena almofada, os braços ao lado do corpo, para evitar a
tensão dos músculos abdominais, pernas semi flectidas com um travesseiro
sob joelhos, pois isso ajuda a relaxar os músculos abdominais.
105
Inspecção: com o paciente deitado nu. Usando esta técnica observa-se: o
volume, a forma, a topografia, a simetria, a frequência cardíaca, a integridade
da pele e do padrão respiratório, a presença ou ausência de protrusões, o
estado da mobilidade do umbigo e abdominal, entre outros.
- Uma hemorragia intra-abdominal pode resultar na perda de cor da zona
umbilical, pelos pigmentos de sangue que chegam aí através dos vasos
linfáticos no ligamento umbilical médio.
Palpação. É muito importante o exame do abdómen, por isso "há que palpar
pensando e pensar palpando”.
Começa-se a partir do ponto mais distante da dor, primeiro ma palpação
superficial e depois palpação profunda. Não se deve ser brusco ou violento, na
palpação para não causar dano pois pode provocar uma contracção para além
do medo, que vai impedir de fazer um bom exame.
106
Se o paciente sente cócegas começa palpando com a mão do próprio paciente.
Ao palpar encontra-se: a parede abdominal em si, com os seus elementos
constitutivos, bem como órgãos superficiais (face anterior superior do fígado,
intestino delgado, cólon, piloro) e órgãos profundos (pâncreas, aorta, renais
ovário, e os ângulos do cólon). A vesícula biliar pode ser superficial ou
profunda.
Realiza-se a palpação do baço, do fígado e dos rins.
Palpação do fígado: é feito de forma simples ou com uma só mão. Coloca-se a
mão direita paralela à margem costal no quadrante superior direito e pede-se
ao paciente que respire profundamente. Esta manobra irá obter uma impressão
da borda inferior do fígado.
107
OUTRO SISTEMAS:
108
APARELHO RESPIRATÓRIO
109
Os factores que na respiração são designados por fenómenos mecânicos
e químicos.
Os fenómenos mecânicos asseguram a entrada e saída do ar nos pulmões
(inspiração e expiração).
A inspiração é um fenómeno ativo no qual intervêm um certo número de
músculos que ao contrair-se aumentam a cavidade torácica, os pulmões
dilatam-se apesar da pressão negativa que se faz na cavidade pleural.
A expiração, um fenómeno passivo e que acontece no final da inspiração, o
pulmão encolhe por sua elasticidade própria, que é reforçada pelas cartilagens
costais e articulações que fazem voltar o tórax à sua posição original.
Fenómenos químicos originam a hematose (que é a entrada de oxigénio no
sangue e a libertação simultânea de dióxido de carbono)
2. Transporte.
3. Regulação.
4. Utilização.
110
5. Regulação: a regulação nervosa adequada garante que o ar entra e sai
nos pulmões automaticamente.
Características da respiração:
Reflectem o estado metabólico do corpo, o estado do diafragma e músculos do
peito, e da permeabilidade das vias aéreas. São elas: frequência, ritmo,
profundidade, e os sons adventícios.
- Frequência: número de ciclos por minutos. (inspiração e expiração).
Ruídos respiratórios:
1. Estertor: um ruído, tipo ronco devido à presença de secreções na
traqueia e grandes brônquios. Ele é frequentemente observado em
pacientes com distúrbios neurais e coma.
3. Sibilos: eles são um som agudo musical, devido à obstrução parcial dos
brônquios e bronquíolos menores. Visto em pacientes com enfisema ou
asma.
Tipos de respiração:
111
Hipoxia: Falta de oxigénio. Usado para indicar a redução de oxigénio no
sangue.
Apneia: A suspensão temporária do acto respiratório e segue com muita
dificuldade para respirar.
Hipoxemia é a ausência de oxigénio nos fluidos corporais. Muitas vezes usado
para indicar a diminuição da concentração de oxigénio.
Bradipneia: é a respiração lenta.
Dispneia: é a dificuldade de respiração. Retarda os movimentos da respiração
e há pouca expansão torácica.
Eupneica: é a respiração fácil ou normal.
Hiperpneia: o aumento da profundidade da respiração.
Hipercapnia: é o excesso de CO2 nos fluidos corporais.
Hipocapnia: a redução do CO2 nos fluidos corporais.
2. Respiração de Kussmaul.
3. Respiração de Biot.
112
Respiração de Kussmaul: consiste numa respiração rápida (mais de 20
ciclos/minuto), profunda (parece suspiro e com dificuldade, sem pausa). Causa
metabólica, em particular cetoacidose diabética.
Respiração de Biot: caracteriza-se por uma respiração rápida e profunda
caracterizada por pausas bruscas. Cada respiração tem igual profundidade. As
causas possíveis são. Meningite da espinal medula ou outras patologias do
sistema nervoso central.
Precauções:
• Não informar o paciente que se vai monitorizar a respiração.
Material:
– Relógio com segundos.
– Esferográfica.
– Folha de registo de sinais vitais.
Procedimentos:
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:
– Coloque o paciente em decúbito dorsal com a cabeça ligeiramente levantada
(se não está contra indicado).
– Acomode o braço do paciente ao longo do corpo ou flectido sobre o tórax.
– Situe os dedos: indicador, o médio e anelar, na artéria radial; apoie o polegar
no dorso do pulso do paciente (simulando avaliar o pulso).
113
– Prossiga, com o relógio na outra mão, a contar los movimentos respiratórios
(inspiração e expiração) durante um minuto.
– Repita de novo a contagem dos movimentos respiratórios para determinar
com precisão o número de respirações por minuto.
Invariáveis funcionais gerais.
TEMPERATURA:
É o grau de calor de um corpo, resultante do metabolismo basal.
A temperatura não é sempre igual numa mesma pessoa, ao longo do dia.
Podem verificar-se variações em forma de curva com dois picos máximos entre
la 1.00 h e as 6.00h da tarde e dois picos mínimos entre as 0h e as 5.00 h da
manhã
A temperatura varia segundo a idade do indivíduo.
As crianças possuem uma capacidade mais diminuída para regular a
temperatura, o que explica a irregularidade e as exageradas respostas da
mesma perante as mínimas causas; o idoso pelo contrário, reage de forma
lenta e deficiente, razão pela qual um discreto aumento da temperatura pode
ser mais significativa e de pior prognóstico, que um aumento muito acentuado
na criança.
Fundamentação científica: a temperatura corporal é um dos sinais vitais que
representa o equilíbrio entre o calor produzido pelo metabolismo e o calor que
se perde através da pele, dos pulmões dos dejectos corporais. Uma
temperatura estável fomenta o correto funcionamento das células, dos tecidos
e dos órgãos; uma mudança do padrão normal da mesma pode indicar o
surgimento de uma patologia
A regulação da temperatura no homem, assim como nos animais
homeotérmicos, efectua-se pelo centro termorregulador situado no hipotálamo.
Esta termorregulação não atua só como resposta a variações externas, mas
também como defesa a desvios provocados pelo próprio metabolismo
A perda de calor através da pele produz-se por 4 mecanismos fundamentais:
1. Condução.
2. Convecção.
3. Radiação.
114
4. Evaporação.
• Uma breve exposição ao frio estimula o corpo para produzir mais calor a
fim de o proteger.
115
• Uma temperatura exterior muito alta perturba o equilíbrio da regulação
do calor e atua directamente sobre o hipotálamo, portanto, pode
ocasionar temperaturas altas, por exemplo, a insolação pode aumentar a
temperatura corporal desde 41.7 até 43 °C
116
TIPOS DE TEMPERATURA:
Termia: relativo a calor ou produzido por ele.
Atermia: falta de calor.
Apirexia: falta de febre ou intervalos sem febre numa doença febril.
Febrícula: febre ligeira, especialmente de larga duração e origem não
esclarecida.
Hiperpirexia: se a temperatura é elevada e não varia mais de 1 º C em 24
horas, acima 39 º C
Hipertermia: elevação constante da temperatura, ligeiramente acima do
normal.
Hipotermia: é a diminuição ou descida da temperatura do corpo, abaixo do
normal.
FEBRE: é um estado anormal, que se caracteriza pelo aumento da
temperatura acima dos valores normais, e aumenta a frequência cardíaca e a
respiração. Também aparecem outros sintomas como: sede, astenia, anorexia,
pele seca, urina concentrada, cefaleias, e em algumas ocasiões vómitos.
117
Oral.
Axilar.
Dobra do cotovelo.
Poplítea.
Inguinal.
Rectal
Precauções:
• Não expor o paciente a temperaturas extremas antes de medir a
mesma.
É composto por:
- O Coração.
- As artérias
- As veias
-Rede de vasos capilares.
Este sistema tem a função de permitir a passagem do sangue por toda a rede
de vasos sanguíneos que constituem um circuito fechado que leva todo o
118
sangue bombeado pelo coração aos pulmões para que seja oxigenada e daí a
todas as células do corpo
O coração está dividido em 4 cavidades duas aurículas e dois ventrículos, na
parte esquerda do coração circula o sangue oxigenada que vem dos pulmões e
que é enviado pelo ventrículo esquerdo a todo o organismo através da artéria
aorta. O sangre retorna à aurícula direita do coração através das veias cava
inferior e superior.
A todo este processo chama-se ciclo cardíaco, que não é mais que o tempo
que demora do início de uma contracção até ao início da outra.
A cada contracção cardíaca chama-se sístole e a cada distensão diástole
Ao número de vezes que o coração se contrai num minuto chama-se
frequência cardíaca ou pulso.
O ritmo do pulso considera-se normal quando são constantes e concordantes
em regularidade. O mecanismo que os governa é tão ajustado que responde
muito rapidamente frente a qualquer situação anormal, de modo que uma
variação ou diferença considerável deve considerar-se como um sintoma de
doença.
Pulso. É uma vibração das paredes das artérias que se produz ao passar por
estas, uma onda recorrente de sangue bombeado pela contracção ventricular.
Palpa-se com maior facilidade nos pontos onde estão situadas encima de um
osso ou tecido firme. Nos adultos e crianças maiores de 3 anos mede-se na
artéria radial, pode ser mais acessível. Em menores de 3 anos é melhor medir
o som precordial
Cada expansão arterial é o resultado de uma onda produzida na raiz da aorta,
como consequência da sístole do ventrículo esquerdo. Os factores que
intervêm neste mecanismo são o volume sistólico e a distensão das artérias
por sua elasticidade.
O pulso é uma guia para medir a actividade cardíaca
Modificações do pulso
-Entre as variações patológicas do pulso encontram-se o caso da febre, já que
o pulso aumenta 8 pulsações por grau centígrado de temperatura acima de
37ºC, os estados de caquexia, as anemias, as doenças do aparelho
cardiovascular (como insuficiência cardíaca, que aumenta o pulso, o IMA que
pode aumentá-lo ou diminui-lo) e o hipertiroidismo que aumenta a frequência
119
do pulso entre outros. Também alguns medicamentos podem produzir
alterações do pulso
Características do pulso:
Frequência: é o número de batimentos por minuto. Varia segundo a idade, o
sexo, a altura a actividade física ou emocional e as doenças.
Diminui com a idade reduzindo-se até à velhice extrema, é mais lento nos
homens que as mulheres.
Nos adultos considera-se normal de 60 a 80 batimentos por minuto. Mais de
100 se considera acelerado (taquicardia) e, menos de 60 se considera lento
(bradicardia)
Ritmo: refere-se ao padrão de batimentos nas pessoas saudáveis.
É regular quando o tempo que transcorre entre cada batimento é igual. Quando
o intervalo entre cada batimento é diferente, diz-se que o pulso é irregular.
Amplitude: (volume) a amplitude de uma onda de pulso reflecte o volume de
sangue que se impulsiona contra a parede de uma artéria durante a contracção
ventricular.
Tensão: (elasticidade) é o grau de resistência que oferece a parede arterial ao
ser comprimida.
ALTERAÇÕES DO PULSO
-De frequência:
Bradicardia (pulsações abaixo 60 por minuto).
Taquicardia (pulsações acima de 80 por minuto)
-De ritmo:
Rítmico ou regular (o tempo entre cada batimento é o mesmo
Arrítmico ou irregular (o intervalo entre cada batimento não se mantem
constante
120
Pulso: Filiforme (está dependente da amplitude). Quando o pulso é pequeno e
com pouca tensão, apenas perceptível chama-se filiforme, e quando é muito
amplo e perceptível chama-se cheio
REGIÕES MAIS COMUNS PARA MEDIR O PULSO:
- Temporal
- Carotídea
- Umeral
- Radial
- Femoral
- Pediosa
Nas crianças menores de 3 anos avalia-se o pulso apical, que se localiza na
linha média da clavícula, no quarto ou quinto espaço intercostal, debaixo da
mama nos rapazes e do mamilo nas meninas.
Frequência cardíaca, pulso precordial ou batimento apical: é a auscultação
das pulsações do coração sobre a região precordial.
O pulso precordial radial encontra-se contando simultaneamente os batimentos
respetivos: os primeiros, auscultando o coração sobre a região precordial; os
segundos, palpando, a artéria radial. O pulso precordial radial deve ser
avaliado por dois enfermeiros: um deles conta os batimentos percebidos na
artéria radial, ao mesmo tempo que o colega conta as pulsações apicais do
coração, durante 1 minuto
Em estado de saúde normal, a contagem dos dois coincide, mas em situações
patológicas podem divergir, pois algumas pulsações do coração não chegam à
artéria radial. A diferença entre o pulso apical e o pulso radial chama-se défice
do pulso.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento para avaliar o pulso
Bibliografia
121
Manual de Procedimiento y Diagnósticos de Enfermería Pág. 258-
262
TENSÃO ARTERIAL
FUNDAMENTAÇÃO CIENTÍFICA:
122
A primeira está determinada pela acção de bombear do coração. Quanto maior
for a sua intensidade, mais sangue se expulsará com cada contracção. Quando
diminui, como numa hemorragia, a pressão arterial é mais baixa.
As alterações na elasticidade das paredes musculares dos vasos sanguíneos
também afectam a pressão arterial, por exemplo: em pessoas de idade
avançada a pressão arterial pode ser mais alta que nos jovens.
Outro factor que afecta a pressão arterial é a resistência dos vasos periféricos
(resistência periférica). Normalmente, é alta nos grandes vasos sanguíneos e
baixa nos mais pequenos (arteríolas e capilares). O sangue flui das áreas de
maior pressão às de menor pressão.
A pressão arterial individual varia de uma hora para a outra e de um dia para o
outro. Diminui durante o sono e pode elevar-se notavelmente com emoções
fortes como o temor e o luto, ou com o exercício. Quando uma pessoa está
deitada, a pressão arterial é mais baixa que sentada ou de pé. Do mesmo
modo, pode variar nos 2 braços do mesmo paciente. Como consequência,
antes de medir a pressão arterial para um valor comparativo, o enfermeiro deve
observar: a hora do dia, o braço utilizado e a posição do paciente nas leituras
anteriores.
A pressão arterial pode-se avaliar sobre a artéria umeral, no braço direito ou no
esquerdo, pode acontecer encontrar-se uma diferença de 5 a 10 mm. Hg. Entre
as pressões do braço direito e esquerdo. Também se pode medir nos membros
inferiores. Quando se comprova a pressão das extremidades superiores com
as inferiores, é frequente encontrar uma diferença de 10 mm. Hg. Na pressão
sistólica, com a pressão mais alta dos membros inferiores.
RESUMO:
123
Durante o sono tranquilo, a pressão sistólica desce. O ponto mais baixo
alcança nas primeiras horas do sono e eleva-se lentamente depois, até ao
momento de despertar.
ESTUDO INDEPENDENTE
TENSÃO ARTERIAL
Material, objetivos, precauções, regiões e procedimento.
BIBLIOGRAFIA
Manual de Procedimientos de Enfermería. Página 272…
3.3 UNIDADE DO PACIENTE
124
3- Cadeira, escabelo ou banquinho.
4- Mesinha de cabeceira e mesa de refeições
5- Recipiente para a eliminação vesical e intestinal
6- Roupa de cama lençóis, fronhas, pijama e toalha.
7- Artigos higiénicos: escova de dentes, pasta dental, pente, copo e talheres.
AMBIENTE:
São aqueles factores do universo externo que rodeiam os organismos vivos,
junto a circunstâncias externas frente às quais o organismo pode ou não reagir.
125
REQUISITOS PARA GARANTIR UM AMBIENTE CONFORTÁVEL NO
HOSPITAL E NO LAR :
126
Admissão do paciente e de recepção: O procedimento é realizado para dar a
admissão do paciente no hospital.
O motivo da entrada pode ser:
1. Indicação do médico assistente
2. Proveniente da urgência, por acidente ou uma doença grave.
Cada instituição tem seu próprio processo de admissão, embora haja sempre
coisas em comum.
No local da admissão, o paciente ou familiar deve responder a perguntas tais
como:
Sexo, idade, endereço, parente mais próximo, a quem avisar, em caso de
urgência, ocupação, nível económico, etc, para preparar os registros médicos e
atribuir o quarto e cama para ser ocupado.
É da responsabilidade do pessoal de enfermagem recebe o paciente na sala
apresentá-lo ao pessoalmente que o vai atender e explicar brevemente as suas
funções. Além disso, apresenta-o aos pacientes mais próximos e explica-lhes
as regras e práticas da instituição, que ajuda os pacientes a familiarizarem-se
com o que se espera dele e o que ele pode esperar.
127
6. Informar verbalmente ou por escrito às autoridades da unidade de
irregularidades que observe, para com isso contribuir para o
melhoramento da instituição
7. Cumprir os horários estabelecidos em cada de cada instituição (horário
de visitas, de comer, de sono, e outros).
HISTÓRIA CLÍNICA
É um documento oficial com carácter legal, que se utiliza para manter um
estrito controlo de todos los elementos que estão relacionados com la atenção
ao paciente saudável ou doente na sociedade ou na instituição de saúde.
128
- Capa processo com os dados gerais do paciente.
- Folha de internamento.
- História clínica e diagnóstico.
- Folha de sinais vitais.
- Folha de exames auxiliares de diagnóstico.
- Folha de evolução de enfermagem.
- Folha de indicações médicas.
- Folha da alta.
129
elementos, o modo de ação independente dos enfermeiros, dado o nível de
desenvolvimento científico alcançado pela nossa técnica profissional
MOVIMENTO HOSPITALAR
É a mudança que ocorre na localização no interior do paciento hospitalar tendo
em conta que eles podem ser produzidos por:
- Alta Paciente.
- Transferência para outro serviço dentro do hospital.
- Encaminhamento para outra unidade de saúde.
- Morte de paciente.
-A pedido do paciente ou representante legal.
- Por abandono.
130
TIPOS DE CAMA
Cama. É um móvel que serve para o indivíduo se deita para dormir, descansar
ou quando está doente.
Considerações gerais.
O descanso, o conforto e o sono são factores de grande importância quer para
a manutenção da saúde quer para a convalescença de uma doença, deve-se
prestar atenção especial
ao arranjo adequado da cama para servir da melhor forma possível estes
factores essenciais.
O leito é de particular importância para cada paciente, quando internado,
identifica-o como algo próprio. Sem dúvida, boa parte do bem-estar do paciente
está na cama, especialmente se tem que permanecer nela durante muito
tempo. Se o paciente se queixa de alguns defeito da cama, ainda que pequeno,
a enfermeira deve levar em conta que muitos pacientes permanecem nela, 24
horas por dia, e por esta razão é necessário estar limpa e proceder-se à
mudança frequente da roupa e verificar que não tenha dobras.
Apesar de ser considerado um procedimento comum, a mudança da roupa da
cama diária e periódica promove o conforto do paciente e evita danos na pele.
Além disso, se esta tarefa é precedida pela lavagem das mãos, a limpeza é
feita adequadamente e substituída a roupa suja, ajuda no controlo da infecção
nosocomial.
Habitualmente a cama do paciente é feita de manhã após banho. Quando se
muda a roupa de cama suja, se as condições do paciente o permitir, deve-se
arejar o colchão e travesseiro. A roupa da cama deve ser mudada sempre que
necessário.
A roupa da cama húmida e contaminada com fezes facilitam a aparição de
soluções de continuidade da pele e o surgimento de infecções.
Uma boa técnica na execução de fazer a cama proporciona ao indivíduo
hospitalizado maior comodidade e torna a unidade com aspecto mais
agradável.
Objectivos:
131
– Realizar una técnica adequada ao fazer a cama para contribuir na estética e
organização da unidade do paciente
– Facilitar um ambiente agradável ao paciente, familiares e equipa de saúde
com a realização da técnica de fazer a cama
´
Classificação
AS camas classificam-se segundo a sua utilização:
– Cama fechada (sem paciente).
– Cama aberta (com paciente).
– Cama ocupada (com paciente acamado).
– Cama cirúrgica (paciente pós-operado
Objectivo:
– Economizar tempo e viabilizar a reacção do paciente.
Precauções:
– Ter-se-á presente as precauções gerais.
Material:
132
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Fronha.
– Um carrinho de roupa suja.
– Uma colcha.
Procedimentos:
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
– Coloque ao fundo da cama um carrinho de roupas sujas.
– Lave as mãos.
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que eles fiquem, um com a
dobra do lado direito e o outro com dobra do lado do avesso.
– Vire do avesso a capa de colchão até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque num tabuleiro as roupas de cama na ordem inversa a que vai ser
usada
– Leve o material para junto da cama.
Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira.
– Retire a roupa suja e deite-a ordenadamente no cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol de baixo) ao longo da linha
média do mesmo.
– Desdobre-a de modo que a lado do avesso da costura fique de face ao
colchão e comece dos pés para a cabeceira da cama.
– Introduza debaixo da cabeceira do colchão o extremo que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, sustentando o lençol contra o
colchão com uma mão levantando com a outra mão a ponta, de modo que
forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto do lençol que pende dos lados desde a
cabeceira até aos pés.
– Passe ao outro lado e proceda de igual modo.
- Verifique que todo o lençol fique entalado entre o colchão e o estrado da
cama e bem alinhado.
133
- Coloque o lençol de cima (que cobre o paciente) ao longo da linha média do
colchão. A bainha virada do para a face do colchão para o lado da cabeceira da
cama, pendendo de ambos os lados simetricamente.
- Insira o travesseiro na fronha que está dobrada ao meio.
- Estique a fronha sobre o travesseiro, segurando-a pela barra, para evitar ela
toca seu corpo.
– Coloque la almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto
à porta, o qual favorece a estética.
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
- Remova o carrinho das roupas sujas.
- Pegue no tabuleiro e coloque no armário
- Lave suas mãos.
Objetivo:
– Proporcionar comodidade ao paciente.
Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Virar o colchão para mudar as áreas pressionadas pelo corpo
Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol tirante (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor se necessário (se for necessário).
Procedimentos
134
Invariáveis funcionais dos tipos de cama:
– Coloque ao fundo da cama o carrinho da roupa suja.
– Lave as mãos
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que um deles tenha a bainha
do lado direito
e o outro com a bainha do avesso.
– Vire do avesso a fronha até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque no tabuleiro a roupa da cama pela ordem inversa a que vai ser
usada
– Leve o material para junto da cama.
Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira. Retire as roupas sujas e deite-as
ordenadamente no cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol clínico) ao longo da linha
média do mesmo
– Desdobre-a de modo que a bainha fique do lado direito, aos pés da cama e
deixe o que sobra para a cabeceira
– Introduza na cabeceira o que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, metendo o lençol contra o colchão
com uma mão e levantando com a outra mão a beira do lençol, de modo que
forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto, o lençol de baixo que se entala desde a
cabeceira até aos pés da cama.
– Passe ao outro lado e proceda com o lençol de baixo como anteriormente
descrito
– Estique bem ao lençol para que ao fixá-lo fique bem alinhado.
– Coloque o resguardo e o lençol de cima de acordo com a região corporal
afetada; introduza ambos extremos debaixo do colchão, tendo o cuidado de
colocar 1º o resguardo e depois o lençol de cima.
– Passe ao lado oposto da cama, realize a mesma operação, tendo atenção
aos lençóis para que fiquemos bem esticados.
135
– Coloque a colcha ao largo da linha média do colchão; a bainha fica do lado
do avesso e fica na beira do colchão até à cabeceira; deve entalar de igual
forma em ambos lados e o que resta nos pés da cama.
– Introduza o lençol no lado dos pés da cama debaixo do colchão.
- Realize a forma de envelope de ambos os lados, fazendo uma dobra para
comodidade dos pés.
– Coloque a colcha até à altura dos ombros do paciente, fazendo uma dobra
sobre si mesma.
– Introduza a almofada na fronha que está dobrada ao meio.
– Estire a funda sobre la almofada pegando-lhe pela dobra para evitar que
toque o seu corpo.
– Coloque a almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à
porta, o qual favorece a estética.
– Coloque a almofada segundo a comodidade do paciente.
– Coloque o cobertor de igual forma que a colcha, se for necessário.
Objetivo:
– Evitar incómodo ao paciente durante o arranjo da cama.
Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Procurar ajuda se considera necessário.
– Proteger al paciente de traumatismos.
– Evitar danos que provoquem úlceras de pressão.
136
Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol de cima (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor (se for necessário).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar
traumatismos ao paciente.
Variáveis funcionais:
– Identifique o paciente, estabeleça a comunicação enfermeiro-paciente e
obtenha a sua aprovação para a mudança da roupa da cama.
– Coloque o biombo.
– Retire la almofada levantando com delicadeza a cabeça do paciente.
– Tire a roupa da base do colchão
– Coloque al paciente em decúbito lateral e proteja-o com o lençol que o cobre.
– Dobre o lençol de baixo usado pelo paciente.
– Tome o lençol dobrado ao comprido e coloque-o do lado livre da cama.
– Introduza o que resta da cabeceira debaixo do colchão.
– Realize a forma do envelope e introduza o lençol sobrante que pende para os
lados debaixo do colchão, desde la cabeceira até aos pés da cama.
– Coloque o resguardo dobrado ao meio e enrole a parte superior para o
paciente.
– Coloque o lençol de cima dobrado ao meio, tendo o cuidado que fique em
cima do resguardo e enrole a parte superior para o paciente.
– Introduza debaixo do colchão o lençol e o resguardo.
– Volte o paciente, acomode-o e proteja-lo colocando una cadeira com apoio
protetor se for necessário; passe para o outro lado da cama, retire a roupa suja
da cama (dois lençóis e resguardo).
137
– Esticar o lençol de baixo, o resguardo
– Realize em forma de envelope o lençol de baixo e introduza-a debaixo do
colchão
- Estique o resguardo de borracha e o resguardo de pano e introduza-os
debaixo do colchão
- Acomode o paciente em posição adequada.
- Coloque o lençol de cima limpo em cima do lençol sujo e retire o sujo pelo
lado dos pés. Peça ajuda para segurar o lençol limpo se o paciente está nu. Se
o paciente está vestido retira-se o lençol sujo e coloca-se o lençol limpo.
- Realize a prega para comodidade para os pés do paciente (se precisar de
cobertor «faz de igual modo.
- Realize o envelope em ambos os lados dos pés da cama
- Dobre o extremo superior do lençol e baixe-o até à altura desejada pelo
paciente.
Coloque a fronha na almofada e coloque-a do jeito que o paciente desejar, de
modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à porta, ao qual vai
favorecer a estética.
Objectivo:
– Evitar demora na transferência da maca para cama.
Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
138
– Para evitar traumatismos nos pacientes, manter a almofada fixa na cabeceira
e colocar a grade ou cadeira para protege-los
Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol de cima (ambos dobrados ao meio).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar
traumatismos ao paciente.
– Uma toalha.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento da cama pós-operatório
Descrição, objetivo, material e procedimento a ter com o berço
Bibliografia
Manual de procedimientos de enfermaria Amparo Magaly Págs 26 a 29
SOMATROMETRIA
139
O conhecimento exacto de ambos parâmetros (peso-altura) é essencial para
calcular: as doses de medicamentos, anestesia e meios de contraste para
radiografias, avaliar o estado nutricional e determinar a relação peso-altura.
O peso corporal constitui o melhor índice global do estado líquido e a sua
vigilância diária é importante para os pacientes que retêm sódio e são tratados
com diuréticos
Neste caso, o rápido aumento de peso indica retenção de líquido e a perda
rápida é sinal de diurese alta. Deve-se conhecer os hábitos dietéticos, se o
paciente fez dietas especiais e qualquer restrição deste tipo, por razões
culturais, religiosas ou alérgicas.
Devemos observar nos pacientes ao comer se apresentam náuseas, anorexia,
recusa em comer, dificuldade em engolir, edema abdómen timpanizado
(aumenta de volume por causa de ar ou líquido) ou alteração do paladar,
quantidade de alimento ou líquido que ingere ou bebe e se forem pequenas
quantidades, o enfermeiro deve levar em conta essas observações e registrar
no processo clínico.
PESO
Medição de peso: o peso é o registro do resultado da acção da gravidade
sobre o corpo, tornando-se a medida mais amplamente utilizada
antropométrica.
Objetivos:
1. Avalie o crescimento e o desenvolvimento tendo em conta os desvios de
no peso.
Precauções:
A sala deve ter boa iluminação, ventilação, tamanho adequado e
privacidade.
140
Evite correntes de ar (em crianças).
A Balança deve ser sempre a mesma, porque mesmo que seja a mesma
marca, ela fornece resultados diferentes.
O paciente deve ser despido ou com roupas leves, descalço e não ter
objetos nos bolsos.
Mensuração: consiste em medir o corpo humano para isso, deve ter em conta
os seguintes aspetos:
Altura
Perímetro cefálico.
141
Perímetro torácico.
Perímetro abdominal
Objetivos.
Avaliar o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo.
Determine a conduta a seguir em correspondência com o resultado da
medição.
Precauções:
Verificar que no altímetro os números estejam percetíveis, e se é tecido,
que não esteja demasiado esticado porque pode variar a sua dimensão.
A fita métrica deve ser colocada num um lugar plano horizontal ou
vertical, dependendo do paciente, se é criança ou adulto. A criança é
colocada em posição horizontal, deve cobrir o lugar para protegê-lo de
agentes externos.
142
O perímetro no corpo humano é avaliado com uma fita métrica.
Vascularização da pele:
Na epiderme existem vasos sanguíneos. Na derme e no Tecido Celular
Subcutâneo são uma rede vascular, formada por veias, artérias e capilares
143
Protege contra os estímulos mecânicos, térmicos e químicos e radiação sen
geral.
2 - Termorregulação: Permite a transferência de calor para a conservação e
regulação da temperatura corporal
3 - Metabólica: sintetiza a vitamina D, sob a influência de luz solar e da sua
absorção subsequente.
4 - Imunológica: capacidade de reação da pele, em presença de certos
antigénos e a resposta imunológica.
5 - Sensorial: a pele é rica inervação como um receptor de estímulos externos,
entre elas estão: dor, tato, pressão, temperatura, formigamento, coceira.
6 - Detergente ou de autolimpeza: ocorre por dimensionamento do pH
fisiológico e ligeiramente ácido e pela ação de secreções sudoríparas e
sebáceas.
7- Emulsão: Regula as constantes bioquímicas no meio interno.
Objetivo da mobilização:
Mobilização do paciente acamado é feito para prevenir a ocorrência de úlceras
de pressão, por fricção diária ou a força de pressão sobre proeminências
ósseas
144
A cabeça está alinhada com a coluna, na face lateral e anterior-
posterior.
O tronco é posicionado de modo que a flexão das ancas diminua.
Os braços são flexionados no cotovelo, mãos apoiadas contra a parede
lateral do abdómen.
Os calcanhares são estendidos, com o apoio firme e pequeno debaixo
da região poplítea.
Os calcanhares são suspensos num espaço entre o colchão e os pés da
cama
Os dedos dos pés apontam para cima.
Coloque toalhas pequenas debaixo do trocânter maior na área da
articulação da anca.
145
Uma toalha ou substituto sustem o braço, que é fletido na articulação do
cotovelo e do ombro.
REPOUSO NA CAMA: quando o paciente se encontra na cama a maior parte
do tempo possível, segundo as indicações médicas. Isto implica uma série de
efeitos adversos quando o repouso é prolongado
.Redução do metabolismo basal.
.Diminuição da força, do tónus e massa muscular.
. Posição corporal viciada.
.Aumento da suscetibilidade a infeções pulmonares e do trato urinário.
.Trombose vascular (formação de um coágulo na corrente sanguínea).
.Embolia (é quando o coágulo é clara e flui através da corrente sanguínea até
atingir um vaso demasiado pequena para que não pode ir e parar.
TIPOS DE EXERCÍCIOS
Exercício passivo.
Exercício activo com ajuda.
Exercício activo.
Exercício activo com resistência.
Exercícios isométricos ou de músculo fixo.
EXERCÍCIO PASSIVO:
É feita pelo terapeuta ou enfermeiro, sem a ajuda do paciente, foi realizada a
fim de preservar, tanto quanto possível, a gama de movimentos das
articulações e manter a circulação e a ação de que é para estabilizar a
articulação proximal e suster a parte distal. Também mover a articulação com
cuidado e lentamente, até o limite tolerável, para evitar a dor.
146
é manter a parte distal e encorajar o paciente a movimentar a articulação
activamente na medida, do possível e fornecer mais ajuda do que o necessário
para alcançar a ação. A períodos breves de actividade, devem seguir-se
períodos adequados de descanso
EXERCÍCIO ACTIVO:
É o exercício realizado pelo paciente sem assistência. As atividades incluem
voltar-se de um lado para mudança de volta lado para o outro. Realiza-se a fim
de aumentar a potência muscular. Sempre que possível, o exercício ativo deve
ser executado contra a gravidade. Os movimentos comuns devem atingir a
máxima amplitude sem assistência (verifique se o paciente não mude o
movimento ordenado do outro).
147
Estimular a circulação.
Criar tolerância e resistência
As úlceras de pressão: são áreas onde a pele foi ferido como resultado da
pressão prolongada sobre uma parte do corpo, com consequente perda de
movimento e destruição dos tecidos
148
Chama-se escara com necrose à crosta arroxeada sobre a pele que resulta
de tecido isquémico e gangrenado
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
As úlceras de pressão são áreas localizadas do tecido mole sem circulação
sanguínea. A pressão é exercida pelo objeto em que assenta sobre a pele e
tecido subcutâneo; por exemplo, colchões, cadeiras, ligaduras, gesso, e outros.
A úlcera é frequentemente dolorosa, e a cura é caracterizada pela sua lentidão,
de modo que se torna muito difícil evitar a invasão de muitos microrganismos
(estreptococos, estafilococos, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli), ou
infeções secundárias.
As lesões geralmente emanam um exsudado fétido, resultante da invasão
bacteriana e degradação dos tecidos. Se a lesão é extensa, causando a perda
contínua de soro e pode induzir a depleção no sangue circulante. Além disso,
quando a úlcera estiver infetada, pode transmitir o processo para a
profundidade e chegar à fáscia, músculos e ossos. Desta forma pode ser
facilmente produzido uma infeção generalizada, especialmente quando o
sangue é invadido por bacilos gram-negativos
SINAIS E SINTOMAS
149
Aparecimento de eritema (vermelhidão) da pele, que desaparece por
pressão digital.
Área azul cinza, azul ou negro, o resultado da oclusão dos capilares e o
enfraquecimento do tecido subcutâneo.
Bolhas e laceração da pele, seguida por as fases iniciais de necrose.
Este processo pode afetar os tecidos mais profundos moles, músculos,
tendões e até mesmo ossos e articulações.
Se a úlcera é crónica e tem aberto e fechado de novo e, novamente,
ocorre geralmente endurecimento secundário (endurecimento de tecido),
o qual dificulta o aporte sanguíneo à região para formar tecido cicatricial
subjacente.
Muitas vezes, observa-se focos de infeção, por vezes, coberta por
uma crosta preta o que também impede a cura.
MEDIDAS PREVENTIVAS:
Mudança de posição frequente para reduzir as áreas de pressão entre
as proeminências ósseas.
Massagem e exercício para estimular a circulação e aumentar a
alimentação da célula e da pele.
Manter a pele limpa e seca para evitar o desenvolvimento de bactérias
patogênicas.
A roupa de cama deve estar limpa, esticada, seca assim como as
ligaduras
Empregar meios para evitar danos em áreas específicas (colchão de ar,
almofadas de ar, gaze).
Manter o estado nutricional de pacientes com uma dieta contendo
grupos alimentares básicos.
Pele cuidada com cremes, o suor, o colchão ressecam a pele. O álcool
resseca e agride a pele.
Cuidados com o cateter urinário se algaliado.
150
O uso de dispositivos mecânicos. (travesseiros ou almofadas que podem
ser colocados sobre o colchão).
Proteger proeminências ósseas com a inserção de almofadas (de
borracha macia, silicone ou outros materiais), abaixo do sacro,
calcanhares, cotovelos, ombros e pescoço quando há pressão sobre
essas regiões.
Não deitar o paciente sobre um colchão mal arejado, coberto com
plástico ou outro material impermeável, recomenda-se o uso de camas
de água, para tratá-las.
Pacientes sentados em cadeiras de rodas para períodos prolongados
devem ser protegidos com almofadas ao nível de tuberosidade
isquiática, que é útil, uma vez que a carga é normalmente numa
pequena área da pele.
Implementação de exercícios ativos e passivos para melhorar o tônus
muscular dos vasos da pele e do sangue, orientar o paciente a andar, já
que o grau de mobilidade é um critério importante para o prognóstico e
tratamento.
Execute pele massagens frequentes, como estas estimulam o fluxo
sanguíneo para a pele. Aplicar movimentos circulares ao redor de
proeminências ósseas e outras áreas vulneráveis.
A pele deve ser lavada com sabão neutro, água e seque com uma
toalha. A seguir, aplicar uma loção emoliente para mantê-la macia e
flexível.
Ensina-se ao paciente a examinar sua pele muitas vezes em busca de
sinais de pressão.
Mantenha a cama livre de matérias estranhas que podem irritar a pele.
Esticar firmemente o lençol que cobre o colchão para evitar rugas.
Manter um estado nutricional adequado já que as úlceras de pressão
aparecem mais rápidos e são mais resistentes ao tratamento em
pacientes que sofrem de distúrbios nutricionais.
151
Passar ou transferir. É quando se realiza a passagem do paciente de um
lugar a outro.
Precauções
Fixar a cadeira ou sofá
Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
Aplicar a mecânica corporal.
MATERIAL
Lençol ou cobertor
Escabelo dos pés (banquinho)
Cadeira ou sofá
PROCEDIMENTO
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:
- Estender sobre a cadeira um lençol ou cobertor.
- Puxar a coberta da cama do paciente até aos pés da cama.
- Colocar a cadeira ou sofá aos pés da cama em angulo reto com a
cama.
- Fixar a cadeira para impedir que rode.
- Mover o paciente para a borda da cama e sentá-lo, ajudando-o a
permanecer a colocar os pés sobre o banquinho
- Rodar o corpo do paciente com ambos os colocá-lo e fazer para se
sentar na cadeira ou sofá.
152
- Envolva o paciente com um lençol ou cobertor se necessário.
- Proporcionar conforto ao paciente.
- Proporcionar meios de recreação.
- Organizar a cama.
Precauções
Fixar a cadeira ou sofá
Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
Aplicar a mecânica corporal.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: paciente da cadeira para a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 97
153
Precauções.
Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
Aplicar a mecânica corporal.
-Observar se a maca está bem: manter as rodas viradas para os pés da
cama e fixá-las.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento das diferentes formas que se utilizam para transferir o
paciente.
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 98…
Precauções:
- Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
- Aplicar a mecânica corporal.
- Observar se a maca está bem; manter as rodas viradas para os pés da
cama e fixá-las.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: Paciente da maca pra a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 101
154
PROTECÇÃO E RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS DO PACIENTE:
É a eliminação dos movimentos do paciente para imobilizar um ou mais partes
do corpo, a fim de proporcionar segurança.
MÉTODOS DIFERENTES.
Proteção dos pacientes por meio de grades.
Ligaduras ou manguitos para imobilizar os membros superiores e
inferiores.
Restrição com dois lençóis.
Objetivos:
Imobilizar um ou mais partes do corpo do paciente para fins diferentes.
Proteger fisicamente o paciente.
Precauções:
Proteja a pele da região a ser imobilizada.
Use a restrição o menor tempo possível.
Reposicionar o paciente com frequência.
Monitorar sempre o paciente através da observação da região imobilizada.
Cuidar da pele do paciente na parte imobilizada.
Sempre imobilizar os tornozelos com uma distância segura entre eles e nos
pulsos também.
Não prolongue por muito tempo a imobilização dos membros.
Não interromper a circulação com as ligaduras apertados (observar cianose,
palidez, arrefecimento das extremidades ou sensação de formigueiro).
Oferecer uma arrastadeira ou levar o paciente à casa de banho antes de
imobilizá-lo.
Até meio da imobilização, use os nós que possam soltar-se, fácil e
rapidamente.
Lembre-se, nunca amarrar às grades, pois ao baixá-las pode causar
desconforto para o paciente.
Não aplicar dois pontos de fixação para um lado, porque a pessoa pode cair
da cama.
155
PROTEÇÃO POR GRADES:
É a proteção do paciente sobre a cama, por meio de grades, para evitar que
caia por um dos lados lado.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: protecção com grades
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 103
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - bandas de restrição ou manguitos
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - Restrição com dois lençóis
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104 e 105
RESTRIÇÕES À CRIANÇA
Embalagem. É como imobilizar o recém-nascido ou do lactente. É também o
sistema de imobilização que é usado na maioria das vezes, é envolver a
criança com um lençól que sujeita os braços e pernas, semelhante à forma
156
como múmias egípcias estão envolvidos.
Objetivos:
Evite a perda de energia.
Manter a temperatura corporal.
Aplicação do tratamento.
Administrar a alimentação por sonda
Posições:
Sentado ou semissentado (Fowler).
Posição de Sims.
Posição de Trendelemburg.
Posição de litotomia.
Posição ginecológica.
Posição Genitopeitoral.
Posição faca Sevilha.
Ou de pé.
Posição para punção lombar.
LIGADURAS
São ligaduras adaptadas à forma de uma parte do corpo a onde aplicar. É um
pedaço de material que se usa para envolver uma região do corpo.
CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Os curativos são um meio de proteção e imobilização de uma região lesada ou
doente. Quando aplicado sobre uma lesão e tem como função apoiar e cobrir o
curativo.
A venda deve ser posicionada de modo que ajuste uniformemente na região
afetada, que exerça pressão moderada, sem prejudicar o movimento ou causar
compressão prejudicial às saliências ósseas, que se mantenha firme, sem
flacidez, e que, juntos, e que no seu conjunto deixe a impressão de uma obra
bem-feita e acabada.
157
Um curativo mal feito (frouxo, inestético) indica a falta adestramento de quem a
executa. Os pensos mais comumente usados são feitos com tecidos malha
gaze, cortado em tiras 5, 7, 5 e 10 cm, dispostos em forma de rolo, também
feito de material elástico, o qual
tem a vantagem de que adapta bem a todas as regiões e para manter uma
discreta
pressão uniforme. Elas são muito utilizadas em varizes de extremidades dos
membros inferiores.
APLICAÇÃO DE LIGADURAS
Objectivos:
– Limitar os movimentos.
– Sujeitar apósitos.
– Fixar talas de imobilização.
– Aplicar pressão para controlar una hemorragia.
– Aplicar calor.
– Corrigir deformidades
Precauções:
- Seleccione a ligadura adequada para cada caso e região.
- Separe a superfície cutânea, protegendo as proeminências ósseas para evitar
atrito e demasiada pressão.
- Começar com a ligadura da parte distal para proximal e de dentro para fora.
- Não iniciar ou terminar a ligadura directamente sobre a ferida ou numa área
sobre a qual se exerce pressão.
- Colocar a ligadura com suavidade e firmeza.
- Cobrir o penso da ferida com uma ligadura com uma margem de 5 cm de
cada lado.
- Observar bem a ligadura para detectar sinais de compromisso circulatório
- Deixar exposta a área distal para detectar compromisso circulatório quando
se está de colocar ligaduras nos membros.
- Ter limpa e seca a região que vamos fazer ligadura.
158
O atrito pode causar trauma mecânico para o epitélio
PROCEDIMENTO
Usar uma banda de 5 a 7cm. Depois de colocar duas ou três voltas rodada na
extremidade distal do membro para fixar a ligadura esta continua até ao
159
extremo oposto da região a fixar, sobrepõe-se cada volta sobre a anterior um a
dois terços.
Quando as voltas de ligadura chegam a ponta do penso, se necessário
continua-se em sentido contrário, para o ponto inicial, a partir de cima para
baixo e vice-versa, para cobrir completamente e dar solidez à ligadura,
terminando para parte proximal.
PROCEDIMENTO.
Ligaduras em oito, começa-se por
efectuar duas voltas circulares no centro
da articulação e, depois, aplicar a
ligadura alternadamente para cima e
para baixo, descrevendo uma forma semelhante a um 8, de modo a que cada
volta cubra parcialmente a anterior, cruzando-se na parte posterior sempre pelo
centro da articulação. Este penso é muito conveniente para o nível do carpo, do
cotovelo e maléolo.
LIGADURA EM ASPIRAL
Ligadura em espiral usa-se para envolver uma parte do corpo que seja de
circunferência uniforme.
PROCEDIMENTO
160
LIGADURA ASPIRAL DUPLA
A ligadura em espiral dupla usa-se para ligar as partes cilíndricas do corpo
que têm circunferência variável, como a perna a perna.
PROCEDIMENTO
Para fazer ligadura deste tipo, o polegar da mão
livre é colocado no topo da primeira volta e segura
firmemente a ligadura, este é desenrolada cerca de
15 cm e depois vire a mão para dentro de modo
que a ligadura se dobra de frente para baixo
cruzando com a volta que se fez em sentido
contrário. Sobrepondo-se um terço.
Então a ligadura é executado através do membro se executa outra operação
igual e à mesma altura, de modo que as pregas estão alinhadas e fiquem
uniformes
LIGADURA RECORRENTE
Ligadura recorrente é
utilizada para cobrir porções
dista do corpo, tais como as
pontas dos dedos.
PROCEDIMENTO
Depois de definir o início da ligadura com uma volta circular, volta-se
diretamente o rolo sobre o centro do dedo que se vai cobrir. Fixa-se por baixo e
fazem-se voltas alternadas para a direita e depois para a esquerda sobre a
volta inicial, de modo que cada volta cruze em cima e em baixo. Cada volta
cobre a uma anterior. A ligadura forma espirais circulares que se unem nos
extremos.
LIGADURA EM CAPACETE
161
Ligadura em capacete é utilizada para cobrir o couro cabeludo. É um tipo de
atadura de repetição, semelhante à que se usa para cobrir os cotos.
PROCEDIMENTO.
Ela começa com dois ou três circular à volta da cabeça, o nível da testa e
occipital, com ligadura de 5cm. Então, na linha média, sobre a inserção do
nariz se inverte a ligadura é vai em sentido contrário até chegar às previamente
colocados que excede ligeiramente, a esse nível se dobra de novo sobre si
mesma e se repete a manobra à frente e atrás onde sem ajudante segura as
laçadas recorrentes, e assim sucessivamente até estar coberta toda a
superfície, gire a ligadura novamente para abraçá-la e terminar com várias
circulares. Para dar consistência à ligadura. Para dar solidez no seu conjunto à
ligadura reforça-se o capacete com três tiras de fita
adesiva de 2 centímetro, como se segue: um da testa até o occipital e outro
que atravessa perpendicularmente desde a região temporal até à oposta e uma
terceira circundante, na sua base para o chapéu.
Tipos de alta
Alta por melhoria
Alta por transferência intra-hospitalar
Alta por transferência extra hospitalar
Alta por abandono
Alta por decisão do paciente/familiar
Alta por óbito
Objectivos
162
Proporcionar documentação necessária sobre o seu processo
Facilitar os meios necessários para continuar o seu tratamento
Comprovar que o paciente e a família conhecem as técnicas necessárias
para o seu auto cuidado
Quem executa: o enfermeiro, conforme prescrição médica ou protocolo de
serviço
Material
Documentação da alta (folha de alta médica, de continuidade de cuidados,
etc)
Material necessário se precisar.
Medicação para o dia se necessário
Procedimento
Informar o paciente/família que vai ter alta
Comprovar que o paciente/família sabe realizar correctamente os cuidados
e / ou autocuidados para cobrir as necessidades básicas detectadas na alta.
Entregar o relatório da alta e explicar o tratamento a continuar se for o caso,
data da consulta de revisão, análises clínicas, etc
Recolher o material utilizado pelo paciente, limpá-lo e esterilizá-lo (caso
necessário)
Proceder à limpeza terminal da unidade
Registar o procedimento na folha de enfermagem, anotando data, a hora da
alta, ocorrências
Observações:
Em caso de necessidade, solicitar o serviço de transporte (ambulância).
Comunicar a Alta ao Serviço de Admissão de Pacientes.
163
Ontogenia descreve a origem e o desenvolvimento de um organismo, desde o
ovo fertilizado, até à sua forma adulta.
Desde a antiguidade, a origem do homem tem sido uma fonte de debate e luta
entre o idealismo e o materialismo. O idealismo defende a criação do homem
por um poder sobrenatural. O materialismo, baseada na ciência, explica a
origem do homem como resultado de uma longa evolução de um grupo
ancestral dos hominídeos.
164
Linguagem articulada
165
O materialismo dialéctico explica que tudo na natureza muda e evolui de
acordo com certas leis. Isto é confirmado no organismo em desenvolvimento
que está sujeito a constantes mudanças em seu mecanismo de adaptação ao
ambiente.
Crescimento
É o processo que indica um aumento no tamanho e peso do corpo humano e,
portanto, pode ser avaliada numericamente. Neste processo, produzem-se
mudanças estruturais quantitativas, de forma contínua, embora a sua
velocidade não é uniforme porque em determinados momentos mais rápido do
que em outros.
Desenvolvimento
Compreende uma série de processos, entre os quais se destaca a
diferenciação, que proporciona à estrutura novas funções durante a sua
maturação. Nestes processos produzem-se mudanças estruturais e funcionais
qualitativas em forma de saltos, o que aumenta a complexidade do organismo,
que adquire novas propriedades morfofuncionais, diferentes da função original.
Prediferenciação 2 primeiras
166
Pré-natal Embrionário semanas
Diferenciação
4 a 8 semanas
167
O período pós-natal: este período é subdividido em várias etapas, desde o
momento do nascimento até a morte do indivíduo.
Características somáticas
Características psicológicas
168
Cardinal ou - Até 1 ou 1,5 anos.
Resposta tipo Babinski - Até 2 anos.
Tamanho: Cresce:
1ºTrimestre________9cm
2ºTrimestre________7cm
3ºTrimestre________5cm
4ºTrimestre________3cm. Até chegar a cerca de 74 cm no 1º ano.
Desenvolvimento psicológico
1
--- Segue a luz
2
- -- Sorri e balbucia sons
3 --- Sustenta a cabeça
169
Dentes ao ano 4/4
aos 2 anos 8/8
Características psicológicas:
Andar a pé permite-lhe tirar objectos e manipulá-los por si só, assumir o
comando do pé e isso se desenvolve na capacidade da criança para orientar
no espaço.
Manipulação dos objectos: é a actividade principal. A criança descobre a
função do objecto e começa a desenvolver o pensamento visual e
comunicação com os adultos.
O desenvolvimento da linguagem: é lento, aprender a dizer palavras que
atendam suas necessidades.
PRÉ-ESCOLAR (2 - 4 ANOS)
Pré-escolar (2 - 4 anos): o crescimento do corpo é também lento e aos 3 anos
de idade termina a dentição do leite.
Características psicológicas:
O jogo de papéis é a actividade principal, pois eles imitam as ações dos
adultos. Com a actividade dos jogos aprende as obrigações que devem
170
desempenhar e os seus direitos, ao mesmo tempo que se verifica grande
desenvolvimento da linguagem.
O jogo ajuda a desenvolver o pensamento visual, e a formar a imagem nessa
idade do que é certo e o que é errado. Pelo jogo se desenvolve a imaginação
das crianças; mediante o jogo simbólico substitui uns objectos por outros.
171
coração, tendo assim um maior desempenho e uma recuperação mais
rápida em comparação com o exercício.
O aumento na velocidade de crescimento, as alterações na forma do
corpo e do tamanho, os processos endócrinos – e a maturação
metabólica correspondente, não ocorre sempre harmoniosamente, de
modo que é comum a apresentar marcha desajeitada, descoordenação
dos movimentos, distúrbios de sono e fadiga.
O desenvolvimento sexual é caracterizado pelo amadurecimento dos
órgãos sexuais, o aparecimento de características sexuais secundárias
e o início da capacidade reprodutiva.
172
FASE ADULTA (19 - 65anos)
Na fase adulta (19 - 65anos): o corpo atinge sua altura final (antes dos 30
anos) e, em seguida, continua a se desenvolver lentamente. O peso médio é
de aproximadamente 60 kg. E o tamanho médio de 160 cm. (165 em homens e
155 mulheres), os limites de altura normal do corpo humano são entre 120 e
200 cm. Abaixo a altura mínima é falado de nanismo e gigantismo acima do
máximo.
Esta etapa é dividida em duas eras: adulto jovem 20 – 35 anos e adulto maduro
36 – 65 anos.
.
PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
1 - Durante a adolescência reduz o crescimento psíquico e desenvolvimento
intelectual do sistema, excepto o sexo.
2 - O crescimento e desenvolvimento têm um percurso desigual, nem todos os
aspectos amadurecem, à mesma velocidade e, ao mesmo tempo.
3 – O crescimento físico e o mental desenvolvem-se paralelamente, mostrando
uma diminuição da velocidade de crescimento durante a puberdade.
4 - O crescimento diferencial é precedido por padrões de comportamento
gerais e da sua estrutura e função vão-se diferenciando pouco a pouco.
Factores endógenos:
173
Factores genéticos.
Hereditariedade.
Sexo.
Raça.
Factores neuro-hormonal.
Factores metabólicos.
Factores exógenos:
Nutrição. (factor mais importante).
O estado de saúde.
Clima e estação do ano.
Factores psicológicos. (crescimento deficiente em crianças
submetidas a stress)
Factores socioeconómicos.
NECESSIDADES HUMANAS:
As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é necessário
desenvolver e prolongar a vida.
Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta
que estas se satisfazem mediante sistemas de vida muito diversos que se pode
afirmar que não há dois iguais.
Se o organismo não dispõe de certos elementos necessários para a vida, isso
se manifesta na exigência desses elementos, ou seja, o organismo reclama a
satisfação das suas necessidades.
Necessidades de sobrevivência:
Alimentos, ar, água, temperatura, eliminação, descanso, fuga da dor.
174
Necessidades de segurança:
Segurança e protecção.
Necessidade de Estima:
Estima e autoestima.
Necessidade de Autorrealização:
Autorrealização.
175
HIGIENE PESSOAL.
Objetivos
1-Manter a pele limpa.
2-Aumentar a resistência à infecções
3-Proporcionar comodidade e descanso.
4-Eliminar substâncias residuais.
5-Eliminar o hálito.
6-Favorecer uma boa higiene mental.
Objectivos:
-Limpar, refrescar e relaxar o paciente.
-Preparar o paciente para o pequeno-almoço.
-Proporcionar estética.
-Educar o paciente sobra aspectos higiénicos,
-Eliminar a acumulação de gordura na pele do rosto, as secreções oculares e
nasais.
Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.
176
-Utilizar a agua a uma temperatura adequada, de acordo com os hábitos do
paciente.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento: Cuidados da manhã
Manual de Procedimentos de Enfermería, Amparo Magaly págs 163 a 167.
Objetivo:
-Satisfazer as necessidades físicas e psíquicas do paciente para fomentar um
sono reparador.
Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.
-Não aplicar massagem nas pernas para evitar embolias.
-Observar o estado da pele e a região sacra, antes de dar a massagem
(enrijecimento, gretas, outros sinais ou danos).
-Verifique curativos, ligaduras e meias anti embolia, alterar ou ajustar. Se
necessário.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento:
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly Páginas
163 a 167.
177
É a limpeza da boca; é realizada por meios mecânicos (escova e pasta de
dentes) e químicos (soluções antissépticas).
Objetivos:
-Remova as partículas de alimento, para prevenir a cárie e focos sépticos que
dão origem a infecções locais e distúrbios em outras partes do corpo.
-Fornecer a devida atenção para a boca para a conservação de todos os
dentes envolvidos na mastigação.
- Refrescar a boca para melhorar o gosto
- Massajar as gengivas.
- Proporcionar higiene e conforto ao paciente.
Precauções:
-Coloque os objectos convenientemente ao alcance do paciente e / ou
enfermeiro, certifique-se se o paciente tem condições de escovar os dentes
sem ajuda, ou se precisa de ser ajudado pela enfermeira,
Nos casos de pacientes em estado crítico, lubrificar os lábios e da cavidade
oral para evitar fissuras nestas áreas secas.
-Fornecer educação em saúde durante o procedimento
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: higiene oral
- Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly
pág - 108
Objectivos:
178
- Eliminar secreções das fossas nasais.
Precauções:
-Amolecer as crostas, antes de prosseguir a higiene as narinas.
-Em crianças, não use o aplicador montado para limpar a fossa nasal.
-Tome cuidado extra para evitar a aspiração.
-Proteger a boca para impedir a entrada de secreções.
ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimentos: fossas nasais
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly pág – 130-
131.
Objetivos:
Manter os olhos livres de secreções oculares.
Cuidar muitas vezes os olhos do paciente com paralisia palpebral ou
inconsciente, para evitar úlceras ou inflamação da córnea exposta.
Lavar os olhos antes de fazer o tratamento
Precauções:
Tome cuidado para que as pálpebras estejam fechadas para evitar o
desconforto e as complicações ao fazer a higiene dos olhos.
Verifique se há excesso de líquido nos cotonetes molhados para evitar
cair no ducto naso lacrimal.
Utilize um cotonete cada vez que tocar no olho até que esteja limpo,
faça o mesmo ao outro olho
179
Observe as regras de assepsia e antissépsia para evitar a infecção
cruzada.
Limpe o olho com movimentos suaves (para evitar a lesão) a partir do
canto interior para o exterior do olho para evitar a obstrução da lágrima.
Tome cuidado para que os olhos sejam cobertos com gaze húmida em
pacientes com paralisia da pálpebra ou coma, para manter a humidade
da córnea exposta e prevenção de úlceras e inflamações.
Se o paciente estiver inconsciente, verifique se há lentes de contacto e,
se assim removê-los para prevenir acidentes (lesões e úlceras na
córnea).
Em caso de Prótese ocular pacientes inconscientes, o procedimento
para limpá-lo.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos olhos
Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly págs 117
a 130
CABELO
Cuidados com os cabelos: Consiste em estimular a circulação do couro
cabeludo e distribuição de óleos naturais e de higiene, escovando o cabelo.
180
horas antes de pintar, para detectar alergias ou sensibilidade a essa
substância.
Cuidar dos cabelos crespos: Os princípios para o cuidado do cabelo são as
mesmas para todos, mas as técnicas variam dependendo do tipo de cabelo.
Muitas pessoas têm cabelos grossos, cacheados. A torção é devido ao ângulo
do cabelo para a superfície do couro cabeludo. O muito crespo ou espiral forma
um ângulo grande.
Embora o cabelo enrolado parece ser muito forte na verdade, quebra
facilmente, emaranha-se, mesmo amarrado.
Em pacientes acamados, o emaranhamento normalmente afeta a parte de
trás ou lado do cabelo.
Para remover o emaranhamento é geralmente necessário aplicar um
lubrificante ou condicionador para evitar que fique seco: coloque os dedos
separados do cabelo para levantar e liberar bloqueios, você pode mover os
dedos pentear movimentos semirrotativos, enquanto suavemente levanta o
cabelo até desaparece emaranhamento pode usar-se um pente longo dente ou
um pente.
Se usar um pente regular, separe o cabelo por mechas e penteie cada uma
isoladamente
Se o emaranhamento é nas extremidades, segure o cabelo apertado na
parte inferior e penteie delicadamente por partes até concluir a mecha.
Cuidados com o Cabelo: pentear e arranjar o cabelo é feito sistematicamente.
Objetivos:
Mantenha os cabelos limpos e penteados.
Para estimular a circulação do couro cabeludo e distribuição de óleos
naturais para remover as células mortas e detritos por escovagem.
Detetar alterações no couro cabeludo.
Descubra a existência de parasitas na cabeça.
Contribuir para o conforto e boa aparência do mesmo.
Precauções:
Executar e proceder com cuidado para evitar o desconforto do paciente
181
Penteie o cabelo da ponta da raiz para remover os nós e depois raiz às
pontas.
Ter em conta as características de cabelo, o penteado far-se-á ao gosto
do paciente.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: cuidados aos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería, Amparo Magaly págs – 141
e142
Precauções:
Lavar o cabelo é contra-indicado em pacientes com lesão na cabeça, como
craniotomia recente, fratura do crânio com o colapso ou condições que
necessitam de monitorização da pressão intracraniana.
Se problemas respiratórios será semissentado.
Em um paciente com um raio fundido, cobre completamente a parte
superior da tala para impedi-los de cair na mesma água e do cabelo.
Antes de lavar o cabelo, ajustar a temperatura ambiente da sala e
certifique-se sem fluxo de ar para evitar que o paciente se sente frio.
Se o cabelo é muito enrolado, deve ser cortado prévia autorização do
paciente ou da família.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: lavagem dos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería. Págs 141 e 142
182
CUIDADOS AOS PACIENTES COM PIOLHOS: é aplicar o tratamento
prescrito pelo seu médico para erradicar os piolhos e lêndeas.
Os piolhos são parasitas que vivem nos seres humanos, animais e plantas.
Pode-se encontrar em alguns pacientes com pediculose, isto é, uma infestação
de piolhos. O cuidado a prestar é matar os parasitas, os ovos e larvas
(lêndeas) e eliminá-los da pele, do cabelo e das roupas.
Existem três espécies que pertencem a dois géneros diferentes que infectam
o homem
Pedículos humanus: variedade capitus.
variedade corporis .
Pedículos púbis.
Variedade capitus são os piolhos encontrados na cabeça.
Variedade corporis é o piolho encontradas no corpo.
Objetivo.
Destruir parasitas e eliminar os seus ovos e larvas (lêndeas) da pele, cabelos e
roupas.
Precauções.
Prevenir a infestação pelo enfermeiro, antes de ir para o quarto do paciente
deve cobrir o cabelo e colocar avental e luvas antes de aplicar o tratamento.
Isolar o paciente, enquanto o tratamento é indicado pelo médico.
Conhecendo a concentração da solução para evitar a irritação dos olhos de
membranas mucosas, nasal, oral, e outros danos para a pele e couro cabeludo.
Que a aplicação é eficaz.
A observação de reação do paciente após a aplicação da solução.
Perguntar ao paciente sobre alergia.
Proteger os olhos do paciente.
183
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: tratamento à pediculose
Manual de procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly, págs 143 a
147
DROGAS RECOMENDADA:
1% Lindane
Benzoato de benzil
Como usar:
Aplicar uma vez durante 8/12 horas, em seguida lavar a cabeça e
mecanicamente remover as lêndeas.
TIPOS DE BANHO
Objetivos:
– Proporcionar a higiene ao lactante.
– Estabelecer relações afetivas mãe/filho.
– Avaliar o desenvolvimento psicomotor do bebé.
Precauções:
– Evitar o banho de imersão.
MATERIAL:
– Toalha ou pano limpo.
– Recipiente com água tépida.
- Banheira ou bacia.
- Algodão ou uma toalha.
184
- Sabão.
- Roupa da criança.
- Pente.
- Escova de pelos macios.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Verifique a temperatura da água.
- Dispa o bebé e cubra-o com uma toalha ou pano (se necessário).
- Limpe os olhos a partir do canto interno para o canto externo com dois
cotonetes, uma para cada olho. Em caso de secreções utilizar as compressas
que sejam necessárias
- Lave o rosto, use sabonete (se necessário), evite o contacto com os olhos.
- Seque com uma toalha ou um pano em forma de suave, por região que vai
ser lavado.
- Lavar a cabeça, orelhas e pescoço.
- Lavar as mãos superiores extremidades de partida, insistem
entre os dedos e palmas das mãos. Continue com os braços e peito
anterior e posterior.
- Lave as extremidades inferiores: começar com os pés, insistir nos espaços
interdigitais e instalações, continue com as pernas e coxas e enfatizar nas
dobras das regiões poplíteos e inguinais.
Lave os genitais externos, se for do sexo feminino, de frente para trás, se do
sexo masculino, lavar o pénis sem retrair o prepúcio e continuar a região
perianal.
- Lave as nádegas.
- Vesti-o e pintei-o, coloque-o no berço.
Objetivos:
- Manter a higiene pessoal.
185
- Remova a sujeira e facilitar a transferência.
- Ativar a circulação periférica e exercitar os músculos e membros o paciente.
- Estabelecer um bom relacionamento com o paciente.
- Observar o estado geral do paciente ou sinais patológicos de pele.
- Proporcionar bem-estar e conforto.
Precauções:
- Medir sinais vitais antes do banho
- Proteger o paciente de acidente e resfriado.
- Certifique-se que a temperatura da água é adequada.
- Evite o banho prolongado
- Fornecer todo o material necessário
- Ajuda o paciente a regressar à sua unidade
MATERIAL
- Banco ou cadeira.
- Vestuário do paciente.
- Toalha grande e pequena.
- Artigos de higiene pessoal, loção, desodorante, shampoo.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Avaliar sinais vitais.
- Preparar as condições para realizar o banho.
- Orientar o paciente a urinar.
- Levar o paciente para a casa de banho e ajustar a ventilação.
- Ajudar o paciente a despir-se e mantenha a sua privacidade.
- Facilite tudo para que o paciente tome banho por si mesmo, se está em
condições de o fazer, caso contrário, deve ser feito pelo enfermeiro de forma
rápida para evitar o arrefecimento corporal.
- Comece o banho pelo rosto a seguir a cabeça, tórax, extremidades
superiores, costas, abdómen, extremidades inferiores, genitais e nádegas.
186
- Dê a toalha para se secar ou ajude-o, se necessário.
- Ajuda o paciente a se vestir e ir de novo para a unidade.
Invariáveis gerais funcionais.
Objetivos:
- Remover secreções e sujidade da pele.
- Estimular a circulação periférica.
- Proporcionar bem-estar físico e mental.
Precauções:
- Evite correntes de ar, mas não fechar completamente a sala.
- Mudar a água, sempre que necessário.
- Faça o banho rapidamente para evitar o arrefecimento.
- Avaliar os sinais vitais antes do banho para detetar qualquer alteração dos
mesmos.
- Manter a temperatura da água adequada.
- Observe a pele do paciente (erupção cutânea, inchaço, as áreas de maior
impacto pressão e o movimento das articulações).
- Manipular adequadamente o paciente com cateteres e drenos.
- Cortar as unhas, no final do banho (se necessário).
MATERIAL
- Biombo
- Artigos de higiene pessoal (pente, escova de dentes, sabonete, pijama ou
roupão).
- Toalha pequena ou toalhetes (dois ou mais, se necessário).
- Toalha (para secar).
- Recipiente de água para ensaboar o pano.
- Recipiente de água para enxaguar o pano.
- Recipiente para derramar água sobre os órgãos genitais.
- Arrastadeira ou urinol
187
- Resguardo de borracha ou nylon (se necessário).
- Roupa de cama.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Coloque o biombo.
- Ofereça Arrastadeira ou urinol, se o paciente o desejar.
- Lave as mãos e abaixar o Fowler (se não for contra-indicada).
- Retire a almofada para a cadeira, coloque a fronha no cesto da roupa suja
e desentale os lados do lençol de baixo, o resguardo de pano e o de borracha.
- Retire a roupa do paciente mantendo a sua privacidade.
- Mantenha o paciente coberto com o lençol de cima até aos ombros.
- Coloque a roupa no local no carrinho da roupa suja que deve estar aos pés da
cama
- Prepare e verifique a temperatura da água.
-Coloque um pano no recipiente a ser usado para lavar o paciente e outro pano
no recipiente a ser usado para enxaguar.
- Coloque o pano de enxaguar em forma de luva de modo que as extremidades
dos dedos são protegidos, a fim de evitar ferir a pele com as unhas.
- Ensaboe o rosto, orelhas e pescoço, evite o sabão penetrar no olhos se existe
afeção do olho, deve fazer-se antes a lavagem ocular
- Enxagúe e seque da mesma forma que ensaboou.
- Baixe o lençol até à região púbica.
- Enxague o tórax insistindo dobras inframamária, o abdómen e ambos os
membros superiores (enfatizar nas axilas, dobras do cotovelo e espaços
interdigitais), enxaguar e secar na mesma ordem.
- Cubra o peito do paciente.
- Coloque o paciente em decúbito lateral para ensaboar, enxaguar e secar a
região cervical até as nádegas.
- Vire o paciente (decúbito dorsal) e mantenha o peito coberto.
- Descubra os membros inferiores e enxague ambas as coxas e pernas até aos
tornozelos. Lavar e secar.
188
- Ensaboe os dois pés, insistir nos espaços interdigitais, enxaguar e secar.
- Coloque a arrastadeira e fazer a higiene dos órgãos genitais, utilize o
recipiente preparado para esse efeito. Se o paciente pode fazer, fornecer água
limpa e sabão.
Insistir na região perianal, descarte o pano.
- Oferecer a água limpa e sabão ao paciente para lavar as mãos, se ele não
pode fazer por si mesmo, proteger a mão com um pano ou toalha para proteger
as unhas a fim de não lesionar a pele (se necessário usar outro pano).Em
seguida proceder r com a técnica da higiene dos órgãos genitais.
- Retirar a arrastadeira.
- Seque o genital e cobra o paciente.
- Lave suas mãos.
- Faça a cama com a técnica da cama ocupada.
- Tendo em conta a situação do paciente, reposiciona-o.
- Regule a ventilação.
- Invariáveis gerais funcionais.
Precauções:
- Evite correntes de ar.
- Evite movimentos bruscos para mudar o paciente.
- Use o tamanho que melhor combina com a constituição física do paciente.
- Quando se trata de vestir o paciente, fazê-lo em primeiro lugar pelo ferimento
189
ou área limitada.
- As roupas devem estar sem rugas.
- Aplicar a mecânica do corpo.
MATERIAL
- Pijama ou camisa da noite.
- Cesto da roupa suja ou carrinho.
- Biombo (se necessário).
PROCEDIMENTO:
- Coloque o biombo (se necessário).
- Colocar o paciente sentado ou em semi-sentado, se o seu estado o permitir.
- Desaperte a manga do pijama ou camisa, primeiro remover um braço de cada
vez.
- Visto o mesmo braço com pijama ou camisa.
- Proceder da mesma maneira para o outro membro superior.
- Abetuar a camisa ou robe.
- Afaste o lençol de cima e desabetue a calça do pijama.
- Orientar o paciente a dobrar as pernas e elevar as nádegas, se a sua situação
o permite.
- Baixe as calças e retire-as.
- Coloque as calças limpas da mesma forma (primeiro membro inferior e depois
o outro
- Cobrir o paciente com o lençol.
- Deite as roupas sujas no cesto ou carrinho da roupa.
- Retire o biombo
FAZER A BARBA
Barbear. Cortas os pelos do rosto - queixo e busto.
Objetivos:
- Reduza o crescimento de bactérias ao redor do cabelo.
- Promover o conforto e a saúde do indivíduo
190
- Remover pelos de algumas áreas do corpo que podem causar coceira e
irritação da pele.
Precauções:
- Se usar a navalha ou faca, certifique-se que a lâmina é encontrar afiado,
limpo, uniforme e livre de ferrugem.
- Substituir a lâmina sobre a máquina, se necessário, e verificar se é seguro.
- Utensílios de barbear deve ser de uso pessoal e podem ser usados mais de
uma vez, se não estiver romba
- Na máquina de barbear elétrica verificar se não há desgaste ou outras falhas
que possam representar riscos elétricos.
- Se o paciente tiver perturbações hemorrágicas ou é submetido a tratamento
lesões anticoagulantes, doenças de pele ou facial, deve usado o barbeador
elétrico, para evitar cortes ou cortes.
MATERIAL
Lâmpada (se necessário).
- Pano ou toalha.
- Recipiente com água quente.
-espelho
- Loção refrescante ou semelhantes.
- Pó de talco
- Máquina de barbear elétrica.
- Se com navalha ou faca, deve acrescentar: escova, creme de barbear ou
sabão e recipiente de águas residuais.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Se o paciente estiver consciente, peça a ajuda dele, promovendo assim o
sentido de independência.
- Coloque o paciente sentado ou semi-sentado (se não for contraindicado).
- Se inconsciente, elevar a cabeça para evitar que escorra o sabão ou água, e
191
molhar a cama.
- Direcionar uma luz forte para o rosto da pessoa, mas não sobre os olhos (se
necessário)
UNHAS
Cuidados De saúde com as unhas. A una é semelhante a uma lâmina dura e
convexa na parte anterior da última falange dos dedos das mãos e pés.
O cuidado e a higiene das unhas é a atenção que deve ser dada ao corte e
limpeza sistemática e adequada das mesmas)
Objetivos:
- Fazer o corte unhas para evitar causar danos e transtornos.
- Evitar o acúmulo de sujidade nas bordas livres das unhas.
Precauções:
- Não utilize instrumentos de metal para limpar as unhas.
- Não recomendado pintar as unhas nos casos proibidos pelo médico.
MATERIAL
- Tesoura pequena e fina (para crianças).
- Alicate ou cortador de unhas (para adultos).
- Lima.
- Escova de pelos macios (para crianças).
- Bacia com água morna e sabão.
- Toalha.
- Óleo (se necessário).
- Palito de madeira para limpeza dos leitos inguinais
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Cuidado às unhas
192
Manual de Procedimentos de Amparo Magaly, págs 149 e 150
Objetivos:
-Fazer o corte certo de unhas saudáveis.
- Manter a saúde da pele e espaços interdigitais para evitar problemas da pele.
Precauções:
- Não fazer tratamento empiricamente.
- Não fazer auto tratamento.
- Ir do pedólogo regularmente.
- Aplicar hidratante e massagem nos pés, principalmente antes de deitar.
- Não tomar banho com os pés descalços.
- Desinfetar o calçado e expô-lo à luz solar direta.
- Não permitir a exclusão de hiperqueratose com instrumentos não
esterilizados, para evitar a instalação de microrganismos patogénicos.
- Não manter as unhas pintadas na maioria das vezes, limita à transpiração e
desenvolvimento e processo fisiológico normal, além de fomentar o ambiente
propício para o surgimento de doenças.
- Evite a remoção da cutícula, porque isso protege a unha de lesões
- Evitar as inflamações das bordas das unhas, produzidas por fissuras da pele
junto às unhas.
- Realize exercícios para fortalecer os músculos dos pés e conseguir um bom
funcionalmente, evitando malformações ósseas.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos pés
Manual de procedimentos de Amparo Magaly, págs 151 e 152
193
CONFORTO, REPOUSO E SONO
194
Normalmente, o tempo de reação da maioria das pessoas é mais lento nas
primeiras horas da manhã que no avançar do dia. A eficácia máxima verifica-se
por volta das 11h da manhã quando a temperatura do corpo pode aproximar-se
ao ponto mais alto. Neste momento, o metabolismo da pessoa é mais alto e só
assim alcança seu maior nível.
ETAPAS DO SONO.
No homem adulto o sono ocorre en ciclos de 90 minutos. Durante o tempo que
dorme uma pessoa normal, pode fazer de 4 a 6 ciclos com esta duração.
Pensa-se que em cada ciclo de sono de 90 minutos há 5 etapas que se
identificaram por leituras num electroencefalograma (EEG), que proporciona
uma representação gráfica das ondas elétricas que emanam do cérebro.
À medida que o indivíduo começa a dormir, sente-se relaxado e sonolentos, os
sinais vitais (Frequência cardíaca, pulso), tornam-se mais lentos e a
temperatura corporal começa a diminuir
Etapa 1. Nesta etapa os sinais vitais tornam-se mais lentos e os
músculos se relaxam mais. As ondas do EEG tornam-se muito planas.
Neste ponto o indivíduo desperta com facilidade
195
Etapa 2. Nesta etapa aparece certa atividade no EEG, o indivíduo ainda
que possa despertar-se com facilidade, ainda que se encontre relaxado
é mais difícil despertá-lo que na etapa 1.
Etapa 3. É difícil despertar as pessoas. A pressão arterial e a
temperatura diminuíram e as ondas do EEG parecem ser maiores e
lentas
Etapa 4. Começam a aparecer ondas delta no EEG. Está
completamente relaxado e talvez mesmo não se mova. Nesta etapa é
difícil despertar a pessoa do sono. Pensa-se que é durante esta fase
que aumenta a secreção da hormona reguladora do crescimento e
promove a cicatrização tecidular. A micção noturna e o sonambulismo
tendem a ocorrer nesta etapa.
Depois que o indivíduo completou a etapa 4, pensa-se que regresse à 2,
para depois passar ao sono REM, isto é à etapa 5.
Etapa 5. O sono REM é ligeiro, é a etapa em que ocorrem os sonhos.
Os sinos vitais variam e os olhos movem rapidamente para a frente e
para trás que é a razão do nome desta etapa (movimentos oculares
rápidos ou REM em inglês) aumenta o relaxamento muscular, em
particular no rosto e no pescoço.
Uma vez que se completa a etapa REM, uns 90 minutos depois de começar a
dormir, o indivíduo inicia novamente o ciclo na etapa 2, segue a sequência até
à 4, regressa à 2, e experimenta a etapa REM. No ciclo final continua mais
além do REM até a etapa 1 e desperta.
Durante as primeiras horas de sono, os indivíduos passam mais tempo na
etapa 4 que nos ciclos posteriores, e a REM prolonga-se à medida que se
aproxima a manhã. A atividade hormonal também aumenta ao aproximar-se a
manhã.
196
Eunerese.
Terrores noturnos.
197
Não é bom despertá-los, mas deve-se protegê-los para evitar que se
lesionem.
198
Os períodos definitivos de sono são um componente essencial do ritmo
circadiano no homem.
Para o seu funcionamento físico e psicossocial ótimos, o indivíduo
necessita dormir o tempo adequado.
As pessoas em crescimento devem dormir mais que as outras.
As necessidades de sono variam com a idade, os padrões de
crescimento, o estado de saúde e o indivíduo.
A falta de sono suficiente altera o rendimento físico das personas, seu
estado de alerta mental e relações sociais.
Hábitos individuais variam em relação ao "ritual" para dormir.
Os padrões de sono podem ser alterados por mudanças normais das
atividades diárias dos indivíduos, os problemas sociais e emocionais,
distúrbios físicos, pequena irritação ou desconforto e dor.
A doença quase invariavelmente alterar os padrões de sono
199
A digestão é o papel da nutrição que consiste em tomar os alimentos a partir
do exterior e transformá-los por mecânicas e químicas, em substâncias
assimiláveis pelo corpo e eliminação de produtos residuais. Nesta função os
componentes deste sistema envolvidos em processos vários entre os quais se
destacam: a ingestão, o transporte, a secreção, a digestão, absorção e
defecação.
200
É incolor, inodora e insípida.
Ajuda a manter a temperatura corporal e equilíbrio hidroeletrolítico.
201
Os lípidos ou ácidos gordos são biomoléculas de estruturas e funções
diversas, que têm a característica comum a ser altamente solúvel em solventes
orgânicos não polares, e muito pouco solúvel em água.
Entre os componentes da dieta humana estão os lípidos que são os nutrientes
de maior teor de energia, uma vez que render mais que o dobro das calorias
por unidade, comparados com os carbohidratos e proteínas.
Têm no organismo a importante função de fornecer energia, ajudam a
construir estruturas organizacionais e são importantes fontes de reserva
energética.
202
anabolizantes estão relacionados com funções de crescimento, reparação e
reprodução.
Catabolismo. Compreende as reações que se transformam compostos mais
complexos em outros de maior complexidade. Nestes processos, a energia é
libertada e essas reações degenerativas são geralmente exógenas.
203
NECESSIDADES DE ENERGIA:
É expresso em calorias. Uma caloria é a quantidade de calor necessária para
aumentar a temperatura 1º a um1 g de água e é expressa em Kcal.
(quilocalorias).Varia de acordo com o sexo, a atividade secretora da tiroide
204
TIPOS DE DIETA TERAPÊUTICA:
1- Normal - dieta regular e completa
3- Dieta Ligeira. (alimentos cozidos simplesmente evitando fritos, doces e
gorduras).
4- Dieta Mole. (Alimentos que não requerem a mastigação e não contêm
fibras duras rígido ou condimentos). Sem café, chá, colas, sopas feitas com
carne ou muito condimentadas.
5- Dieta líquida: completa. (Não inclui condimentos irritantes ou celulose –
pura). Água, chá com limão, café, sumo, caldo puro, bebidas, sobremesa à
base de vegetais.
205
Cloro (Cl -), que se combina com a formar o sal (NaCl). Já cargas negativas por
isso, é um anião.
206
Isto é, quando há maior perda de água que soluto. (acima de 150 mq/l).
- Desidratação Hipotónico:
Isto é, quando não há mais perda de soluto que água. (abaixo de 130 mq / l).
- Desidratação isotónica:
Isto é, quando a perda de água e soluto é proporcional. (entre 130 e 150 mq/l)
-Hipernatremia Na + de 150
-Hiponatremia Na - de 130
-Hiperpotassemia K + de 5
-Hipopotassemia K - de 3,5
207
-Hipercalsemia Ca + de 10,5
-Hipocalsemia Ca - de 8,8
-Hipermagnesemia Mg + de 2,5
-Hipomagnesemia Mg - de 1,5
-Hipercloremia Cl + de 103
-Hipocloremia Cl - de 101
Ph 7.35 a 7.45
Pco2 35 mm/Hg a 45 mm/Hg
Po2 95 mm/Hg a 100 mm/Hg
EB + - 2,5 mq/l
BE 21 mq/l a 25 mq/l
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
208
A ALCALOSE RESPIRATÓRIA: ocorre quando um ganho de uma base forte
ou perda de ácido forte. O valor de pH está acima de 7,45, o valor PCO2 é
menor de 35 mm Hg e o valor PO2 é menor que 95.
ESTUDO INDEPENDENTE
Os cuidados de enfermagem a considerar nas alterações hidroeletrolítico e
ácido-básicas.
Bibliografia
Enfermagem Médico-Cirúrgica e da comunidade os volumes I, II e III.
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.
209
4. Descreva ações de enfermagem que iria realizar.
HEPATITE
Quadro clínico:
Mal-estar
Anorexia
Náusea
Dor abdominal
Febre.
Icterícia.
Acolia – fezes esbranquiçadas
Colúria (urina marrom escuro) Hepatomegalia.
Colheita de dados e ações de enfermagem:
Notificação obrigatória ao departamento de epidemiologia da instituição onde o
paciente é tratado.
Isole os objetos pessoais (fômites).
Medidas rigorosas de assepsia e antissepsia com o material usado nestes
pacientes, fundamentalmente por via parentérica, desinfeção de excrementos,
urina e controle de higiene ambiental, água e alimentos, vetores mecânicos nos
primeiros 7 dias. Este é o período mais perigoso para a contaminação e
contágio.
210
Levantamento dos contactos possíveis e fazer exames complementares com o
objetivo de:
1. A deteção precoce de eventuais contaminações.
2. Parar rapidamente a disseminação da doença.
Certifique-se para que o paciente cumpra com o descanso no leito, prescrito
pelo médico.
Educação para a saúde: explicar ao paciente que seu regime de vida tem de
mudar e que a visita ao médico nos próximos 6 meses, é importante para a
recuperação total. Nenhum exercício físico deve ser feito durante 6 meses ou
beber álcool durante 1 ano, também tem como objetivo não a doar sangue,
bem como adesão ao tratamento e à respetiva dieta.
Gastrite CRÓNICA
Gastrite aguda e crônica: depende transgressão da dieta, comer demais ou
rápido, ou muito picante. Outras causas incluem a ingestão excessiva de álcool
ou aspirina. A mucosa gástrica é capaz de recuperar por si só depois de um
ataque de gastrite.
Ocorrem frequentemente Hemorragias que podem ser graves e requerer
cirurgia
Intervenção de enfermagem.
-Administrar soluções intravenosas, enquanto o vómito persiste.
211
-Certificar-se de sinais de desidratação por vómitos persistentes, nos ajude a
evitar complicações.
-Monitorizar as principais características do vómito
.-Proporcionar um recipiente para vomitar e, eventualmente, um colírio oral
para lavar a boca, e dar-lhe uma toalha ou guardanapo para secar suas mãos e
boca.
-Fazer educação para a saúde para prevenir novos episódios.
-Proporcionar um ambiente agradável e equilíbrio emocional apropriado, com o
agravamento do estado emocional pode influenciar o aparecimento de uma
nova crise.
-Realiza-se lavagem gástrica com soro gelado quando há sangramento
ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera péptica: perda das camadas de tecido circunscritas atingindo mucosa,
submucosa e músculo, ocorrendo na parte do trato gastrointestinal exposto à
ação do suco gástrico. Acontece mais frequentemente entre 30 e 50 anos e
afeta mais homens que mulheres.
* É mais frequente que a gastrite, apresentado em as todas as idades, raças e
latitudes, mas com grandes variações de localização, incidência e nas
características clínicas.
Quadro clínico:
Dor.
Palidez.
Melena em idosos.
A dor pode ser apresentada como crises separadas, por períodos de 15
dias a 2 meses. A crise dolorosa pode durar apenas um minuto ou várias
horas, muitas vezes aliviada pela ingestão de alimentos ou antiácidos.
Ele está localizado no epigástrio e no abdómen superior.
212
O aparecimento pós-prandial tardio é atribuído ao ritmo em três tempos: dor -
alimentos - calma a úlcera duodenal, enquanto a gástrica tem 4 tempos: comer
- calma – dor - calma.
Durante a crise de dor pode haver náuseas, vómitos, obstipação e diarreia
raramente.
Cuidados de enfermagem:
- Minimize o stress ambiental para conseguir que o paciente faça o repouso
indicado na cama até que a dor passe
.- Sedativos e tranquilizantes são administrados de acordo com as
necessidades do paciente.
- Preparar o paciente e auxiliar o médico em testes de diagnóstico.
- Administrar os medicamentos ao paciente, tendo em conta: dose, tempo e
frequência.
Observar com detalhe a dor.
- Os pacientes com esta doença são geralmente irritáveis e exigentes, e
ofendem-se facilmente, por isso devemos ser criteriosos ao responder ao
paciente e entender o que é mais importante para ele.
- Criar uma atmosfera propícia para ensinar o paciente sobre o seu futuro.
DIABETES MELLITUS
Diabetes Mellitus é um conjunto variado de distúrbios caracterizados por
aumento da glicemia, ou hiperglicemia
Tipos de Diabetes Mellitus:
213
Geralmente é diagnosticada na infância. O corpo produz pouca ou nenhuma
insulina e é necessário suplementos de insulina injetável para sobreviver
A DIABETES GESTACIONAL.
É a presença de níveis elevados de glucose no sangue que se desenvolve em
qualquer momento durante a gravidez, sem ter quaisquer sintomas antes.
214
2. Polidipsia
3. Polifagia
4. Perda de peso
5. Fadiga
6. Visão enublada
7. Infeções que cicatrizam de forma lenta
8. Impotência no homem
215
1. Escolher uma atividade física aeróbica que o paciente possa desfrutar e
que seja apropriada para a sua saúde atual. (caminhada, andar de
bicicleta, natação)
2. Fazer os exercícios todos os dias à hora determinada
3. Avaliar o nível de glicose no sangue antes e depois do exercício
4. Trazer, consigo, um cartão de identificação como diabético
5. Beber líquidos adicionais que não contenham açúcar antes, durante e
depois dos exercícios
216
As habilidades básicas para o cuidado do paciente diabético são:
1. Como reconhecer e tratar os níveis baixos (hipoglicémia) e altos
(hiperglicemia) de açúcar no sangue.
2. Que comer e quando comer
3. Como tomar os medicamentos orais
4. Como administrar a insulina
5. Como medir e registar a glicémia
6. Como verificar a presença de corpos cetónicos na urina (só para
diabetes tipi I)
7. Como ajustar a insulina e ou o consumo de alimentos ou ambos
segundo as mudanças nos hábitos alimentares e de exercício.
8. Como lidar com o mal estar
ANEMIAS
Anemia: é o termo anemia significa diminuição de eritrócitos e da hemoglobina
no sangue do paciente. O número de eritrócitos, varia com a idade, sexo e
altura da pessoa.
Os eritrócitos têm a função de levar o oxigénio dos pulmões aos tecidos e
trazer destes o dióxido de carbono aos pulmões.
A cor vermelha do sangue depende da quantidade de hemoglobina contida nos
eritrócitos
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
É a que se produz quando existe um défice de vitamina B 12 e ácido fólico,
com mudanças idênticas na medula óssea e sangue periférica.
217
ANEMIA DEPRANOCÍTICA. (Siklemia):
é uma anemia hemolítica congénita, que se transmite con carácter autossómico
dominante. Caracteriza-se pela presença no sangre periférico de hemácias em
forma de noz ou de meia-lua, que são os responsáveis das características
clínicas e hematológicas desta doença.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O enfermeiro deve detetar o sangramento segundo a causa que o originou.
A restituição da volémia e correção do shock trata-se com um método seguro
que é a transfusão sanguínea, mas se não se dispõe de sangue total, pode-se
usar plasma ou substituto sintético, ou soro glicosado isotónico ou soro
fisiológico. Deve-se ter em conta todas as medidas de precaução e utilizar
todos os seus componentes, já que do produto que se tenha se poderá corrigir
218
o défice e como resultado melhorar o estado do paciente e evitar qualquer
complicação.
Ao restituir as perdas ter-se-á presente que se se vai usar o ferro oral se deve
ter em conta a tolerância por esta via, já que alguns pacientes recusam-no por
transtornos digestivos que podem ocasionar. Se se usar a via parentérica, não
devemos esquecer que alguns componentes do ferro provocam mancha na
pele, pelo que devemos ter em atenção as precauções com a injeção: o sítio da
punção não deve coincidir com o da injeção.
Devemos estimular o paciente a consumir alimentos ricos em proteínas,
vitaminas e outros.
ANEMIA FERREPÉNICA:
Quadro clínico
Em geral, as anemias ferropénicas têm uma expressão clínica pobre. Os
pacientes apresentam poucos sintomas. O começo é insidioso, com debilidade,
fadiga, insónia e cefaleia, palidez, anorexia, e glossite com atrofia das papilas
da língua.
“Desejo”– perversão do apetite – caracteriza-se pela ingestão compulsiva de
substâncias não alimentícias (desejo de ingerir gelo, argila) associa-se à
anemia ferropénica
Quadro Clínico
O quadro clínico está relacionado com a quantidade maior ou menor das
celulas hematopoiéticas afetadas.
1. Palidez intensa, por vezes chega a ser cadavérica, tradução de uma
anemia severa que pode chegar a 1000000 de hemácias/mm3
2. Quadro séptico com calafrios, febre 39 a 40ªC, estado lipotímico, capaz
de chegar ao shock, celulite, ulcerações e necrose da mucosa oral, da
vulva e ano perianal
219
3. Transtornos hemorrágicos com epistaxes, gengivite, púrpura,
metrorragias, hematúria, etc, como causa da trombocitopenia
Manifestações clínicas
As características clínicas da anemia aplásica, mais frequentes, são o
resultado directo da função hematopoiética deprimida:
1. Petéquias
2. Equimoses
3. Púrpura
4. Epistaxes
OS SINTOMAS DE ANEMIA
São semelhantes seja qual seja a causa e provêm em grande parte da
incapacidade do sangue para transportar suficiente oxigénio aos tecidos, entre
eles são típicos a fadiga, a anorexia, debilidade e palidez. O paciente pode
sofrer desmaios especialmente quando está de pé muito tempo. A palidez pode
observar-se nos leitos inguinais, conjuntivas, lábios e boca. O aspeto da
mucosa é muito útil, pois a cor da pele varia de pessoa para pessoa.
O paciente pode ter frio mesmo com temperatura corporal normal. Também
aparece taquicardia, já que o coração bate mais depressa, devido a que, a
escassa concentração dos eritrócitos e hemoglobina não chega bem aos
tecidos. Quando a anemia é grave pode aparecer dispneia de esforço, já que a
capacidade do sangue para transportar o oxigénio aos tecidos diminuiu
notavelmente
220
ACÇÕES DE ENFERMAGEM
Problemas comuns nos pacientes com hemopatias
PROBLEMA: Dispneia
Intervenções de enfermagem
Elevar a cabeceira da cama
Empregar almofadas para sustentar o paciente em posição ortopneia
Evitar exercícios desnecessários
Evitar alimentos que deem origem à formação de gases (refrescos)
Administrar oxigénio quando esteja indicado
221
Explicar a importância da higiene oral frequente com soluções
antissética
Alimentos irritantes e frios
Usar escova com pelos macios para higiene dos dentes
Lavar os dentes depois das refeições
Conservar os lábios lubrificados
Motivar à consulta do estomatologista
222
Fomentar a independência e os cuidados pessoais dentro da limitação
que sofre o paciente
Estimular a família a participar nos cuidados ao paciente se o desejar
Criar um ambiente agradável para a família quando vem visitar o
paciente
ENTUBAÇÃO GÁSTRICA
Entubação Nasogástrica: é a introdução de uma sonda através das fossas
nasais ou da boca até ao estômago.
Objetivos:
1. Estabelecer o diagnóstico médico.
2. Aplicar medidas terapêuticas.
3. Alimentar o paciente que não o pode fazer espontaneamente.
4. Estabelecer um meio para drenar o conteúdo gástrico e extrair gases.
5. Prevenir vómitos e distensão abdominal.
Precauções:
1)Ter preparado todo o material necessário.
2)Ter presente o estado de consciência do paciente.
3)Colocar o paciente se possível em posição sentada o semissentada; se está
inconsciente em posição de Trendelenburg, apoiado sobre o lado esquerdo em
decúbito ventral. Esta posição previne a broncoaspiração.
4)Humedecer a sonda com água destilada ou soro fisiológico, evitando que
goteje, nunca com substâncias oleosas, para evitar a irritação das mucosas e a
broncoaspiração.
5)Preguntar ao paciente porque fossa nasal respira melhor, e passar a sonda
pela que maior dificuldade tem.
6)Se o indivíduo apresenta alguma alteração nasal, como septo desviado, que
impeça de passar a sonda por essa via, introduzi-la pela boca depois de haver
retirado a prótese dental.
7)Se a pessoa está inconsciente, incline o queixo para o peito para fechar a
traqueia e empurre a sonda entre as respirações para assegurar-se de que não
foi para a traqueia
223
8)Estar atento, à aparição de indícios de entrada na traqueia, afogamento ou
respiração difícil numa pessoa consciente e cianose numa inconsciente ou sem
reflexo da tosse. Se estes sinais estão presentes, retirar imediatamente a
sonda, permitir que paciente descanse e tente de novo.
9)Para comprovar a colocação correta da sonda, Nunca se deve introduzir o
extremo da sonda na água. Se a sonda está na traqueia, o paciente pode
inalar água; e em todo o caso, a ausência de borbulhas não confirma a
colocação correta, pois a sonda pode estar torcida na traqueia ou no esófago.
10)Comprovar que a sonda esteja no estômago.
11) Medir o conteúdo gástrico
MATERIAL:
1)Bandeja, carrinho de pensos ou similar.
2)Sonda gástrica (Latex, silicone, com balão
3)Toalha, pano ou resguardo.
4)Dois recipientes para lixo.
5)Copo com água.
6)Adesivo, fio para fixar a sonda.
7)Tesoura de bicos rombos.
8) Seringa de 20 ml
9)Abaixadores de língua.
10)Compressas.
11)Pinça montada ou chave de venoclise.
12) Toalhetes de papel.
13)Estetoscópio clínico.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento na entubação nasogástrica
Amparo Magaly, Manual de Procedimientos de enfermería. Página 351
224
ASPIRAÇÃO GÁSTRICA
Aspiração gástrica: é a extracção do conteúdo gástrico através de uma
sonda.
Está indicada para prevenir ou aliviar a distensão e os vómitos, para drenar o
sangue que se acumula no estômago no posoperatório e para extrair o
conteúdo do estomago nos pacientes que têm obstrução gastrointestinal
Objetivos.
Extrair o conteúdo gástrico.
MATERIAL:
Sonda gástrica.
Pano, toalha ou resguardo.
Dois contentores de lixo.
Copo de água.
Compressa.
Seringas de 20 ml.
Espátulas.
Pinça montada.
Guardanapos.
Estetoscópio.
225
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Aspiração gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. Pág 353
LAVAGEM GÁSTRICA
Objetivos:
Extrair alimentos não digeridos, que permanecem no estômago por
obstrução ou falta de motilidade do intestino.
Extrair do estômago substâncias tóxicas.
Realizar a lavagem gástrica em doentes com: vómitos, gastrite crónica,
sangramento gastrointestinal.
Preparar o paciente para a cirurgia, se necessário.
Contraindicação:
Não realizar a lavagem gástrica quando o paciente ingera substâncias
corrosivas.
Precauções:
Suspender a lavagem gástrica em caso de aparecer sangue no retorno e
notificar o médico, exceto em casos de sangramento gastrointestinal.
Em caso de envenenamento retirar uma amostra para enviar ao
laboratório.
MATERIAL:
Sonda: Folley Nélaton (para crianças)
226
Soluções: bicarbonato, água, solução salina estéril, em caso de
envenenamento utilizar a indicada pelo médico, de acordo com o tipo de
envenenamento.
Pano, toalha ou resguardo.
Dois contentores de lixo.
Copo de água.
Compressa.
Seringas de 20 ml.
Espátulas.
Pinça montada.
Guardanapos.
Estetoscópio.
Acessório
Balde
Esfregona.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Lavagem gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. PÁG 357
ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE:
227
comer sozinho. Em tais situações, a alimentação é a responsabilidade dos
enfermeiros
Objectivo.
Oferecer ao paciente que é incapaz a dieta com exigências nutricionais,
conforme as suas necessidades.
Precauções:
Fornecer alimentação adequada bem apresentada e quente: se possível
longe dos procedimentos terapêuticos.
Verifique se o paciente está pronto para a dieta.
Não ofereça a refeição apressadamente
MATERIAL:
Mesa de refeições.
Bandeja e acessórios.
Material para higiene oral e para lavar as mãos.
Toalhitas ou guardanapos.
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: alimentação oral
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. Pág 429
SONDA DE ALIMENTAÇÃO
Sonda de alimentação: É a introdução de alimentos líquidos ou liquefeitos por
meio de um tubo que passa através das narinas ou boca para o estômago.
Objetivo:
Manter o estado nutricional do paciente adequado
Precauções:
Assegurar a condição de higiene das cavidades oral e nasal.
228
Aspirar antes da administração de alimentos e observar as características das
substâncias extraídas.
Se o conteúdo aspirado é maior do que 100 ml, não alimentar o paciente e
informar o médico.
Medir a quantidade de alimentos e água administrados, fornecendo-os a uma
temperatura adequada.
MATERIAL
- O da entubação gástrica.
- Sonda gástrica (Levine, entre outras).
- Toalha, pano ou resguardo.
- Dois recipientes para lixo.
- Copo com água.
- Adesivo, fio para fixar a sonda.
- Tesoura.
- Espátulas.
- Compressas.
- Toalhitas de papel ou guardanapo.
- Estetoscópio.
- Seringa de 20 ml, seringa de alimentação, funil ou saco de alimentação
descartável.
- Colherzita.
- Pinça montada ou chave de venoclise
- Recipiente com alimentos.
-
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Alimentação por sonda
229
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
Pág 433 a 434
Sistema urogenital: Inclui dois sistemas: urinários e genitais, que têm uma
relação íntima, do ponto de vista morfológico, têm uma origem embriológica
comum, no adulto algumas de suas estruturas estão intimamente relacionados.
No entanto, estes dois sistemas executam funções diferentes. O urinário a
eliminação vesical e genital a reprodução
230
líquido semelhante ao plasma do sangue, proteínas do plasma, mas com alto
peso molecular, pelo que é considerado um ultrafiltrado.
231
VARIAÇÕES DA FUNÇÃO URINÁRIA.
O recém nascido normal deve urinar nas primeiras 24 horas, de outro modo
pode suspeitar-se de um problema importante. O recém nascido tem pouca
capacidade para concentrar e diluir a urina e o lactante pode urinar até 18
vezes ao dia ou mais, a urina pode ser diluída e inodora.
Durante a infância diminui a frequência da urina, ainda que depende bastante
da quantidade de líquido consumido e da temperatura ambiente. Em geral as
crianças urinam mais que os adultos porque a bexiga é mais pequena, a
densidade específica e outros dados da urina são similares à dos adultos.
As vias neurofisiológicas necessárias para o controlo voluntário da bexiga
amadurecem mais tarde que o intestinal.
A maioria das crianças estão fisiologicamente preparados com controlo dos
esfíncteres aos 3 anos de idade.
Na idade escolar já a criança tem bastante bom controlo de sua bexiga
mesmo que alguma vez possa perdê-lo acidentalmente se fica stressado ou
está muito ocupado, em particular nas atividades fora de casa, para chegar à
casa de banho.
232
(homens e mulheres) de urinar com maior frequência que os adultos mais
jovens, em geral com uma sensação de urgência interna.
233
3-A supressão da formação de urina nos rins põe em perigo a vida do
indivíduo.
4-Normalmente, a maturidade total da capacidade funcional dos rins alcança ao
final do primeiro ano de vida.
5-As estruturas neuromusculares, necessárias para o controlo voluntário da
micção não está bem desenvolvida até aos dois ou três anos de vida.
6-A perda do controlo voluntário da micção é uma ameaça grave para a
autoestima do paciente.
7-O adulto em média urina 1000 a 1500ml de urina em 24 horas; as crianças
em idade escolar eliminam até 1000ml no mesmo período.
8-Os líquidos constituem uma proporção maior do peso corporal das crianças.
9-Recordar que normalmente o adulto sente necessidade de urinar quando a
bexiga contem 300 a 500ml de urina.
10- O revestimento das vias urinárias consiste camada contínua de mucosa.
11-A íntima relação anatómica das vias urinárias e as de reprodução
determinam que o funcionamento urinário seja um tema tão delicado para a
maioria das pessoas.
12-A localização do meato urinário muito próximo ao ânus e aos órgãos
sexuais externos, faz que as vias urinárias sejam vulneráveis a infeções
provenientes de estas fontes.
13-Uma eliminação de urina menor de 25 ml / h (6oo ml /24h) considera-se
inadequada nos adultos.
234
ou pelo incremento da excreção de solutos pelos nefrónios. A concentração da
urina, varia segundo o caso.
4-Disuria - é a dificuldade ou dor para urinar, que pode incluir manifestações
de ardor.
Polaquiúria - Alteração caracterizada por micções muito frequentes, de
escassa quantidade, que pode produzir-se com aumento do volume urinário.
Desconhece-se, ou não estão bem claros, os mecanismos responsáveis pela
disúria e a polaquiúria
Tenesmo vesical - é o desejo contínuo, doloroso e ineficaz de urinar sem que
a micção alivie o mal estar. Em cada micção se expulsa muito pouca urina e às
vezes nenhuma.
Micção por gotejamento - a urina flui gota a gota pelo meato uretral. Se
observa, frequentemente, nos casos de bexiga atónica distendida por um
adenoma prostático e acompanha-se de globo vesical.
Incontinência urinária – é a incapacidade da bexiga para reter a urina
secundária a uma deficiência do mecanismo do esfíncter da uretra, por
transtornos neurológicos, etc.
Alterações na densidade da urina. A concentração de solutos na urina
valora-se por meio de uma prova simples. Consideram-se valores normais
entre 1005 e 1025.
Alterações na cor da urina - conhecidas como pigmentúria, que é a presença
na urina de qualquer substância com cor (solúvel ou insolúvel)
SÉPSIS URINÁRIA
Definição – descreve-se como infeção nas vias urinárias com presença de
bactérias em qualquer parte do sistema renal, associada a sintomas urinários.
CLASSIFICAÇÃO
Segundo a localização:
• Sépsis urinária baixa. Presenta-se como infeção uretral (uretrite) ou
uretrovesical (cistite).
• Sepsis urinária alta. Ocorre quando a infeção alcança os rins (pielonefrite) e
pode originar danos renais irreversíveis.
ETIOLOGIA
235
Os organismos mais comuns como causas de infeções do trato urinário são as
seguintes:
• Os Escherichia coli, bactéria gram negativa adesivas, que aparece na grande
maioria das pessoas infetadas pela primeira vez, em 90% das infeções extra
hospital e 50% do intra-hospitalar; também observado com a alta frequência
Proteus, Pseudomonas e Klebsiella, entre outros.
• Em pacientes admitidos para a administração de antibióticos de largo
espectro, o possível envolvimento da flora bacteriana normal e colonização
parece patológico
• Em crianças é muitas vezes frequente por Proteus, enquanto as mulheres
jovens predominam como crucial agente saprófita estafilococos, desde que a
atividade sexual.
• Os outros germes que aparecem na cultura de urina são o Staphylococcus
aureus (alguns abscessos renais), Pseudomonas aeruginosa e Salmonella em
outros quadros de sepsis. Em pacientes com tuberculose, o rim é o órgão extra
pulmonar mais afetado pelo bacilo de Koch, também deve-se distinguir a
ocorrência de infeções fúngicas em pacientes com cateteres em diabéticas e
crianças com malformações.
• Existem fatores mecânicos que favorecem a bacteriúria, tais como: o
cateterismo vesical (especialmente permanentemente); cirurgia uretral da
bexiga e da próstata, a relação sexual nas mulheres e prolapso vaginal que
ocorre em mulheres multíparas.
• Entre os fatores que mantêm a urina na bexiga são a micção pouco frequente,
ingestão inadequada de líquidos, devido à obstrução uretral e hipertrofia da
próstata, obstipação, refluxo vesicoureteral, os transtornos neurológico da
bexiga, divertículos de bexiga, entre outros.
236
- A Sepsis urinário baixa é caracterizada por aumento da frequência urinária,
disúria, nictúria, desconforto suprapúbico e, ocasionalmente, hematúria.
Dependendo do local da infecção se apresenta as seguintes manifestações
clínicas
Tratamento médico
Na sepsis baixa, o tratamento por via oral ou parentérica pode estar associado
com o tratamento local (colo do útero, uretra, ou a vagina).
237
DEFINIÇÃO
Síndrome clínico resultante da retirada súbita de função renal, o que provoca
uma acumulação no sangue de produtos residuais metabolismo do nitrogênio
(ureia - creatinina), transtornos hidroeletrólitos e ácido-base. Sua característica
fundamental é a reversibilidade
parcial ou completa.
CLASSIFICAÇÃO:
As situações que levam à IRA são variadas e segundo o local da lesão são
classificados em três grupos:
1. Pré-renal IRA ou funcional.
2. IRA ou orgânica.
3. IRA pós-renal.
ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Depende da fase que apresenta a IRA.
Fase oligúria
Pode não ocorrer, no entanto, é muito comum e é caracterizada por: produção
de urina diminuída, menos de 400 ml / dia, e transtornos do equilíbrio
hidroeletrolítico, edema membros inferiores, edema cerebral, hiperpotassemia,
de modo que o paciente tem parestesias, fraqueza muscular, insuficiência
238
cardíaca e arritmias cardíacas, ocorrem no sistema cardiovascular ocorre
insuficiência cardíaca e hipertensão, no sistema respiratório aparece acidose
metabólica, edema agudo de pulmão, e no sistema hematopoiético anemia.
Além disso, intoxicação por água que dá lugar excitabilidade resultante,
estupor, coma, vômitos e náuseas.
Fase diurética
Apresenta-se a seguir à fase anterior.
Em pacientes que sobreviveram é um aumento progressivo na produção de
urina, que pode chegar a 3l/dia, dependendo do grau de hidratação. Primeiro,
há poliúria ineficaz, mas gradualmente se torna diurese eficaz, aumenta a
depuração renal, mas ainda mantem prejudicada a capacidade de
concentração do rim e a capacidade de excretar iões de hidrogénio.
ETIOLOGIA
• Doenças glomerulares (primária ou secundária).
• Diabetes mellitus.
239
• Hipertensão arterial grave.
• A doença renal poliquística.
• Cálculos de obstrução e infecção do trato urinário.
• As neuropatias túbulo-intersticial.
• As drogas ou agentes tóxicos. Entre os agentes ambientais e ocupacionais
são: chumbo, cádmio, mercúrio e cromo.
• Outro.
QUADRO CLÍNICO
Sistema cardiovascular: hipotensão, doença isquémica do coração,
pericardite, insuficiência cardíaca congestiva, edema e outros.
• Sistema respiratório crepitações, dispneia, tosse, outros.
• Sistema Gastrointestinal: náuseas, vômitos, diarreia, anorexia, soluços,
hálito de amónia, obstipação, úlceras e hemorragias da boca, dor abdominal,
sangramento intestinal e gastrite urémica.
• Sistema Nervoso: neuropatia, tremor, inquietação nas pernas, fraqueza e
fadiga, confusão, desorientação, alterações comportamentais, convulsões,
coma e deficiência visual.
MÉTODOS DEPURADORES.
A diálise peritoneal
A diálise peritoneal é um método que está incluído nos métodos purificadores
extracorpóreos e é um processo artificial, que pode substituir algumas funções
vitais normalmente desempenhadas pelos rins, tais como a remoção de
substâncias residuais do metabolismo de proteínas e regulação do equilíbrio de
iões, e ácido-base de eletrólito, no entanto, as funções importantes
relacionadas com o metabolismo fósforo-cálcio eritropoietina, e regulação da
pressão arterial, entre outros, não são substituídos por este método
Definição
A diálise peritoneal é um método depurador, que é utilizado para remover
impurezas e fluidos a partir do sangue em pacientes com aguda e crónica
insuficiência renal, um processo que utiliza uma membrana semipermeável,
que é o peritoneu do próprio paciente, considerado um filtro natural.
240
A membrana peritoneal é a membrana serosa mais extensa do organismo,
considera-se que a sua superfície é de 1,2 a 2 m2, semelhante à superfície do
corpo e que é igual à superfície de dialisado global eficaz. A cavidade
peritoneal é um espaço virtual no abdómen formando como um saco pelo
peritoneu.
241
e hiponatremia, alcalose metabólica, depleção proteica, obesidade,
hiperlipidemia e desnutrição proteica e energética.
HEMODIÁLISE.
Definição
A hemodiálise é a técnica de depuração periódica extracorpórea mais utilizado
e aplicada em pacientes com insuficiência renal aguda, insuficiência renal
terminal, hipercalcemia e acidose metabólica grave.
242
enfermagem.
-Todas as fases do procedimento devem ser realizadas de maneira
colaborativa pelos membros da equipa de enfermagem.
No final da hemodiálise:
1 - Medir sinais vitais.
2 - Pare a bomba.
3 - Prenda a linha arterial antes de desconectar o paciente, e conectar o frasco
de solução salina estéril.
4-Transferir a quantidade de soro fisiológico necessária e suficiente para limpar
o sangue, tanto quanto possível, o dialisador e ramos, retornando o sangue
para o paciente, para minimizar as perdas a partir por esta via
Assim, isto é facilitada por pinçar e despinçar rápido e repetidamente o ramo
venoso.
5- Pince a linha venosa e desconecte o paciente.
243
6 - Passar a solução de sal através da agulha da fístula o paciente para passar
o sangue
7 - Passar o dialisador com 2l de hipoclorito de sódio a 1% durante 10 min.
8 - Limpas as linhas com agulhas tratadas para proceder à sua formalização.
9 - Remover a agulha do paciente.
10 - Retirar agulhas, aplicando uma pressão adequada, de 15 a 20 min, se se
completa a hemóstase aplicar uma ligadura com uma ligeira pressão e orientar
o paciente para retirar 4 h mais tarde.
CATATERISMO VESICAL
Mucosa da bexiga: é a membrana que reveste o interior da bexiga, é
altamente vascularizada, o que favorece a absorção de fármacos
administrados a esse nível.
Objetivos:
_ Esvaziamento da bexiga.
_ Determinar se a supressão da urina é causada por obstrução urinária de
retenção, ou anúria.
_ Obter amostras de urina para o estudo.
244
_ Esvaziar a bexiga antes de uma grande cirurgia para evitar o trauma
cirúrgico ao nível do órgão e do paciente urinar na sala de operações para
causar relaxamento do esfíncter.
_ Mantenha leito seco em pacientes com incontinência.
Precauções:
_ Faça a limpeza dos órgãos genitais para reduzir as bactérias a esse nível e
evitar ser arrastado para dentro da bexiga.
_ Não force a sonda a passar, para evitar o trauma da uretra, tenha em mente
o calibre das sondas para o tipo de uretra;
Peça ao paciente para tossir durante a inserção, pois isso irá facilitar a
passagem da sonda.
_ Depois de terminar o procedimento, no homem não circuncidado deve ter o
cuidado de puxar o prepúcio sobre a glande.
- No caso da sonda Foley, fixá-la com solução salina (sem ar, sem
soluções de glicose)
- Se a sonda permanece fixo, pinçá-la periodicamente para recuperar o
tónus da bexiga.
- Se a urina está retida, permitir a saída até 400 ml e clampar de novo, em
seguida, a cada 30 minutos, permitir a saída de 200 ml para evitar um
esvaziamento rápido, evitaremos possíveis paragens cardíacas e
hemorragias por descompressão.
- Mudança de sondas segundo as normas do serviço.
MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Sondas: Nélaton e folley no. 10, 12, 14, 16.
_ Artigos para a higiene dos genitais (recipiente com água, sabão,
toalha, arrastadeira, soro fisiológico, água iodada ou antisséptico
indicado pelo médico).
_ Luvas estéreis.
_ Resguardos de borracha e pano
_ Recipiente estéril.
245
_Lubricante hidrossolúvel.
_ Compressas.
_ Recipiente para lixos.
_ Seringa estéril com soro fisiológico.
_ Adesivo (se fica permanente).
_ Tesoura (se fica permanente).
_Saco colector (se fica permanente).
_ Biombo (se necessário)
_ Candeeiro de pé (se necessário)
Genitália feminina
246
Genitália Masculino
ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimiento: cateterismo vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres
Págs, 391-393
INSTILAÇÃO VESICAL
Instilação vesical é a introdução de uma pequena quantidade de solução
(água estéril ou medicamento) dentro desta víscera, através de uma sonda.
Objetivos:
247
- A manutenção da permeabilidade do sistema de drenagem.
- Remover coágulos após cirurgia à bexiga e outros.
- Obter efeitos terapêuticos e paliativos.
Precauções:
- Administrar o medicamento à temperatura ambiente para evitar espasmos
da bexiga.
- Introduzir lentamente a solução para evitar trauma ou irritação.
Material:
_ Seringa de 20 a 50 ml, estéril.
_ Cuvete com tapa.
_ Recipiente estéril.
_ Solução indicada.
_ Compressas.
_ Luvas.
_ Recipiente para lixos.
_ Pinça protegida.
_ Resguardo de borracha e pano
_ Sonda uretral, no caso o paciente não estar algaliado.
_ Biombo.
ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimento instilação vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
Pág 394
248
porções principais do aparelho digestivo relacionadas com a função de
excreção, são o cólon e o reto.
249
o que constitui 60 a 80% do total. O resíduo da digestão inclui alimentos não
digeridos e não absorvidos resíduos secreções digestivas. Além disso, as fezes
também conter os detritos celulares e removido do revestimento mucoso do
trato gastrointestinal, para além de bactérias e outros produtos.
Estima-se que uma pessoa 24 horas excretados nas fezes entre 50 000 e 500
000 milhões de bactérias vivas e mortas.
250
em grãos integrais e frutas e vegetais, é muito importante para fornecer um
volume suficiente para estimular a ação peristáltica dos intestinos. As pessoas
que têm uma dieta refinada tendem a ter menos movimentos intestinais e é
provável que as fezes mais firmes e mais escura do que aqueles que incluem
cos alimentos anteriores.
251
6. Medicamentos. Drogas que deprimem o sistema nervoso diminuem a
motilidade intestinal. Alguns são irritantes para o trato gastrointestinal e podem
causar diarreia.
PROBLEMAS COMUNS.
1. Obstipação.
2. Diarreia.
3. Incontinência.
4. Infeções parasitárias.
5. Aberturas artificiais no intestino.
252
Padrões intestinais de eliminação e consistência das fezes são
altamente dependentes do consumo de alimentos e líquidos do
indivíduo.
O número de defecações diárias no lactente varia muito, em média, são
4 a 7 vezes/ dia nos mais pequenos.
Após a infância o padrão normal nutricional de movimentos intestinais
varia de 1 defecação a cada 2 ou 3 dias em dois ou três dias até 3 por
dia.
253
do cólon descendente, no lado esquerdo. Leve pressão para ao lado
ou por detrás do ânus também ajuda a expulsar as fezes.
B) Pessoas com diarreia. Primeiro temos que saber a causa antes de tentar
restabelecer a normalidade. O mais comum é a irritação do trato
gastrointestinal, drogas específicas podem ser prescritos para reduzir a
motilidade intestinal ou proteger irritadas membranas intestinais. Se a diarreia é
de origem psicológica (por exemplo, ansiedade ou tensão), muitas vezes
desaparece quando você remove o stress. No entanto, se é uma doença
crónica, pode ser necessário uma intervenção médica
254
E) Uso de arrastadeira procurar por parte da equipa de enfermagem
proporcionar segurança, privacidade e conforto aos doentes.
Usar um para cada paciente, lave com água quente à medida que esfriar
também.
ABDÓMEN AGUDO
CLASSIFICAÇÃO:
Síndrome hemorrágico.
Oclusão intestinal.
Peritoneal.
Perfurativo.
OCLUSÃO INTESTINAL
Parcial:
1. Mudança lenta e progressiva dos hábitos de eliminação intestinal
( Obstipação alternada com diarreia.
2. Cólicas intensas intermitentes
3. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão.
4. Deglutição de ar
5. Vómitos se oclusão é na parte alta
6. Edema intestinal
7. Sinais de peritonite (dor, febre, abdómen agudo)
Oclusão Total
1. Ausência de expulsão de fezes e gases (ileo paralítico)
2. Distensão abdominal
255
3. Cólicas intensas e intermitentes
4. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão
5. Deglutição de ar
6. Vómito intenso e contínuo
7. Edema intestinal
8. Sinais de peritonite
APENDICITE
Quadro clínico:
256
1. Inflamação ou edema do apêndice
2. Reação peritoneal ao exame físico
3. Febre ligeira ou moderada (38 a 39ªC) axilar, retal de 1,5 a 2ªC mais
(39,5 a 41ºC)
4. Náuseas e vómitos
5. Dor intensa em todo o abdómen que logo se localiza na região
periumbilical e mais tarde na fossa ilíaca direita e no ponto de Mc
Burnney
O SÍNDROME DIARREICO
257
A diarreia é um síndrome caracterizado por um aumento do número e da
quantidade do normal de dejeções num determinado período. Ele consiste na
evacuação das fezes ou a expulsão dos produtos da mucosa intestinal.
Alterações qualitativas de fezes é a regra de diarreia, além de aumentar a
quantidade e o número de movimentos intestinais que estão normalmente feito
a cada 24 h.
A frequência deste síndrome é grande e sua presença pode significar uma
doença digestiva intestinal, em particular, como condição de qualquer outro
sistema.
O síndrome diarreico podem ser: agudo ou crónico.
QUADRO CLÍNICO:
1. Diarreias.
2. Vómitos.
3. Dor abdominal.
4. Náuseas, febre, mialgias, tenesmo retal.
5. Ardor perianal.
258
Orientação sobre adesão ao tratamento médico.
Fornecer educação para a saúde para:
Lavar as mãos com sabão e água antes de comer, depois
de defecar ou lidar com crianças.
Manter as unhas curtas e limpas.
Lavar vegetais crus.
Ferver água para beber, se a cloração não é suficiente.
Promover e apoiar o aleitamento materno por 4 a 6 meses como a
única fonte de nutrição.
Elevar o padrão de higiene ambiental e alimentar.
Promover uma boa nutrição.
Promover a participação na consulta antes das primeiras
manifestações clínicas de diarreia
Conselho sobre a adesão à decisão do médico para internar o
paciente: esta é uma tarefa específica de enfermagem, que também
irá explicar a importância de cumprir o tratamento medicamentoso.
. Controlo do balanço hídrico: será essencial para assumir o
controlo adequado das entradas e saídas, pois uma das complicações
que pode surgir é a desidratação e, portanto, o descontrolo do
equilíbrio ácido-base, especialmente quando o paciente tem apresenta
quadro diarreico agudo com abundante perda de líquidos e muito mais
, se associada com um síndrome emético (vómitos) em que deve levar
em consideração as perdas por esta via.
ENEMAS
Mucosa retal. É a membrana que reveste o reto e é muito vascularizada.
Objetivo:
Obter fins diagnósticos, terapêuticos e paliativos.
259
Precauções:
_ Se, na aplicação do tratamento, o paciente sente dor, desconforto grave ou
muita resistência avise imediatamente o médico, pode ser um sinal de
estenose ou tumor.
_ Em pacientes com hemorroidas ou outra anal extremar os cuidados na
aplicação do tratamento.
Objetivos:
1-estimular o movimento peristáltico.
2-Evacuar o cólon.
3-Prepare o paciente para cirurgia e exames de diagnóstico.
4-Administração de medicamentos.
Precauções:
_ Retire o ar antes de introduzir a sonda.
_ Introduzir em adulto a sonda retal 10 cm; em crianças de 5 a 7,5 cm, e em
lactentes, 2,5/4 cm.
_Administrar o enema à temperatura indicada.
_ Evite a entrada de ar para o reto.
260
_Lubrificar a sonda ou a cânula para evitar desconforto ao paciente.
_Ter em mente o calibre do tubo de acordo com a idade, as características do
paciente e do tipo de enema.
_ Peça ao paciente para urinar antes de iniciar o enema.
CONTRA-INDICAÇÕES.
Os Enemas são contra-indicados:
- Após a cirurgia recente do infarto do cólon ou do recto, ou do miocárdio e
em pacientes com doenças agudas abdominais de causa desconhecida,
como uma suspeita de apendicite.
- Deve ser aplicado com cuidado aos indivíduos com arritmia.
- Enemas contendo sódio deve ser usado com cautela em pessoas com
baixa tolerância para isso, já que os pacientes com distúrbios de
retenção de sal, tais como insuficiência cardíaca congestiva, podem
absorver de sódio da solução de enema.
MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Recipiente com a solução indicada.
_ Irrigador com sistema, adaptador, pinça protegida ou chave de
segurança.
_ Sonda rectal ou cânula.
_ Nos casos de pediatria: pera ou seringa.
_ Luvas ou dedeiras.
_ Lubricante.
_ Compressas.
_Espátulas
_ Resguardo de borracha e de pano.
_ Cuvete reniforme para lixos.
_ Papel higiénico.
_ Duas arrastadeiras (se for necessário).
_ Água, sabão e toalha (se necessário a higiene da região pelo
enfermeiro).
Equipamento adjunto:
261
_ Porta irrigador.
_ Biombo.
ESTUDO INDEPENDENTE
PROCEDIMENTO DO ENEMA
Manual de procedimientos de enfermería.
Amparo Magaly Castro Torres, Pág 398
Objetivo:
_ Eliminar a matéria fecal e os gases contidos no intestino.
Precauções:
Na preparação da solução indicada, o volume para um enema de limpeza é
geralmente 750 a 1000 ml para adultos, 500 a 1000 ml para criança em
idade escolar, 500 ml para a pré-escolar e 250 ou menos para um lactente.
262
Em doentes com distúrbios ginecológicos, suspender o recipiente ao
nível das suas ancas, para diminuir a pressão nos órgãos reprodutores.
EQUIPAMENTO
_ Equipamento Geral para enema.
PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral do enema.
263
Objetivo:
Obter efeitos terapêuticos, locais e gerais.
Precauções:
_ Administrar enema de limpeza previamente, para manter o cólon livre de
fezes.
_Retê-lo 10-20 m
_ Aplicar lubrificante na região anal e perianal e na parte interna das coxas se
vai realizar enema antihelminticos.
264
_ Os Enemas de retenção devem programar-se antes das refeições, porque o
estômago cheio pode estimular o peristaltismo.
_ Enema de retenção com azeite não deve ser administrar antes enema de
limpeza, mas sim fazê-lo 1 h após o enema oleosa, recomenda que seja de
sabão e água para ajudar a expelir n fezes completamente amolecida.
_ Nos enemas anti parasitárias, uma vez administrado, deve proceder a seguir
com enema de limpeza
_ Se o esfíncter não está funcional colocar sonda retal com balão
_Podem ocorrer complicações do enema que fica retido.
_Retite. A inflamação da mucosa rectal.
MATERIAL:
_ Equipamento Geral de enemas.
_ Acrescentou a medicação indicada, luvas e uma seringa para medir o
medicamento, se necessário.
PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral para enemas
SUPOSITÓRIO
265
É um pequeno corpo em forma de cone, que é introduzido no recto, onde se
dissolve.
A administração do supositório pode ser para estimular a motilidade intestinal e
defecação para aliviar a dor, vómitos, e irritação local. Supositórios rectais
geralmente contêm fármacos que reduzem a febre, causando o relaxamento,
são alterados por enzimas digestivas ou têm muito mau gosto e, portanto, não
podem ser utilizados por via oral.
Estes produtos derretem-se com a temperatura do corpo e é absorvido
lentamente.
Uma vez que a inserção de um supositório rectal pode estimular o nervo vago,
esta manobra está contra indicado em pessoas com potencial arritmia de
coração. Pode estar também contra indicado naqueles que sofreram
recentemente cirurgia rectal ou da próstata, devido ao risco de trauma local ou
desconforto para a introdução.
Uma vez que a ingestão de alimentos e líquidos estimula o peristaltismo, o
supositório para aliviar a obstipação deve ser aplicada de cerca de 30 m antes
de comer, para ajudar a amolecer as fezes no reto e facilitar a evacuação.
O supositório de retenção medicinal deve ser administrado entre as refeições.
Instrua o paciente para tentar não expulsá-lo, mas se tiver problemas para
mantê-lo, tem que acomodá-lo na arrastadeira imediatamente após o
procedimento.
O enfermeiro deve certificar-se da cor das fezes, pois há supositórios que
muitas vezes tingem, e pode por de aviso o paciente para não se alarmar.
Objetivos:
_ Suavizar a material fecal e facilitar a sua saída.
_ Aumentar o peristaltismo intestinal.
_ Conseguir uma ação antipirética.
_ Fazer uma broncodilatação.
_ Conseguir uma ação antiespástica, analgésica e anti inflamatória.
266
4.6 NECESIDADE DE OXIGÉNIO
FUNÇÃO RESPIRATÓRIO
267
pode provocar mudanças voluntárias no padrão respiratório. De igual modo o
canto e a fala requerem certo controlo da respiração.
O sistema respiratório é composto por nariz (por onde o ar entra e sai), faringe
(orofaringe, nasofaringe e faringe laringe), laringe, brônquios, bronquíolos e
pulmões; direito com 3 lóbulos e esquerdo com 2 lóbulos (esquemas abaixo)
268
Os movimentos respiratórios produzem-se de 16 a 20 vezes por minuto no
adulto, sendo a expiração mais longa que a inspiração.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO:
NECESSIDADES DE OXIGÉNIO:
Na gravidez, o diafragma é empurrado para cima à medida que o feto cresce e
se expande o útero na cavidade abdominal. Os pulmões da mãe contraem-se
gradualmente ao diminuir o espaço na cavidade torácica. As grávidas podem
notar um aumento da sua frequência respiratória e pode ter uma dispneia
depois de um exercício leve.
O lactante respira muito mais rápido que o adulto e a sua frequência normal
é de 35 a 50 respirações por minuto, permanece elevada nos primeiros meses
de vida e depois diminui gradualmente até umas 30 – 40 respirações/minuto
269
aos 12 meses. Continuam a respirar de forma obrigatória pelo nariz durante o
1º ano de vida.
270
1. Disponibilidade de oxigénio: menor disponibilidade de oxigénio na
atmosfera pode causar problemas respiratórios significativos. Esta condição é
chamada de "ambiente anóxico". Em grandes altitudes, onde a pressão de
oxigénio atmosférico é baixa, a pessoa terá grande dificuldade em respirar
enquanto se acostumar com a atmosfera rarefeita.
271
3. Um fornecimento inadequado de oxigénio prejudica o funcionamento de
todos os sistemas do corpo.
4. Ela pode causar danos cerebrais irreparáveis por falta de oxigénio por
períodos prolongados.
5. As células do córtex cerebral começam a morrer, logo que são privadas
de oxigénio.
6. Ar ao nível do mar contém oxigénio de 20% e 0,04% de dióxido de
carbono, que normalmente é adequado para satisfazer os requisitos de
oxigénio do homem.
7. As concentrações de dióxido de carbono entre 3 e 10% aumentar a
frequência e a profundidade das respirações.
8. A habilidade do corpo para atender sua necessidade de oxigénio
depende do bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e
respiratório.
9. Para ser função respiratória normal é essencial que as vias aéreas
estejam permeáveis.
10. As vias aéreas são revestidas com epitélio que segrega muco.
11. Tossir, espirrar e deglutir são mecanismos pelos quais o organismo
tenta remover material estranho das vias aéreas.
12. Falta de ar provoca ansiedade ou angústia.
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM:
272
Em pacientes inconscientes, a medicação pode ser usado como gotas
nasais ou aerossóis para ajudar a liquefazer secreções e facilitar a sua
remoção a partir das passagens de ar.
ASMA BRÔNQUICA:
É uma afeção caracterizada por uma resposta exagerada da traqueia e
brônquios a vários estímulos, resultando dum estreitamento difusa das vias
aéreas em relação à contração excessiva do músculo liso e ligeira
hipersecreção que reverte espontaneamente ou sob o efeito da terapêutica.
CLASSIFICAÇÃO:
a) Extrínseca aparece na origem da infância, puro alérgico, responde ao
tratamento com relativa facilidade. Ter um melhor prognóstico.
b) Intrínseca aparece na idade adulta, de origem alérgica, secundária a outras
doenças (pneumonias de repetição), hábitos tóxicos (fumo). É menos tolerado
pelo doente e rebelde ao tratamento.
273
A CLASSIFICAÇÃO POR CLASSES:
a) Grau I: 5 crises por ano.
b) Grau II: 5 a 10 crises por ano.
c) Grau III: mais de 10 crises por ano e internamentos.
CLASSIFICAÇÃO POR GRAVIDADE:
a ) Ligeira intermitente.
b) Ligeira persistente.
c) Moderada persistente.
d) Severa persistente.
QUADRO CLÍNICO:
OS SINAIS DE ALERTA:
Ansiedade extrema.
Diminuição do nível de consciência e resposta à dor.
Cianose.
Taquicardia. + 120 X minutos.
Esgotamento físico e respiratório.
Broncospasmo grave.
Diminuição ou sons respiratórios ausentes.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Administrar a abundância de líquidos.
274
2. Repouso em posição semi sentada a 45 º.
3. Remova a roupa, próteses, pintura das unhas e colocar pijama
confortável e largo.
4. Cumprir rigorosamente o tratamento medicamentoso: canalizar veia
profunda e permeável, manter a hidratação, que é prescrito pelo médico,
que esteja rotulado e com escala, e se mantenha em curso e com
vigilância de gotejo.
5. Aplicar exercícios não extenuantes e fisioterapia respiratória.
6. Administrar aerossol.
7. Retirar o paciente da onde está e ir para o ar fresco.
8. Não administrar sedativos, porque deprime o centro respiratório.
9. Educação para a saúde, dirigida a:
Lave a casa pelo menos uma vez por semana.
Não agitar, mover panos.
Não ter plantas ou animais de estimação em casa (cães, gatos,
pássaros), dentro da casa.
Não usar insecticidas.
Não se tapar com colchas.
Não usar roupa que esteja guardada sem prévia lavagem.
Não brincar com peluches, e se os tiver lavá-los com água
quente ou metê-los no congelador, para diminuir os ácaros.
Forrar o colchão e almofada com nylon.
Não usar perfumes.
Retire tapetes, almofadas e cortinas para ser lavado
regularmente.
Evite tabagismo ativo e passivo.
Evitar a inalação de querosene, porque é um gatilho de asma.
Habitação ventilada, livre de alérgenos.
Abolir alérgenos e irritantes.
Identificar os alimentos que são fontes de alérgenos: frutos do
mar, chocolates, conservas.
Evitar ingestão de medicamentos como anti-inflamatórios não
esteróides.
10. Controlo de infeções virais.
275
11. Apoio psicológico a pacientes e familiares.
12. Reabilitação respiratória.
13. Monitorizar sinais vitais, particularmente a frequência respiratória.
CUADRO CLÍNICO:
• Tosse com expetoração mucopurulenta.
• Dor retrosternal
• Irritação traqueal.
• Febre.
• Malestar geral.
• Estertores roncos e sibilos.
QUADRO CLÍNICO:
• Tosse frequente paroxística, mais frequente nas horas da manhã e à
noite
• Expetoração aquosa ou purulenta, em caso de infeção sobreposta, pode
ser que tenha laivos de sangue.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Administrar oxigenoterapia.
Administrar líquidos abundantes.
Antibiótico terapia.
Drenagem postural de 2 a 4 vezes por dia, afastada das comidas.
Fazer fisioterapia respiratória, vibrações torácicas para facilitar a
drenagem das secreções.
Administração de expetorantes e mucolíticos.
276
PNEUMONIAS: processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar
produzido geralmente por agentes biológicos.
CLASIFICAÇÃO:
1. Lobar: em todo a parte do lóbulo pulmonar.
2. Lobular ou a focos disseminado: conhece-se como broncopneumonia.
3. Intersticial: é uma bronquite em ambos campos pulmonares.
QUADRO CLÍNICO:
1. Calafrios.
2. Malestar geral.
3. Aceleração do pulso.
4. Febre até 40º
5. Dor em pontada nas costas.
6. Tosse frequente, improdutiva e dispneia.
7. Rubor facial.
8. Expectoração escassa e de cor parda.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Repouso absoluto com mudança de posição frequente para facilitar a
drenagem das secreções.
2. Habitação sem ruídos, fresca, bem arejada, mas sem corrente de ar.
3. Observar sinais e sintomas de desidratação
4. Dieta líquida e hiperproteica.
5. Medir sinais vitais: temperatura, frequência respiratória.
6. Levar folha de balanço hídrico, caso seja indicada pelo médico.
7. Educação para a saúde sobre vias e formas de transmissão à populaça
em geral.
8. Imunização aos pacientes com risco: hemófilo influenzae tipo B.
9. Aporte calórico adequado.
10. Medidas antitérmicas, físicas e farmacológicas.
277
TRAQUIOSTOMIA abertura artificial (por meio de cirurgia) da traqueia para o
exterior corporal ao nível anterior do pescoço
PRINCIPAIS CAUSAS:
Obstrução das vias aéreas superiores por:
@ Corpo estranho,
@ Edema da glote
@ Tumores.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Observar a pele, mucosas e extremidades à procura de sinais de
cianose.
Posicionar o doente em semi fowller.
Dar suporte de oxigénio contínuo ou em SOS (sempre que for
necessário), e por indicação médica
Aspiração de secreções sempre que necessário com soro fisiológico
e aspiração
Cuidados ao estoma: mudar o penso e manter compressa húmida
com soro fisiológico
Mudar a sonda cânula a cada 72h ou por indicação médica.
MUCOSA RESPIRATÓRIA
Membrana é formada por um tecido muito irrigado, o que torna a troca normal
de gases entre o ar atmosférico e tecidos do corpo. Através dele pode-se fazer
a administração de medicamentos e oxigénio em caso de doenças que
necessitam dele.
Objetivos:
_ Utilizar a via com fins diagnósticos e terapêuticos.
_ Hipoxia Combate através da mucosa respiratória.
278
_ Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfecção.
OXIGENOTERAPIA
Objetivos:
_ Combater a Hipoxia
Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfeção.
279
ajustes necessários do fluxo de oxigénio quando este é administrado por
máscara ou inalação facial
_O paciente deve ter os lábios fechados quando se está administrando a
terapia de aerossol.
_ Manter o fluxo de oxigénio, com o número de litros por minuto, segundo
indicação médica
_ Reconhecer os sinais e sintomas de envenenamento por oxigénio, que ocorre
quando administrada em altas concentrações, o seu grau depende da pressão,
tempo e concentração a que é administrada
.
AS ALTERAÇÕES MAIS NOTÁVEIS CLÍNICAS SÃO:
A irritabilidade do paciente, bem como convulsões e até coma; produz
mudanças na árvore respiratória que alteram a função do pulmão, também se
pode alterar a função de outros órgãos vitais, especialmente o cérebro.
Em recém-nascidos provoca fibrose na retina que pode levar à cegueira.
A terapia com oxigénio por cateter nasal. E a introdução de oxigénio
humidificado diretamente para a nasofaringe através de um cateter, em
concentrações terapêuticas indicadas pelo médico.
Ponta
Ponta Da sonda
Da sonda
Objetivo:
_ Obter efeitos terapêuticos.
280
Precauções:
- Verificar o funcionamento do equipamento (balão de oxigénio, esticar a
borracha, manómetro).
- Peça ao paciente que as narinas respirar melhor e passar o cateter através do
qual apresenta mais dificuldade, se não oferecer resistência para introduzir e
facilitar a respiração adequada.
- Humedeça a água destilada cateter para evitar gotejamento para não ocorrer
irritar da mucosa respiratória e não causar broncoaspiração.
- Nunca lubrificar o cateter com substâncias oleosas para evitar a irritação da
mucosa respiratória.
- Regular a concentração de oxigénio antes de colocar o cateter e deixá-lo
correr para a introdução do cateter nasal na orofaringe.
- Ao fixação do cateter nasal com o fio e a fita adesiva, evitar que não fique
apertado, ele poderia ferir as narinas.
- Evitar desconforto ao paciente, fixando a sonda nas bochechas ou nariz.
- Verifique a posição da ponta do cateter pelo menos a cada 2 h.
- A mudança do cateter, o tubo de borracha e frasco de lavagem com água
destilada, deve ser feita pelos padrões de higiene e epidemiologia hospitalar.
- Etiquetar tubo de borracha e frasco humidificador com a data, hora e
assinatura.
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: administração de oxigénio por cânula nasal
Amparo Magaly Castro Torres Manual de Procedimientos de Enfermería
págs 363 -364
281
Suporte de metal. Fixação de metal com um garfo com dois ganchos recesso
(que permitem a passagem de oxigénio), ligeiramente côncava para ser
colocado nas narinas.
Garfo de plástico. Anexo plástico oco com duas extensões curtas, retas,
perfeitamente adaptável às narinas
Bigote nasal
para oxigenoterapia
Objetivo:
_ Aplicar oxigenoterapia com bigode quando o paciente apresenta dificuldades
para aceitar o cateter.
Precauções:
Observar o estado técnico do bigode (que não esteja obstruído ou roto).
Não é necessário humedecê-lo, nem medir a distância.
Tenha cuidado com as narinas do paciente.
Fixar o bigode na cabeça, por fio ou gaze, nunca para trás, que provoca
desconforto para o paciente deitado.
ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: administração de O2 por bigode nasal
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
págs 365-366
282
_ Para facilitar a administração de oxigénio humidificado através do nariz e da
boca.
Precauções:
_ Escolha uma máscara de tamanho adequado para o paciente.
_ Ajustar bem a máscara ao rosto do paciente para evitar a fuga de gás.
_ Mude de máscara de cada 24 h.
_Lavar e desinfetar a máscara e por talco para a conservação.
_ Realizar a limpeza, desinfeção e secagem da máscara antes de usar.
_ Observe a irritação da pele o paciente pelo uso da máscara
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento. Oxegenoterapia por máscara
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres.
AEROSSOL
Objetivos:
283
Obter efeito terapêutico local ou geral.
Fluidificar as secreções do trato respiratório, o que facilita e incentiva a
tosse e expetoração.
Conseguir uma melhor oxigenação do paciente
Precauções:
_ Ter em mente as precauções da terapia medicamentosa.
_ Verifique que frasco humidificador tenha água.
_ Certifique-se que a bala contém oxigénio
_ Verifique que o nebulizador está em perfeitas condições.
_ Mudar a tubo protegido, na parte distal segundo as regras de higiene
e epidemiologia.
_ Manter coberto a extremidade distal do tubo prolongador antes e após
o procedimento.
_ Manter uma estrita vigilância sobre a frequência cardíaca e
respiratória.
ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: para aerossol
Manual de Procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly Castro Torres-
pág 369-375
284