INTRODUÇÃO Diversos produtos tem sido utilizados ao longo dos tempos para adoçar os alimentos
Os edulcorantes são substâncias adicionadas aos
alimentos em substituição ao açúcar
Poder adoçante muito superior ao da sacarose
(açúcar)
Artificial ou natural
A ANVISA define os edulcorantes como sendo
substâncias naturais ou artificiais, diferentes dos açúcares, que conferem sabor doce aos alimentos O Codex:
Edulcorantes intensos ou não-nutritivos:
fornecem somente doçura acentuada, não desempenham nenhuma outra função tecnológica no produto final. São pouco calóricos e utilizados em quantidades muito pequenas.
Edulcorantes nutritivos ou Agentes de corpo:
fornecem energia e textura aos adoçantes, geralmente contêm o mesmo valor calórico da sacarose e sendo utilizados em quantidades maiores EDULCORANTES NUTRITIVOS Subdividem-se em: Carboidratos: os açúcares refinados, HFCS (High Frutose Corn Syrup), frutose, glicose, mel, lactose, maltose, polióis e outros.
Derivados: aspartame, alitame e outros.
Embora sejam tecnicamente calóricos, alguns deles não
trazem nenhuma caloria para os seus consumidores, devido as baixíssimas quantidades usadas EDULCORANTE NÃO-NUTRITIVO Podem ser substâncias artificiais ou naturais
Geralmente centenas de vezes mais doces do que
o açúcar
Como: acessulfame-k, ciclamato, sacarina,
sucralose e vários outros. CATEGORIA ESPECIAL DE ADOÇANTES
Composta por substâncias obtidas de extratos
vegetais, modificadas quimicamente para obter ou intensificar a doçura
Algumas delas são amplamente usadas
comercialmente, como a estévia (esteviosídeo), a glicirrizina e a taumatina, por exemplo, os três sendo considerados como nutritivos. TIPOS DE ADOÇANTES ASPARTAME É o tipo mais utilizado entre os adoçantes, tendo capacidade de adoçar 200 vezes mais do que a sacarose. Descoberto em 1965 e possui dois aminoácidos (L- fenilalanina e L-aspártico) ligados por um éster de metila (metanol). Classificado como edulcorante, ou seja, é toda substância que confere sabor doce ao alimento e/ou ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento. É geralmente mais potente a baixas concentrações e em produtos à temperatura ambiente do que em produtos gelados ou quentes. Fatores como pH e presença de outros aditivos podem afetar sua potência
A solubilidade é máxima a pH 2,2. Para um nível
ótimo de dissolução, recomenda-se temperatura de 40°C e pH de 4.
A máxima estabilidade do aspartame está na faixa de
pH de 3,0 a 5,0, onde se encontra a maioria dos alimentos e bebidas, e em teor de umidade de 4,0% a 4,5%. Pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de alimentos, incluindo adoçantes de mesa, assados, misturas em pó, cereais, gomas de mascar, balas duras e moles, sobremesas, bebidas, congelados, refrigerados, geléias, coberturas, xaropes, produtos lácteos, e produtos farmacêuticos.
Os produtos contendo aspartame devem trazer no
rótulo as especificações “contém fenilalanina”
Segundo a Anvisa, a ingestão diária aceitável para
uma criança de 30kg é de 1200mg de aspartame, enquanto para um adulto de 60kg é o dobro: 2400mg. SACARINA Foi o primeiro adoçante artificial descoberto pelo homem, inventada por Constantin Fahlberg em 1878. Ela foi o primeiro composto a oferecer uma alternativa barata ao açúcar e por isso é utilizada de maneira tão ampla. Possui capacidade de adoçar 500 vezes mais do que a sacarose, porém deixa sabor residual na boca. Funciona tão bem como dietético porque o corpo humano não é capaz de absorvê-la, eliminando-a na urina sem nenhum tipo de consumo de calorias. Estabilidade térmica (inalterável após uma hora em 150°C) e em meio altamente ácido (pH 2,0 a 8,0)
Pode ser utilizada em produtos assados, temperos
para saladas, geleias, gelatinas, bebidas carbonatadas, preparados para refrescos, enlatados
Em função da sua alta estabilidade ao
armazenamento e aquecimento, por se combinar bem com outros edulcorantes e por se incorporar facilmente à misturas líquidas ou secas, é empregada em alimentos, medicamentos e cosméticos. A legislação brasileira, no Decreto nº 55.871, de 26/03/1965, permite o uso de sacarina como edulcorante em produtos dietéticos, no limite máximo de 0,05%.
A sacarina é aprovada em mais de 90 países e
admitida como segura por vários comitês internacionais de especialistas. SORBITOL O sorbitol é o poliol mais amplamente encontrado na natureza, ocorrendo em concentrações relativamente elevadas em ameixas, maçãs, pêras e outras frutas. Porém, como as quantidades presentes na natureza não são suficientes para extração comercial. É comercializado na forma de xarope a 70% ou na forma pura em pó. Destaca-se como espessante, edulcorante, inibidor de cristalização, estabilizante, umectante, condicionador de umidade, plastificante, anticongelante. É comumente empregado como adoçante em confeitos e medicamentos isentos de açúcar e em produtos para fins dietéticos especiais indicados para diabéticos. Devido a sua boa compressibilidade, pode ser empregado na produção de gomas duras e macias, por diferentes técnicas de compressão. O sorbitol é muito estável e quimicamente não reativo. Pode suportar temperaturas elevadas e não participa das reações de Maillard. Apesar de não ser considerado tóxico, doses excessivas por via oral podem causar flatulência e desconforto abdominal.
O sorbitol tem IDA não especificada, o que
significa que, com base nos dados disponíveis (químicos, bioquímicos, toxicológicos e outros), a quantidade necessária para produzir o efeito desejado, não é prejudicial à saúde, não sendo necessário estabelecer um valor numérico para a ingestão diária aceitável (IDA). ESTÉVIA A estévia rebaudiana é uma planta perene da família das Compositae e originária da fronteira do Brasil com o Paraguai. As folhas da estévia contêm glicosídeos edulcorantes, como o esteviosídeo (teor médio de 5% a 10% e máximo de 22%), o rebaudiosídeo A (1,5% a 10% do peso da folha seca). O esteviosídeo tem capacidade de adoçar 300 vezes mais do que a sacarose e é encontrado na planta Stevia Rebaudiana. Não contém calorias e é estável em altas temperaturas Seu uso é proposto para refrigerantes, pós para refrescos, café e mate, sorvetes, gomas de mascar, balas, iogurtes, chocolates, produtos de panificação Os glicosídeos diterpênicos não são tóxicos ao homem e a várias espécies de animais, podendo ser consumidos sem nenhuma contraindicação por qualquer pessoa. Não produz cáries, nem é calórica, tóxica, fermentável ou metabolizada pelo organismo. Porém, alguns estudos mostram que esse composto totalmente natural decompõe-se no organismo em steviol, o qual é mutagênico no rato. TAUMATINA Fruta vermelha e triangular, de nome científico Thaumatococcus daniellii, também é conhecida como Katemfe ou “fruta milagrosa do Sudão”. Foi descoberto seu princípio ativo, uma proteína vegetal de cadeia longa naturalmente contida na fruta Katemfe, a TAUMATINA. É potente realçador de sabor/aroma e tem a capacidade de mascarar sabores residuais indesejáveis (como, por exemplo, o amargo e o metálico) A taumatina é um edulcorante extremamente estável e pode ser aplicada praticamente em todos os alimentos, bebidas, suplementos, produtos farmacêuticos e de uso medicinal. Sua estrutura molecular especial, com 8 pontes disulfeto, faz com que essa proteína resista a elevadas temperaturas (incluindo tratamento UHT e forneamento) e também ao baixo pH de certos alimentos (como os refrigerantes e sucos), não degrada. A Taumatina, além de ser a substância mais doce da Natureza, apresenta sinergia com os demais edulcorantes e açúcares (naturais e artificiais, incluindo a sacarose, frutose, sucralose e diversos outros) e é capaz de mascarar os sabores residuais indesejáveis de diversas substâncias, incluindo: soja, vitaminas, minerais, sacarina, ciclamato, acessulfame-k. demonstram a inocuidade da taumatina à saúde do homem. Portanto, pode ser consumida por todos, incluindo os diabéticos, fenilcetonúricos, gestantes etc., sem restrições a qualquer grupo populacional.
A ANVISA aprovou a taumatina em 2008 no novo
regulamento técnico de Edulcorantes sem limite máximo de uso. XILITOL Ocorre naturalmente em muitas frutas e legumes e é também produzido pelo corpo humano durante o metabolismo normal
Produzido comercialmente a partir de plantas
como a bétula e outras árvores de madeira dura e vegetação fibrosa O xilitol tem a mesma doçura e volume da sacarose com um terço menos calorias
Dissolve rapidamente e produz uma sensação de
frescor na boca
Possui propriedades não cariogênica (não
causador de cáries), cariostática (inibe a formação de cáries) e anticariogênica (promove reversão do processo de formação da cárie) O xilitol é uma substância atóxica, classificada pela FDA como um aditivo do tipo GRAS, sua incorporação em alimentos é legalmente permitida
Ingestão diária não deve ultrapassar 60g
O xilitol é um poliálcool ( C5H12O5 )
Possui estrutura aberta e cinco
grupos hidroxila cada um deles ligado a um átomo de carbono Aplicações : Balas duras Gomas de mascar Chocolates Geleias Creme dental MANITOL Encontrado na natureza em vegetais
Alta estabilidade, não higroscópico, baixa
solubilidade, não fermentável
Sua doçura é 0,4 a 0,7 vezes a da sacarose
Valor calórico é duas vezes menor que o da
sacarose Funde a temperatura de 165 a 168°C
Entre os polióis é o que apresenta maior efeito
laxativo se ingerido em elevadas doses
FAO e OMS permitem uma dose diária de 50 a
150mg / Kg de peso corpóreo
Principal aplicação, geralmente em mistura com o
sorbitol, é em gomas de mascar isentas de açúcar
C6H14O6 MIRACULINA Isolada a partir da fruta milagrosa ( Richadella dulcifica )
Uma proteína que não possui sabor
Propriedade peculiar de mudar o sabor ácido pra
doce
É uma glicoproteína termossensível e inativada em
valores baixos de pH A doçura é 400.000 vezes maior que a sacarose
Efeitos do sabor persistem por 24h após o contato
com a boca
Na década de 70, a miraculina foi introduzida
nos Estados Unidos como adoçante auxiliar para diabéticos, mas foi banida pela FDA devido à insuficiência de dados de segurança MONELINA A primeira referência sobre o derivado da polpa relativamente rara, denominada Serendipity foi relatada em 1895. Trata-se de frutos da planta do oeste africano Dioscoreophyllum cumminsii, que somente em 1961 foi descrita mais detalhadamente.
Após a colheita, o fruto é resfriado para não perder
suas propriedades. Para extrair a monelina é necessário tratar a polpa, que contém a proteína doce, com enzimas (bromelina e pectinase), dialisar e cromatografar. A doçura da monelina é caracterizada por uma percepção demorada de vários segundos, seguida por um gradual aumento de intensidade, com lento declínio do sabor doce, persistindo por até uma hora.
É solúvel em água e estável em ampla faixa de pH (2,0
a 10,0). A atividade da monelina desaparece a pH 10,9.
Se aquecida a temperatura superior a 65°C, as duas
cadeias peptídicas se separam e a doçura é irreversivelmente perdida.
Apesar de intensos estudos toxicológicos, não foi aceita
pela FDA, restringindo-se sua aplicação ao estudo dos mecanismos de percepção do gosto doce. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Adoçantes quais os tipos disponíveis. Deosen Biochemial Ltda. A Qumica dos Adoçantes. Conselho Regional de Química- IV Região. MEGA CURIOSO. Conheça melhor a sacarina. Disponível em: <http://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/44398- conheca-melhor-a-sacarina-da-sua-descoberta-as-alegacoes-de- cancer.htm>. Acesso em: 05 dez. 2016. ADITIVOS E INGREDIENTES. Adoçantes. Disponível em: <http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201602/201 6020229242001454345068.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2016. MUNDO E EDUCAÇÃO. Aspartame. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/aspartame.htm>. Acesso em: 05 dez. 2016. Food Ingredients Brasil. Disponível em: http://www.revista- fi.com/materias/213.pdf http://poliois.br.com/sorbitol/ Adoçantes – Quais os tipos Disponíveis? <http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201602 /2016020229242001454345068.pdf> Acesso em 5 dez. de 2016. Xilitol: Edulcorante com efeitos benéficos para a saúde humana. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v38n4/v38n4a03>.Acesso em: 5 dez. de 2016. REVISTA FI. Adoçantes. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/154.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2016. OBRIGADA!!!