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MINÉRIO DE FERRO

TIPOS DE OCORRÊNCIAS:
. SIDERITAS (FeCO3) = compactos e duros
% Fe máximo = 48,3

. LIMONITAS (Fe2O3.nH2O) = frágeis e porosos


% Fe = 52 a 61

. MAGNETITAS (Fe3O4) = compactos e duros


% Fe máximo = 73,3

. HEMATITAS (Fe2O3) = óxidos associados:SiO2, Al2O3


MINÉRIOS HEMATÍTICOS EM MINAS GERAIS

ITABIRITO: associado à sílica (SiO2)


concentrado (%Fe passa de 42 a 64%)

HEMATITA COMPACTA: %Fe = 62 a 68

JACUTINGA: friável e pulverulento – usado para aglomeração

CANGA: %Fe = 55 a 65
teores de fósforo mais elevados (0,10 a 0,12%)
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE VÁRIOS MINÉRIOS DE FERRO

(PERCENTAGEM EM BASE SECA)

Minério de Ferro Fe Mn SiO2 Al2O3 P H2O

1 66,80 0,11 1,37 1,32 0,044 3,21

2 68,18 0,15 1,07 0,80 0,020 2,65

3 67,51 0,03 0,66 1,14 0,050 2,42

4 67,75 0,06 0,40 0,50 0,050 4,10

5 67,92 0,02 0,82 0,38 0,04 3,10


AVALIAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO
  
ANÁLISES: QUÍMICA
GRANULOMÉTRICA

 
ENSAIOS: TAMBORAMENTO 
CREPITAÇÃO  
REDUTIBILIDADE 

RDI (ÍNDICE DE DEGRADAÇÃO SOB REDUÇÃO) 

PROPRIEDADES A QUENTE

 
AVALIAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO
 ANÁLISE/ENSAIO OBJETIVO
Análise Química Balanço de massa Avaliação da escória

Análise granulométrica Avaliar a distribuição granulométrica

Tamboramento Avaliar a resistência mecânica durante o transporte e


manuseio

Crepitação Avaliar os finos gerados por choque térmico

Redutibilidade Avaliar a velocidade de remoção de oxigênio do óxido


de ferro

RDI Avaliar a degradação durante a redução

Propriedades a quente Avaliar o início de amolecimento e final de fusão


AVALIAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO
 ENSAIOS DE TAMBORAMENTO 
Baseados na Norma ISSO – 3271 NBR 11295 
Uma amostra de 15 kg é colocada em um tambor cilíndrico de 1000mm de diâmetro e
500mm de comprimento e submetida a 200 rotações. 

Em seguida a amostra é retirada e peneirada em 4,76mm e 0,50mm. Os Índices de


Tamboramento (TI) e de Abrasão (AI) são dados pela % retida em 4,76mm e passante
em 0,50mm, respectivamente. 

CREPITAÇÃO 
Consiste em submeter a amostra a um choque térmico.
Baseado na ISSO – DP 8371
Massa da amostra: 500 g
Temperatura: 700ºC
Tempo: 30 minutos
Atmosfera: oxidante 
Após o resfriamento à temperatura ambiente, a amostra é peneirada e é determinado o
Índice de Crepitação, expresso pela % da massa passante na malha de 4,76mm.
CLASSIFICAÇÃO DOS MINÉRIOS QUANTO À CREPITAÇÃO

1) MINÉRIOS NOS QUAIS O FENÔMENO DE CREPITAÇÃO ESTÁ ESTREITAMENTE LIGADO À


QUANTIDADE DE ÁGUA DE HIDRATAÇÃO.
2) MINÉRIOS QUE, APESAR DE NÃO APRESENTAREM QUANTIDADES APRECIÁVEIS DE ÁGUA
DE HIDRATAÇÃO, SÃO FORTEMENTE SUSCEPTÍVEIS À CREPITAÇÃO.
3) MINÉRIOS COM TEORES ELEVADOS DE ÁGUA DE HIDRATAÇÃO MAS COM BAIXOS
ÍNDICES DE CREPITAÇÃO

PRIMEIRO TIPO: DEGRADAÇÃO DEVIDO À DECOMPOSIÇÃO DE COMPOSTOS HDRATADOS


(GOETITA).

SEGUNDO TIPO: PEQUENAS INCRUSTAÇÕES DE GOETITA GERAM TENSÕES SUFUCIENTES


PARA A DEGRADAÇÃO DO MINÉRIO.

TERCEIRO TIPO: MINÉRIOS POROSOS ONDE O VAPOR D’ÁGUA GERADO NÃO ENCONTRA
RESITÊNCIA NA SAÍDA.
DIFRATOGRAMA
(a) MINÉRIO MOÍDO
(b) INCRUSTAÇÃO SOBRE A SUPERFÍCIE DE FRATURA DE UMA PEÇA DO MESMO
MINÉRIO
AVALIAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO
REDUTIBILIDADE
O ensaio é realizado numa montagem própria
Temperatura de redução: 800 a 950ºC
Tempo de redução: 180 minutos
Relação CO/CO2: 1,5

Vazão dos gases: 15 NL/min


Massa da amostra: 500 g
Durante a redução faz-se o monitoramento da perda de peso da amostra e calcula-se a redução e a relação O/Fe.
Os índices são dados pela % redução, após 180 minutos e pelo tempo necessário para a relação O/Fe atingir 1,1.
  
RDI – ÍNDICE DE DEGRADAÇÃO SOB REDUÇÃO
 
O ensaio é baseado no procedimento JIS (RDI-JIS)
Temperatura de redução: 500ºC
Tempo de redução: 30 minutos
Composição dos gases: 30% CO e 70% N 2

Vazão dos gases: 15 NL/min


Massa da amostra: 500 g
Após a redução e resfriamento, a amostra é submetida ao tamboramento em um tambor cilíndrico de 130x200mm a
900 rotações. Em seguida, a amostra é peneirada em 2,83 mm.
O índice é expresso pela % passante em 2,83 mm.

 
MONTAGEM UTILIZADA NOS TESTES DE REDUTIBILIDADE E RDI
DETALHE DA RETORTA PARA OS TESTES DE REDUTIBILIDADE E RDI
FUNDENTES
FACILITAM A FORMAÇÃO DE ESCÓRIAS NOS PROCESSOS
METALÚRGICOS

Composição química típica (%) para vários tipos de fundentes (base seca)

Fundente Calcário Cal Dolomita Quartzo Fluorita


Composto
CaCO3 95,0 - 55,0 - -
MgCO3 0,5 - 40,0 - -
Fe2O3 0,7 0,9 0,4 1,0 1,0
SiO2 1,7 2,5 0,7 98,0 5,0
- 82,0 - - -
CaO
- 1,0 - - -
MgO
- - - - 81,0
CaF2

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