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Introdução

A Nutrição é um ato involuntário, uma etapa sobre o qual o indivíduo não tem controle, inicia
quando o alimento é ingerido e o sistema digestório passa a agir; já a alimentação é um ato
voluntário e consciente, que depende da seleção de alimentos que cada um faz, envolvendo
práticas e hábitos alimentares que fazem parte da cultura de cada povo. Temas estes em
constante evolução e que contemplam todos os ciclos da vida, estudos e pesquisas sobre
alimentos e nutrição, os quais trazem informações relevantes que vêm modificando a prática
alimentar de cada indivíduo a partir de seu conhecimento técnico científico, social e
econômico.
Aditivo

Substância química adicionada a alimentos para dar melhor aparência, mudar espessura
(espessante), gosto, prevenir a decomposição rápida, etc. A maioria dos aditivos é
proveniente de materiais sintéticos. Aditivo antidetonante é uma substância adicionada à
gasolina, para prevenir a detonação.

 Existem aditivos para diversas finalidades, dependendo de qual uso será feito.
Exemplos na construção cívil: cimento, tintas, concreto e etc. Exemplos nos
combustíveis: gasolina, álcool, diesel. Exemplos nos lubrificantes: graxa e óleo
lubrificante.

Etimologia

A palavra aditivo é utilizada também em alguns contratos, convénios e processos. Nesse


caso usa-se termo aditivo, que significa um documento usado para alterar, modificar ou
corrigir uma cláusula contratual.

Aditivos alimentares
Aditivos alimentares é  que são substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos
para conferir alguma característica ou melhorar outras, como a sua conservação,
aparência, sabor, cor, aroma, suas propriedades de armazenamento e para auxiliar nas
boas práticas de fabricação. Porém, algumas substâncias químicas adicionadas
intencionalmente para melhorar a qualidade ou alguma outra característica de um
determinado alimento podem contribuir ou aumentar também o seu valor nutricional.

Os alimentos são constituídos por substâncias químicas diversas como glicídios,


proteínas, lipídios, vitaminas, sais minerais e água. Além destes componentes naturais
dos alimentos, produtos químicos adicionais podem ser acrescentados com finalidade
tecnológica, como os aditivos alimentares.

A adição de produtos químicos aos alimentos como método de preservação e também


para conferir determinadas características é bastante antigo, a defumação de produtos
cárneos, por exemplo, existe desde que o homem primitivo descobriu o fogo. Nos dias
actuais o emprego dos aditivos químicos é visto com maior cautela, visto que há uma
demanda por parte da sociedade por alimentos mais saudáveis, livres de aditivos
químicos. Porém, nas regiões tropicais, nas quais a temperatura ou a humidade
favorecem o crescimento de micro-organismos e aumentam a velocidade dos processos
oxidativos, muitas vezes os aditivos são empregados para complementar a eficiência dos
métodos tradicionais ou não convencionais de conservação e não como único método de
conservação.

 Os aditivos não devem ser utilizados quando o seu uso prejudicar o valor nutricional de
um alimento ou para encobrir alterações de qualidade das matérias -primas e falhas de
processamento, manipulação ou de más condições higiénicas dos equipamentos,
ingredientes ou manipuladores.

Classes de aditivos

 As classes de aditivos são reunidas em diferentes grupos de acordo com a função que
desempenham nos produtos: Corantes, Aromatizantes e flavorizantes, Conservadores,
Antioxidante, Estabilizante, Espessante, Edulcorante, Umectante, Antiumectante e
acidulantes. Os aditivos espumíferos, antiespumíferos e clarificantes são denominados
coadjuvantes tecnológicos, pois auxiliam em diferentes etapas do processo tecnológico
e não estão presentes no produto final.

Os Principais tipos de Aditivos Alimentares


Os aditivos alimentares são muito diferentes uns dos outros, por isso a sua classificação
é muito extensa. Alguns dos tipos mais importantes de aditivos são os apresentados
abaixo:

Aditivos Naturais;

São vários os aditivos naturais utilizados na conservação dos alimentos:

 Sal;
 Açúcar;
 Pimentas;
 Limão;
 Vinagre;
 Cuminho.

Aditivos artificias.

São vários os aditivos Artificias  utilizados na conservação dos alimentos:


 Acidulantes.
 Reguladores de acidez.
 Antiaglomerantes, antiumectantes.
 Agentes antiespuma (antiespumantes)
 Antioxidantes.
 Agentes espessantes.
 Corantes.
 Emulsificantes.

Aditivos artificias
 Aromatizantes: Ou flavorizantes representam os aditivos constituídos por
substâncias ou compostos usados com o objetivo de intensificar o paladar e o
aroma dos alimentos, ou conferir-lhes um sabor que não possuem.. 
 Corantes: São aditivos usados para dar cor ou realçar o pigmento. São usados
principalmente para atrair a atenção, criando-se uma cor-imitação ou realçando
uma cor natural, sem que possuam qualquer princípio nutritivo.. 
 Conservantes: São usados para manter os alimentos íntegros, manter-lhes o
sabor e o aspecto. 
 Edulcorantes ou adoçantes: A este grupo de produtos químicos pertencem as
substâncias de sabor doce mas que não sejam glicídicas. Sendo assim, não
determinam modificações químicas e fermentações específicas produzidas pelos
adoçantes açucarados ou que contenham glicose, frutose, dextrose, etc.

Os Edulcorantes mais usados são quase todos sintéticos, sendo os mais usados a
sacarina e o Ciclamato de sódio.

 Antioxidantes: São aditivos usados pela indústria de alimentos para evitar as


alterações provocadas pela oxidação, tais como a rancificação das gorduras
(óleos vegetais, gorduras animais e carnes animais que contenham gordura) o
escurecimento das frutas, a descoloração das carnes, e deteriorização por
oxidação dos sucos de frutas cítricas, a modificação da cor de frituras em
saquinhos plásticos. 
 Estabilizantes e espessantes: São aditivos capazes de manter a densidade ou
aumentar a viscosidade do alimento.

Classificação dos aditivos

Os aditivos intencionais utilizados no processamento de alimentos podem ser


classificados em:
 Agente de massa: substância que proporciona o aumento de volume e/ou da
massa dos  alimentos, sem contribuir significamente para o valor energético do
alimento;
 Antiespumante: substância que previne ou reduz a formação de espuma;
 Antiumectante: substância capaz de reduzir as características higroscópicas dos
alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas
individuais;
 Antioxidante: substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa nos
alimentos;
 Corante: substância que confere, intensifica ou restaura a cor dos alimentos;
 Conservador: substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos
provocada por microrganismos ou enzimas;
 Edulcorante: substância diferente dos açúcares, que confere sabor doce aos
alimentos;
 Espessantes: substância que aumenta a viscosidade dos alimentos;
 Geleificante: substância que confere textura aos alimentos, por meio da
formação de um gel;
 Estabilizante: substância que torna possível a manutenção de uma dispersão
uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em alimentos;
 Aromatizante: substância ou mistura de substâncias com propriedades
 Aromáticas e/ou sápidas, capaz de conferir ou reforçar o aroma e/ou o sabor dos
alimentos;
 Humectante: substância que protege os alimentos da perda de humidade em
ambiente de baixa humidade relativa ou que facilita a dissolução de uma
substância seca em meio aquoso;
 Regulador de acidez: substância que altera ou controla a acidez ou a
alcalinidade dos alimentos;
 Acidulante: substância que aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos
alimentos;
 Emulsionante/emulsificante:  substância que torna possível a formação ou a
manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis nos
alimentos;
 Melhorador de farinha:  substância que, agregada à farinha, melhora sua
qualidade tecnológica para os fins aos quais se destina;
 Realçador de sabor: substância que ressalta ou realça o sabor/ aroma dos
alimentos;
 Fermento químico: substância  ou mistura de substâncias que libera gás e, desta
maneira, aumenta o volume da massa;
 Glaceante: substância que, quando aplicada na superfície externa dos alimentos,
confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor;  
 Agente de firmeza: substância que torna ou mantém os tecidos de frutas ou
hortaliças firmes ou crocantes, ou interage com agentes geleificantes para
produzir ou fortalecer um gel;
 Seqüestrante: substância que forma complexos químicos com íons metálicos;
 Estabilizante de cor: substância que estabiliza, mantém ou intensifica a cor de
um alimento;
 Espumante: substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma
dispersão uniforme de uma fase gasosa em alimentos líquidos ou sólidos.

São os seguintes os aditivos:


1- Corantes Sintéticos e Naturais
TIPO DE NÚMERO DO
ALIMENTOS UTILIZADOS
CORANTE INS
Amarelo INS 101 i Queijos processados
Verde INS 140 i Gorduras, óleos, vegetais enlatados
Preto INS 153 Geléias, Gelatinas
Amarelo laranja INS 160 ii Margarinas, Bolos
Amarelo INS 102 Bebidas não-alcoolicas
Amarelo INS 110 Bebidas de Laranja(liquida ou pó)
Vermelho INS 123 Produtos de Groselha, Bebidas de Morango, Uva
Vermelho INS 127 Cerejas em Caldas
Azul INS 132 Gelatinas, Molho, Refrescos de Uva
Verde INS 143 Ervilhas enlatadas, Flan, Geléias e Gelatinas

2- Conservantes
NÚMERO
CONSERVANTE ALIMENTOS UTILIZADOS
DO INS
Ácido Ascórbico INS 300 Queijo. Iogurte, Bebidas não alcoolicas
Ácido Acético INS 260 Picles, Molhos, Legumes em conservas
Ácido Lático INS 270 Fermento em Pó, Maionses, Margarinas
Ácido Propiónico INS 280 Margarinas, Doces, Farinhas
Benzoato de Sódio INS 210 Pães, Farinhas, Doces, Condimentos Preparado
Dióixido de Enxofre INS 220 Bebidas não alcoolicas, picles, Derivados de Frutas
Nitritos INS 249 e 250 Carnes Curadas e Cozidas e produtos de Carnes
Nitrato de Sódio INS 251 Bacon, Presunto, Queijos(não cheddar)
Nitrato de Potássio INS 249 Bacon, Presunto
Sorbato de Potássio INS 202 Molhos Cremosos, Condimentos e Pastas
Alimentícias

3- Antioxidantes
ANTIOXIDANTES NÚMERO DO INS ALIMENTOS UTILIZADOS
Ácido Ascórbico(Vit.C) INS 300 Bebidas não alcoolicas, Leite em Pó,
Sucos de Frutas
Tocoferol (Vit. E) INS 307 Óleos Vegetais em geral
Galatos INS 310,311 e 312 Margarinas, Gorduras Vegetais, Óleos
Vegetais
BHA INS 320 Margarinas, Bolos, Tortas e Pães
BHT INS 321 Torradas, Margarinas, Óleos Vegetais e
Gorduras

4- Emulsificantes e Estabilizantes
EMULSIFICANTES NÚMERO DO ALIMENTOS UTILIZADOS
ESTABILIZANTES INS
Leticinas INS 322 Chocolates, Margarinas
Ácido Cítrico INS 330 Picles, Laticínios, Bolos, Refrigerantes, Xaropes de
Frutas
Ácido Tartárico INS 334 Fermento em Pó
Ácido Algínico INS 400 Sorvetes, Sobremesas instantâneas, Flans
Gomas INS 414 e 415 Sorvetes, Sopas, Doces, Geléias
Fosfatos INS 341 iii Creme de Leite, Pós para mistura cremosa,
Refrescos em Pó, Massas Alimentícias, Biscoitos
Ágar INS 406 Presunto Enlatado, Sorvetes
Nitrato de Sódio INS 251 Bacon, Presunto, Queijos(não cheddar)
Pectina INS 440 Sorvetes, Sopas, Doces, Molhos Cremosos

Adoçantes e Educorantes
Tem sido propostas várias classificações para educorantes e adoçantes, baseadas em sua
origem e valor calórico.

O Codex Alimentarius classificaram os mesmos em dois grupos:

1. Educorantes intensos ou não nutritivos – que fornecem somente doçura


acentuada, não desempenham nenhuma outra função no produto final, são poucos
calóricos ou efectivamente não calóricos e são sutilizados em quantidades muito
pequena.
2. Adoçantes de corpo – que fornecem energia e textura aos alimentos, geralmente
contém o mesmo valor calórico dos açúcar, e são utilizados em quantidades
maiores no produto final.

Os adoçantes calóricos acrescentam energia à dieta e incluem o manitol, o sorbitol, o


xilitol e xarope de glicose hidrogenada. Os adoçantes não-calóricos são adoçantes
sintéticos e incluem o acessulfame de potássio, o aspartame, a sacarina, o ciclamato de
sódio e a taumatina. Sucrose, glicose, frutose e lactose são todos classificados como
alimentos e não como adoçantes ou aditivos.

As características dos educorantes mais utilizados são as seguintes:


PODER ADOÇANTE EM RELAÇÃO AO
EDUCORANTES
AÇÚCAR
Sacarina 500 vezes mais doce
Ciclamato de Sódio 30 vezes mais doce
Aspartame 200 vezes mais doce
Acessulfame k (de potássio) 200 vezes mais doce
Steviosídeo 300 vezes mais doçe
Sucralose 600 vezes mais doçe

Outros Aditivos Utilizados


Os agentes de brilho são utilizados para dar aos alimentos uma aparência brilhante
atraente e incluem alimentos à base de ovos e Condimentos pastosos (mostarda,
Catchup,). Refinadores de farinha são utilizados para produzir pão de textura mais leve
e adiar o envelhecimento.
Outros aditivos incluem: realçadores de sabor, como o glutamento monossódico (que
intensifica o sabor do alimento); agentes antiespuma (que previnem o aparecimento de
espuma durante o processamento), e gases propelentes (que são utilizados, por exemplo,
nos cremes de embalagem aerossol).
Polifosfatos permitem que os produtos retenham água, aumentando, portanto, o seu
peso, e são utilizados em alimentos como o frango congelado e carnes curadas.

Principais usos de Aditivos Químicos


Os aditivos químicos são utilizados em alimentos com as mais diversas finalidades e são
constituídos pelas substâncias que não são naturalmente encontrada nos alimentos.

De uma forma geral, os aditivos encontrados em alimentos poderão ser


classificados em quatro grupos principais:

 Substâncias que tem por objectivo estender o tempo de vida útil ou reduzir a
deterioração de um determinado alimento.
 produtos que alteram as características de um alimento, melhorando o seu sabor,
a sua cor, e a sua textura.
 Produtos que são adicionados com a finalidade de variar o valor nutritivo do
mesmo.
 Substâncias que ocorrem em alimentos, devido a contaminações acidentais.

CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS


Os aditivos alimentares quanto a suas funções e classificação ou siglas, são
reunidos em diferentes grupos conforme segue:
1. Acidulantes (H) Comunicam ou intensificam o gosto ou sabor ácido aos
alimentos processados.
2. Antioxidantes (A) São substâncias que retardam o aparecimento de alterações
oxidativas nos alimentos, impedindo a interacção com o oxigénio.
3. Aromatizantes e Flavorizantes (F) São substâncias ou mistura de substâncias
possuidoras de propriedades odoríferas ou sápidas capazes de conferir o
intensificar o aroma e ou sabor dos alimentos.

São classificadas ainda em: aromas naturais; aromas natural reforçado; aromas


reconstituído, aromas imitação e aromas artificiais.
4. Conservador (P) São substâncias que possibilitam ou retardam a deterioração
microorgânica ou enzimática nos alimentos, ou sejam, evitam processo de
fermentação, acidificação e evidência de putrefação nos alimentos.
5. Corantes (C) São aquelas que conferem ou intensificam a cor dos alimentos.

São ainda classificados em: corantes orgânico natural e corantes orgânico sintético


artificial.
6. Edulcorantes (D) São substâncias orgânicas artificiais não glicidicas capazes de
conferir sabor doce aos alimentos, sendo também utilizados em produtos
dietéticos.
7. Estabilizantes (ET) Substâncias que favorecem e mantém as características
físicas das emulsões e suspensões. Promovem uma interacção homogénea de
ingredientes como óleo e água, aumentam a viscosidade dos ingredientes e
evitam a formação de cristais.
8. Espessantes (EP) São substâncias capazes de aumentar a viscosidade de
soluções, emulsões e suspensões, melhorando a textura e a consistência dos
alimentos processados.
9. Humectantes (U) Substâncias capazes de evitar a perda de água ou humidade
nos alimentos pois, possuem propriedades hidroscópicas.
10. Antiumectantes (AU) Substâncias capazes de reduzir as capacidades
hidroscópicas dos alimentos. Impedem que as partículas se agrupem quanto em
contato com a água.
11. Espumíferos São substâncias que influem na tensão superficial dos alimentos
interferindo na produção de espumas com o propósito de gerar espuma estável.
12. Antiespumíferos São substâncias que modificam a tensão superficial dos
alimentos. Evitam a formação de espuma em alimentos durante o seu
processamento.
13. Clarificantes São substâncias que retiram a turbidez dos alimentos.

Os aditivos 11, 12 e 13, são considerados coadjuvantes de tecnologia de fabricação.


Serve como auxiliares na elaboração de matéria-prima ou de alimentos, durante o
processo de fabricação.

FUNÇÃO E UTILIDADE DOS ADITIVOS


Considera-se seis tipos de necessidades que os aditivos devem preencher:
1. Tornar o alimento mais atrativo.
2. Manter o alimento seguro até o momento do consumo.
3. Possibilitar a diversificação de dietas.
4. Ajudar na conveniência da compra, sob os aspectos de: embalagem, Stock,
preparação e uso do alimento.
5. Vantagens econômicas, como: maior vida útil ou menor preço.
6.  Vantagens como complementação nutricional.

As principais razões para o uso de aditivos nos alimentos são:


Para manter a consistência do produto: o que mantém o sal soltinho e livre? O que
faz com que emulsões, como molhos e saladas, fiquem estáveis e não se separem?
Certos ingredientes, tais como emulsificantes, estabilizantes, expessantes e agentes anti-
aglutinantes ajudam a manter a textura e características do alimento. Exemplos incluem
alginatos, lecitina, glicerídeos, metil-celulose, pectin, gomas arábica, xantana, e outros.

Para manter ou melhor o valor nutricional: vários nutrientes dos alimentos podem


ser perdidos durante o processo de manufaturação. Por isso as indústrias adicionam
vitaminas A, D, K, ferro, ácido ascórbico, cálcio, zinco, niacina, ácido fólico, etc, a
vários alimentos, tais como a margarina ou o leite.

Para manter a palatabilidade: os alimentos perdem, naturalmente, o sabor e a frescura


devido ao envelhecimento e à exposição a agentes como umidade, oxigênio, bactérias e
fungos. Para evitar isso, as indústrias adicionam ácido ascórbico, BHT, BHA e nitrito de
sódio, numa tentativa de evitar a oxidação e a perda de sabor dos alimentos processados.

Para manter a palatabilidade: os alimentos perdem, naturalmente, o sabor e a frescura


devido ao envelhecimento e à exposição a agentes como umidade, oxigênio, bactérias e
fungos. Para evitar isso, as indústrias adicionam ácido ascórbico, BHT, BHA e nitrito de
sódio, numa tentativa de evitar a oxidação e a perda de sabor dos alimentos processados.

Para aumentar a maciez ou controlar o pH: qualquer dona de casa sabe que, sem
fermento, o bolo não cresce. O fermento pode ser um pó químico; bicarbonato de sódio.
Algumas vezes, deseja-se modificar o pH de certas comidas para melhorar o sabor ou a
aparência.
Para melhorar sabor ou cor: vários temperos naturais e aromatizantes artificiais são
empregados para melhorar o sabor dos alimentos. As cores, também, podem ser
alteradas com o uso de aditivos, numa tentativa as expectativas do consumidor.

Os aditivos alimentares e seus metabólitos são sujeitos a análises toxicológicas


rigorosas antes da aprovação do seu uso na indústria alimentícia. Os estudos são
conduzidos com espécies animais, objetivando se determinar os efeitos tóxicos a curto e
longo prazo. Estes testes monitoram o comportamento dos animais, seu crescimento,
taxa de mortalidade, reprodução, química do sangue e desenvolvimento de tumores,
durante um período de 90 dias.

vantagens e desvantagens

Vantagens dos aditivos

As principais vantagens da utilização de aditivos intencionais são aumento do tempo de


conservação dos alimentos, melhoria das propriedades dos alimentos, tais como cor e
consistência, perdidas ou diminuídas em razão do processamento a que foram
submetidos, diminuição dos custos de produção dos alimentos industrializados,
ampliação da diversidade de produtos oferecidos pelas indústrias alimentícias e efeitos
adicionais como, por exemplo, substâncias químicas que impedem o desenvolvimento
de microrganismos patogênicos.

Assim, algumas das principais vantagens dos aditivos alimentares são as seguintes:

 Antes de tudo, eles prolongam a vida útil dos alimentos e garantem sua


segurança.
 Nesse sentido o nitrito, no caso de carnes, impede o crescimento das bactérias
que dão origem a uma toxina mortal.
 Na mesma linha os propinatos, no pão, e os sorbatos, no queijo, desaceleram e
inibem o crescimento de fungos.
 Além disso, os corantes aromatizantes melhoram a aparência e o sabordos
alimentos aos quais são adicionados.
 É importante salientar que alguns aditivos ajudam a manter o valor
nutricional dos alimentos.
 Ao reduzir a deterioração dos alimentos podemos ter este produto durante todas
as estações do ano, independentemente de ser a época do alimento ou não.

Desvantagens dos aditivos

Por outro lado, algumas das principais desvantagens dos aditivos alimentares são as


seguintes:

 Os sulfitos podem causar asma, então eles são muito perigosos para asmáticos.
 Além disso, alguns aditivos têm glúten, o que significa que as pessoas que
sofrem de doença celíaca não podem comer esses alimentos.
 Até mesmo os nitratos e nitritos podem ser tóxicos se ligarem à hemoglobina,
pois há o risco de formarem compostos carcinogênicos.
 Alguns adoçantes de baixa caloria, como o aspartame, não são tolerados por
pacientes com fenilcetonúria.
 Os conservantes podem causar irritação da mucosa intestinal, diarreia,
hemorragia interna ou aumento do fígado ou dos rins.
 Aliás, alguns aditivos podem aumentar o risco de alergias.
 Para finalizar, outro adoçante, como é o caso do sorbitol, não é
recomendado para crianças, já que a ingestão excessiva pode causar diarreia e
gases estomacais
Conclusão

Nas últimas décadas, a indústria de alimentos tem se adaptado aos crescentes


requerimentos do consumidor, que tem se mostrado mais preocupado com a segurança
alimentar e mais exigente com relação aos níveis de qualidade dos alimentos. Muitos
métodos de conservação de alimentos têm sido modificados para reduzir a severidade de
técnicas mais extremas, com o objectivo de melhorar a qualidade dos produtos obtidos
e, consequentemente, aumentar sua aceitação no mercado consumidor. Além dessas
técnicas modificadas, algumas novas tem surgido, basicamente com o mesmo objectivo.
A utilização combinada de diferentes conservantes pode apresentar vantagens. Uma
combinação de diferentes compostos pode compensar as deficiências no espectro de
acção de cada um, já que nenhum conservante é activo contra todos os microrganismos.
Por exemplo, compostos de grande efectividade contra bolores e leveduras, como ácido
sórbico ou benzóico, podem ser combinados a um composto antibacteriano, como o
dióxido de enxofre, cujos efeitos antioxidantes e inibidores de enzimas são explorados
simultaneamente para inibir o crescimento de bactérias.

Aditivo alimentar é todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos


alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características
físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento,
preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou
manipulação e a combinação de conservantes pode ter três tipos de efeito: aditivo,
quando os efeitos dos compostos individuais são simplesmente adicionados para se
obter o efeito da combinação; sinérgico, quando a acção inibitória da combinação é
atingida a uma concentração menor que a dos componentes; antagônico, quando a
concentração da mistura deve ser maior que a dos compostos individuais. Uma
combinação de conservantes com efeito sinérgico permite que se reduza o teor total de
conservantes no alimento, além de reduzir efeitos sensoriais indesejáveis.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: Promovendo a
alimentação saudável. 1. ed. Brasília, 2006. E-book. Disponível em: Acesso em: 05 ago. 2016.

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Fonte: www.drmarciobontempo.com.br/www.asrotulos.com.br

https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/

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