Disciplina: Redação Série: 9º ano Ensino Fundamental
Professora Luiza Leles Oliva
O QUE É A CRÔNICA ARGUMENTATIVA?
Gênero textual que relata fatos do cotidiano;
Texto comumente curto, com uma abordagem
questionadora, crítica ou bem humorada;
Muito utilizada nos meios de comunicação, como jornais,
revistas, blogs, redes sociais, etc.;
Expressam um tema, sua posição, ponto de vista ou juízo
de valor sobre o tema abordado. CARACTERÍSTICAS DA CRÔNICA ARGUMENTATIVA
Conciso, ágil e dinâmico;
É necessário inserir um título; Crítica, humor e ironia; A narração pode ser usada no Induz a reflexão; primeiro parágrafo; Poucos personagens, se houver; Argumentação e persuasão; Tempo e espaço limitados; Linguagem coloquial, simples e Caráter contemporâneo; direta; Texto em primeira pessoa – Temas cotidianos e polêmicos; visão pessoal sobre um Subjetividade e criatividade; determinado assunto. Estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão. TIPOS DE ARGUMENTOS
Argumento de autoridade ou citações- apresenta informação ou
opinião de especialista no campo de conhecimento em questão. Podem aparecer no texto de duas maneiras: Citação direta da fala de especialista ou autoridade no assunto. Neste caso, usa-se aspas na reprodução da citação. Citação indireta de especialista ou autoridade no assunto. Contra-argumentação - consiste em apresentar argumentos com posicionamentos contrários, discorrer sobre os pontos de vista presentes para, por fim, fortalecer a tese do autor do texto. Argumento com uso de ironia – por meio da ironia, o autor diz algo querendo expressar exatamente o contrário, com a intenção de criticar o assunto abordado. Dependendo da forma como é expressa, torna-se um argumento. Exemplo de Crônica Argumentativa O QUE NOS TORNOU AMIGOS
Tudo começou por puro interesse. Quando os primeiros macacos se
tornaram amigos, fizeram isso por motivos bem objetivos – ajudar uns aos outros em lutas contra rivais, no caso dos machos, e cuidar melhor dos filhotes, no caso das fêmeas. A amizade não passava de uma troca de favores. Agora pense nos dias de hoje: com você e os seus amigos, não é assim. Você tem amigos simplesmente porque gosta de estar na companhia deles, certo? Errado. Você continua fazendo amizades por puro interesse – no caso, alimentar o seu cérebro com uma substância chamada ocitocina[...].
Em algum momento da Pré-História, a relação com estranhos passou a ser
necessária. Provavelmente, isso aconteceu no momento em que grupos de hominídeos começaram a se fixar em uma mesma região, e viver em grupos cada vez maiores. E foi aí que surgiu a forma mais primitiva de amizade. Há cerca de 10 mil anos, a ocitocina ganhou um papel maior. O homem fez sua primeira grande invenção – a agricultura, que viria a revolucionar a relação da espécie com o alimento (e abrir espaço para todas as revoluções seguintes). Mas ela só dava certo se tivesse a colaboração de vários indivíduos. Aí, a ocitocina deixou de ser apenas uma coisa “de família” para agir em prol da sociedade – e facilitar a formação das alianças de que a humanidade precisava. Ela nos condicionou a fazer amigos. Quando você conhece uma pessoa que lhe pareça confiável, o nível de ocitocina no seu cérebro aumenta. Isso faz com que você se sinta mais propenso a criar uma relação com aquela pessoa. Ou seja: graças à ocitocina, o cérebro aprendeu a transformar algo que era necessário à sobrevivência – a cooperação – em prazer. Com a evolução, a amizade deixou de ser imprescindível à sobrevivência do indivíduo.
No mundo atual, para obter comida, basta ir a um restaurante. Dá para
fazer isso sozinho. Mas é muito desagradável – porque o seu cérebro está condicionado a fazer alianças [...]. É por isso que procuramos amigos, mesmo que tecnicamente não precisemos deles. “A ocitocina faz com que tratemos estranhos como se fossem nossa própria família. E a amizade é exatamente isso”, diz Paul Zak, neurologista da Universidade da Califórnia.
Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite[...].
150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo. Mas, mesmo com tantos exemplos práticos, ninguém sabe explicar por que nosso limite de amizades é de 150 pessoas. Para os cientistas, foi como o cérebro conseguiu construir e administrar o que viria a se tornar, ao longo do tempo, o bem mais importante da espécie humana: a rede social. Produção textual O texto lido analisa a amizade entre os seres humanos, considerando- a do ponto de vista da neurociência, que atribui à ocitocina o prazer que temos de estar entre amigos. Tomando por base o texto lido, escreva uma crônica argumentativa de no máximo 30 linhas sobre amizade ou sobre amizade na Internet. Se quiser, você poderá utilizar informações do texto O que nos tornou amigos ou até brincar com as informações nele veiculadas, lembrando que a crônica argumentativa permite o humor ou a ironia. Mas não deixe de expressar seu ponto de vista sobre a amizade, usando os tipos de argumentos estudados. Dê cuidado especial à linguagem. Defenda seu ponto de vista de maneira poética, sensível, pessoal e criativa. Ao escrever, siga as orientações apresentadas pelo professor, respeitando as características do gênero textual Crônica Argumentativa. Bom Trabalho!