SISTEMA NERVOSO

AUTÔNOMO
Neurofisiologia AULA IV
Prof: Ana Paula A de Freitas
07/04/2020
Cabe ao Sistema Nervoso Autônomo (SNA) o controle da MUSCULATURA
LISA e da HOMEOSTASE. Todas as funções orgânicas não controladas
conscientemente são controladas de maneira INCONSCIENTE pelo SNA, que é
subdividido em SIMPÁTICO, PARASSIMPÁTICO E ENTÉRICO.

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ORGANIZAÇÃO
ANATOMICA
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 SIMPÁTICO:
Seus nervos se
originam nos
segmentos toracicos e
lombares da medulla,
entre T1 e L2.

PARASSIMPÁTICO:
Seus nervos se
originam no tronco
encefálico e coluna
sacral.
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Para controle da hemostasia o SNA precisa se comunicar com os órgão alvo levando até eles decisões
enviadas pelo SNC e trazendo aferências que serão processadas, integradas de modo a termos novos
comandos.

Assim, podemos concluir que as ordens\informações terão três vias para sair do Sistema Nervoso
Central, a VIA SOMÁTICA, a VIA SIMPÁTICA e a VIA PARASSIMPÁTICA.

No Sistema Nervoso Autônomo teremos:

a) SNA SIMPÁTICO: Neurônio medular -> axônio faz sinapse com um segundo neurônio cujo corpo
esta no gânglio situado bem próximo a medula -> segundo neurônio emite um longo axônio que se
dirige até o órgão alvo onde fará sinapse.

b) SNA PARASSIMPÁTICO: Neurônio medular -> longo axônio que fará sinapse com um segundo
neurônio situado no gânglio que está próximo ao órgão alvo -> segundo neurônio emite um axônio
curto que se dirige até o órgão alvo onde fará sinapse.

07/04/2020
07/04/2020
No SNA Simpático, os gânglios estão
próximo a medula entre T1 e L2.

No SNA Parassimpático, os gânglios estão

próximo as vísceras, por vezes dentro delas,
seus axônios partem do tronco encefálico e
da região sacral.

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NEUROQUÍMICA
A passagem de informação no gânglio e no órgão alvo ocorre através de sinapses
químicas participando do processo neurotransmissores e receptors.

SINAPSE GANGLIONAR:
Simpático e Parassimpático utilizam o mesmo neurotransmissor (ACETILCOLINA) .
Já a nível de órgão alvo cada Sistema terá seu neurotransmissor específico.

Na sinapse ganglionar os receptores da membrana pós sináptica são ionotrópicos

(canal iônico), assim a acetilcolina quando liberada na fenda sináptica determina
abertura de canais de sódio, fazendo surgir um PEPS e passando o potencial adiante.
Tais receptores também são chamados de RECEPTORES NICOTÍNICOS.

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RECEPTORES NICOTÍNICOS

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SINAPSE NO TECIDO ALVO PARA O SNA SIMPÁTICO:

O neurotransmissor utilizado é a NORADRENALINA.

Os receptores no tecido alvo são METABOTRÓPICOS, ou seja, não usam canais, sendo
subdivididos em dois tipos RECEPTORES ALFA e RECEPTORES BETA, dependendo
do efeito esperado em um determinado tecido terei um ou outro.
A grande maioria dos tecidos alvo do Simpático terá a noradrenalina como
neurotransmissor que atuará em receptores alfa ou beta, a exceção será nas
GLANDULAS SUDORÍPARAS e nos MÚSCULOS PILOERETORES.

07/04/2020
07/04/2020
 NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES NO SNA SIMPÁTICO NAS
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS E MÚSCULOS PILOERETORES

Aqui teremos a ACETILCOLINA como neurotransmissor e os receptores são

METABOTRÓPICOS DE ACETILCOLINA sendo chamados de MUSCARÍNICOS

Então a acetilcolina pode ter receptores ionotrópicos chamados de nicotínicos (nos

gânglios) ou receptores metabotrópicos chamados de muscarínicos.

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SINAPSE NO ÓRGÃO ALVO NO SNA PARASSIMPÁTICO:

NEUROTRANSMISSOR: Acetilcolina
RECEPTORES: Metabotrópicos da acetilcolina (MUSCARÍNICOS)

07/04/2020
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SNA SIMPATICO
Tem como função geral preparar o corpo para AGIR (luta x fuga, ameaça grave a homeostase) porém
o Simpático está ativo sempre não necessariamente apenas em situações de stress.

COMO ELE ATUA??

1. Para que eu possa AGIR preciso aumentar o fluxo sanguíneo no corpo, isso é possível aumentando-
se a FREQUENCIA CARDIACA e FORÇA DE CONTRAÇÃO DO MIOCÁRDIO. No entanto, o
fluxo aumentando isoladamente não é capaz de suprir integralmente a necessidade de órgãos e
tecidos que necessitem atuar em suas capacidades máximas, razão pela qual se faz necessário
REDISTRIBUIR O FLUXO.
2. Redistribuição do fluxo: o simpático promove VASOCONSTRIÇÃO em áreas não necessárias
(pele e TGI) e VASODILATAÇÃO nas áreas em que preciso de maior fluxo (músculo e SNC);
3. Broncodilatação: garantindo maior aporte de oxigênio aos tecidos.

07/04/2020
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PRESSÃO ARTERIAL

Dois fatores são capazes de interferir diretamente na pressão arterial, o debito cardíaco influenciado
pela frequência cardíaca e pela força de contração e a resistência periférica local.
Assim, quando temos aumento da frequência cardíaca, da força de contração e vasoconstrição da pele
temos AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL (PA). Por esse motivo não devo aferir a PA logo após a
realização de uma atividade, sendo solicitado repouso por alguns minutos antes da aferição

Dessa forma, podemos concluir que a elevação da PA é FISIOLOGICA frente ao exercício físico e ao
stress transitório (o stress crônico é deletério por manter a PA cronicamente elevada)

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SNA E VASOCONSTRIÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL (TGI)
Como vimos, frente a uma atividade o SNA simpático promove vasoconstrição no TGI, redução das
secreções e redução da motilidade.

SNA E METABOLISMO:
Promove aumento da glicemia e aumento da lipemia às custas de triglicerídeos visando aumentar o
aporte energético para os tecidos.

SNA E MUSCULO ESQUELETICO:

Aumenta o aporte sanguíneo, aumento da glicogenólise, aumento da força liberando o músculo para agir
com força máxima (o simpático não liga para a integridade física do indivíduo, está preocupado em
mantê-lo vivo!)

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SNA E VISÃO:
A visão para longe e noturna é otimizada, assim teremos dilatação pupilar (midríase) e adaptação do
cristalino.

SNA E TEMPERATURA:
Aumento da sudorese buscando dissipar o calor.

**O simpático também atua no musculo piloeretor promovendo sua contração e gerando a sensação de
arrepio.

07/04/2020
ATIVAÇÃO GLOBAL DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Quando lembramos das ações específicas do SNA simpático veremos que uma ação sempre dependerá
de outra, essa necessidade se torna mais evidente quando tenho uma ativação intensa do mesmo. Duas
características anatômicas garantem que o mesmo seja ativado como um todo, vejamos:

1. Gânglios organizados em cadeia: isso permite a emissão de colaterais e consequentemente

comunicação de um gânglio com outro. Dessa forma, uma informação intensa que chega em T1 irá
ativar os outros gânglios em cascata, garantindo uma ativação coletiva do SNA.

07/04/2020
07/04/2020
2. Liberação de Adrenalina na Circulação Sistêmica:

O SNA simpático atua sobre as ADRENAIS estimulando liberação de ADRENALINA na circulação

sistêmica. Como sabemos, o principal neurotransmissor do simpático é a NORADRENALINA, que é
uma molécula muito semelhante a adrenalina, tão semelhante que atuam nos mesmos receptores ALFA e
BETA.

NO CORAÇÃO: atua nos receptores Beta aumentando FC e força de contração;

NAS ESTRUTURAS QUE QUERO VASOCONSTRIÇÃO: atua nos receptores alfa
NAS ESTRUTURAS QUE QUERO VASODILATAÇÃO: atua nos receptores beta

Assim, toda informação que vem por via neural pelo SNA simpático é duplicada por via hormonal pela
liberação de adrenalina pelas supra renais.
07/04/2020
SNA PARASSIMPÁTICO
O SNA Parassimpático é especializado em RESTAURAR O REPOUSO, conservar energia, mantendo o
corpo em repouso ou em estado de NÃO AÇÃO, ou seja, se contrapõe as ações do Simpático.

FUNÇÃO GERAL: Conservar energia

COMO FAZ ISSO? Reduz frequência cardíaca, reduz força de contração do miocárdio, reduz
metabolismo, reduz níveis glicêmicos, faz bronquioconstrição reduzindo o fluxo de ar para os pulmões,
prepara a visão para ver de perto, promove contração pupilar (miose).

As ações do parassimpático NÃO SÃO INTERDEPENDENTES como as do Simpático. Aqui não

temos glândulas secretando hormônio nem uma anatomia que garanta um ativação em cadeia de
gânglios, já que os gânglios parassimpáticos estão longe do SNC e longe um dos outros.

07/04/2020
SNA PARASSIMPÁTICO E VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA

Promove liberação de OXIDO NITRICO (NO) pelo endotélio vascular promovendo indiretamente a
vasodilatação por agir no músculo liso da parede arterial.
Então frente a um aumento da PA o parassimpático pode tentar compensa-la agindo diretamente no
coração reduzindo a FC, a força de contração e promovendo vasodilatação pela liberação de óxido
nítrico.

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