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BIOMECÂNICA BÁSICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

Guilherme Gularte De Agostini


34 – 9971 1373
ggagostini@centershop.com.br
CURSO DE BIOMECÂNICA
 Conceitos e funções Biomecânicas;
 Avaliação Quantitativa x Qualitativa;
 Planos e Eixos de Movimento;
 Cinemática Linear;
 Cinemática Angular;
 Cinética Linear;
 Equilíbrio;
 Cinética Angular;
 Movimento nos Fluídos.
CONCEITOS DE
BIOMECÂNICA
 É a ciência que examina as forças internas
e externas que atuam no corpo e seus
efeitos (HAY, 1981)

 É a aplicação de princípios mecânicos ao


estudo dos organismos vivos (HALL, 1999)

 É o estudo da aplicação da mecânica aos


sistemas biológicos (HAMIL, 1999)
PARA QUE SERVE ESTUDAR
BIOMECÂNICA

 Visto que o conhecimento de uma técnica


específica necessariamente precede qualquer
tentativa de ensinar ou treinar outros a mais
altos níveis de conhecimento, desta forma
admite-se que o conhecimento de
BIOMECÂNICA deva ser de capital
importância.
QUAL É A FUNÇÃO DA
BIOMECÂNICA

 HAY (1981),  Biomecânica é a única base


sólida e lógica para avaliar as técnicas para
os quais a nossa atenção foi atraída pela
observação dos campeões.

 HALL (1999)  Biomecânica tem a função


de analisar e solucionar problemas
relacionados com a mecânica de movimento
humano.
O QUE ABRANGE A
BIOMECÂNICA
 CINEMÁTICA  Estudo da descrição do movimento,
incluindo considerações sobre espaço e tempo.

 CINÉTICA  Estuda as forças que causam ou são


causadas pelo movimento.

 MOVIMENTO NOS FLUÍDOS  Estuda a ação das


forças fluidas no movimento humano ou de um
projétil.
ANÁLISE QUALITATIVA x
QUANTITATIVA

 QUALITATIVA  Envolve a descrição de uma


qualidade sem a utilização de números. (Bom,
ruim, pesado, lento, etc...)

 QUANTITATIVO  Envolve o uso de números


na análise ( 6 metros, 3 segundos, 10 kg, etc...)
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUALITATIVOS
 A) Conhecimento dos fundamentos da
biomecânica em questão;

 B) Planejamento da análise:

 B1) Que problemas específicos devem ser


solucionados, ou que questões devem ser
respondidas acerca do movimento ?
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUALITATIVOS
 B2) De que ângulo e distância podem ser
melhor observados os aspectos
problemáticos do movimento ?

 B3) Será necessário mais de um plano de


imagem ?

 B4) Quantas realizações do movimento


devem ser observadas ?
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUALITATIVOS

 B5) Será necessário trajes, iluminação ou


ambiente de fundo especiais para facilitar
a observação ?

 B6) Seria necessário ou útil um registro


em vídeo do movimento
REALIZAÇÃO DA ANÁLISE
 1) Rever, e as vezes, reformular questões
específicas em foco.

 2) A observação repetida de um movimento


permite uma concentração específica gradual
nas causas dos erros de desempenho.

 3) Estar ciente da influência das características


do executante.
REALIZAÇÃO DA ANÁLISE

 4) Prestar atenção as informações não visuais.

 5) Pedir ao executante que faça sua auto


análise.

 6) Pensar em incluir outros analistas que


possam ajudar na interpretação ou na
descoberta de novos dados
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUANTITATIVOS
 1) Ler o problema com extremo cuidado;

 2) Listar as informações fornecidas;

 3) Listar a informação desejada (desconhecida) com a


qual será solucionado o problema;

 4) Traçar um diagrama da situação problemática,


mostrando a informação conhecida e desconhecida;
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUANTITATIVOS
 5) Escrever abaixo as fórmulas que podem ser
utilizadas;

 6) Identificar a fórmula a ser utilizada;

 7) Se necessário, reler o enunciado do problema a fim


de se determinar se poderá ser inferida alguma
informação adicional;

 8) substituir na fórmula com extremo cuidado a


informação recebida;
SOLUCIONANDO PROBLEMAS
QUANTITATIVOS

 9) Solucionar a equação para identificar a


variável desconhecida (informação desejada);

 10) Certificar-se de que a resposta seja tanto


razoável quanto completa;

 11) Dar nítido destaque a resposta.


PLANOS E EIXOS DE
MOVIMENTO

50
KG

SAGITAL FRONTAL TRANSVERSO


LATERO-LATERAL ÂNTERO-POSTERIOR LONGITUDINAL
PLANOS E EIXOS DE
MOVIMENTO
 SAGITAL

 Divide o corpo verticalmente em metades


direita e esquerda.
 Os movimentos corporais ou de seus
segmentos ocorrem para frente e para trás.

 Seu EIXO de rotação é o LATERO-LATERAL


PLANOS E EIXOS DE
MOVIMENTO
 FRONTAL

 Divide o corpo verticalmente em metades anterior e


posterior.
 Movimentos corporais ou de seus segmentos ocorrem
laterais ao corpo, aproximando-o ou afastando-o da
linha média do corpo.

 Seu EIXO de rotação é o ÂNTERO-POSTERIOR


PLANOS E EIXOS DE
MOVIMENTO
 TRANSVERSO

 Divide o corpo horizontalmente em metades


superior e inferior.
 Movimentos corporais paralelos ao solo,
quando o corpo esta na posição ereta.

 Seu EIXO de Rotação é o LONGITUDINAL


IMPORTÂNCIA DE SABER
PLANOS E EIXOS

 Descobrir o máximo de informação possível,


analisando o movimento de um só plano.
EXERCÍCIO SUPINO RETO

50
KG

SAGITAL

TRANSVERSO FRONTAL
EXERCÍCIO LEVANTAMENTO
LATERAL

TRANSVERSO

FRONTAL
SAGITAL
EXERCÍCIO AGACHAMENTO

50
KG

SAGITAL FRONTAL TRANSVERSO


MOVIMENTOS ARTICULARES
 ARTICULÇÃO DO COTOVELO

1) Flexão
2) Extensão
3) Rotação Interna e Externa
MOVIMENTOS ARTICULARES
 ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL

1) Flexão e Extensão
2) Abdução e Adução
3) Abdução e Adução Horizontais
4) Pronação e Supinação
5) Circundução
MOVIMENTOS ARTICULARES
 ARTICULAÇÃO DO JOELHO

1) Flexão
2) Extensão
3) Rotação Interna e Externa
MOVIMENTOS ARTICULARES
 ARTICULAÇÃO COXO-FEMURAL

1) Flexão
2) Extensão
3) Abdução e Adução
4) Abdução e Adução Horizontais
5) Pronação e Supinação
6) Circundução
MOVIMENTOS ARTICULARES
 ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

1) Flexão Plantar
2) Dorso-Flexão
3) Circundução
4) Inversão e Eversão
CINEMÁTICA

LINEAR
CINEMÁTICA LINEAR

 Estuda a geometria, do padrão ou da forma de


movimento em relação ao tempo, sem qualquer
referência particular a força ou às forças que
causam ou que resultam desse movimento
(HALL, 1999).
CINEMÁTICA LINEAR
 FÓRMULAS ENVOLVIDAS NA CINEMÁTICA
LINEAR :

 Vm = ∆S / ∆t
 Vf = Vi + at
 Vf2 = Vi2 + 2ad
 Sf = Si + Vi t + at2/2
PROBLEMA

 Cálculo das Velocidades de Ben Jonhson e


Carl Lewis nos 100m rasos Final em Seul
1988. recorde Mundial revogado devido ao uso
do EAA Stanozolol.
TEMPO E VELOCIDADE DE
B.J. e C.L. em 1988 (Seul)

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
B.J. 1,83 1,04 0,93 0,86 0,84 0,83 0,84 0,85 0,87 0,90
C.L. 1,89 1,07 0,94 0,89 0,86 0,83 0,85 0,85 0,86 0,88

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
B.J. 5,89 9,62 10,8 11,6 11,9 12,0 11,9 11,8 11,5 11,1
C.L. 5,29 9,34 10,6 11,2 11,6 12,0 11,8 11,8 11,6 11,4
12,5
12,25
12
11,75
11,5
11,25
11
10,75
10,5
10,25
10
9,75
9,5
9,25
v (m/s)

9
8,75
8,5
8,25
8
7,75
7,5
7,25
7
6,75
6,5
6,25
6
5,75
5,5
5,25
5
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
d (m)

B.J. C.L.
TRABALHO E POTÊNCIA
 Diferença entre trabalho MECÂNICO e
BIOLÓGICO;

  = F . d . cos 
  (+) e  (-)
P=/t
P=F.d/t
 d / t = velocidade
 P = F.V
TRABALHO e POTÊNCIA
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
B.J. 1,83 1,04 0,93 0,86 0,84 0,83 0,84 0,85 0,87 0,90
C.L. 1,89 1,07 0,94 0,89 0,86 0,83 0,85 0,85 0,86 0,88

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
B.J. 409 721 806 872 892 903 892 882 862 833
C.L. 423 747 851 898 930 963 941 941 930 909
1000
900
800
700
600
P (kg.m/seg)

500
B.J.
400
C.L.
300

200
100
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
d (m)
MC e FLEXÃO
 MC = 72 kg.
 63,4 %  Flexão apoio Pé. (45,5 kg)
 51,1 %  Flexão apoio Joelho. (36,8 kg)
300
267,5 267,5
259
246,9 246,9
250 240

205,8 205,8
200
181,3

150 136,4
129,5

103,6 103,6
100 84

50 41,44
23

0
5 10- 15 20 25 30 POT M- IF
30"

POT A POT B
1
0,9
0,8
0,7
0,6
POT M- 5"
0,5
POT M-30"
0,4
IF
0,3
0,2
0,1
0
5 10- 15 20 25 30
PESQUISA – FLEXÃO e EXTENSÃO
do COTOVELO

30

cm
PROJÉTEIS
CINÉTICA LINEAR

ESTUDO DAS FORÇAS


LEIS DE NEWTON

1) Um corpo manterá seu estado de repouso ou de


movimento constante, a não ser quando
influenciado por uma força externa capaz de
modifica-lo.

2) Uma força aplicada a um corpo acarreta uma


aceleração deste, com magnitude proporcional à
força, na direção da força e inversamente
proporcional à massa do corpo.
LEIS DE NEWTON
 3) Quando um corpo exerce uma força
sobre outro, este segundo corpo exerce uma
força de reação que é igual em magnitude e
oposta em direção à primeira.
ATRITO
• Força contrária que atua quando duas
superfícies estão em contato, independente
de o corpo estar ou não em movimento

Existem 3 tipos de Atrito :


1) Atrito Estático  FAE = u.N
2) Atrito Dinâmico Deslizamento  FAD = u.N
3) Atrito Dinâmico Rolante  FAR = u.N.r
MOMENTO
 É o produto da massa de um corpo por
sua velocidade.

 Quanto maior o momento, mais força será


necessária para parar o movimento.

Ex. Salto em extensão, Musculação.


IMPULSO
 Produto da força pelo intervalo de tempo
de aplicação da força.

 M = m.v , I = F.t e, F = m.a

 F = m (V2 – V1)/ t  F = (m.V2) – (m.V1) 

 FT = M
IMPACTO
 Engloba a colisão de dois corpos por um
intervalo de tempo extremamente pequeno,
durante o qual os dois corpos exercem forças
relativamente grandes um sobre o outro.

 IPE  Velocidade do sistema é conservada.


 IPP  Perda total da velocidade do sistema
 Coeficiente de Restituição  Índice de
elasticidade para os corpos que se colidem
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO

E= Aq/Ar

1 metro

70 cm
ALAVANCAS

TORQUE
TORQUE
TORQUE E VALSALVA
EFEITO FISIOLÓGICO DA
MANOBRA DE VALSALVA
  PIT   PA   RISCO AVC

  PIT   PIC   P  SEGURANÇA

  PIT +  RPT   FLUXO AÓRTICO

  FLUXO AÓRTICO   RE-FLUXO AÓRTICO


  PERFUSÃO DO MIOCÁRDIO   RISCO
CARDÍACO.

BR=10 cm


BF=2,5 cm

 
BR=8 cm BF=4,5 cm

PV=17 cm
 www.aleixoassociados.com.br  artigos
20

20

20
20
> 20 < 20 = 20
RESULTANTE

VETORIAL
1350 900
550

3,5 (F)  2,1 (Res.) 3,5 (F)  4,7 (Res.) 3,5 (F)  6,0 (Res.)
CENTRO DE GRAVIDADE
100
30
50
49
48
47
46
45
44
43
42
41
40
39
38
37
36
35
34
33 v v
32
31
30
100
29
28 v v
27
26 30 v v
25
24
23 v v
22
21
20
19
18
17
16
15
14 v v
13
12
11
10
9
8 v v
7
6
5
4
3
v v v
2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
 Trq = P x br
 Trq = 70 kg x 32,45 cm  2271,5kg.cm
 TrJ = 82,6 kg x 8,11 cm  669,88 kg.cm
 TFQ é 3,39 x > TFJ

 TFQ = TRQ
 F x BF = P x BR
 F x 5 cm = 2271,5  F = 2271,5/5  454
 TRQ = P x BRQ
 TRQ = 140 x 10,43  1460,2 kg.cm
 TRJ = 152,6 x 18,54  2829,2 kg.cm
TL M = 1460,2 kg.cm
TJ M = 2829,2 kg.cm
TL BP = 2271,5 kg.cm
TJ BP = 669,88 kg.cm
50
49
48
47
46
45
44
43
42
41
40
39
38
37
36
35
34
33
32
31
30
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
CINÉTICA ANGULAR

MOMENTO DE INÉRCIA E
ANGULAR
MOMENTO DE INÉRCIA

• Propriedade inercial dos corpos em rotação;


• Representa a resistência a aceleração angular;
• Baseado tanto na massa quanto na distância
dessa massa ao eixo de rotação.

• I = m.rCG2
Massa Corporal = 70 kg

I = m . r2 It = (m . r2)c + (m . r2)p + (m . r2)pé

Coxa = 10,5% da MC / Perna = 4,75% da MC/ Pé = 1,43% da MC

r = 32 cm
r = 16 cm r = 16 cm r = 16 cm
r = 40 cm
r = 46 cm
r = 24 cm

r = 36 cm

r = 56 cm
MOMENTO ANGULAR
 Quantidade de movimento angular possuído
por um corpo;

 Medido pelo produto do MOMENTO DE


INÉRCIA pela VELOCIDADE ANGULAR.

 H=I.w
 H = m . rCG2 . w
MOVIMENTO NOS
FLUÍDOS
EFEITO

MAGNUS

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