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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS


DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA III

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD)

Componentes:
LAUANDICE NOGUEIRA
MANOEL LIMA
MARCOS LEITE
ROMES SILVA
TAYANE AGUIAR
INTRODUÇÃO
A cromatografia é uma técnica de separação baseada na
distribuição dos componentes de uma mistura entre um fluido (fase
móvel ) e um adsorvente (fase estacionária). A fase estacionária
pode ser um sólido ou um líquido depositado num sólido inerte,
empacotado numa coluna ou espalhado por uma superfície
formando uma camada fina.
A cromatografia de origem no termo grego “chroma+graphein”
ganhou importância como método de separação por volta de 1903,
com o botânico Mikhail Semenovich Tswett , nascido em Asti (Itália),
sendo a sua família de origem russa. Este investigador desenvolveu
vários trabalhos experimentais no domínio da separação de
extractos de plantas por adsorção diferencial em colunas, usando
carbonato de cálcio como fase estacionária e um éter de como
eluente. Nestas experiências, verificou-se a formação de bandas de
cores diferentes nas colunas utilizadas devido à adsorção
diferencial dos pigmentos corados, que percolavam com
velocidades diferentes e emergiam separadamente da coluna. Este
investigador foi mais tarde considerado o pai da cromatografia
devido à sua valiosa contribuição no desenvolvimento desta
técnica.
ADSORVENTES

O mercado dispõe de uma grande variedade de


adsorventes para fins cromatográficos, os quais
podem ser adquiridos para a confecção de
placas no próprio laboratório ou como placas
pré-fabricadas, nas quais esses adsorventes são
espalhados em camadas de diferentes
espessuras. Alguns dos principais fornecedores
desses produtos são: Merck, Macherey-Nagel,
entre outros. Entre os adsorventes mais
utilizados em CCD estão a sílica, a alumina, a
celulosa.
Exemplos de adsorventes
Adsorventes em farmacologia
Grupos principais
Existem duas categorias principais
dependendo do seu uso de
adsorventes e do modo de aplicação.
Alguns pós para a aplicação externa,
como as argilas, também ser usadas
por aplicação por via oral, da mesma
forma, alguns pós de uso
gastrointestinal podem ser usados
externamente, como o caulim. • A CaCO3
ação física em ambos os grupos é o
mesm
Exemplos de adsorventes
Adsorventes
gastrointestinais
Eles são administrados por via oral
e são usados como antídotos para
alguns casos de envenenamento e
como antidiarréico. Eles são usados
na medicina para corrigir venenos
como alcalóides que foram
engolidos de forma a atrasar e inibir
a sua absorção pela corrente
sanguínea. Outro uso é para
absorver as toxinas que produzem alcalóides
diarréia. Os adsorventes
gastrointestinais comumente
utilizados são os seguintes:
Cromatografia do extrato de folhas

Botanico Russo
Mikhail
Exemplo de cromatografia em
camada delgada
Laundice
Principais Adsorventes Utilizados em
CCD
Sílica
 Alumina
Terra Diatomácea
 Celulose
Poliamida
Outros poucos utilizados
Sílica (SiO2)
-Altamente poroso; é um dos adsorventes mais
utilizados em cromatografia por adsorção;

- Apresenta caráter fracamente ácido;

- Existem vários tipos de sílica disponíveis no


comercio;

- Em geral, a sílica é empregada na separação de


compostos lipofílicos como: aldeídos, cetonas, fenóis,
ácidos graxos, aminoácidos, alcalóides, terpenoides e
esteróides;
ALUMINA (AL2O3)

-Depois da sílica é o adsorvente mais utilizado;

- Tem características alcalinas;

- Pode ser preparada com características ácidas,


neutras ou alcalinas;
TERRA DIATOMÁCEA

-É um adsorvente neutro

-É menos adsorvente e com menor poder de


resolução quando comparada com a sílica e a
alumina

-Pode ser encontrada comercialmente como


aglutinante
CELULOSE
Tem sido empregada como suporte da fase
estacionária líquida em cromatografia por
partição ou troca iônica

A celulose microcristalina pode ser empregada


em todos os tipos de separações realizáveis por
cromatografia em papel

As diferentes celuloses tem sido empregadas na


separação de ácidos carboxílicos, aminoácidos,
carboidratos, cátion inorgânicos e fosfatos, entre
outros
POLIAMIDA
Poliamida11, formado a partir do ácido
poliaminoundecanóico(nylon 11)

Poliamida 6, formado a partir da


aminopolicaprolactama ( perlon )

Tem sido empregada com maior freqüência na


separação de fenóis, e de ácidos carboxílicos

Sua utilização é comprometida pela dificuldade de


separação das cromatoplacas no laboratório
Marcos
Cromatografia em Camada Delgada
(TLC)

• Técnicas Gerais •
01 - Preparação de Placas

– As placas podem ser preparadas por:

1 – Espalhamento

2 – Placas Pré - Fabricadas


Preparação por Espalhamento:

- Inicia-se com a limpeza da placa de vidro, procurando-se


eliminar toda a gordura de sua superfície;

- Os espalhadores geralmente são feitos com placas de 20


cm de comprimento e largura variável;

- Prepara-se a suspensão do adsorvente no solvente


adequado, mantendo-se a placa na horizontal;

- Para placas pequenas, deve-se fazer a imersão da placa


em uma suspensão do adsorvente, mantido em um frasco
de boca larga;
Placas Pré-Fabricadas
 Possuem custo mais elevado, contudo, dispensam a fase de
preparação;

 Por serem mais uniformes e homogêneos, melhoram a separação;

 Para não ocorrer variação no resultado da cromatografia, deve-


se observar a colocação das amostras exatamente na mesma linha
de partida;

 Se por um acaso ocorrer variação no resultado, pode-se


contornar a situação com o uso de cromatoplacas com zona de
concentração;

 Em produtos disponíveis no comercio, a zona de concentração


pode ser de dióxido de silício (SiO2) ou terra diatomácea;
02 – Ativação Das Placas:

- Dependendo da atividade desejada ou


adsorvente utilizado, tempo e temperatura são
utilizados para a ativação das placas;

- Altas temperaturas por longos tempos, tornam


a maioria dos adsorventes mais ativos.
03 – Seleção da Fase Móvel:

- Possui papel fundamental na separação da


mistura;

- Considera-se a natureza química das


substâncias a serem separadas e a polaridade da
fase móvel;

- Pequenas variações na composição da fase


móvel levam a grandes alterações no
deslocamento da mancha.
04 – Aplicação das Amostras nas
Cromatoplacas:
-São aplicadas na forma de soluções, em solventes voláteis, que
possam ser facilmente eliminados após a aplicação;

- Soluções muito diluídas podem exigir a aplicação de um


volume grande de amostra e, consequentemente, aumentar
muito o diâmetro da mancha;

- Em placas preparativas, a aplicação pode ser feita à mão,


com auxilio de pipetas ou utilizando-se aplicadores
automáticos de amostras;

- A aplicação deve ser feita de maneira rápida e bem


uniforme.
Tayane
Desenvolvimento das placas
A cromatografia busca o melhor
desenvolvimento para obter a separação dos
componentes na amostra. Pode-se citar as
seguintes:
Desenvolvimento das placas
O desenvolvimento mais utilizado é a técnica
ascendente, a qual pode ser considerada a
técnica básica.
A cromatografia unidimensional com fase
móvel e adsorvente puro, consiste em:
Inserir a fase móvel (ou solvente) em uma
cuba;
Colocar a placa na cuba, de modo que a
placa fique quase na posição horizontal;
Forças capilares movem o solvente para
cima;
Desenvolvimento das placas

 Após uma distancia necessária, remove-se a


placa;
 Marca-se a posição da frente de solvente com um
objeto pontudo;
 Seca-se a placa em capela ou estufa;
Desenvolvimento das placas
Pode ser colocado fitas de papel de filtro
molhadas com o solvente, nas paredes das cubas
para garantir a saturação da cuba.
Esse procedimento pode ser realizado utilizando
mais de uma placa em uma mesma cuba
cromatográfica, pois existem cubas que permitem
vários procedimentos ao mesmo tempo.
Desenvolvimento das placas
O processo que ocorre no desenvolvimento é:
 Fase móvel é evaporada;
 O líquido da superfície da placa é condensado;

 Esse processo de evaporação/condensação


deve ser produtivo para que o Rf também seja;
Desenvolvimento das placas
Para obter uma boa resolução dos
componentes, pode ser usada também a
cromatografia bidimensional;
Neste desenvolvimento a amostra é
colocada em um ângulo e o
desenvolvimento é em outro sentido;
Retira-se a placa, após um giro de 90° é
devolvida à cuba, utilizando a fase móvel
diferente;
Desenvolvimento das placas
 A cromatografia ascendente unidimensional com
múltiplo desenvolvimento consiste no mesmo
processo que a unidimensional, porém é realizada
diversas vezes com a mesma fase móvel.
 Os desenvolvimentos horizontal e circular também
produzem bons resultados, porém são menos
utilizados.
 As placas ficam apoiadas na posição horizontal:
Desenvolvimento das placas
 No desenvolvimento horizontal a amostra é
colocada em uma das extremidades da placa.
Pode ser feita em câmaras de desenvolvimento
especiais.
 No desenvolvimento circular a amostra é colocada
em um circulo ao redor do centro. Um
equipamento que pode ser utilizado é o
Chromatotron:
Revelação dos cromatogramas
Após o desenvolvimento dos cromatogramas as
placas são secas e reveladas (detectadas).
Essa detecção se dá:
 Substancias coloridas são detectadas
diretamente na fase estacionária;
 Substancias incolores podem ser detectadas
das seguintes maneiras:
 Através de luz ultravioleta, se a substância for
fluorescente;
 Utilizando adsorventes impregnados com
reagentes fluorescente, se a substância não for
fluorescente;
Revelação dos cromatogramas
Assim como na cromatografia de papel, as
substâncias podem ser detectadas
borrifando a placa com um reagente
apropriado;
Documentação

Depois da revelação das substâncias, pode


haver diferentes formas de documentação:
Desenhando as placas;
Delineando a placa sobre um papel de
seda transparente;
Fotografando;
Ou por métodos mais sofisticados.
Medida e identificação dos solutos
Um bom resultado depende dos solventes de
desenvolvimento e das afinidades do soluto pelo
adsorventes da placa.
Sob condições de temperatura constante, sistema
de solvente e adsorventes, qualquer soluto
move-se com uma razão constate em relação à
frente do soluto.
Esta razão é conhecida como Rf, onde:
Rf = distância do composto à linha de origem
distância da frente de solvente á linha de origem
Medida e identificação dos solutos

Este é considerado o parâmetro mais


importante da cromatografia em camada
delgada.
Análises Quantitativas
A CCD pode ser utilizada como um método
quantitativo de análises, diretamente sobre a
camada de adsorvente ou retirando-se da placa
área que contenha a substância, que é então
eluída e quantificada.
 O método mais utilizado é a densitometria;
 Outros métodos são a medida de fluorescência e
de radioatividade;
 As dosagens são feitas através de comparações
com padrões.
Manoel
Classificação dos Métodos
cromatográficos
CROMATOGRAFI
A

PLANAR COLUNA

CENTRÍFUGA CCD CSC GASOSA

CP CG CGAR

LÍQUIDA

CLÁSSICA CLAE
USO DA CCD
identificação de compostos (drogas
vegetais), comparando com padrões
previamente existentes;

para a purificação de compostos, separando-


se as substâncias indesejáveis;

e para a separação dos componentes de uma


mistura

fitoterapia: controle de qualidade.


APLICAÇÃO

Indústria Farmacêutica; Indústria de


Alimentos; Indústria Petroquímica; Análise
Forense; Química Orgânica; Bioquímica;
Farmacologia; Análises Clínicas e Produtos
Naturais (Farmacognosia).
VANTAGENS DA CCD

 fácil compreensão e execução;

 separações em breve espaço de tempo;

 versatilidade;

 grande reprodutibilidade;

 baixo custo.
CROMATOGRAFIA EM
CAMADA DELGADA DE ALTA
EFICIÊNCIA
HPTLC ou simplesmente cromatografia em
camada fina com alta resolução que é o mesmo
que cromatografia delgada de alta eficiência
(CCDAE) .
É uma técnica de alta resolução (eficiência)
essa alta resolução é possível graças:
melhoria na qualidade dos adsorventes;
melhoria no procedimento de aplicação das
amostras.
PROBLEMA DA HPTLC

•Como é muito sensível e a camada de


adsorvente é muito fina que a usada em
CCD a aplicação da amostra na camada
adsorvente é um processo crítico.
• A análise dessa tabela permite verificar que
comparativamente, a CCDAE é uma técnica
mais rápida, eficiente, e resulta em menores
limites de detecção que a CCD convencional;
pode-se dizer se trata de um seu
aperfeiçoamento, com aplicações indicada
quando se pretende efetuar a análise
quantitativa.
A Variação do Volume

Fase móvel: CHCl3:MeOH (8,5: 1,5 v/v). Revelação com vapores de iodo
A Variação do Volume

Fase móvel: CHCl3:MeOH (8,0:2,0 v/v). Revelação com vapores de iodo


CCD EM DUAS DIMENSÕES
DESENVOLVIMENTO DA
CROMATOGRAFIA EM CAMADA
DELGADA
OBRIGADO!

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