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ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

FASCÍCULO
FUNDAMENTAL
ENFERMAGEM I

Docente:
MCs IRAIDA CABALLERO ESCALONA

Moxico
1º ANO

I SEMESTRE
Fundamentação da Disciplina

Enfermagem é uma profissão, que se distingue na educação do ensino


superior pela atuação dos recursos humanos em saúde, que essencialmente
se definem em quatro dimensões principais: os cuidados de enfermagem, a
pessoa, a saúde e meio ambiente.
Ela atende às necessidades e mudanças na saúde, aplicando a lógica do
processo de enfermagem como um método científico da profissão, tendo em
conta a promoção, valorização, tratamento, prevenção da saúde para garantir o
bem-estar físico, mental e social das pessoas. Ele também utiliza processos de
gestão educacional e de pesquisa para garantir a qualidade e optimização dos
serviços de enfermagem.
O Cuidados de Enfermagem ao indivíduo, à família e à comunidade saudável
ou doente numa relação de reciprocidade com o meio social, desenvolve-se
tomando como base as necessidades e sua satisfação através do processo de
enfermagem.
Esta disciplina está centrada no objecto da profissão e atende aos requisitos
actuais de ensino para que os estudantes adquiram os conceitos básicos de
cuidados de enfermagem que lhes permitam realizar cuidados de enfermagem
aos pacientes de forma holística.
Enfermagem Fundamental II, terá lugar no II Semestre, onde o aluno irá
adquirir conhecimentos e habilidades necessários para completar como um
técnico de enfermagem no curso diurno. O programa vai estudar elementos da
medicina natural e tradicional e se atribuí um grande peso para a comunidade
de enfermagem.

OBJECTIVOS DA DISCIPLINA

1. Cuidar da saúde do indivíduo, família e comunidade através da aplicação do


processo de enfermagem com uma abordagem humanística da ciência e
tecnologia de suas acções para a realização da missão social da profissão em
benefício da população.

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2. Ajudar a elevar a qualidade dos serviços de saúde através da atuação
profissional honesta, responsável, criativa, compassiva, solidária, sensível, com
elevado sentido de ética e com independência no âmbito das suas
competências, como expoente do humanismo.

3. Aplicar conhecimentos e habilidades na realização de seu trabalho e


autocuidado no desempenho das suas funções como membro da equipa de
saúde, em tempo de desastres e catástrofes.

Objectivos instrutivos

1. Aplicar ao nível de estratégias de produção, métodos, técnicas e


procedimentos de trabalho da profissão em diferentes níveis de cuidados de
saúde para satisfazer as necessidades básicas do indivíduo, família e
comunidade que se aplicam no âmbito das suas competências, com enfase no
sistema de saúde-doença e sua relação com o meio ambiente.

2. Identificar e relatar de forma adequada aos factores de risco associados a


problemas de saúde, através de um bom relacionamento profissional com
indivíduos, famílias e comunidade e membros da equipa de saúde, com base
na comunicação adequada.

3. Proporcionar atenção integral aos indivíduos e grupos especiais (crianças,


adolescentes, adultos, idosos) saudáveis ou doentes, e à família, à
comunidade e suas instituições por meio do processo de enfermagem nas
áreas que correspondem ao seu nível desenvolvimento profissional com uma
abordagem social epidemiológica e clínica em suas diferentes esferas de
acção, juntamente com o resto da equipa de saúde e com participação activa
da comunidade, também em tempos de desastre e catástrofe.

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UNIDADE I
TEMA 1.1 PROFISSÃO DE ENFERMAGEM

DEFINIÇÃO DE ENFERMAGEM

A Enfermagem é uma profissão que, na área da saúde, tem como objectivo


prestar cuidados ao ser humano, são ou doente, ao longo do seu ciclo vital, e
aos grupos sociais em que ele está integrado, de forma que mantenham,
melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua máxima
capacidade funcional tão rapidamente quanto possível.
É a profissão que ao tomar como base nas necessidades humanas e a
importância de sua satisfação, aplica nas suas ações os princípios da ciência
biológica, química, física, social, psicológica, médica e por sua vez fornece
assistência integral para o homem saudável ou doente.
É uma profissão que se distingue do ensino superior de medicina para o
desempenho de um recurso em saúde, em particular: cuidados de
enfermagem, a pessoa (família, comunidade), a saúde e o ambiente.

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 Atende às necessidades de saúde da família, indivíduo e comunidade,
aplicando a lógica do processo de cuidado de enfermagem como um
método científico da profissão.

 Realiza ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação para


assegurar processos físicos, mental e social utilizando os processos;
docente, administrativo e de pesquisa para garantir a qualidade e
optimização dos serviços de enfermagem na busca da excelência.

TIPOS DE ENFERMEIROS

Enfermeiros básicos: adquire até este momento, os elementos essenciais da


profissão, bem como as habilidades práticas para o cuidado da comunidade,
garantindo a continuidade do conhecimento dentro da profissão.

Técnico de enfermagem: adquiriu competência científica e técnica para cuidar


e ajudar as pessoas saudáveis ou doentes (crianças, adolescentes, grávidas,
adultos e idosos). Também pode intervir aos três níveis de atenção, realizando
funções de assistência, docentes, administrativas e de investigação, com uma
forte atitude humanista, ética, de responsabilidade legal e com conhecimento
na área de biologias, psicologia e meio ambiente.

Enfermeira licenciado: Um profissional que adquiriu competência científica e


técnica para cuidar e ajudar as pessoas saudáveis ou doentes (crianças,
adolescentes grávidas, adultos e idosos), família e comunidade, que
desempenhem funções de prestação de cuidados diretos aos pacientes,
administrativas, de docência e investigação aos três níveis de cuidados de
saúde e habilidades teóricas e práticas com técnicas específicas e de alta
complexidade no exercício da profissão, com base no método científico de
enfermagem no âmbito do desenvolvimento científico e tecnológico da ciência.

FUNÇÕES:
Funções: assistencial, administrativa, docente e de investigação
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ACTIVIDADES E TAREFAS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Técnico de enfermagem:
- Assistencial
- Administrativa
- Professor
- Investigador

Enfermeiro licenciado:
- Assistencial.
- Administrativa
- Professor
- Investigador

QUALIDADES PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM:


 Autodisciplina
 Benevolência
 Confiabilidade
 Disponibilidade
 Fidelidade
 Honestidade
 Honestidade
 Humanismo
 Internacionalismo
 Respeito
 Simpatia
DIREITOS E DEVERES DO PESSOAL DE ENFERMAGEM:

Deveres:
 Conhecer os princípios do Sistema Nacional de Saúde e cumpri-los
fielmente, assim como as normas, métodos e procedimentos que
regulam o exercício da sua actividade.
 Cumprir as regras disciplinares e princípios éticos.
 Conhecer, acatar e cumprir os deveres inerentes ao seu trabalho.

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 Ser simpático, cortês, paciente e respeitoso com as pessoas que direta
e indirectamente se relacionam com a sua actividade.
 Usar o uniforme no local de seu trabalho.
 Orientar o indivíduo, família e membros da comunidade sobre a
prestação de serviços de saúde.
 No exercício das suas funções deve manter a discrição com os
pacientes e famílias no diagnóstico e prognóstico da doença dentro e
fora da unidade e promover ou manter boas relações humanas com os
colegas e a população em geral.
 Manter-se em perfeito estado de saúde, pelo que deve fazer exames
médicos periódicos.
 Chegar pontualmente ao trabalho.
 Substituir um colega de trabalho na sua ausência.
 Comunicar com antecedência, a quem de direito, a ausência ao trabalho
e a respectiva razão.
 Solicitar o nível superior, autorização para mudar de turno quando exista
uma necessidade.
 Observar as regras de conduta dentro do grupo dos trabalhadores na
sua unidade, de acordo com os princípios éticos e da moral.
 Evite conversar de assuntos, que não têm a ver com o exercício da
função, dentro do horário de trabalho.
 Contribuir para a manutenção e preservação do património social.
 Cuidar de instrumentos, equipamentos e materiais que são confiadas
para a realizar o seu trabalho, não os utilizados para outros fins.
 Cuidar a limpeza no local de trabalho.
 Cumprir as normas vigentes de biossegurança.
 Desenvolver atividades com fins educativos direcionadas para
pacientes, familiares e membros da comunidade.
 Cumprir com a educação formal.
 Auxiliar na formação dos alunos.
 Participar do processo docente educativo.
 Participar de reuniões e assembleias que se convoquem na unidade.
 Cumprir os deveres correspondentes dentro do plano estabelecido no
seu local de trabalho para com a pátria.

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 Cumprir e fazer cumprir as tarefas atribuídas pela chefia

Direitos:
 Ser tratado e respeitado como um trabalhador que cumpre e observa os
princípios da sociedade.
 Receber informações e orientações necessárias dos distintos níveis e
do pessoal médico a respeito do processo evolutivo dos pacientes e
população que atende, e o trabalho a desenvolver no seio da instituição
ou centro de saúde onde trabalha.
 Receber benefícios das leis existentes.
 Receber o vestuário e calçado, conforme estabelecido pela instituição
onde trabalha
 Conhecer o aviso prévio, vindo da chefia, a nível das mudanças
relacionadas com trabalho.
 Expor problemas ou fazer sugestões relacionadas com o trabalho, a
nível superior.
 Ser informado pela equipe médica sobre o processo evolutivo dos
pacientes sob seus cuidados.
 Ser promovido para outros cargos de acordo com os requisitos e a
metodologias estabelecidas.
 Ter de um dia de descanso por semana e 15 dias de férias duas vezes
por ano, conhecendo esses períodos com antecedência.
 Obter as aptidões que ajudem a desenvolver as habilidades e
motivação para trabalhar.
 Receber assessoria e avaliação periódica pela hierarquia respectiva.
 Prosseguir nos estudos segundo o nível atingido, habilidades
demonstradas, atitude perante o trabalho e as competências gerais.
 Exigir as condições requeridas de protecção e saúde no trabalho.
 Realizar ou participar como um membro da equipa de saúde em
atividades de investigação.
 Desenvolver e participar em projectos de investigação, ou inovações
que contribuem para o desenvolvimento das actividades em saúde.
 Ser membro da Ordem dos Enfermeiros do país e cumprir aos
requisitos estabelecidos.

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 Ser um membro do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde.
 Seja fiel e verdadeira, não fazer mal e fazer o bem.
 Praticar o humanismo, a abnegação, a solidariedade e o
internacionalismo.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM

Os princípios básicos de Enfermagem fundamentam-se principalmente, no


próprio conhecimento científico e de outras ciências (anatomia, fisiologia,
microbiologia, bioquímica, física, etc.)

Princípios científicos que estão presentes em todas as acções de


enfermagem

1 - Ajudar o paciente a manter a sua personalidade. Os enfermeiros devem


tratar o paciente com respeito, chamando-o pelo nome, podem ajudar os
pacientes a manter os seus hábitos de higiene orais, o seu porte e aspecto
pessoal, ouvir as suas opiniões, manter a sua privacidade, a sua cultura, a sua
crença, etc.

2 - Ajudar o paciente a manter a sua saúde. Este princípio fundamenta a


administração de medicação para o paciente certo, na hora certa, a via e a
dose (quantidade) certa, assim como o cumprimento de qualquer indicação
médica, tendo em conta os princípios de assépsia e antissépsia.

3 - Proteger o paciente de uma lesão, dos agentes externos ou doenças:


aplicando em todos os procedimentos de enfermagem os princípios de
assépsia e antissépsia, o enfermeiro deve manter as unhas cortadas, o cabelo
curto e / ou apanhado, cuidar a higiene pessoal, cumprir as normas higiene e
epidemiologia de acordo com o lugar onde estamos.

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4 - Ajudar o paciente a se incorporar na sociedade: é da responsabilidade do
enfermeiro fazer educação para a saúde ao paciente a partir do ponto de vista
da sua saúde, ensinar a viver com sua doença se esta for crónica, prepará-lo
psicologicamente para o seu retorno à família.

PRINCÍPIOS ÉTICOS
A ética é um código moral de conduta, inclui qualidades morais do
enfermeiro e regras de conduta, especialmente relacionados com o cuidado
dos pacientes e seus familiares, com os trabalhadores do sector da saúde e
sociedade, que será baseada nos seguintes princípios éticos:
1 - Em relação ao paciente e seus familiares
2 - Manter o segredo profissional.
3 - Relações com outros profissionais de saúde.
4 - Nas relações entre professores e estudantes.
O Conselho Internacional de Enfermagem estabeleceu o código de ética,
que aponta a responsabilidade do enfermeiro em relação à prática da
profissão, às pessoas, à sociedade, aos funcionários e à equipa de saúde. O
código não estabelece discriminação baseada na nacionalidade, raça, credo,
cor, idade, sexo, classes políticas ou sociais.

Enfermagem e população: O enfermeiro é responsável pelas populações que


necessitam de cuidados de enfermagem, deve criar um ambiente que respeite
os valores, costumes e crenças religiosas de cada um. Considera confidencial
a informação pessoal e dá-a a conhecer à equipa de forma judiciosa.

Enfermagem e Sociedade: o enfermeiro partilha com os outros cidadãos a


responsabilidade de iniciar e apoiar actividades voltadas para atender às
necessidades sociais e de saúde da população.

Enfermagem e Prática Profissional. O enfermeiro é pessoalmente


responsável da prática de enfermagem e de manter a sua capacidade para o
estudo continuado. Está em conformidade com os mais elevados padrões de
cuidados de enfermagem, tendo em conta a capacidade do indivíduo de aceitar

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e delegar responsabilidades. Exercer as suas funções em conformidade com
as normas de conduta pessoal que conferem a boa reputação da profissão.

Enfermagem e colaboradores. O enfermeiro trabalha com os outros


elementos da equipa de saúde, tomando decisões correctas para proteger o
sujeito quando um colaborador ou outra pessoa põe em risco o atendimento
prestado.

Enfermagem e profissão. O enfermeiro é responsável principalmente por


definir e executar padrões desejáveis da prática de enfermagem e educação,
participa activamente na criação de um núcleo de conhecimentos profissionais
com base na investigação.

ASPETOS LEGAIS
Nos serviços de saúde desenvolve-se muitas actividades que são controlados
por leis existentes e na prática de enfermagem surgem problemas de índole
jurídica, às vezes e para diferentes situações, os princípios não são cumpridos,
nem se respeitam as pessoa, não se prevêem os riscos, más práticas e
negligência, e, portanto, os enfermeiros devem ser responsáveis pelas
consequências legais e éticas das suas acções.

Qualquer situação ou actividade realizada pela equipa de enfermagem e


causar uma queixa, dará lugar a uma actuação legal, entre as quais podemos
citar:
 Incidentes cirúrgicos (contagem incorreta do materiais descartáveis ou
instrumentos na sala de operação)
 Administração de medicamentos por via oral ou parentérica (erro no
nome do medicamento, dose, ou não administração do mesmo).
 Risco de confusão no uso de técnicas assépticas.
 Abuso de palavras.
 Violação das regras

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O direito e dever fundamental de toda a profissão é ser responsável
perante o serviço pretende oferecer. A responsabilidade é um conceito
presente em enfermagem desde a sua criação. Perante o paciente que lhe está
atribuído, a obrigação do enfermeiro é: ser responsável, ter a capacidade para
explicar o seu comportamento e os resultados na sua actividade profissional e
agir com diligência na vida social.

Não existe responsabilidade sem culpabilidade; toda a conduta humana


que contradiz uma ordem jurídica, ou seja, que viola um mandato ou uma
proibição do Direito é ilícita e as pessoas declaradas culpadas são
responsáveis e por isso sancionadas; o ordenamento jurídico protege e regula
as relações entre o profissional e o paciente, relação jurídica que pressupõe
direitos e obrigações.

Existem várias proibições, entre as quais citamos:

 O uso da farda para áreas restritas, noutras áreas


 Fumar em áreas proibidas
 Permitir que na área de trabalho se converse em tom alto, incomodando
os pacientes
 Danificar os bens do local de trabalho
 Utilizar inadequadamente os equipamentos, os instrumentos e materiais
postos a nossa disposição.

VISÃO DE ENFERMAGEM NO MUNDO
A visão actual da Enfermagem é fazer com que:
 Os enfermeiros busquem uma constante mudança e cresçam nas diversas
etapas do desenvolvimento profissional através de experiências educativas
e educacionais, das crenças, dos conhecimentos e habilidades, que
integrem as normas legais e morais, de modo que o trabalho profissional se
caracterize pela competência e compromisso e fomente o desenvolvimento
de uma personalidade profissional enquadrada no desenvolvimento
científico e técnico do actual momento histórico-cultural.

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 Que tenha uma domínio da concepção científica no exercício do seu
trabalho, mediante uma base filosófica, científica e metodológico para
uma prática social transformadora, voltada para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas com um sistema de habilidades intelectuais e valores de
personalidade como cidadão e profissional

MISSÃO DA ENFERMAGEM NO MUNDO


 Contribuir para um estado óptimo de saúde do indivíduo, família,
comunidade e, assegurar cuidados oportunos, abrangentes e
personalizados, humanizados, contínuos e eficientes, através do uso
racional dos recursos humanos e tecnológicos num clima organizacional
propício de acordo com os padrões definidos para uma prática profissional
competente e responsável.

FILOSOFIA DA ENFERMAGEM

Filosofia é ciência constituída pela lógica, estética, ética, ontologia e


epistemologia que investiga as causas e leis que sondam a natureza das
coisas, com base em raciocínio lógico, é também uma ciência que aborda
questões como o conhecimento, o sistema de valores e consciência de que as
pessoas têm. E guia-nos a desenvolver os nossos conhecimentos.

A Filosofia da Enfermagem engloba o sistema de crenças e valores da


profissão, determinando a forma como pensamos sobre os fenómenos e em
grande parte como eles agem, constituindo um aspecto importante da prática
profissional, os grupos de crenças que regem a conduta de cada pessoa: "Para
alcançar um estado óptimo de saúde do indivíduo, família e comunidade",
dando atendimento integral e personalizado livre de risco.

O PROCESSO DE ENFERMAGEM é baseado no raciocínio lógico e no


método científico, regido por um código de ética, que trata da saúde dos seres
humanos, da evolução e a prática da teoria.
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É o método científico de desempenho com um plano de trabalho diário no
decorrer da prática clínica baseada em capacidades cognitivas e habilidades
interpessoais, a fim de atender às necessidades dos indivíduos, das famílias e
do ambiente.

As 3 áreas da filosofia que se relacionam com o Processo de Enfermagem


são:

O Conhecimento: Com base em raciocínio lógico e do método científico.

Os Valores: estão regidos por um código de ética, próprio.

A Existência: ocupa-se do enfermeiro e da pessoa como seres humanos e a


avaliação da teoria baseada em prática.

VIAS DE SUPERAÇÃO PROFISSIONAL

Cursos Pós – Básicos


Licenciatura em Enfermagem
Mestrados
Especialidade
Doutoramento

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM

A Investigação é um método sistematizado para obter conhecimentos válidos


e confiáveis sobre uma realidade empírica.

A Investigação determina o progresso da ciência mais confiável e serve como


um apoio à investigação concebido com o objectivo de promover as relações
familiares, controlar os factores responsáveis pela deficiência e promover as
práticas de cuidados de saúde.

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A Investigação é o tipo de análise mais confiável, nenhuma profissão pode
melhorar a sua prática sem Investigação. Na Enfermagem surgem
constantemente problemas que necessitam de ser investigados e de melhorar
os métodos utilizados para garantir a eficácia nos Cuidados de Enfermagem.

Podemos resumir que a Investigação em Enfermagem tem permitido o


desenvolvimento desta ciência, aumentado o conhecimento científico dos
enfermeiros, a sua aplicação em diversas áreas: desde da origem, na definição
de enfermagem como profissão e ciência, em criação de teorias e modelos, na
aplicação ao ensino e clínica, na solução de problemas em diferentes
especialidades.

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO EM SAÚDE

As linhas de pesquisa são dadas pelos problemas que podem ocorrer nas
instituições de saúde e precisam ser investigados para sua melhoria e solução.
1. Enfermagem em Cuidados de Saúde Primários.
2. Principais doenças do sistema respiratório.
3. Doenças do sistema digestivo principal.
4. Principais doenças do sistema urinário.
5. Principais doenças do sistema cardiovascular.
6. Afecções de oncologia.
7. Principais Doenças do sistema hematopoiético.
8. Principais doenças infecciosas (AIDS, sífilis, gonorreia, condiloma
acuminado).
9. Principais problemas dermatológicos.
10. Assistência de Enfermagem em pacientes cirúrgicos.
11. Assistência de Enfermagem em pacientes queimados.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Consiste na leitura e análise de um tema científica previamente estudado, a fim
de actualizá-lo.

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Partes que a compõe:
 Capa
 Sumário
 Introdução
 Desenvolvimento
 Conclusões
 Bibliografia
Estilos:
Tema livre
Mesa Redonda
Poster
Requisitos:
Deve ser pelo menos 12 páginas, incluindo gráficos.
O número de bibliografias não deve ser inferior a 25 nem superior a 50,
actualizada e acotada pelas normas em vigor na instituição de ensino.
O número de autores não deve exceder 4 pessoas.

PROBLEMAS PROFISSIONAIS

Os problemas profissionais em enfermagem devem resolvidos pelos pós-


graduados e por isso se distinguem dos outros profissionais de enfermagem.
São aquelas situações que surgem na prática profissional, no seu
ambiente de trabalho e que licenciado em Enfermagem pode resolver porque é
capaz (a) e legalmente autorizado (a) para fazê-lo, correspondem inteiramente
à sua área de competência e reafirmar sua autonomia profissional.

Os problemas profissionais de enfermagem proporcionaram uma estrutura


própria e o crescimento potencial de conhecimentos desta ciência, que podem
estar associado ao desenvolvimento tecnológico actual e identificação de
problemas na prestação de cuidado e de soluções criativas que tenham um
sucesso imediato em termos qualidade e permitirá a utilização do método de
investigação científica.

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM MAIS COMUNS:

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1. Alteração na satisfação das necessidades da pessoa saudável ou doente.
2. Alteração no atendimento das necessidades das famílias, dos grupos e / ou
comunidades.
3. Respostas clínicas frente a ações de diagnóstico e terapêutica de natureza
diferente.
4. Dificuldade para estabelecer a comunicação.
5. Riscos e alterações higiénicas - epidemiológicas e outras no ambiente.
6. Insatisfação das necessidades educativas individuais e colectivas.
7. Situações problemáticas no objecto de trabalho que se ligam aos problemas
científicos da profissão e áreas afins.
8. Requerimentos administrativos de enfermagem nos serviços de saúde.

ESTUDO INDEPENDENTE

Regulamentos da carreira de enfermagem e pacientes em Angola


A enfermagem no sistema nacional de saúde em Angola

TEMA 1.2 - ENFERMAGEM COMO CIÊNCIA

Enfermagem como uma ciência - “O enfermeiro deve possuir uma visão


científica da sua profissão e sua formação humanista de respeito e amor às
pessoas, que deve caracterizar o seu agir com ética”

A Enfermagem, como qualquer disciplina é composta pelos seus próprios


conceitos científicos, estes são desenvolvidos a partir da investigação

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científica, mas muitos dos seus fundamentos teóricos são extraídos de outras
ciências.

Todas as disciplinas científicas têm um marco teórico que é aquele que


fornece o status de disciplina científica independente.

Macro teórico ou conceptual: é o conjunto de conceitos básicos e teorias da


disciplina que são relevantes para a sua compreensão.

Enfermagem como uma ciência prática humana é um conjunto organizado


de conhecimentos abstratos, apoiada pela investigação científica e análise
lógica.
Tem teorias e modelos que fornecem o arcabouço teórico, para aperfeiçoar a
sua prática diária.

MODELOS: é a representação simbólica ou conceptual da realidade. A ciência


usa-os para a partir deles desenvolver explicações daquilo que não é
facilmente observável.

Um modelo de qualquer profissão é uma forma clara e explícita de conceber o


serviço que oferece à sociedade.

Um modelo de enfermagem deve atender a três condições essenciais para


ser considerado e adoptado por um grupo profissional:

1.- Deve ser escrito de uma forma sistemática


2.- Deve ser fundamentado, isto é baseado em teorias científicas
3.- Deve ser adaptável à prática da profissão em qualquer situação e campo
de atuação.

O modelo serve como um guia para a formação dos futuros profissionais. A


prática, a investigação em enfermagem e os modelos atuam como hipóteses
proposta para ser levada ao campo da investigação para ser aprovadas até
atingir a condição de Teoria de Enfermagem.

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TEORIAS: representa para a ciência um nível mais profundo do que o modelo.
O conjunto de propostas construídas sistematicamente, utilizadas para
descrever, predizer, explicar, entender, controlar parte empírica do mundo.
Para um conjunto de propostas hipotético terem o estatuto de teoria, têm de ser
testadas no campo da investigação e terem sido comprovadas um número
suficiente de vezes.

O que é científico procura uma teoria: definições, explicações e previsões,


estas três categorias são os objetivos da teoria. Os elementos ou componentes
da teoria são os conceitos, enunciados teóricos, definições, ligações,
ordenações de conceitos e definições de termos primitivos e derivados,
ordenação de enunciados e ligações com premissas e equações.

ESCOLAS

Há muitos enfermeiros que a partir de bases filosóficas e científicas de quatro


conceitos para a enfermagem: o cuidar, as pessoas, a saúde e o meio
ambiente, enunciaram teorias de enfermagem, que foram classificados em seis
escolas.

1 - Escola das necessidades.


2 - Escola da interacção.
3 - Escola de efeitos desejáveis.
4 - Promoção da saúde escolar.
5 - Escola do ser unitário.
6 - Escola do cuidar.

Cada uma dessas escolas tem a sua representação simbólica ou conceptual


(modelo), enfatiza os diferentes elementos segundo a época e as condições
sociopolíticas em que surgem, a qual se explicou na definição dada
anteriormente, tenta explicar como funciona a enfermagem numa abordagem
científica e utilizando os conceitos essenciais para esta profissão: cuidado,
pessoa, saúde e ambiente.

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ESCOLA DAS NECESSIDADES
Que fazem as enfermeiras?

O Cuidar está centrado na independência do indivíduo para satisfazer suas


necessidades básicas, ou na sua capacidade para realizar autocuidado.
Os Cuidados de Enfermagem visam ajudar as pessoas a superar as próprias
limitações.

ESCOLA DA INTERACÇÃO
Como fazem os enfermeiros, o que eles estão a fazer?

O Cuidar é um processo interactivo entre a pessoa que precisa de ajuda e


outra que lhe pode oferecer ajuda. Com o fim de ajudar a enfermeira deve
considerar seus próprios valores e empenhar-se na assistência e acção
humanitária e não mecânica.

ESCOLA DOS EFEITOS DESEJADOS


Porque é que os enfermeiros fazem o que fazem?

Os adeptos desta escola inspiram-se nas teorias de adaptação e de sistemas,


considerando que os cuidados consistem em restabelecer o equilíbrio, a
homeostasia, ou em preservar a energia.

ESCOLA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE


Que fazem os enfermeiros? A quem são dirigidos os cuidados?

O foco de atendimento é estendido para a família que aprende com suas


próprias experiências de saúde. A sua Base é na filosofia de saúde primária e
teoria da aprendizagem social.

ESCOLA DO SER HUMANO UNITÁRIO.

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A quem são dirigidos os cuidados?

Tem a visão da pessoa e dos cuidados que procedem de obras filosóficas, de


teorias da física e da teoria geral dos sistemas. (Holismo).

ESCOLA DO CUIDAR
Como os enfermeiros fazem o que fazem?

Os enfermeiros podem melhorar a qualidade dos cuidados às pessoas se se


abrirem para dimensões tais como a espiritualidade e a cultura e integrar os
conhecimentos relacionado com estas dimensões.

ALGUNS MODELOS E TEORIAS

Teoria Moderna

Florence Nightingale - nasceu a 12 de Maio de 1820 na Itália; seus pais eram


ingleses. Viajou por hospitais da Inglaterra, da França, Alemanha e Egipto, que
lhe permitiu estudar e adquirir experiências práticas. Em 1853 regressou ao
seu país, fundou a instituição de Senhoras para o Cuidado de Enfermagem.
A sua teoria centrou-se no meio ambiente

Virgínia Henderson – esta teórica indica 14 necessidades básicas do


paciente, que integram os componentes dos cuidados de Enfermagem. Encara
a saúde como independente, do ponto de vista de habilidade do paciente,
quando este não precisa de nenhum dos 14 componentes dos cuidados de
Enfermagem.

Teoria do défice de autocuidado

Dorothea E. Orem

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Prevê que pessoas estão sujeitas às limitações de saúde, que os incapacita
para o autocuidado contínuo ou fazer que o autocuidado seja ineficaz ou
incompleto e ao existir este o enfermeiro se torna em agente de autocuidado.

Teoria da resposta profissional disciplinada

Ida Jean Orlando


A sua teoria centra-se na interacção entre paciente e o enfermeiro, diz que
ambos são afectados pelo que o outro diz e faz.

PROCESSO DE ENFERMAGEM

Processo de enfermagem é o método pelo qual se aplica a base teórica do


exercício da especialidade, serve de guia para o trabalho prático, permite
organizar pensamentos, observações e interpretações, proporciona as bases
para a Investigação: contribui para a promoção, para a prevenção e
manutenção e recuperação da saúde do indivíduo, da família e da comunidade.
Exige do enfermeiro capacidades técnicas, cognitivas e pessoais para cobrir as
necessidades afectadas e permite sintetizar conhecimento

Avaliação

Intervenção

Valoração
Diagnóstico de
Enfermagem

Plano de Cuidados

Resposta Humana

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ESQUEMA GERAL DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

ESTUDO INDEPENDENTE
Teorias de Enfermagem
Bibliografia
Fundamentos de Enfermaria Parte I, Nilda L. Bello, págs: 56 a 82

TEMA 1.3 FAMÍLIA E COMUNIDADE

ECOLOGIA

A Ecologia é a ciência que estuda as interacções entre os organismos e seu


ambiente, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres
vivos e das interacções que determinam a sua distribuição. As interacções
podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente

MEIO AMBIENTE

Ambiente é o conjunto de elementos abióticos (energia solar, água, solo e ar)


e bióticos (organismos vivos) que compõem a fina camada da Terra chamada
subsistência da Biosfera e o lar dos seres vivos.
O ambiente físico inclui radiação de luz e calor ou solar, humidade, vento,
oxigénio, dióxido de carbono e nutrientes do solo, água e atmosfera.
O ambiente biológico é formado por organismos vivos, principalmente plantas
e animais

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Ecologia humana é o estudo da relação entre seres humanos e seu meio
ambiente. Os ecologistas humanos investigando como as pessoas adaptam
suas características genéticas, fisiológicas, culturais e comportamentais ao
ambiente físico e social.

O homem como um ser biossocial, como um organismo vivo cresceu e se


desenvolveu sob a influência e as leis sociais da época e da sociedade em que
vivem, todos os factores que o rodeiam e o influenciam de uma forma positiva
ou negativa podem determinar o seu estado de saúde

O meio mais próximo ao homem e o que mais directamente o influencia é a


família, seguida da comunidade e da sociedade

CONCEITO DE FAMÍLIA

A Família é definida como a célula da sociedade, uma forma importante de


organização da vida diária pessoal, fundada na união matrimonial e nos laços
de parentesco e nas relações multilaterais entre marido e mulher, entre pais e
filhos e famílias em geral.

Grupo constituído por pais e filhos, vivendo juntos ou não, e num sentido
mais amplo estende-se a todos aqueles que estão relacionados por
consanguinidade ou afinidade.

Grupo de pessoas que partilham laços de convivência, consanguinidade,


parentesco e afecto, e que está condicionado por valores culturais onde se
desenvolve.

CLASSIFICAÇÃO

A família é classificada de acordo com os seguintes critérios:

24
 Dependendo do seu tamanho.
 Dependendo do número de gerações.
 De acordo com a ontogénese da família.

1.Segundo o seu tamanho:


 Pequenas (2 a 3 membros)
 Médio (4 a 6 membros)
 Grandes (7 e mais membros)

2. Dependendo do número de gerações:

 Unigeracional (1 única geração)


 Bigeracional (2 gerações)
 Trigeracional (3 gerações)
 Multigeracional (mais de 3 gerações)

3. De acordo com a ontogénese da família:

 Família nuclear.
 Família extensa.
 Família alargada.

Família nuclear é composta de um casal com ou sem filhos, ou um dos


membros do casal e sua prole. Inclui crianças sem pais em casa, os filhos de
casamentos anteriores e ou de adopção

Família extensa: descendente do mesmo tronco familiar, independentemente


do número de gerações e é composta por um casal com filhos, onde pelo
menos um deles, vive debaixo do mesmo tecto, com o seu parceiro, com
ou sem filhos.

Família alargada: Quando à família nuclear se integram outros parentes não


descendentes do mesmo tronco geracional. Podemos considerar outros casos

25
que, mesmo sem laços de sangue e de parentesco entre eles, existem laços de
convivência e afinidade

COMUNIDADE

Deriva do latim communis, que significa comum ou público.


O seu conceito pode referir-se a um sistema de relações psicossociais, um
grupo humano ou área geográfica, mas sentido geral diferem no ênfase que se
coloca no elemento estrutural, nos elementos funcionais e aqueles que
reflectem os dois tipos de elementos.

Tipos de Comunidade

 Comunidades emocionais.

 Comunidades estruturais.

 Comunidades funcionais.

 Outros tipos de comunidades.

Comunidades emocionais
Comunidade raiz, considera o lugar do qual se é natural, onde têm raízes.
Comunidades de interesses comuns, é baseada num conjunto de interesses
ou necessidades comuns a várias pessoas que se assemelham entre si, pelo
menos na área de interesse especial. Exemplo: Trabalhadores da construção
civil.

Comunidades estruturais:
Grupos de risco ou agregados: grupos de pessoas que partilham uma ou mais
características pessoais ou ambientais, por exemplo, asmáticos, pessoas que
vivem perto de uma fábrica expostos a contaminação.

26
Comunidades face a face: a comunidade primária consiste em grupos como a
família, vizinhos, a paróquia e outros grupos coesos, relativamente pequenos.
Problemas ambientais da Comunidade: os limites desta comunidade incluem
as áreas geográficas afectadas por problemas ambientais.
Comunidade geopolítica: são as unidades de jurisdição política que possuem
as fronteiras geográficas e legais, bem definidas. Por exemplo, cidades,
aldeias, províncias.
Organizações: incluindo os departamentos de saúde, hospitais, igrejas e
outras organizações têm uma estrutura que une os seus membros entre si e
certo grau de poder para regular as atividades realizadas pelos seus membros.
Comunidade soluções: comunidade com limites dentro dos quais se pode
definir um problema, tratá-lo e resolvê-lo.

Comunidades funcionais
Comunidades funcionais partem da crença dos seus membros que comunidade
é qualquer sentido de bem comum local que se pode ajudar a chegar os
cidadãos.

Comunidade de necessidades identificáveis - é baseada num problema


comum. Por exemplo, as mulheres que desejam ficar grávidas
Comunidade de massa crítica: há suficientes recursos e material, ou o que se
necessita para fazer algo sobre um problema, necessidade, ou situação.

FAMÍLIA COMO SISTEMA

Um sistema é um conjunto de elementos em interacção dinâmica, onde cada


um tem uma função em relação ao todo, mas esta não é redutível às suas
partes pois a sua função é mais do que uma simples soma deles.

A família com seus princípios e regulamentos pelos quais se regem na


sociedade é analisada como um conjunto de indivíduos que interagem, com um
propósito, num ambiente determinado.

27
Os membros, da família, encontram-se numa dinâmica de interacção particular,
constituem sistemas individualizados com objectivos e motivações próprias que
divergem dos objectivos do grupo.

A família é um subsistema do sistema social, pois contribui para a formação e


desenvolvimento da sociedade, assim como a sociedade é uma fonte de
desenvolvimento para a família e seus membros.

FAMILIOGRAMA - TRAÇADO DA ESTRUTURA FAMILIAR.


- As linhas contínuas representam as relações legalmente estabelecidas por
lei.
-As linhas descontinuas representam o relacionamento que não está
legalmente formalizado., Incluindo o equivalente de um casal.
- Acima da barra pode-se colocar a data de casamento ou divórcio, conforme
o caso.
-Em caso de novo casamento, a relação actual deve ficar à direita ou
esquerda segundo seja masculino ou feminino.
-O membro ausente é colocado com linhas tracejadas e dentro de uma cruz

28
Registo das informações da família
 O gráfico é colocado dentro de informações demográficas, data de
nascimento, de morte.
 Coloca-se, fora do gráfico, as informações de saúde dos membros da
família.
X
Nasceu = 1944
Faleceu = 2001
Sinalização das relações familiares.
- Representa-se o tipo de relacionamento entre os membros da família sempre
que não seja normal.

29
CICLO DE VIDA FAMILIAR OU CICLO VITAL FAMILIAR

É o processo que cada família atravessa a partir da união do casal para uma
vida em comum até à sua morte.
Este é um processo de desenvolvimento no qual a família amadurece e cresce
entre as constantes exigências a que obrigam os acontecimentos da vida, a
organização e estrutura familiar.

FUNÇÕES NA FAMÍLIA
 Função biossocial ou reprodutiva
 Função económica
 Função educativo cultural
 Função afectiva

 Satisfazer as necessidades emocionais de seus membros.


 Partilhar colectivamente os deveres e direitos inerentes a ela.
 Atender às necessidades económicas dos seus membros
 Reproduzir os seus membros para a conservação da espécie.
Educar os seus filhos nos valores: o amor à sua própria família, ao estudo,
à nação e aos seus símbolos e ao trabalho; nas normas de convivência,
administração e cuidado dos bens, na moral e no respeito.

30
ESTUDO INDEPENDENTE
 Impacto da doença na família em Angola
 Promoção da saúde da família em Angola

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
 Fundamentos de Enfermaria. p. 109-125
 Página Enfermagem Sociais e da Família. 56-57
 Introdução à Saúde Pública. Página 15

-------------------------------

IMUNIZAÇÃO
É a estimulação dos mecanismos de defesa do organismo susceptível, através
da introdução de um microrganismo vivo atenuado, microrganismos morto ou
os seus produtos.

VACINAÇÃO
Administração de microrganismos, ou uma parte deles, ou um derivativo
(antigene imunizante), com o objectivo de produzir uma resposta imune
semelhante à infecção natural, mas sem perigo para o vacinado. É com base
na resposta do sistema imunológico e memória imunológica.

ESTUDO INDEPENDENTE
 Grupos de risco em Angola
 Esquema de vacina em Angola

31
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas
doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem
maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir.
Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é
preciso receber várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz.
Outras vezes é também necessário fazer doses de reforço, nalguns casos ao
longo de toda a vida.
A vacinação, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a
comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada
interrompe-se a transmissão da doença.

O que é o Programa Nacional de Vacinação (PNV)?


O PNV é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas
consideradas mais importantes para defender a saúde da população de Angola
As vacinas que fazem parte do PNV podem ser alteradas de um ano para
o outro, em função da adaptação do programa às necessidades da população,
nomeadamente pela integração de novas vacinas.

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO EM ANGOLA


 AO NASCER
Pólio Zero; BCG – dose única; Hepatite B – dose à nascença

 AOS 2 MESES
Pólio – 1ª dose; Pentavalente -1ª dose; Pneumo - 1ª dose; Rotavirus
- 1ª Dose

 AOS 4 MESES
Pólio – 2ª dose; Pentavalente -2ª dose; Pneumo - 2ª dose; Rotavirus
- 2ª Dose

 AOS 6 MESES
Pólio – 3ª dose; Pentavalente -3ª dose; Pneumo - 3ª dose. Vitamina A
1ª dose

32
 AOS 9 MESES
Sarampo – 1ª dose; Febre Amarela – dose única: Vitamina A 2ª dose

 AOS 15 MESES
Sarampo – 2ª dose.

NOTA:
Não administrar a 1ª dose de Potavírus após os 4 meses de idade, nem a
2ª após o 7º mês.
COMUNIDADE E SAÚDE
Modo de vida:
é a forma que adquire a actividade, o tipo de vida do indivíduo, do grupo social
e das pessoas em geral, que actua de uma forma económica e social própria e
de maneira aceitável e interactiva entre a actividade vital do homem e dos
grupos humanos; a forma específica de assimilação e de visão de mundo
determinada pelas condições imediatas da vida.

Manifestações do Modo de vida


 Os costumes.
 Os ritos.
 Os padrões de vida.
 Os meios de satisfação das necessidades.
 O modo de raciocinar.
 O carácter.

Nível de vida
É o nível de bem-estar cultural da população em geral expresso em ter:
 A garantia de habitação
 A alimentação e vestuário
 O desenvolvimento da educação
 Horário de trabalho,
 Segurança social,
 O desenvolvimento dos transportes
 O Desenvolvimento do comércio

33
 Os indicadores de morbilidade,
 Os processos demográficos,

Todos estes itens, são aspectos que nos fornecem o padrão de vida das
relações de produção com a sua utilização social.
Qualidade de vida
É o nível ou a relação de dois aspectos da existência humana:
A possibilidade de desenvolvimento pleno da personalidade
humana que é dada pelas possibilidades de manifestação do
desenvolvimento e utilização do potencial intelectual, emocional e
criador do homem,
A possibilidade de estar satisfação com a vida determina que a
qualidade de vida será maior quanto maior for a satisfação dos
indivíduos com a vida dependendo do grau de realização das suas
aspirações.
FARMACODEPENDÊNCIA

Farmacodependência (fármaco = medicamento + dependência) é modalidade


de se drogar (esta compreendida em sentido mais amplo), caracterizada por
peculiar estado psíquico e, eventualmente, físico, decorrente da absorção,
periódica ou contínua, de um ou mais fármacos (analgésico, hipnótico,
tranquilizante etc.), estado este acompanhado, ou não, de tolerância
característica. Com efeito, nesse estado (o de Farmacodependência), o
organismo, para manter um novo estado de equilíbrio (uma nova hemóstase),
passa a requerer, pois, a administração regular — e em muitos casos
crescente — desse(s) fármaco(s), e sua falta pode causar perturbação psíquica
e/ou física, quadro definido como síndrome de abstinência. Algumas vezes, por
simplicidade e quando não há possibilidade de confusão, se diz apenas
"dependência química" ou, ainda, apenas dependência, o que, em cenários
específicos deve ser evitado.

Drogas ou tóxicos
Substâncias naturais ou sintéticas, médicas ou não médicas, legais ou ilegais
que quando consumidas produzem algum efeito sobre as funções psíquicas e

34
determinam tolerância e dependência, assim como várias ações prejudiciais
que podem prejudicar a saúde em seus aspecto físico, mental, social e
espiritual

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGRAS

1-Legais: Café, tabaco, álcool, chá, coca-cola.


2-Prescrição médica. Narcóticos, sedativos, hipnóticos, antiparkinson,
simpaticotónicos,
vagolíticos e anti anoréxicos.
3-Ilegais. Maconha, heroína, LSD, cocaína, ecstasy, e muitos mais.
4 Inalantes. Derivados de tolueno, colas, plásticos, solventes, etc.

Adição. É o desejo imperioso, mecanismo fisiológico, a procura do reforço


produzido pela droga

Dependência. Relaciona-se com a carência, a necessidade metabólica,


transformação fisiológica

Segunda a composição ou substância

1- Estimulantes ou excitatórios - Cola, chá, cacau, café, mate, codeína,


anftaminas e outros.
2- Depressivos ou sedativos - Álcool, tranquilizantes, hipnóticos, morfina,
heroína, meperidina, inalantes, fentanil ect.
3- Psicóticas - Fenciclidina, ecstasy, a metaftamina, SLD, mescalina,
antiparkinsónicos, vagolíticos e outros

NICOTINA (Trabalho independente)

A nicotina é um dos mais de 4.000 compostos químicos encontrados no fumo


de produtos como cigarros, charutos e rapé. É o principal componente do
tabaco que afecta o cérebro. Os produtos do tabaco sem fumo, como o tabaco

35
em pó ou rapé, também contêm muitas toxinas, bem como altos níveis de
nicotina.

Como se produza nicotina e seus efeitos

A nicotina age como um estimulante e um sedativo. Imediatamente após a


exposição à nicotina, há um estímulo imediato causado em parte pela droga ao
estimular as glândulas supra-renais e a descarga de epinefrina (adrenalina)
que resulta O "rush" ou sensação inicial intensa de adrenalina que estimula o
corpo e provoca uma súbita libertação de glicose, bem como um aumento da
pressão arterial, da respiração e frequência cardíaca. Em contraste, a nicotina
também pode exercer um efeito sedativo, dependendo do nível de excitação do
sistema nervoso do fumante e da dose de nicotina ingeridas.

É aditiva a nicotina?
A maioria dos fumantes usa tabaco regularmente porque são viciados em
nicotina. O vício é caracterizado pela busca e uso compulsivo de drogas,
apesar das consequências negativas para a saúde, e o tabaco encaixa-se
nessa descrição.

Consequências do uso da nicotina

As consequências médicas da exposição à nicotina resultam dos efeitos


directos da nicotina, bem como da forma de tomar. Os efeitos mais nocivos do
vício em nicotina resultam do uso do tabaco, causando um terço de todos os
cancros, principalmente o cancro do pulmão
Fumar também causa doenças pulmonares, tais como bronquite crónica e
enfisema, agudiza os sintomas de asma em adultos e crianças. O Tabagismo
também está associado ao cancro da boca, faringe, laringe, esófago,
estômago, pâncreas, colo do útero, rim, ureteres e bexiga.

Nicotina e dependência
A nicotina produz dependência farmacológica e psicológica.

36
Desenvolvendo uma série de efeitos negativos sobre o corpo e a psique do
indivíduo.

Tratamento da dependência

 Requer a interrupção abrupta do hábito de fumar, a maioria daqueles


que deixaram de fumar fizeram-no sem ajuda especial.

 Outros, porém, necessitam de assistência especial, especialmente


durante os primeiros 8-12 semanas de abstinência, que são mais críticos
para prevenir recaídas.

 Ainda que este campo está em constante evolução, hoje, é


recomendado que as primeiras tentativas de abandono se façam sem
terapia de substituição e se houver recaída usá-lo. Em pessoas que
falhou as gomas e adesivos podem ser usados sprays nasais de nicotina

 Os programas mais eficazes são aqueles que usam uma técnica


comportamental em conjunto com a terapia de reposição de nicotina
(adesivos ou goma). Mesmo assim, os que usam este programa têm
uma recaída de 70%.

 Adesivos de nicotina usados por pessoas que querem parar de fumar,


são uma forma de reduzir gradualmente a quantidade de nicotina que
precisa um fumante compulsivo.

Medidas de protecção, de promoção e de prevenção

 Programas de informação sobre os efeitos do tabagismo na saúde em


adultos e jovens.
 Publicidade dos malefícios nos maços de cigarros e aumentou do seu
preço de venda
 Proibição do uso do tabaco em locais públicos e nos locais de trabalho

37
 Proibição da venda a menores de idade ou escolas e unidades de
saúde.
 Diferentes formas de auto-ajuda livros e panfletos, e os tratamentos de
terapia de substituição de nicotina, ansiolíticos.

Tabagismo no mundo

- O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o


mundo.
- A OMS estima que 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes.
- No mundo, os homens também apresentaram prevalências mais elevadas de
fumantes do que as mulheres.
- O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu 4,9 milhões de mortes
anuais.
- Esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais por volta do
ano 2030.

Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco

São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo do tabaco. O tabagismo


está relacionado a:
- 25% das mortes causadas por doença coronária - angina e enfarto do
miocárdio;
- 45% das mortes causadas por doença coronária na faixa etária abaixo dos 60
anos;
- 45% das mortes por enfarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65
anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de
fumantes passivos);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe,
faringe, esófago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);
- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

38
Fumadores passivos

Os danos incluem não só os fumantes activos, mas os não fumantes que


desenvolvem suas atividades diárias junto daqueles que fumam, resultando em
um dos mais nocivos o uso do tabaco passivo em crianças, pelo compromisso
envolvidos no desenvolvimento morfo funcional do seu sistema respiratório.

PREVENÇÃO DO USO IRRESPONSÁVEL DE DROGAS ILEGAIS

A presença de um lar estável, em harmonia com as figuras centrais


capazes de oferecer amor e servirem como um modelo.
Estabelecer um estilo de vida saudável e livre das drogas.
Desenvolvimento de valores morais
Praticar desporto e ocupação de tempo livre.
Desenvolvimento de atitudes sociais de intolerância condicionada ao
consumo de drogas legais.
Divulgação dos efeitos nocivos do consumo.
Impedir a venda de substâncias a menores
Garantir às crianças um lar estável de amor e harmonia exemplar.
Evitar que as crianças manipulem muito dinheiro até sejam é
responsável por fazê-lo.
Ser um amigo e confidente dos filhos.
Mostrar reforço positivo sempre que os filhos fazem coisas boas.
Inculcar nos filhos o amor ao casal, ao trabalho, ao desporto saudável,
orientá-los para se afastarem do perigo das drogas mas evitar excesso
de informação, pois isso pode despertar a curiosidade.
Os pais são modelos importantes para as crianças. Devem evitar que os
imitem o consumo de tóxicos e especialmente os vejam em estado de
embriaguez
Nunca usar um veneno como um apoio para resolver um problema

STOP

39
Provar um tóxico por curiosidade é muito perigoso,
lembre-se que este é sempre o primeiro passo falso
e ninguém pode prever o que vai acontecer depois…

INDICADORES BÁSICOS EM ANGOLA – 2009/2013 - OMS

Indicadores sócio demográficos

População total em 2009 (milhões)


………………………………………………………… 16,1
Taxa de crescimento da
população………………………………………………………… 2,9%
Taxa de fecundidade
……………………………………………………………………….. 6,4%
População menor que 15 anos ……………….
……………………………………………… 48%
Taxa de alfabetização (> 15 anos) …………………………………..
…………………….. 65,6%
Rendimento per capita (dólares) ……………………….
……………………………………. 4,94
População vivendo abaixo do limiar da pobreza
…………………………………………..... 37%

Indicadores do estado de Saúde

Esperança de vida ao nascer …………………………………………...


……………………. 48,1
Taxa de mortalidade < 5anos (1000 nados vivos)
……………………………………………. 194
Taxa de mortalidade materna (100.000 nados vivos) …………….
………………………….. 610

40
Prevalência do HIV adultos (15-49 anos) …………..……………………..
……………… 1,98%

Indicadores de cobertura de Serviços

Cobertura da Penta 3ª dose …………………….


……………………………………………. 76%
Cobertura do tratamento com ARV
………………………………………………………. 24,5%
Cobertura de partos assistidos por pessoa qualificada
……………………………………….49%

Indicadores sobre Sistema de Saúde

Total das despesas em Saúde do Produto Interno Bruto


…………………………………. 2,45%.
Despesa do sector privado de saúde como % total dos gastos em
saúde…………..……… 22,5%
Gastos totais do Governo em saúde ………………….
…………………………………… 6,68%
Médicos por 10.0000 habitantes ………………….
……………………………………………. 1
Enfermeiros por 10.000 habitantes
……………………………………………………………. 13

UNIDADE II - PROCESSO DE SAÚDE DOENÇA

2.1 SAÚDE/DOENÇA

Saúde e doença são termos que têm significados diferentes, mas estão
intimamente relacionadas e interagem de modo que podemos dizer que eles

41
constituem um par dialéctico, eles não são constantes nem absolutos, são
estados de bem-estar que estão em constante mudança.
Exemplo: Uma pessoa pode se levantar de manhã com cefaleias que o
impede de ir para o trabalho, mas, em seguida, lembrar-se que tem algo
importante para fazer e acha que pode sentir-se melhor no trabalho. Da mesma
forma que, uma pessoa que normalmente exerce as suas atividades diárias
pode ter uma doença grave segundo os médicos e parecer saudável a outras
pessoas.

SAÚDE

De acordo com a Organização Mundial da Saúde: "Saúde é um estado de


bem-estar físico, social e mental não meramente a ausência de doença ou
enfermidade".

Alguns conceitos básicos que destacam a base dos cuidados de saúde


hoje:

1. Óptima saúde e função óptima: ´baseia-se em que toda a pessoa tem


um nível óptimo de funcionamento, o que representa o seu melhor bem-
estar possível.

2. Holismo: significa que a saúde do indivíduo deve ser considerada em


termos de seu desempenho global. Isto é, o homem deve ser
reconhecido como um todo e não separado por partes: física, social e
emocional, os cuidados de saúde devem ser feitos de forma holística.

3. Hemóstase: refere-se à tendência para a uniformidade ou a estabilidade


nos estados do corpo em equilíbrio dinâmico. Durante a vida produzem-
se mudanças no organismo, conforme se ajusta às exigências que lhe
são impostas. Por exemplo - as variações de temperatura, a frequência
cardíaca, a respiração, etc. Mas é extremamente necessário que se
mantenha dentro dos limites normais para que o homem possa

42
sobreviver. Também precisamos manter um equilíbrio com o ambiente
(físico, psíquico e social).

FACTORES QUE AFETAM A SAÚDE

Biologia humana: a herança genética individual, os processos de maturação e


envelhecimento

Meio Ambiente: o mundo físico ao nosso redor pode afectar nossa saúde, falta
de água potável, habitação inadequada, insegura, poluindo a água a
industrialização aumentou e ar, o clima.

Estilo de vida: o nível de instrução, o poder económico, …

Organização dos cuidados de saúde: a distribuição de serviços para os


cuidados de saúde, acessibilidade ás unidades de saúde, as acções de
prevenção, promoção e cura.

Para prevenir a doença é necessário obedecer a determinadas regras e


princípios, bem como resulta imprescindível o conhecimento de alguma
terminologia para a implementação eficiente de prevenção e controle de
doenças e, assim, manter a saúde do Homem, da família e da comunidade.

2.2 TÉCNICAS PARA CONTROLAR A DISSEMINAÇÃO DE


MICROORGANISMOS.

Sepsis: é a existência de agentes patogénicos ou prejudiciais à saúde; por


exemplo uma infecção geral grave do organismo por microrganismos
patogénicos.

43
Assépsia. É um procedimento que pretende a ausência de agentes biológicos
vivos, convencionalmente considerados patogénicos. Para o seu estudo divide-
se em médica e cirúrgica.

Assépsia médica. Reduz a transmissão de microrganismos produtores da


doença de uma pessoa para outra, direta ou indirectamente. Inclui práticas
para excluir microrganismos numa área limitada.

Assépsia cirúrgica. Mantido livre de microrganismos (estéril) áreas e objectos


tanto os que são usados como aqueles que são guardados. Assépsia cirúrgica
estrita apenas se aplica aos materiais e equipamentos, mas não ao corpo ou
aos tecidos vitais.

Antissépsia. Procedimento que suporta a presença de alguns agentes


biológicos, principalmente da flora residente normal. Agentes anti-sépticos são
substâncias químicas, muitas vezes coincide com o desinfectante activo
idêntico, mas têm diferença no índice terapêutico. Há pouca variedade de anti-
sépticos recomendados na prevenção de infecções nosocomiais. Não se inclui
os de uso médico no tratamento específico da pele ou outras condições.

Desinfecção: é a remoção, de um determinado objecto ou superfície, da


totalidade ou parte dos microrganismos patogénicos, de modo a não
constituírem uma ameaça de doença.

Desinfecção corrente. É a aplicação imediata dos procedimentos de


desinfecção de objectos contaminados, que estão em contacto com o paciente
infectado.

Desinfecção terminal. É a aplicação do desinfectante após o paciente deixar


a área, seja por alta, por morte ou transferência da unidade.

Limpeza. É a remoção de material estranho (poeira, sujeira e outros detritos


orgânicos) da superfície inerte ou viva e em seu efeito varrendo também

44
elimina agentes de superfície biológica. A água, sabão ou detergente e
posterior secagem são os elementos básicos do processo.

Bacteriostáticos: agente que inibe o crescimento de bactérias, que será


retomado na ausência do agente.

Bactericida: agente que mata as bactérias. A maioria não mata esporos


bacterianos. Esta ação é irreversível.

Germicida: agente capaz de matar microrganismos rapidamente, alguns


desses agentes, atua matando alguns microrganismos, mas pode só inibir o
crescimento de outros.

Morte bacteriana: perda irreversível da capacidade de se reproduzir (crescer e


multiplicar).

Manobras críticas. São aquelas que se introduzem em lugares estéreis,


incluindo o sistema vascular.

Manobras semicríticas. São aquelas que contactam a mucosas ou penetrar


nos orifícios naturais.
Esta manobra, em alguns casos, aproxima-se ao limite da manobra crítica,
como no caso dos ventiladores cuja nebulização atinge o epitélio ciliado dos
alvéolos pulmonares. Dado o número crescente de manobras semicríticas por
endoscopia, cirurgia de acesso mínimo, ventilação assistida e outro, o aumento
da taxa de infecções hospitalares, suspeitas relacionadas com esta manobra,
obriga-nos a dar mais importância a atenção a estes procedimentos.

Manobras não-críticas: contacto com a pele intacta.

Manobras Gerais. São aquelas nas quais o hospedeiro (paciente susceptível)


não intervém; refere-se ao ambiente inanimado em geral.

45
2.3 PRINCÍPIOS SOBRE A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS:

 Da grande variedade de microrganismos que existe, apenas alguns são


verdadeiramente agentes patogénicos.

 Muitos microrganismos que normalmente existem no ambiente e no


organismo são oportunistas e tornar-se agentes infecciosos, se
ocorrerem as circunstâncias adequadas.

 A integridade da pele e membranas mucosas é a primeira linha de


defesa do organismo contra a invasão de agentes infecciosos. Diminui a
resistência à infecção, quando o sujeito é muito jovem ou muito idoso,
sofre de deficiência nutricional, falta de higiene e quando não foi
imunizado adequada e oportunamente contra as doença infecto
contagiosas.

 Os agentes infecciosos podem ser transmitidos por diferentes vias aos


seres humanos susceptíveis.

 Os modos de transmissão de agentes infecciosos variam segundo a


porta de entrada, via de saída e a sua capacidade de viver fora do
reservatório.

 Alguns indivíduos são portadores de agentes infecciosos que podem ser


destruídos pelo calor adequado, produtos químicos e outros meios
conhecidos.

 Os microrganismos podem passar directamente da fonte de origem para


um novo hospedeiro, pelo ar, tosse, leite, alimentos, água, vectores,
mãos, materiais contaminados, excreções corporais, esgoto e outras.

46
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS

@ A prevenção e o controlo de doenças é uma grande preocupação de


todos os profissionais de saúde, seja no cuidado em ambiente hospitalar
ou comunidade.

@ Quando as pessoas estão doentes os gérmenes são capazes de se


reproduzir, e envolvem uma séria ameaça contínua para outros
pacientes, devido à sua proximidade com eles.

@ Os germes causadores de doenças estão no ar, pisos, equipamentos,


móveis, itens que estão em contacto com pessoas doentes.

@ Estes podem ser espalhados por várias vias: ar, cama, e até mesmo
pelas mãos de enfermeiros.

LAVAGEM DAS MÃOS

A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de
maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções,
devendo ser praticada por toda equipa, sempre ao iniciar e ao término de uma
tarefa.

Conceito: são as medidas que se tomam para eliminar a maior quantidade


possível de sujidade das mãos.

QUANDO LAVAR AS MÃOS?

- No início e no fim do turno de trabalho.

47
- Antes de preparar medicação.
- Antes e após o uso de luvas.
- De utilizar a casa de banho.
- Antes e depois de contacto com pacientes.
- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham
sido usadas.
- Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo
orotraqueal e outros dispositivos
- Após o contacto directo com secreções e matéria orgânica.
- Após o contacto com superfícies e artigos contaminados.
- Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
- Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar,
manusear dinheiro
- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
- Após manusear quaisquer resíduos.
- No fim de cada tarefa.
- No final do dia de trabalho.

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS:

1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.


2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na bancada.
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser,
de preferência, líquido e hipoalergénico.
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços
interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas
deverá ser feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15
segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando
totalmente o resíduo do sabão.

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8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira accionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel
toalha. Nunca use as mãos.

PRECAUÇÕES:

- Retirar anéis, relógios e pulseiras Tem-se comprovado que a contagem de


microrganismos quando se está usando anéis é mais alta.
- Mantenha as unhas tão curtas quanto possível, e remova todas as jóias antes
da lavagem das mãos.
- Realize o mesmo procedimento a cada paciente ou ensaio.
- A lavagem das mãos deve ser feita numa bancada distinta daquela usada
para a lavagem do instrumental, vidrarias ou materiais de laboratório.
- Deve-se evitar lesionar as mãos.
- Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante a realização de algum
procedimento, elas devem ser removidas imediatamente, e as mãos devem ser
lavadas cuidadosamente.
- Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o
desaparecimento dessas lesões, de cuidar de pacientes e de manipular
instrumentos, aparelhos ou quaisquer materiais potencialmente contaminados.
- O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos.
- Manter líquidos anti-sépticos para uso, caso não exista lavatório no local.

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CLASSIFICAÇÃO:
 Lavagem simples das mãos.
 Lavagem de mãos higiénico-médica
 Lavagem de mãos cirúrgica

Lavagem simples das mãos

Objectivo - remover os microrganismos que colonizam as camadas


superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas,
retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Material ou equipamento
 -Água corrente.
 -Sabão convencional.
 -toalhas, pano ou papel.
 Recipiente para o lixo.

Lavagem das mãos higiénico médica

Objetivo - promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a


carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
Técnica - a técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para
higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico.
Exemplo: anti-séptico degermizante.
Este tipo de lavagem faz-se antes de realizar-se qualquer manobra
semicrítica

Lavagem cirúrgica das mãos (antissépsia cirúrgica)

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Objectivos - Eliminar os microrganismos transitórios da pele e reduzir os
microrganismos residentes; Evitar infecções cruzadas; Proteger o pessoal de
saúde.
As escovas utilizadas na preparação cirúrgica das mãos devem ser de cerdas
(sedas) macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso
exclusivo em leito ungueal e subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se: Anti-sepsia cirúrgica das mãos e
antebraços com anti-séptico degermizante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a
3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração
recomendado pelo fabricante).

TÉCNICA DE CALÇAR AS LUVAS

Luvas:
Dispositivo de borracha ou plástico, adaptada à forma da mão.

Calçar Luvas: colocar a luvas para protecção das mãos

OBJECTIVOS
Proteger o paciente de microrganismos patogénicos.
Utilizar um meio de protecção do pessoal de saúde quando presta
cuidados ao paciente.
Manter um meio estéril na manipulação de materiais e equipamentos
estéreis.

CALÇAR LUVAS

PRECAUÇÕES
Realizar a técnica de lavagem de mãos médico ou cirúrgica segundo o
procedimento que deve realizar, antes de colocar as luvas para evitar a
contaminação das mesmas
O tamanho das luvas deve corresponder ao tamanho das mãos

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Se se romper as luvas retirar-se ou calça-se luvas a dobrar

MATERIAL
Embalagem de luvas
Envelope com talco
Material para lavar as mãos

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RECOMENDAÇÃO GERAL
Lave sempre as mãos antes e depois de cada procedimento
CUIDE DA SUA SAÚDE E DA DOS DEMAIS

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EUTUDO INDEPENDENTE

PROCEDOMENTO DE LAVAGEM DAS MÃOS e CALÇAR LUVAS

MEDIDAS GERAIS E PESSOAIS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS:

1- Manter uma higiene pessoal e ambiental adequada.


2- Desinfecção corrente e terminal.
3- Esterilização de material e instrumentos.
4- Cumprimento das normas de Biossegurança.
5- Lavagem das mãos.
7- Uso de Métodos de Barreira.
8- Imunização activa e passiva.
9- Eliminação de vectores.

PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS (PRINCIPIOS RELATIVOS):


1 - Das múltiplas variedades de microrganismos só uns poucos são
verdadeiramente patogénicos
2 - Muitos germes normalmente encontrados no ambiente ou no corpo são
oportunistas e se as condições lhe forem propícias podem tornar-se infecciosos
3 - A integridade da pele e das membranas mucosas é a primeira linha de
defesa do corpo à infecção.
4- A resistência à infecção é menor nas idades extremas – criança ou idoso,
quando o estado de saúde é debilitado, quando a higiene é negligenciada ou
não tenha tido a imunização adequada.
5- Os agentes infecciosos podem ser transportadas por vários meios para uma
pessoa sensível.
6- Os modos de transmissão de agentes infecciosos variam de acordo com a
sua porta de entrada e saída e a sua capacidade de viver fora do reservatório.
7- Alguns indivíduos são portadores de agentes infecciosos, mesmo que não
apresentem sinais e sintomas de infecção.

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8- Agentes infecciosos podem ser destruídos com calor suficiente, produtos
químicos e outros meios conhecidos.

OBJECTIVOS BÁSICOS DAS AÇÕES DE ENFERMAGEM RELATIVOS À


INFEÇÃO
1 - Preveni-las.
2 – Controlá-las.
3 - Garantir o conforto, segurança e bem-estar psicológico do paciente quando
precisa de estar isolado como medida de precaução.

MANIPULAÇÃO DE MATERIAL EQUIPAMENTO PARA CONTROLO DA


DOENÇA

1 - Deve ser mantido equipamentos esterilizados dentro das áreas definidas.


2 - Deve conhecer-se as normas para armazenamento do material esterilizado.
3 – Deve-se embalar o material estéril em embalagem dupla.
4 – Deve-se transportar em conformidade com as normas.
5 – Para ser manipulado deve-se ter em conta as normas estabelecidas pelo
serviço e do material.
6 - Os funcionários que manuseiam o material estéril na unidade de
esterilização devem cumprir com os requisitos estabelecidos.
7 - Verifique o funcionamento do equipamento de esterilização por meio de
mecanismos estabelecidos.
8 -. Garantir o cumprimento de todas as normas estabelecidas de esterilização
(tempo, diferenciação do material, a prioridade de esterilização).
9 - É de responsabilidade da unidade de esterilização, a limpeza, desinfecção,
esterilização e manutenção de equipamentos que não podem ser esterilizados
em autoclaves (ventiladores mecânicos, Reanimador, cânulas, máscaras de
oxigénio, bigode nasal para oxigenoterapia)...

DESINFECÇÃO MECÁNICA E QUÍMICA

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DESCONTAMINAÇÃO - É a eliminação ou inibição por agentes físicos ou
químicos de agentes biológicos infectantes que estão presentes no material,
isto irá ser feito em todos os materiais contaminados com estes agentes, por
meio da limpeza; tem como objectivo final é impedir que se espalhe a
contaminação.

DESINFECTANTES

Desinfectante físico de alto nível (manobra semicríticas): Vapor a baixa


temperatura.

Pasteurização: 75 a 80 graus.

Desinfectante física de nível intermédio: água fervente, filtros sem


membrana e radiação ultravioleta.

Desinfectante químico de alto nível:

* Glutaraldeído a 2%
* Formaldeído a 4%
* Solução de formaldeído a 8% de álcool
* Peróxido de hidrogénio 6 a 7,5%
* O hipoclorito de sódio
* Formaldeído gasoso

Desinfectante químico de nível intermédio:

* Álcool etílico a 76%.


* O hipoclorito de sódio ou derivados de cloro.
*Os compostos fenólicos ou crisol 50%.

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Desinfectantes químicos de baixo nível:

*Álcool etílico a 76%.


*Derivados de cloro.
*Derivados fenólicos até 2%.
*Solução aquosa o hidroalcoólica de 0,1 a 10%.

DESINFECÇÃO DO AR:

Utilizadas unicamente em zonas climatizadas, mas não são aconselháveis, se


necessário, aplicar pela seguinte prioridade:
 Propilenglicol : pode-se utilizar no local imediatamente após a utilização.
 Ácido Láctico (para fungos) : produto tóxico e se deve esperar 1 hora
para utilizar o local.
 Gases de formol aldeído.

ANTISÉPTICOS: Mãos do pessoal de saúde

Manobras críticas e semicríticas:


*Clorexidina a 4%.
*Iodo povidona 7,5-10% com 0,75 a 1% de Iodo livre.
*Clorexidina a 0,5% em alcool etílico a 76%.
*Iodo povidona 7,5-10% com 0,75-1% de iodo livre en solução
hidroalcoólica.

Manobras não críticas e gerais: é suficiente a limpeza, se houver risco pode-


se utilizar o álcool etílico.

Pele
Para manobras críticas: Igual à das mãos do pessoal.

Para punções intramusculares ou pele:


*Álcool etílico de 76-97%.

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Mucosas e cavidades:
*Clorexidina, Iodo povidona,

PRINCÍPIOS DO USO DE AGENTES ESTERILIZANTES

 Resistência aos agentes biológicos.


 Inespecificidade de acção dos agentes esterilizantes e a especificidade
dos antissépticos desinfectantes.
 Interferência da acção desejada.
 Tempo de acção requerido.
 Tipo, forma, tamanho e qualidade do material que se deve tratar.
 Lugar e tempo de contacto com o paciente do material tratado.

ESTERILIZAÇÃO
É o procedimento que não admite a presencia de agentes biológicos vivos,
capazes de reproduzir-se. Depende do controlo estrito do agente esterilizante,
do tempo de acção e da biocarga presente, e outras substâncias ou eventos
que possam interferir com a acção.
Os agentes esterilizantes podem ser físicos ou químicos e sempre que seja
possível utilizaram-se altas temperaturas húmidas como agentes de ELEIÇÃO.

Central de esterilização: é o departamento onde se aplica a limpeza, a


preparação, confeção e esterilização dos instrumentos, materiais, roupas e
outros materiais afins a todo o hospital.

Estrutura da central de esterilização:


1- Este departamento estará localizado o mais próximo possível do centro de
atividades técnicas do hospital e dos elevadores de serviço.
2- O tamanho da central de esterilização deve estar de acordo com o tamanho
da instituição, quantidade de camas, especialidades e consultas externas.
3- As suas paredes devem ser de azulejos, as esquinas circulares.

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4- A iluminação deve ser o mais perfeita possível, quer seja natural ou artificial.
5- A ventilação é de grande importância, pois este departamento tem áreas que
devem estar completamente fechadas, com ventiladores ou ar condicionado.
6- O departamento deve possuir grandes armários e vitrinas, construídas de
forma que permitam a limpeza e desinfecção dos mesmos.
7- Deve dispor de amplas e numerosas gavetas para colocar material de uso
geral.
8- É necessário um local estéril para guardar o material que já está esterilizado.
9- Uma área para a entrada do material sujo e outro para a saída do material
estéril.

Organização da central de esterilização:


Está organizado em área estéril e não estéril.
Área estéril:
1- Estará fechada com vidros e ar condicionados
2- Estará em contacto com o exterior por 2 janelas para a entrega do material
estéril.
3- O pessoal que trabalha nesta área usará gorro, máscara, botas e bata
estéril, deve conhecer perfeitamente todo o material, instrumentos e
equipamento com que se tem para entregá-lo imediatamente logo que
solicitado, e conhecer por quais podem ser substituídos no caso de não os ter
disponíveis no momento
4- Esta área deve ser de azulejos até ao teto, este deve ser liso, não deve ser
de material de origem vegetal, para evitar contaminação de material.

Área não estéril:


Compreende o resto do departamento. Onde se recebem, limpam, preparam e
esterilizam todos os materiais cirúrgicos e clínicos que ali se processam, deve
existir um local para guardar equipamentos eléctricos e de outros tipos que não
se esterilizam, mas se guardam depois da limpeza mecânica.
Nesta área estão colocados as autoclaves, o local destinado à preparação,
confeção e empacotamento do material, assim como pias, mesas e
equipamentos necessário para esses fins. Devem existir armários para o

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material usado, deve confrontar-se com o vale que está na área estéril para
comprovar que tudo o que foi solicitado foi devolvido em perfeitas condições.

Área não estéril: Compreende o resto do departamento. Onde se recebem,


limpam, preparam e esterilizam todos os materiais cirúrgicos e clínicos que ali
se processam, deve existir um local para guardar equipamentos eléctricos e de
outros tipos que não se esterilizam, mas se guardam depois da limpeza
mecânica.

Funçõeses da central de esterilização:


É a encarregada de supervisar de acordo com a hierarquia e a especialidade
da unidade os equipamentos, materiais seguintes:
a) Todos os materiais, para pensos.
b) O equipamento e ferros para pensos, seringas, agulhas, sondas,
irrigadores, nebulizadores, esfigmomanómetros, estetoscópios,
termómetros, câmaras de Oxigénio, aspiradoras, bolsas para gelo,
máquinas e lâminas de barbear.
c) Entrega de materiais a áreas específicas tais como: sala de operações,
sala de partos, serviços de neonatologia e de cuidados intensivos.
d) Deve supervisar todo o material de tecido que se usa nas áreas de
internamento como são: a roupa para procedimento estéril, compressas
estéreis para secar as mãos, campos operatórios.

Relação com outros departamentos:


1- Departamento administrativo: Deve estar bem informado dos gastos,
poupanças, roturas e perdas, exercendo a sua função administrativa, e no seu
plano de trabalho se incluem visitas à central de esterilização.
2- Departamento de Enfermagem: A chefia de enfermagem tem grande
responsabilidade sobre a central de esterilização, já que está hierarquizada
directamente à central de esterilização.
3- Com o armazém: é onde se abastece o departamento.
4- Departamento de manutenção: Revisões semanais dos autoclave, câmaras
de oxigénio, esfigmomanómetros, aspiradoras, que se controlam por cartão.

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5- Laboratório bacteriológico: inspecciona frequentemente (cada 3 meses) o
material esterilizado e o pessoal que trabalha no departamento (com exsudado
faríngeo) e uma ou duas vezes ao mês se controla o ambiente.
6- Com a lavandaria, rouparia, costura e com o funcionamento do horário das
caldeiras.
7- Com outros centros hospitalares: coordena-se se existir algum imprevisto
para que outro centro colabore de maneira rápida e sem prejuízos no
funcionamento.
8- Relação com salas ou departamentos: Haverá horário para entrega do
material, os pedidos fazem-se em cada turno em modelos oficiais.
Todos os gastos desnecessários, avaria de equipamentos informar-se-á
ao pessoal de enfermagem durante as reuniões técnico-administrativas.
PRECAUÇÕES GERAIS:
1- Deve-se insistir na correta limpeza do material antes de ser empacotados
para posterior esterilização. De acordo com o material, assim será a técnica
de limpeza e preparação.

2- Deve-se empacotar com dupla cobertura, rotular e especificar o número


quando se trata de materiais de diferentes tamanhos. Se se esteriliza alguns
em soluções, estas devem trocar-se a cada 24 horas
2- As coberturas devem ser de tecido resistente e tupido, permeável ao calor.
Se são de papel, este deve ser resistente, de modo que não se rasgue
quando exposto ao vapor e à pressão.

4- O conteúdo dos pacotes deve ser colocado de forma tal, que o calor penetre
uniformemente em todas as superfícies e o tamanho destes se recomenda que
como máximo sejam de 55 cm de largura e 22 cm de alto.

FUNÇÕES DO PESSOAL DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE


ESTERILIZAÇÃO:

a) Funções assistencial:
1- Executar e supervisar o processo de desinfecção e esterilização do material.
2- Cumprir e fazer cumprir as normas de higiene pessoal e do ambiente.

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3- Executar e supervisar a elaboração e preparação do material e instrumentos
da autoclave.
4- Encarregar-se do controlo da esterilização com fitas testemunho.
5- Delimitar as áreas estéreis e as não estéreis.
6- Estabelecer a rotação do material e equipamento, fazendo a esterilização de
acordo com as normas.

b) Funções administrativas:
1- Realizar o plano de trabalho de acordo com o estabelecido.
2- Garantir o material para todos os serviços, salas e departamentos.
3- Fazer os pedidos do armazém, controlos médios e fundos fixos e
estabelecer horário de entrega e recibo de material.
4- Realizar uma revisão de materiais e efectuar reposições de material
defeituoso e estragado.
5- Coordenar com a secção de manutenção a revisão periódica de
equipamentos e autoclave.
6- Coordenar a realização do controlo bacteriológico do material, meio
ambiente e pessoal que trabalha na secção.
7- Informar o pessoal de enfermagem sobre os gastos, poupanças e ruturas de
materiais.
8- Registar diariamente as atividades.

c) Funções de docência:
1- Participar em cursos de educação continuada e docência a estudantes dos
diferentes cursos que rodam por departamentos.
2- Participar nas investigações que se realizem.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO:
Podem ser por meios químicos, físicos ou biológicos.

Físicos:
1- Incluem as radiações (raios solares, ultravioletas)
2- Força de arrastar das soluções.

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3-Calor: pode ser seco (chama, estufa ou forno). Húmidos (ebulição e vapor de
água à pressão) e por filtração.

Químicos:
São constituídos por soluções químicas (glutaraldeído, formaldeído, hipoclorito
de sódio e outros) e gás de Óxido de Etileno.

1º Esterilização por medios físicos:


 Calor seco: compreende a chama, a estufa e o forno com ventilador.
 Calor húmido: Inclui a ebulição e o vapor de água à pressão
( autoclave).
 Autoclave de vapor: utiliza-se segundo o material a esterilizar, por
exemplo: material poroso, têxtil, vidro, borracha, metais e todo o material
termorresistente. (se recomenda entre 114 e 116 graus celsos)
 Filtração: Através de filtros de membrana. É um procedimento muito
efectivo nos hospitais para os casos de soluções termossensíveis em
departamentos de Farmácia e outros.

2. Esterilização por meios químicos:


 Gasosos: Este método encontra-se distribuído por muitos hospitais do
país (Cuba). Câmara de gás de Óxido de Etileno.
- Vantagens do método: Eficaz para esterilizar artigos, que não toleram o
calor. Penetra o material poroso. É anticorrosivo.
- Desvantagens: O processo é lento e dispendioso. É altamente explosivo.
Requer tempo de eliminação de resíduos tóxicos. O tempo de
arejamento depende do material esterilizado.
 Câmara ou autoclave de formolaldeído: faz-se desintoxicação com
amoníaco.
• Glutaraldeído: solução aquosa a 2% em 8 horas. Exemplo:
endoscópios, fibras ópticas, lentes, luvas, plásticos, etc.

Precaução principal: Enxaguar cuidadosamente com água potável ou


destilada estéril.
• Formolaldeído: solução aquosa a 4% em 24 horas.

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• Formolaldeído: solução alcoólica a 6% - 8% em 12 horas.

ORGANIZAÇÃO EM ESTERILIZAÇÃO (FLUXOGRAMA):


 Pre -esterilização.
 Esterilização.
 Pos-esterilização.

Pré-esterilização
- Descontaminação.
- Esfregar.
- Secar.
- Classificação.
- Manipulação.
- Empacotamento: data de esterilização, iniciais do processador e data.

Esterilização: em Autoclave.
- Colocar a carga de acordo com as normas estabelecidas.
- Colocação do pacote de prova segundo indicadores para o controlo de
qualidade.
- Tempo de esterilização segundo o material a esterilizar.
- Uso de bioindicadores para o controlo do equipamento
- Mantimento periódico do autoclave.
- Limpeza periódica do autoclave pelo operador.

Pos-Esterilização:
- Armazenamento e conservação do material estéril.
- Vitrinas de vidro e aço inoxidáveis herméticos. conservará o material até
7 dias sempre que não tenha sido manipulado.
- Vitrina de outro material que não permita a lavagem diário, até 72 horas.
- Si não existe nem a primeira, nem a segunda condição, a esterilização
será diária.
- Realiza-se a entrega do material estéril na área reservada para esse
efeito.
- Fazer a lavagem das mãos, antes da entrega.
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NORMAS E CONTROLOS DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO:

Métodos de controlo:

1- Controlos químicos:
São dispositivos destinados e calibrados para detectar falhas nos parâmetros
de esterilização. Colocam-se no interior do pacote em lugares de difícil
penetração do agente esterilizante. Por si só, não constituem prova de
esterilidade e são complementos necessários dos controlos biológicos e outros
métodos de controlo.

2- Controlos biológicos:
São dispositivos inoculados com esporas agentes de esterilização.

BIOSSEGURANÇA

O surgimento da biossegurança como uma nova disciplina biológica e sua


grande versatilidade fazem com que não haja uma única maneira de conceituar
a sua essência e conteúdo. Actualmente, a nível internacional, existem
milhares de definições que coexistem sem entrar em conflito entre si, reflectem
a interdisciplinaridade rica que nutre, expressão da necessária integração de
vários ramos do conhecimento.
São muito importantes medidas de segurança que deve existir em todos os
serviços de saúde para evitar a transmissão de enfermidades entre o pessoal,
os pacientes e o meio ambiente.

BIOSEGURANÇA:

Conjunto de medidas científicas organizativas e tecnológicas - que


incluem as físicas, destinadas a proteger o trabalhador da instituição, a
comunidade e o meio ambiente, os riscos que têm em si o trabalho com
agentes biológicos ou a libertação de organismos no meio ambiente,

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modificados geneticamente ou provenientes de outro lugar; diminuir ao
mínimo os efeitos que se podem apresentar e eliminar rapidamente as
suas possíveis consequências em caso de contaminação, efeitos
adversos, fuga ou perda.

Microrganismos são transmitidos no hospital por várias vias e do mesmo


organismo pode ser transmitido por mais do que um percurso. As principais
vias de transmissão são 5:
Contacto,
Gotículas,
Ar,
Veículo comum
Vector

Riscos biológicos. Este pode resultar em que a pessoa sofra uma doença
infecciosa por contacto com um agente patogénico (bactérias, fungos, vírus,
rickettsia) que está presente no material analisado.

AS CAUSAS DE RISCO BIOLÓGICO SÃO:

1. Acidentes por punção.


2. Derramamento de materiais contaminados.
3. Produção de aerossóis.
4. Vidro quebrado Contaminado
5. Sucção oral com pipeta.
6. Trabalhar com centrifugadora incorrectamente.
7. Falta de higiene pessoal.
8. Violações das normas de segurança em geral.
9. Disposição inadequada de resíduos potencialmente poluidores.

AS VIAS DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS

TRANSMISSÃO POR CONTACTO: É a via mais comum em meio hospitalar

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1. O contacto direto:
Ocorre pelo contacto direto com as superfícies corporais, como quando apertar
as mãos, tomar banho no paciente.

2. O contacto indirecto:
Ocorre através de objectos inanimados, por exemplo, quando usamos a luva
em um paciente e sem as mudar usamo-las noutros pacientes.

3. Gotículas de transmissão:
Ocorre quando o paciente fala, espirra, tosse ou durante certos procedimentos
(sucção, endoscopia). As gotículas geradas aí são maiores do que 5 microns e
não se movem mais do que um metro, estes são depositados na conjuntiva, na
mucosa bocal ou na mucosa nasal.

TRANSMISSÃO POR VIA AÉREA.


Esta é produzida por propagação de gotículas possuindo um tamanho inferior a
5 microns, que contêm microrganismos e permanecem em suspensão por
longos períodos no ar, pó ou partículas com as mesmas dimensões com
agentes infecciosos incluídos. Assim, microrganismos podem ser amplamente
difundidos por correntes de ar e a pessoa susceptível pode inalar estas
gotículas que são de fácil de entrada na árvore respiratória e pode até mesmo
viajar longas distâncias.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

 Lavagem das mãos. Mão deve ser lavada com sabão regular após o
tratamento de cada paciente, a menos que seja indicado o uso de um
desinfectante em particular.

 O uso de luvas. O uso de luvas é muito importante na prevenção e


transmissão de infecções, mas devemos lembrar que não um substituto
para a lavagem das mãos.

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Tome atenção
Mude de luvas de um paciente para outro.

Depois de tirar as luvas, lavamos as mãos, porque pode ter defeitos ou rasgar
durante o uso.

 Batas e roupas protectoras. São utilizados para prevenir a contaminação


da roupa e para proteger a pele contra salpicos de sangue e outras
secreções do paciente. Deve ser comprida suficientemente para cobrir o
uniforme. Não se pode utilizar fora da unidade do paciente ou do local
destinado para seu uso. Uma bata para cada paciente

 Botas
Devem ser colocadas por cima dos sapatos e deve cobrir todo o calçado

Dispositivos cortantes.
 Agulhas e lâminas de bisturi devem ser descartados em recipientes de
plástico, não perfurada rígida e nunca exceder a sua capacidade.

 Máscara bocal
Nos casos em que podem surgir salpicos no rosto.
Deve cobrir as narinas e a boca. Não pendurar no pescoço quando não é
necessário usar. Não falar, tossir ou espirrar e se molhar deve ser
substituído imediatamente. Deve-se trocar com frequência

 Touca
Deve cobrir todo o cabelo.

Com a roupa suja deve-se tomar todas as precauções para evitar a


contaminação, tanto dos funcionários que a manipulam, como dos pacientes e
meio ambiente.
Nas áreas de trabalho não deve comer, fumar ou aplicar cosméticos.

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Ao manusear sangue, deve usar todas as precauções, porque hoje em dia
se tornaram muito importantes pela frequência de exposição e factores
perigosos, os agentes patogénicos podem ser transmitidos pelo sangue.

MANUSEIO DE PRODUTOS ORGÂNICOS

Destaque-se o cuidado a ter com o manuseio de fezes, secreções e outros


fluidos e pôr em prática as medidas adequadas na colheita de amostras
onde se encontram os agentes infecciosos capazes de infectar-nos e se não se
tomar as medidas necessárias pode trazer resultar e provocar um surto na
instituição de saúde ou em nossas casas.

COLHEITA DE AMOSTRAS
A colheita das amostras é a recolha de pequenas quantidades de material de
secreções e excreções, biópsias e punções de órgãos ou sistemas do corpo
humano para futuras pesquisas clínicas

CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Muitas vezes o paciente pode colaborar na recolha de amostras de sangue,
urina, fezes, saliva ou secreções exsudados de feridas. Para ser capaz de
executar esses procedimentos, deve explicar ao paciente o que tem de fazer
para colaborar na obtenção de material.
Muitos pacientes estarão dispostos a ajudar e muitas vezes o sucesso depende
da vontade do paciente para fornecer a amostra.
É importante destacar, o cuidado que deve ser tomado em consideração para
evitar esquecimentos e erros que trazem consequências adversas para o
paciente. Através da investigação das amostras contribui-se para o diagnóstico
médico e tratamento.
Várias amostras são enviadas ao laboratório para exames microbiológicos para
analisar secreções (produto de uma glândula, por exemplo, biliares) e
excreções (substâncias que são removidos do corpo, por exemplo, fezes),
frequentemente estudadas para isolar e identificar os micróbios infeccioso.

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Os enfermeiros devem preocupa-se com o resultado dos testes realizados e
anexá-lo ao processo do paciente.

Objectivo:
_ Utilizar os resultados da investigação clínica para diagnosticar e acompanhar
o progresso do paciente durante o tratamento.

COLHEITA DE AMOSTRAS
PRECAUÇÕES
 Explicar ao paciente o procedimento para que colabore
 Recipiente adequado à amostra que se vai recolher
 Recipiente limpo e seco por dentro e por fora para evitar contaminação e
em algumas amostras, é necessário recipiente estéril.
 A amostra deve ser suficiente de acordo com as normas do laboratório
 Rotular o recipiente em forma clara com os seguintes dados:
 Nome e apelido
 Número do processo clínico
 Serviço onde está internado
 Número de cama
 Data e hora da colheita
 Se a amostra vai para outro hospital ou instituição deve constar o
nome do hospital de onde procede o paciente.
 Antes de colher a amostra certifique-se que tem prescrição médica.
 Em caso do paciente estar a fazer antibiótico deve assinalar-se na
requisição.
 A amostra deve seguir de imediato para que se não decomponha e dê
resultados falsos
 Algumas vezes o laboratório indica quando se deve colher a amostra.
 Deve-se anotar no modelo qualquer dado anormal relativo ao aspecto da
amostra

Antes do procedimento:
_ Prepare o paciente.
_ Explique ao paciente o que vai fazer.

70
_ Explique como o paciente pode ajudar no teste.
_ Receber a orientação médica sobre o significado do teste.
_ Proporcionar a privacidade necessária do procedimento.
_ Cubra o paciente para o conforto e para facilitar a prova (se necessário).
_ Ajuda o paciente a tomar a melhor posição para fazer o teste.

Preparação com o Material


_ Reúna todo o material necessário (dependendo da colheita, por exemplo,
punção lombar)
_ Mantenha o material estéril antes e durante colheita ou teste.
_ Preparar os recipientes necessários para depositar as amostras e rotulá-las

Preparação do ambiente:
_ Feche as janelas e evitando as correntes de ar.
_ Dar privacidade para o ambiente. Coloque o parado (se necessário).
_ Coloque o equipamento da forma mais conveniente para o uso por pessoas
que irão realizar o procedimento assim.
_ Fornecer uma cadeira para o médico ou técnico, se necessário.
Durante o procedimento:
_ Tranquilize o paciente e ajudá-lo a trabalhar com o teste.
_ Dê assistência física para estar na posição indicada.
_ Ajuda no manuseio do equipamento, caso seja necessário.
_ Observar as reacções do paciente para o procedimento.
Após o procedimento:
_ Aplicar medidas de enfermagem para o paciente ter o máximo de conforto e
para evitar complicações.
_ Observe com cuidado para as reacções adversas no paciente.
_ Insira as informações necessárias no registro ou processo clínico do
paciente.
_ Enviar as amostras ao laboratório em recipientes rotulados, como deve ser.
_ Limpe e ordem do equipamento utilizado.

As amostras de sangue

71
Recolha de amostras de sangue. Ele consiste em tirar sangue para determinar
os valores normais de seus componentes e à presença de componentes
anormais, tais como microorganismos.

Considerações gerais.
A colheita de amostras de sangue tem um significado prático no cuidado do
paciente, a sua relação com o estado clínico como um todo. Com a análise de
sangue pode fazer determinações de valores normais dos seus componentes.
Punção venosa, a qual envolve o picar uma veia com uma agulha para obter
uma amostra de sangue, é geralmente praticado no sangradouro (dobra do
cotovelo), é menos comum no pulso, no dorso da mão ou do pé, ou em
qualquer outra veia. A punção de veias das pernas aumenta o risco de
tromboflebite e embolia, por isso deve ser evitado sempre que possível.
Punção venosa deve ser realizada com cautela em pessoas com distúrbios
hemorrágicos ou recebendo terapia anticoagulante. Nunca retire uma amostra
de sangue venoso de um indivíduo a ser utilizado para administração
terapêutica ou intravenosa de sangue, conforme pode alterar os resultados do
teste, nem para a amostra a partir de um local infectado, como este corre o
risco de introdução de agentes patogénicos no sistema vascular.
Se a pessoa tem distúrbios hemorrágicos ou recebendo terapia
anticoagulante , retire a agulha e mantenha o local da punção por 5 min , pelo
menos , para evitar a formação de um hematoma.
A complicação mais comum da punção venosa é a formação de um hematoma
e má técnica pode resultar numa infecção.

Precauções:
_ Preparar psicologicamente o paciente e explicar o propósito da análise para
que se sinta confiante, seguro e cooperar na extracção da amostra.
_ O paciente deve estar em jejum desde a ingestão de alimentos podem alterar
as concentrações de componentes sanguíneos.
_ Executar a limpeza mecânica dos braços do paciente (dependendo de sua
saúde) antes da extracção
_ Para realizar a extracção, o paciente deve ser deitado ou sentado, porque
observando o sangue muitas pessoas se impressionam desagradavelmente, ou

72
sofrer desmaios e pode cair ou bater.
_ As amostras laboratoriais devem ser frescas e entregues atempadamente, de
modo que o resultado seja real
_ O equipamento a ser utilizado deve ser esterilizado, agulhas e seringas
devem estar secos para evitar a hemólise.
_ Quem faz a colheita deve estar ciente do tratamento adequado - manipulação
de material esterilizado e desinfecção da região; cada vez que vai palpar a veia
a ser pusionada, isto é, se quando se faz a primeira punção não se obtém
sucesso, é necessário desinfectar novamente a região sondada, tantas vezes
quantas as necessárias.
_ O tubo de onde a amostra é depositado deve conter anticoagulantes.
_ registe no processo clínico: data, hora, local da punção venosa, ao enviar a
amostra para o laboratório e os efeitos colaterais que surgem, como hematoma
ou ansiedade.
_ Fornecer alimentos para o paciente após a colheita de sangue.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra de sangue e anexá-lo ao processo.
_ Recordar ao médico que os exames pedidos já têm os resultados no
processo do paciente.

Amostras de urina
Recolha de amostras de urina.
Consiste na colheita de urina, que é uma solução aquosa composta por
substâncias orgânicas e inorgânicas, dos quais a maioria é o produto de
resíduos do metabolismo celular.

Amostra simples de urina


Objectivo:
Ajudar a determinar a função renal.
Precauções:
_ Recolha da primeira urina da manhã, porque tem mais a uniformidade da
concentração de volume e o pH é inferior, o que assegura uma melhor
conservação dos elementos figurativos.

73
_ A urina deve ser colhida directamente para o frasco, se não for possível, use
um recipiente limpo para evitar a contaminação, desperdiçar o primeiro jacto de
urina e recolher o jacto intermédio.

Material
_ Frasco com tampa ( 60 a 100 ml ) , rotulado .
_recipiente graduado (se necessário)
_ Urinol, arrastadeira ou recipiente limpo.
_ Colector de urina pediátrica.
_ Biombo ( se necessário ) .
_ bacia ( se necessário ) .
_ Sabão, água e toalha ( se necessário ) .

Procedimentos:
Inváveis funcionais Gerais.
_ Manter privacidade do paciente (biombo, se necessário) .
Variáveis funcionais:
_ Dê o frasco para o paciente, se ele pode colher a amostra, caso contrário ,
coloque a arrastadeira , em seguida, coloque o frasco onde vai recolher para
enviar ao laboratório . Se precisa para medir e registrar débito urinário,
esvaziar a urina restante no recipiente graduado. Caso contrário, descarte. Se,
acidentalmente, derrame de urina na parte externa do recipiente, limpa e seca
para evitar possível contaminação cruzada.
_ Dê a água paciente, sabonete e toalha para limpar as mãos.
_ Se o paciente tem sonda vesical permanente, 1º feche a sonda durante 15m,
depois recolha a amostra colocando directamente o frasco na ponta da sonda
_ Observe características da urina ( cor, se límpida ou turva e cheiro).
_ Rotular o recipiente com o nome do paciente, número da cama, serviço, data,
hora da colheita e enviá-lo imediatamente para o laboratório.
Invariantes funcionais Gerais.

Colheita de urina por um determinado período.


É a colheita de urina num período de tempo (por exemplo 24h), para fins de
diagnóstico.

74
Considerações gerais.
Dado que as hormonas, proteínas e electrólitos são excretados pela urina em
pequenas quantidades e variáveis , muitas vezes, as amostras de urina para
medir essas substâncias devem ser colhidas durante um período prolongado, a
fim de reunir quantidades com valor de diagnóstico. O mais comum é recolher
a urina de 24 horas, porque desta maneira se pode avaliar a média de
eliminação das substâncias removidas durante este tempo. Este tipo de
amostra também pode ser recolhido em intervalos mais curtos, como por
exemplo 2 a 12 horas, dependendo da informação específica desejada. Além
disso, uma amostra de urina recolhida ao longo de um período específico pode
ser prescrita após a administração de uma dose de uma substância
estimulante, para identificação de diversos distúrbios renais.

Objectivo:
_ Obter amostra de urina num determinado período para avaliar a função renal.

Precauções:
_ Quando começar a colheita de urina para um determinado período de tempo,
certifique-se que, no final, o laboratório está aberto para receber a amostra, o
que ajudará o teste seja rápido e preciso. Se por acaso uma amostra no tempo
de colheita se desperdiçou, iniciar de novo.
_ Nunca guarde uma amostra de urina num frigorífico contendo alimentos ou
drogas, para evitar a contaminação.
_ Se o paciente tiver colocado um cateter urinário permanente (sonda vesical),
coloque ao lado da cama e um recipiente com gelo sobre o saco de recolha.
_ A perda acidental de urina durante o teste pode resultar em hospitalização
prolongada por mais de um dia, o que pode provocar ao paciente transtornos
pessoais e económicas. Portanto, é importante comunicar a necessidade de
toda a urina ao pessoal assistente, aos familiares e visitantes.
_ Explicar ao paciente ou acompanhante deve começar a recolher a urina às
6:00 horas da manhã, pelo que deve esvaziar a bexiga para a amostra de 24 h.
_ A amostra deve ser guardada no frigorífico.

75
_ Evitar a contaminação com fezes e papel higiénico (contém bismuto e alterar
os resultados do teste).
_ Explicar restrição dietética ou medicamentosa.

Urocultura
Requer amostras de urina asséptica para determinar a presença de
microorganismos patogénicos

Objectivo:
_ Para determinar a presença de germes patogénicos em amostras de urina ,
de forma asséptica .

Material:
_ Frasco de 60 a 100 ml estéreis, rotulados.
_ Soluções desinfectantes.

Procedimento:
Invariantes funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Orientar o paciente para fazer a higiene dos genitais com água e sabão, e
depois a com um desinfectante, 2º indicação médica.
_ Peça ao paciente para eliminar a primeira urina e que recolha directamente
para o frasco a urina do jacto médio para evitar a contaminação da amostra. O
resto da urina deve ser descartado.
_ Enviar a amostra para o laboratório, acompanhado por prescrição médica.
Invariantes funcionais Gerais.

Amostras de fezes
As fezes são resíduos do corpo, contida no cólon, que é evacuada por
defecação.

Considerações gerais.
As fezes são o produto de resíduos de digestão, por isso, é necessário removê-
los.

76
A quantidade de fezes varia muito com dieta e outros factores. A média é de
200 g em 24 h. Uma ou duas dejecções por dia pode ser considerado normal,
até uma evacuação a cada 2 ou 3 dias é comum entre as pessoas saudáveis.
Em cada caso deve ter-se em conta o hábito intestinal. Tipicamente, a
deposição deve ser sólido e " moldada ", ou seja, cilíndrica, consistente, e
manter esta forma após ser excretado. Quando obstipado, elimina-se pouco,
pequeno, duro, e muitas vezes, tipo bolinhas. Na diarreia, as fezes são fluidas,
pastosas ou líquidas. As fezes moldadas com pequeno diâmetro aparecem na
estenose de cólon distal ou do recto.
Normalmente, com uma dieta mista, as fezes são castanhas, mais ou menos
escura, em adultos, e escurece com o passar do tempo e exposto ao ar.
Podem variar de cor de acordo com a dieta e ingestão de certos
medicamentos. Assim, nota-se que uma dieta de leite, fezes torna-se um
amarelo canário, e devido à ingestão excessiva de café podem escurecer. As
fezes diarreicas são geralmente claras, embora haja excepções.
Os produtos de decomposição são responsáveis pelo odor desagradável
normal das fezes.
Tornam-se fezes inodoras durante o tratamento com antibióticos. O
aparecimento de muco nas fezes é reconhecível macroscopicamente. Pode ser
separado ou misturado, dando às fezes uma aparência brilhante, geralmente
vem de intestino delgado, ao contrário se aparece listrado origina-se no cólon
distal.
De acordo com a prática comum, uma amostra de fezes é limitado à busca de
parasitas intestinais, ovos , por exemplo, você pode encontrar Trichuris trichiura
, Ascaris lumbricóides e outros. Testes bacteriológicos também são feitos para
detectar bactérias intestinais patogénicas, como Salmonella tiphy , Escherichia
colli e outros.

Objectivo:
_ Determinar a presença de sangue, parasitas e seus ovos, bílis, substâncias
ingeridas como drogas com fins de diagnóstico.

Precauções:
Colheita de amostras de preferência pela manhã.

77
_ Não misturar as fezes com urina ou água, porque os tropozoítos são
destruídos, ou com papel higiénico, pois contém bismuto e alterar os resultados
do teste.
_ Utilize um frasco limpo.
_ Não deve ser após o banho de assento, depois de toma de antibióticos,
corantes para estudos radiográficos da vesícula biliar, antiácidos não
absorvíveis, enemas evacuantes, alimentos gordurosos ou drogas em
pacientes aos quais se vão colher amostras para análise bacteriológica.
_ Lembre aos pacientes e ou família as medidas de higiene, se eles próprios é
que vão fazer a colheita.
_ Nunca guarde uma amostra de fezes num frigorífico que contenha alimentos
ou drogas.
_ Se as fezes têm aspecto estranho, informe o médico.

Material:
_ Frasco de boca larga, rotulado.
_ Espátula ou dispositivo para colher as fezes.
_Arrastadeira limpa.
_ Papel higiénico ou similar.
_ Biombo
_ Papel (para envolver depressivo utilizado).

Procedimento:
Invariáveiss funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Orientar o paciente para lembrar quando tiver desejo irresistível para defecar.
_ Coloque o biombo.
_ Fornecer arrastadeira.
_ Dê o frasco e dizer ao paciente para recolher com a espátula, uma pitada (1
ou 2 g) de fezes; passar isso para o frasco e tampar. Se o paciente não é
capaz de colher a amostra, os enfermeiros executam. Se as fezes têm sangue,
muco ou pus, não se esqueça de incluí-los na amostra.
_ Envolver em papel a espátula para ser descartada.

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_ Enviar a amostra para o laboratório imediatamente, acompanhada da
prescrição médica, pois uma amostra fresca permite resultados mais precisos.
Se você não pode enviá-lo em breve, manter refrigerada, não mantenha aa
amostra fecal refrigerada, se for pesquisa de ovos e parasitas, este é estudado
logo que é obtida.
_ Se o paciente for incapaz de ir à casa de banho, adicionado outra
arrastadeira, no caso das mulheres, e um urinol no caso os homens, para que
o paciente urine.
Invariáveis funcionais Gerais.

Anote no processo clínico a hora da colheita e transporte para o laboratório.


Descreva cor, odor, consistência e qualquer característica incomum das fezes,
também explica se o paciente teve dificuldade em defecar.

Amostra de expectoração
Expectoração - Secreção de muco produzido pela mucosa que existe nos
bronquíolos, brônquios e traqueia; ajuda a proteger contra a infecção nas vias
respiratórias.

Considerações gerais.
A expectoração é geralmente um exsudado purulento, mais ou menos a partir
de produtos expelidos pelos brônquios ou pulmões . Quando estas secreções
são expelidos a partir do sistema respiratório, geralmente contendo leucócitos,
células epiteliais, as bactérias e poeiras, tudo isto é misturada com saliva,
secreções nasais, células mortas e as bactérias da flora oral. O aparecimento
destes fluidos são variáveis e pode ser aquoso (um líquido incolor), com
espuma ou viscoso (um muco espesso e exsudado pegajoso).
A expectoração também pode ser descrita por cores: verde, amarelo, com
sangue ou cinzenta. Por vezes, a expectoração tem um odor característico que
pode ser, por exemplo, irritante (mau cheiro) ou doce. Pacientes com distúrbios
respiratórios frequentemente têm expectoração. Deve observar a expectoração
em relação à quantidade, à cor, à consistência, ao odor e a presença de
material estranho, tal como o sangue ou pus. A característica da expectoração
depende do tipo de doença do paciente, por exemplo, a expectoração de

79
pacientes com enfisema ou bronquite crónica é geralmente espessa e viscosa,
enquanto que em doentes com edema pulmonar é geralmente de uma cor -de-
rosa e espumoso. A hemoptise é a expectoração que tem estrias de sangue.

Recolha de expectoração bacteriológica e citológica


Consiste em colher uma amostra de expectoração para cultura a fim de
identificar microorganismos patogénicos na árvore respiratória

Expectorar: consiste em expulsar o muco dos pulmões.


O método comum para a colheita de amostras é expectorar, o que pode
requerer a nebulização.
Hidratação com percussão torácica e drenagem postural.

Exame bacteriológico consiste na pesquiza de presença de bactérias


patogénicas, como a Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae e outros

Técnica de colheita de expectoração bacteriológica e expectoração para


Bacilo Ácido Alcoólico Resistente (BAAR)

Objectivos:
_ Pesquisar gérmenes patológicos a nível da árvore respiratória
_ Detectar a existência do bacilo da tuberculose (TB) no BAAR.

Precauções:
_ O paciente deve enxaguar a boca para ficar livre de alimentos e pasta de
dentes ou de resíduos ou medicamentos via oral, pode lavar os dentes.

_ A descarga de saliva de nasofaringe não deve ser misturado com escarro, a


amostra deve ser colhida antes de iniciar o tratamento.
_ Os recipientes para a colheita deve estar limpos e se possível, estéreis.
_ A colheita deve ser feita de manhã, depois de uma tosse produtiva e
profunda (prévia remoção da saliva). Colher p6elo menos 15 ml de escarro.
Este procedimento (tosse) deve ser feito em lugar isolado e ventilado, para

80
proteger os funcionários dos núcleos de gotículas, que o paciente
descarregada ao ar livre.
_ A amostra a ser transportada deve ser bem rotulada com os nomes do
paciente, o nome da instituição a que pertence; acompanhada da indicação
médica e indicar se o paciente está a fazer tratamento com antibióticos.
_ Antes de enviá-la para o laboratório, examine-o para se certificar de que é, de
facto, escarro, não saliva, pois isso levará a resultados imprecisos.
_ O enfermeiro deve estar atento ao resultado para a tomada medidas
posteriormente.

Material
_ Recipiente, de preferência de cor âmbar, estéril, com tampa.
_ Copo com anti-séptico bucal (se necessário).
_ Recipiente para lixo.
_ Lenços ou panos descartáveis.
_ Frascos com solução fixadora.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Posicionar o paciente na cama, em um ângulo de 90 °, ou sentado numa
cadeira.
_ Orientá-lo para expectorar no frasco para obter a quantidade de amostra
necessária.
_ Feche o frasco rapidamente.
_ Recolha o frasco.
_ Rotular o frasco e enviá-lo ao lugar onde ele é processado, evitar a ruptura
ou derrame.
Invariáveis funcionais Gerais.

A enfermeira regista no processo clínico a quantidade de expectoração, da


seguinte forma: escassa, abundante e suas características.

81
Colheita de expectoração em crianças. É realizado pelo pediatra ou por
pessoal treinado.

Citologia da expectoração. Citologia de escarro consiste em verificar ou não


a presença anormal de células, por exemplo, células malignas atípicas no
câncer de pulmão, leucócitos, eosinófilos que se encontram em grande número
na expectoração da asma brônquica paroxística e outros.
Objectivo:
_ Determinar a existência anormal de células malignas, leucócitos, eosinófilos e
outros.

Precauções:
_ O frasco para a colheita, a amostra deve ser estéril.
_ Colheita feita nas primeiras horas da manhã.
_ Seguir rigorosamente as medidas de assepsia e anti-sépticas, pois pode
infectar e contaminar a amostra.
_ A ordem médica deve especificar caso o paciente está recebendo
antibióticos, pois estes podem alterar os resultados.
_ Realizar a lavagem da boca antes de colher a amostra para evitar a
expectoração contendo restos de comida em outras substâncias.
_ Confirme se recolhei expectoração e e mantenha o recipiente fechado.
_ A amostra pode ser feita em 3 dias consecutivos, até que se obtenha uma
amostra adequada, o frasco deve permanecer fechado.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra obtida.

Material:
_ Frasco de cor âmbar com boca larga, com tampa estéril, com solução
fixadora e rotulado.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Leve o frasco para o lado do paciente

82
_ Diga ao paciente que tussa energicamente, nesse momento, destape a
tampa do frasco, recolha a amostra e observe as características da
expectoração, tais como: cor (amarelo, esverdeado, branco, com sangue) e
consistência (purulenta ou serosa) .
_ Tampe o frasco novamente.
_ Enviar a amostra para o laboratório juntamente com a ordem médica.

Invariáveis funcionais Gerais.


O enfermeiro regista no processo clínico a quantidade da amostra da seguinte
forma: amostra escassa ou abundante, conforme o caso e características da
expectoração.

PARASITAS

A parasitologia é a parte da biologia que estuda os fenómenos de dependência


entre os seres vivos, é a ciência que se ocupa do estudo dos protozoários,
platelmintes e artrópodes que afectam o homem

Parasita: é um organismo que vive a totalidade ou parte da sua existência no


interior ou exterior de outro organismo vivo, que se considera seu hospedeiro,
onde consegue obter o meio e os nutrimentos necessários para o seu
crescimento e reprodução. Isto não implica que o parasita tenha que causar
mal ao seu hospedeiro. Pelo contrário, os parasitas melhor sucedidos são
aqueles que conseguem a sobrevivência, o crescimento e a propagação tanto
do parasita como do hospedeiro

Hospedeiro: são aqueles organismos vivos (vertebrados ou invertebrados)


implicados no ciclo evolutivo dos parasitas aos quais recebem ou alojam. No
seu conceito mais amplo, é o animal que recebe o parasita.

Hospedeiro definitivo: é o organismo vivo que aloja a forma adulta do


parasita ou no qual o parasita se reproduz sexualmente.

83
Hospedeiro intermédio: é o organismo vivo que aloja as formas larvares no
desenvolvimento do parasita no qual este se reproduz de maneira assexual.

Associações biológicas: há vários tipos de interacções nas quais 2


organismos se associam para viver: parasitismo, comensalismo, mutualismo e
simbiose.

Parasitismo: um ser vivo (parasita) se aloja em outro de diferente espécie


(hospedeiro) do qual se alimenta. Desde o ponto de vista biológico os mais
adaptados ao hospedeiro são os que menor dano lhe provocam. O parasitismo
não é uma condição anormal nem necessariamente patogénica

Comensalismo: associação de duas espécies diferentes, onde só um dos dois


obtém benefício, mas nenhum é prejudicial, isto é, o parasita tira todo o
benefício para si sem nada em troca, mas não prejudica em nada o hospedeiro

Mutualismo: associação de duas espécies diferentes para benefício mútuo.

Simbiose: associação íntima entre dois organismos de distintas espécies para


benefício mútuo e sem o qual não pode subsistir. Estão unidos tão intimamente
que não podem viver separados.

Entre os parasitas mais frequentes encontram-se:


1. Protozoários.
2. Fungos.
3. Vírus.
4. Bactérias.
5. Platelmintes.

1- Protozoários: são organismos eucarióticos, protistas unicelulares, que se


distinguem em 2 formas: o trofozoóide ou forma vegetativa e o quisto que é um
elemento de resistência e multiplicação. Realizam a sua mobilidade à custa de
flagelos, cílios, pseudópodes ou por movimentos ondulantes e deslizantes do
corpo celular.

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Dentro dos protozoários encontramos:

Giardia lamblia: este parasita constitui uma das principais infecções intestinais
do homem, e está presente em forma endémica nos países subdesenvolvidos.
Pode chegar a produzir surtos de infecção através da ingestão de águas ou
alimentos contaminados e por transmissão de pessoa a pessoa.
Manifestações clínicas: diarreia, dores abdominais, cólicas, provocam rápida
perda de peso e má absorção de gorduras, náuseas e diminuição do apetite.
Pode observar-se manifestações extra intestinais como urticária e em alguns
casos bronquite.

Entamoeba histolitica: constitui uma espécie patogénica. Pode habitar no


lúmen intestinal, invadir a parede do intestino e incluso, realizar migrações para
tecidos e órgãos afastados.
Manifestações clínicas: diarreias sanguinolentas, cólicas intestinais, entre
outros.
.
Trichomonas vaginalis: é um parasita cosmopolita e se localiza no trato
geniturinário da mulher e do homem.
Manifestações clínicas: são mais frequentes e importantes os sintomas no
sexo feminino. No homem provoca sintomas escassos ou nulos.
Na mulher, parece vulvovaginite de evolução aguda ou crónica e o sintoma ou
sinal mais comum é a leucorreia, que se apresenta como uma secreção de tipo
purulenta e espumosa. A leucorreia pode ser variável em quantidade, de color
que pode ser amarelado, esverdeado ou cinzento, inodora ou de um odor forte.
Outros sintomas são o prurido vulvar, o ardor e a irritação genital dolorosa. Em
algumas ocasiões disúria.
No homem: é muitas vezes assintomático, ou pode provocar uretrite,
prostatite, cistite, epididimite esterilidade.

3- Fungos: são microrganismos eucarióticos, não fotossintéticos, imóveis,


alguns possuem cápsulas, são aeróbios, podem ser uni ou pluricelulares e
reproduzem-se sexual o assexualmente por esporas.

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Exemplo de enfermedades producidas por fungos:
1. Pitiríase versicolor.
2. Tinha negra.
3. Dermatofitose.
4. Candidíase (genital, oral), balanite, esofagite, onicomicose, endocardite.
5. Histoplasmose.

4- Bactérias: são organismos procariotas que, por seu pequeno tamanho, é


necessário observá-las ao microscópio. Segundo a sua forma podem ser:
cocos, bacilos e esporos, agrupam-se em cadeias, cachos, pares. Pintam-
se para facilitar a sua observação ao microscópio.

Dentro das bactérias incluem-se.


1. Clamídias e Riquétsias.
2. Micoplasma.
Se as células ficam unidas depois da divisão celular formam
agrupamentos característicos.
1. Estreptococos (agrupam-se em cadeia). Ex. Estreptococo
2. Estafilococos (agrupam-se em cacho). Ex. Estafilococo.
3. Diplococos (agrupam-se aos pares). Ex. pneumococo.
Microorganismos de grande interesse na práctica diária.
1. Streptococcus pneumoniae ou pneumococo. São parte da flora
normal do homem e podem causar pneumonia, meningite, otite, e outros
processos infecciosos.
2. Mycobacterium tuberculosis: produzem doenças granulomatosas
crónicas como a tuberculose pulmonar.
3. Mycobacterium leprae: bacilo da lepra. (HANSEN).
4. Escheria coli: é a bactéria entérica mais abundante no intestino do
homem, e portanto, forma parte da flora normal do tracto
gastrointestinal, pode provocar doenças diarreicas agudas e fora de sua
localização habitual pode produzir infecção urinária.

86
5. Proteus: encontra-se na flora normal intestinal, são resistentes aos
antibióticos, nas infecções urinárias, septicémias e lesões purulentas em
diferentes zonas.
4- Vírus: são os agentes infecciosos mais pequenos que carecem de
estrutura celular (não têm núcleo, membrana o parede celular). Contem
um só tipo de ácido nucleico (ARN ou ADN) como genoma. São
partículas que adquirem vitalidade e se reproduzem quando entram
numa célula de um hospedeiro susceptível, pois se multiplicam
unicamente dentro das células vivas.
Os vírus que contêm ADN são: adenovírus, herpes vírus, entre outros,
e os que contêm ARN são: retrovírus rabdovírus, etc.
Exemplos de vírus:
1. Vírus da hepatite A. (VHA), provoca a hepatite A. (Hepatovírus)
2. Vírus da hepatite B. (VHB), provoca a hepatite B.
3. Vírus da Imunodeficiência Humana. (VIH), provoca o SIDA.
( Retrovírus)
4. Vírus de Dengue, serotipos 1,2,3,4. (Flavivírus)

5- Platelmintas: são seres multicelulares, amplamente difundidos na


natureza.
1. Áscaris lumbricoides: compara-se desde da antiguidade com a
lombriga da terra. A fêmea mede de 20 a 30 cm. de comprimento e de 3
a 6 mm de diâmetro; o macho de 15 a 20 cm De comprimento e de 2 a 4
mm de diâmetro. As larvas adultos vivem no lúmen do intestino delgado,
são de cor rósea quando estão vivos e branco – amarelados.
2. Taenia Saginata: (lombriga solitária) a adulta mede de 4 a 10 m de
comprimento, é plana de cor branco sujo.
3. Fascíola hepática: afecta tanto o homem como a ovinos, caprinos e
bovinos. Mede de 2 a 3 cm de comprimento por 1 a 1.5 cm. Na sua
porção mais larga. Se localiza nos canais biliares.

87
UINDADE 3: ADMISSÃO HOSPITALAR E ATENÇÃO NO DOMICÍLIO

Tema 3.1 O CORPO HUMANO

ORGANISMO é o conjunto de partes organizadas ou órgãos que constituem o


corpo humano. Considera-se como uma forma superior de evolução da
matéria, composto principalmente por macromoléculas biológicas. Relacionado
com o ambiente e apresenta uma estrutura e desenvolvimento em particular

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO

O corpo humano é composto de diferentes estruturas interligadas que formam


um todo:
 Células: unidade estrutural e funcional do corpo
 Tecidos: grupos de células com origem estrutural e funcional similar.
 Quatro tecidos básicos são conhecidos:
O tecido epitelial.
Tecido conjuntivo ou conectivo.
O tecido muscular.
Tecido Nervoso.
 Órgãos: Composto de tecidos que têm funções específicas e têm uma
certa forma e posição no corpo.
 Sistemas e aparelhos: Criada por um grupo de órgãos que executam
uma função comum.

SISTEMAS E APARELHOS DO CORPO HUMANO

De acordo com as suas funções podem ser classificados em quatro


grupos:

88
 Somática ou vida animal (tegumentar e músculo-esquelética)
 Sistemas visceral e fisiológico (digestivo, respiratório, endócrino,
urogenital)
 Sistema circulatório (vascular, sanguíneo e linfático)
 Sistema nervoso (central e periférico), relacionado com os órgãos dos
sentidos.

INTEGRIDADE DO ORGANISMO HUMANO:


Constituído por um todo único, cuja integridade está assegurada pela
associação das diferentes estruturas, unidas por meio do tecido conectivo, os
líquidos circulantes e o sistema nervoso. Que no seu conjunto formam a
unidade do PSIQUICO E DO SOMATICO.

REGIÕES DO CORPO HUMANO:


Existem grandes regiões do corpo humano e subdividem-se em outras cada
vez mas pequenas:
 Cabeça: crânio e face.
 Pescoço: região anterior, esternocleidomastóideo lateral e posterior.
 Tronco: dorsal, peitoral, abdominal e peritoneal.
 Membros superiores: deltóide, braço, cotovelo, antebraço e mão (seus
componentes).
 Membros inferiores: glútea ou nádega, coxa, joelho, perna e pé (seus
componentes)

REGIÕES DO CORPO HUMANO

89
TERMINOLOGIA
MORFOLÓGICA:
Conjunto de termos
técnicos empregues
para designar
estrutura que compõe
o organismo.

POSIÇÃO ANATÓMICA:
Considera-se o corpo em posição vertical ou de pé, de
frente (às pessoas) com o olhar fixo no horizonte; os
membros inferiores juntos com os pés paralelos, membros superiores
alinhados com o corpo de ambos os lados com as palmas das mãos orientadas
para a frente.

90
TIPOS CONSTITUCIONAIS:

Morfológicamente clasificam-se em três formas:


1. Longilíneo: De crescimento preponderante en longitude, delgado e alto.
2. Brevilíneo: Preponderante em altura, forte e baixo.
3. Mesolíneo o Normolíneo: Posição intermédia entre os dois anteriores.

EIXOS E PLANOS DO CORPO HUMANO:

1. EIXOS: São linhas imaginárias que atravessam o corpo humano, se


empregam para estudar a mecânica articular ao supor que todo corpo
gira ao redor de um eixo.
 Eixo Sagital: paralelo ao solo e à sutura sagital do crânio entre os ossos
parietais.
 Eixo Coronal ou frontal: paralelo ao solo e à sutura coronal do crânio
entre os ossos parietais e frontal.
 Eixo Vertical: perpendicular ao solo e paralelo à longitude do corpo.

2. Planos: Superfícies imaginárias que cortam o


corpo e se utilizam para estudar estruturas situadas
ao mesmo nível.
 Plano Sagital: perpendicular ao solo e paralelo à
sutura sagital do crânio. Divide o corpo em duas
partes: direita e esquerda. É denominado também
como Plano médio.
 Plano Coronal ou frontal: perpendicular ao solo e
paralelo à sutura coronal do crânio, divide o corpo
humano em duas partes, anterior posterior.
 Plano Horizontal: Paralelo ao solo e ao horizonte,
dividindo o corpo em superior e inferior.

91
TERMINOLOGIA GERAL MAIS UTILIZADA: CORPO HUMANO
 Anterior: pela frente.
 Posterior: por trás.
 Superior.
 Inferior.
 Direito ou esquerdo.
 Médio ou mediano (plano médio).
 Lateral. (afastado do plano médio).
 Intermédio. (entre dois pontos).
 Externo e interno.
 Superficial e Profundo.

TERMOS RELATIVOS AOS MEMBROS:

 Proximal, mediana e distal: Relativos ao ponto de fixação dos membros


com tronco.
 Radial e cubital. (antebraço)
 Perónio e Tíbia ( ossos da perna)
 Palmar e Dorsal. (mão)
 Palmar e Dorsal. (pé)

SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR (SOMA)


É também conhecido como aparelho músculo/esquelético.
Os órgãos que desempenham a função de locomoção - mecânica animal.

Órgãos que compõem o SOMA:


 Ossos
 Músculos

92
 Articulações.

FUNÇÕES SOMA
1- Protecção
2- Segurança
3- Movimento e equilíbrio
4- Forma.
CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DE OSSO:

1 - Localização e direcção do esqueleto da região em causa.


2 - Funções gerais ou esqueleto mecânica fundamental da região.
3 - Tipo de ossos que predominam pela sua forma.
4 - Origem dos ossos (Locação mesodérmica) e ossificação (membranoso e
cartilaginoso) que predomina na região.
5 - Nome e localização dos ossos.

MECÁNICA CORPORAL:
É a inter-relação dos vários sistemas mecânicos do corpo, principalmente os
sistemas esquelético, muscular e visceral e a sua associação com o sistema
nervoso
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Manter o corpo sob o centro de gravidade, dobrando as ancas e joelhos,
em vez de dobrar ao nível da cintura, que distribui uniformemente o peso
entre a metade inferior e superior do corpo e ajuda a manter o equilíbrio.
2. Apoiando-se sobre uma ampla base de suporte, o que é conseguido
através da separação dos pés, o que vai proporcionar a estabilidade
lateral e diminui o centro de gravidade.
3. 3. Manter as relações correctas (ou alinhamento) das partes do corpo
diferentes uns dos outros, movendo-se os seus pés, para evitar a torção
e flexão da cintura, mantém o centro de gravidade directamente por
cima da base de apoio.

93
PRINCÍPIOS QUE REGEM O MOVIMENTO DO CORPO:

Mecânica corporal é baseada em princípios científicos que não só se reduzem


à prática da enfermagem, mas favorece a vida saudável de todas as pessoas:
Os músculos tendem a trabalhar em grupos e não individualmente.
A fadiga dos grandes músculos é menor que a dos de pequenos
músculos.
O movimento activo produz contracção dos músculos, geralmente é
prescrito movimentos activos e passivos aos pacientes.
Os músculos são encontram-se em ligeira contracção, estado
designado como o tonos muscular.
A estabilidade é maior quando um objecto tem uma base de apoio larga
e um baixo centro de gravidade, e quando a partir do centro de
gravidade cai uma linha perpendicular dentro da base de apoio.
O esforço necessário para mover um corpo depende da resistência e
da sua gravidade
A força necessária para manter o equilíbrio de um corpo aumenta à
medida que a linha de gravidade se afasta do fulcro.

94
As mudanças de actividade e posição, ajudam a preservar o tónus
muscular e prevenir a fadiga.
A fricção entre um objecto e a superfície sobre a qual se move afecta o
trabalho necessário para movê-lo. Quanto mais lisa a superfície que
produz menos atrito.
Empurrar ou deslizar um objecto exige menos esforço para levantar,
porque implica um movimento contra a gravidade.
Alguns dispositivos mecânicos reduzir o trabalho necessário no
movimento.
Próprio preço serviu para contrabalançar o peso do paciente requer
menos energia em movimento.

ACTIVIDADE PRÁTICA:
6 grupos de 5 ou 6 estudantes cada um e estudam os seguintes métodos de
atuação em Enfermagem
1- Ajudar o paciente a mover-se para o bordo da cama.
2- Ajudar o paciente a levantar os ombros.
3- Ajudar o paciente a mover-se para a cabeceira da cama.
4- Ajudar o paciente a pôr-se de lado.
5- Ajudar o paciente a sentar-se na beira da cama.
6- Ajudar o paciente inválido a levantar as nádegas.

Estudo Independente

Mobilização do paciente acamado.

3.2 O EXAME FÍSICO NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

O EXAME FÍSICO é a exploração corporal que pratica o médio ou enfermeiro a


cada pessoa saudável ou doente, para reconhecer suas características físicas

95
ou sinais produzidos em caso de doença, este teste é realizado através dos
cinco sentidos e instrumentos.

DIFERENTES POSIÇÕES DURANTE A REALIZAÇÃO DE EXAME FÍSICO:


- Se o paciente pode andar, uma inspecção geral é feito geralmente em pé, ou
seja, valoriza-se a sua postura, a sua aparência geral, e procurar-se sinais e
sintomas da doença.
- Sentado: explorar a face, cabeça, pescoço, sistema respiratório, sistema
cardiovascular e membros superiores.
- Decúbito dorsal: sistema cardiovascular, abdómen, membros inferiores e
manas.
- Posição geno-peitoral ou Sim: para examinar o recto.
- Posição de litotomia: usado para testes e operações no trato urinário e
reprodutivo de ambos os sexos.

Exame físico geral.


1. Fácies.
2. Marcha.
3. Biótipo.
4. Atitude.
5. Pele.
6. Mucosa.
7. Anexos: cabelos e unhas.
8. Tecido Celular Secular.
9. Altura
10. Peso.
11. Temperatura.

1- Fácies: a expressão facial da pessoa. Neste caso, avaliar a simetria da face,


cantos dos lábios, rugas. Observa-se também se o paciente sente-se alegre,
com ansiedade, tristeza, se há paralisia facial, entre outros.

2- Marcha: a marcha de um sujeito e consiste em 2 fases: a de apoio e de


balanço (mãos). Neste caso, recomenda-se que o paciente descalce os

96
sapatos, se possível e com a menor quantidade possível de roupa. Deve haver
sincronia de movimentos.

3- Biótipo:
- Longilíneo. (Alto, magro, pernas longas, pescoço comprido)
- Brevilíneo. (Baixo, gordo, membros curtos, pescoço curto)
- Normolíneo. (Proporções normais)

4- Atitude: Posição assumida pelo indivíduo em pé, deitado, sentado


1. Atitude de pé: observa-se a partir da frente e de perfil. Neste caso, é o
alinhamento dos ombros e as cristas ilíacas, entre outros.

Excelente. Paciente com a cabeça levantada, peito alto e bombado, abdómen


para dentro e plana. As curvas das costas dentro dos limites normais.
2. Atitude deitado:
• Decúbito dorsal.
• Decúbito ventral
• Os decúbitos, lateral direito e esquerdo.
Neste caso, valorizou a atitude activa (quando o paciente assume a posição de
sua própria vontade) e passiva (inconscientemente ou colocá-lo nessa forma).
3. Sentado. Avalia-se o paciente sentado, na posição que toma.

5- Pele. É examinado e avaliado de acordo com a idade do paciente. A


palpação deve ser leve e macia.
• Humidade. (Transpiração, pele está mais seca na parte exposta ao ar)
• Higiene e presença de lesões.
• Temperatura: normotérmica, quente ou fria.
• Coloração e pigmentação: de acordo com idade, sexo e raça.
. Palidez: pele branca, ou com um ligeiro tom amarelado. (Anemia)
. Vermelhão: cor da pele avermelhada. (Emocional - essencialmente nervoso
no rosto, causada por drogas como a atropina, a exposição ao sol, febre e
alcoólatras)

97
. Cianose é a coloração azul ou púrpura da pele. (Mostrado na insuficiência
cardíaca em pacientes que ingerem compostos tóxicos quando há má
circulação dos membros superiores e inferiores)
. Icterícia: coloração amarela da pele, dado pelo aumento de bilirrubina no
plasma sanguíneo. (observa-se em pacientes com hepatite, icterícia com
obstrução, cirrose hepática, etc)

6- Mucosas: pele que está dentro da boca, da conjuntiva, lábios, entre outros.
Estes são geralmente normocoradas (característica da cor da pele) e molhadas
(normohídrica) com uma boa higiene e livre de lesões
7- Anexos: são os cabelos e unhas.
. Cabelo: á inspecção valoriza-se a cor, quantidade, higiene e espessura e de
implantação do cabelo.
. Pode haver algumas alterações fisiológicas de acordo com as condições
biológicas: herança, entre outros
. Na infância, o cabelo é escasso, na medida em que cresce aumenta a
quantidade e torna-se mais espesso.
. Na adolescência, o cabelo começa a emergir em regiões onde havia,
principalmente na virilha e axilas, também nos rostos dos homens.
. Nos adultos, os cabelos são mais abundantes: no homem aparecem pelos no
peito, as sobrancelhas são pesadas e grossas, barba e bigodes, pelos
pubianos no formato de diamante na região infra umbilical (Monte Apollo). Na
mulher os pelos são mais finas, mais, nas sobrancelhas e cílios são menos
abundantes, aparecem nas pernas e antebraços, e púbis em forma de triângulo
(Monte de Vênus).
. Na idade crítica (nos homens) gradualmente o cabelo torna-se branco,
também na barba e pelos do corpo e surge calvície.
Nas mulheres, para além do cabelo branco, aparecem no lábio superior e no
queixo cabelo queixo pelo rijo com características da barba do sexo masculino.
Na velhice, como o passar dos anos acentuar as características que acabamos
de descrever, cada vez mais o cabelo perdido vitalidade, a queda se generaliza
e a careca torna-se mais extensa.

98
A unha normal cresce cerca de 0,5 m por semana, rosa, consistência macia e
elástica. O lanugo esbranquiçado ocupa a 5 ª parte da sua superfície.
Na unha vê-se o enchimento capilar

7- Tecido subcutâneo: geralmente é o tecido adiposo, temos que ver se o


paciente mantém um peso normal, ou se é magro, se tem diminuído ou
desaparecido o panículo, ou, pelo contrário, se é obeso apresenta-se
aumentado. O tecido subcutâneo pode ser aumentado por conter substâncias
que não são normalmente encontrados no mesmo, ou, como no edema
subcutânea, porque contém substâncias que são normalmente encontrados
nele, mas em maior quantidade do que o normal. Normalmente este não está
infiltrado, quando há infiltração é porque existe edema.

Edema: também conhecido como tumor ou inchaço ocorre quando o fluido


intersticial ou plasma que ocupa os espaços intercelulares ou intersticial, é
patologicamente aumentada. Ele pode ser causado por síndrome nefrótico,
edema nas pernas, em mulheres grávidas, problema alérgica, entre outros.
Pela palpação manifesta godé ou região sacra, região maleolar, na zona
interna da tíbia.
O tecido adiposo: retido, aumentado ou diminuído
. Em seguida, continuar com a altura, peso e temperatura.

REGIÕES DO CORPO:
 Cabeça
 Pescoço
 Tórax.
 Abdómen.
 Coluna vertebral.
 Membros superiores e inferiores.

Sistemas ou aparelhos:
Sistema cardiovascular.
Sistema respiratório.

99
Sistema renal.
Sistema genital (masculino e feminino).
Sistema nervoso.

1- EXAME FÍSICO DA CABEÇA: CRÂNIO E FACE.


 Crânio:
Inspecção: busca-se a posição, forma e proporção da cabeça no seu conjunto.
(macrocefalia, microcefalia, acrocefalia e outras)
Palpação: - Implantação dos cabelos.
- Artérias temporais

Exame do cabelo e do couro cabeludo: Observar o couro cabeludo, a anomalia


mais frequente é a seborreia. A calvície e a alopecia são comuns nos homens
de idade e é raro nas mulheres, mas às vezes aparece nos jovens. Deve ter-se
em conta la higiene do cabelo e a aparência pessoal.

1- Face. Examina-se a cara propiamente dita, os olhos, lo nariz, a cavidade


bocal e os ouvidos.
Exame da face: observar coloração da pele, tipo de fácies, linhas e rugas,
textura, simetria, lesões, cicatrizes, estado emocional, presença ou não de
manchas, expressão geral, tiques ou espasmos musculares. Estes podem
denotar um sem número de afecções, por exemplo, a doença de Cushing,
acromegalia, mongolismo e outros.

Exame dos olhos: observe a expressão dos olhos (apagados, vivos,


inexpressivos), coloração (normocorados, hipocorados, hipercorados,
ictéricos), simetria, característica da pupila, presença de lentes e prótese
ocular, movimentos involuntários (tiques, espasmos musculares), secreções
oculares e acuidade visual.
Exame do nariz: observar se há dificuldade respiratória, lesões, inflamação,
secreções e a percepção dos odores.
Exame da cavidade bocal: observe a língua (tamanho, posição, textura,
movimento, lesões), gengivas, dentes (naturais o artificiais), amígdalas, faringe,
orofaringe, laringe, mucosa oral, aspecto de las comissuras labiais, coloração

100
dos lábios (palidez, cianose, hidratação), secreções, tom de voz, dicção, hálito
(fétido, cetónico, alcoólico, higiene e gosto)
Exame físico dos ouvidos: observe a posição da cabeça para escutar, uso de
prótese auditivo, deformidades, implantação, lesões (quistos, nódulos e outros),
inflamações, secreções, tamanho e forma do ouvido externo, dor.

2- EXAME FÍSICO DO PESCOÇO:


Observe a cor, simetria (bócio, gânglios linfáticos), pulso, musculatura, veias
do pescoço (visibilidade e distensão), tique ou espasmos musculares,
movimentos (os mais frequentes são a inclinação da cabeça)
Os gânglios linfáticos normais não são visíveis nem palpáveis.
Glândula da tiróide e cadeias ganglionares.

3- EXAME FÍSICO DO TÓRAX :


Consideram-se 3 partes. Anterior, posterior e lateral
Observa-se a forma do tórax, a postura, a simetria, las deformidades ou
cicatrizes, a cor, a consistência e as características da respiração. Deve-se
examinar las condiciones higiénicas. Em relação à respiração deve-se ter em
conta se há dispneia, taquipneia. Bradipneia, apneia, e a presença de cianose,
tiragem, entre outros. Examinar-se-ão os órgãos que se encontram na
cavidade torácica. (mamas, coração e pulmões).

Exploração das mamas: observe a simetria, posição, altura, mamilos


(exsudados, retração, sangramento, ulceração e inversão), eritema, edema,
firmeza ou elasticidade dos tecidos, dor, edema, presença de manchas e
nódulos visíveis ginecomastia (volume excessivo das mamas no homem). Na
mulher se explora mediante 2 métodos de mapear: el método horário ou do
relógio e dos quadrantes.

Exame físico do Sistema Respiratório: paciente sentado, tronco nu, sempre


respeitando o pudor e la privacidade do paciente.
Na ordem de execução, com respeito às regiões por explorar, podemos seguir
os passos seguintes: primeiro se explora o plano posterior, de cima para baixo,

101
desde as regiões dos vértices até às bases, a seguir o plano anterior e
finalmente o plano lateral.
Em cada plano deve examinar-se primeiro um lado, depois o outro e
posteriormente, efectuar uma exploração comparando as áreas simétricas.
Existem diferenças fisiológicas entre um lado e o outro pelo que faz com que
em determinadas áreas os achados normais sejam diferentes entre e o lado
direito e o esquerdo.
Inspecção: Estado de la pele do tórax, do tecido celular subcutâneo (TCS) e
das estruturas músculo esqueléticas, configuração e simetria. Devemos
inspeccionar a traqueia e os movimentos respiratórios. Geralmente as
mulheres respiram com movimentos torácicos, enquanto os homens e as
crianças respiram com o diafragma. Avalia-se a frequência respiratória.
Palpação: se palpa a sensibilidade (dor), expansibilidade torácica e
intensidade das vibrações vocais.
Expansibilidade: coloca-se as mãos na região posterolateral do tórax, com os
polegares a nível da décima costela, apontando para a coluna. Peça á persona
que respire profundamente e observe o movimento das suas mãos, a apertura
do ângulo e a separação dos seus polegares, que se produz pela
expansibilidade torácica a nível das bases.
Normalmente, quando a pessoa realiza uma respiração profunda, os polegares
devem separar-se da coluna uma distância igual de cada lado.
Uma diminuição da expansibilidade torácica num hemi tórax, pode indicar
doença pulmonar ou pleural.
As vibrações vocais têm origem nas cordas vocais durante a fonação e se
transmitem pela coluna de ar traquebronquial ao pulmão, modificam-se pela
idade, o sexo e a voz.
Se diz com razão, que as vibrações vocais “correm bem”, “voam mal” e “nadam
pior”. Se aplicarmos isto à galinha, veremos que este animal pode correr
relativamente rápido, contudo, seu voo é baixo e por suposto, morre se
submergir na água.

Idade:
 Criança pequena: menos intensa, por ser a voz aguda y menos forte.
 Adultos: mais intensas, por ser a voz mais grave e mais forte.

102
 Idosos: menos intensas, por ser a voz débil.
Sexo: na mulher são menos intensas, por ser a voz mais aguda e menos forte.

Percussão: a percussão digital do tórax produz 2 tipos de sensações:


1. A auditiva: que se deve à sonorização do pulmão.
2. A táctil: que se deve à elasticidade do pulmão. A sensação táctil é uma
resistência ao dedo.

Auscultação.
O lugar onde se vai auscultar deve reunir una série de atributos: privacidade,
ambiente tranquilo, silencioso, com temperatura agradável e que no hajam
ruídos exteriores. Se pode realizar em qualquer posição: pode fazer-se com o
paciente de pé, sentado ou encostado quando o paciente se encontra
acamado, mas os objetivos atingem-se de forma mais eficaz com a pessoa
sentada. No se pode fazer com roupa vestida, é um erro auscultar por cima da
roupa pois impede a auscultação e se podem originar ruídos paralelos que se
podem confundir com ruídos respiratórios anormais.
Pedimos ao paciente que respire tranquilo e regularmente sem esforço, mas
mais profundamente que o habitual. Que respire pelo nariz com a boca aberta
ou só pela boca, segundo o hábito do paciente, tendo o cuidado de não fazer
ruídos nasais ou bocais.
Ao colocar o estetoscópio sobre o pelo fino do tórax pode originar sons
similares a estertores (crepitantes). Isto pode evitar-se humedecendo-o.

Murmúrio vesicular. Está presente de forma contínua, e se está diminuído ou


aumentado deve-se a um processo patológico. Este ruido assemelha-se ao
ruido provocado pela brisa entre a folhagem de um bosque, ou ao provocado
por um homem que num sono tranquilo faz uma inspiração profunda. Se imita
aspirando ar pela boca, com os lábios em posição para pronunciar o V ou o F.

É audível nas regiões infra-axilar, infra-escapular e infra clavicular.

A respiração nas mulheres é menos intensa, os murmúrios vesiculares são


ouvidos mais intensos e acentuados na parte superior do tórax devido ao tipo

103
de respiração costal superior e do género.

Ruídos patológicos: eles são chamados estertores, que pode ser secos ou
húmidos.
Entre eles está a roncos, sibilos, crepitações.

Roncos: som semelhante à respiração profunda de um homem.

Sibilante: soa como uma pessoa assobiando, ou a entrada de ar através de


uma porta entreaberta.
Crepitações: semelhante ao estalar do cabelo, ou o som estridente de uma
sacola de compras.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Inspecção. Neste caso continua-se a inspeccionar o tórax. Deve-se colocar no


lado direito do paciente e observar a cor da pele e o bater do coração, não
apenas a área precordial, mas também da região epigástrica e do pescoço.
Neste pode ver o batimento cardíaco em choque de ponta. É chamado o
choque ponta experimentado pela região de elevação apical, pelo impulso do
ventrículo esquerdo ponta para a frente durante o início da sístole cardíaca.

Palpação: com o paciente deitado palpa-se toda a área no peito, a mão deve
ter uma temperatura moderada. A palma é mais sensível à palpação e dedos
são mais sensíveis ao toque, como o choque da ponta.
O choque ou batimento do ápice coincide com o foco mitral.

Percussão: a percussão é feita com um golpe fraco dentro dos espaços


intercostais, faz-se onde o som é claro.

Auscultação: feito com o paciente em decúbito dorsal, lateral esquerda e


sentado para a frente.
A auscultação deve ser realizada em todo a zona precordial, tanto nos seus 4
focos principais de auscultação, como os adicionais, também escuta a região

104
epigástrica e pescoço.

TIPOS DE FOCOS CARDÍACOS:

1. Foco Aórtico: espaço intercostal à direita do esterno.


2. Pulmonar: 2º espaço intercostal à esquerda do esterno.
3. Tricúspide: 5º espaço intercostal a 1cm à esquerda do esterno.
4. Mitral: 5º espaço intercostal (coincidindo com a batida do ápice), acima do
mamilo.

Palpar também, os pulsos periféricos, pulsações do pulso, frequência cardíaca


e pressão arterial.

O EXAME DO ABDÓMEN:

A posição do paciente deve ser em decúbito dorsal, a cabeça pode estar sem
ou com uma pequena almofada, os braços ao lado do corpo, para evitar a
tensão dos músculos abdominais, pernas semi flectidas com um travesseiro
sob joelhos, pois isso ajuda a relaxar os músculos abdominais.

ZONAS DO ABDÓMEN: DIVIDEM-SE EM 9 QUADRANTES.

Quadrantes e principais órgãos que aparecem em cada um deles:


1- Epigastro: estômago, duodeno, pâncreas e vasos sanguíneos.
2- Mesogastro: colon transverso, vasos sanguíneos.
3- Hipogastro: bexiga e útero.
4- Hipocôndrio direito: fígado, vesícula, ângulo hepático do colon.
5- Hipocôndrio esquerdo: baço, ângulo esplénico do colon e pâncreas.
6- Flanco direito: colon ascendente e rim direito
7- Flanco esquerdo: colon descendente e rim esquerdo.
8- Fossa ilíaca direita: cego, apêndice, genitais internos na mulher.
9- Fossa ilíaca esquerda: sigmóideo e genitais internos na mulher.

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Inspecção: com o paciente deitado nu. Usando esta técnica observa-se: o
volume, a forma, a topografia, a simetria, a frequência cardíaca, a integridade
da pele e do padrão respiratório, a presença ou ausência de protrusões, o
estado da mobilidade do umbigo e abdominal, entre outros.
- Uma hemorragia intra-abdominal pode resultar na perda de cor da zona
umbilical, pelos pigmentos de sangue que chegam aí através dos vasos
linfáticos no ligamento umbilical médio.

- Na pancreatite são pigmentos peri-umbilical azulados.


- O derrame de pigmento biliar aparece com umbigo amarelo.
- Umbigo saliente na hérnia umbilical.
-A massa do abdómen superior pode deslocar para baixo umbigo como nas
ascites.
-Também se deve observar a distribuição dos pelos abdominais e púbico, de
acordo com as características do sexo e da natureza da doença hormonal.
-Observe as pulsações abdominais que podem tornar-se evidentes na aorta
abdominal na linha média do umbigo.

Auscultação: mediante esta técnica se identifica os ruídos normais e


patológicos. Podem escutar-se ruídos hidroaéreos que são mais audíveis na
fossa ilíaca esquerda

Percussão: identificam-se os diferentes sons do estômago, que são mais ou


menos semi-sólidos e das vísceras intra-abdominais. Do mesmo modo se
avalia:
- O som das vísceras ocas: timpanismo.
- Sonoridade das vísceras maciças: solidez ou semi solidez.

Palpação. É muito importante o exame do abdómen, por isso "há que palpar
pensando e pensar palpando”.
Começa-se a partir do ponto mais distante da dor, primeiro ma palpação
superficial e depois palpação profunda. Não se deve ser brusco ou violento, na
palpação para não causar dano pois pode provocar uma contracção para além
do medo, que vai impedir de fazer um bom exame.

106
Se o paciente sente cócegas começa palpando com a mão do próprio paciente.
Ao palpar encontra-se: a parede abdominal em si, com os seus elementos
constitutivos, bem como órgãos superficiais (face anterior superior do fígado,
intestino delgado, cólon, piloro) e órgãos profundos (pâncreas, aorta, renais
ovário, e os ângulos do cólon). A vesícula biliar pode ser superficial ou
profunda.
Realiza-se a palpação do baço, do fígado e dos rins.
Palpação do fígado: é feito de forma simples ou com uma só mão. Coloca-se a
mão direita paralela à margem costal no quadrante superior direito e pede-se
ao paciente que respire profundamente. Esta manobra irá obter uma impressão
da borda inferior do fígado.

O EXAME FÍSICO DA COLUNA VERTEBRAL.

Inspecção da coluna cervical: com o paciente sentado, para determinar


deformações. Pode ver-se há torcicolo, que pode ser congénita ou adquirida.
Ao realizar a palpação pode observar-se a sensação de dor, de ruídos e
crepitação.
Inspecção da coluna torácica: esclarecimento da possível presença de
desvios: lordose, cifose, escoliose.
A inspecção da coluna lombo-sacral: neste caso examinados para a
presença de escoliose e lordose lombar e por palpação pode-se destetar
contractura muscular.

O exame físico das extremidades músculo esqueléticas.


Nas extremidades superiores foram estudados: a simetria, atrofia localizada e
generalizada, os vasos sanguíneos, a exploração dos dedos, características
das unhas, o seu crescimento, descoloração da pele e unhas, presença de
edema, sudorese, características da pele (cicatrizes) e distúrbios circulatórios.

Nas extremidades inferiores estuda-se: a cor da pele e unhas, a presença de


edema, características da pele (cicatrizes, nódulos), distúrbios circulatórios.
Estudou dor nas articulações, dor, derrame de fluido, aumento da temperatura,
crepitação, nódulos, atrofia ou hipertrofia da musculatura e edema.

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OUTRO SISTEMAS:

Sistema geniturinário (feminino): a posição mais frequente de Sim, vamos


examinar a genitália externa incluindo o tacto vaginal. O tamanho do útero, a
simetria da vulva, os lábios, a presença de cistocelo e prolapso uterino.

Sistema geniturinário masculino: na região inguinal deve papar-se pulsos


femorais, nódulos linfáticos e da presença de hérnia inguinal. O pénis deve
rever o prepúcio, a glande e a abertura da uretra, observar a presença ou
ausência de fimose, o pénis circuncidado, se há corrimento espesso ou
purulento (gonorreia), e corrimento da mucosa ureteral (uretrite).
No escroto examinará o escroto e os testículos. Os últimos são palpados para
determinar (varicocelo). Realiza-se o toque rectal para destetar anormalidades
na próstata.

Exame do recto. Deve-se fazer em algumas posições: em pé (com o tronco


fletido sobre a mesa de exame), decúbito lateral esquerdo (joelho direito
dobrado em posição de litotomia dorsal).

O exame neurológico: examinar os nervos cranianos, entre outros.


Incluir cheiro de certas substâncias e sabor forte, como hortelã, café e
perfumes, para testar o sentido do paladar e do olfacto, recipientes com água
quente e fria para testar as sensações, algodão e alfinetes para determinar a
sensibilidade da pele.

Examina-se o sistema locomotor através da posição adoptada, marcha, o


desenvolvimento muscular, a simetria e a coordenação.

108
APARELHO RESPIRATÓRIO

O aparelho respiratório está constituído por:


-Fossas nasais
-Faringe
-Laringe
-Traqueia
-Brônquios
-Pulmões (dentro deles encontram-se os alvéolos que são a unidade estrutural
e funcional do pulmão)

Respiração: é a função pela qual o homem inspira oxigénio do ar e expira


dióxido de carbono. É a associação regular da inspiração à expiração numa
unidade de tempo.
Por meio da ventilação o ar entra e sai através das vias aéreas, as que estão
permeáveis. O ar deve ter suficiente volume e oxigénio em concentrações
adequadas para que assim aconteça
A frequência respiratória normal no adulto é de 12 a 16 respirações por
minutos. Estão descritos dois tipos de respiração: costal e abdominal.
Na costal há elevação nítida das costelas. Distingue-se 2 subtipos, de
respiração costal
Costal superior e costal inferior: de acordo com as costelas que mais
participam no movimento.
No tipo abdominal ou diafragmático, o abdómen move-se primeiro e as costelas
depois.
- No homem predomina a amplitude da respiração na base do tórax.
- Na mulher na parte superior do tórax
- Nas crianças predomina a respiração abdominal
A função respiratória está regulada pelo centro respiratório, situado na parte
externa do bolbo raquidiano; consiste na troca gasosa de oxigénio e dióxido de
carbono entre a atmosfera e as células do organismo.
A respiração e a ventilação, levadas a cabo pelos músculos diafragmáticos e
torácicos, conduzem o oxigénio às vias respiratórias baixas e aos alvéolos

109
Os factores que na respiração são designados por fenómenos mecânicos
e químicos.
Os fenómenos mecânicos asseguram a entrada e saída do ar nos pulmões
(inspiração e expiração).
A inspiração é um fenómeno ativo no qual intervêm um certo número de
músculos que ao contrair-se aumentam a cavidade torácica, os pulmões
dilatam-se apesar da pressão negativa que se faz na cavidade pleural.
A expiração, um fenómeno passivo e que acontece no final da inspiração, o
pulmão encolhe por sua elasticidade própria, que é reforçada pelas cartilagens
costais e articulações que fazem voltar o tórax à sua posição original.
Fenómenos químicos originam a hematose (que é a entrada de oxigénio no
sangue e a libertação simultânea de dióxido de carbono)

Mecanismos da respiração: para que aconteça o processo respiratório é


necessário o funcionamento de uma série de mecanismos, estes são:
1. Difusão.

2. Transporte.

3. Regulação.

4. Utilização.

2. A alteração de qualquer um deles faria com que as células não tenham


um suplemento adequado de oxigénio, a que chamamos de hipoxia,
que pode causar a morte do indivíduo que não é atendido
correctamente.

3. A difusão é o movimento de gases a partir de um local para outro,


através da membrana pulmonar, e dióxido de carbono a partir da
passagem de sangue para dentro dos alvéolos

4. Transporte: quando o oxigénio e o dióxido de carbono são


transportados no sangue de diferentes maneiras, para o seu destino
final: o oxigénio atingir os tecidos e de dióxido de carbono a partir de
tecidos para os alvéolos.

110
5. Regulação: a regulação nervosa adequada garante que o ar entra e sai
nos pulmões automaticamente.

6. Utilização: a utilização do oxigénio pelos tecidos para desenvolver-se


normalmente o metabolismo celular e produção de energia necessária
para a manutenção da função respiratória e outras funções importantes
da nossa economia.

Características da respiração:
Reflectem o estado metabólico do corpo, o estado do diafragma e músculos do
peito, e da permeabilidade das vias aéreas. São elas: frequência, ritmo,
profundidade, e os sons adventícios.
- Frequência: número de ciclos por minutos. (inspiração e expiração).

- Ritmo: é a regularidade dos ciclos.

- Profundidade: é o ar inalado e exalado em cada respiração.

- - Ruídos adventícios: são todos aqueles desvios sonoros relacionados


com a respiração normal sem esforço.

Ruídos respiratórios:
1. Estertor: um ruído, tipo ronco devido à presença de secreções na
traqueia e grandes brônquios. Ele é frequentemente observado em
pacientes com distúrbios neurais e coma.

2. Estridor: é a inspiração com um som cacarejante, devido ao bloqueio


das vias aéreas superiores. Observa-se em Laringite ou alojamento de
um corpo estranho.

3. Sibilos: eles são um som agudo musical, devido à obstrução parcial dos
brônquios e bronquíolos menores. Visto em pacientes com enfisema ou
asma.

4. Ronco Expiratório é o ruído produzido pela vibração do palato mole, na


saída de ar. Observa-se em lactentes e nas pessoas com enfisema ou
asma.

Tipos de respiração:

111
Hipoxia: Falta de oxigénio. Usado para indicar a redução de oxigénio no
sangue.
Apneia: A suspensão temporária do acto respiratório e segue com muita
dificuldade para respirar.
Hipoxemia é a ausência de oxigénio nos fluidos corporais. Muitas vezes usado
para indicar a diminuição da concentração de oxigénio.
Bradipneia: é a respiração lenta.
Dispneia: é a dificuldade de respiração. Retarda os movimentos da respiração
e há pouca expansão torácica.
Eupneica: é a respiração fácil ou normal.
Hiperpneia: o aumento da profundidade da respiração.
Hipercapnia: é o excesso de CO2 nos fluidos corporais.
Hipocapnia: a redução do CO2 nos fluidos corporais.

Modificação dos movimentos respiratórios:


Os movimentos respiratórios podem ser modificados dentro dos limites
fisiológicos ou por alterações patológicas.
As alterações fisiológicas são produzidas pela tosse, choro, bocejo, soluços,
tosse, esforço, e outros.
As alterações patológicas relacionadas com distúrbios na intensidade,
frequência, ou o ritmo dos movimentos respiratórios e apresentam-se durante o
decurso de várias doenças.

Modificações mais importantes da respiração:


1. Respiração de Cheyne – Stokes.

2. Respiração de Kussmaul.

3. Respiração de Biot.

Respiração de Cheyne – Stokes: são respirações rápidas e profundas


caracterizadas por pausas bruscas. Cada respiração tem igual profundidade.
As causas possíveis são: Insuficiência cardíaca congestiva grave, Insuficiência
renal, meningite. Sobredosagem de medicamentos, entre outros.

112
Respiração de Kussmaul: consiste numa respiração rápida (mais de 20
ciclos/minuto), profunda (parece suspiro e com dificuldade, sem pausa). Causa
metabólica, em particular cetoacidose diabética.
Respiração de Biot: caracteriza-se por uma respiração rápida e profunda
caracterizada por pausas bruscas. Cada respiração tem igual profundidade. As
causas possíveis são. Meningite da espinal medula ou outras patologias do
sistema nervoso central.

As patologias dos pulmões, do sistema circulatório e aquelas em que há um


aumento de temperatura, tendem a aumentar o ritmo respiratório, enquanto
que em certas doenças renais que se apresentam com estupor (coma) e nas
doenças de transtornos cerebrais como a apoplexia ou fractura de crânio, o
ritmo respiratório diminui.
A dor, o shock, as intoxicações por gaz, a febre e a obstrução das vias
respiratórias, produzem um aumento na frequência da respiração.

Precauções:
• Não informar o paciente que se vai monitorizar a respiração.

• Não permita que fale durante a avaliação.

Material:
– Relógio com segundos.
– Esferográfica.
– Folha de registo de sinais vitais.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:
– Coloque o paciente em decúbito dorsal com a cabeça ligeiramente levantada
(se não está contra indicado).
– Acomode o braço do paciente ao longo do corpo ou flectido sobre o tórax.
– Situe os dedos: indicador, o médio e anelar, na artéria radial; apoie o polegar
no dorso do pulso do paciente (simulando avaliar o pulso).

113
– Prossiga, com o relógio na outra mão, a contar los movimentos respiratórios
(inspiração e expiração) durante um minuto.
– Repita de novo a contagem dos movimentos respiratórios para determinar
com precisão o número de respirações por minuto.
Invariáveis funcionais gerais.

TEMPERATURA:
É o grau de calor de um corpo, resultante do metabolismo basal.
A temperatura não é sempre igual numa mesma pessoa, ao longo do dia.
Podem verificar-se variações em forma de curva com dois picos máximos entre
la 1.00 h e as 6.00h da tarde e dois picos mínimos entre as 0h e as 5.00 h da
manhã
A temperatura varia segundo a idade do indivíduo.
As crianças possuem uma capacidade mais diminuída para regular a
temperatura, o que explica a irregularidade e as exageradas respostas da
mesma perante as mínimas causas; o idoso pelo contrário, reage de forma
lenta e deficiente, razão pela qual um discreto aumento da temperatura pode
ser mais significativa e de pior prognóstico, que um aumento muito acentuado
na criança.
Fundamentação científica: a temperatura corporal é um dos sinais vitais que
representa o equilíbrio entre o calor produzido pelo metabolismo e o calor que
se perde através da pele, dos pulmões dos dejectos corporais. Uma
temperatura estável fomenta o correto funcionamento das células, dos tecidos
e dos órgãos; uma mudança do padrão normal da mesma pode indicar o
surgimento de uma patologia
A regulação da temperatura no homem, assim como nos animais
homeotérmicos, efectua-se pelo centro termorregulador situado no hipotálamo.
Esta termorregulação não atua só como resposta a variações externas, mas
também como defesa a desvios provocados pelo próprio metabolismo
A perda de calor através da pele produz-se por 4 mecanismos fundamentais:
1. Condução.

2. Convecção.

3. Radiação.

114
4. Evaporação.

Condução: é a transferência de calor de um objecto de maior calor a um de


menor calor por contacto direto, por exemplo, quando uma pessoa nua se
senta pela primeira vez numa cadeira, produz-se imediatamente uma rápida
condução a partir da cadeira, até quase igualar a temperatura do corpo.
Convecção: é a transferência de calor pela circulação de moléculas aquecidas
num líquido ou gaz, por exemplo, as correntes de ar à volta do corpo
arrastando o calor que foi conduzido da superfície do corpo ao ar.
Radiação: é a transferência de calor desde objectos de maior calor aos de
menor calor, em forma de onda electromagnética, por exemplo, aplicação de
calor por raios infravermelhos.
Evaporação: quando a água se evapora da superfície corporal perde-se
calorias, por exemplo, a evaporação do suor a respiração insensível

Fatores que produzem modificações normais na variação do calor:


Factores que aumentam a produção de calor:
• O exercício, pois aumenta a actividade muscular. El exercício excessivo
pode elevar a temperatura de 0.5 a 2 °C ou mais.

• A ingestão de alimentos de alto valor calórico (as proteínas e as


gorduras aumentam a temperatura).

• As emoções fortes, como resposta do sistema nervoso central,


estimulam a actividade glandular e ocasionam um aumento da
temperatura do corpo, sobretudo nos estados de euforia ou luto.

• A actividade endócrina durante o ciclo menstrual provoca uma descida


brusco da temperatura que sobe lentamente depois da ovulação, até
alcançar o seu nível máximo antes do seguinte período menstrual.

• A exposição a altas temperaturas pode elevar o calor do corpo mediante


a radiação, convecção e condução, por exemplo, os trabalhadores da
fundição, torneadores, e outros.

• Uma breve exposição ao frio estimula o corpo para produzir mais calor a
fim de o proteger.

115
• Uma temperatura exterior muito alta perturba o equilíbrio da regulação
do calor e atua directamente sobre o hipotálamo, portanto, pode
ocasionar temperaturas altas, por exemplo, a insolação pode aumentar a
temperatura corporal desde 41.7 até 43 °C

Factores que podem diminuir a produção de calor:


• A pouca actividade física, diminui o metabolismo celular e a actividade
muscular, do mesmo modo ocorre durante o sono, quando o corpo se
mantem em repouso.

• Quando o ar ambiente é mais quente, os vasos sanguíneos da pele


dilatam-se, flui mais sangue através deles e perde-se mais calor, pelo
que se faz profusa a transpiração.

• Os estados emotivos também podem ocasionar perdas de produção de


calor, como resposta do sistema nervoso central

• A ingestão de bebidas alcoólicas provoca vasodilatação, facto que


implica um maior volume de sangue na pele e motiva à perda de calor.

Geralmente, a temperatura oral no adulto flutua entre 36,1 e 37,5 º C. a rectal é


mais exacta, pode ser entre 0,5 a 1,0 º C mais alta. Em condições normais, a
temperatura oscila com o repouso e a actividade.
Existem termómetros clínicos para medir a temperatura oral, rectal e superficial
(axila, dobra do cotovelo, região poplítea, região inguinal).
Um bom termómetro deve ter três qualidades: ser sensível (o mercúrio deve
começar a subir à medida que está contacto com calor), exacto e inalterável
(que a pesar de elevar-se a coluna de mercúrio, não sofra nenhuma acção
negativa por influência do vidro que o encerra)
Os termómetros orais estão munidos de bolbos delgados e largos, os quais
facilitam que se registre mais rapidamente a temperatura. Os rectais têm o
bolbo mais curto e grosso, e não se devem utilizar com bolbos delgados porque
podem lesar a mucosa rectal. Os que se utilizam para medir a temperatura
superficial possuem os mesmos princípios de construção que para os orais e
rectais, excepto que o bolbo é plano para facilitar o contacto com a pele.

116
TIPOS DE TEMPERATURA:
Termia: relativo a calor ou produzido por ele.
Atermia: falta de calor.
Apirexia: falta de febre ou intervalos sem febre numa doença febril.
Febrícula: febre ligeira, especialmente de larga duração e origem não
esclarecida.
Hiperpirexia: se a temperatura é elevada e não varia mais de 1 º C em 24
horas, acima 39 º C
Hipertermia: elevação constante da temperatura, ligeiramente acima do
normal.
Hipotermia: é a diminuição ou descida da temperatura do corpo, abaixo do
normal.
FEBRE: é um estado anormal, que se caracteriza pelo aumento da
temperatura acima dos valores normais, e aumenta a frequência cardíaca e a
respiração. Também aparecem outros sintomas como: sede, astenia, anorexia,
pele seca, urina concentrada, cefaleias, e em algumas ocasiões vómitos.

A FEBRE PODE MANIFESTAR-SE DE DIFERENTES FORMAS:


1.Febre contínua: é aquela que não varia mais de 2 º C. o grau de febre
contínua é quase sempre alta.

2.Febre remitente: é a que não varia mais de 3 º C sem chegar ao normal.


Esta observa-se nos diversos processos infecciosos, por exemplo,
broncopneumonia, sarampo, e outras.

3. Febre intermitente: eleva-se repentinamente e desce da mesma forma


até ao normal mais baixo, por exemplo, paludismo e septicémia.

4. Febre recorrente: origina-se quando alterna períodos de febre


contínua vários dias com fases apiréticas de igual duração ou maior.

5. Febre ondulante: caracteriza-se por ondas febris, separadas por


intervalos de apirexia a febrícula, esta é típica da brucelose.

REGIÕES PARA MEDIR A TEMPERATURA CORPORAL:

117
 Oral.
 Axilar.
 Dobra do cotovelo.
 Poplítea.
 Inguinal.
 Rectal
Precauções:
• Não expor o paciente a temperaturas extremas antes de medir a
mesma.

• Secar a região sem friccionar, pois esta acção gera calor.

• Verificar que o termómetro marque menos de 36 º C.

• Situar el termómetro na região seleccionada, de modo que o bolbo fique


coberto de tecido corporal.

• Não colocar o termómetro em regiões lesionadas.

• Ao retirar o termómetro, realizar a limpeza mecânica, sempre que o


paciente não tenha lesão cutânea, de contrário, se procederá à
desinfecção química.

• Limpar o termómetro com movimentos de rotação, desde a ponta até à


zona de mercúrio, isto é, da parte mais limpa para a suja.

APARELHO CIRCULATÓRIO OU CARDIOVASCULAR

É composto por:
- O Coração.
- As artérias
- As veias
-Rede de vasos capilares.
Este sistema tem a função de permitir a passagem do sangue por toda a rede
de vasos sanguíneos que constituem um circuito fechado que leva todo o

118
sangue bombeado pelo coração aos pulmões para que seja oxigenada e daí a
todas as células do corpo
O coração está dividido em 4 cavidades duas aurículas e dois ventrículos, na
parte esquerda do coração circula o sangue oxigenada que vem dos pulmões e
que é enviado pelo ventrículo esquerdo a todo o organismo através da artéria
aorta. O sangre retorna à aurícula direita do coração através das veias cava
inferior e superior.
A todo este processo chama-se ciclo cardíaco, que não é mais que o tempo
que demora do início de uma contracção até ao início da outra.
A cada contracção cardíaca chama-se sístole e a cada distensão diástole
Ao número de vezes que o coração se contrai num minuto chama-se
frequência cardíaca ou pulso.
O ritmo do pulso considera-se normal quando são constantes e concordantes
em regularidade. O mecanismo que os governa é tão ajustado que responde
muito rapidamente frente a qualquer situação anormal, de modo que uma
variação ou diferença considerável deve considerar-se como um sintoma de
doença.
Pulso. É uma vibração das paredes das artérias que se produz ao passar por
estas, uma onda recorrente de sangue bombeado pela contracção ventricular.
Palpa-se com maior facilidade nos pontos onde estão situadas encima de um
osso ou tecido firme. Nos adultos e crianças maiores de 3 anos mede-se na
artéria radial, pode ser mais acessível. Em menores de 3 anos é melhor medir
o som precordial
Cada expansão arterial é o resultado de uma onda produzida na raiz da aorta,
como consequência da sístole do ventrículo esquerdo. Os factores que
intervêm neste mecanismo são o volume sistólico e a distensão das artérias
por sua elasticidade.
O pulso é uma guia para medir a actividade cardíaca
Modificações do pulso
-Entre as variações patológicas do pulso encontram-se o caso da febre, já que
o pulso aumenta 8 pulsações por grau centígrado de temperatura acima de
37ºC, os estados de caquexia, as anemias, as doenças do aparelho
cardiovascular (como insuficiência cardíaca, que aumenta o pulso, o IMA que
pode aumentá-lo ou diminui-lo) e o hipertiroidismo que aumenta a frequência

119
do pulso entre outros. Também alguns medicamentos podem produzir
alterações do pulso

Características do pulso:
Frequência: é o número de batimentos por minuto. Varia segundo a idade, o
sexo, a altura a actividade física ou emocional e as doenças.
Diminui com a idade reduzindo-se até à velhice extrema, é mais lento nos
homens que as mulheres.
Nos adultos considera-se normal de 60 a 80 batimentos por minuto. Mais de
100 se considera acelerado (taquicardia) e, menos de 60 se considera lento
(bradicardia)
Ritmo: refere-se ao padrão de batimentos nas pessoas saudáveis.
É regular quando o tempo que transcorre entre cada batimento é igual. Quando
o intervalo entre cada batimento é diferente, diz-se que o pulso é irregular.
Amplitude: (volume) a amplitude de uma onda de pulso reflecte o volume de
sangue que se impulsiona contra a parede de uma artéria durante a contracção
ventricular.
Tensão: (elasticidade) é o grau de resistência que oferece a parede arterial ao
ser comprimida.

ALTERAÇÕES DO PULSO

-De frequência:
Bradicardia (pulsações abaixo 60 por minuto).
Taquicardia (pulsações acima de 80 por minuto)
-De ritmo:
Rítmico ou regular (o tempo entre cada batimento é o mesmo
Arrítmico ou irregular (o intervalo entre cada batimento não se mantem
constante

Tensão: forte ou fraco consiste na maior ou menor resistência que opõe os


dedos ao passar as ondas sanguíneas). Se indica que é forte quando é tenso e
fraco, quando a pressão necessária para comprimir a artéria é mínima.

120
Pulso: Filiforme (está dependente da amplitude). Quando o pulso é pequeno e
com pouca tensão, apenas perceptível chama-se filiforme, e quando é muito
amplo e perceptível chama-se cheio
REGIÕES MAIS COMUNS PARA MEDIR O PULSO:
- Temporal
- Carotídea
- Umeral
- Radial
- Femoral
- Pediosa
Nas crianças menores de 3 anos avalia-se o pulso apical, que se localiza na
linha média da clavícula, no quarto ou quinto espaço intercostal, debaixo da
mama nos rapazes e do mamilo nas meninas.
Frequência cardíaca, pulso precordial ou batimento apical: é a auscultação
das pulsações do coração sobre a região precordial.
O pulso precordial radial encontra-se contando simultaneamente os batimentos
respetivos: os primeiros, auscultando o coração sobre a região precordial; os
segundos, palpando, a artéria radial. O pulso precordial radial deve ser
avaliado por dois enfermeiros: um deles conta os batimentos percebidos na
artéria radial, ao mesmo tempo que o colega conta as pulsações apicais do
coração, durante 1 minuto
Em estado de saúde normal, a contagem dos dois coincide, mas em situações
patológicas podem divergir, pois algumas pulsações do coração não chegam à
artéria radial. A diferença entre o pulso apical e o pulso radial chama-se défice
do pulso.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento para avaliar o pulso
Bibliografia

121
Manual de Procedimiento y Diagnósticos de Enfermería Pág. 258-
262

TENSÃO ARTERIAL

Tensão arterial: é a força criada pelo coração, mantida pela elasticidade


arterial e regulada pela resistência periférica.
A pressão arterial depende da energia contráctil dos ventrículos, da
elasticidade das artérias e do tónus do tecido muscular das suas paredes,
assim como da resistência oferecida a passagem do sangue através dos
vasos.
A pressão arterial varia consideravelmente de pessoa para pessoa. Deve-se ter
em conta dois factores de influências constantes: a idade e o sexo.

FUNDAMENTAÇÃO CIENTÍFICA:

A pressão arterial é a força que exerce o sangue contra as artérias do corpo.


Quando se contrai o ventrículo esquerdo do coração, o sangue é expulso para
aorta e vai pelas grandes artérias até às mais pequenas, as arteríolas e os
capilares. As pulsações estendem-se desde o coração até arteríolas, pelas
artérias.
Como o coração é uma bomba pulsátil, o sangue penetra nas artérias
intermitentemente, causando os pulsos de pressão no sistema arterial. A
pressão, quando o pulso é máximo, chama-se sistólica ou máxima. No seu
ponto mínimo, diastólica ou mínima. A diferença entre ambas recebe o nome
de pulso ou pressão diferencial (amplitude).

FACTORES QUE MODIFICAM A PRESSÃO ARTERIAL:

Diversas variáveis afectam a pressão arterial. Depende das forças das


contrações ventriculares e o volume de sangue que expulsa o coração com
cada contracção ventricular (gasto cardíaco).

122
A primeira está determinada pela acção de bombear do coração. Quanto maior
for a sua intensidade, mais sangue se expulsará com cada contracção. Quando
diminui, como numa hemorragia, a pressão arterial é mais baixa.
As alterações na elasticidade das paredes musculares dos vasos sanguíneos
também afectam a pressão arterial, por exemplo: em pessoas de idade
avançada a pressão arterial pode ser mais alta que nos jovens.
Outro factor que afecta a pressão arterial é a resistência dos vasos periféricos
(resistência periférica). Normalmente, é alta nos grandes vasos sanguíneos e
baixa nos mais pequenos (arteríolas e capilares). O sangue flui das áreas de
maior pressão às de menor pressão.
A pressão arterial individual varia de uma hora para a outra e de um dia para o
outro. Diminui durante o sono e pode elevar-se notavelmente com emoções
fortes como o temor e o luto, ou com o exercício. Quando uma pessoa está
deitada, a pressão arterial é mais baixa que sentada ou de pé. Do mesmo
modo, pode variar nos 2 braços do mesmo paciente. Como consequência,
antes de medir a pressão arterial para um valor comparativo, o enfermeiro deve
observar: a hora do dia, o braço utilizado e a posição do paciente nas leituras
anteriores.
A pressão arterial pode-se avaliar sobre a artéria umeral, no braço direito ou no
esquerdo, pode acontecer encontrar-se uma diferença de 5 a 10 mm. Hg. Entre
as pressões do braço direito e esquerdo. Também se pode medir nos membros
inferiores. Quando se comprova a pressão das extremidades superiores com
as inferiores, é frequente encontrar uma diferença de 10 mm. Hg. Na pressão
sistólica, com a pressão mais alta dos membros inferiores.

RESUMO:

Com um bom estado de saúde a pressão arterial modifica-se com factores


como: idade, sexo, actividade muscular, emoções, posição e sono.
A pressão sanguínea aumenta com a actividade muscular. A pressão sistólica
eleva-se ligeiramente depois das refeições. Os factores emocionais também
influem (o medo, a ansiedade, as preocupações, e outros)

123
Durante o sono tranquilo, a pressão sistólica desce. O ponto mais baixo
alcança nas primeiras horas do sono e eleva-se lentamente depois, até ao
momento de despertar.

TIPOS DE TENSÃO ARTERIAL:

Hipertensão arterial: consiste na elevação anormal da pressão arterial. É uma


elevação persistente da pressão sanguínea arterial. Considera assim quando a
pressão está acima dos valores normais, ou seja, que em três avaliações
ocasionais, na posição sentada apresenta valores acima de dos critérios que
se estabelecem nas diferentes faixas etárias.

Hipotensão arterial: é a pressão anormalmente baixa


VALORES DA TENSÃO ARTERIAL

 Valor óptimo. 120/80


 Normal: até 139/89
 Alta: acima ou igual a 140/90

ESTUDO INDEPENDENTE

TENSÃO ARTERIAL
Material, objetivos, precauções, regiões e procedimento.
BIBLIOGRAFIA
Manual de Procedimientos de Enfermería. Página 272…
3.3 UNIDADE DO PACIENTE

Unidade do paciente: é o lugar onde se encontra o paciente, conjuntamente


com tudo o que pertence para uso pessoal.
Elementos da unidade do paciente:
1- Cama com colchão.
2- Almofada e resguardo.

124
3- Cadeira, escabelo ou banquinho.
4- Mesinha de cabeceira e mesa de refeições
5- Recipiente para a eliminação vesical e intestinal
6- Roupa de cama lençóis, fronhas, pijama e toalha.
7- Artigos higiénicos: escova de dentes, pasta dental, pente, copo e talheres.

LIMPEZA DA UNIDADE DO PACIENTE:


1- As paredes e o chão são lavados com água abundante e sabão. Limpam-se
todos os móveis e portas adequadamente, e no final passa-se uma solução
anti-séptica.

2- Esta limpeza é feita mensalmente e é independente da limpeza diária, a


qual se realiza retirando o pó com um pano húmido, de todas as superfícies em
contacto com o paciente. Sobre a mesinha de cabeceira, só se coloca o copo e
os talheres devidamente tapados e só o indispensável para uso; não se deve
ter objectos de valor para evitar que se extraviem.

Desinfecção concorrente. É a aplicação imediata dos procedimentos de


desinfecção de objectos contaminados, após a expulsão dos resíduos em
contacto com o paciente infectado.

Desinfecção terminal. É a aplicação do desinfectante após o paciente deixar a


área, seja por alta, por morte ou transferência da unidade.

- A história clínica não se deve colocar em cima da mesinha de cabeceira


nem na cama, pois passa por muitas mãos e pode contaminar os alimentos e
por conseguinte infectar o paciente. Deve colocar-se em cima da cadeira.

AMBIENTE:
São aqueles factores do universo externo que rodeiam os organismos vivos,
junto a circunstâncias externas frente às quais o organismo pode ou não reagir.

125
REQUISITOS PARA GARANTIR UM AMBIENTE CONFORTÁVEL NO
HOSPITAL E NO LAR :

1- Higiene ambiental adequada, sem maus cheiros, nem pó.


2- Quarto do paciente ou sala arrumada, com ordem e estética.
3- Cama limpa e ordenada, com mudança de roupa as vezes que sejam
necessárias.
4- Mesa limpa e organizada, tanto dentro como no exterior, assim como
utensílios limpos e ordenados.
5- O colchão deve estar forrado ou protegido e bem ajustado.
6- A cadeira ou cadeirão deve permanecer ao lado da cama.
7- As camas devem estar bem alinhadas.
8- A limpeza deve ser regular em todas as superfícies e móveis que estejam
em contacto com o indivíduo.
9- A luz, tanto natural como artificial, deve ser adequada.
10- A unidade deve encontrar-se organizada para garantir um efeito
harmonioso da mesma.
11- Devem eliminar-se os maus cheiros como as feridas fétidas e inodoras sem
desinfetar.
12- Não deve existir ruídos desnecessários como são:
Falar em voz alta.
Rádios com volumes muito altos, entre outros.
13- Deve existir uma suficiente circulação de ar, que favoreça a boa
oxigenação dos tecidos.
14- Deve existir harmonia da cor e o desenho do ambiente, assim como
facilidade de isolamento
15- Não deve fazer-se comentários imprudentes que despertam sensação de
ansiedade e medo.
16- Deve existir uma boa relação entre os membros da equipa de saúde e uma
adequada informação ao paciente.
17- A temperatura deve ser adequada de acordo com a estação e o nível de
humidade da sala de internamento.

3.4 ADMISSÃO DO PACIENTE

126
Admissão do paciente e de recepção: O procedimento é realizado para dar a
admissão do paciente no hospital.
O motivo da entrada pode ser:
1. Indicação do médico assistente
2. Proveniente da urgência, por acidente ou uma doença grave.

Cada instituição tem seu próprio processo de admissão, embora haja sempre
coisas em comum.
No local da admissão, o paciente ou familiar deve responder a perguntas tais
como:
Sexo, idade, endereço, parente mais próximo, a quem avisar, em caso de
urgência, ocupação, nível económico, etc, para preparar os registros médicos e
atribuir o quarto e cama para ser ocupado.
É da responsabilidade do pessoal de enfermagem recebe o paciente na sala
apresentá-lo ao pessoalmente que o vai atender e explicar brevemente as suas
funções. Além disso, apresenta-o aos pacientes mais próximos e explica-lhes
as regras e práticas da instituição, que ajuda os pacientes a familiarizarem-se
com o que se espera dele e o que ele pode esperar.

Princípios básicos para atender o paciente:

1. Situações estranhas podem causar medo.


2. A doença pode ser uma experiência nova.
3. Os tipos de respostas são aprendidos.
4. Importância da preservação da identidade.
5. Subgrupos de uma cultura tendem a desenvolver seus próprios padrões de
conduta.

Deveres do paciente internado:


1. Cumprir as normas regulamentadas pelo hospital.
2. Respeitar a ordem e disciplina na sala, não fazer ruídos desnecessários.
3. Cuidar da sua higiene e contribuir a manter limpa a instituição.
4. Deixar de fumar, já que o fumo faz mal à saúde.
5. Cumprir as indicações médicas.

127
6. Informar verbalmente ou por escrito às autoridades da unidade de
irregularidades que observe, para com isso contribuir para o
melhoramento da instituição
7. Cumprir os horários estabelecidos em cada de cada instituição (horário
de visitas, de comer, de sono, e outros).

Direitos do paciente: o paciente internado terá os seguintes direitos:


1. A receber tratamento digno e adequado.
2. Que as indicações médicas sejam cumpridas à hora e da forma
assinalada.
3. De lhe ser servido a dieta indicada, quente, à sua hora e com boa
apresentação.
4. Que a sua unidade se mantenha limpa e ordenada.
5. Que receba o necessário para uso pessoal.

Aspetos biológicos, psicológicos e sociais relacionados com a


hospitalização:
A maioria das pessoas experimentam ansiedade ao visitar um hospital, para
tratamento de problemas de saúde.
Os pequenos problemas irritantes, e de forma repentina mas de pouca
importância de repente, tornar-se exagerado e a pessoa pode imaginar que
sofre de todos os tipos de doença.
O hospital é uma experiência especialmente traumática, geralmente os
pacientes manifestam-se apreensivos apresentam riscos da própria doença se
agravar e também do ponto de vista económico afecta negativamente a família
e a sociedade.

HISTÓRIA CLÍNICA
É um documento oficial com carácter legal, que se utiliza para manter um
estrito controlo de todos los elementos que estão relacionados com la atenção
ao paciente saudável ou doente na sociedade ou na instituição de saúde.

COMPONENTES DA HISTÓRIA CLÍNICA


A história clínica está composta por:

128
- Capa processo com os dados gerais do paciente.
- Folha de internamento.
- História clínica e diagnóstico.
- Folha de sinais vitais.
- Folha de exames auxiliares de diagnóstico.
- Folha de evolução de enfermagem.
- Folha de indicações médicas.
- Folha da alta.

HISTÓRIA CLÍNICA HOSPITALAR


A história clínica hospitalar: É um documento que se utiliza para fazer todas
as anotações necessárias sobre um paciente que se encontra hospitalizado
O registro clínico no ambulatório: É esse documento que é usado para fazer
todas as entradas necessárias relacionadas com o paciente que está fora do
ambiente hospitalar, tanto em sua formação no local de trabalho, na
comunidade e outros

REGISTOS E ANOTAÇÕES NA HISTÓRIA CLÍNICA


Para registros na história clínica deve levar em consideração alguns
elementos-chave.
1-executá-las de forma clara e legível
2-escrever com esferográfica de preferência com tinta preta ou azul.
3-Não ser ambivalente sobre os problemas que são relatados através dos
diferentes modelos a preencher.
4- Deve sempre fazer as entradas, depois de ter a segurança da fiabilidade dos
dados.
5-Não admite rasuras ou supressões.
6-Apenas o pessoal médica, de enfermagem ou outro profissional de saúde
fornecer o tratamento está habilitado a fazer anotações na história clínica.

O PLANO DE CUIDADOS, COMO PARTE DA HISTÓRIA CLÍNICA


O plano de cuidados é um elemento que está incluído na história clínica, tendo
em mente que o modo de operação do pessoal de enfermagem é orientado
pelo processo de cuidados de enfermagem, que tem como um dos seus

129
elementos, o modo de ação independente dos enfermeiros, dado o nível de
desenvolvimento científico alcançado pela nossa técnica profissional

HISTÓRIA CLÍNICA NO AMBULATÓRIO E O REGRESSO AO SEIO


FAMILIAR
Todos os dias, por exemplo, as políticas do sistema de saúde cubano, que
visam reduzirem os internamentos hospitalares, uma vez que isso pouparia
recursos no país e não separa o doente de seu ambiente social. Para
acompanhar esses pacientes doentes na comunidade e incorporá-los no plano
do médico e do enfermeiro da família, era necessário criar um instrumento para
registrar todos os dados necessários que para esses fins se deve criar a
história médica no ambulatório.

ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS RELACIONADOS COM A HISTÓRIA


CLÍNICA
A formação da história clínica é regida por elementos éticos que não podem ser
esquecidos é a responsabilidade de todos os profissionais de saúde que
trabalham com a história clínica do paciente, manter a confidencialidade de
todos os dados nela gravados há também uma implicação legal quando se
deixar de cumprir qualquer das disposições.

MOVIMENTO HOSPITALAR
É a mudança que ocorre na localização no interior do paciento hospitalar tendo
em conta que eles podem ser produzidos por:

 - Alta Paciente.
 - Transferência para outro serviço dentro do hospital.
 - Encaminhamento para outra unidade de saúde.
 - Morte de paciente.
 -A pedido do paciente ou representante legal.
 - Por abandono.

130
TIPOS DE CAMA
Cama. É um móvel que serve para o indivíduo se deita para dormir, descansar
ou quando está doente.

Considerações gerais.
O descanso, o conforto e o sono são factores de grande importância quer para
a manutenção da saúde quer para a convalescença de uma doença, deve-se
prestar atenção especial
ao arranjo adequado da cama para servir da melhor forma possível estes
factores essenciais.
O leito é de particular importância para cada paciente, quando internado,
identifica-o como algo próprio. Sem dúvida, boa parte do bem-estar do paciente
está na cama, especialmente se tem que permanecer nela durante muito
tempo. Se o paciente se queixa de alguns defeito da cama, ainda que pequeno,
a enfermeira deve levar em conta que muitos pacientes permanecem nela, 24
horas por dia, e por esta razão é necessário estar limpa e proceder-se à
mudança frequente da roupa e verificar que não tenha dobras.
Apesar de ser considerado um procedimento comum, a mudança da roupa da
cama diária e periódica promove o conforto do paciente e evita danos na pele.
Além disso, se esta tarefa é precedida pela lavagem das mãos, a limpeza é
feita adequadamente e substituída a roupa suja, ajuda no controlo da infecção
nosocomial.
Habitualmente a cama do paciente é feita de manhã após banho. Quando se
muda a roupa de cama suja, se as condições do paciente o permitir, deve-se
arejar o colchão e travesseiro. A roupa da cama deve ser mudada sempre que
necessário.
A roupa da cama húmida e contaminada com fezes facilitam a aparição de
soluções de continuidade da pele e o surgimento de infecções.
Uma boa técnica na execução de fazer a cama proporciona ao indivíduo
hospitalizado maior comodidade e torna a unidade com aspecto mais
agradável.

Objectivos:

131
– Realizar una técnica adequada ao fazer a cama para contribuir na estética e
organização da unidade do paciente
– Facilitar um ambiente agradável ao paciente, familiares e equipa de saúde
com a realização da técnica de fazer a cama
´
Classificação
AS camas classificam-se segundo a sua utilização:
– Cama fechada (sem paciente).
– Cama aberta (com paciente).
– Cama ocupada (com paciente acamado).
– Cama cirúrgica (paciente pós-operado

Precauções gerais ao fazer as camas:


– Desinfecção corrente ou terminal da cama, para evitar a contaminação das
roupas de cama.
– Evite a disseminação de microrganismos quando está a fazer a cama, não
sacudir os lençóis.
– Evite causar mau estar ao paciente, eliminando as dobras do lençol.
– Proteja-se da contaminação, evitando o contacto com a roupa suja.
– Evite alterações músculo esqueléticas do seu organismo, mantendo a
mecânica corporal.

PROCEDIMENTO DA CAMA FECHADA


Cama fechada. É uma cama que se encontra à espera de um novo
internamento a qual se prepara depois de ter sido feita a desinfecção terminal
após um paciente ter alta

Objectivo:
– Economizar tempo e viabilizar a reacção do paciente.

Precauções:
– Ter-se-á presente as precauções gerais.

Material:

132
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Fronha.
– Um carrinho de roupa suja.
– Uma colcha.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
– Coloque ao fundo da cama um carrinho de roupas sujas.
– Lave as mãos.
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que eles fiquem, um com a
dobra do lado direito e o outro com dobra do lado do avesso.
– Vire do avesso a capa de colchão até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque num tabuleiro as roupas de cama na ordem inversa a que vai ser
usada
– Leve o material para junto da cama.

Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira.
– Retire a roupa suja e deite-a ordenadamente no cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol de baixo) ao longo da linha
média do mesmo.
– Desdobre-a de modo que a lado do avesso da costura fique de face ao
colchão e comece dos pés para a cabeceira da cama.
– Introduza debaixo da cabeceira do colchão o extremo que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, sustentando o lençol contra o
colchão com uma mão levantando com a outra mão a ponta, de modo que
forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto do lençol que pende dos lados desde a
cabeceira até aos pés.
– Passe ao outro lado e proceda de igual modo.
- Verifique que todo o lençol fique entalado entre o colchão e o estrado da
cama e bem alinhado.

133
- Coloque o lençol de cima (que cobre o paciente) ao longo da linha média do
colchão. A bainha virada do para a face do colchão para o lado da cabeceira da
cama, pendendo de ambos os lados simetricamente.
- Insira o travesseiro na fronha que está dobrada ao meio.
- Estique a fronha sobre o travesseiro, segurando-a pela barra, para evitar ela
toca seu corpo.
– Coloque la almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto
à porta, o qual favorece a estética.
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
- Remova o carrinho das roupas sujas.
- Pegue no tabuleiro e coloque no armário
- Lave suas mãos.

PROCEDIMENTO DA CAMA ABERTA

Cama aberta. É a cama que se prepara para receber um paciente, ou quando


está internado mas deambula.

Objetivo:
– Proporcionar comodidade ao paciente.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Virar o colchão para mudar as áreas pressionadas pelo corpo
Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol tirante (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor se necessário (se for necessário).

Procedimentos

134
Invariáveis funcionais dos tipos de cama:
– Coloque ao fundo da cama o carrinho da roupa suja.
– Lave as mãos
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que um deles tenha a bainha
do lado direito
e o outro com a bainha do avesso.
– Vire do avesso a fronha até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque no tabuleiro a roupa da cama pela ordem inversa a que vai ser
usada
– Leve o material para junto da cama.

Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira. Retire as roupas sujas e deite-as
ordenadamente no cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol clínico) ao longo da linha
média do mesmo
– Desdobre-a de modo que a bainha fique do lado direito, aos pés da cama e
deixe o que sobra para a cabeceira
– Introduza na cabeceira o que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, metendo o lençol contra o colchão
com uma mão e levantando com a outra mão a beira do lençol, de modo que
forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto, o lençol de baixo que se entala desde a
cabeceira até aos pés da cama.
– Passe ao outro lado e proceda com o lençol de baixo como anteriormente
descrito
– Estique bem ao lençol para que ao fixá-lo fique bem alinhado.
– Coloque o resguardo e o lençol de cima de acordo com a região corporal
afetada; introduza ambos extremos debaixo do colchão, tendo o cuidado de
colocar 1º o resguardo e depois o lençol de cima.
– Passe ao lado oposto da cama, realize a mesma operação, tendo atenção
aos lençóis para que fiquemos bem esticados.

135
– Coloque a colcha ao largo da linha média do colchão; a bainha fica do lado
do avesso e fica na beira do colchão até à cabeceira; deve entalar de igual
forma em ambos lados e o que resta nos pés da cama.
– Introduza o lençol no lado dos pés da cama debaixo do colchão.
- Realize a forma de envelope de ambos os lados, fazendo uma dobra para
comodidade dos pés.
– Coloque a colcha até à altura dos ombros do paciente, fazendo uma dobra
sobre si mesma.
– Introduza a almofada na fronha que está dobrada ao meio.
– Estire a funda sobre la almofada pegando-lhe pela dobra para evitar que
toque o seu corpo.
– Coloque a almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à
porta, o qual favorece a estética.
– Coloque a almofada segundo a comodidade do paciente.
– Coloque o cobertor de igual forma que a colcha, se for necessário.

Invariáveis funcionais dos tipos de cama:


– Retire o carrinho da roupa suja.
– Recolha o tabuleiro e colóquio no armário.
– Lave as mãos.

PROCEDIMENTO DA CAMA OCUPADA

Cama ocupada. É a cama que se faz com o paciente na cama, o qual


permanece está acamado.

Objetivo:
– Evitar incómodo ao paciente durante o arranjo da cama.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Procurar ajuda se considera necessário.
– Proteger al paciente de traumatismos.
– Evitar danos que provoquem úlceras de pressão.

136
Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol de cima (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor (se for necessário).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar
traumatismos ao paciente.

Variáveis funcionais:
– Identifique o paciente, estabeleça a comunicação enfermeiro-paciente e
obtenha a sua aprovação para a mudança da roupa da cama.
– Coloque o biombo.
– Retire la almofada levantando com delicadeza a cabeça do paciente.
– Tire a roupa da base do colchão
– Coloque al paciente em decúbito lateral e proteja-o com o lençol que o cobre.
– Dobre o lençol de baixo usado pelo paciente.
– Tome o lençol dobrado ao comprido e coloque-o do lado livre da cama.
– Introduza o que resta da cabeceira debaixo do colchão.
– Realize a forma do envelope e introduza o lençol sobrante que pende para os
lados debaixo do colchão, desde la cabeceira até aos pés da cama.
– Coloque o resguardo dobrado ao meio e enrole a parte superior para o
paciente.
– Coloque o lençol de cima dobrado ao meio, tendo o cuidado que fique em
cima do resguardo e enrole a parte superior para o paciente.
– Introduza debaixo do colchão o lençol e o resguardo.
– Volte o paciente, acomode-o e proteja-lo colocando una cadeira com apoio
protetor se for necessário; passe para o outro lado da cama, retire a roupa suja
da cama (dois lençóis e resguardo).

137
– Esticar o lençol de baixo, o resguardo
– Realize em forma de envelope o lençol de baixo e introduza-a debaixo do
colchão
- Estique o resguardo de borracha e o resguardo de pano e introduza-os
debaixo do colchão
- Acomode o paciente em posição adequada.
- Coloque o lençol de cima limpo em cima do lençol sujo e retire o sujo pelo
lado dos pés. Peça ajuda para segurar o lençol limpo se o paciente está nu. Se
o paciente está vestido retira-se o lençol sujo e coloca-se o lençol limpo.
- Realize a prega para comodidade para os pés do paciente (se precisar de
cobertor «faz de igual modo.
- Realize o envelope em ambos os lados dos pés da cama
- Dobre o extremo superior do lençol e baixe-o até à altura desejada pelo
paciente.
Coloque a fronha na almofada e coloque-a do jeito que o paciente desejar, de
modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à porta, ao qual vai
favorecer a estética.

Invariáveis funcionais dos tipos de cama:


– Retire o carrinho da roupa suja.
– Recolha o tabuleiro e colóquio no armário.
– Lave as mãos.

PROCEDIMENTO CAMA POSOPERATÓRIA

Cama pós-operatória. É a cama destinada a receber o paciente depois de


uma intervenção cirúrgica ou após ter sido anestesiado.

Objectivo:
– Evitar demora na transferência da maca para cama.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.

138
– Para evitar traumatismos nos pacientes, manter a almofada fixa na cabeceira
e colocar a grade ou cadeira para protege-los

Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol de cima (ambos dobrados ao meio).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar
traumatismos ao paciente.
– Uma toalha.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento da cama pós-operatório
Descrição, objetivo, material e procedimento a ter com o berço
Bibliografia
Manual de procedimientos de enfermaria Amparo Magaly Págs 26 a 29

SOMATROMETRIA

Medidas antropométricas: são aquelas que se utilizam para determinar o


peso e a altura do corpo humano.
As mais utilizadas no exame físico são o peso e altura.
A estatura e o peso podem comparar-se como a idade, o sexo e a altura
corporal. Os indicadores altura, peso e idade estão descritos em curvas
(percentis) definidas por sexo, as quais se elaboraram com base em
investigações realizadas.
O peso é uma medida de grande importância em neonatos, lactantes e pré
escolares, como indicador importante do estado nutricional da criança. É
fundamental no controlo pré natal para avaliar o estado nutricional da mãe e o
crescimento fetal, este último se avalia através da altura uterina e o conjunto
mãe - feto, e do ganho de peso durante a gravidez.

139
O conhecimento exacto de ambos parâmetros (peso-altura) é essencial para
calcular: as doses de medicamentos, anestesia e meios de contraste para
radiografias, avaliar o estado nutricional e determinar a relação peso-altura.
O peso corporal constitui o melhor índice global do estado líquido e a sua
vigilância diária é importante para os pacientes que retêm sódio e são tratados
com diuréticos
Neste caso, o rápido aumento de peso indica retenção de líquido e a perda
rápida é sinal de diurese alta. Deve-se conhecer os hábitos dietéticos, se o
paciente fez dietas especiais e qualquer restrição deste tipo, por razões
culturais, religiosas ou alérgicas.
Devemos observar nos pacientes ao comer se apresentam náuseas, anorexia,
recusa em comer, dificuldade em engolir, edema abdómen timpanizado
(aumenta de volume por causa de ar ou líquido) ou alteração do paladar,
quantidade de alimento ou líquido que ingere ou bebe e se forem pequenas
quantidades, o enfermeiro deve levar em conta essas observações e registrar
no processo clínico.

PESO
Medição de peso: o peso é o registro do resultado da acção da gravidade
sobre o corpo, tornando-se a medida mais amplamente utilizada
antropométrica.
Objetivos:
1. Avalie o crescimento e o desenvolvimento tendo em conta os desvios de
no peso.

2. Valorar el estado nutricional.

3. Registrar em la historia clínica el peso do paciente para determinar a


conduta a seguir.

4. Administrar adequadamente as doses de fármacos, em proporção com o


peso do paciente.

Precauções:
 A sala deve ter boa iluminação, ventilação, tamanho adequado e
privacidade.

140
 Evite correntes de ar (em crianças).

 A escala de pesagem deve estar definida de acordo com a idade do


paciente.

 A Balança deve ser sempre a mesma, porque mesmo que seja a mesma
marca, ela fornece resultados diferentes.

 A Balança deve permanecer no mesmo lugar numa superfície plana.

 Cada vez que se pesa deve-se verificar se o fiel da balança está


equilibrado

 A Balança deve ser calibrada e lubrificada.

 Faça a limpeza mecânica e desinfeção química (esta última, se o


considerar necessário) em cada pesagem.

 Ter em conta a diferença de peso de papel, guardanapo ou pano que é


colocada sobre a balança.

 Registar o peso, à mesma hora do dia, de preferência em jejum, ou,


caso contrário, pelo menos 3h após ter ingerido alimentos.

 Se possível, a medição do peso deve ser feita sempre a mesma pessoa.

 O paciente deve esvaziar a bexiga e intestinos (dentro de suas


possibilidades).

 O paciente deve ser despido ou com roupas leves, descalço e não ter
objetos nos bolsos.

 Se usar uma balança de cama, cubra a maca pesadora com um lençol


intermediário para evitar que se mancha por suor, exsudados ou
excreções.

Mensuração: consiste em medir o corpo humano para isso, deve ter em conta
os seguintes aspetos:
 Altura

 Perímetro cefálico.

141
 Perímetro torácico.

 Perímetro abdominal

 Perímetro de membros: braços, coxas e pernas.

Tamanho: é a medida antropométrica da longitude do corpo humano, isto é, da


cabeça para os pés.

Objetivos.
Avaliar o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo.
Determine a conduta a seguir em correspondência com o resultado da
medição.

Precauções:
 Verificar que no altímetro os números estejam percetíveis, e se é tecido,
que não esteja demasiado esticado porque pode variar a sua dimensão.
 A fita métrica deve ser colocada num um lugar plano horizontal ou
vertical, dependendo do paciente, se é criança ou adulto. A criança é
colocada em posição horizontal, deve cobrir o lugar para protegê-lo de
agentes externos.

No Recém-nascido e lactente a altura deve medir-se em decúbito dorsal, sobre


um plano firme, com fita métrica ou altímetro. Os joelhos devem estar bem
estendidos e medir-se-á desde a zona occipital até o calcanhar, com suporte
resistente, uma parede com os pés formando um ângulo recto
Em posição vertical a fita métrica deve estar localizada em local plano, de
forma tal que o princípio da fita está nivelado com o solo.
No adulto, isso será de pé, de costas para o Altímetro.
O paciente deve sentir-se confortável e com os pés descalços; no cabelo não
pode ter rolos, penteado altos ou outros.
Corrigir os resultados da medição.

PERÍMETRO: Contorno de uma figura geométrica, de qualquer espaço (em


volta).

142
O perímetro no corpo humano é avaliado com uma fita métrica.

OS PERÍMETROS AVALIADOS SÃO:


 Cefálico: a fita métrica deve ser colocada firmemente à frente, na
fronteira supraorbitária e na região occipital.
 Torácico: a fita métrica deve rodear o tórax pela frente, acima dos
mamilos, e por detrás, pela linha infraescapular.
 Abdominal: é medida em torno do abdómen, tomada a região umbilical.
No recém-nascido terá lugar ao longo do membro residual ou cicatriz
umbilical.
 Membros superiores e inferiores: (braços, coxas e pernas): medem
as dimensões da periferia de diferentes segmentos cilíndricos e das
extremidades.
3.5 PACIENTE ACAMADO

O sistema tegumentário está formado pela pele e anexos (unhas, pelos,


glândulas sebáceas e sudoríparas). A pele é o órgão de maior extensão do
corpo e consiste num revestimento resistente e flexível.
A pele, pela superfície que tem, de 1.5 a 2 metros quadrados, assim como pelo
seu peso, é o primeiro órgão de economia. De fora para dentro apresenta 3
zonas distintas.
1-Epiderme.
2-Derme.
3-Hipoderme.

Vascularização da pele:
Na epiderme existem vasos sanguíneos. Na derme e no Tecido Celular
Subcutâneo são uma rede vascular, formada por veias, artérias e capilares

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA PELE:


1 - Proteção: A pele impede a entrada de agentes patogénicos, sendo
semipermeável à água e medicamentos de uso externo.

143
Protege contra os estímulos mecânicos, térmicos e químicos e radiação sen
geral.
2 - Termorregulação: Permite a transferência de calor para a conservação e
regulação da temperatura corporal
3 - Metabólica: sintetiza a vitamina D, sob a influência de luz solar e da sua
absorção subsequente.
4 - Imunológica: capacidade de reação da pele, em presença de certos
antigénos e a resposta imunológica.
5 - Sensorial: a pele é rica inervação como um receptor de estímulos externos,
entre elas estão: dor, tato, pressão, temperatura, formigamento, coceira.
6 - Detergente ou de autolimpeza: ocorre por dimensionamento do pH
fisiológico e ligeiramente ácido e pela ação de secreções sudoríparas e
sebáceas.
7- Emulsão: Regula as constantes bioquímicas no meio interno.

Objetivo da mobilização:
Mobilização do paciente acamado é feito para prevenir a ocorrência de úlceras
de pressão, por fricção diária ou a força de pressão sobre proeminências
ósseas

Decúbito: Atitude do corpo em repouso sobre um plano horizontal


Tipos de decúbitos:
1- Decúbito dorsal (posição supina).
2- Decúbito ventral.
2- Decúbito lateral esquerdo ou direito

DECÚBITO DORSAL OU POSIÇÃO SUPINA: O paciente está deitado de


costas com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados, o que é suficiente
para um pequeno travesseiro. A curva lombar vai segurar melhor com um
travesseiro ou uma toalha enrolada.

Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta


posição:

144
 A cabeça está alinhada com a coluna, na face lateral e anterior-
posterior.
 O tronco é posicionado de modo que a flexão das ancas diminua.
 Os braços são flexionados no cotovelo, mãos apoiadas contra a parede
lateral do abdómen.
 Os calcanhares são estendidos, com o apoio firme e pequeno debaixo
da região poplítea.
 Os calcanhares são suspensos num espaço entre o colchão e os pés da
cama
 Os dedos dos pés apontam para cima.
 Coloque toalhas pequenas debaixo do trocânter maior na área da
articulação da anca.

POSIÇÃO DECÚBITO VENTRAL: É uma em que o paciente repousa sobre o


abdómen, a face inclinada para um lado
Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta
posição:
• A cabeça está voltada para um lado e em alinhamento com o resto do
corpo.
• Os braços estão em abdução e voltados externamente na articulação do
ombro, cotovelos estão em flexão
• Coloca-se um suporte, pequena plana sob a pélvis, estendendo-se a
partir do umbigo até o terço superior da coxa. As extremidades inferiores
ficam em posição neutra.
Os dedos tocam a borda do lençol de baixo.

POSIÇÃO LATERAL: Atitude ou postura que assume o paciente ao descansar


sobre um dos seus lados.
Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta
posição.
 A cabeça está alinhada com a coluna.
 O corpo está no alinhamento e não torcido.
 A articulação da anca do lado de acima fica um pouco para frente e
mantida numa posição de ligeira abdução com uma almofada.

145
 Uma toalha ou substituto sustem o braço, que é fletido na articulação do
cotovelo e do ombro.
REPOUSO NA CAMA: quando o paciente se encontra na cama a maior parte
do tempo possível, segundo as indicações médicas. Isto implica uma série de
efeitos adversos quando o repouso é prolongado
.Redução do metabolismo basal.
.Diminuição da força, do tónus e massa muscular.
. Posição corporal viciada.
.Aumento da suscetibilidade a infeções pulmonares e do trato urinário.
.Trombose vascular (formação de um coágulo na corrente sanguínea).
.Embolia (é quando o coágulo é clara e flui através da corrente sanguínea até
atingir um vaso demasiado pequena para que não pode ir e parar.

EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS: Estes incluem uma série de manobras que


estimulam o funcionamento dos músculos, nervos, ossos, articulações e
cardiovascular e respiratória

TIPOS DE EXERCÍCIOS
Exercício passivo.
Exercício activo com ajuda.
Exercício activo.
Exercício activo com resistência.
Exercícios isométricos ou de músculo fixo.

EXERCÍCIO PASSIVO:
É feita pelo terapeuta ou enfermeiro, sem a ajuda do paciente, foi realizada a
fim de preservar, tanto quanto possível, a gama de movimentos das
articulações e manter a circulação e a ação de que é para estabilizar a
articulação proximal e suster a parte distal. Também mover a articulação com
cuidado e lentamente, até o limite tolerável, para evitar a dor.

EXERCÍCIO ACTIVO COM AJUDA:


É o exercício realizada pelo paciente, com a ajuda do fisioterapeuta ou
enfermeiro, a fim de promover a função normal do músculo. A ação do mesmo

146
é manter a parte distal e encorajar o paciente a movimentar a articulação
activamente na medida, do possível e fornecer mais ajuda do que o necessário
para alcançar a ação. A períodos breves de actividade, devem seguir-se
períodos adequados de descanso

EXERCÍCIO ACTIVO:
É o exercício realizado pelo paciente sem assistência. As atividades incluem
voltar-se de um lado para mudança de volta lado para o outro. Realiza-se a fim
de aumentar a potência muscular. Sempre que possível, o exercício ativo deve
ser executado contra a gravidade. Os movimentos comuns devem atingir a
máxima amplitude sem assistência (verifique se o paciente não mude o
movimento ordenado do outro).

EXERCÍCIO PASSIVO COM RESISTÊNCIA: O movimento ativo realizado pelo


paciente contra a resistência por manuais ou meios mecânicos, é realizado
com a finalidade de proporcionar resistência, com o objetivo de aumentar a
potência muscular. Neste caso, o paciente move a articulação através da sua
gama de movimento permitido, ao mesmo tempo que, o fisioterapeuta ou
enfermeiro resiste, primeiro levemente e, em seguida, com o aumento gradual
da resistência. Pode ser usado sacos de areia e pesos, que são aplicados ao
ponto distal da articulação afetada. Os movimentos devem ser suaves.
FIXO OU ISOMÉTRICO MUSCULAR: não é mais do que a contração e
relaxamento alternativo de um músculo, numa posição fixa. Este exercício é
realizado pelo paciente, e é realizada a fim de preservar a força e a energia
quando uma articulação é imobilizada. A acção do mesmo é contrair ou apertar
o músculo, tanto quanto possível, sem movimentar a articulação, segurá-lo por
alguns segundos e depois solte e relaxe, o paciente deve respirar
profundamente

QUANDO O EXERCÍCIO É FEITO CORRETAMENTE, ajuda a:


 Manter a força muscular.
 Preservar a função articular.
 Evitar deformidades.

147
 Estimular a circulação.
 Criar tolerância e resistência

BENEFÍCIO DOS EXERCÍCIOS:


Aumenta o tamanho dos músculos, a força e o tônus.
Aumenta a eficiência da função cardíaca.
Aumenta a tolerância para trabalhar.
Aumenta a eficiência do pulmão.
Há melhor digestão.
Aumenta a acuidade mental.
Verifica-se a melhoria da qualidade de sono e descanso.
Aumenta os níveis de hemoglobina no sangue.
Diminuição da pressão arterial.
Diminuição dos níveis de colesterol no sangue.

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O EXERCÍCIO:


O processo de degeneração começa quase imediatamente a seguir aos
músculos deixarem de ser utilizados.
O processo de degeneração afeta tecidos ossos, apele e os músculos.
Em todas as articulações existe um arco específico de movimento.
O exercício das partes do corpo móveis até ao limete da sua capacidade,
previne o aparecimento de contraturas que pode reduzir a mobilidade das
articulações.
É precisa a contração ativa dos músculos para conservar e melhorar a força e
o tónus muscular.
A contração ativa dos músculos de um lado do corpo, faz com que os músculos
correspondentes se contraem do outro lado também.
O exercício tem efeitos benéficos em todos os sistemas do corpo

As úlceras de pressão: são áreas onde a pele foi ferido como resultado da
pressão prolongada sobre uma parte do corpo, com consequente perda de
movimento e destruição dos tecidos

148
Chama-se escara com necrose à crosta arroxeada sobre a pele que resulta
de tecido isquémico e gangrenado

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
As úlceras de pressão são áreas localizadas do tecido mole sem circulação
sanguínea. A pressão é exercida pelo objeto em que assenta sobre a pele e
tecido subcutâneo; por exemplo, colchões, cadeiras, ligaduras, gesso, e outros.
A úlcera é frequentemente dolorosa, e a cura é caracterizada pela sua lentidão,
de modo que se torna muito difícil evitar a invasão de muitos microrganismos
(estreptococos, estafilococos, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli), ou
infeções secundárias.
As lesões geralmente emanam um exsudado fétido, resultante da invasão
bacteriana e degradação dos tecidos. Se a lesão é extensa, causando a perda
contínua de soro e pode induzir a depleção no sangue circulante. Além disso,
quando a úlcera estiver infetada, pode transmitir o processo para a
profundidade e chegar à fáscia, músculos e ossos. Desta forma pode ser
facilmente produzido uma infeção generalizada, especialmente quando o
sangue é invadido por bacilos gram-negativos

FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERAS DE


PRESSÃO:
- A pressão prolongada.
- Imobilidade ou mobilidade escassa.
- Perda dos reflexos protetores, sensoriais ou motores.
- Força por deslizamento, fricção ou traumatismo.
- Excesso de humidade ou secura e maceração da pele.
- Edema, má circulação periférica
- Infeção.
Idade mais avançada.
Equipamentos: tração, gesso, restrição, roupa de cama
inadequada e cadeira

SINAIS E SINTOMAS

149
Aparecimento de eritema (vermelhidão) da pele, que desaparece por
pressão digital.
Área azul cinza, azul ou negro, o resultado da oclusão dos capilares e o
enfraquecimento do tecido subcutâneo.
Bolhas e laceração da pele, seguida por as fases iniciais de necrose.
Este processo pode afetar os tecidos mais profundos moles, músculos,
tendões e até mesmo ossos e articulações.
Se a úlcera é crónica e tem aberto e fechado de novo e, novamente,
ocorre geralmente endurecimento secundário (endurecimento de tecido),
o qual dificulta o aporte sanguíneo à região para formar tecido cicatricial
subjacente.
Muitas vezes, observa-se focos de infeção, por vezes, coberta por
uma crosta preta o que também impede a cura.

MEDIDAS PREVENTIVAS:
Mudança de posição frequente para reduzir as áreas de pressão entre
as proeminências ósseas.
Massagem e exercício para estimular a circulação e aumentar a
alimentação da célula e da pele.
Manter a pele limpa e seca para evitar o desenvolvimento de bactérias
patogênicas.
A roupa de cama deve estar limpa, esticada, seca assim como as
ligaduras
Empregar meios para evitar danos em áreas específicas (colchão de ar,
almofadas de ar, gaze).
Manter o estado nutricional de pacientes com uma dieta contendo
grupos alimentares básicos.
Pele cuidada com cremes, o suor, o colchão ressecam a pele. O álcool
resseca e agride a pele.
Cuidados com o cateter urinário se algaliado.

CUIDADOS COM AS ÚLCERAS DE PRESSÃO:


Mudanças frequentes de posição.
Evite mudanças de posição que provocam pressão excessiva

150
O uso de dispositivos mecânicos. (travesseiros ou almofadas que podem
ser colocados sobre o colchão).
Proteger proeminências ósseas com a inserção de almofadas (de
borracha macia, silicone ou outros materiais), abaixo do sacro,
calcanhares, cotovelos, ombros e pescoço quando há pressão sobre
essas regiões.
Não deitar o paciente sobre um colchão mal arejado, coberto com
plástico ou outro material impermeável, recomenda-se o uso de camas
de água, para tratá-las.
Pacientes sentados em cadeiras de rodas para períodos prolongados
devem ser protegidos com almofadas ao nível de tuberosidade
isquiática, que é útil, uma vez que a carga é normalmente numa
pequena área da pele.
Implementação de exercícios ativos e passivos para melhorar o tônus
muscular dos vasos da pele e do sangue, orientar o paciente a andar, já
que o grau de mobilidade é um critério importante para o prognóstico e
tratamento.
Execute pele massagens frequentes, como estas estimulam o fluxo
sanguíneo para a pele. Aplicar movimentos circulares ao redor de
proeminências ósseas e outras áreas vulneráveis.
A pele deve ser lavada com sabão neutro, água e seque com uma
toalha. A seguir, aplicar uma loção emoliente para mantê-la macia e
flexível.
Ensina-se ao paciente a examinar sua pele muitas vezes em busca de
sinais de pressão.
Mantenha a cama livre de matérias estranhas que podem irritar a pele.
Esticar firmemente o lençol que cobre o colchão para evitar rugas.
Manter um estado nutricional adequado já que as úlceras de pressão
aparecem mais rápidos e são mais resistentes ao tratamento em
pacientes que sofrem de distúrbios nutricionais.

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CAMA PARA A CADEIRA

151
Passar ou transferir. É quando se realiza a passagem do paciente de um
lugar a outro.

Transferir o paciente da cama para a cadeira: É a ação de passar o paciente


para a cadeira ou sofá para proporcionar mudança de posição.

Objetivos. Proporcionar atividade física ao paciente, para estimular a


circulação.

Precauções
 Fixar a cadeira ou sofá
 Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.

MATERIAL
Lençol ou cobertor
Escabelo dos pés (banquinho)
Cadeira ou sofá

PROCEDIMENTO
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:
 - Estender sobre a cadeira um lençol ou cobertor.
 - Puxar a coberta da cama do paciente até aos pés da cama.
 - Colocar a cadeira ou sofá aos pés da cama em angulo reto com a
cama.
 - Fixar a cadeira para impedir que rode.
 - Mover o paciente para a borda da cama e sentá-lo, ajudando-o a
permanecer a colocar os pés sobre o banquinho
 - Rodar o corpo do paciente com ambos os colocá-lo e fazer para se
sentar na cadeira ou sofá.

152
 - Envolva o paciente com um lençol ou cobertor se necessário.
 - Proporcionar conforto ao paciente.
 - Proporcionar meios de recreação.
 - Organizar a cama.

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CADEIRA PARA A CAMA

Transferir o paciente da cadeira para a cama é a ação de mudar o paciente


de posição - da cadeira para a cama.

Objetivo: Proporcionar comodidade ao paciente, facilitando a mudança de


posição.

Precauções
 Fixar a cadeira ou sofá
 Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: paciente da cadeira para a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 97

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CAMA PARA A MACA

Transferência do paciente da cama para a maca. é a ação de passar o


paciente da cama para a maca.

Objetivo: Passar o paciente dum lugar a outro com diferentes fins.

153
Precauções.
 Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.
 -Observar se a maca está bem: manter as rodas viradas para os pés da
cama e fixá-las.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento das diferentes formas que se utilizam para transferir o
paciente.
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 98…

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA MACA PARA A CAMA

Transferir o paciente da maca para a cama - é a ação de passar o paciente


da maca para a cama
Objetivos:
- Proporcionar paciente comodidade.
- Mudar de posição para estimular a circulação

Precauções:
- Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
- Aplicar a mecânica corporal.
- Observar se a maca está bem; manter as rodas viradas para os pés da
cama e fixá-las.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: Paciente da maca pra a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 101

154
PROTECÇÃO E RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS DO PACIENTE:
É a eliminação dos movimentos do paciente para imobilizar um ou mais partes
do corpo, a fim de proporcionar segurança.

MÉTODOS DIFERENTES.
Proteção dos pacientes por meio de grades.
Ligaduras ou manguitos para imobilizar os membros superiores e
inferiores.
Restrição com dois lençóis.

Objetivos:
Imobilizar um ou mais partes do corpo do paciente para fins diferentes.
Proteger fisicamente o paciente.

Precauções:
Proteja a pele da região a ser imobilizada.
Use a restrição o menor tempo possível.
Reposicionar o paciente com frequência.
Monitorar sempre o paciente através da observação da região imobilizada.
Cuidar da pele do paciente na parte imobilizada.
Sempre imobilizar os tornozelos com uma distância segura entre eles e nos
pulsos também.
Não prolongue por muito tempo a imobilização dos membros.
Não interromper a circulação com as ligaduras apertados (observar cianose,
palidez, arrefecimento das extremidades ou sensação de formigueiro).
Oferecer uma arrastadeira ou levar o paciente à casa de banho antes de
imobilizá-lo.
Até meio da imobilização, use os nós que possam soltar-se, fácil e
rapidamente.
Lembre-se, nunca amarrar às grades, pois ao baixá-las pode causar
desconforto para o paciente.
Não aplicar dois pontos de fixação para um lado, porque a pessoa pode cair
da cama.

155
PROTEÇÃO POR GRADES:
É a proteção do paciente sobre a cama, por meio de grades, para evitar que
caia por um dos lados lado.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: protecção com grades
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 103

BANDAS DE RESTRIÇÃO OU MANGUITOS:


Consiste em prender com ligadura os braços e pernas dos pacientes
acamados.
É uma medida desagradável para o paciente, pois limita os movimentos do
paciente, o que provoca a ansiedade

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - bandas de restrição ou manguitos
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104

Restrição com dois lençóis - permite movimento limitado do paciente para


imobilizar um ou mais partes do corpo.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - Restrição com dois lençóis
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104 e 105

RESTRIÇÕES À CRIANÇA
Embalagem. É como imobilizar o recém-nascido ou do lactente. É também o
sistema de imobilização que é usado na maioria das vezes, é envolver a
criança com um lençól que sujeita os braços e pernas, semelhante à forma

156
como múmias egípcias estão envolvidos.

Objetivos:
Evite a perda de energia.
Manter a temperatura corporal.
Aplicação do tratamento.
Administrar a alimentação por sonda

Posições:
Sentado ou semissentado (Fowler).
Posição de Sims.
Posição de Trendelemburg.
Posição de litotomia.
Posição ginecológica.
Posição Genitopeitoral.
Posição faca Sevilha.
Ou de pé.
Posição para punção lombar.

LIGADURAS
São ligaduras adaptadas à forma de uma parte do corpo a onde aplicar. É um
pedaço de material que se usa para envolver uma região do corpo.

CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Os curativos são um meio de proteção e imobilização de uma região lesada ou
doente. Quando aplicado sobre uma lesão e tem como função apoiar e cobrir o
curativo.
A venda deve ser posicionada de modo que ajuste uniformemente na região
afetada, que exerça pressão moderada, sem prejudicar o movimento ou causar
compressão prejudicial às saliências ósseas, que se mantenha firme, sem
flacidez, e que, juntos, e que no seu conjunto deixe a impressão de uma obra
bem-feita e acabada.

157
Um curativo mal feito (frouxo, inestético) indica a falta adestramento de quem a
executa. Os pensos mais comumente usados são feitos com tecidos malha
gaze, cortado em tiras 5, 7, 5 e 10 cm, dispostos em forma de rolo, também
feito de material elástico, o qual
tem a vantagem de que adapta bem a todas as regiões e para manter uma
discreta
pressão uniforme. Elas são muito utilizadas em varizes de extremidades dos
membros inferiores.
APLICAÇÃO DE LIGADURAS
Objectivos:
– Limitar os movimentos.
– Sujeitar apósitos.
– Fixar talas de imobilização.
– Aplicar pressão para controlar una hemorragia.
– Aplicar calor.
– Corrigir deformidades

Precauções:
- Seleccione a ligadura adequada para cada caso e região.
- Separe a superfície cutânea, protegendo as proeminências ósseas para evitar
atrito e demasiada pressão.
- Começar com a ligadura da parte distal para proximal e de dentro para fora.
- Não iniciar ou terminar a ligadura directamente sobre a ferida ou numa área
sobre a qual se exerce pressão.
- Colocar a ligadura com suavidade e firmeza.
- Cobrir o penso da ferida com uma ligadura com uma margem de 5 cm de
cada lado.
- Observar bem a ligadura para detectar sinais de compromisso circulatório
- Deixar exposta a área distal para detectar compromisso circulatório quando
se está de colocar ligaduras nos membros.
- Ter limpa e seca a região que vamos fazer ligadura.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA COLOCAR LIGADURAS


 Os gérmenes crescem em áreas quentes, molhadas e sujas

158
 O atrito pode causar trauma mecânico para o epitélio

 O corpo é mantido em posição anatômica natural, com ligeira flexão


de articulações para prevenir distensão dos músculos

 A pressão excessiva e indevida sobre as superfícies do corpo pode


alterar circulação e, consequentemente, a nutrição das células nesse
local.

GUIA PARA EXECUTAR A VENDA COM LIGADURA


- Ponha-se de frente à pessoa a quem vai colocar a ligadura.
- Comece o rolo virado para cima numa mão, e o extremo da ligadura na outra.
- Ligar da parte distal para a proximal e de dentro para fora.
- Não iniciar ou terminar a ligadura directamente sobre a ferida ou uma área em
que a pressão é exercida, por exemplo, o lado posterior (de trás) da coxa.
- Colocar a ligadura suavemente mas com firmeza sobrepondo cada volta de
cerca de dois terços da largura da ligadura.
- Use a largura da ligadura que melhor se ajusta para a situação em causa.
- Na execução de uma ligadura com penso deve deixar-se uma margem de
5cm de ligadura de cada lado.
- Separe a superfície da pele e protege as proeminências almofadando-as com
gaze ou algodão antes de fazer a ligadura para evitar a aplicação de
demasiada pressão e atrito.
- Depois de feita a ligadura verificar se há sinais de compromisso circulatório.
- A ligadura deve ser seguro, durável, limpo, eficiente e terapeuticamente
eficaz, além disso, económica.
LIGADURA CIRCULAR

Ligadura circular é adequada para cobrir regiões de forma cilíndrica, como o


antebraço, braço, perna e coxa.

PROCEDIMENTO
Usar uma banda de 5 a 7cm. Depois de colocar duas ou três voltas rodada na
extremidade distal do membro para fixar a ligadura esta continua até ao

159
extremo oposto da região a fixar, sobrepõe-se cada volta sobre a anterior um a
dois terços.
Quando as voltas de ligadura chegam a ponta do penso, se necessário
continua-se em sentido contrário, para o ponto inicial, a partir de cima para
baixo e vice-versa, para cobrir completamente e dar solidez à ligadura,
terminando para parte proximal.

LIGADURA EM OITO (8)


Ligadura em oito (8) utiliza-se com frequência ligadura de 5 a 7cm, emprega-
se para ligar superfícies de flexão, tais como as articulações.

PROCEDIMENTO.
Ligaduras em oito, começa-se por
efectuar duas voltas circulares no centro
da articulação e, depois, aplicar a
ligadura alternadamente para cima e
para baixo, descrevendo uma forma semelhante a um 8, de modo a que cada
volta cubra parcialmente a anterior, cruzando-se na parte posterior sempre pelo
centro da articulação. Este penso é muito conveniente para o nível do carpo, do
cotovelo e maléolo.
LIGADURA EM ASPIRAL
Ligadura em espiral usa-se para envolver uma parte do corpo que seja de
circunferência uniforme.

PROCEDIMENTO

 Inicia-se com duas voltas circulares, que vão segurar a


ponta da ligadura. São as voltas mais importantes;
 Cada uma das seguintes voltas cobre a terceira parte ou
metade da volta anterior;
 No final a ligadura pode fixar-se com adesivo, ou com um
grampo.

160
LIGADURA ASPIRAL DUPLA
A ligadura em espiral dupla usa-se para ligar as partes cilíndricas do corpo
que têm circunferência variável, como a perna a perna.

PROCEDIMENTO
Para fazer ligadura deste tipo, o polegar da mão
livre é colocado no topo da primeira volta e segura
firmemente a ligadura, este é desenrolada cerca de
15 cm e depois vire a mão para dentro de modo
que a ligadura se dobra de frente para baixo
cruzando com a volta que se fez em sentido
contrário. Sobrepondo-se um terço.
Então a ligadura é executado através do membro se executa outra operação
igual e à mesma altura, de modo que as pregas estão alinhadas e fiquem
uniformes

LIGADURA RECORRENTE

Ligadura recorrente é
utilizada para cobrir porções
dista do corpo, tais como as
pontas dos dedos.

PROCEDIMENTO
Depois de definir o início da ligadura com uma volta circular, volta-se
diretamente o rolo sobre o centro do dedo que se vai cobrir. Fixa-se por baixo e
fazem-se voltas alternadas para a direita e depois para a esquerda sobre a
volta inicial, de modo que cada volta cruze em cima e em baixo. Cada volta
cobre a uma anterior. A ligadura forma espirais circulares que se unem nos
extremos.

LIGADURA EM CAPACETE

161
Ligadura em capacete é utilizada para cobrir o couro cabeludo. É um tipo de
atadura de repetição, semelhante à que se usa para cobrir os cotos.

PROCEDIMENTO.

Ela começa com dois ou três circular à volta da cabeça, o nível da testa e
occipital, com ligadura de 5cm. Então, na linha média, sobre a inserção do
nariz se inverte a ligadura é vai em sentido contrário até chegar às previamente
colocados que excede ligeiramente, a esse nível se dobra de novo sobre si
mesma e se repete a manobra à frente e atrás onde sem ajudante segura as
laçadas recorrentes, e assim sucessivamente até estar coberta toda a
superfície, gire a ligadura novamente para abraçá-la e terminar com várias
circulares. Para dar consistência à ligadura. Para dar solidez no seu conjunto à
ligadura reforça-se o capacete com três tiras de fita
adesiva de 2 centímetro, como se segue: um da testa até o occipital e outro
que atravessa perpendicularmente desde a região temporal até à oposta e uma
terceira circundante, na sua base para o chapéu.

3.6 ALTA DO PACIENTE


Definição
É a finalização de cuidados/tratamento nas unidades de internamento ou de
urgência.

Tipos de alta
 Alta por melhoria
 Alta por transferência intra-hospitalar
 Alta por transferência extra hospitalar
 Alta por abandono
 Alta por decisão do paciente/familiar
 Alta por óbito

Objectivos

162
 Proporcionar documentação necessária sobre o seu processo
 Facilitar os meios necessários para continuar o seu tratamento
 Comprovar que o paciente e a família conhecem as técnicas necessárias
para o seu auto cuidado
Quem executa: o enfermeiro, conforme prescrição médica ou protocolo de
serviço

Material
 Documentação da alta (folha de alta médica, de continuidade de cuidados,
etc)
 Material necessário se precisar.
 Medicação para o dia se necessário
Procedimento
 Informar o paciente/família que vai ter alta
 Comprovar que o paciente/família sabe realizar correctamente os cuidados
e / ou autocuidados para cobrir as necessidades básicas detectadas na alta.
 Entregar o relatório da alta e explicar o tratamento a continuar se for o caso,
data da consulta de revisão, análises clínicas, etc
 Recolher o material utilizado pelo paciente, limpá-lo e esterilizá-lo (caso
necessário)
 Proceder à limpeza terminal da unidade
 Registar o procedimento na folha de enfermagem, anotando data, a hora da
alta, ocorrências

Observações:
 Em caso de necessidade, solicitar o serviço de transporte (ambulância).
 Comunicar a Alta ao Serviço de Admissão de Pacientes.

UNIDADE IV - NECESSIDADES BÁSICAS DURANTE O CICLO DE VIDA

TEMA 4.1 – Natureza das Necessidades

ELEMENTOS BÁSICOS DA ONTOGENIA

163
Ontogenia descreve a origem e o desenvolvimento de um organismo, desde o
ovo fertilizado, até à sua forma adulta.

Desde a antiguidade, a origem do homem tem sido uma fonte de debate e luta
entre o idealismo e o materialismo. O idealismo defende a criação do homem
por um poder sobrenatural. O materialismo, baseada na ciência, explica a
origem do homem como resultado de uma longa evolução de um grupo
ancestral dos hominídeos.

Na escala zoológica, a espécie humana (Homo sapiens) é classificado no reino


animal como pertencente ao tipo cordado e é considerado um vertebrado,
mamífero, da ordem dos primatas

Cordado - no estágio embrionário forma o notocórdio, uma estrutura de apoio


que podem persistir, mudar ou desaparecer no adulto.

Vertebrado - tem um esqueleto axial (coluna vertebral e crânio).


Há duas classes: os vertebrados inferiores (peixes e anfíbios) e superior
(répteis, aves e mamíferos), que se desenvolvem em um saco cheio de fluido
extra-embrionário, denominada cavidade amniótica.

Mamífero - caracteriza-se pelo corpo ser geralmente coberta de pelos e as


fêmeas têm glândulas mamárias com as quais alimentam os seus filhotes.

Primata - inclui várias famílias de macacos, assim como nossos ancestrais


hominídeos dos seres humanos.

A espécie humana tem características específicas que a diferenciam de


todos os animais, as mais importantes são:
 Marcha erecta e vertical
 Mão como órgão de trabalho
 Encéfalo desenvolvido com o qual elabora conceitos intelectuais
abstractos

164
 Linguagem articulada

TEORIAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO

No curso da história têm procurado explicar o desenvolvimento individual ou


ontogenia do organismo, usando duas abordagens diferentes, representado
pelas teorias de pré-formação e epigénese

A Teoria da pré-formação parte de posições criacionista, coloca de uma


forma simplista de que o futuro organismo já estava preformado, em miniatura,
nas células sexuais.

A Teoria da Epigénese tem um conceito evolutivo, explica que o organismo se


desenvolve em um processo contínuo no qual novas estruturas são formadas
de forma gradual. Esta teoria se complementa por considerar os componentes
genéticos (herança) e troca com o meio ambiente como factores que
influenciam este processo, que pode causar alterações significativas no novo
ser.

Outra teoria interessante é a chamada Lei Biogenética, também conhecida


como Recapitulação, considerando-se que no desenvolvimento individual do
corpo, principalmente na fase embrionária, se repetem as etapas fundamentais
do desenvolvimento de espécies inferiores, ou seja, que a ontogenia repete a
filogenia.

Também se questiona que a Teoria da filoembriogéneses que as mudanças


que aparecem na fase embrionária e se incorporam no desenvolvimento do
adulto podem ser incluídos na Filogenia devido à hereditariedade.

Filogéneses ou Filogenia: história do desenvolvimento de um tipo orgânico ou


espécie, desde a forma mais simples, em distinção de Ontogenia ou evolução
do indivíduo.
Estas últimas teorias reafirmar o princípio fundamental da teoria da evolução
(Darwin) da unidade de origem dos organismos.

165
O materialismo dialéctico explica que tudo na natureza muda e evolui de
acordo com certas leis. Isto é confirmado no organismo em desenvolvimento
que está sujeito a constantes mudanças em seu mecanismo de adaptação ao
ambiente.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PSICOSSOMÁTICO

Crescimento
É o processo que indica um aumento no tamanho e peso do corpo humano e,
portanto, pode ser avaliada numericamente. Neste processo, produzem-se
mudanças estruturais quantitativas, de forma contínua, embora a sua
velocidade não é uniforme porque em determinados momentos mais rápido do
que em outros.

O crescimento dá-se principalmente por causa do aumento do número de


células, multiplicação ou proliferação destas (hiperplasia), do aumento, do
tamanho das células (hipertrofia) e ao aumento da substância intercelular.

Desenvolvimento
Compreende uma série de processos, entre os quais se destaca a
diferenciação, que proporciona à estrutura novas funções durante a sua
maturação. Nestes processos produzem-se mudanças estruturais e funcionais
qualitativas em forma de saltos, o que aumenta a complexidade do organismo,
que adquire novas propriedades morfofuncionais, diferentes da função original.

PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

PERÍODOS ESTÁGIOS ETAPAS IDADES

Prediferenciação 2 primeiras

166
Pré-natal Embrionário semanas
Diferenciação
4 a 8 semanas

Fetal Crescimento 7 meses


posteriores
Neonatal 1º mês
Infância Lactação 2 - 12 meses
(meninice) Preescolar 1 - 2 anos
(transição) 2 - 4 anos
Preescolar 5 - 9 anos
Escolar

Pós-natal Adolescência Puberdade 10 – 19 anos


Jovem 19 – 35 anos
Adulto
Maduro 35 -65 anos
Velhice 65 – 74 anos
Envelhecimento
Senescência + 75 anos

PERÍODO PRÉ NATAL


O período de pré-natal caracteriza-se por ter uma duração de
aproximadamente 40 semanas (nove meses) e o organismo tem uma taxa de
crescimento mais rápido do que o período pós-natal. Apresenta estágios
morfológicos semelhantes aos que ocorrem em diferentes espécies.
O período de pré-natal pode ser dividido em dois estágios: o embrião, incluindo
os 2 primeiros meses da concepção e fetal - os 7 meses seguintes, até o
momento do nascimento.

PERÍODO PÓS NATAL

167
O período pós-natal: este período é subdividido em várias etapas, desde o
momento do nascimento até a morte do indivíduo.

ETAPA DO RECÉM-NASCIDO OU NEONATAL (1º MÊS):

Características somáticas

Com o nascimento ocorrem importantes mudanças funcionais como o início da


respiração, a circulação pulmonar e alimentação por via oral. O corpo de um
recém nascido diferencia-se extraordinariamente dos adultos, pela sua forma
e dimensões. O tamanho médio é de 50 cm. O peso varia entre 2500 e
4000g. O perímetro cefálico (circunferência da cabeça) ao nascer é de cerca
de 34 cm.

Características psicológicas

O recém-nascido dorme em média, 20 horas por dia.


Há um conjunto de reflexos característicos nesta fase, alguns dos quais são
essenciais para a manutenção da vida. Esses reflexos podem ser agrupados
em três subdivisões:

1. Os que desaparecem dentro dos 2 meses:


Curvatura do tronco
Reflexos de extensão cruzada
Posição intrauterina

2. Aqueles que desaparecem antes de 4 ou 5 meses:


Reflexo de Moro ou abraço
Magnus ou tónus do pescoço
Marcha.

3. Desaparecem mais tardiamente:


Preensão palmo-plantar - Até 6 meses.

168
Cardinal ou - Até 1 ou 1,5 anos.
Resposta tipo Babinski - Até 2 anos.

ETAPA DA LACTAÇÃO (1-12 MESES)


O crescimento é rápido. Pesa três vezes por ano.
Peso: Aumento:
1º Trimestre________30g por dia.
2º Trimestre________20g por dia.
3º Trimestre________15g por dia.
4º Trimestre________12g por dia.

Tamanho: Cresce:
1ºTrimestre________9cm
2ºTrimestre________7cm
3ºTrimestre________5cm
4ºTrimestre________3cm. Até chegar a cerca de 74 cm no 1º ano.

Desenvolvimento psicológico

1
--- Segue a luz
2
- -- Sorri e balbucia sons
3 --- Sustenta a cabeça

4Agarra objectos 7 e 8 preensão palmar polegar pinça digital


5 gira o abdómen
sustem sentado 6 9 senta-se só
10 engatinha
11 dá passos
12 caminha

Linguagem aos 3 meses: ta ta da ,da, agu agu.


aos 6 meses: papá, mamá,

169
Dentes ao ano 4/4
aos 2 anos 8/8

Actividade afectiva dominante nesta fase:


- Relacionamento emocional com o de adultos

Características psicológicas do lactente:


Adquiridos reflexos condicionados.
O adulto atende todas as necessidades
O adulto é o intermediário entre a criança e o ambiente objetivo.
Aparecem as premissas iniciais da linguagem.
Ações repetidas de adultos.

Fase de transição (1 - 2 anos):


A fase de transição caracteriza-se pelo crescimento do corpo lento, começa a
andar cambaleante, então a marcha começa a ganhar maior controle.

Características psicológicas:
Andar a pé permite-lhe tirar objectos e manipulá-los por si só, assumir o
comando do pé e isso se desenvolve na capacidade da criança para orientar
no espaço.
Manipulação dos objectos: é a actividade principal. A criança descobre a
função do objecto e começa a desenvolver o pensamento visual e
comunicação com os adultos.
O desenvolvimento da linguagem: é lento, aprender a dizer palavras que
atendam suas necessidades.

PRÉ-ESCOLAR (2 - 4 ANOS)
Pré-escolar (2 - 4 anos): o crescimento do corpo é também lento e aos 3 anos
de idade termina a dentição do leite.
Características psicológicas:
O jogo de papéis é a actividade principal, pois eles imitam as ações dos
adultos. Com a actividade dos jogos aprende as obrigações que devem

170
desempenhar e os seus direitos, ao mesmo tempo que se verifica grande
desenvolvimento da linguagem.
O jogo ajuda a desenvolver o pensamento visual, e a formar a imagem nessa
idade do que é certo e o que é errado. Pelo jogo se desenvolve a imaginação
das crianças; mediante o jogo simbólico substitui uns objectos por outros.

ETAPA ESCOLAR (5 - 9ANOS)


Etapa escolar (5 - 9anos): nesta etapa o crescimento do corpo continua lento.
Começa a desenvolve a dentição permanente.
Nesta fase é muito importante para a criança o estudo, o jogo passa a ser
secundário.

ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA (10 - 19 anos)


A adolescência é uma fase entre a infância e a idade adulta, que começa
cronologicamente com as mudanças da puberdade e caracteriza-se por
profundas transformações biológico, psicológico e social.
Segundo a Organização Mundial de Saúde. A adolescência é o período que
decorre entre 10 e 19, considerando-se duas fases: o início da adolescência
(10 - 14 anos) e adolescência tardia (15 - 19 anos).

A puberdade é um termo usado para identificar as alterações somáticas dadas


pela aceleração do crescimento e desenvolvimento, início da maturidade
sexual e características sexuais secundárias, não é um processo
exclusivamente biológico, mas confunde-se com fatores psicológicos e sociais.
Nas meninas começa às 8 anos e nos rapazes aos 9 anos de idade.

Características gerais da adolescência


 Verifica-se o crescimento do corpo pelo aumento de peso, a estatura e
mudanças de forma e dimensões corporais.
 Há um aumento da massa muscular e força muscular, mais acentuada
nos homens. Também há um aumento e maturação dos pulmões e

171
coração, tendo assim um maior desempenho e uma recuperação mais
rápida em comparação com o exercício.
 O aumento na velocidade de crescimento, as alterações na forma do
corpo e do tamanho, os processos endócrinos – e a maturação
metabólica correspondente, não ocorre sempre harmoniosamente, de
modo que é comum a apresentar marcha desajeitada, descoordenação
dos movimentos, distúrbios de sono e fadiga.
 O desenvolvimento sexual é caracterizado pelo amadurecimento dos
órgãos sexuais, o aparecimento de características sexuais secundárias
e o início da capacidade reprodutiva.

Aspetos psicossociais integram um certo número de características e


comportamentos que em maior ou menor grau estão presentes durante
esta fase são:
1. Procura de si mesmo e da sua identidade e a necessidade de
independência.
2. Tendência a viver em grupo
3. Demonstrações e conduta sexual com o desenvolvimento da identidade
sexual.
4. Contradições nas manifestações de sua conduta e mudanças de humor
constantes.
5. Relações conflituosas com os pais que oscilam entre a dependência e a
necessidade de separação dos mesmos.
6. Atitude social reivindicativa: neste período, os jovens tornam-se mais
analíticos, começam a pensar em termos simbólicos, a formular
hipóteses, corrigir falsos preconceitos, considerar alternativas e chegar a
conclusões próprias. Elabora uma escala de valores de acordo com a
imagem que faz do mundo
7. A escolha de uma profissão e a necessidade de treinar para a
desempenhar bem.
8. Necessidade de formular e desenvolver as respostas para um projeto de
vida.

172
FASE ADULTA (19 - 65anos)

Na fase adulta (19 - 65anos): o corpo atinge sua altura final (antes dos 30
anos) e, em seguida, continua a se desenvolver lentamente. O peso médio é
de aproximadamente 60 kg. E o tamanho médio de 160 cm. (165 em homens e
155 mulheres), os limites de altura normal do corpo humano são entre 120 e
200 cm. Abaixo a altura mínima é falado de nanismo e gigantismo acima do
máximo.
Esta etapa é dividida em duas eras: adulto jovem 20 – 35 anos e adulto maduro
36 – 65 anos.

ETAPA DE ENVELHECIMENTO (mais de 65)

A etapa do envelhecimento mostra o desaparecimento das suturas cranianas,


a perda de dentes e involução dos órgãos. É subdividido em duas faixas
etárias:
 Velhice 65 – 74 anos e
 Senilidade mais 75 ano

.
PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
1 - Durante a adolescência reduz o crescimento psíquico e desenvolvimento
intelectual do sistema, excepto o sexo.
2 - O crescimento e desenvolvimento têm um percurso desigual, nem todos os
aspectos amadurecem, à mesma velocidade e, ao mesmo tempo.
3 – O crescimento físico e o mental desenvolvem-se paralelamente, mostrando
uma diminuição da velocidade de crescimento durante a puberdade.
4 - O crescimento diferencial é precedido por padrões de comportamento
gerais e da sua estrutura e função vão-se diferenciando pouco a pouco.

FACTORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

Factores endógenos:

173
 Factores genéticos.
 Hereditariedade.
 Sexo.
 Raça.
 Factores neuro-hormonal.
 Factores metabólicos.

Factores exógenos:
 Nutrição. (factor mais importante).
 O estado de saúde.
 Clima e estação do ano.
 Factores psicológicos. (crescimento deficiente em crianças
submetidas a stress)
 Factores socioeconómicos.

NECESSIDADES HUMANAS:
As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é necessário
desenvolver e prolongar a vida.
Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta
que estas se satisfazem mediante sistemas de vida muito diversos que se pode
afirmar que não há dois iguais.
Se o organismo não dispõe de certos elementos necessários para a vida, isso
se manifesta na exigência desses elementos, ou seja, o organismo reclama a
satisfação das suas necessidades.

NECESSIDADES HUMANA BÁSICAS

Necessidades de sobrevivência:
Alimentos, ar, água, temperatura, eliminação, descanso, fuga da dor.

Necessidades decorrentes de estímulos:


Sexualidade, actividade, exploração, manipulação, novidade.

174
Necessidades de segurança:
Segurança e protecção.

Necessidade de amor e sentido pertença:


Amor, pertença, e proximidade.

Necessidade de Estima:
Estima e autoestima.

Necessidade de Autorrealização:
Autorrealização.

NECESSIDADES A ESTUDAR NA DISCIPLINA:


 Necessidade de higiene.
 Necessidade nutricional.
 Necessidade de eliminação vesical
 Necessidades Eliminação intestinal.
 Necessidade de oxigénio.

4.2 NECESSIDADES DE HIGIENE, COMODIDADE, REPOUSO E SONO


Higiene: É o ramo da ciência médica que visa criar e / ou manter as condições
ideais para a vida humana.

A Higiene divide-se em vários ramos, dentro dos quais é a higiene pessoal,


que normalmente se refere às medidas tomadas pelo sujeito para manter limpo
e em bom estado a pele e seus anexos (cabelo e unhas), os dentes e boca.

O banho e o manter-se asseado são ensinados desde a mais tenra idade.

Quando um indivíduo está doente, muitas vezes dependem de outros para


fazer a sua a higiene pessoal, por ele próprio não ser capaz de a realizar,
coloca em risco a sua autoestima.

175
HIGIENE PESSOAL.
Objetivos
1-Manter a pele limpa.
2-Aumentar a resistência à infecções
3-Proporcionar comodidade e descanso.
4-Eliminar substâncias residuais.
5-Eliminar o hálito.
6-Favorecer uma boa higiene mental.

MÉTODOS PARA OBTER HIGIENE PESSOAL


1-Lavagem das mãos.
2-Higiene da pele e das unhas.
3-Diferentes tipos de banhos.
4-Cuidados da manhã e vespertinos.
5-Higiene oral e da prótese dentária.
6-Cuidado das fossas nasais.
7-Cuidado dos olhos.
8-Cuidado dos cabelos,
9-desinfeção da pediculose.

CUIDADOS DA MANHÃ: são os cuidados que se fazem aos pacientes


incapacitados, parcial ou totalmente às primeiras horas da manhã.

Objectivos:
-Limpar, refrescar e relaxar o paciente.
-Preparar o paciente para o pequeno-almoço.
-Proporcionar estética.
-Educar o paciente sobra aspectos higiénicos,
-Eliminar a acumulação de gordura na pele do rosto, as secreções oculares e
nasais.

Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.

176
-Utilizar a agua a uma temperatura adequada, de acordo com os hábitos do
paciente.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento: Cuidados da manhã
Manual de Procedimentos de Enfermería, Amparo Magaly págs 163 a 167.

CUIDADOS DA TARDE: São os cuidados que se fazem ao paciente


incapacitado parcial ou totalmente no final da tarde.

Objetivo:
-Satisfazer as necessidades físicas e psíquicas do paciente para fomentar um
sono reparador.

Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.
-Não aplicar massagem nas pernas para evitar embolias.
-Observar o estado da pele e a região sacra, antes de dar a massagem
(enrijecimento, gretas, outros sinais ou danos).
-Verifique curativos, ligaduras e meias anti embolia, alterar ou ajustar. Se
necessário.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento:
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly Páginas
163 a 167.

HIGIENE DAS CAVIDADES:


Higiene Oral

177
É a limpeza da boca; é realizada por meios mecânicos (escova e pasta de
dentes) e químicos (soluções antissépticas).

Objetivos:
-Remova as partículas de alimento, para prevenir a cárie e focos sépticos que
dão origem a infecções locais e distúrbios em outras partes do corpo.
-Fornecer a devida atenção para a boca para a conservação de todos os
dentes envolvidos na mastigação.
- Refrescar a boca para melhorar o gosto
- Massajar as gengivas.
- Proporcionar higiene e conforto ao paciente.

Precauções:
-Coloque os objectos convenientemente ao alcance do paciente e / ou
enfermeiro, certifique-se se o paciente tem condições de escovar os dentes
sem ajuda, ou se precisa de ser ajudado pela enfermeira,
Nos casos de pacientes em estado crítico, lubrificar os lábios e da cavidade
oral para evitar fissuras nestas áreas secas.
-Fornecer educação em saúde durante o procedimento

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: higiene oral
- Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly
pág - 108

Cuidados a ter com as fossas nasais:


A higiene das fossas nasais, consiste na limpeza mecânica que se realiza
nestas cavidades.

Objectivos:

178
- Eliminar secreções das fossas nasais.

Precauções:
-Amolecer as crostas, antes de prosseguir a higiene as narinas.
-Em crianças, não use o aplicador montado para limpar a fossa nasal.
-Tome cuidado extra para evitar a aspiração.
-Proteger a boca para impedir a entrada de secreções.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimentos: fossas nasais
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly pág – 130-
131.

Cuidados com os olhos:


é a limpeza das secreções dos olhos de pacientes com paralisia ou coma que
perturba ou impede o reflexo da córnea.
Os olhos são um dos órgãos mais sensíveis do corpo precisam ser limpos
para ficarem livres de infecções.

Objetivos:
 Manter os olhos livres de secreções oculares.
 Cuidar muitas vezes os olhos do paciente com paralisia palpebral ou
inconsciente, para evitar úlceras ou inflamação da córnea exposta.
 Lavar os olhos antes de fazer o tratamento

Precauções:
 Tome cuidado para que as pálpebras estejam fechadas para evitar o
desconforto e as complicações ao fazer a higiene dos olhos.
 Verifique se há excesso de líquido nos cotonetes molhados para evitar
cair no ducto naso lacrimal.
 Utilize um cotonete cada vez que tocar no olho até que esteja limpo,
faça o mesmo ao outro olho

179
 Observe as regras de assepsia e antissépsia para evitar a infecção
cruzada.
 Limpe o olho com movimentos suaves (para evitar a lesão) a partir do
canto interior para o exterior do olho para evitar a obstrução da lágrima.
 Tome cuidado para que os olhos sejam cobertos com gaze húmida em
pacientes com paralisia da pálpebra ou coma, para manter a humidade
da córnea exposta e prevenção de úlceras e inflamações.
 Se o paciente estiver inconsciente, verifique se há lentes de contacto e,
se assim removê-los para prevenir acidentes (lesões e úlceras na
córnea).
 Em caso de Prótese ocular pacientes inconscientes, o procedimento
para limpá-lo.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos olhos
Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly págs 117
a 130

CABELO
Cuidados com os cabelos: Consiste em estimular a circulação do couro
cabeludo e distribuição de óleos naturais e de higiene, escovando o cabelo.

A frequência de lavagem de cabelo:


Se o cabelo é seca lavagem 1 vez por semana e se é gorduroso pode lavar
mais de uma vez por semana.
A lavagem do cabelo promove a estimulação do couro cabeludo e
funcionamento normal das glândulas sebáceas.
O cabelo seco pode se tratar com a aplicação de óleos e couro cabeludo
também.
Deve ser tomado cuidado com a aplicação de tintas para o cabelo, porque
quando a base do corante é penetrante pode causar irritação da pele, é
recomendada fazer teste com o corante por trás das orelhas durante 24 a 48

180
horas antes de pintar, para detectar alergias ou sensibilidade a essa
substância.
Cuidar dos cabelos crespos: Os princípios para o cuidado do cabelo são as
mesmas para todos, mas as técnicas variam dependendo do tipo de cabelo.
Muitas pessoas têm cabelos grossos, cacheados. A torção é devido ao ângulo
do cabelo para a superfície do couro cabeludo. O muito crespo ou espiral forma
um ângulo grande.
Embora o cabelo enrolado parece ser muito forte na verdade, quebra
facilmente, emaranha-se, mesmo amarrado.
Em pacientes acamados, o emaranhamento normalmente afeta a parte de
trás ou lado do cabelo.
Para remover o emaranhamento é geralmente necessário aplicar um
lubrificante ou condicionador para evitar que fique seco: coloque os dedos
separados do cabelo para levantar e liberar bloqueios, você pode mover os
dedos pentear movimentos semirrotativos, enquanto suavemente levanta o
cabelo até desaparece emaranhamento pode usar-se um pente longo dente ou
um pente.
Se usar um pente regular, separe o cabelo por mechas e penteie cada uma
isoladamente
Se o emaranhamento é nas extremidades, segure o cabelo apertado na
parte inferior e penteie delicadamente por partes até concluir a mecha.
Cuidados com o Cabelo: pentear e arranjar o cabelo é feito sistematicamente.

Objetivos:
 Mantenha os cabelos limpos e penteados.
 Para estimular a circulação do couro cabeludo e distribuição de óleos
naturais para remover as células mortas e detritos por escovagem.
 Detetar alterações no couro cabeludo.
 Descubra a existência de parasitas na cabeça.
 Contribuir para o conforto e boa aparência do mesmo.

Precauções:
 Executar e proceder com cuidado para evitar o desconforto do paciente

181
 Penteie o cabelo da ponta da raiz para remover os nós e depois raiz às
pontas.
 Ter em conta as características de cabelo, o penteado far-se-á ao gosto
do paciente.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: cuidados aos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería, Amparo Magaly págs – 141
e142

Higiene do cabelo: é a limpeza mecânica que se realiza ao cabelo do


paciente.
Objetivos:
 Proporcionar conforto e higiene.
 Evitar a contaminação de germes.
 Melhorar a aparência pessoal.

Precauções:
Lavar o cabelo é contra-indicado em pacientes com lesão na cabeça, como
craniotomia recente, fratura do crânio com o colapso ou condições que
necessitam de monitorização da pressão intracraniana.
 Se problemas respiratórios será semissentado.
 Em um paciente com um raio fundido, cobre completamente a parte
superior da tala para impedi-los de cair na mesma água e do cabelo.
 Antes de lavar o cabelo, ajustar a temperatura ambiente da sala e
certifique-se sem fluxo de ar para evitar que o paciente se sente frio.
 Se o cabelo é muito enrolado, deve ser cortado prévia autorização do
paciente ou da família.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: lavagem dos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería. Págs 141 e 142

182
CUIDADOS AOS PACIENTES COM PIOLHOS: é aplicar o tratamento
prescrito pelo seu médico para erradicar os piolhos e lêndeas.
Os piolhos são parasitas que vivem nos seres humanos, animais e plantas.
Pode-se encontrar em alguns pacientes com pediculose, isto é, uma infestação
de piolhos. O cuidado a prestar é matar os parasitas, os ovos e larvas
(lêndeas) e eliminá-los da pele, do cabelo e das roupas.

Existem três espécies que pertencem a dois géneros diferentes que infectam
o homem
 Pedículos humanus: variedade capitus.
variedade corporis .
 Pedículos púbis.
Variedade capitus são os piolhos encontrados na cabeça.
Variedade corporis é o piolho encontradas no corpo.

 Pedículos púbis encontra-se nas partes do corpo cobertas por pelos,


área pubiana, axilas, sobrancelhas e cílios.

Objetivo.
Destruir parasitas e eliminar os seus ovos e larvas (lêndeas) da pele, cabelos e
roupas.

Precauções.
Prevenir a infestação pelo enfermeiro, antes de ir para o quarto do paciente
deve cobrir o cabelo e colocar avental e luvas antes de aplicar o tratamento.
Isolar o paciente, enquanto o tratamento é indicado pelo médico.
Conhecendo a concentração da solução para evitar a irritação dos olhos de
membranas mucosas, nasal, oral, e outros danos para a pele e couro cabeludo.
Que a aplicação é eficaz.
A observação de reação do paciente após a aplicação da solução.
Perguntar ao paciente sobre alergia.
Proteger os olhos do paciente.

183
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: tratamento à pediculose
Manual de procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly, págs 143 a
147

DROGAS RECOMENDADA:
 1% Lindane
 Benzoato de benzil

Como usar:
Aplicar uma vez durante 8/12 horas, em seguida lavar a cabeça e
mecanicamente remover as lêndeas.

TIPOS DE BANHO

BANHO DO LACTANTE. É o que se realiza à criança maior que 29 dias e


menor de 1 ano de idade. De acordo com o desenvolvimento psicomotor e a
idade da criança, se dará banho de bruxos, sentado, de pé ou deitado.

Objetivos:
– Proporcionar a higiene ao lactante.
– Estabelecer relações afetivas mãe/filho.
– Avaliar o desenvolvimento psicomotor do bebé.

Precauções:
– Evitar o banho de imersão.

MATERIAL:
– Toalha ou pano limpo.
– Recipiente com água tépida.
- Banheira ou bacia.
- Algodão ou uma toalha.

184
- Sabão.
- Roupa da criança.
- Pente.
- Escova de pelos macios.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Verifique a temperatura da água.
- Dispa o bebé e cubra-o com uma toalha ou pano (se necessário).
- Limpe os olhos a partir do canto interno para o canto externo com dois
cotonetes, uma para cada olho. Em caso de secreções utilizar as compressas
que sejam necessárias
- Lave o rosto, use sabonete (se necessário), evite o contacto com os olhos.
- Seque com uma toalha ou um pano em forma de suave, por região que vai
ser lavado.
- Lavar a cabeça, orelhas e pescoço.
- Lavar as mãos superiores extremidades de partida, insistem
entre os dedos e palmas das mãos. Continue com os braços e peito
anterior e posterior.
- Lave as extremidades inferiores: começar com os pés, insistir nos espaços
interdigitais e instalações, continue com as pernas e coxas e enfatizar nas
dobras das regiões poplíteos e inguinais.
Lave os genitais externos, se for do sexo feminino, de frente para trás, se do
sexo masculino, lavar o pénis sem retrair o prepúcio e continuar a região
perianal.
- Lave as nádegas.
- Vesti-o e pintei-o, coloque-o no berço.

BANHO DE CHOVEIRO (duche). É o banho que se faz sob água corrente,


com a ajuda do pessoal de enfermagem, a menos que seja contraindicado pelo
médico.

Objetivos:
- Manter a higiene pessoal.

185
- Remova a sujeira e facilitar a transferência.
- Ativar a circulação periférica e exercitar os músculos e membros o paciente.
- Estabelecer um bom relacionamento com o paciente.
- Observar o estado geral do paciente ou sinais patológicos de pele.
- Proporcionar bem-estar e conforto.

Precauções:
- Medir sinais vitais antes do banho
- Proteger o paciente de acidente e resfriado.
- Certifique-se que a temperatura da água é adequada.
- Evite o banho prolongado
- Fornecer todo o material necessário
- Ajuda o paciente a regressar à sua unidade

MATERIAL
- Banco ou cadeira.
- Vestuário do paciente.
- Toalha grande e pequena.
- Artigos de higiene pessoal, loção, desodorante, shampoo.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Avaliar sinais vitais.
- Preparar as condições para realizar o banho.
- Orientar o paciente a urinar.
- Levar o paciente para a casa de banho e ajustar a ventilação.
- Ajudar o paciente a despir-se e mantenha a sua privacidade.
- Facilite tudo para que o paciente tome banho por si mesmo, se está em
condições de o fazer, caso contrário, deve ser feito pelo enfermeiro de forma
rápida para evitar o arrefecimento corporal.
- Comece o banho pelo rosto a seguir a cabeça, tórax, extremidades
superiores, costas, abdómen, extremidades inferiores, genitais e nádegas.

186
- Dê a toalha para se secar ou ajude-o, se necessário.
- Ajuda o paciente a se vestir e ir de novo para a unidade.
Invariáveis gerais funcionais.

BANHO NO LEITO. Consiste em limpar a pele com sabão e água, na paciente


que está parcial ou totalmente dependente.

Objetivos:
- Remover secreções e sujidade da pele.
- Estimular a circulação periférica.
- Proporcionar bem-estar físico e mental.

Precauções:
- Evite correntes de ar, mas não fechar completamente a sala.
- Mudar a água, sempre que necessário.
- Faça o banho rapidamente para evitar o arrefecimento.
- Avaliar os sinais vitais antes do banho para detetar qualquer alteração dos
mesmos.
- Manter a temperatura da água adequada.
- Observe a pele do paciente (erupção cutânea, inchaço, as áreas de maior
impacto pressão e o movimento das articulações).
- Manipular adequadamente o paciente com cateteres e drenos.
- Cortar as unhas, no final do banho (se necessário).

MATERIAL
- Biombo
- Artigos de higiene pessoal (pente, escova de dentes, sabonete, pijama ou
roupão).
- Toalha pequena ou toalhetes (dois ou mais, se necessário).
- Toalha (para secar).
- Recipiente de água para ensaboar o pano.
- Recipiente de água para enxaguar o pano.
- Recipiente para derramar água sobre os órgãos genitais.
- Arrastadeira ou urinol

187
- Resguardo de borracha ou nylon (se necessário).
- Roupa de cama.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:

- Coloque o biombo.
- Ofereça Arrastadeira ou urinol, se o paciente o desejar.
- Lave as mãos e abaixar o Fowler (se não for contra-indicada).
- Retire a almofada para a cadeira, coloque a fronha no cesto da roupa suja
e desentale os lados do lençol de baixo, o resguardo de pano e o de borracha.
- Retire a roupa do paciente mantendo a sua privacidade.
- Mantenha o paciente coberto com o lençol de cima até aos ombros.
- Coloque a roupa no local no carrinho da roupa suja que deve estar aos pés da
cama
- Prepare e verifique a temperatura da água.
-Coloque um pano no recipiente a ser usado para lavar o paciente e outro pano
no recipiente a ser usado para enxaguar.
- Coloque o pano de enxaguar em forma de luva de modo que as extremidades
dos dedos são protegidos, a fim de evitar ferir a pele com as unhas.
- Ensaboe o rosto, orelhas e pescoço, evite o sabão penetrar no olhos se existe
afeção do olho, deve fazer-se antes a lavagem ocular
- Enxagúe e seque da mesma forma que ensaboou.
- Baixe o lençol até à região púbica.
- Enxague o tórax insistindo dobras inframamária, o abdómen e ambos os
membros superiores (enfatizar nas axilas, dobras do cotovelo e espaços
interdigitais), enxaguar e secar na mesma ordem.
- Cubra o peito do paciente.
- Coloque o paciente em decúbito lateral para ensaboar, enxaguar e secar a
região cervical até as nádegas.
- Vire o paciente (decúbito dorsal) e mantenha o peito coberto.
- Descubra os membros inferiores e enxague ambas as coxas e pernas até aos
tornozelos. Lavar e secar.

188
- Ensaboe os dois pés, insistir nos espaços interdigitais, enxaguar e secar.
- Coloque a arrastadeira e fazer a higiene dos órgãos genitais, utilize o
recipiente preparado para esse efeito. Se o paciente pode fazer, fornecer água
limpa e sabão.
Insistir na região perianal, descarte o pano.
- Oferecer a água limpa e sabão ao paciente para lavar as mãos, se ele não
pode fazer por si mesmo, proteger a mão com um pano ou toalha para proteger
as unhas a fim de não lesionar a pele (se necessário usar outro pano).Em
seguida proceder r com a técnica da higiene dos órgãos genitais.
- Retirar a arrastadeira.
- Seque o genital e cobra o paciente.
- Lave suas mãos.
- Faça a cama com a técnica da cama ocupada.
- Tendo em conta a situação do paciente, reposiciona-o.
- Regule a ventilação.
- Invariáveis gerais funcionais.

TÉCNICA PARA VESTIR E DESPIR O DOENTE

Vestir – Cobrir o corpo com a roupa.


Vestuário. Definir as peças que servem para cobrir o corpo do ponto de vista
higiénico.
O vestuário deve ser mau condutor do calor de modo que as mudanças
térmicas com o ambiente exterior sejam graduais para conservar e manter o
calor do corpo no inverno e a estação mais quente evitar a temperatura
exterior.
Objetivo:
- Manter a higiene pessoal, cobrir o corpo e promover o conforto do paciente.

Precauções:
- Evite correntes de ar.
- Evite movimentos bruscos para mudar o paciente.
- Use o tamanho que melhor combina com a constituição física do paciente.
- Quando se trata de vestir o paciente, fazê-lo em primeiro lugar pelo ferimento

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ou área limitada.
- As roupas devem estar sem rugas.
- Aplicar a mecânica do corpo.

MATERIAL
- Pijama ou camisa da noite.
- Cesto da roupa suja ou carrinho.
- Biombo (se necessário).

PROCEDIMENTO:
- Coloque o biombo (se necessário).
- Colocar o paciente sentado ou em semi-sentado, se o seu estado o permitir.
- Desaperte a manga do pijama ou camisa, primeiro remover um braço de cada
vez.
- Visto o mesmo braço com pijama ou camisa.
- Proceder da mesma maneira para o outro membro superior.
- Abetuar a camisa ou robe.
- Afaste o lençol de cima e desabetue a calça do pijama.
- Orientar o paciente a dobrar as pernas e elevar as nádegas, se a sua situação
o permite.
- Baixe as calças e retire-as.
- Coloque as calças limpas da mesma forma (primeiro membro inferior e depois
o outro
- Cobrir o paciente com o lençol.
- Deite as roupas sujas no cesto ou carrinho da roupa.
- Retire o biombo
FAZER A BARBA
Barbear. Cortas os pelos do rosto - queixo e busto.

Objetivos:
- Reduza o crescimento de bactérias ao redor do cabelo.
- Promover o conforto e a saúde do indivíduo

190
- Remover pelos de algumas áreas do corpo que podem causar coceira e
irritação da pele.

Precauções:
- Se usar a navalha ou faca, certifique-se que a lâmina é encontrar afiado,
limpo, uniforme e livre de ferrugem.
- Substituir a lâmina sobre a máquina, se necessário, e verificar se é seguro.
- Utensílios de barbear deve ser de uso pessoal e podem ser usados mais de
uma vez, se não estiver romba
- Na máquina de barbear elétrica verificar se não há desgaste ou outras falhas
que possam representar riscos elétricos.
- Se o paciente tiver perturbações hemorrágicas ou é submetido a tratamento
lesões anticoagulantes, doenças de pele ou facial, deve usado o barbeador
elétrico, para evitar cortes ou cortes.

MATERIAL
Lâmpada (se necessário).
- Pano ou toalha.
- Recipiente com água quente.
-espelho
- Loção refrescante ou semelhantes.
- Pó de talco
- Máquina de barbear elétrica.
- Se com navalha ou faca, deve acrescentar: escova, creme de barbear ou
sabão e recipiente de águas residuais.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Se o paciente estiver consciente, peça a ajuda dele, promovendo assim o
sentido de independência.
- Coloque o paciente sentado ou semi-sentado (se não for contraindicado).
- Se inconsciente, elevar a cabeça para evitar que escorra o sabão ou água, e

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molhar a cama.
- Direcionar uma luz forte para o rosto da pessoa, mas não sobre os olhos (se
necessário)

Invariáveis gerais funcionais.

UNHAS
Cuidados De saúde com as unhas. A una é semelhante a uma lâmina dura e
convexa na parte anterior da última falange dos dedos das mãos e pés.
O cuidado e a higiene das unhas é a atenção que deve ser dada ao corte e
limpeza sistemática e adequada das mesmas)

Objetivos:
- Fazer o corte unhas para evitar causar danos e transtornos.
- Evitar o acúmulo de sujidade nas bordas livres das unhas.

Precauções:
- Não utilize instrumentos de metal para limpar as unhas.
- Não recomendado pintar as unhas nos casos proibidos pelo médico.

MATERIAL
- Tesoura pequena e fina (para crianças).
- Alicate ou cortador de unhas (para adultos).
- Lima.
- Escova de pelos macios (para crianças).
- Bacia com água morna e sabão.
- Toalha.
- Óleo (se necessário).
- Palito de madeira para limpeza dos leitos inguinais

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Cuidado às unhas

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Manual de Procedimentos de Amparo Magaly, págs 149 e 150

CUIDADOS E HIGIENE DOS PÉS.


É a lavagem completa e secagem dos pés, espaços interdigitais e limpeza,
corte das unhas e manutenção da integridade da pele.

Objetivos:
-Fazer o corte certo de unhas saudáveis.
- Manter a saúde da pele e espaços interdigitais para evitar problemas da pele.

Precauções:
- Não fazer tratamento empiricamente.
- Não fazer auto tratamento.
- Ir do pedólogo regularmente.
- Aplicar hidratante e massagem nos pés, principalmente antes de deitar.
- Não tomar banho com os pés descalços.
- Desinfetar o calçado e expô-lo à luz solar direta.
- Não permitir a exclusão de hiperqueratose com instrumentos não
esterilizados, para evitar a instalação de microrganismos patogénicos.
- Não manter as unhas pintadas na maioria das vezes, limita à transpiração e
desenvolvimento e processo fisiológico normal, além de fomentar o ambiente
propício para o surgimento de doenças.
- Evite a remoção da cutícula, porque isso protege a unha de lesões
- Evitar as inflamações das bordas das unhas, produzidas por fissuras da pele
junto às unhas.
- Realize exercícios para fortalecer os músculos dos pés e conseguir um bom
funcionalmente, evitando malformações ósseas.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos pés
Manual de procedimentos de Amparo Magaly, págs 151 e 152

193
CONFORTO, REPOUSO E SONO

O conforto define-se como um “estado de tranquilidade ou bem estar”.


Quando uma pessoa está confortável, está tranquila, consigo mesma e com o
seu ambiente.

Repouso é sinónimo de descanso ou relaxamento e implica a libertação de


tensão emocional e mau estar físico, o sono é um período de diminuição da
atividade mental e física que forma parte do padrão diário rítmico de todos os
seres vivos.

Repouso não significa necessariamente inatividade. com frequência, uma


mudança de atividade proporciona ao paciente tanta relaxamento como sentar-
se ou deitar-se para descansar.
O sono é uma parte essencial da vida do homem e toma aproximadamente um
terço do seu tempo. Todas as células do corpo necessitam de um período de
inatividade para recuperar-se e renovar-se.

Funcionamento normal do repouso e do sono.


As funções corporais do homem seguem, durante as 24 horas, um padrão que
se denomina “ritmo circadiano”. É como se o homem dentro do seu organismo
tivesse un relojo biológico que regula as suas atividades.
No decorrer do dia a temperatura, a frequência cardíaca e a tensão arterial,
normalmente são mais baixas nas primeiras horas da manhã.
O ritmo circadiano varia de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas são
brilhantes e alertas pela manhã, outras não começam a funcionar a sua maior
capacidade até às 9 ou 10 da manhã. Pensa-se que se deve às diferenças
temporais no ponto baixo da temperatura de um indivíduo.
As pessoas cuja temperatura corporal mais baixa ocorre na fase tardia do seu
sono encontram mais dificuldade e, levantar-se pela manhã e demoram mais a
“começar a funcionar”. São os que permanecem irritados, mal-humorados e
não comunicativos.

194
Normalmente, o tempo de reação da maioria das pessoas é mais lento nas
primeiras horas da manhã que no avançar do dia. A eficácia máxima verifica-se
por volta das 11h da manhã quando a temperatura do corpo pode aproximar-se
ao ponto mais alto. Neste momento, o metabolismo da pessoa é mais alto e só
assim alcança seu maior nível.

FATORES QUE AFETAM O CONFORTO, O REPOUSO E O SONO:


 Alteração dos costumes. (estar num ambiente estranho)
 Estimulação excessiva.
 Falta de exercício.
 Falta de alimentação.
 Excesso de alimentos. (muito condimentados).
 Ingestão excessiva de líquidos à hora de dormir.
 Ruído.
 Temperaturas altas ou baixas.
 Luzes acesas.
 Medicamentos dados de madrugada.
 Desconforto: a dor, a ansiedade, as preocupações.
 Doenças.
 Fármacos.

ETAPAS DO SONO.
No homem adulto o sono ocorre en ciclos de 90 minutos. Durante o tempo que
dorme uma pessoa normal, pode fazer de 4 a 6 ciclos com esta duração.
Pensa-se que em cada ciclo de sono de 90 minutos há 5 etapas que se
identificaram por leituras num electroencefalograma (EEG), que proporciona
uma representação gráfica das ondas elétricas que emanam do cérebro.
À medida que o indivíduo começa a dormir, sente-se relaxado e sonolentos, os
sinais vitais (Frequência cardíaca, pulso), tornam-se mais lentos e a
temperatura corporal começa a diminuir
 Etapa 1. Nesta etapa os sinais vitais tornam-se mais lentos e os
músculos se relaxam mais. As ondas do EEG tornam-se muito planas.
Neste ponto o indivíduo desperta com facilidade

195
 Etapa 2. Nesta etapa aparece certa atividade no EEG, o indivíduo ainda
que possa despertar-se com facilidade, ainda que se encontre relaxado
é mais difícil despertá-lo que na etapa 1.
 Etapa 3. É difícil despertar as pessoas. A pressão arterial e a
temperatura diminuíram e as ondas do EEG parecem ser maiores e
lentas
 Etapa 4. Começam a aparecer ondas delta no EEG. Está
completamente relaxado e talvez mesmo não se mova. Nesta etapa é
difícil despertar a pessoa do sono. Pensa-se que é durante esta fase
que aumenta a secreção da hormona reguladora do crescimento e
promove a cicatrização tecidular. A micção noturna e o sonambulismo
tendem a ocorrer nesta etapa.
Depois que o indivíduo completou a etapa 4, pensa-se que regresse à 2,
para depois passar ao sono REM, isto é à etapa 5.
 Etapa 5. O sono REM é ligeiro, é a etapa em que ocorrem os sonhos.
Os sinos vitais variam e os olhos movem rapidamente para a frente e
para trás que é a razão do nome desta etapa (movimentos oculares
rápidos ou REM em inglês) aumenta o relaxamento muscular, em
particular no rosto e no pescoço.

Uma vez que se completa a etapa REM, uns 90 minutos depois de começar a
dormir, o indivíduo inicia novamente o ciclo na etapa 2, segue a sequência até
à 4, regressa à 2, e experimenta a etapa REM. No ciclo final continua mais
além do REM até a etapa 1 e desperta.
Durante as primeiras horas de sono, os indivíduos passam mais tempo na
etapa 4 que nos ciclos posteriores, e a REM prolonga-se à medida que se
aproxima a manhã. A atividade hormonal também aumenta ao aproximar-se a
manhã.

PROBLEMAS COMUNS DO SONO:


 Insónia.
 Hipersónia.
 Narcolepsia.
 Sonambulismo.

196
 Eunerese.
 Terrores noturnos.

 INSÓNIA: impossibilidade de dormir, ou despertar muitas vezes.


A insónia pode ser sintoma duma doença ou ser causada por ansiedade,
tensão nervosa, padrões usuais de estilo de vida ou de diversas outras
causas. Nos que recordam que à hora de deitar-se na infância não foi uma
experiência agradável (talvez se utilizou ir para a cama como castigo),
podem ter insónia em alguma época da sua vida. Este transtorno é
frequentemente a alteração mais comum do sono.

 HIPERSÓNIA: sono excessivo.


Pensa-se que as pessoas que tendem a dormir em excesso podem utilizá-lo
como mecanismo de defesa para fugir à ansiedade ou frustração na
satisfação de suas necessidades básicas. Por suposto que sempre não
sucede assim; um indivíduo que requere mais do que as horas em média de
sono deve sempre um médico para um exame completo e procurar outras
possíveis causas do excesso do sono.

 NARCOLEPSIA: ataques repentinos de sono irresistíveis.


Este é um problema que afeta a um número pequeno mas importante de
pessoas. O ataque irresistível de sono pode durar de 10 a 20 minutos. Com
frequência, os pacientes têm sonos vividos e no podem mover-se ao
despertar. Como é lógico, nestes pacientes os acidentes são mais comuns
que na população em geral. Pode proibir-se que trabalhem com máquinas
ou em trabalhos que possam por em risco a sua segurança. Também
devem estar sob supervisão médica.

 SONAMBULISMO: Caminhar dormindo.


Este transtorno é mais comum nos homens que nas mulheres. Também é
muito frequente em crianças. Pode haver uma tendência familiar para este
transtorno. Tende a ocorrer durante as etapas 3 e 4 do ciclo do sono; em
consequência, os sonâmbulos podem estar confundidos e desorientados.

197
Não é bom despertá-los, mas deve-se protegê-los para evitar que se
lesionem.

 EUNERESE: micção noturna.


Este é um problema comum nas crianças e pode ocorrer em alguns adultos.
É mais frequente nos homens e crianças com transtornos emocionais.
Alguns pesquisas indicam que é mais comum nos grupos
socioeconomicamente baixos que nos altos. Pensa-se que em muitos casos
depende da imaturidade da bexiga e em muitas crianças é um sintoma
passageiro. Contudo sempre deve receber atenção médica, porque pode
acontecer que não seja um problema de desenvolvimento mas um sinal de
outros transtornos de saúde

 TERRORES NOTURNOS E PESADELOS


Estes problemas do sono são comuns em crianças e chegam ao seu
máximo nos anos preescolares. Acredita-se que os pesadelos derivam de
fatores psicológicos e são, basicamente, uma manifestação de ansiedade.
Ocorrem durante o sono ativo. As crianças que sofrem de pesadelos
movem constantemente na cama, podem soluçar ou chorar, gesticular ou
ter uma expressão de ansiedade. É possível que despertem ou não. No
primeiro caso pode ser mais fácil tranquilizá-los e que voltem a dormir
rapidamente.

Pensa-se que os terrores noturnos são devido a razões fisiológicas, a causa


mais provável é a imaturidade do sistema nervoso. Ocorrem durante o
sono. A criança senta assustado e gritos. Ele está apavorado. Seu pulso e
respiração são rápidos e as pupilas estão dilatadas (manifestações de luta
ou reação de fuga ao perigo). Muitas vezes, é confuso. Embora não possa
reconhecer a pessoa que vem ao seu encontro quando ela chora, é
possível tranquilizá-lo e falar com uma voz macia e suave.

PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CONFORTO, REPOUSO E AO SONO.

198
 Os períodos definitivos de sono são um componente essencial do ritmo
circadiano no homem.
 Para o seu funcionamento físico e psicossocial ótimos, o indivíduo
necessita dormir o tempo adequado.
 As pessoas em crescimento devem dormir mais que as outras.
 As necessidades de sono variam com a idade, os padrões de
crescimento, o estado de saúde e o indivíduo.
 A falta de sono suficiente altera o rendimento físico das personas, seu
estado de alerta mental e relações sociais.
 Hábitos individuais variam em relação ao "ritual" para dormir.
 Os padrões de sono podem ser alterados por mudanças normais das
atividades diárias dos indivíduos, os problemas sociais e emocionais,
distúrbios físicos, pequena irritação ou desconforto e dor.
 A doença quase invariavelmente alterar os padrões de sono

4.3 NECESSIDADES NUTRICIONAIS

Elementos básicos dos sistemas viscerais.


São os sistemas compostos por várias vísceras, ou seja, os órgãos internos
que intervêm nas funções vegetativas do organismo, como o metabolismo e a
reprodução, estão representados pelos sistemas: digestivo, respiratório,
geniturinário e endócrino, na sua maioria estão compostos por órgãos maciços
e órgãos tubulares.

As vísceras são órgãos sólidos têm uma estrutura microscópica ou


histológico, comum, próprio de glândulas grandes, constituídas por um estoma
ou estrutura de tecido conjuntivo e um parênquima de tecido epitelial, onde se
encontram os elementos funcionais desse corpo.

FUNÇÕES GERAIS DO SISTEMA DIGESTIVO.

O sistema digestivo é um conjunto de órgãos envolvidos na função de


digestão.

199
A digestão é o papel da nutrição que consiste em tomar os alimentos a partir
do exterior e transformá-los por mecânicas e químicas, em substâncias
assimiláveis pelo corpo e eliminação de produtos residuais. Nesta função os
componentes deste sistema envolvidos em processos vários entre os quais se
destacam: a ingestão, o transporte, a secreção, a digestão, absorção e
defecação.

ÓRGÃOS QUE COMPÕEM O SISTEMA DIGESTIVO.

Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, íleo, jejuno),


intestino grosso (cólon ascendente, cólon descendente, cólon transverso),
sigmoide, reto, ânus.
Também dentro do sistema as glândulas anexas que são: glândulas salivares,
o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.

IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS.

Os alimentos são substâncias que dão ao corpo a energia necessária para


manter a vida, é aí que reside sua importância.
A ingestão diária de alimentos na dieta humana (500 gramas de sólidos e 1500
ml de líquidos aproximadamente), Isso pode variar dependendo de vários
fatores, incluindo económicos, sociais, gostos pessoais, por isso é importante a
estabelecer normas diatéticas adequadas
Os alimentos são compostos por: proteínas, hidratos de carbono, lipídios,
vitaminas, sais minerais e água.

ÁGUA. ESTRUTURA E PROPRIEDADES.

A estrutura química da água é dois átomos hidrogénio e um átomo de


oxigénio (H2O).
 A água é o componente principal do corpo (70% do peso corporal
aproximadamente).
 Atua como um solvente para outras substâncias.
 Facilita o transporte e as reações química.

200
 É incolor, inodora e insípida.
 Ajuda a manter a temperatura corporal e equilíbrio hidroeletrolítico.

PROTEÍNAS, SEU INTERESSE BIOLÓGICO.

 As proteínas são aminoácidos envolvidos na formação de estruturas de


organização, enzimas, hormonas e outras substâncias que têm funções
específicas dentro do corpo.
 São obtidos através de alimentos de origem animal (carne, peixe,
marisco, ovos, leite) e produtos hortícolas, tais como cereais (trigo,
arroz, milho) e leguminosas (feijão e soja).

OS HIDRATOS DE CARBONO OU CARBOHIDRATOS (GLICOSE)

Os hidratos de carbono têm um papel importante na dieta humana, uma vez


que os nutrientes são abundantes e, por conseguinte, eles fornecem mais
energia.

PRINCIPAIS HIDRATOS DE CARBONO NA DIETA HUMANA

Na dieta humana os hidratos de carbono são a maior parte, mesmo tendo em


conta diferentes fatores. No caso dos esquimós, é uma exceção pois eles são
uma minoria.
Os mais abundantes na dieta humana são de 2 tipos.

CLASSIFICAÇÃO DOS HIDRATOS DE CARBONO


1-Polissacarídeos dentro deles são, o amido (mais importante), o glicogênio e
a celulose.
2-Dissacarídeos: sacarose e lactose, lactose é particularmente importante na
dieta dos lactentes.

LIPÍDIOS. DEFINIÇÃO. FUNÇÃO.

201
Os lípidos ou ácidos gordos são biomoléculas de estruturas e funções
diversas, que têm a característica comum a ser altamente solúvel em solventes
orgânicos não polares, e muito pouco solúvel em água.
Entre os componentes da dieta humana estão os lípidos que são os nutrientes
de maior teor de energia, uma vez que render mais que o dobro das calorias
por unidade, comparados com os carbohidratos e proteínas.
Têm no organismo a importante função de fornecer energia, ajudam a
construir estruturas organizacionais e são importantes fontes de reserva
energética.

VITAMINAS. A SUA FUNÇÃO NO CORPO.

Eles são relativamente simples produtos químicos orgânicos que são


essenciais para a vida.
São vitaminas solúveis em gordura (A, D, E, K).
São vitaminas solúveis em água (B, C, P).
As vitaminas têm um papel em ajudar a manter constante, todos os processos
orgânicos, atuando como um coautor em reações enzimáticas do metabolismo
celular, assim que na sua ausência provoca certas doenças consequência de
carências (como anemia megaloblástica).
As vitaminas são de origem vegetal e animal.

METABOLISMO. DEFINIÇÃO. CLASSIFICAÇÃO.


A vida é um permanente com o meio exterior e cessa quando este intercâmbio
termina.
Metabolismo é a troca contínua de matéria com o ambiente, e inclui as reações
que transformam substâncias do ambiente e da energia em outros compostos
que são utilizáveis pela célula, ao mesmo tempo que se realiza a eliminação
para o exterior de substâncias residuais. Estas reações enzimáticas envolvidas
no metabolismo são altamente reguladas e organizadas, com carater regular.

CLASSIFICAÇÃO E ASPECTOS DO METABOLISMO


Anabolismo. São as reações nas quais os compostos de menor complexidade
são transformados em compostos de maior complexidade. Reações

202
anabolizantes estão relacionados com funções de crescimento, reparação e
reprodução.
Catabolismo. Compreende as reações que se transformam compostos mais
complexos em outros de maior complexidade. Nestes processos, a energia é
libertada e essas reações degenerativas são geralmente exógenas.

FACTORES QUE DETERMINAM O ESTADO NUTRICIONAL.


1-As necessidades nutricionais e energéticas do indivíduo.
2-A ingestão de alimentos.
3-Eficácia dos processos corporais para absorver, armazenar, utilizar e
excretar alimentos.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA SAÚDE.


1. Não se pode viver por muito tempo sem receber alguma forma de
alimentação ou nutrição.
2. O alimento é combustível com que funciona nosso corpo.
3. É necessário para o crescimento, a manutenção do tecido ósseo e para
os processos que regulam o corpo.
4. Para que um organismo funcione a um nível ideal deve consumir
quantidades adequadas de alimentos que contenham nutrientes
essenciais para a vida humana.

NUTRIENTES são componentes ou substâncias que se encontram nos


alimentos.
A quantidade de nutrientes necessários por um indivíduo varia, de acordo com
o sexo, idade, estilo de vida e o ambiente físico.
Nutrientes essenciais:
- Hidratos de carbono
- Proteína
- Lípidos
- Vitaminas
- Sais minerais e água

203
NECESSIDADES DE ENERGIA:
É expresso em calorias. Uma caloria é a quantidade de calor necessária para
aumentar a temperatura 1º a um1 g de água e é expressa em Kcal.
(quilocalorias).Varia de acordo com o sexo, a atividade secretora da tiroide

A TAXA METABÓLICA BASAL - representa as necessidades de energia do


corpo em repouso (quantidade necessária para o funcionamento interno do
corpo) e depende do sexo, idade, atividade diária e secreção das hormonas.
É maior em crianças e adolescentes do que nos adultos, mostrando um
aumento nos primeiros meses de vida, seguido por um declínio muito rápido
inicial e depois, gradualmente, durante a infância e adolescência com reduzido
ainda mais lentamente como adultos mais velhos.

FATORES QUE AFETAM O ESTADO NUTRICIONAL.


1- As necessidades nutricionais e energéticas do indivíduo.
2- A sua ingestão de alimentos.
3- Eficácia dos seus processos corporais.

FATORES QUE INFLUENCIAM A ASSIMILAÇÃO DOS ALIMENTOS.


1- Fatores físicos. Estado da dentição, das mucosas da cavidade oral, bem
como a saúde do indivíduo em geral.
2- Fator económico.
3- Fatores psicossociais.
4- Problemas de saúde. Tabagismo, alcoolismo, estado emocional

GRUPOS BÁSICOS DE ALIMENTOS.


1- Lacticínios. (Leite, queijo e seus derivados): ingerir diariamente.
2- Carnes. (Deve ser ingerida diariamente).
3- Legumes e frutas. (Vegetais verdes, amarelos ou escuros, frutas cítricas e
tomate).
4- Pães e cereais (grão inteiro)
Chama-se dieta equilibrada à aquela dieta que contenha todos os grupos
alimentares básicos dada a hora certa e na quantidade indicada

204
TIPOS DE DIETA TERAPÊUTICA:
1- Normal - dieta regular e completa
3- Dieta Ligeira. (alimentos cozidos simplesmente evitando fritos, doces e
gorduras).
4- Dieta Mole. (Alimentos que não requerem a mastigação e não contêm
fibras duras rígido ou condimentos). Sem café, chá, colas, sopas feitas com
carne ou muito condimentadas.
5- Dieta líquida: completa. (Não inclui condimentos irritantes ou celulose –
pura). Água, chá com limão, café, sumo, caldo puro, bebidas, sobremesa à
base de vegetais.

IMPORTÂNCIA DA DIETA TERAPÊUTICA PARA O PACIENTE.

 Destina-se a satisfazer as necessidades do paciente.


 O paciente deve conhecer a dieta que indicada e sua importância
BALANÇO HÍDRICO

Importância da água e eletrólitos: A água é essencial para a vida e a mesma


ocupa aproximadamente entre 50 e 70% do peso corporal em adultos, este
pode variar dependendo da idade e sexo.
No corpo distribui 50% do total no espaço intercelular e dos 20% restantes,15%
é no intravascular e 5% intersticial.

FUNÇÕES DA ÁGUA NO CORPO HUMANO


1- A água serve de solvente aos eletrólitos encontrados em fluidos corporais,
tais como sódio (Na), potássio (K), magnésio (Mg), cloro (Cl), entre outros.
2- Ajuda a manter a temperatura corporal constante.
3- Carrega oxigénio e nutrientes às células e remove os resíduos resultantes
do metabolismo celular
4- Conserva um ambiente físico e químico estável dentro do corpo.

OS ELECTRÓLITOS são os compostos que em solução aquosa são


separados em partículas capazes de transportar carga eléctrica. Por exemplo,
o sódio (Na +) carrega cargas positivas e, consequentemente, é um catião.

205
Cloro (Cl -), que se combina com a formar o sal (NaCl). Já cargas negativas por
isso, é um anião.

1- Os eletrólitos dos fluidos corporais são importantes para as reações


químicas que ocorrem nas células.
2- Os eletrólitos ajudam a regular a permeabilidade das membranas celulares,
controlando a passagem através delas.
3- Os eletrólitos são vitais para preservar o equilíbrio ácido básico, por exemplo
sem ião cloro não há contração dos músculos

BALANÇO HÍDRICO é estabelecido através da manutenção de uma


quantidade relativamente constante de água no corpo.
As principais fontes para obter os fluidos, são :
ENTRADAS
-Líquidos ingeridos 1000 a 1 500 ml
-Alimentos 900 a 1 000 ml
-Oxidação metabólica 200 a 400 ml
__________________________________________
TOTAL 2 100 a 2 900 ml
Os líquidos que se perdem. SAÍDAS
-Urina. 1000 a 1 500 ml
-Fezes 100 a 200 ml
-Pele. 600 a 700 ml
Pulmões. 400 a 500 ml
__________________________________________
TOTAL 2 100 a 2 900 ml

Osmose: A água passa de uma área de maior concentração para uma de


menor concentração.

DISTÚRBIOS DO BALANÇO HÍDRICO.


Os principais problemas que podem ocorrer no equilíbrio da água são as
desidratações.
- Desidratação Hipertónica:

206
Isto é, quando há maior perda de água que soluto. (acima de 150 mq/l).
- Desidratação Hipotónico:
Isto é, quando não há mais perda de soluto que água. (abaixo de 130 mq / l).
- Desidratação isotónica:
Isto é, quando a perda de água e soluto é proporcional. (entre 130 e 150 mq/l)

FOLHA DE BALANÇO HÍDRICO


A folha de balanço hídrico o seu formato não é estandardizado, há vários
modeles mas todos eles têm de contemplar os líquidos entrados e os saídos.

TIPOS DE BALANÇO HÍDRICO

Balanço Hídrico normal: quantidades iguais de entradas e saídas


Balança hídrico negativo ou desidratação: Quando as entradas são menores
que as saídas.
Balança hídrico positivo, hiperhidratação ou intoxicação hídrica - ocorre
quando há uma maior quantidade de entradas que a possibilidade real de
excreção renal.

AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS

Os valores normais do ionograma


Na+ 130 a 150 mq/l
K+ 3,5 a 5 mq/l
Ca+ 8,8 a 10,5mq/l
Mg + 1,5 a 2,5mq/l
Cl- 101 a 103 mq/l
HCO3 28 mq/l
Fosfatos 4 mq/l

-Hipernatremia Na + de 150
-Hiponatremia Na - de 130
-Hiperpotassemia K + de 5
-Hipopotassemia K - de 3,5

207
-Hipercalsemia Ca + de 10,5
-Hipocalsemia Ca - de 8,8
-Hipermagnesemia Mg + de 2,5
-Hipomagnesemia Mg - de 1,5
-Hipercloremia Cl + de 103
-Hipocloremia Cl - de 101

ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO.

Valores normais da gasometria

Ph 7.35 a 7.45
Pco2 35 mm/Hg a 45 mm/Hg
Po2 95 mm/Hg a 100 mm/Hg
EB + - 2,5 mq/l
BE 21 mq/l a 25 mq/l

EB – excesso de base; BE - bicarbonato padrão

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

ACIDOSE METABÓLICA: ocorre quando há excesso de ácido forte ou uma


perda de uma base forte. O pH no sangue arterial é inferior a 7,45, o
bicarbonato padrão (BE) é inferior a 21 e excesso de base (EB) abaixo de 2,5.
A PCO2 e PO2 pode ser normal.

ACIDOSE RESPIRATÓRIA. Ocorre quando há excesso de ácido forte ou uma


perda de uma base forte. O pH do sangue arterial é inferior a 7,45 e o valor de
PCO2 é superior a 45 mq/l, o valor Po2 é superior a 100 mm Hg, o tampão de
bicarbonato e a base pode ser normal.
A ALCALOSE METABÓLICA: ocorre quando um ganho de uma base forte ou
perda de ácido forte. O valor de pH está acima de 7,45, e o valor do padrão de
bicarbonato (BE) é maior que 25 e excesso de base (EB) é superior a 2,5.

208
A ALCALOSE RESPIRATÓRIA: ocorre quando um ganho de uma base forte
ou perda de ácido forte. O valor de pH está acima de 7,45, o valor PCO2 é
menor de 35 mm Hg e o valor PO2 é menor que 95.

ESTUDO INDEPENDENTE
Os cuidados de enfermagem a considerar nas alterações hidroeletrolítico e
ácido-básicas.
Bibliografia
Enfermagem Médico-Cirúrgica e da comunidade os volumes I, II e III.

SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.

Na enfermaria de cuidados intensivos do hospital Geral, o paciente é admitido


GLS 58 anos de idade por distúrbios hidroeletrolítico, ao mesmo se faz a
Balança Hídrico que onde se constata os seguintes dados:
31/03/2012, às 8h da manhã tem indicado dextrose 1000 ml que termina no
momento de fechar o balanço às 8 da manhã do dia 2012/04/01, também às 10
horas é dado um copo de 250ml de leite após a aspiração do conteúdo gástrico
50 ml e 1 ampola de dipirona (2 ml) As 16h por Via IM, tive uma febre de 40
graus durante 4 horas. Às 22 horas recebeu 250 ml de sumo.
O líquido aspirado era de 80 ml de conteúdo gástrico. Na conclusão do turno
de trabalho foi medida uma diurese de 2380 ml, além de ter apresentado dois
vómitos, um às 12h de 150 ml e um às 16horas de 230ml, calculada também a
perda pela transpiração em 180 ml às 20 horas e taxa respiratória aumentada
perdeu 25 ml, no mesmo período, devido à febre, outros sinais vitais são
normais.

1. Elabore a folha de balanço hídrico.


2. Calcule as entradas e saídas.
3. Diga que tipo de balanço apresentou.

209
4. Descreva ações de enfermagem que iria realizar.

HEPATITE

Hepatite Viral: doença infecto-contagiosa do fígado causada por vírus. Existem


dois tipos de hepatite, semelhantes na natureza, embora eles produzem
doença clínica ligeiramente diferente das do vírus B. A hepatite A é transmitida
pelo contato com o vírus infecioso nas fezes de pessoas infetadas, alimentos
contaminados, água e outras formas de penetração oral. O vírus também
aparece no sangue e também pode ser transmitido por esta via.
O soro de vírus da hepatite B é apenas encontrada no sangue e é transmitido
por transfusão de sangue ou plasma e inoculadas por meio de seringas,
agulhas, equipamento cirúrgico e dental contaminado.

Quadro clínico:
 Mal-estar
 Anorexia
 Náusea
 Dor abdominal
 Febre.
 Icterícia.
 Acolia – fezes esbranquiçadas
 Colúria (urina marrom escuro) Hepatomegalia.
Colheita de dados e ações de enfermagem:
Notificação obrigatória ao departamento de epidemiologia da instituição onde o
paciente é tratado.
Isole os objetos pessoais (fômites).
Medidas rigorosas de assepsia e antissepsia com o material usado nestes
pacientes, fundamentalmente por via parentérica, desinfeção de excrementos,
urina e controle de higiene ambiental, água e alimentos, vetores mecânicos nos
primeiros 7 dias. Este é o período mais perigoso para a contaminação e
contágio.

210
Levantamento dos contactos possíveis e fazer exames complementares com o
objetivo de:
1. A deteção precoce de eventuais contaminações.
2. Parar rapidamente a disseminação da doença.
Certifique-se para que o paciente cumpra com o descanso no leito, prescrito
pelo médico.

- Certifique-se que o paciente come a dieta prescrita: normoproteíca e


hipolípida. No período de anorexia, o paciente deve receber refeições
pequenas e frequentes, também precisa ser persistente, porque muitas vezes o
paciente apresenta aversão à comida.
- Ele observou anorexia, prurido, acolia, urina escura e fadiga acentuada que
alerta para chegar ao diagnóstico etiológico.
-A administração de medicamentos são para prevenir as náuseas e os vómitos.
Estão indicados os anti-histamínicos.
Levar folha de balanço hídrico, quando indicado.
Medir os sinais vitais procurando alterações como hipertermia.

Educação para a saúde: explicar ao paciente que seu regime de vida tem de
mudar e que a visita ao médico nos próximos 6 meses, é importante para a
recuperação total. Nenhum exercício físico deve ser feito durante 6 meses ou
beber álcool durante 1 ano, também tem como objetivo não a doar sangue,
bem como adesão ao tratamento e à respetiva dieta.

Gastrite CRÓNICA
Gastrite aguda e crônica: depende transgressão da dieta, comer demais ou
rápido, ou muito picante. Outras causas incluem a ingestão excessiva de álcool
ou aspirina. A mucosa gástrica é capaz de recuperar por si só depois de um
ataque de gastrite.
Ocorrem frequentemente Hemorragias que podem ser graves e requerer
cirurgia

Intervenção de enfermagem.
-Administrar soluções intravenosas, enquanto o vómito persiste.

211
-Certificar-se de sinais de desidratação por vómitos persistentes, nos ajude a
evitar complicações.
-Monitorizar as principais características do vómito
.-Proporcionar um recipiente para vomitar e, eventualmente, um colírio oral
para lavar a boca, e dar-lhe uma toalha ou guardanapo para secar suas mãos e
boca.
-Fazer educação para a saúde para prevenir novos episódios.
-Proporcionar um ambiente agradável e equilíbrio emocional apropriado, com o
agravamento do estado emocional pode influenciar o aparecimento de uma
nova crise.
-Realiza-se lavagem gástrica com soro gelado quando há sangramento

ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera péptica: perda das camadas de tecido circunscritas atingindo mucosa,
submucosa e músculo, ocorrendo na parte do trato gastrointestinal exposto à
ação do suco gástrico. Acontece mais frequentemente entre 30 e 50 anos e
afeta mais homens que mulheres.
* É mais frequente que a gastrite, apresentado em as todas as idades, raças e
latitudes, mas com grandes variações de localização, incidência e nas
características clínicas.

Quadro clínico:
 Dor.
 Palidez.
 Melena em idosos.
 A dor pode ser apresentada como crises separadas, por períodos de 15
dias a 2 meses. A crise dolorosa pode durar apenas um minuto ou várias
horas, muitas vezes aliviada pela ingestão de alimentos ou antiácidos.
Ele está localizado no epigástrio e no abdómen superior.

A intensidade da dor, varia pode assumir a forma de grampo ou queimar como


a sensação da dor de fome.

212
O aparecimento pós-prandial tardio é atribuído ao ritmo em três tempos: dor -
alimentos - calma a úlcera duodenal, enquanto a gástrica tem 4 tempos: comer
- calma – dor - calma.
Durante a crise de dor pode haver náuseas, vómitos, obstipação e diarreia
raramente.

Cuidados de enfermagem:
- Minimize o stress ambiental para conseguir que o paciente faça o repouso
indicado na cama até que a dor passe
.- Sedativos e tranquilizantes são administrados de acordo com as
necessidades do paciente.
- Preparar o paciente e auxiliar o médico em testes de diagnóstico.
- Administrar os medicamentos ao paciente, tendo em conta: dose, tempo e
frequência.
Observar com detalhe a dor.
- Os pacientes com esta doença são geralmente irritáveis e exigentes, e
ofendem-se facilmente, por isso devemos ser criteriosos ao responder ao
paciente e entender o que é mais importante para ele.
- Criar uma atmosfera propícia para ensinar o paciente sobre o seu futuro.

Fazer educação para a saúde sobre:


* Os hábitos regulares na vida diária.
* Um período diário de descanso.
* longo período de relaxamento.
* Uma boa disciplina alimentar.
* Abster-se de café, cigarros e álcool, e medicamentos que podem causar azia,
como a aspirina.

DIABETES MELLITUS
Diabetes Mellitus é um conjunto variado de distúrbios caracterizados por
aumento da glicemia, ou hiperglicemia
Tipos de Diabetes Mellitus:

DIABETES MELLITUS TIPO I.

213
Geralmente é diagnosticada na infância. O corpo produz pouca ou nenhuma
insulina e é necessário suplementos de insulina injetável para sobreviver

DIABETES MELLITUS TIPO II.


É mais comum que o tipo I, corresponde a 90% de todos os casos de diabetes,
e aparece geralmente na idade adulta. O pâncreas não produz insulina
suficiente para manter os valores de glicose no sangue normal, geralmente
porque o corpo não responda bem à insulina.

A DIABETES GESTACIONAL.
É a presença de níveis elevados de glucose no sangue que se desenvolve em
qualquer momento durante a gravidez, sem ter quaisquer sintomas antes.

A diabetes afeta milhares de pessoas no mundo. Entre os muitos fatores de


risco pode-se mencionar os seguintes:
1. Antecedentes familiares de diabetes
2. Obesidade
3. Idade superior a 45 anos
4. Diabetes gestacional ou parto de um bebé com peso ao nascer superior
a 4 Kg
5. Tensão arterial elevada
6. Níveis altos de colesterol e triglicéridos

QUADRO CLÍNICO DA DIABTES TIPO I


1. Polidipsia (aumento de sede)
2. Poliúria (aumento de micções)
3. Polifagia (aumento de apetite)
4. Perda de peso apesar do aumento de apetite
5. Fadiga
6. Náuseas
7. Vómitos

QUADRO CLÍNICO DA DIABTES TIPO II


1. Poliúria

214
2. Polidipsia
3. Polifagia
4. Perda de peso
5. Fadiga
6. Visão enublada
7. Infeções que cicatrizam de forma lenta
8. Impotência no homem

A diabetes não tem cura. O objetivo imediato do tratamento é estabilizar o


açúcar no sangue e eliminar os sintomas produzidos pelos níveis elevados de
açúcar no sangue e o objetivo a longo prazo é:
1. Prolongar a vida
2. Melhorar a qualidade de vida
3. Aliviar os sintomas
Prevenir complicações a longo prazo (doenças cardíacas e insuficiência renal)
Para atingir estes objetivos deve considerar a dieta e a atividade física

Os diabéticos tipo II devem seguir uma dieta balanceada e baixa em


gorduras. Estes dois itens são importantes para conseguir o controlo da
diabetes.
Algumas pessoas com diabetes tipo II suspendem os medicamentos ao
desaparecer os sintomas mesmo que a diabetes ainda esteja presente.
O paciente deve ser orientado por um nutricionista para planificar as
necessidades na sua dieta.

O exercício regular é particularmente importante para o diabético, porque


ajuda a controlar a quantidade de açúcar no sangue, a perder peso e a
controlar a tensão arterial.
Os diabéticos que fazem exercício têm menos probabilidade de virem a ter um
ataque cardíaco do que os que não fazem exercício regular.
Antes de começar um programa de exercícios o diabético deve ser avaliado por
um médico

Considerações sobre os exercícios:

215
1. Escolher uma atividade física aeróbica que o paciente possa desfrutar e
que seja apropriada para a sua saúde atual. (caminhada, andar de
bicicleta, natação)
2. Fazer os exercícios todos os dias à hora determinada
3. Avaliar o nível de glicose no sangue antes e depois do exercício
4. Trazer, consigo, um cartão de identificação como diabético
5. Beber líquidos adicionais que não contenham açúcar antes, durante e
depois dos exercícios

EDUCAÇÃO AO PACIENTE DIABÉTICO


Cuidados com os pés – o diabéticos correm o risco de sofrer lesões nos pés
devido à probabilidade de dano dos vasos sanguíneos e dos nervos que trás
como consequência a perda de sensibilidade o que faz com que o paciente não
se aperceba precocemente da lesão. Pode provocar a morte da pele e outros
tecidos que se não se trata pode ser necessário amputar a parte afetada. A
diabetes é a causa mais comum de amputações. Para prevenir as lesões no pé
o diabético deve adotar o hábito diário de revisão e cuidado dos pés de modo
seguinte:
1. Observar os pés todos os dias e informar de qualquer úlcera, mudança ou
sinal de infeção.
2. Lavar os pés todos os dias com água tépida e um sabão suave, de seguida
secá-los muito bem.
3. Hidratar a pele seca com uma loção de vaselina
4. Proteger os pés com sapatos cómodos, que não sejam ajustados. Usar
meias para evitar escoriações.
5. Fazer exercício diário para promover uma boa circulação
6. Ir ao podólogo para identificar problemas nos pés ou tirar os calos ou
protuberâncias
7. Lembrar o médico para observar os pés
8. Deixar de fumar, pois o consumo de tabaco diminui o fluxo de sangue nas
extremidades

CUIDADOS DE EMFERMAGEM AO PACIENTE DIABÉTICO

216
As habilidades básicas para o cuidado do paciente diabético são:
1. Como reconhecer e tratar os níveis baixos (hipoglicémia) e altos
(hiperglicemia) de açúcar no sangue.
2. Que comer e quando comer
3. Como tomar os medicamentos orais
4. Como administrar a insulina
5. Como medir e registar a glicémia
6. Como verificar a presença de corpos cetónicos na urina (só para
diabetes tipi I)
7. Como ajustar a insulina e ou o consumo de alimentos ou ambos
segundo as mudanças nos hábitos alimentares e de exercício.
8. Como lidar com o mal estar

ANEMIAS
Anemia: é o termo anemia significa diminuição de eritrócitos e da hemoglobina
no sangue do paciente. O número de eritrócitos, varia com a idade, sexo e
altura da pessoa.
Os eritrócitos têm a função de levar o oxigénio dos pulmões aos tecidos e
trazer destes o dióxido de carbono aos pulmões.
A cor vermelha do sangue depende da quantidade de hemoglobina contida nos
eritrócitos

Classificação das anemias:


1. Anemia poshemorrágica. É a que se produz pela perda rápida de grande
quantidade de sangre.
2. Anemia ferropénica. É a que se produz por défice de ferro. Esta é a
anemia mais comum em todo o mundo.
3. Anemia aplásica ou medular. É a que se produz quando existe uma
insuficiência fisiológica e anatómica da médula óssea.

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
É a que se produz quando existe um défice de vitamina B 12 e ácido fólico,
com mudanças idênticas na medula óssea e sangue periférica.

217
ANEMIA DEPRANOCÍTICA. (Siklemia):
é uma anemia hemolítica congénita, que se transmite con carácter autossómico
dominante. Caracteriza-se pela presença no sangre periférico de hemácias em
forma de noz ou de meia-lua, que são os responsáveis das características
clínicas e hematológicas desta doença.

ANEMIA PÓS HEMORRAGICA:


Quadro clínico
A apresentação dos sintomas depende da magnitude da hemorragia, da sua
rapidez e se é interna ou externa. Geralmente o paciente está prostrado com
respiração rápida, superficial e queixa-se de sede intensa, fadiga, insegurança
postural, lipotimia, síncope, visão turva, zumbido nos ouvidos, bocejos e
convulsões.
Ao final perda de consciência que pode recuperar-se se colocado em posição
horizontal. Todas estas manifestações dependem da hipoxia cerebral

Ao exame físico encontra-se alterações de várias ordens


1. Gerais: palidez da mucosa, sudorese e pele fria
2. Respiratórias: polipneia
3. Circulatórias: taquicardia, pulso débil, hipotensão arterial de grão
diverso e sopros funcionais
4. Renais: oligúria
5. Digestivas: às vezes incontinência às fezes
6. Neurológicas: midríase, convulsões e morte, em caso de anemia
cerebral

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O enfermeiro deve detetar o sangramento segundo a causa que o originou.
A restituição da volémia e correção do shock trata-se com um método seguro
que é a transfusão sanguínea, mas se não se dispõe de sangue total, pode-se
usar plasma ou substituto sintético, ou soro glicosado isotónico ou soro
fisiológico. Deve-se ter em conta todas as medidas de precaução e utilizar
todos os seus componentes, já que do produto que se tenha se poderá corrigir

218
o défice e como resultado melhorar o estado do paciente e evitar qualquer
complicação.
Ao restituir as perdas ter-se-á presente que se se vai usar o ferro oral se deve
ter em conta a tolerância por esta via, já que alguns pacientes recusam-no por
transtornos digestivos que podem ocasionar. Se se usar a via parentérica, não
devemos esquecer que alguns componentes do ferro provocam mancha na
pele, pelo que devemos ter em atenção as precauções com a injeção: o sítio da
punção não deve coincidir com o da injeção.
Devemos estimular o paciente a consumir alimentos ricos em proteínas,
vitaminas e outros.

ANEMIA FERREPÉNICA:
Quadro clínico
Em geral, as anemias ferropénicas têm uma expressão clínica pobre. Os
pacientes apresentam poucos sintomas. O começo é insidioso, com debilidade,
fadiga, insónia e cefaleia, palidez, anorexia, e glossite com atrofia das papilas
da língua.
“Desejo”– perversão do apetite – caracteriza-se pela ingestão compulsiva de
substâncias não alimentícias (desejo de ingerir gelo, argila) associa-se à
anemia ferropénica

ANEMIA APLÁSICA OU MEDULAR:


É a que se produz quando existe uma insuficiência fisiológica e anatómica da
médula óssea.

Quadro Clínico
O quadro clínico está relacionado com a quantidade maior ou menor das
celulas hematopoiéticas afetadas.
1. Palidez intensa, por vezes chega a ser cadavérica, tradução de uma
anemia severa que pode chegar a 1000000 de hemácias/mm3
2. Quadro séptico com calafrios, febre 39 a 40ªC, estado lipotímico, capaz
de chegar ao shock, celulite, ulcerações e necrose da mucosa oral, da
vulva e ano perianal

219
3. Transtornos hemorrágicos com epistaxes, gengivite, púrpura,
metrorragias, hematúria, etc, como causa da trombocitopenia

Manifestações clínicas
As características clínicas da anemia aplásica, mais frequentes, são o
resultado directo da função hematopoiética deprimida:
1. Petéquias
2. Equimoses
3. Púrpura
4. Epistaxes

Os sinais mais frequentes são:


- Palidez
- Fadiga
- Dispneia
Nesta anemia não se observa hepatomegalia nem esplenomegalia. Depois de
transfusões sucessivas pode aparecer esplenomegalia leve, se aparecer
adenopatias não tem relação com a doença

OS SINTOMAS DE ANEMIA
São semelhantes seja qual seja a causa e provêm em grande parte da
incapacidade do sangue para transportar suficiente oxigénio aos tecidos, entre
eles são típicos a fadiga, a anorexia, debilidade e palidez. O paciente pode
sofrer desmaios especialmente quando está de pé muito tempo. A palidez pode
observar-se nos leitos inguinais, conjuntivas, lábios e boca. O aspeto da
mucosa é muito útil, pois a cor da pele varia de pessoa para pessoa.
O paciente pode ter frio mesmo com temperatura corporal normal. Também
aparece taquicardia, já que o coração bate mais depressa, devido a que, a
escassa concentração dos eritrócitos e hemoglobina não chega bem aos
tecidos. Quando a anemia é grave pode aparecer dispneia de esforço, já que a
capacidade do sangue para transportar o oxigénio aos tecidos diminuiu
notavelmente

220
ACÇÕES DE ENFERMAGEM
Problemas comuns nos pacientes com hemopatias

PROBLEMA: Fadiga e debilidade


Intervenções de enfermagem
 Planear as ações para dar vigor e energia emocional ao paciente
 Planear períodos frequentes de repouso
 Estimular atividades segundo a tolerância do paciente
 Evitar atividades ruidosas e o stress
 Estimular a uma alimentação equilibrada

PROBLEMA: Tendência à hemorrágica


Intervenções de enfermagem
 Manter o paciente na cama durante a crise hemorrágica
 Aplicar pressão suave no local da hemorragia
 Aplicar compressas frias no local, segundo indicação médica
 Não manipular os coágulos empregar a agulhas de pequeno calibre
quando se administra injeções
 Observar o paciente durante as transfusões e oferecer apoio
 Observar e detetar sintoma de hemorragia interna
 Ter sempre disponível material de traqueostomia quando o paciente
sangra pela boca ou garganta

PROBLEMA: Dispneia
Intervenções de enfermagem
 Elevar a cabeceira da cama
 Empregar almofadas para sustentar o paciente em posição ortopneia
 Evitar exercícios desnecessários
 Evitar alimentos que deem origem à formação de gases (refrescos)
 Administrar oxigénio quando esteja indicado

PROBLEMA: Evitar bebidas


Intervenções de enfermagem

221
 Explicar a importância da higiene oral frequente com soluções
antissética
 Alimentos irritantes e frios
 Usar escova com pelos macios para higiene dos dentes
 Lavar os dentes depois das refeições
 Conservar os lábios lubrificados
 Motivar à consulta do estomatologista

PROBLEMA: dor de ossos e articulações


Intervenções de enfermagem
 Evitar a pressão que exerce a roupa de cama, mediante o uso de um
suporte protetor
 Aplicar compressas frias ou quentes segundo a indicação médica
 Realizar imobilização se indicada
 Aplicar medidas antitérmicas

PROBLEMA: Pruídos ou erupções cutâneas


Intervenções de enfermagem
 Manter as cortadas as unhas do paciente
 Fazer higiene corporal com sabão
 Aplicar soluções emolientes para o cuidado da pele
 Aplicar antissético se indicado
 Estimular a ingestão de líquidos
 Manter fresco o ambiente

PROBLEMAS: Ansiedade do paciente e seus familiares


Intervenções de enfermagem
 Explicar a natureza, mau estar e as limitações da atividade que
acompanham os meios auxiliares de diagnóstico
 Estimular o paciente e família a expressar a sua ansiedade
 Escutar sempre o paciente
 Fomentar o relaxamento e comodidade do paciente
 Recordar as preferências individuais do paciente

222
 Fomentar a independência e os cuidados pessoais dentro da limitação
que sofre o paciente
 Estimular a família a participar nos cuidados ao paciente se o desejar
 Criar um ambiente agradável para a família quando vem visitar o
paciente

ENTUBAÇÃO GÁSTRICA
Entubação Nasogástrica: é a introdução de uma sonda através das fossas
nasais ou da boca até ao estômago.
Objetivos:
1. Estabelecer o diagnóstico médico.
2. Aplicar medidas terapêuticas.
3. Alimentar o paciente que não o pode fazer espontaneamente.
4. Estabelecer um meio para drenar o conteúdo gástrico e extrair gases.
5. Prevenir vómitos e distensão abdominal.

Precauções:
1)Ter preparado todo o material necessário.
2)Ter presente o estado de consciência do paciente.
3)Colocar o paciente se possível em posição sentada o semissentada; se está
inconsciente em posição de Trendelenburg, apoiado sobre o lado esquerdo em
decúbito ventral. Esta posição previne a broncoaspiração.
4)Humedecer a sonda com água destilada ou soro fisiológico, evitando que
goteje, nunca com substâncias oleosas, para evitar a irritação das mucosas e a
broncoaspiração.
5)Preguntar ao paciente porque fossa nasal respira melhor, e passar a sonda
pela que maior dificuldade tem.
6)Se o indivíduo apresenta alguma alteração nasal, como septo desviado, que
impeça de passar a sonda por essa via, introduzi-la pela boca depois de haver
retirado a prótese dental.
7)Se a pessoa está inconsciente, incline o queixo para o peito para fechar a
traqueia e empurre a sonda entre as respirações para assegurar-se de que não
foi para a traqueia

223
8)Estar atento, à aparição de indícios de entrada na traqueia, afogamento ou
respiração difícil numa pessoa consciente e cianose numa inconsciente ou sem
reflexo da tosse. Se estes sinais estão presentes, retirar imediatamente a
sonda, permitir que paciente descanse e tente de novo.
9)Para comprovar a colocação correta da sonda, Nunca se deve introduzir o
extremo da sonda na água. Se a sonda está na traqueia, o paciente pode
inalar água; e em todo o caso, a ausência de borbulhas não confirma a
colocação correta, pois a sonda pode estar torcida na traqueia ou no esófago.
10)Comprovar que a sonda esteja no estômago.
11) Medir o conteúdo gástrico

MATERIAL:
1)Bandeja, carrinho de pensos ou similar.
2)Sonda gástrica (Latex, silicone, com balão
3)Toalha, pano ou resguardo.
4)Dois recipientes para lixo.
5)Copo com água.
6)Adesivo, fio para fixar a sonda.
7)Tesoura de bicos rombos.
8) Seringa de 20 ml
9)Abaixadores de língua.
10)Compressas.
11)Pinça montada ou chave de venoclise.
12) Toalhetes de papel.
13)Estetoscópio clínico.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento na entubação nasogástrica
Amparo Magaly, Manual de Procedimientos de enfermería. Página 351

224
ASPIRAÇÃO GÁSTRICA
Aspiração gástrica: é a extracção do conteúdo gástrico através de uma
sonda.
Está indicada para prevenir ou aliviar a distensão e os vómitos, para drenar o
sangue que se acumula no estômago no posoperatório e para extrair o
conteúdo do estomago nos pacientes que têm obstrução gastrointestinal

Pode realizar-se de várias formas: quando existe a máquina de aspiração


elétrica, que é um aparelho portátil que se pode levar até à cabeceira do
paciente, funciona com corrente elétrica e permite regular o grau de aspiração.

Um método consiste num aparelho de aspiração que se encontra na parede.


Muitos hospitais modernos têm saídas para aplicar aspiração na cabeceira da
cama do paciente. a pressão destes sistemas pode ser regulada pelo pessoal
de enfermagem.

Outro método é o procedimento que realiza o enfermeiro mediante uma


seringa, extraindo o conteúdo que se encontra no estômago do paciente.

Objetivos.
 Extrair o conteúdo gástrico.

MATERIAL:
 Sonda gástrica.
 Pano, toalha ou resguardo.
 Dois contentores de lixo.
 Copo de água.
 Compressa.
 Seringas de 20 ml.
 Espátulas.
 Pinça montada.
 Guardanapos.
 Estetoscópio.

225
ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Aspiração gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. Pág 353

LAVAGEM GÁSTRICA

Lavagem gástrico. é a introdução de una sonda pelas fossas nasais ou pela


boca, para extrair o conteúdo gástrico e lavar o estômago de forma mecânica.

Objetivos:
 Extrair alimentos não digeridos, que permanecem no estômago por
obstrução ou falta de motilidade do intestino.
 Extrair do estômago substâncias tóxicas.
 Realizar a lavagem gástrica em doentes com: vómitos, gastrite crónica,
sangramento gastrointestinal.
 Preparar o paciente para a cirurgia, se necessário.

Contraindicação:
Não realizar a lavagem gástrica quando o paciente ingera substâncias
corrosivas.

Precauções:
 Suspender a lavagem gástrica em caso de aparecer sangue no retorno e
notificar o médico, exceto em casos de sangramento gastrointestinal.
 Em caso de envenenamento retirar uma amostra para enviar ao
laboratório.

MATERIAL:
 Sonda: Folley Nélaton (para crianças)

226
 Soluções: bicarbonato, água, solução salina estéril, em caso de
envenenamento utilizar a indicada pelo médico, de acordo com o tipo de
envenenamento.
 Pano, toalha ou resguardo.
 Dois contentores de lixo.
 Copo de água.
 Compressa.
 Seringas de 20 ml.
 Espátulas.
 Pinça montada.
 Guardanapos.
 Estetoscópio.

Acessório
 Balde
 Esfregona.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Lavagem gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. PÁG 357

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE:

A alimentação do paciente incapacitado (que não precisa de intubação


gástrica), é a que se oferece a pessoas com limitações nos movimentos e que
não é capaz, por si só, de levar a comida à boca
Confusão, a imobilidade, lesão ou fraqueza dos membros superiores,
limitações corporais e as posições certas, pode impedir que um paciente de

227
comer sozinho. Em tais situações, a alimentação é a responsabilidade dos
enfermeiros

Objectivo.
Oferecer ao paciente que é incapaz a dieta com exigências nutricionais,
conforme as suas necessidades.
Precauções:
 Fornecer alimentação adequada bem apresentada e quente: se possível
longe dos procedimentos terapêuticos.
 Verifique se o paciente está pronto para a dieta.
 Não ofereça a refeição apressadamente

MATERIAL:
 Mesa de refeições.
 Bandeja e acessórios.
 Material para higiene oral e para lavar as mãos.
 Toalhitas ou guardanapos.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: alimentação oral
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres. Pág 429

SONDA DE ALIMENTAÇÃO
Sonda de alimentação: É a introdução de alimentos líquidos ou liquefeitos por
meio de um tubo que passa através das narinas ou boca para o estômago.

Objetivo:
Manter o estado nutricional do paciente adequado

Precauções:
Assegurar a condição de higiene das cavidades oral e nasal.

228
Aspirar antes da administração de alimentos e observar as características das
substâncias extraídas.
Se o conteúdo aspirado é maior do que 100 ml, não alimentar o paciente e
informar o médico.
Medir a quantidade de alimentos e água administrados, fornecendo-os a uma
temperatura adequada.

GESTÃO DE ALIMENTOS POR GRAVIDADE.


Alterar a sonda com as normas actuais de higiene e epidemiologia, para evitar
danos ao ácido clorídrico do estômago e causar uma resposta desnecessária.
Evite movimentos bruscos que podem causar náusea ou vómito ao paciente,
uma vez que dado o alimento.

MATERIAL
- O da entubação gástrica.
- Sonda gástrica (Levine, entre outras).
- Toalha, pano ou resguardo.
- Dois recipientes para lixo.
- Copo com água.
- Adesivo, fio para fixar a sonda.
- Tesoura.
- Espátulas.
- Compressas.
- Toalhitas de papel ou guardanapo.
- Estetoscópio.
- Seringa de 20 ml, seringa de alimentação, funil ou saco de alimentação
descartável.
- Colherzita.
- Pinça montada ou chave de venoclise
- Recipiente com alimentos.
-

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Alimentação por sonda

229
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
Pág 433 a 434

4.4 NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO VESICAL

Sistema urogenital: Inclui dois sistemas: urinários e genitais, que têm uma
relação íntima, do ponto de vista morfológico, têm uma origem embriológica
comum, no adulto algumas de suas estruturas estão intimamente relacionados.
No entanto, estes dois sistemas executam funções diferentes. O urinário a
eliminação vesical e genital a reprodução

Sistema urinário é um conjunto de órgãos envolvidos na função urinária, ou


seja, o processamento e a excreção de urina.

Função urinária contribui para:


-Manter a homeostase (persistência das condições constantes do meio interno)

-É importante na regulação do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-base do


meio interno
-Contribui na eliminação de produtos finais do metabolismo, especialmente
proteínas e outras substâncias estranhas e inúteis para o corpo.
-Algumas estruturas do sistema, especificamente os rins excretam os produtos
químicos que drenam para o sangue e estão envolvidos nos mecanismos de
regulação da pressão arterial e eritropoiese.

No mecanismo da função urinária destaca quatro processos básicos:


filtração, absorção secreção, e excreção.

FILTRAÇÃO. É o processo pelo qual o sangue circula nos rins é filtrado no


nível de capilares sanguíneos (glomérulos, dos corpúsculos renais que fazem
parte do nefrónio, a unidade estrutural e funcional do rim). Esta filtragem é um

230
líquido semelhante ao plasma do sangue, proteínas do plasma, mas com alto
peso molecular, pelo que é considerado um ultrafiltrado.

ABSORÇÃO. Ocorre nos túbulos renais e consiste em transportar ou reintegrar


na corrente sanguínea, as substâncias necessárias ao corpo, encontrados no
ultrafiltrado (glicose, aminoácidos, eletrólitos e água de outros solutos)

SECREÇÃO. É o reverso de absorção também ocorre com os túbulos renais e


é transportar substâncias a partir da corrente sanguínea para o ultrafiltrado que
circula nos túbulos renais, através das células epiteliais que revestem as
paredes dos túbulos (ácidos e bases orgânicos, iões hidrogénio e potássio)

EXCREÇÃO. É a eliminação de substâncias desnecessárias para o corpo, que


são ejetados como parte da urina.

O SISTEMA URINÁRIO CONSISTE EM:

1-Os órgãos que produzem a urina são os rins.


2-As vias urinárias, que é um sistema de condutos excretores destinado ao
transporte, armazenamento temporário e eliminação de urina, o sistema de
condutos começa nos rins e terminar num orifício na região perineal em estreita
relação com a genitália externa. Os órgãos que formam as vias urinárias são:
cálices renais, pelve renal, ureteres, bexiga, uretra, orifício da uretra

DIFERENÇAS ENTRE A URETRA FEMENINA E MASCULINA.

A uretra masculina constitui um segmento comum dos sistemas urinário e


genital, já que pela mesma se excreta a urina no ato da micção e sémen
durante a ejaculação.
A uretra feminina é mais curta e se encontra independente do orifício vaginal
ou órgão copulador, e sua função é de conduzir a urina desde a bexiga ao
exterior

231
VARIAÇÕES DA FUNÇÃO URINÁRIA.

O recém nascido normal deve urinar nas primeiras 24 horas, de outro modo
pode suspeitar-se de um problema importante. O recém nascido tem pouca
capacidade para concentrar e diluir a urina e o lactante pode urinar até 18
vezes ao dia ou mais, a urina pode ser diluída e inodora.
Durante a infância diminui a frequência da urina, ainda que depende bastante
da quantidade de líquido consumido e da temperatura ambiente. Em geral as
crianças urinam mais que os adultos porque a bexiga é mais pequena, a
densidade específica e outros dados da urina são similares à dos adultos.
As vias neurofisiológicas necessárias para o controlo voluntário da bexiga
amadurecem mais tarde que o intestinal.
A maioria das crianças estão fisiologicamente preparados com controlo dos
esfíncteres aos 3 anos de idade.
Na idade escolar já a criança tem bastante bom controlo de sua bexiga
mesmo que alguma vez possa perdê-lo acidentalmente se fica stressado ou
está muito ocupado, em particular nas atividades fora de casa, para chegar à
casa de banho.

As crianças eliminam mais que os adultos em proporção com o seu peso


corporal, as crianças de 10 a 12 anos urinam até 1000 ml por dia.
Nos adolescentes, a bexiga aumenta a capacidade, diminui a quantidade
proporcional do seu peso em líquidos. A sua eliminação pode adquirir os
padrões dos adultos, incluso antes da adolescência, estes padrões continuam
durante a idade adulta a menos que se apresente algum problema.
A grávida pode urinar com maior frequência e urgência, em particular durante
a primeira e última etapa da gravidez, isto deve-se à pressão que exerce o
útero sobre a bexiga e pensa-se que também depende das mudanças
hormonais que se estão levando a cabo durante este período.
Durante os anos de idade intermédia muitas mulheres que tiveram começam
com dificuldade de retenção da urina, já que nelas estão debilitados os
músculos pélvicos e perderam o tónus.
Nos idosos produz-se uma perda generalizada do tónus muscular e a
diminuição da eficácia dos rins contribui à necessidade de muitos idosos

232
(homens e mulheres) de urinar com maior frequência que os adultos mais
jovens, em geral com uma sensação de urgência interna.

FATORES (FISIOLÓGICOS) QUE ALTERAM A FUNÇÃO URINÁRIA.


-Capacidade vesical.
-Eficácia do sistema urinário.
-Disponibilidade de casa de banho.
-Pressão do trabalho.
-A dieta.
-Ingestão de determinados medicamentos.
-Fatores emocionais.
-Grávida.

FATORES (PATOLÓGICOS) QUE AFETAM A FUNÇÃO URINÁRIA.


-A causa mais comum são as infeções.
-Estase da urina por retenção.
-Formação de cálculos vesicais.
-Alterações da função circulatória.
-Cardiopatias e doenças do sistema nervoso e arterial
-Obstruções das vias urinárias.
-Afeções malignas ou cálculos.
-Anomalias estruturais congénitas.
-Alterações hormonais (suprarrenais e da hipófise)
-A hormona antidiurética, a aldosterona, e possivelmente a noradrenalina,
afetam a reabsorção dos líquidos nos tubos renais.
-Traumatismos generalizados (hemorragias, queimaduras, choque ou uma
infeção sistémica).
-Fatores neurológicos.
-Transtornos musculares.

PRINCÍPIOS RELATIVOS À FUNÇÃO URINÁRIA.


1- A maior parte dos resíduos nitrogenados do metabolismo celular eliminam-
se pelos rins.
2- Os rins têm uma função importante na conservação do equilíbrio de líquidos.

233
3-A supressão da formação de urina nos rins põe em perigo a vida do
indivíduo.
4-Normalmente, a maturidade total da capacidade funcional dos rins alcança ao
final do primeiro ano de vida.
5-As estruturas neuromusculares, necessárias para o controlo voluntário da
micção não está bem desenvolvida até aos dois ou três anos de vida.
6-A perda do controlo voluntário da micção é uma ameaça grave para a
autoestima do paciente.
7-O adulto em média urina 1000 a 1500ml de urina em 24 horas; as crianças
em idade escolar eliminam até 1000ml no mesmo período.
8-Os líquidos constituem uma proporção maior do peso corporal das crianças.
9-Recordar que normalmente o adulto sente necessidade de urinar quando a
bexiga contem 300 a 500ml de urina.
10- O revestimento das vias urinárias consiste camada contínua de mucosa.
11-A íntima relação anatómica das vias urinárias e as de reprodução
determinam que o funcionamento urinário seja um tema tão delicado para a
maioria das pessoas.
12-A localização do meato urinário muito próximo ao ânus e aos órgãos
sexuais externos, faz que as vias urinárias sejam vulneráveis a infeções
provenientes de estas fontes.
13-Uma eliminação de urina menor de 25 ml / h (6oo ml /24h) considera-se
inadequada nos adultos.

TERMOS MAIS USADOS


1-Anúria – é a ausência de urina. A definição clínica aceite é de um volume
urinário menor de 50 a 100 ml / dia
3-Poliuria. Diurese superior a 3 litros por dia. Pode ser uma resposta normal
de adaptação à ingestão excessiva de líquidos ou aparece nas primeiras
etapas da insuficiência renal crónica, ou na etapa diurética posterior à
insuficiência renal aguda.
3- Nictúria - é a micção frequente durante a noite; produz-se uma inversão do
ritmo normal na eliminação da urina. Pode acompanhar-se de poliúria ou não.
A poliúria é causada pela incapacidade hormonal, para desencadear os
processos celulares requeridos para regular a permeabilidade tubular à água

234
ou pelo incremento da excreção de solutos pelos nefrónios. A concentração da
urina, varia segundo o caso.
4-Disuria - é a dificuldade ou dor para urinar, que pode incluir manifestações
de ardor.
Polaquiúria - Alteração caracterizada por micções muito frequentes, de
escassa quantidade, que pode produzir-se com aumento do volume urinário.
Desconhece-se, ou não estão bem claros, os mecanismos responsáveis pela
disúria e a polaquiúria
Tenesmo vesical - é o desejo contínuo, doloroso e ineficaz de urinar sem que
a micção alivie o mal estar. Em cada micção se expulsa muito pouca urina e às
vezes nenhuma.
Micção por gotejamento - a urina flui gota a gota pelo meato uretral. Se
observa, frequentemente, nos casos de bexiga atónica distendida por um
adenoma prostático e acompanha-se de globo vesical.
Incontinência urinária – é a incapacidade da bexiga para reter a urina
secundária a uma deficiência do mecanismo do esfíncter da uretra, por
transtornos neurológicos, etc.
Alterações na densidade da urina. A concentração de solutos na urina
valora-se por meio de uma prova simples. Consideram-se valores normais
entre 1005 e 1025.
Alterações na cor da urina - conhecidas como pigmentúria, que é a presença
na urina de qualquer substância com cor (solúvel ou insolúvel)

SÉPSIS URINÁRIA
Definição – descreve-se como infeção nas vias urinárias com presença de
bactérias em qualquer parte do sistema renal, associada a sintomas urinários.
CLASSIFICAÇÃO
Segundo a localização:
• Sépsis urinária baixa. Presenta-se como infeção uretral (uretrite) ou
uretrovesical (cistite).
• Sepsis urinária alta. Ocorre quando a infeção alcança os rins (pielonefrite) e
pode originar danos renais irreversíveis.

ETIOLOGIA

235
Os organismos mais comuns como causas de infeções do trato urinário são as
seguintes:
• Os Escherichia coli, bactéria gram negativa adesivas, que aparece na grande
maioria das pessoas infetadas pela primeira vez, em 90% das infeções extra
hospital e 50% do intra-hospitalar; também observado com a alta frequência
Proteus, Pseudomonas e Klebsiella, entre outros.
• Em pacientes admitidos para a administração de antibióticos de largo
espectro, o possível envolvimento da flora bacteriana normal e colonização
parece patológico
• Em crianças é muitas vezes frequente por Proteus, enquanto as mulheres
jovens predominam como crucial agente saprófita estafilococos, desde que a
atividade sexual.
• Os outros germes que aparecem na cultura de urina são o Staphylococcus
aureus (alguns abscessos renais), Pseudomonas aeruginosa e Salmonella em
outros quadros de sepsis. Em pacientes com tuberculose, o rim é o órgão extra
pulmonar mais afetado pelo bacilo de Koch, também deve-se distinguir a
ocorrência de infeções fúngicas em pacientes com cateteres em diabéticas e
crianças com malformações.
• Existem fatores mecânicos que favorecem a bacteriúria, tais como: o
cateterismo vesical (especialmente permanentemente); cirurgia uretral da
bexiga e da próstata, a relação sexual nas mulheres e prolapso vaginal que
ocorre em mulheres multíparas.
• Entre os fatores que mantêm a urina na bexiga são a micção pouco frequente,
ingestão inadequada de líquidos, devido à obstrução uretral e hipertrofia da
próstata, obstipação, refluxo vesicoureteral, os transtornos neurológico da
bexiga, divertículos de bexiga, entre outros.

A sintomatologia das infeções do trato urinário é ampla. Um elevado número


de pacientes são assintomáticos e apresentam bacteriúria quando a
quantidade de gérmenes na urina é igual ou superior a 10 % de 100 000
colonias/ml de urina).
• A bacteriúria assintomática merece uma atenção especial às mulheres
grávidas com diabetes ou aqueles que necessitam de sonda vesical
permanente.

236
- A Sepsis urinário baixa é caracterizada por aumento da frequência urinária,
disúria, nictúria, desconforto suprapúbico e, ocasionalmente, hematúria.
Dependendo do local da infecção se apresenta as seguintes manifestações
clínicas

Tratamento médico
Na sepsis baixa, o tratamento por via oral ou parentérica pode estar associado
com o tratamento local (colo do útero, uretra, ou a vagina).

DIAGNÓSTICOS E AÇÕES DE ENFERMAGEM.


Em geral, consideram-se os seguintes diagnósticos que podem ser reduzidos
ou ampliados na sua aplicação:
• Dor relacionada com (R/C) inflamação e infeção da uretra, bexiga e outras
estruturas do trato urinário.
• Hipertermia R / C Sépsis do trato urinário.
• Alterações da eliminação vesical R / C infeção do trato urinária, obstrução
anatómica.
• A retenção urinária R / C obstrução do trato urinário.
• A incontinência de esforço R / C os meses de gravidez.
• A incontinência urinária de urgência R / C sonda vesical permanente,
infeção da bexiga, o aumento da ingestão de líquidos.
• Padrão Nutrição alterada de R / C ingestão de nutrientes abaixo do
recomendado.
• Alteração da Manutenção Saúde R / C falta do conhecimento e capacidade
de enfrentar a situação

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA


A insuficiência renal aguda (IRA) é uma doença muitas vezes traz os pacientes
aos serviços médicos e cirúrgicos, apesar do desenvolvimento inquestionável
nos últimos anos, no campo das ciências médicas, em geral e em nefrologia,
em particular, o prognóstico dos pacientes continua sendo grave, com elevada
mortalidade.

237
DEFINIÇÃO
Síndrome clínico resultante da retirada súbita de função renal, o que provoca
uma acumulação no sangue de produtos residuais metabolismo do nitrogênio
(ureia - creatinina), transtornos hidroeletrólitos e ácido-base. Sua característica
fundamental é a reversibilidade
parcial ou completa.

CLASSIFICAÇÃO:
As situações que levam à IRA são variadas e segundo o local da lesão são
classificados em três grupos:
1. Pré-renal IRA ou funcional.
2. IRA ou orgânica.
3. IRA pós-renal.

ETIOLOGIA

1. A IRA Pré-renal ou funcional. É devido à desidratação, choque,


hipovolémia e outras afeções.
2. A IRA ou orgânico. Ela ocorre devido a oclusões arteriais e venosas,
algumas glomerulopatias, estados tóxicos isquémicos e de hipersensibilidade
viral e bacteriana.
3. A Pós-renal. É devido a obstruções das vias do trato urinário, mas as
causas mais comuns são pedras nos rins, malformações do trato urinário,
tumores da próstata, tumores de bexiga, a infiltração de tumores e estenose
inflamatória da tuberculose do trato urinário e fibrose retroperitoneal. Em geral,
resolve-se com tratamento cirúrgico

QUADRO CLÍNICO
Depende da fase que apresenta a IRA.
Fase oligúria
Pode não ocorrer, no entanto, é muito comum e é caracterizada por: produção
de urina diminuída, menos de 400 ml / dia, e transtornos do equilíbrio
hidroeletrolítico, edema membros inferiores, edema cerebral, hiperpotassemia,
de modo que o paciente tem parestesias, fraqueza muscular, insuficiência

238
cardíaca e arritmias cardíacas, ocorrem no sistema cardiovascular ocorre
insuficiência cardíaca e hipertensão, no sistema respiratório aparece acidose
metabólica, edema agudo de pulmão, e no sistema hematopoiético anemia.
Além disso, intoxicação por água que dá lugar excitabilidade resultante,
estupor, coma, vômitos e náuseas.
Fase diurética
Apresenta-se a seguir à fase anterior.
Em pacientes que sobreviveram é um aumento progressivo na produção de
urina, que pode chegar a 3l/dia, dependendo do grau de hidratação. Primeiro,
há poliúria ineficaz, mas gradualmente se torna diurese eficaz, aumenta a
depuração renal, mas ainda mantem prejudicada a capacidade de
concentração do rim e a capacidade de excretar iões de hidrogénio.

A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA

Definição: Insuficiência renal crónica (IRC) é um síndrome clínico e humoral


complexo que expressa uma afeção irreversível da função renal que
geralmente se desenvolve lenta e progressivamente, até que o estado de
uremia terminal, com todas as suas complicações.
CLASSIFICAÇÃO

Esta realiza.se segundo o grau de alteração funcional


Filtrado
Glomerurar Criatinina
IRC Etapa (ml/m) ( mg/ dl )
Grau I Inicial 70-50 1,5-2
Grau II Química 49-21 2-6
Grau III Clínica 20-10 6-10
Grau IV Urémico <10 >12
Grau V Coma urémico — —

ETIOLOGIA
• Doenças glomerulares (primária ou secundária).
• Diabetes mellitus.

239
• Hipertensão arterial grave.
• A doença renal poliquística.
• Cálculos de obstrução e infecção do trato urinário.
• As neuropatias túbulo-intersticial.
• As drogas ou agentes tóxicos. Entre os agentes ambientais e ocupacionais
são: chumbo, cádmio, mercúrio e cromo.
• Outro.

QUADRO CLÍNICO
Sistema cardiovascular: hipotensão, doença isquémica do coração,
pericardite, insuficiência cardíaca congestiva, edema e outros.
• Sistema respiratório crepitações, dispneia, tosse, outros.
• Sistema Gastrointestinal: náuseas, vômitos, diarreia, anorexia, soluços,
hálito de amónia, obstipação, úlceras e hemorragias da boca, dor abdominal,
sangramento intestinal e gastrite urémica.
• Sistema Nervoso: neuropatia, tremor, inquietação nas pernas, fraqueza e
fadiga, confusão, desorientação, alterações comportamentais, convulsões,
coma e deficiência visual.

MÉTODOS DEPURADORES.
A diálise peritoneal
A diálise peritoneal é um método que está incluído nos métodos purificadores
extracorpóreos e é um processo artificial, que pode substituir algumas funções
vitais normalmente desempenhadas pelos rins, tais como a remoção de
substâncias residuais do metabolismo de proteínas e regulação do equilíbrio de
iões, e ácido-base de eletrólito, no entanto, as funções importantes
relacionadas com o metabolismo fósforo-cálcio eritropoietina, e regulação da
pressão arterial, entre outros, não são substituídos por este método

Definição
A diálise peritoneal é um método depurador, que é utilizado para remover
impurezas e fluidos a partir do sangue em pacientes com aguda e crónica
insuficiência renal, um processo que utiliza uma membrana semipermeável,
que é o peritoneu do próprio paciente, considerado um filtro natural.

240
A membrana peritoneal é a membrana serosa mais extensa do organismo,
considera-se que a sua superfície é de 1,2 a 2 m2, semelhante à superfície do
corpo e que é igual à superfície de dialisado global eficaz. A cavidade
peritoneal é um espaço virtual no abdómen formando como um saco pelo
peritoneu.

Contraindicações para diálise peritoneal


Está relacionado com o estado do abdómen, entre os quais estão:
• Os múltiplos traumas.
• Grande cirurgia abdominal. Quando o peritoneu apresenta dano a sua
permeabilidade diminui, de modo que sua capacidade de diálise é mínima ou
nula.
• Sepsis da parede abdominal.
• Queimaduras.
• Fístula abdominal torácica. Dificulta o tratamento, pois facilita a passagem do
dialisado para o tórax, causando graves sintomas de dispneia e Hidrotórax.
• A diverticulite. Ela pode causar complicações infeciosas pela passagem de
germes a partir do intestino para o fluido peritoneal
Afeções graves da coluna vertebral podem ser agravadas pela sobrecarga de
líquido de diálise.
• Os distúrbios psicossociais. Pode limitar o sucesso do tratamento.
• As hérnias. Elas não representam uma contraindicação absoluta

COMPLICAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL


• Mecânica. Dor, sangramento, fuga de dialisado, má drenagem, edema da
parede abdominal, perfuração visceral, hérnias e perda de intra-peritoneal do
cateter.
• Infeciosas. Sepsis do orifício de saída, sepsis do túnel, peritonite, e
diverticulite.
• Cardiovascular. Hipertensão, hipotensão, arritmias, edema pulmonar e
paragem cardíaca.
• Respiratória. Atelectasia, pneumonia e hidrotórax.
• Neurológica. Coma hiper-osmolar, convulsões e síndrome pós-diálise.
• Metabólica. Hiperglicemia e hipoglicemia, hiperpotassemia e hipopotassemia

241
e hiponatremia, alcalose metabólica, depleção proteica, obesidade,
hiperlipidemia e desnutrição proteica e energética.

MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO EXTRACORPÓREOS.


Diálise extracorpórea ou hemodiálise destina-se a limpeza do sangue de
substâncias tóxicas requer um gerador ou rim artificial, um dialisador com
membrana semipermeável, uma porta de entrada para a circulação do
paciente, a anticoagulação e o fluido de diálise.

Técnicas de purificação extracorporais são:


• Ultrafiltração isolada.
• Diálise sequencial (ultrafiltração e hemodiálise). Técnicas de hemodiálise
são:
• Hemodiálise convencional (tampão acetato)
Hemodiálise de Alta Eficiência, utilizado tampão de bicarbonato e membranas
semipermeáveis de permeabilidade hidráulica baixa e grande área de
superfície.
• Hemodiálise de alto fluxo com tampão de bicarbonato e membranas
semipermeáveis de alta permeabilidade e clarificação hidráulico elevada
depuração de ureia (KDU).
• Hemodiafiltração, câmara dupla, e biofiltração.
• Hemo perfusão.
• Imune absorção.
• Plasmaférese.

HEMODIÁLISE.
Definição
A hemodiálise é a técnica de depuração periódica extracorpórea mais utilizado
e aplicada em pacientes com insuficiência renal aguda, insuficiência renal
terminal, hipercalcemia e acidose metabólica grave.

Procedimento para a manipulação das vias de acesso


Visa evitar o risco de complicações no manuseio impróprio para o paciente e
aumentar a vida útil do acesso vascular e para proteger o pessoal de

242
enfermagem.
-Todas as fases do procedimento devem ser realizadas de maneira
colaborativa pelos membros da equipa de enfermagem.

Actuação durante a hemodiálise:


1 - Medir sinais vitais a cada 1 h ou períodos mais curtos, de acordo com as
necessidades individuais do paciente, ou como prescrito.
2 - Ser vigilante e atuar frente qualquer complicação técnica ou clínica intra-
diálise.
3 – Efetuar os tratamentos orientados pelo médico.
4 - Não violar qualquer medida de segurança no trabalho do rim artificial.
Assistir de modo especial e trabalhar com extrema cautela frente a qualquer
emergência para impedir acionar os alarmes dos equipamentos
5 – Avisar os técnicos da electromedicina quando detetar qualquer
anormalidade no equipamento.
6 – Avaliar com o médico qualquer situação que considere necessária.
7 - Anote todos os incidentes no modelo de controlo de hemodiálise, quando
estes ocorrem.
8 – Ao primeiro episódio de febre e (ou) calafrios realizar imediatamente
hemocultura.
9- Se heparinização contínua, parar a bomba de heparina para meia hora
antes do final de hemodiálise ou quando clinicamente indicado.

No final da hemodiálise:
1 - Medir sinais vitais.
2 - Pare a bomba.
3 - Prenda a linha arterial antes de desconectar o paciente, e conectar o frasco
de solução salina estéril.
4-Transferir a quantidade de soro fisiológico necessária e suficiente para limpar
o sangue, tanto quanto possível, o dialisador e ramos, retornando o sangue
para o paciente, para minimizar as perdas a partir por esta via
Assim, isto é facilitada por pinçar e despinçar rápido e repetidamente o ramo
venoso.
5- Pince a linha venosa e desconecte o paciente.

243
6 - Passar a solução de sal através da agulha da fístula o paciente para passar
o sangue
7 - Passar o dialisador com 2l de hipoclorito de sódio a 1% durante 10 min.
8 - Limpas as linhas com agulhas tratadas para proceder à sua formalização.
9 - Remover a agulha do paciente.
10 - Retirar agulhas, aplicando uma pressão adequada, de 15 a 20 min, se se
completa a hemóstase aplicar uma ligadura com uma ligeira pressão e orientar
o paciente para retirar 4 h mais tarde.

CATATERISMO VESICAL
Mucosa da bexiga: é a membrana que reveste o interior da bexiga, é
altamente vascularizada, o que favorece a absorção de fármacos
administrados a esse nível.

O sistema urinário produz, transporta, armazena e excreta urina a sua função


anormal, muitas vezes, perturba o equilíbrio de fluidos, dos eletrólitos e ácido-
base, além da eliminação de resíduos. Para restaurar ou promover o
funcionamento eficaz da excreção da urina é comum usar a inserção
temporária ou permanente de um tubo urinário. O cateterismo permite a
monitorização do trato urinário e ajuda o diagnóstico de distúrbios da função do
sistema.

Cateter - a palavra cateter deriva do que em grego significa introduzir.

O cateterismo vesical é a introdução de uma sonda ou cateter através do


meato e canal uretral para o interior da bexiga.

Objetivos:
_ Esvaziamento da bexiga.
_ Determinar se a supressão da urina é causada por obstrução urinária de
retenção, ou anúria.
_ Obter amostras de urina para o estudo.

244
_ Esvaziar a bexiga antes de uma grande cirurgia para evitar o trauma
cirúrgico ao nível do órgão e do paciente urinar na sala de operações para
causar relaxamento do esfíncter.
_ Mantenha leito seco em pacientes com incontinência.

Precauções:
_ Faça a limpeza dos órgãos genitais para reduzir as bactérias a esse nível e
evitar ser arrastado para dentro da bexiga.
_ Não force a sonda a passar, para evitar o trauma da uretra, tenha em mente
o calibre das sondas para o tipo de uretra;
Peça ao paciente para tossir durante a inserção, pois isso irá facilitar a
passagem da sonda.
_ Depois de terminar o procedimento, no homem não circuncidado deve ter o
cuidado de puxar o prepúcio sobre a glande.
- No caso da sonda Foley, fixá-la com solução salina (sem ar, sem
soluções de glicose)
- Se a sonda permanece fixo, pinçá-la periodicamente para recuperar o
tónus da bexiga.
- Se a urina está retida, permitir a saída até 400 ml e clampar de novo, em
seguida, a cada 30 minutos, permitir a saída de 200 ml para evitar um
esvaziamento rápido, evitaremos possíveis paragens cardíacas e
hemorragias por descompressão.
- Mudança de sondas segundo as normas do serviço.

MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Sondas: Nélaton e folley no. 10, 12, 14, 16.
_ Artigos para a higiene dos genitais (recipiente com água, sabão,
toalha, arrastadeira, soro fisiológico, água iodada ou antisséptico
indicado pelo médico).
_ Luvas estéreis.
_ Resguardos de borracha e pano
_ Recipiente estéril.

245
_Lubricante hidrossolúvel.
_ Compressas.
_ Recipiente para lixos.
_ Seringa estéril com soro fisiológico.
_ Adesivo (se fica permanente).
_ Tesoura (se fica permanente).
_Saco colector (se fica permanente).
_ Biombo (se necessário)
_ Candeeiro de pé (se necessário)

Genitália feminina

246
Genitália Masculino

ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimiento: cateterismo vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres
Págs, 391-393

INSTILAÇÃO VESICAL
Instilação vesical é a introdução de uma pequena quantidade de solução
(água estéril ou medicamento) dentro desta víscera, através de uma sonda.

Objetivos:

247
- A manutenção da permeabilidade do sistema de drenagem.
- Remover coágulos após cirurgia à bexiga e outros.
- Obter efeitos terapêuticos e paliativos.
Precauções:
- Administrar o medicamento à temperatura ambiente para evitar espasmos
da bexiga.
- Introduzir lentamente a solução para evitar trauma ou irritação.

Material:
_ Seringa de 20 a 50 ml, estéril.
_ Cuvete com tapa.
_ Recipiente estéril.
_ Solução indicada.
_ Compressas.
_ Luvas.
_ Recipiente para lixos.
_ Pinça protegida.
_ Resguardo de borracha e pano
_ Sonda uretral, no caso o paciente não estar algaliado.
_ Biombo.

ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimento instilação vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
Pág 394

4.5 NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL

Durante o processo de digestão, os alimentos e líquidos ingeridos são


misturados, processados, selecionados para a absorção dos nutrientes para
ser usado por tecidos do corpo e se removem os resíduos de digestão. As

248
porções principais do aparelho digestivo relacionadas com a função de
excreção, são o cólon e o reto.

O reto é um tubo muscular estreito que termina na parte inferior do cólon


(sigmóide). No adulto é de 15 a 20 cm de comprimento e 2,5 a 4 cm de largura
na abertura anal. Suas paredes são formadas por três pregas transversais e
outras verticais.

Pensa-se que as primeiras (pregas transversais), ajudam a parar as fezes no


recto até ao início da defecação. As dobras verticais que contenham uma
artéria e uma veia de cada. O canal anal são os últimos 2,5 cm reto. Dois dos
músculos do esfíncter controlar a eliminação de fezes através do ânus. O
interior é feito de músculo liso e é resposta involuntária à distensão rectal, o
esfíncter externo é formado por músculo estriado e controla-se a vontade.

Embora o reflexo rectal é estimulado pela presença de resíduos de produtos no


recto e cólon inferior, o ato de defecação em si é controlado pela vontade. Por
isso, é possível a pessoa responder ao estímulo. Durante a defecação,
envolvem uma série de músculos acessórios, principalmente a parede
abdominal, diafragma e do assoalho pélvico. A contração do primeiro e fixação
do diafragma aumenta a pressão intra-abdominal para empurrar o conteúdo do
cólon e do reto inferior para baixo. O fechamento da glote (suspensão da
respiração) também ajuda.

Se a respiração é forçada contra uma glote fechada, a pressão aumenta


consideravelmente.
A contração dos músculos do assoalho pélvico e relaxamento do esfíncter anal
simultaneamente, ajudar a empurrar a massa fecal através do canal anal.
Se uma pessoa não responder ao impulso de estímulo de defecar desaparece.

ELIMINAÇÃO INTESTINAL NORMAL:

As fezes eliminadas através da abertura do ânus, são resíduos acumulados


nos intestinos. O volume das fezes é formado por resíduos de digestão e água,

249
o que constitui 60 a 80% do total. O resíduo da digestão inclui alimentos não
digeridos e não absorvidos resíduos secreções digestivas. Além disso, as fezes
também conter os detritos celulares e removido do revestimento mucoso do
trato gastrointestinal, para além de bactérias e outros produtos.

Também remove alguns minerais, principalmente cálcio, ferro e potássio. A cor


marrom das fezes é devido à presença de sais biliares que são excretados por
esta via.
Um décimo a um terço do material fecal é constituída por bactérias vivas e
mortas e dos seus produtos, o que normalmente residem na cavidade
intestinal, que formam o que é chamado a flora intestinal normal.

Estima-se que uma pessoa 24 horas excretados nas fezes entre 50 000 e 500
000 milhões de bactérias vivas e mortas.

As fezes ao passa através do recto, tomar a forma da estrutura tubular. As


normais são suaves, mas de formato cilíndrico sólido. A quantidade de material
fecal excretada depende em grande parte dos alimentos não digeridos. Pode
variar desde 100 a 200 g / dia, em pessoas cuja dieta contém uma proporção
elevada de alimentos refinados e até 300 ou 400 g / dia para aqueles que são
ricos em fibra. O número de evacuações também variam consideravelmente de
um indivíduo para outro e é considerado o intervalo normal é 1 de 2 em 2 dias
ou 3 dias a 3 vezes por dia.

Se os resíduos são expelidos muito rapidamente através do intestino, as fezes


vão estar solto e líquido, porque ele vai dar tempo para absorção de água nos
intestinos.
Por outro lado, se houver demora na evacuação dos produtos residuais, irá
absorver uma quantidade excessiva de água e as consequências serão fezes
secas e duras.

FACTORES QUE AFETAM A FUNÇÃO INTESTINAL.


1. O tipo de alimentos e do volume de líquido consumido por um
indivíduo. Uma quantidade adequada de fibras na dieta, como a encontrada

250
em grãos integrais e frutas e vegetais, é muito importante para fornecer um
volume suficiente para estimular a ação peristáltica dos intestinos. As pessoas
que têm uma dieta refinada tendem a ter menos movimentos intestinais e é
provável que as fezes mais firmes e mais escura do que aqueles que incluem
cos alimentos anteriores.

2.Volume de líquido que permanece no corpo. Deve-se restituir o conteúdo


de água do corpo continuamente para atender às necessidades internas e de
repor a água removida com resíduos corporais. Se a ingestão de líquidos é
insuficiente, em primeiro lugar cobrir as necessidades internas do corpo, por
prioridade, e se eliminam pequenas quantidades de água na urina e fezes. O
resultado será urina mais concentrada e fezes mais secas e duras que o
habitual.
Deve beber de 6 a 8 copos de água por dia, é uma das maneiras mais fáceis
de manter fezes moles e promover o peristaltismo intestinal.

3. Evacuações intestinais. Em pessoas normais saudáveis a defecação é


voluntária depois dos 3 ou 4 anos, e se estabelece uma resposta condicionada
a determinada hora do dia ou por exemplo, após as refeições. Algumas
pessoas recorrem a outros métodos, como um copo de água quente e sumo de
limão ou uma xícara de chá quente ou café antes do pequeno-almoço.
Outros rotineiramente ingerem laxantes ou usam supositórios, de forma
regular, e outras aplicam enemas diários para limpar o reto.

4. Estilo de vida. Esse problema também afeta a função intestinal. Comer e


defecar em horários regulares ajuda a estabelecer e manter um padrão regular.

5.Exercício: O exercício diário regular também ajuda a melhorar o tônus


muscular. Caminhar após as refeições ajuda a estimular a ação peristáltica e
promover a digestão. Inatividade prolongada contribui para a obstipação
intestinal e estar sentado muito tempo causa hemorróidas.
Pacientes acamados rapidamente perder o tônus muscular e a obstipação
intestinal é um problema comum nesses pacientes.

251
6. Medicamentos. Drogas que deprimem o sistema nervoso diminuem a
motilidade intestinal. Alguns são irritantes para o trato gastrointestinal e podem
causar diarreia.

7. Stress e ansiedade. Pode aumentar ou diminuir a motilidade do trato


gastrointestinal.
Raiva pode causar perturbações, muitas vezes com formação excessiva de
gás e distensão abdominal.

PROBLEMAS COMUNS.
1. Obstipação.
2. Diarreia.
3. Incontinência.
4. Infeções parasitárias.
5. Aberturas artificiais no intestino.

PRINCÍPIOS SOBRE A FUNÇÃO INTESTINAL

 A função intestinal é para remover os resíduos da digestão.


 O bom funcionamento do corpo é essencial que é a eliminação normal
do intestino.
 A obstrução intestinal é um risco grave para a vida.
 A ingestão de alimentos e líquidos estimula a ação peristáltica do trato
gastrointestinal.
 A vontade de defecar desperta-se ao estimular o reflexo retal por
distensão da parte inferior do cólon e do reto.
 Normalmente, a defecação é controlado pela vontade, depois de 3 a 4
anos de idade.
 As estruturas neuromusculares necessárias não estão suficientemente
desenvolvidos para permitir o controlo voluntário dos movimentos
intestinais até 15 a 18 meses de idade.
 Uma vez obtido, o controlo da defecação é um aspe O stress,
ansiedade e outras emoções fortes podem alterar a função intestinal.

252
 Padrões intestinais de eliminação e consistência das fezes são
altamente dependentes do consumo de alimentos e líquidos do
indivíduo.
 O número de defecações diárias no lactente varia muito, em média, são
4 a 7 vezes/ dia nos mais pequenos.
 Após a infância o padrão normal nutricional de movimentos intestinais
varia de 1 defecação a cada 2 ou 3 dias em dois ou três dias até 3 por
dia.

INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE ENFERMAGEM.

A) As pessoas com obstipação.


1) Este distúrbio é um problema em muitos pacientes e também em
indivíduos saudáveis . Ela ocorre mais frequentemente em pacientes
acamados.

2) Alguns fatores a serem considerados para evitar ou corrigir a


obstipação, se um problema de muito tempo, eles são:
 Hora certa para defecar.
 Atenção imediata ao desejo de defecar.

3) Dieta com nutrientes laxantes e ricos em fibra, a abundância de


líquidos, e exercício adequado. Como o reflexo gastrocólico é
geralmente mais intenso depois do pequeno-almoço, esse é um bom
momento para estimular a defecação imediatamente. É importante
para garantir a privacidade, permitir tempo suficiente para o processo
e não apressar o paciente. Pode ser necessário ajudar o paciente a
aumentar a sua sensibilidade à estimulação da defecação.

4) A ingestão de líquidos quentes ativa o peristaltismo e, particularmente,


se é tomada antes do pequeno-almoço. Pode ajudar a massagem em
movimentos circulares no abdómen, movendo-se para baixo ao longo

253
do cólon descendente, no lado esquerdo. Leve pressão para ao lado
ou por detrás do ânus também ajuda a expulsar as fezes.

B) Pessoas com diarreia. Primeiro temos que saber a causa antes de tentar
restabelecer a normalidade. O mais comum é a irritação do trato
gastrointestinal, drogas específicas podem ser prescritos para reduzir a
motilidade intestinal ou proteger irritadas membranas intestinais. Se a diarreia é
de origem psicológica (por exemplo, ansiedade ou tensão), muitas vezes
desaparece quando você remove o stress. No entanto, se é uma doença
crónica, pode ser necessário uma intervenção médica

C) Pessoas com aberturas artificiais no intestino. Em pacientes com


colostomia, pode-se continuar o padrão normal de eliminação, se canalizar as
fezes para um saco colocado sobre o estoma, que é trocado conforme a
necessidade, ou tenta-se controlar a eliminação com irrigação em intervalos
regulares. Neste caso, a dieta é muito importante para regular o teor de fezes e
produção de gás nos intestinos. É bom evitar alimentos que são irritantes ou
provocam gás e ter cautela com os alimentos com efeito laxante

D) Pessoas com infestações de parasitas: As principais medidas nestes


casos para restaurar a função do intestino são direcionados para matar os
parasitas do trato gastrointestinal e prevenir mais infestações. Para o
tratamento de "vermes" são usados antihelmínticos específicos. Enemas são
por vezes usados para ajudar a eliminar parasitas do cólon. Em casos de
oxiúros é muitas vezes necessário tratar toda a família. É recomendado para
desinfetar roupas de uso pessoal e a roupa de cama
A ténia, que pode ser transmitida pela carne de porco, a lavagem cuidadosa
das mãos depois de manuseá-la, a limpeza da tábua de cortar antes de usá-la
de novo e o cozimento adequado da carne são importantes medidas
preventivas.
Os ácaros podem ser encontrados na lama contaminada com fezes infetadas,
uma boa medida é lavar cuidadosamente as frutas e verduras, especialmente
em lugares onde abundam estes parasitas.

254
E) Uso de arrastadeira procurar por parte da equipa de enfermagem
proporcionar segurança, privacidade e conforto aos doentes.
Usar um para cada paciente, lave com água quente à medida que esfriar
também.

ABDÓMEN AGUDO

Abdómen agudo: quadro clínico que se apresenta como um problema


abdominal, cujo principal sintoma é a dor, este quadro sugere a existência de
uma doença grave que pode pôr em perigo a vida do paciente e, em muitos
casos são resolvidos através de cirurgia.

CLASSIFICAÇÃO:
 Síndrome hemorrágico.
 Oclusão intestinal.
 Peritoneal.
 Perfurativo.

OCLUSÃO INTESTINAL

Parcial:
1. Mudança lenta e progressiva dos hábitos de eliminação intestinal
( Obstipação alternada com diarreia.
2. Cólicas intensas intermitentes
3. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão.
4. Deglutição de ar
5. Vómitos se oclusão é na parte alta
6. Edema intestinal
7. Sinais de peritonite (dor, febre, abdómen agudo)

Oclusão Total
1. Ausência de expulsão de fezes e gases (ileo paralítico)
2. Distensão abdominal

255
3. Cólicas intensas e intermitentes
4. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão
5. Deglutição de ar
6. Vómito intenso e contínuo
7. Edema intestinal
8. Sinais de peritonite

AÇÕES INDEPENDENTES DE ENFERMAGEM

1. Colocar sonda Nasogástrica e quantificar a quantidade de conteúdo


gastrointestinal que sai e suas características
2. Fazer a higiene oral do paciente e mantê-lo limpo
3. Manter vias aéreas permeáveis
4. Aplicar calor no abdómen para aliviar a distensão
5. Colocar sonda rectal permanente para facilitar a saída de gases
6. Preparação pré operatória:
a) Puncionar uma veia de grande calibre
b) Fazer tricotomia ao abdómen
c) Fazer a desinfeção da zona
d) Retirar os adornos, próteses e esmalte das unhas
7. Preparação posoperatória
8. Preparação posoperatória
a) Observação dos pensos
b) Monitorizar sinais vitais cada vez que seja necessário
c) Registo de balanço hídrico
d) Cuidado com a hidratação
e) Manter a sonda nasogástrica em drenagem livre e aspirar a cada 3h.

APENDICITE

Definição – inflamação, quase sempre de caracter infecioso do apêndice.

Quadro clínico:

256
1. Inflamação ou edema do apêndice
2. Reação peritoneal ao exame físico
3. Febre ligeira ou moderada (38 a 39ªC) axilar, retal de 1,5 a 2ªC mais
(39,5 a 41ºC)
4. Náuseas e vómitos
5. Dor intensa em todo o abdómen que logo se localiza na região
periumbilical e mais tarde na fossa ilíaca direita e no ponto de Mc
Burnney

ACÇÕES INDEPENDENTES DE EMFERMAGEM NO PREOPERATÓRIO

1. Retirar adornos, próteses e esmalte das unhas


2. Monitorizar sinais vitais, fazendo enfase na temperatura axilar e retal
que normalmente diferem em 1ºC, em caso de processos inflamatórios
abdominais a retal eleva-se muito mais que a axilar
3. Tricotomia abdominal
4. Desinfeção do abdómen
5. Canalizar uma veia profunda.

AÇÕES INDEPENDENTES DE EMFERMAGEM NO POSOPERATÓRIO

1. Observação pormenorizada do estado do paciente


2. Monitorizar sinais vitais, sempre que necessário
3. Observar drenagens e apósitos
4. Cuidados com a hidratação
5. Deambulação precoce às 12 ou 24h
6. Início de dieta líquida após 24h, ligeira ou branda às 48h e normal após
72h
7. Cuidados com a ferida operatória, diariamente desinfectar e fazer penso
seco; retirar os pontos alternados ao 7º dia e os restantes, no dia
seguinte.

O SÍNDROME DIARREICO

257
A diarreia é um síndrome caracterizado por um aumento do número e da
quantidade do normal de dejeções num determinado período. Ele consiste na
evacuação das fezes ou a expulsão dos produtos da mucosa intestinal.
Alterações qualitativas de fezes é a regra de diarreia, além de aumentar a
quantidade e o número de movimentos intestinais que estão normalmente feito
a cada 24 h.
A frequência deste síndrome é grande e sua presença pode significar uma
doença digestiva intestinal, em particular, como condição de qualquer outro
sistema.
O síndrome diarreico podem ser: agudo ou crónico.

Doença diarreica aguda: qualquer processo de doença, qualquer que seja


sua causa, que tem entre seus principais sintomas de diarreia, e pode ser
acompanhado ou não de transtornos de eletrólitos e equilíbrio ácido-base.
Aumento abrupto do número e quantidade da dejeções periódica normal.
Considera-se diarreia é aguda, se a sua duração não exceda 21 dias, embora
alguns autores o termo não é mais do que 15 dias.

QUADRO CLÍNICO:
1. Diarreias.
2. Vómitos.
3. Dor abdominal.
4. Náuseas, febre, mialgias, tenesmo retal.
5. Ardor perianal.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM GERAIS NO SÍNDROME DIARREICO

 Medir os parâmetros vitais para detectar qualquer alteração.


(Temperatura).
 Observação, pelo enfermeiro, de sinais e sintomas que podem indicar
alterações do balanço electrolítico (controlar o número de dejecções,
quantidade, cor, aparência, cheiro), alterações do sistema nervoso e
da cor da pele (palidez).
 Coleta de amostras.

258
 Orientação sobre adesão ao tratamento médico.
 Fornecer educação para a saúde para:
 Lavar as mãos com sabão e água antes de comer, depois
de defecar ou lidar com crianças.
 Manter as unhas curtas e limpas.
 Lavar vegetais crus.
 Ferver água para beber, se a cloração não é suficiente.
 Promover e apoiar o aleitamento materno por 4 a 6 meses como a
única fonte de nutrição.
 Elevar o padrão de higiene ambiental e alimentar.
 Promover uma boa nutrição.
 Promover a participação na consulta antes das primeiras
manifestações clínicas de diarreia
 Conselho sobre a adesão à decisão do médico para internar o
paciente: esta é uma tarefa específica de enfermagem, que também
irá explicar a importância de cumprir o tratamento medicamentoso.
 . Controlo do balanço hídrico: será essencial para assumir o
controlo adequado das entradas e saídas, pois uma das complicações
que pode surgir é a desidratação e, portanto, o descontrolo do
equilíbrio ácido-base, especialmente quando o paciente tem apresenta
quadro diarreico agudo com abundante perda de líquidos e muito mais
, se associada com um síndrome emético (vómitos) em que deve levar
em consideração as perdas por esta via.

ENEMAS
Mucosa retal. É a membrana que reveste o reto e é muito vascularizada.

Considerações gerais. Devido à grande irrigação sanguínea da parte inferior


do reto pode ser aplicado medicamentos através do esfíncter anal para o
corpo, e isso torna a absorção mais fácil.

Objetivo:
Obter fins diagnósticos, terapêuticos e paliativos.

259
Precauções:
_ Se, na aplicação do tratamento, o paciente sente dor, desconforto grave ou
muita resistência avise imediatamente o médico, pode ser um sinal de
estenose ou tumor.
_ Em pacientes com hemorroidas ou outra anal extremar os cuidados na
aplicação do tratamento.

Enemas É a administração de um certo número de soluções pelo recto através


de uma sonda ou cânula.

Objetivos:
1-estimular o movimento peristáltico.
2-Evacuar o cólon.
3-Prepare o paciente para cirurgia e exames de diagnóstico.
4-Administração de medicamentos.

CLASSIFICAÇÃO DOS ENEMAS:


1-Enema de limpeza
Eles são utilizados principalmente para remover as fezes, entre eles temos o
de água e sabão, os salinos e de água simples.

2 Enema de retenção ou medicamentoso


São aqueles em que o fluido permaneça no recto ou no cólon mais tempo do
que o enema de limpeza, e é expelido quase totalmente no prazo de 15
minutos. Entre os enemas medicamentosos são: anti-helmínticos,
broncodilatadores e antipiréticos.

Precauções:
_ Retire o ar antes de introduzir a sonda.
_ Introduzir em adulto a sonda retal 10 cm; em crianças de 5 a 7,5 cm, e em
lactentes, 2,5/4 cm.
_Administrar o enema à temperatura indicada.
_ Evite a entrada de ar para o reto.

260
_Lubrificar a sonda ou a cânula para evitar desconforto ao paciente.
_Ter em mente o calibre do tubo de acordo com a idade, as características do
paciente e do tipo de enema.
_ Peça ao paciente para urinar antes de iniciar o enema.

CONTRA-INDICAÇÕES.
Os Enemas são contra-indicados:
- Após a cirurgia recente do infarto do cólon ou do recto, ou do miocárdio e
em pacientes com doenças agudas abdominais de causa desconhecida,
como uma suspeita de apendicite.
- Deve ser aplicado com cuidado aos indivíduos com arritmia.
- Enemas contendo sódio deve ser usado com cautela em pessoas com
baixa tolerância para isso, já que os pacientes com distúrbios de
retenção de sal, tais como insuficiência cardíaca congestiva, podem
absorver de sódio da solução de enema.

MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Recipiente com a solução indicada.
_ Irrigador com sistema, adaptador, pinça protegida ou chave de
segurança.
_ Sonda rectal ou cânula.
_ Nos casos de pediatria: pera ou seringa.
_ Luvas ou dedeiras.
_ Lubricante.
_ Compressas.
_Espátulas
_ Resguardo de borracha e de pano.
_ Cuvete reniforme para lixos.
_ Papel higiénico.
_ Duas arrastadeiras (se for necessário).
_ Água, sabão e toalha (se necessário a higiene da região pelo
enfermeiro).
Equipamento adjunto:

261
_ Porta irrigador.
_ Biombo.

ESTUDO INDEPENDENTE
PROCEDIMENTO DO ENEMA
Manual de procedimientos de enfermería.
Amparo Magaly Castro Torres, Pág 398

ENEMA DE LIMPEZA OU CLISTER


O enema que é administrado para eliminar matéria fecal do cólon é
frequentemente chamado clister. Este termo deriva da palavra klysis, o que
significa a lavagem e a eliminação de resíduos mantidos ao longo da cavidade
pela injeção de líquidos. Quando os líquidos são administrados para esta
finalidade são administrados, de modo a estimular os movimentos intestinais.

Objetivo:
_ Eliminar a matéria fecal e os gases contidos no intestino.

 Precauções:
Na preparação da solução indicada, o volume para um enema de limpeza é
geralmente 750 a 1000 ml para adultos, 500 a 1000 ml para criança em
idade escolar, 500 ml para a pré-escolar e 250 ou menos para um lactente.

 Os Enemas para adultos aplicam-se a uma temperatura variada entre 38


graus ou mais, de acordo com indicações médicas, e para crianças a 38 º.
Tenha em mente o grau de calor que resiste ao paciente e evitar
queimadura dos tecidos retais. Esta temperatura pode variar, por indicação
específica do médico.

 Mantenha o irrigador à altura de 45 cm em relação com o paciente.

262
Em doentes com distúrbios ginecológicos, suspender o recipiente ao
nível das suas ancas, para diminuir a pressão nos órgãos reprodutores.

 Se os sintomas são exagerados e dor abdominal aparecer, pince o tubo,


aplique leve massagem no abdómen e oriente para respirar funda através
da boca.

TIPOS DE ENEMAS DE LIMPEZA


Enema saponário. Adicionar o sabão após o colocar o líquido dentro da tigela
e misturar.

Enema Salina. Se não tem nenhuma solução comercial, adicione duas


colheres de chá de sal para 1000 ml de água.

Enema água. O líquido utilizado é a água.

EQUIPAMENTO
_ Equipamento Geral para enema.

PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral do enema.

Enema de retenção. Os enemas medicamentosos são aqueles a cuja solução


é adicionada a medicação indicada. Usado em menor quantidade de líquido,
uma vez que deve ser absorvido para atuar localmente na mucosa rectal.

Os Enemas medicamentosos administram-se, em geral, após a aplicação do


enema de limpeza, de modo que o reto está livre de material fecal e pode
atingir a ação desejada.
Estes enemas são administrados à temperatura corporal, (salvo se há
indicação médica específica); com temperaturas abaixo ou acima desta,
estimula o peristaltismo.

263
Objetivo:
Obter efeitos terapêuticos, locais e gerais.

CLASSIFICAÇÃO DOS ENEMAS DE RETENÇÃO.


Enemas Anti-helmínticos. Eles são usados para destruir e expulsar vermes
intestinais e parasitas, mediante o uso de medicamentos que atuam sobre
estes.

Enemas Emolientes. Quando há obstipação grave, transtorno anal doloroso


ou irritação da mucosa intestinal pode ser dada um enema oleoso. O óleo atua
principalmente como um lubrificante para facilitar a evacuação. Podem ser
usados vários óleos, tais como minerais, azeite, de semente de algodão e
outros. A quantidade utilizada é pequena, geralmente 150 a 200 ml e
geralmente o paciente ser solicitado para reter o enema de cerca de 1 h.
Muitas vezes, depois de um enema de retenção, enema oleoso é indicado um
enema de limpeza

Enemas adstringentes. São indicadas com o objetivo de favorecer a absorção


de líquidos para o nível do reto, em caso de diarreia.

Enemas Broncodilatadores. São aqueles que produzem broncodilatação,


uma vez que a solução é feita para estes fármacos.

Enemas Antipiréticos. São aqueles que são usados para reduzir a


temperatura elevada do corpo.

Precauções:
_ Administrar enema de limpeza previamente, para manter o cólon livre de
fezes.
_Retê-lo 10-20 m
_ Aplicar lubrificante na região anal e perianal e na parte interna das coxas se
vai realizar enema antihelminticos.

264
_ Os Enemas de retenção devem programar-se antes das refeições, porque o
estômago cheio pode estimular o peristaltismo.
_ Enema de retenção com azeite não deve ser administrar antes enema de
limpeza, mas sim fazê-lo 1 h após o enema oleosa, recomenda que seja de
sabão e água para ajudar a expelir n fezes completamente amolecida.
_ Nos enemas anti parasitárias, uma vez administrado, deve proceder a seguir
com enema de limpeza
_ Se o esfíncter não está funcional colocar sonda retal com balão
_Podem ocorrer complicações do enema que fica retido.
_Retite. A inflamação da mucosa rectal.

MATERIAL:
_ Equipamento Geral de enemas.
_ Acrescentou a medicação indicada, luvas e uma seringa para medir o
medicamento, se necessário.

PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral para enemas

SUPOSITÓRIO

265
É um pequeno corpo em forma de cone, que é introduzido no recto, onde se
dissolve.
A administração do supositório pode ser para estimular a motilidade intestinal e
defecação para aliviar a dor, vómitos, e irritação local. Supositórios rectais
geralmente contêm fármacos que reduzem a febre, causando o relaxamento,
são alterados por enzimas digestivas ou têm muito mau gosto e, portanto, não
podem ser utilizados por via oral.
Estes produtos derretem-se com a temperatura do corpo e é absorvido
lentamente.
Uma vez que a inserção de um supositório rectal pode estimular o nervo vago,
esta manobra está contra indicado em pessoas com potencial arritmia de
coração. Pode estar também contra indicado naqueles que sofreram
recentemente cirurgia rectal ou da próstata, devido ao risco de trauma local ou
desconforto para a introdução.
Uma vez que a ingestão de alimentos e líquidos estimula o peristaltismo, o
supositório para aliviar a obstipação deve ser aplicada de cerca de 30 m antes
de comer, para ajudar a amolecer as fezes no reto e facilitar a evacuação.
O supositório de retenção medicinal deve ser administrado entre as refeições.
Instrua o paciente para tentar não expulsá-lo, mas se tiver problemas para
mantê-lo, tem que acomodá-lo na arrastadeira imediatamente após o
procedimento.
O enfermeiro deve certificar-se da cor das fezes, pois há supositórios que
muitas vezes tingem, e pode por de aviso o paciente para não se alarmar.

Objetivos:
_ Suavizar a material fecal e facilitar a sua saída.
_ Aumentar o peristaltismo intestinal.
_ Conseguir uma ação antipirética.
_ Fazer uma broncodilatação.
_ Conseguir uma ação antiespástica, analgésica e anti inflamatória.

266
4.6 NECESIDADE DE OXIGÉNIO

FUNÇÃO RESPIRATÓRIO

O oxigénio é essencial à vida.


O organismo humano requere O2 para que as células realizem as suas
funções. É por isso que o aparelho respiratório está encargado de tomar O2 do
meio exterior e expulsar CO2 mediante as trocas gasosas.
As células nervosas são particularmente vulneráveis, uns minutos de
supressão de oxigénio pode causar dano irreversível às células cerebrais. Os
períodos mais prolongados de supressão inclusive menos intensa, pode causar
a morte ou dano permanente dos tecidos do cérebro.

O sangue transporta-o às células e regressa com os resíduos celulares, dióxido


de carbono, aos pulmões para eliminá-los no ar expirado.
Uma pessoa cujas necessidades de oxigénio se satisfazem de forma adequada
normalmente não se dá conta do processo da respiração. Contudo, é possível
alterá-la de forma voluntária. Por exemplo, a ingestão de alimentos e bebidas

267
pode provocar mudanças voluntárias no padrão respiratório. De igual modo o
canto e a fala requerem certo controlo da respiração.

O sistema respiratório é composto por nariz (por onde o ar entra e sai), faringe
(orofaringe, nasofaringe e faringe laringe), laringe, brônquios, bronquíolos e
pulmões; direito com 3 lóbulos e esquerdo com 2 lóbulos (esquemas abaixo)

268
Os movimentos respiratórios produzem-se de 16 a 20 vezes por minuto no
adulto, sendo a expiração mais longa que a inspiração.

FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO:

A fisiologia da respiração pode dividir-se em cinco seções lógicas:


1. Provisão do oxigénio da atmosfera.
2. Mecanismos que regulam o processo respiratório.
3. A passagem do ar da atmosfera aos alvéolos pulmonares e deles à
atmosfera.
4. Difusão do oxigénio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e o
sangue e este às células dos tecidos.
5. Transporte de oxigénio às células e eliminação do dióxido de carbono
das mesmas para a corrente sanguínea.

NECESSIDADES DE OXIGÉNIO:
Na gravidez, o diafragma é empurrado para cima à medida que o feto cresce e
se expande o útero na cavidade abdominal. Os pulmões da mãe contraem-se
gradualmente ao diminuir o espaço na cavidade torácica. As grávidas podem
notar um aumento da sua frequência respiratória e pode ter uma dispneia
depois de um exercício leve.

O feto no útero recebe o oxigénio necessário da mãe; este passa da circulação


materna à placenta e daí, pelo cordão umbilical, até ao feto. O feto não respira
pelos seus pulmões, até às 38 semanas de gestação não há sacos aéreos
terminais bem desenvolvidos e em todo o caso, os pulmões estão parcialmente
cheios de líquidos. É uma mistura de resíduos e líquido amniótico deglutido.

O recém-nascido só respira pelo nariz, por consequência a congestão dos


conducto nasais pode originar um problema importante.

O lactante respira muito mais rápido que o adulto e a sua frequência normal
é de 35 a 50 respirações por minuto, permanece elevada nos primeiros meses
de vida e depois diminui gradualmente até umas 30 – 40 respirações/minuto

269
aos 12 meses. Continuam a respirar de forma obrigatória pelo nariz durante o
1º ano de vida.

Durante a infância, o diâmetro da via aérea superior é pequeno e a obstrução


pela acumulação de secreções devido a alergia ou infeção, ou por inalação de
um corpo estranho pode ser desastroso.

Na adolescência, a capacidade pulmonar aumenta rapidamente à medida que


o tórax se expande. O aumento é maior em meninos que em meninas, os
ombros dos homens ampliar mais e cavidade torácica é maior do que as
mulheres da mesma idade

A capacidade funcional do aparelho respiratório de um indivíduo diminui


pouco a pouco à medida que cresce. Contudo os adultos que seguem ativos
fisicamente conservam uma capacidade aeróbica maior que os que levam uma
vida sedentária. Nesta etapa abundam as infeções respiratórias, em forma de
gripe, bronquite e pneumonia, ao parecer a maioria das pessoas são mais
resistentes a estes processos nos últimos anos da idade madura e se tornam
frequentes as alterações respiratórias crónicas.

O termo Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é usado para se


referir aos distúrbios respiratórios, como bronquite, enfisema e asma crónica.
Na velhice, é reduzido o tamanho do tórax e eficiência respiratória. Os idosos
costumam ter aumento de dificuldade respiratório principalmente após
esforços. Eles são mais suscetíveis às infeções respiratórias. As secreções
mucosas tendem a acumular-se mais facilmente.

Provavelmente, se observa que essas pessoas precisam de “limpar” a sua


garganta, para isso precisam de tossir e eliminar a expetoração com mais
frequência do que os adultos mais jovens.

FATORES QUE AFETAM A FUNÇÃO RESPIRATÓRIA:

270
1. Disponibilidade de oxigénio: menor disponibilidade de oxigénio na
atmosfera pode causar problemas respiratórios significativos. Esta condição é
chamada de "ambiente anóxico". Em grandes altitudes, onde a pressão de
oxigénio atmosférico é baixa, a pessoa terá grande dificuldade em respirar
enquanto se acostumar com a atmosfera rarefeita.

2. A presença de gases tóxicos no ar irá deslocar oxigénio que existe


normalmente e diminuir a quantidade disponível para a respiração. Por
exemplo, na maioria dos incêndios a asfixia pelo fuma muitas vezes pode ser
tão perigoso como queimaduras. Em áreas altamente industrializadas, uma
combinação de gases residuais provenientes de instalações industriais e fumos
de escape de automóveis podem contaminar a atmosfera a um nível perigoso
para a saúde.

MECANISMO DE CONTROLE DA RESPIRAÇÃO:


Qualquer alteração dos mecanismos de controlo de respiração pode também
causar problemas respiratórios. Vários fatores podem reduzir ou inativar
completamente o centro respiratório do bolbo.
A lesão na cabeça é quase invariavelmente acompanhada por uma diminuição
da respiração, aparentemente devido ao edema cerebral, que aumenta a
pressão na cavidade craniana e deprime o centro respiratório.

- O anestésico e drogas depressores também diminuem a respiração do


sistema nervoso central e, em grandes doses podem causar paragem
respiratória. Uma droga que deprime a respiração é a morfina.

- Em pacientes com febre, aumenta a quantidade de produtos finais do


metabolismo que são ácidos. A resposta é um aumento na frequência
respiratória e a profundidade das respirações.

PRINCÍPIOS SOBRE A NECESSIDADE DE OXIGÉNIO


1. O oxigênio é essencial para a vida.
2. Uma pessoa pode sobreviver apenas alguns minutos sem oxigénio.

271
3. Um fornecimento inadequado de oxigénio prejudica o funcionamento de
todos os sistemas do corpo.
4. Ela pode causar danos cerebrais irreparáveis por falta de oxigénio por
períodos prolongados.
5. As células do córtex cerebral começam a morrer, logo que são privadas
de oxigénio.
6. Ar ao nível do mar contém oxigénio de 20% e 0,04% de dióxido de
carbono, que normalmente é adequado para satisfazer os requisitos de
oxigénio do homem.
7. As concentrações de dióxido de carbono entre 3 e 10% aumentar a
frequência e a profundidade das respirações.
8. A habilidade do corpo para atender sua necessidade de oxigénio
depende do bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e
respiratório.
9. Para ser função respiratória normal é essencial que as vias aéreas
estejam permeáveis.
10. As vias aéreas são revestidas com epitélio que segrega muco.
11. Tossir, espirrar e deglutir são mecanismos pelos quais o organismo
tenta remover material estranho das vias aéreas.
12. Falta de ar provoca ansiedade ou angústia.

INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM:

 A permeabilidade das vias aéreas é essencial para a respiração


adequada. A posição, a aspiração e tosse são medidas utilizadas para
conservar as vias permeáveis.

 A aspiração é feita para remover o muco e outras secreções das vias


aéreas superiores

 A frequência de aspiração ao paciente varia, mas tende se a acumular


líquido, devemos ter sempre à mãos um cateter de aspiração para ser
utilizada imediatamente.

272
 Em pacientes inconscientes, a medicação pode ser usado como gotas
nasais ou aerossóis para ajudar a liquefazer secreções e facilitar a sua
remoção a partir das passagens de ar.

 A posição do corpo também afetam a permeabilidade das vias aéreas.


Pacientes inconscientes devem ser colocados em posição de Sims, sem
um travesseiro na cabeça e queixo estendido para a frente e para cima.
Esta posição impede a língua cai para trás e permite a drenagem de
líquido na boca.

 Em pacientes conscientes, a posição de Fowler facilita a expansão


máxima do toráx e ajuda a expelir as secreções.
 Mudanças frequentes de posição, nos pacientes acamados ajudam a
expandir todas as áreas dos pulmões e promover a drenagem de
secreções.

 A tosse é um meio importante, pelo qual, as pessoas eliminam das


suas vias aéreas as secreções e materiais estranhos.

 Em pacientes que têm dor ao tossir, pode ajudar se a enfermeira apoia


fortemente a área dolorosa, tipo uma incisão cirúrgica, enquanto tosse

ASMA BRÔNQUICA:
É uma afeção caracterizada por uma resposta exagerada da traqueia e
brônquios a vários estímulos, resultando dum estreitamento difusa das vias
aéreas em relação à contração excessiva do músculo liso e ligeira
hipersecreção que reverte espontaneamente ou sob o efeito da terapêutica.

CLASSIFICAÇÃO:
a) Extrínseca aparece na origem da infância, puro alérgico, responde ao
tratamento com relativa facilidade. Ter um melhor prognóstico.
b) Intrínseca aparece na idade adulta, de origem alérgica, secundária a outras
doenças (pneumonias de repetição), hábitos tóxicos (fumo). É menos tolerado
pelo doente e rebelde ao tratamento.

273
A CLASSIFICAÇÃO POR CLASSES:
a) Grau I: 5 crises por ano.
b) Grau II: 5 a 10 crises por ano.
c) Grau III: mais de 10 crises por ano e internamentos.
CLASSIFICAÇÃO POR GRAVIDADE:
a ) Ligeira intermitente.
b) Ligeira persistente.
c) Moderada persistente.
d) Severa persistente.

QUADRO CLÍNICO:

1.Tosse seca que provoca malestar.


2. Aperto no tórax.
3. Síndrome do desconforto respiratório.
4. Taquicardia.
5. Espirros.
6. Rasgando.
7. Formigamento no nariz.
8. Ansiedade.
9. Respiração rápida e ofegante.

OS SINAIS DE ALERTA:
 Ansiedade extrema.
 Diminuição do nível de consciência e resposta à dor.
 Cianose.
 Taquicardia. + 120 X minutos.
 Esgotamento físico e respiratório.
 Broncospasmo grave.
 Diminuição ou sons respiratórios ausentes.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Administrar a abundância de líquidos.

274
2. Repouso em posição semi sentada a 45 º.
3. Remova a roupa, próteses, pintura das unhas e colocar pijama
confortável e largo.
4. Cumprir rigorosamente o tratamento medicamentoso: canalizar veia
profunda e permeável, manter a hidratação, que é prescrito pelo médico,
que esteja rotulado e com escala, e se mantenha em curso e com
vigilância de gotejo.
5. Aplicar exercícios não extenuantes e fisioterapia respiratória.
6. Administrar aerossol.
7. Retirar o paciente da onde está e ir para o ar fresco.
8. Não administrar sedativos, porque deprime o centro respiratório.
9. Educação para a saúde, dirigida a:
 Lave a casa pelo menos uma vez por semana.
 Não agitar, mover panos.
 Não ter plantas ou animais de estimação em casa (cães, gatos,
pássaros), dentro da casa.
 Não usar insecticidas.
 Não se tapar com colchas.
 Não usar roupa que esteja guardada sem prévia lavagem.
 Não brincar com peluches, e se os tiver lavá-los com água
quente ou metê-los no congelador, para diminuir os ácaros.
 Forrar o colchão e almofada com nylon.
 Não usar perfumes.
 Retire tapetes, almofadas e cortinas para ser lavado
regularmente.
 Evite tabagismo ativo e passivo.
 Evitar a inalação de querosene, porque é um gatilho de asma.
 Habitação ventilada, livre de alérgenos.
 Abolir alérgenos e irritantes.
 Identificar os alimentos que são fontes de alérgenos: frutos do
mar, chocolates, conservas.
 Evitar ingestão de medicamentos como anti-inflamatórios não
esteróides.
10. Controlo de infeções virais.

275
11. Apoio psicológico a pacientes e familiares.
12. Reabilitação respiratória.
13. Monitorizar sinais vitais, particularmente a frequência respiratória.

BRONQUITE AGUDA: inflamação dos brônquios que geralmente está limitada


à mucosa.

CUADRO CLÍNICO:
• Tosse com expetoração mucopurulenta.
• Dor retrosternal
• Irritação traqueal.
• Febre.
• Malestar geral.
• Estertores roncos e sibilos.

BRONQUITE CRÓNICA: estado patológico caracterizado por uma


hiperprodução de muco nos brônquios, clinicamente se expressa por tosse
crónica com expetoração aquosa, muco purulenta ou purulenta (3 meses
durante o ano), com um mínimo de 2 anos consecutivos.

QUADRO CLÍNICO:
• Tosse frequente paroxística, mais frequente nas horas da manhã e à
noite
• Expetoração aquosa ou purulenta, em caso de infeção sobreposta, pode
ser que tenha laivos de sangue.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
 Administrar oxigenoterapia.
 Administrar líquidos abundantes.
 Antibiótico terapia.
 Drenagem postural de 2 a 4 vezes por dia, afastada das comidas.
 Fazer fisioterapia respiratória, vibrações torácicas para facilitar a
drenagem das secreções.
 Administração de expetorantes e mucolíticos.

276
PNEUMONIAS: processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar
produzido geralmente por agentes biológicos.

CLASIFICAÇÃO:
1. Lobar: em todo a parte do lóbulo pulmonar.
2. Lobular ou a focos disseminado: conhece-se como broncopneumonia.
3. Intersticial: é uma bronquite em ambos campos pulmonares.

QUADRO CLÍNICO:
1. Calafrios.
2. Malestar geral.
3. Aceleração do pulso.
4. Febre até 40º
5. Dor em pontada nas costas.
6. Tosse frequente, improdutiva e dispneia.
7. Rubor facial.
8. Expectoração escassa e de cor parda.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Repouso absoluto com mudança de posição frequente para facilitar a
drenagem das secreções.
2. Habitação sem ruídos, fresca, bem arejada, mas sem corrente de ar.
3. Observar sinais e sintomas de desidratação
4. Dieta líquida e hiperproteica.
5. Medir sinais vitais: temperatura, frequência respiratória.
6. Levar folha de balanço hídrico, caso seja indicada pelo médico.
7. Educação para a saúde sobre vias e formas de transmissão à populaça
em geral.
8. Imunização aos pacientes com risco: hemófilo influenzae tipo B.
9. Aporte calórico adequado.
10. Medidas antitérmicas, físicas e farmacológicas.

277
TRAQUIOSTOMIA abertura artificial (por meio de cirurgia) da traqueia para o
exterior corporal ao nível anterior do pescoço

Objetivo: Obter uma via artificial de respiração temporária ou permanente

PRINCIPAIS CAUSAS:
Obstrução das vias aéreas superiores por:
@ Corpo estranho,
@ Edema da glote
@ Tumores.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Observar a pele, mucosas e extremidades à procura de sinais de
cianose.
 Posicionar o doente em semi fowller.
 Dar suporte de oxigénio contínuo ou em SOS (sempre que for
necessário), e por indicação médica
 Aspiração de secreções sempre que necessário com soro fisiológico
e aspiração
 Cuidados ao estoma: mudar o penso e manter compressa húmida
com soro fisiológico
 Mudar a sonda cânula a cada 72h ou por indicação médica.

MUCOSA RESPIRATÓRIA
Membrana é formada por um tecido muito irrigado, o que torna a troca normal
de gases entre o ar atmosférico e tecidos do corpo. Através dele pode-se fazer
a administração de medicamentos e oxigénio em caso de doenças que
necessitam dele.

Objetivos:
_ Utilizar a via com fins diagnósticos e terapêuticos.
_ Hipoxia Combate através da mucosa respiratória.

278
_ Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfecção.

OXIGENOTERAPIA

É a introdução de oxigénio húmido na nasofaringe, em concentrações


terapêuticas.

Objetivos:
_ Combater a Hipoxia
Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfeção.

BASES FISIOLÓGICAS DA APLICAÇÃO TERAPÊUTICA DO OXIGÊNIO


Os pulmões e sistema circulatório fornecer oxigênio para os tecidos e dióxido
de carbono liberados por um ciclo contínuo que consiste em quatro fases:
1. Movimento de ventilação de ar para dentro e para fora dos pulmões.
2. Difusão: a passagem do oxigênio dos alvéolos pulmonares para a
hemoglobina no sangue.
3. Perfusão: movimento de sangue oxigenado através do sistema
cardiovascular, a partir dos pulmões para os tecidos.
4. Absorção celular: passagem de oxigénio do sangue para as células do
corpo.

DIFERENTES MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS.


Existem diferentes métodos de administração de oxigénio e medicamentos
respiratórios, entre eles a administração de oxigénio e dióxido de carbono:
cateter, máscara, tenda, aplicação de aerossol, inalação seca e húmida

LIMPAR A SECREÇÃO NASAL.


_Humidificar o oxigénio para manter a mucosa respiratória em boas condições
e não secar. Isto é possível, permitindo que o oxigénio se misturar com água,
que deve ser destilada, de modo que não se deposite sais e entupia as linhas
finas do equipamento
_Misturar o medicamento com água destilada ou soro fisiológico quando se vai
administrar aerossol. _ Ver com frequência o Sado de inalação e fazer os

279
ajustes necessários do fluxo de oxigénio quando este é administrado por
máscara ou inalação facial
_O paciente deve ter os lábios fechados quando se está administrando a
terapia de aerossol.
_ Manter o fluxo de oxigénio, com o número de litros por minuto, segundo
indicação médica
_ Reconhecer os sinais e sintomas de envenenamento por oxigénio, que ocorre
quando administrada em altas concentrações, o seu grau depende da pressão,
tempo e concentração a que é administrada
.
AS ALTERAÇÕES MAIS NOTÁVEIS CLÍNICAS SÃO:
A irritabilidade do paciente, bem como convulsões e até coma; produz
mudanças na árvore respiratória que alteram a função do pulmão, também se
pode alterar a função de outros órgãos vitais, especialmente o cérebro.
Em recém-nascidos provoca fibrose na retina que pode levar à cegueira.
A terapia com oxigénio por cateter nasal. E a introdução de oxigénio
humidificado diretamente para a nasofaringe através de um cateter, em
concentrações terapêuticas indicadas pelo médico.

Esta figura mostra a administração de oxigénio por cateter nasal.

Ponta
Ponta Da sonda
Da sonda

Objetivo:
_ Obter efeitos terapêuticos.

280
Precauções:
- Verificar o funcionamento do equipamento (balão de oxigénio, esticar a
borracha, manómetro).
- Peça ao paciente que as narinas respirar melhor e passar o cateter através do
qual apresenta mais dificuldade, se não oferecer resistência para introduzir e
facilitar a respiração adequada.
- Humedeça a água destilada cateter para evitar gotejamento para não ocorrer
irritar da mucosa respiratória e não causar broncoaspiração.
- Nunca lubrificar o cateter com substâncias oleosas para evitar a irritação da
mucosa respiratória.
- Regular a concentração de oxigénio antes de colocar o cateter e deixá-lo
correr para a introdução do cateter nasal na orofaringe.
- Ao fixação do cateter nasal com o fio e a fita adesiva, evitar que não fique
apertado, ele poderia ferir as narinas.
- Evitar desconforto ao paciente, fixando a sonda nas bochechas ou nariz.
- Verifique a posição da ponta do cateter pelo menos a cada 2 h.
- A mudança do cateter, o tubo de borracha e frasco de lavagem com água
destilada, deve ser feita pelos padrões de higiene e epidemiologia hospitalar.
- Etiquetar tubo de borracha e frasco humidificador com a data, hora e
assinatura.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: administração de oxigénio por cânula nasal
Amparo Magaly Castro Torres Manual de Procedimientos de Enfermería
págs 363 -364

OXIGÉNIO POR BIGODE NASAL

281
Suporte de metal. Fixação de metal com um garfo com dois ganchos recesso
(que permitem a passagem de oxigénio), ligeiramente côncava para ser
colocado nas narinas.
Garfo de plástico. Anexo plástico oco com duas extensões curtas, retas,
perfeitamente adaptável às narinas
Bigote nasal
para oxigenoterapia

Objetivo:
_ Aplicar oxigenoterapia com bigode quando o paciente apresenta dificuldades
para aceitar o cateter.

Precauções:
 Observar o estado técnico do bigode (que não esteja obstruído ou roto).
 Não é necessário humedecê-lo, nem medir a distância.
 Tenha cuidado com as narinas do paciente.
 Fixar o bigode na cabeça, por fio ou gaze, nunca para trás, que provoca
desconforto para o paciente deitado.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: administração de O2 por bigode nasal
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.
págs 365-366

APLICACÃO DE OXIGENIO POR MÁSCARA.

É a introdução de oxigénio humidificado


direta através de um acessório de plástico
que cobre o nariz e a boca do paciente.
Objetivo:

282
_ Para facilitar a administração de oxigénio humidificado através do nariz e da
boca.

Precauções:
_ Escolha uma máscara de tamanho adequado para o paciente.
_ Ajustar bem a máscara ao rosto do paciente para evitar a fuga de gás.
_ Mude de máscara de cada 24 h.
_Lavar e desinfetar a máscara e por talco para a conservação.
_ Realizar a limpeza, desinfeção e secagem da máscara antes de usar.
_ Observe a irritação da pele o paciente pelo uso da máscara

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento. Oxegenoterapia por máscara
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro
Torres.

AEROSSOL

É a administração de medicamentos não voláteis por inalação usando soluções


finamente nebulizáveis em um meio de dispersão de oxigénio através de
dispositivos especiais.

Quando o médico solicita a inalação de aerossóis, também indica o


medicamento a ser administrado, a quantidade e a frequência do tratamento. O
fluxo de oxigénio para este tratamento é geralmente 6-8 l/m. A sua precisão é
determinada pela densidade do aerossol.
Um tratamento geralmente dura 15-20m ou até que tenha inalado toda a
medicação.

Objetivos:

283
 Obter efeito terapêutico local ou geral.
 Fluidificar as secreções do trato respiratório, o que facilita e incentiva a
tosse e expetoração.
 Conseguir uma melhor oxigenação do paciente

Precauções:
 _ Ter em mente as precauções da terapia medicamentosa.
 _ Verifique que frasco humidificador tenha água.
 _ Certifique-se que a bala contém oxigénio
 _ Verifique que o nebulizador está em perfeitas condições.
 _ Mudar a tubo protegido, na parte distal segundo as regras de higiene
e epidemiologia.
 _ Manter coberto a extremidade distal do tubo prolongador antes e após
o procedimento.
 _ Manter uma estrita vigilância sobre a frequência cardíaca e
respiratória.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: para aerossol
Manual de Procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly Castro Torres-
pág 369-375

284

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