Você está na página 1de 9

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


CÂMPUS CAMPO MOURÃO

TRABALHOS: CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DE ADITIVOS

ALUNOS: RA:
Isabella Salvat Luccas 2103834

Professora: Bogdan Demczuk Júnior


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CÂMPUS CAMPO MOURÃO

APUCARANA
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3

2. HISTÓRICO 3

3. FUNÇÃO DOS ADITIVOS 4

4. TIPOS DE ADITIVOS 4

4.1 Corantes 4

4.2 Aromatizantes ou Flavorizantes 5

4.3 Conservantes 5

4.4 Antioxidantes 5

4.5 Edulcorante 5

4.6 Acidulante 5

4.7 Espessante 6

4.8 Estabilizante 6

4.9 Umectante 6

4.10 Antiumectantes 6

4.11 Espumíferos e antiespumíferos 6

5 LEGISLAÇÃO 7

REFERÊNCIAS 8
1. INTRODUÇÃO

A mudanças nas formas de conservação de alimentos foram


amplamente atualizadas com o passar do tempo. No passado, os alimentos
eram consumidos frescos, uma vez que não havia conhecimento de como
conservá-los. No entanto, as tecnologias das indústrias química e alimentícia
foi modernizada, gerando questionamentos quanto a segurança da
implementação de novas técnicas de conservação, dentre elas o uso de
aditivos alimentares.
Segundo SOUZA et al (2019), os aditivos são empregados na
conservação de alimentos com a finalidade de atribuir, modificar ou realçar
suas principais características, dentre elas cor, sabor, aroma e textura. Tais
alterações podem inibir futuras alterações nesse produto final, deixando-o mais
agradável para ser consumido [1].
A introdução de aditivos na indústria alimentícia traz novos pontos de
discussão para pesquisadores da área. Um grande questionamento acerca dos
aditivos é o quando eles influenciam na saúde e nutrição, visando sempre que
sejam não nocivos aos consumidores. Para isto, há valores de ingestão diária
aceitáveis (IDA) que não devem ser ultrapassados, afim de evitar deterioração
na saúde humana [2].

2. HISTÓRICO

Sabe-se que há muito se usa sal ou frio para conservar alimentos. No


entanto, essas são técnicas rudimentares de conservação. As primeiras
aparições de aditivos químicos na história datam de 1847, quando Blondeau
identificou o ácido lático como um produto da fermentação do leite.
Posteriormente, em 1943, Alexander Fleming descobre a penicilina, a qual foi
usada durante a Segunda Guerra Mundial para prevenir as mortes causadas
por ferimentos infetados.
Um marco importante no Brasil aconteceu na década de 1990 no Brasil,
quando a portaria número 159, de 13 de junho de 1992, do Ministério da
Agricultura e Reforma Agrária, proibiu o uso de determinadas drogas nas
rações animais, deixando claro que a preocupação com o uso de antibióticos é
cada vez mais evidente no Brasil, porque o país exporta produtos de origem
animal para países europeus [3].

3. FUNÇÃO DOS ADITIVOS

O aditivo alimentar, ou intencional, segundo a Agência Nacional de


Vigilância
Sanitária (ANVISA) é todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente
aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as
características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação,
processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento,
armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Esta definição
consta na portaria nº 540 - SVS/MS de 27 de outubro de 1997 publicada pela
Anvisa (BRASIL, 1997) [4].
Já os aditivos acidentais ou contaminantes são, de acordo com o Decreto-
Lei 986, de 21 de outubro de 1969, substâncias residuais ou migradas,
presentes no alimento em decorrência dos tratamentos prévios a que se
tenham submetido à matéria-prima alimentar, e o alimento “in natura”. E do
contato do alimento com os artigos e utensílios empregados nas suas
diferentes fases de fabricação, manipulação, embalagem, estocagem,
transporte ou venda [5].

4. TIPOS DE ADITIVOS

O uso de aditivos é descrito no Decreto n° 55.871 de 26/03/1965. O mesmo


categoriza 11 tipos de aditivos, que serão explicados neste tópico.

4.1 Corantes

São substâncias que conferem, intensificam ou restauram a cor de um


alimento. Há corantes naturais, como a cúrcuma/ curcumina (INS 100),
Clorofila (INS 140i). E há os corantes artificiais como Ponceau 4R (INS 124),
Eritrosina (INS 124), Tartrazina (INS 102) e Indigotina (INS 132).

4.2 Aromatizantes ou Flavorizantes

São substâncias ou mistura de substâncias com propriedades aromáticas


e/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos
alimentos. Podemos exemplificar os naturais como óleos essenciais, extratos,
bálsamos e os artificiais como aromatizantes idênticos ao natural, misturas
de aromatizantes, aromatizantes de reação/ transformação.

4.3 Conservantes

São substâncias que impedem ou retardam a alteração dos alimentos


provocada por microrganismos ou enzimas. Os conservantes só são
encontrados de forma artificial e podem ser: ácido benzóico (INS 210),
ácido sórbico (INS 200), dióxido de enxofre (INS 220).

4.4 Antioxidantes

São substâncias que retardam o aparecimento de alteração oxidativa no


alimento. Podemos citar os naturais como tocoferol (INS 307). E os
artificiais, como butil hidroxianisol BHA (INS 320 ), butil hidroxitolueno BHT
(INS 321).

4.5 Edulcorante

São substâncias diferente dos açúcares que conferem sabor doce ao


alimento. Edulcorantes são artificiais e podemos citar: sacarina e seus sais
de sódio, potássio e cálcio (INS 954), acessulfame de potássio (INS 950).

4.6 Acidulante
São substâncias que aumentam a acidez ou conferem um sabor ácido aos
alimentos. São artificiais e seus principais exemplos são: ácido cítrico (INS
330),
ácido tartárico (INS 334), ácido fosfórico (INS 338).

4.7 Espessante

São substâncias que aumentam a viscosidade de um alimento. Podemos


citar carboximetilcelulose sódica (INS 466) como espessante natural e
carragena (INS 407) e goma guar (INS 412) como espessante artificial.

4.8 Estabilizante

São substâncias que tornam possível a manutenção de uma dispersão


uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. Um exemplo
de estabilizante natural e o ágar (INS 406).

4.9 Umectante

São substâncias que protegem os alimentos da perda de umidade em


ambiente de baixa umidade relativa ou que facilita a dissolução de uma
substância seca em meio aquoso. Recebem também o nome de surfactante.
Pode-se citar o umectante artificial lactato de sódio (INS 325).

4.10 Antiumectantes

São substâncias capazes de reduzir as características higroscópicas


(característica a qual a substância absorve água do ambiente) dos alimentos e
diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas individuais.
Alguns exemplos que podemos citar de umectantes são dióxido de silício (INS
551), carbonato de cálcio (INS 170i) e alumínio silicato de sódio (INS 554).
4.11 Espumíferos e antiespumíferos

Espumíferos são substâncias que possibilitam a formação ou a manutenção


de uma dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou
sólido. Já os antiespumíferos são substâncias que previnem ou reduzem a
formação de espuma. Temos como exemplo o silicone

5 LEGISLAÇÃO

A Norma Geral de Aditivos Alimentares do Codex descreve a quantidade de


aditivos alimentares (GSFA, Codex STAN 192-1995). A CODEX desenvolveu o
Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares, também definido
como INS (Internacional Numero Sistema), que consiste de um sistema
numérico de uso internacional na identificação dos aditivos alimentares,
podendo constar no rótulo apenas o número do aditivo, o que substitui o nome
original (CODEX ALIMENTARIUS, 2019) [6].
Sobre a utilização de aditivos em alimentos, podemos afirmar que:

É importante salientar que para a utilização de aditivos


alimentares existe uma preconização vigente que
avalia o tipo, seu nível de segurança e seus aspectos
tecnológicos, permitindo ou não a adição dos mesmos

em alimentos (AUN et al., 2011) [2].

A avaliação dos aditivos alimentares no âmbito mundial é baseada no


controle das IDAs (Ingestão Diária Aceitável), a qual foi desenvolvida
principalmente pela OMS (Organização Mundial de Saúde) [7].
REFERÊNCIAS
[1] SOUZA, Betina Aguiar de; PIAS, Kathielly Kaiper Silveira; BRAZ, Naiane
Gomes; BEZERRA, Aline Sobreira. ADITIVOS ALIMENTARES: aspectos
tecnológicos e impactos na saúde humana. Revista Contexto & Saúde, [S.L.],
v. 19, n. 36, p. 5-13, 11 jul. 2019. Editora Unijui.
http://dx.doi.org/10.21527/2176-7114.2019.36.5-13.
[2] AUN, M. V. et al. Aditivos em alimentos. Revista Brasileira de Alergia e
Imunopatologia, v. 34, n. 5, p. 177-185, 2011.
[3] EVOLUÇÃO histórica dos aditivos. 2003. Disponível em: https://www.suíno
culturaindustrial.com.br/imprensa/evolucao-historica-dos-aditivos/20031020-043503-
0283. Acesso em: 01 maio 2022
[4] BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Legislação.Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o
Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares – definições, classificações e
emprego. [acesso em 2019 set 20]; Disponível em: http://www.anvisa.gov.br
[5] BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população
brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da
Saúde,2014.
[6] CODEX ALIMENTARIUS – Normas Internacionales De Los Alimentos.
NORMA GENERAL PARA LOS ADITIVOS ALIMENTARIOS CODEX STAN
192-1995. 2019.Disponível em:<http://www.fao.org/fao-who-codex
alimentarius/sh-proxy/en/?lnk=1&url=https%253A%252F%252Fworkspa
ce.fao.org%252Fsites%252Fcodex%252FStandards%252FCXS%2B192-1995
%252FCXS_192s.pdf> Acessado em: 20 set.2019c.
[7] Organización Mundial de la Salud. Norma general para los aditivos
alimentarios. CODEX STAN 1995;192.

Você também pode gostar