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São Paulo
Novembro 2008
ÍNDICE
1)Introdução........................................................................................................3
2)Segurança no emprego de aditivos alimentares ............................................4
3)Justificativa para o uso de aditivos .................................................................5
4)Tipo de aditivos alimentares ...........................................................................5
5)Aditivos de cor e sabor ...................................................................................7
5.1)Corantes ....................................................................................................7
5.2)Aromatizantes e flavorizantes .....................................................................13
5.3)Edulcorantes ............................................................................................14
5.4)Realçadores de sabor .............................................................................17
6)Considerações finais .....................................................................................19
7)Referências bibliográficas .............................................................................20
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1) INTRODUÇÃO
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2) SEGURANÇA NO EMPREGO DE ADITIVOS ALIMENTARES
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3) JUSTIFICATIVA PARA O USO DE ADITIVOS
Tipo Função
Antiespumante Previne ou reduz a formação de espumas.
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duas ou mais fases imiscíveis no alimento.
Melhoradores da farinha São substâncias que ser adicionadas a farinha , melhoram sua qualidade
tecnológica
Ressaltante de sabor Ressalta e realça o sabor e/ou aroma de um alimento.
Fermentos químicos São substâncias ou misturas de substâncias que liberam gás e desta maneira,
aumentam o volume de massa.
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5) ADITIVOS DE COR E SABOR
5.1) Corantes
São substâncias, de diferentes origens, que proporcionam, intensificam ou
modificam a cor de alimentos ou outros produtos, como remédios e cosméticos,
São utilizados pelo homem desde os tempos mais remotos, como aditivo de
alimentos extraídos de plantas e de minérios. Hoje, devido aos avanços
tecnológicos, os corantes sintéticos/ artificiais são bastante utilizados, obtidos
por meio de processos químicos de síntese (Madrid, 1995).
Manter a cor natural do produto, ou intensificá-la é determinante para a
primeira avaliação do consumidor, pois antes de experimentar sensações
gustativas, ocorre a sedução inicial pela visão, que associa alimentos coloridos,
vistosos e atraentes como alimentos altamente palatáveis (Prado e Godoy,
2007).
Devido à regulamentação dos corantes e a necessidade de controle de
qualidade do governo sobre as empresas, o desenvolvimento de novas
técnicas analíticas estão sendo eficientes na resposta à demanda do número
de análises de forma rápida e, principalmente, confiável. Os métodos de
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) são os mais utilizados para se
determinar quantitativa e qualitativamente esse tipo de aditivo (Prado e Godoy,
2007).
Classificação:
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A essas quatro principais categorias convém adicionar as xantonas, a
betalaina, a cúrcuma, os taninos e o caramelo.
Estudos realizados com a bixina (urucum), usada como corante em manteigas,
queijos, margarinas e outros alimentos, apresentaram resultados de
ação antimutagênica, reduzindo as freqüências de micronúcleos e de
aberrações cromossômicas, induzidas pela radiação-gama, nas células da
medula óssea de camundongos e em linfócitos de ratos em cultura
(Thresiamma et al., 1996; Thresiamma et al., 1998).
A curcumina é considerada um agente antimutagênico e anticarcinogênico e
está sendo testada pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, por
inibir a apoptose, ação antioxidante, inibir peroxidação lipídica, entre outras
funções (Antunes e Araújo, 2000).
O alcatrão de hulha é utilizado como corante na confeitaria, cascas de queijos,
recheios de bombons, gelatinas e algumas bebidas.
Os corantes de origem animal e vegetal não toleram altas temperaturas sem
perder tonalidade, por isso é necessário o uso de corantes inorgânicos em
altas temperaturas. Os pigmentos podem se misturar para dar tonalidades
médias (Salinas, 2002).
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Cerniglia, 1992). O corante Green S também apresentou potencial mutagênico
após o tratamento agudo em camundongos, aumentando a freqüência de
aberrações cromossômicas nas células da medula óssea (Giri et al., 1992).
Alguns corantes sintéticos também podem apresentar potencial
antimutagênico, dependendo das condições experimentais. Os corantes
tartrazina, índigo e eritrosina mostraram ação antimutagênica sobre as lesões
induzidas em camundongos (Antunes e Araújo, 2000). No Brasil é permitido o
uso de onze corantes artificiais, sendo eles: Tartrazina (E-102); Amarelo
Crepúsculo (E-110); Azorrubina (E-122); Amaranto (E123); Ponceau 4R (E-
124); Eritrosina (E-127); Vermelho 40 (E-129); Azul Patente V (E-131);
Indigotina (E-132); Azul Brilhante (E-133); Verde Rápido (E143) (Prado e
Godoy, 2007).
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Tabela 1: Principais tipos de corantes orgânicos sintéticos artificiais
CORANTE ORIGEM APLICAÇÃO EFEITOS ADVERSOS
Amarelo Crepúsculo Sintetizado a partir da Cereais, balas, A tinta azóica, em algumas
tinta do alcatrão de caramelos, pessoas, causa alergia,
carvão e tintas coberturas, xaropes, produzindo urticária, angioedema
azóicas laticínios, gomas de e problemas gástricos.
mascar.
Azul Brilhante Sintetizado a partir da Laticínios, balas, Pode causar hiperatividade em
tinta do alcatrão de cereais, queijos, crianças, eczema e asma. Deve
carvão recheios, gelatinas, ser evitado por pessoas sensíveis
licores, refrescos. às purinas.
Amaranto ou Sintetizado a partir do Cereais, balas, Deve ser evitado por sensíveis à
Vermelho Bordeaux alcatrão de carvão laticínios, geléias, aspirina. Esse corante já causou
gelados, recheios, polêmica sobre sua toxicidade em
xaropes, preparados animais de laboratório, sendo
líquidos. proibido em vários países.
Vermelho Eritrosina Tinta do alcatrão de Pós para gelatinas, Pode ser fototóxico. Contém
carvão laticínios, refrescos, 557mg de iodo por grama de
geléias. produto. Consumo excessivo
pode causar aumento de
hormônio tireoidano no sangue
em níveis para ocasionar
hipertireoidismo.
Indigotina (azul Tinta do alcatrão de Goma de mascar, Pode causar náuseas, vômitos,
escuro) carvão iogurte, balas, hipertensão e ocasionalmente
caramelos, pós para alergia, com prurido e problemas
refrescos artificiais. respiratórios.
Vermelho Ponceau Tinta do alcatrão de Frutas em caldas, Deve ser evitado por sensíveis à
4R carvão laticínios, xaropes de aspirina e asmáticos. Podem
bebidas, balas, causar anemia e aumento da
cereais, refrescos e incidência de glomerulonefrite
refrigerantes, (doença renal).
sobremesas.
Amarelo Tartrazina Tinta do alcatrão de Laticínios, licores, Reações alérgicas em pessoas
carvão fermentados, sensíveis à aspirina e asmáticos.
produtos de cereais, Recentemente tem-se sugerido
frutas, iogurtes. que a tartrazina em preparados
de frutas causa insônia em
crianças. Há relatos de casos de
afecção da flora gastrointestinal.
Vermelho 40 Sintetizado Alimentos à base de Pode causar hiperatividade em
quimicamente cereais, balas, crianças, eczema e dificuldades
laticínios, recheios, respiratórias.
sobremesas, xaropes
para refrescos,
refrigerantes, geléias.
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Orgânico sintético idêntico ao natural - são aqueles iguais ao princípio ativo,
obtido do corante natural, mas são obtidos por síntese orgânica, através de
processos tecnológicos. Os corantes idênticos aos naturais permitidos pela
legislação brasileira são o beta-caroteno, o beta apo-8-carotênico, éster etílico
de beta apo-8-carotênico, riboflavina e xantofila.
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Vermelho de beterraba, betanina
Antocianinas:
- pelargonidina, cianidina
- peonidina, delfinidina
- petunidina, malvidina
Orgânico sintético artificial Amarelo crepúsculo
Laranja GGN
Amarelo ácido ou amarelo sólido
Tartrazina
Azul brilhante FCF
Azul de idantreno RS ou Azul de alizarina
Indigotina
Bodeaux S ou amaranto
Eritrosina
Escarlate GN
Vermelho sólido E
Ponceau 4 R
Vermelho 40
Orgânico Sintético idêntico ao natural Beta-caroteno
Beta-Apo-8´-carotenal
Éster etílico do ácido beta-Apo-8´ carotênico
Cantaxanteno
Complexo cúprico da clorofila e clorofilina
Caramelo amônia
Inorgânico (pigmentos – emprego limitado Carbonato de cálcio
à superfície) Dióxido de Titânio
Óxido e hidróxido de ferro
Alumínio
Prata
Ouro
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5.2) Aromatizantes e Flavorizantes
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Os aromatizantes naturais, por exemplo as especiarias, de uso cotidiano e
intenso, como as de origem floral, (açafrão e o cravo da Índia); das frutas
(baunilha, coriandro, pimenta, zimbro e o cominho); das sementes,
(cardamomo, mostarda, noz-moscada e o anis); dos rizomas e
raízes(gengibre, cúrcuma e a angélica); das folhas (orégano, tomilho, louro) ; e
das cascas,(canela).
Pode-se obter os aromas de frutas através de concentração à vácuo , extração
e fermentação. Em alguns casos, podem ser substituídos por produtos de
síntese ou grupos químicos, como beta-metilfenilglicidato de etilo, que
proporciona aroma de semelhante ao morango; butirato de benzilo, semelhante
ao ananás;a etilvanilina, semelhante a vanilina; gama-undecalactona,
semelhante ao pêssego; e acetato de amilo, semelhante a banana, entre
outros. Os aromatizantes artificiais, obtidos por meio de síntese, são muito
mais utilizados nos alimentos, pelo seu alto poder aromatizante, baixo custo e
persistência do aroma.
Não há perigo de toxicidade nos aromatizantes naturais, já nos artificiais,
quando aplicados em baixa dose, não há risco. Quando as doses são
elevadas, podem provocar ações irritantes e narcóticas, outros podem produzir
toxicidade crônica a longo prazo, sempre que sejam empregados em doses
superiores às recomendações (Salinas,2002).
5.3) Edulcorantes
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São classificados em edulcorantes naturais e artificiais.
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elevação da temperatura, como o aspartame. Quando associado à sacarina, o
ciclamato atenua seu sabor desagradável. Foi banido nos Estados Unidos em
1970 devido a estudos que indicavam que o ciclamato seria potencialmente
carcinogênico em ratos. Entretanto, novas pesquisas garantem a sua
segurança e o produto é comercializado em mais de 50 países. Existe uma
petição no FDA para que seja reintroduzida no mercado americano.
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estévia como suplemento alimentar. A estévia não possui calorias,possui poder
edulcorante 300 vezes mais do que o açúcar e não é metabolizada. Tem gosto
amargo de ervas ou alcaçuz no momento da ingestão, ao contrário da sacarina,
cujo amargor emerge como resíduo no final da degustação. Tem boa
estabilidade em altas ou baixas temperaturas.. A estévia reduz a glicemia pós-
prandial de pacientes com diabetes tipo 2. O uso de estévia pode modificar o
resultado de testes de tolerância à glicose, reduzindo significativamente os
níveis de glicemia. Esse duplo efeito (anti-hipertensivo e anti-hiperglicêmico)
torna a estévia particularmente indicada no tratamento de pacientes obesas
com síndrome metabólica e pode ser usada em pacientes com fenilcetonúria e
não foram descritas reações alérgicas até o momento (Torloni et al, 2007).
Glutamato monossódico:
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sistema nervosa também, levantaram questões sobre sua segurança.
Conhecimentos científicos sobre como o corpo metaboliza o glutamato
cresceram rapidamente durante a década de 80, mostrando que o glutamato
possui importante papel no funcionamento normal do sistema nervoso. A
questão que surge a partir disto é se o glutamato adicionado aos alimentos
possuem a mesma função ou contribui para o aparecimento de doenças
neurológicas (FDA, 1995) .A utilização do realçador de sabor glutamato
monossódico é permitida pela Legislação Brasileira (Resolução RDC n. 1, de 2
de Janeiro de 2001, da Anvisa), não existindo um limite para a sua adição nos
alimentos. A adição corresponde ao "quantum satis", ou seja, a quantidade
necessária para dar o sabor desejado (Guimarães e Lanfer-Marquez, 2005).
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6) CONSIDERAÇÕES FINAIS
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7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADA Reports. Position of the american dietetic association: use of nutritive and
nonnutritive sweeteners., v.104, p.255-275, 2004.
Giri, AK., Sivam, SS. ,Kahn, KA., Sethi, N. Sister chromatidexchange and
chromosome aberrations in mice after in vivo
exposure of green S - a food colorant. Environmental and Molecular
Mutagenesis, New York, v.19, n.3, p.223-226,
1992.
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Salinas, RD. Alimentos e Nutrição:Introdução à Bromatologia. 3ªEd.Porto
Alegre:Artmed,2002
Torloni, MR. et al. O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos
disponíveis no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2007; 29(5):267-75.
http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/80_2000.htm (acesso em
9/11/08)
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