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Adoçantes & Edulçorantes

Adoçantes dietéticos são produtos formulados para o consumo de pessoas que tem alguma restrição no consumo
de açúcar devido a problemas de saúde, como no caso do diabetes mellitus. Dessa forma as matérias primas
frutose, sacarose e glicose não pode ser usada em sua formulação.

No universo dos adoçantes, há aqueles criados em laboratórios (artificiais) e os que foram extraídos da natureza
(naturais) — e a tendência é que os últimos sejam vistos como menos nocivos. Só que, do ponto de vista de
segurança, a realidade é que não há diferenças significativas entre os dois grupos, dessa forma o melhor adoçante
é aquele que mais agrada o paladar da pessoa que tem indicação do seu uso.

Edulcorantes são substâncias orgânicas, de origem natural ou sintética, que apresentam


como principal característica a capacidade de adoçar alimentos e bebidas. Por essa razão, já
há algum tempo, eles têm sidos adicionados a alimentos e bebidas industrializados para
substituir a sacarose (açúcar comum).

•Auxiliar na redução da ingestão de calorias, já que, de forma geral, os edulcorantes causam


a produção de baixíssima ou nenhuma quantidade de calorias;

•Promover a ingestão de alimentos com baixo ou nenhum teor de açúcar para diabéticos ou
pessoas com restrições alimentares.

Exemplos e características de alguns edulcorantes


a) Sacarina
Trata-se de um edulcorante sintético obtido a partir da reação química entre o ácido
acetacético e sulfâmico. Seu poder adoçante é 200 a 300 vezes maior em relação ao açúcar
comum (sacarose). Sua fórmula estrutural está representada a seguir:

A sacarina, que apresenta grupo funcional de sal orgânico, possui elevada solubilidade em
água e deixa um forte sabor residual amargo quando ingerido.

É um edulcorante que possui uma boa estabilidade quando submetido a calor, sendo
comumente utilizado em alimentos e bebidas dietéticas.

b) Acesulfame-K
Trata-se de um edulcorante sintético obtido a partir da reação química entre o ácido
acetacético e sulfâmico. Seu poder adoçante é 200 a 300 vezes maior do que o do açúcar
comum (sacarose). Sua fórmula estrutural está representada a seguir:

O composto apresenta grupos funcionais de sal orgânico. Possui ainda boa solubilidade em
água e deixa sabor residual desagradável no alimento. Quando utilizado, deve ser misturado
com outros componentes para diminuir o sabor amargo.

c) Stevia
Trata-se de um edulcorante de origem natural obtido a partir de uma planta denominada Stevia
(Stevia rebaudiana), sendo seu poder adoçante 300 vezes maior do que o do açúcar comum
(sacarose). Sua fórmula estrutural está representada a seguir:

O composto apresenta grupos funcionais de álcool e ácido carboxílico. É um edulcorante que


não apresenta uma boa solubilidade em água, sendo é bastante estável ao aquecimento.
d) Aspartame
Trata-se de um edulcorante sintético obtido a partir da reação química entre a fenilalanina e o
ácido aspártico, sendo seu poder adoçante 100 a 200 vezes maior em relação ao açúcar
comum (sacarose). Sua fórmula estrutural está representada a seguir:
O composto apresenta grupos funcionais de ácido carboxílico, amina, amida e éter. Em
temperatura ambiente, é um sólido branco que apresenta boa solubilidade em água, não
deixando um sabor residual amargo na boca.
Vale ressaltar que ele é um edulcorante termossensível, ou seja, não é estável em
temperaturas acima de 45oC. Assim, não é utilizado em alimentos que devem sofrer
aquecimento.
e) Sorbitol
Trata-se de um edulcorante natural que pode ser encontrado em frutas. Seu poder adoçante é
menor do que o do açúcar comum (sacarose). Sua fórmula estrutural está representada a
seguir:
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O composto apresenta grupos funcionais de álcool, sendo, então, um poliol. Em temperatura


ambiente, é um sólido esbranquiçado com alta solubilidade em água e gera a produção de
apenas 4 cal/g.

f) Xilitol
O xilitol é um edulcorante produzido em baixíssimas concentrações em frutas, vegetais e
animais. Comercialmente, ele é obtido a partir da hidrogenação de uma substância orgânica
denominada xilose. Veja a fórmula estrutural do xilitol:
O composto apresenta grupos funcionais de álcool, sendo, então, um poliol. Em virtude da
presença de tantas hidroxilas, é bastante solúvel em água, além de ser bastante estável
quando submetido a aquecimento.

g) Sucralose
Trata-se de um edulcorante sintético obtido a partir da reação de cloração da sacarose. Seu
poder adoçante é 600 vezes maior do que o do açúcar comum. Sua fórmula estrutural está
representada a seguir:

O composto apresenta grupos funcionais de álcool, haleto orgânico e éter. Possui boa
solubilidade em água e compatibilidade química com outros componentes presentes nos
alimentos.

Legislação sobre os edulcorantes


A Portaria SVS/MS nº 540, de 27 de outubro de 1997, proposta pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que um aditivo alimentar só poderá ser utilizado quando
estudos toxicológicos forem conclusivos positivamente, atestando risco mínimo aos
consumidores.

Esse órgão limitou a quantidade de consumo de diversos edulcorantes no Brasil, como


podemos observar a seguir:

•Sacarina: 5 mg do edulcorante a cada quilograma corporal;

•Acesulfame-K: 9 a 15 mg do edulcorante a cada quilograma corporal;

•Stevia: 5,5 mg do edulcorante a cada quilograma corporal;

•Aspartame: 40 mg do edulcorante a cada quilograma corporal;

•Sucralose: 15 mg do edulcorante a cada quilograma corporal.

Obs.: Não houve ainda especificações para o sorbitol e xilitol.


Aplicações e benefícios dos edulcorantes
Os edulcorantes, além de serem utilizados como aditivos alimentares, apresentam ainda
diversas outras utilizações, como:

•Produção de xaropes medicinais

•Produção de medicamentos diversos


•Produção de pastas dentais

•Produção de soluções bucais

Essas outras utilizações dos edulcorantes baseiam-se em estudos científicos que atestaram os
seguintes benefícios dessas substâncias:

•Prolongam a vida útil do alimento (redução da ação bacteriana e fúngica nos alimentos);

•Efeito não cariogênico (diminuição da incidência de cárie);

•Efeito anti-hipertensivo (estudos indicam a diminuição ou regulação da pressão arterial);

•Anti-hiperglicemiante (estudos indicam a redução do nível de glicose no sangue);

•Ação anti-inflamatória;

•Ação imunomoduladora (estudos indicam o aumento da produção de anticorpos).

Malefícios provocados pelo uso dos edulcorantes


O uso crônico ou em doses acima das especificadas pela legislação, segundo diversos estudos
científicos, pode causar os seguintes problemas (os quais não estão associados ao consumo
de todos os edulcorantes):

•Doença renal

•Câncer na bexiga

•Reações alérgicas

•Alguns tipos de cânceres

•Doença de Alzheimer

•Doença de Parkinson

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