A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO DO

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REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO

CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

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A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO DO


CAMPO

ARTIGO ORIGINAL

1
ALMEIDA, Leandro de

ALMEIDA, Leandro de. A prática pedagógica de professores na educação do


campo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12,
Vol. 07, pp. 29-45. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/a-pratica

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo principal investigar a pratica pedagógica de


professores de uma escola do campo da rede pública da cidade de Cáceres-MT.
Apresenta um diagnóstico da realidade educacional, e a relação entre a teoria e a
prática. A prática pedagógica exige do educador uma constante ação- reflexão e ação,
o que em geral interfere na própria atuação do profissional, pois uma vez que este se
coloca a refletir poderá estar sempre sensibilizado a buscar mudanças e novas formas
de atuação no contexto escolar. Queremos ainda acentuar a necessidade de uma
constante busca de formação continuada ao educador que por vezes quer
acompanhar o processo de transformação social e atuar interagindo com a realidade
educacional. No decorrer deste trabalho acentuamos sobre a educação escolar, sobre
o processo ensino aprendizagem e mais acentuadamente sobre a prática pedagógica.
O estudo foi ancorado por meio de pesquisa bibliográfica se valendo das discussões
teóricas, permeada pela contribuição do espaço escolar para observação em sala de

1 Mestre em Ciências da Religiões – Faculdade Unida, Especialista em Novas


Tecnologias na Educação – Esab -, Licenciado em Artes Visuais, Unijales-, Licenciado
em História – Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT.

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aula, logo após segue a descrição das observações a campo assim demonstrando
o resultado desta pesquisa como forma de contribuir com outros estudos.

Palavras-Chave: Escola do Campo, Prática Pedagógica, Sujeitos.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho constitui-se numa pesquisa qualitativa de caráter exploratório,


desenvolvido em uma escola do campo pública regular do ensino fundamental no
município de Cáceres-MT, contemplando a prática pedagógica dos professores do
campo. Assim, desperta-me a curiosidade em fazer um estudo de caso a luz da teoria
e a prática, elementos fundamentais para o profissional da educação.

Percebe-se que há muitas discussões, diálogos e produções no processo de


desenvolvimento do professor, pois, há muita proposta teórica para escola do campo,
o que torna-se um espaço de conflitos individuais e coletivos entre a gestão
pedagógica e o quadro de docentes, no sentido de a atuação pedagógica estar
vinculada a relação conteúdo e realidade do estudante.

Diante disso este artigo tem o objetivo em contribuir para futuras pesquisas que visa
dialogar e refletir entre práxis da teoria e prática, em consonância das Diretrizes
Operacionais do campo e base curricular da escola. Acreditamos ser importante este
estudo considerando os desafios na relação teoria e prática, levando em conta a
realidade circundante para trabalhar os conteúdos através de práticas pedagógicas
que facilite a aprendizagem dos educandos.

Nesse contexto percebemos ainda que os educadores na sua grande maioria


cumprem o ofício de educador em coerência ao Projeto Político Pedagógico. De
acordo com a missão da escola que é de formar cidadãos críticos, capazes de
confrontarem e dialogarem, questionar, saberem articular o pensamento próprio.

Portanto, esse trabalho visa ampliar conhecimento tanto teórico quanto o prático com
a finalidade de construir uma proposta pedagógica e metodológica voltada para
realidade de uma educação libertadora que contribui para a formação humana seja

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docente e discente. Evidenciando a relação teoria e prática na sala de aula; com


destaque a educação sendo o processo de evolução do ser humano na perspectiva
teoria e prática pedagógica e sobretudo na valorização dos envolvidos no processo
educacional e o processo ensino aprendizagem.

REFERENCIAL TEÓRICO

EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL: CONCEITOS, PRINCÍPIOS E


DIRETRIZES

O conceito de Educação do Campo se originou no cenário brasileiro no inicio do século


XX, com o crescente número de camponeses que saíam do campo em busca de
empregos na cidade. Em decorrência desse fato o governo desenvolveu uma
educação que atendesse apenas a demanda industrial, em grande expansão na
época, criando com isto uma concepção do rural como o lugar de atraso e do urbano
como um lugar de progresso.

Assim, ao longo da história da educação brasileira o campo foi tratado como


secundário, pois durante um longo período foi negado a esta população o acesso aos
avanços ocorridos nas duas últimas décadas como o reconhecimento e a garantia do
direito à educação básica.

Em meados dos anos de 1950, iniciou no Brasil um processo de dualismo onde as


economias começam a trilhar caminhos distintos, os caminhos percorridos pela
indústria e pela agricultura. E é justamente no contexto dessa dicotomia
indústria/agricultura que surgiram termos antagônicos como bem afirma Sandroni
(1999) ou um setor moderno e o outro “arcaico”, um “avançado” e outro “atrasado” ou
um é rural e outro é urbano. Nessa perspectiva, a partir do desenvolvimento das
indústrias os governantes passam a ter essa visão dualista, uma para o setor rural, de
relativo abandono, e outra para as cidades em via de industrialização, de apoio e
preocupação.

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Essa situação colaborou para o acelerado processo de êxodo rural, registrado a partir
desta mesma década. O êxodo rural resultou de dois fenômenos: expulsão e atração
onde a primeira, aconteceu decorrente da modernização do campo, que privilegiou os
grandes latifundiários, deixando de lado o agricultor familiar. E a segunda que as
cidades exerceram no processo de industrialização, uma visão fantasiosa, que não
condizia com a realidade dos trabalhadores do campo.

Como se observa, os problemas da educação no Brasil são muitos, mas, neste espaço
geográfico, a situação é mais complexa. Os currículos das escolas situadas no meio
“rural” têm dado ênfase aos direitos básicos da cidadania, reconhecer o campo como
um espaço social e de constituição de identidades e sujeitos. Neste aspecto é
importante salientar o que argumenta o GPTE a esse respeito:

A concepção de que o meio rural é um espaço de atraso foi fortalecida a


partir da primeira metade do século XX, com o surgimento de um
discurso modernizador e urbanizador, que enfatizava a fusão entre os
dois espaços, urbano e rural, por acreditar que o desenvolvimento
industrial, em curso no Brasil, faria desaparecer dentro de algumas
décadas a sociedade rural. Segundo a ideologia da modernização, “o
campo é uma divisão sociocultural a ser superada, e não mantida”
(BRASIL, 2005, p. 08).

Ainda no governo militar, os militares praticamente manteve a mesma concepção e,


no final deste governo, sem avanços sociais, políticos e econômicos para o campo,
os trabalhadores rurais começaram a se mobilizar frente às políticas governamentais
de construção de usinas hidroelétricas, da concentração de terras nas mãos de
latifundiários, dos projetos de colonização da Amazônia, onde o mais bem organizado
foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A partir dessa
preocupação iniciam as primeiras discussões a respeito de uma Educação do Campo.

Historicamente, a educação brasileira tem privilegiado a formação da elite. Por isso, o


tratamento da Educação do Campo é reivindicado pelos movimentos sociais como
público de direito, respeitando a população do campo. Mas, para Arroyo (2004), os
Estados e municípios ainda insistem em tratar como Educação Rural, por isso é
necessária uma redefinição profunda, ou seja, Política da Educação do Campo.

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Esta política vai requerer o reconhecimento de que a cidade não é superior ao campo
e, a partir dessa compreensão, impor novas relações baseadas na horizontalidade e
solidariedade entre campo e cidade. Assim, é importante a superação da dicotomia
entre o rural e o urbano (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2004).

No que se refere às políticas públicas – garantias de direito, Arroyo (2002) afirma que
o Estado deve corrigir esse descompromisso histórico que teve com o campo. Uma
vez que a universalização da Educação Básica é um ponto central no “direito” (grifo
original do autor). A partir desses argumentos compreende-se que na Educação do
Campo faz-se necessária a construção de uma proposta que atenda e permita o
construir e reconstruir a identidade cultural resultante de um processo coletivo
estabelecido ao longo de gerações. Para Borges (2007, p. 81) a concepção de defesa
do campo “[...] é de um sujeito que assume mudança e a identidade pessoal que não
é só sua, mas que pretende a um coletivo que modifica e se transforma”. Nesse
sentido, a escola, ao ser levada ao campo, depara-se com as mais diversificadas
formas de processos produtivos, culturas heterogêneas e sujeitos diferenciados, com
valores e aspirações próprias.

A Educação do Campo estrutura-se por temas transversais a saber: a terra, o meio


ambiente, a democracia, a resistência e a renovação das lutas e dos espaços físicos,
as questões sociais, políticas, culturais, econômicas, científicas e tecnológicas. Assim,
torna-se pertinente concordar com os autores que defendem um projeto educativo que
se realize na escola e que esse precisa ser do campo e no campo e não para o campo
(BRASIL, 2005).

De acordo com Machado (2005), desde o ano de 2002, com a reestruturação das
licenciaturas decretada pelo governo federal, a terminologia “prática pedagógica”
causou uma grande e salutar polêmica entre os educadores da formação de
professores, ou seja, viram-se obrigados a dominar tal conceito para delimitar as
atividades que seriam validadas nos novos currículos de formação docente.

Definir prática pedagógica não é tão simples, pois cada um tem uma prática diferente,
não é uma teoria que se define e se segue, prática é você realizar uma teoria, prática

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é você praticar. Segundo Pimenta (1995), “o conceito de prática evoluiu, uma vez que
em cada momento histórico existe um significado diferente de prática que norteia o
trabalho do professor”.

Os professores nem sempre compartilham tudo. Algumas pessoas não disseram nada
sobre a sua pratica docente para com alunos com necessidades especiais, ou seja,
nenhuma experiência ainda ou não é possível compartilhar sua experiência.
Obviamente, alguns professores começaram suas carreiras sem experiência prática
por ser recém-formado, e ainda não foi obtido. Porém, o que é certo é que com o
tempo, você estará com os próprios colegas e alunos e com os demais, e esses
profissionais vão perceber as diferenças entre eles, o nível de necessidades, sociais,
emocionais. Aprendendo apenas por meio da prática.

E os professores que já trabalham há muitos anos, tem uma bagagem enorme de


prática pedagógica, e se essa prática pedagógica estiver com necessidade de
mudança deverá ser repensada. Freire (1996) vem dizer que “é pensando criticamente
a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (p. 22).

Mudar a prática pedagógica, geralmente, para a maioria pode causar certo receio de
perder o domínio e o controle do seu trabalho.

A história da formação docente, seja ela inicial ou contínua, mostra que mudanças
mais radicais devem ser iniciadas: o professor deve reconhecer a realidade específica
de sua profissão e todas as suas dificuldades, e mudar sua postura. Os professores
precisam se sentir seguros e motivados. A motivação é a chave Atualizar suas
práticas, promover melhor interação social entre os alunos e tornar o ambiente escolar
mais interessante, quebrando o cotidiano monótono da sala de aula.

A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL E EM MATO GROSSO

Para Tafarel; Molina, (2000, p.571) “à definição de política educacional a


compreensão de como nos tornamos seres humanos e como, ao longo da história da
humanidade, organiza o modo de produção e reprodução da vida”.

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A partir desta definição segue o acontecimentos dos períodos e o desenvolvimento da


sociedade de acordo com a entrada da realidade de período educacional mediante a
cada época histórica e o desenvolvimento da condição humana, em que os homens
com os passar do tempo tornam e reconstroem com seres interagindo na sociedade.
Com o marcar dos seus espaços se tornam sujeitos políticos, entendendo as
contradições vividas no dia-a-dia, contrapondo as contradições existentes em um país
em que o modo de produção é capitalista.

Vivenciado no período colonial momento que ainda não havia uma política
educacional, existia sim uma relação econômica escravocrata e o regime de escravos
para esta época era constituída, no entanto a terra era propriedade dos que tinham
mais dinheiro, neste caso os senhores eram quem dominavam, desde Portugal.
Contudo a educação era usada como meio de adestrar os indivíduos na tentativa de
exercer o domínio sobre esses, sendo que a igreja era a principal ferramenta para
introduzir o conhecimento ligada a fé. Para Taffarel e Molina:

No período da colonização, no qual as relações econômicas eram


escravocratas, a terra, propriedade dos senhores, era recebida por
concessão dos imperadores e transmitida por hereditariedade. As leis
maiores que governavam a educação no Brasil eram as leis oriundas de
Portugal, e nossa educação estava sujeita às determinações de fora, da
Corte portuguesa. As reformas educacionais do Brasil eram
desdobramentos das reformas educacionais em Portugal, como o foi,
por exemplo, a reforma educacional pombalina. As primeiras reformas
estavam diretamente relacionadas às reformas do país colonizador. Os
planos para a educação no Brasil vinham de fora do Brasil. Os primeiros
educadores e as primeiras escolas eram ligados à Igreja, e estavam
intimamente relacionados com os interesses dos senhores
escravocratas. (2012, p. 573, 574).

Com o passar dos períodos e chegando à Proclamação da República que foi marcado
pelo regime de sujeição do homem e de sua exploração como propriedade privada,
caracterizada pela escravidão, no entanto, não houve avanços em uma estrutura
agrária e industrial. Ainda nesse período aconteceu a aprovação da Lei de Terras e
das leis contra a escravatura.

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Para tanto o vínculo entre Brasil e Portugal foi desfeito, teve um marco nesta época
com a impulsão da revolução burguesa e com a luta dos trabalhadores por igualdade,
liberdade e fraternidade, apontando então a necessidade de política educacional.
Nesta época foi publicado primeira Lei, decretada por D. Pedro I, sobre a educação.
No período do Estado Novo surgem as primeiras reinvindicações da educação que
vão de encontro a escola nova, laica, pública e sob a responsabilidade do Estado.

Este período foi marcado por reinvindicações inéditas em relação a uma Lei de
Diretrizes Bases da Educação Nacional fosse contra os interesses da burguesia, mas
defendido pela classe trabalhadora. É importante ressaltar que as Leis foram
formuladas, aprovadas e implementadas.

Diante disso, o plano de uma educação brasileira começou a ser desenhada, a partir
de uma “visão escolanovismo norte-americano”, sendo que mesmo com toda esta
movimentação de reinvindicação, com formulação, aprovação de leis a concepção dos
planos tinham uma concepção pedagógica que não pertencia ao Brasil, ou seja,
continuavam a serem vindos de fora.

Todavia, diante das inúmeras reivindicações a sociedade era conhecedora que a elite
dominante é quem aprovava as leis e mesmo tendo uma contra proposta para ser
analisada, há quem manipulava os direitos, em que delineava aos interesses dos
mesmos. Mas, com toda ação há uma reação, nos anos de 1964 inicia-se o golpe
militar, com a ditadura, tendo o propósito de acabar com todas as forças
revolucionárias que havia. Nesse período o Brasil tinha uma agravante que era a
dependência total, em relação a outros países, daí selaram acordos com os países
internacionais, dentre eles os Estados Unidos que o subordinou, fazendo a
transformação de um país agrícola ao exportar de matérias primas tornando
totalmente dependentes do exterior, com os planos educacionais vindos de fora.
(MOLINA, 2012, p.574)

Contudo, a partir de 1994 em diante surgiram intensas áreas de assentamentos


inicialmente pela região sul e depois a região sudoeste, estendo assim as demais
regiões do estado de Mato Grosso, protagonizando a luta dos Movimentos Sociais na

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conquista da reforma Agrária no estado. Em razão desse processo histórico há


também avanços na área da educação sendo exigido por este grupo social a
necessidade de modelo de educação não urbano no campo e sim uma educação
específica para o campo sendo construída a partir da história e realidade de um povo.

Mediante a isso, os seminários, conferências, congressos vão enroupando a


Educação Do Campo em Mato Grosso, logo em novembro de 2002 (QUEIROZ, 2004,
p.10-36) o Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, aprova o Parecer N.
202-B sobre a educação do campo e ainda em agosto de 2003, através da Resolução
N. 126/03, este mesmo Conselho decreta as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica do Campo no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso.

De acordo com os dados das Orientações Curriculares Para Educação Do campo Em


Mato Gross é percebido uma demanda satisfatória para uma discussão de educação
do campo no estado, pois, o quantitativo em relação as matrículas nas diversas
modalidades de ensino no campo entre os anos de 1997 à 2005 após a formação de
projetos de assentamentos de Reforma Agrária.

Sobretudo, uma luta maior se dá em todo o Brasil protagonizado por toda uma classe
que diz:

A nossa caminhada se enraíza nos anos 60 do século passado, quando


movimentos sociais, sindicais e algumas pastorais passaram a
desempenhar papel determinante na formação política de lideranças do
campo e na luta pela reivindicação de direitos no acesso a terra, água,
crédito diferenciado, saúde, educação, moradia, entre outras. Fomos
então, construindo novas práticas pedagógicas através da educação
popular que motivou o surgimento de diferentes movimentos de
educação no campo, nos diversos estados do país. (Documento Final da
II Conferência Nacional por Uma Educação do Campo, 2004).

Em fortalecimento desse documento no estado de Mato Grosso, acontece no mês de


outubro de 2004, em Cuiabá, o I Seminário Estadual de Educação do Campo, com o
apoio do MEC. O resultado deste Seminário foi resumido na Carta de Intenções que
no ano seguinte foi retomada através da secretaria de políticas educacionais.

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Já em fevereiro de 2006, foi promovido I Seminário do Norte de Mato Grosso sobre


Educação do Campo, sendo uma atividade do Fórum Estadual de Educação do
Campo, Com o propósito de realizar uma linha política para construção de proposta
ao Plano Estadual de Educação. Subsequente de forma significativa há avanços em
discussões desse tema na Assembleia Legislativa com textos subsidiados através da
construção por um conjunto de ideias surgidas na Conferência Estadual de Educação
do Campo.

E assim, segue no estado Mato Grosso desenvolvimento das modalidade de ensino


seja ele fundamental e médio com grandes momentos históricos pautados pela luta
do povo camponês com existência objetivos e metas essenciais que foram assumidos
posteriormente com a proposta do Plano Estadual de Educação e das diretrizes para
a garantia de uma Educação do Campo no estado.

Vale ressaltar que todo o processo de luta em prol da perspectiva de firmar


compromissos em todo o estado com sua inúmera quantidade de municípios que há
assentamentos e comunidades tradicionais, população ribeirinha entre outros que
caracterizam uma população do campo, tende a continuidade de reivindicações por
parte dessa respectiva população para as garantias de acontecimento e investimento
para que não fique registrado somente em documentos de Lei, e em discursos
políticos.

No estado de Mato Grosso há uma vasta realidade de campo e com isso, corre-se um
risco com a rotina, e a inercia do estado em relação as conquistas, ficar distante
quando não se é fomentada e exigida por sua categoria. Até porque com o Plano
Estadual de Educação a educação do campo foi tida colocada como prioridade dentre
de um processo de retomada da construção de perspectivas para uma população que
há muito tempo não era considerada de direitos.

A educação básica do campo no estado de Mato Grosso apoia-se em aspectos


considerados fundamentais para sua execução com “processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições
de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e

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nas manifestações culturais” Considerando que “a educação básica tem por finalidade
desenvolver o educando, assegurando-lhe a sua formação comum indispensável para
o exercício da cidadania” ( LDB Art. 22 9.3494/96).

METODOLOGIA

Visando atingir os objetivos propostos do estudo, desenvolveu-se este trabalho com


estudo bibliográfico e a pesquisa a campo. A revisão bibliográfica realizada durante a
elaboração deste trabalho contou com a existência de livros, artigos, teses e
dissertações tratando sob diferentes perspectivas a questão da pratica pedagógica
dos professores da educação do campo.

Neste trabalho, se utilizou a pesquisa qualitativa, utilizando o método dedutivo que


para o autor Gil (2002, p. 27), é um método que “parte de princípios reconhecidos
como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira
puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica”.

O processo de coleta de dados envolve a escolha das técnicas e instrumentos de


pesquisa, assim neste caso vale ressaltar que a coleta de informações neste caso se
deu através de relatos das observações e entrevistas no ambiente escolar e
posteriormente a observação em sala de aula.

Para levantamento de informação em sala de aula, se obteve através da conversa


com aos professores e professoras em uma entrevista desestruturada por
estabelecer apenas um foco (um assunto específico a ser tratado). As observações
foram realizadas em uma escola municipal do campo da rede publica que atendem
crianças surdas no município de Cáceres, no período de agosto a outubro de 2019.

Esta pesquisa se torna de grande relevância, pois busca conhecer


e levantar problemas e dados, por vezes muito proveitosa para diversos estudos na
área. Ressaltamos a necessidade da realização de pesquisas voltadas para a área da
Educação do campo, em especial no que diz respeito as praticas pedagógicas. Tendo
em vista o escasso número de trabalhos na área.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A escola municipal em estudo surge a partir da luta dos trabalhadores sem-terra. A


luta pela terra é uma luta entre homens e mulheres pela busca da própria
sobrevivência e dignidade à margem da sociedade, percebe-se que sua clientela é
composta por pessoas que são frutos desse movimento social.

Diante disso, a cada dia surgem novos desafios para manter a escola em estudo viva,
lidar com os conflitos e superar a dificuldade de tentar encontrar um caminho para a
sobrevivência das famílias do campo, para que ela siga os rumos apontados por vários
autores.

Nesse sentido, a Escola do Campo deve trazer uma visão completa em termos de
aprender e compreender a educação, e entrelaçar questões políticas, sociais e
econômicas. Na formação que busca garantir a formação de disciplinas, fazer com
que as disciplinas se destaquem da experiência e da realidade. Desta forma, a
capacidade de intervenção na sociedade é estabelecida para orientar as
necessidades coletivas. Portanto, Caldart acredita que:

A materialidade educativa de origem da educação do campo está nos


processos formadores dos sujeitos coletivos da produção e das lutas
sociais do campo. Por isso, ela desafia o pensamento pedagógico a
entender estes processos, econômicos, políticos, culturais, como
formadores do ser humano e, portanto, constituintes de um projeto de
educação emancipatória, onde quer que ela aconteça inclusive na
escola. (2008, p.81).

Nesse sentido, a escola municipal em estudo é uma escola do campo que mantém os
valores da comunidade, e as discussões em grupo fazem parte de todo o processo de
aprendizagem da escola e da comunidade. Seu conceito é constituir um sujeito-chave
para a interação social, mas também convive com as contradições históricas trazidas
pela classificação dos alunos por séries. Em relação a esta situação existem pais que
criticam o sistema cíclico de avaliação humana.

Diante disso, a escola tem um papel fundamental no resgate da luta neste campo,
articulando-se com a vida sob a orientação do projeto político pedagógico,

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sensibilizando, refletindo a atualidade e dando a devida atenção. Observando a


identidade da população que compõe a comunidade escolar.

A prática docente existente na escola aponta e revela suas identidades e a trajetória


de luta de quem vive e trabalha dentro e fora. “O curso de ecologia agrícola em
cooperação com a horta ensina como controlar pragas sem o uso de pesticidas. Este
é um método misterioso que nos permite ver a realidade fora daqui”. Essa abordagem
é uma das práticas de ensino coerentes com o plano político da escola. Que procura
articular esse conteúdo com o cotidiano do seu publico.

Todos os dias, desde a vivência da escola até a escuta do tema de viver nela, as
pessoas podem apreender a escala e a força das atividades realizadas, e como
construir atividades na forma de comportamento e pensamento. Na escola do campo,
aqueles que atuam tanto no setor educacional como em outras áreas constituem o
ponto de vista de formação da própria disciplina, isto é entendido do seguinte ponto
de vista, ou seja, existem dois tipos de disputas e a qual categoria pertencemos.
Desde o desafio e a vitória, os métodos de ensino adotados têm articulado ações entre
a escola e a comunidade. Obviamente, a escola tornou-se um local de apoio e
informação, por isso mantém os trabalhadores na escola. A seguir está uma série de
inferências apontadas que vão de encontro a linha de raciocínio apontada por Pistrak:

O trabalho social principal do professor e da escola deve consistir na


melhoria constante da agricultura, da economia rural e das condições de
vida do camponês; o trabalho feito com ajuda da escola e através dela.
(2000, p. 70).

Caminhar para as questões relacionadas com a escola, assim como questões


relacionadas com a vida dos alunos e da comunidade onde a escola está inserida,
deve ser uma tarefa incessante nas escolas do campo, visando preservar a história
da comunidade e ao mesmo tempo dialogar com os alunos. Contradições causadas
pela luta de classes sociais.

Nesse sentido, a Escola em estudo reconhece a participação da comunidade local no


processo de mediação entre a escola e a realidade como meio de informação para
compreender a realidade fora do assentamento. Ainda permite a interação de

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conhecimentos adquiridos em conferências e seminários, que também são


considerados meios para aumentar o seu realismo. Por ocorrer o conhecimento em
diferentes espaços, ele esclarece a história de luta do sujeito e do movimento social
iniciado pela sociedade. Conforme as (Diretrizes operacionais, ART. 2º. Parágrafo
único).

A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às


questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e
saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza
futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos
movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções
exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país.

Diante da realidade, a natureza da aprendizagem dá sentido aos conhecimentos


adquiridos, e a formação voltada para a prática e os conteúdos docentes é visível nos
sujeitos que vivem na escola municipal em estudo, isso não podemos ingenuamente
ter consciência. Um ponto é que há vestígios de uma educação voltada para o
mercado de trabalho, necessária para repensar a prática docente, observar se a teoria
é consistente com a prática e discutir as razões para compreender os motivos.

Vale lembrar que o esforço coletivo entre os educadores e os saberes da experiência


da comunidade é fundamental para chegarmos à pauta para que o muro seja
demolido, pois o aprendizado deve não só visar o mercado de trabalho, mas também
se unir no tema da autonomia individual. entre si. Uma educação, que desperta o
surgimento do conhecimento, é responsável não só pelo trabalho, mas também pelo
todo.

Para isso (PISTRAK, 2000, p.70), contribui dizendo: “A escola não tem o direito de
conceber esta formação de uma forma estreita, limitando-se a inculcar em seus alunos
alguns hábitos técnicos que lhe permitem ganhar a vida”. Os sujeitos da escola
municipal que estudamos foram formados pela Pedagogia da Terra, educadores
satisfatórios, educadores, que foram formados em escolas rurais, com o objetivo de
participar e compreender este campo e seus diversos conflitos. A lógica da formação
baseada no ensino e aprendizagem visa consolidar ações coletivas e alternativas de
ação para uma vida social mais humana.

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Os educadores são uma via de mão dupla na qual aprendemos e ensinamos, e


planejar é despertar o conhecimento, entender o espaço e o tamanho e se engajar no
trabalho mais humilde e incessante. A chave para fazer sugestões nessa área é
animá-lo e leva-lo para assumir sua identidade, se sentir como um ser humano,
pertence à sua própria história. Nesse sentido, o caderno educacional menciona: “A
escola deve ser essencialmente prática, fornecendo conhecimentos capazes de
influenciar no trabalho e na organização da nova vida”. (Dossiê MST ESCOLA
Documentos e Estudos, 1990 – 2001, p.18)

A educação do campo e no campo não pode ser pautada apenas pelo ensino entre
as quatro paredes da sala de aula, pois além de ensinar e aprender com os alunos,
também convive em sintonia com outros educadores e, em conjunto, esclarecem um
comportamento com o mesmo objetivo. . Portanto, é necessário que os participantes
das escolas rurais realizem ações pedagógicas articuladas entre a teoria e a prática,
a fim de manter o equilíbrio entre esses dois aspectos.

Caracteriza um diferencial em uma escola do campo e entre a atuação dos


educadores a escola não é então apenas uma das suas possibilidades de atuação
profissional. Ela é um dos espaços necessários de sua formação pedagógica, pela
importância educativa que a escola têm, acesso as famílias trabalhadoras do campo
são emblemática ao papel que a sociedade capitalista brasileira atual confere ao
campo e aos sujeitos dos seus processos formativos. (CADERNOS DO ITERRA,
2007, p.23).

Desta forma, a escola torna-se um espaço para além do ensino e aprendizagem, não
separada da realidade da família assentada, é fonte de realizações e orgulho, local de
entusiasmo e de informação. A relação entre a teoria e a prática da escola é expressa
pelos residentes. Eles demonstraram um conhecimento infinito e trouxeram inovação
e tecnologia. Esse conhecimento pode fornecer conhecimento não só na sala de aula,
mas também a partir do seu cotidiano relacionado informações sobre o que está
acontecendo na comunidade, assentamentos e meio ambiente.

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Ao observar a prática docente dentro e fora da sala de aula, seguindo esse raciocínio,
percebemos que existe esse tipo de movimento de conhecimento e ação entre alunos
e educadores, que devem avaliar, redefinir e construir conhecimentos a partir da
autonomia no desempenho das atividades. Esta motivação para a autonomia e
construção do conhecimento materializa-se na organização de algumas atividades
coletivas, nomeadamente: apresentações de trabalho, seminários e apresentações
culturais realizadas pelo próprio grupo e desenvolvidas pelos próprios alunos.

Às vezes, os alunos trazem conhecimentos da sala de aula para o seu cotidiano,


alinhando a teoria com a prática. Como alunos, esse momento é muito rico, e
percebendo que não há muito conhecimento em sala de aula, mas apenas um tipo de
conhecimento, percebemos que eles estão começando a valorizar as pessoas da
comunidade e seu aprendizado.

Para explicar esse momento, foi mencionado um curso prático de agricultura familiar
com o tema “Sementes crioulas”. A partir de leituras e pesquisas bibliográficas sobre
o tema, organizamos duas famílias em visita à escola. Essas famílias são integradas
aos alunos, mostram a organização das sementes e todo o processo do plantio à
colheita do milho e do feijão. Este evento fortaleceu e reafirmou a identidade dos
agricultores de todos os presentes.

Vale ressaltar que as sementes das famílias pesquisadas vieram do Encontro de


Sementes Organizado pela ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e
Educacional, momento esse para troca de sementes de diversas famílias de vários
Estados. Essa aula prática proporcionou um momento enriquecedor para a
educadores e educandos, destacamos aqui, que essa atividade iniciou-se a partir de
aulas teóricas, debates, leituras, pesquisa e apresentação do seminário entre
educandos e agricultores assentados, que puderam socializar todo esse
conhecimento para escola e comunidade.

Vale ressaltar que ao considerarmos questões relacionadas as batalhas de vida no


dia a dia, relacionadas ao preconceito, a exploração, a dominação do espaço, com o

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objetivo de levar conhecimentos, compreensão das estruturas e não tão somente de


um local, no intuito de construir uma vida igualitária para todos na sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa, buscou-se compreender a relação que estabelecem entre teoria e


prática, e entre a prática pedagógica cotidiana dos professores na educação do
campo. A teoria deve ser entendida como um conhecimento sistemático, que pode
estudar, explicar e esclarecer os fenômenos e eventos apresentados na prática.

Portanto, existe uma dupla dependência entre teoria e prática, pois sem o contato com
a realidade concreta não se pode formar teoria. Sem pensamento teórico, ele não
pode revelar a realidade. Nessa perspectiva, a prática docente deve incluir um
movimento dinâmico entre fazer e pensar no pensamento de ação e refletir
teoricamente a partir de uma compreensão crítica da realidade.

A vida social permite-nos compreender o enquadramento histórico e permite-nos


entender as condições de vida de uma forma específica que cada pessoa vivencia.
Em suas várias formas de linguagem e ações existem em diferentes temas. Destarte,
considere a sociedade e a ideologia desde os aspectos sociais e econômicos de
acordo com a identidade de cada pessoa.

Dessa forma, eles podem moldar seus próprios estilos de vida em vários espaços
sociais. Agradeço a todos os educadores, alunos e coordenadores pedagógicos que
colaboraram com o trabalho de pesquisa que tornou realidade o cotidiano docente da
escola municipal de Cáceres - MT. Espera-se que com essa pesquisa possamos
contribuir para outros trabalhos que desejam conhecer sobre as praticas pedagógicas
dos educadores do campo.

REFERÊNCIAS

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2011.

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Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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