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PRINCÍPIOS PROCESSUAIS

BLOCO AGLUTINANTE DAS GARANTIAS DO


PROCESSO DEMOCRÁTICO
DEVIDO PROCESSO
LEGAL
Art. 5º, LIV, CF. O devido processo legal é um instituto
democrático que é direcionado ao juiz, pois o mesmo
deve observar a legislação, através da vinculação
legal e da admissão da participação popular.
 O magistrado não pode criar o seu rito.
 As partes têm igualdade de participação e direito
de defesa.
ISONOMIA
Segundo o art. 7º do Novo CPC o juiz e as
partes estão em pé de igualdade, não
havendo hierarquia entre eles. Tampouco
há hierarquia entre o juiz, o Ministério
Público e os advogados, de acordo com o
art. 6º da Lei 8.906/94.
A isonomia também está presente no art.
5º, caput, da CF/88.
CONTRADITÓRIO
Para Hélio Vassalari o processo é
procedimento em contraditório. O
contraditório não se resume ao direito de
manifestação, mas está atrelado também à
possibilidade de influenciar e de construir a
própria decisão judicial.
Segundo o art. 9º do CPC o juiz não pode
decidir sem levar em consideração os
argumentos das partes.
AMPLA DEFESA
deste direito não é garantido o direito de
defesa apenas, mas a ampla defesa, desde
que o exercício deste direito não gere o
prolongamento processual. A ampla defesa
abrange direitos do autor e do réu.
AMPLA DEFESA
A ampla defesa com todos os meios e
recursos a ela inerentes, desde que não
cause dilações indevidas ao processo.
A morosidade está nas etapas mortas do
processo (etapas em que o processo fica
parado).
A ampla defesa está acima da celeridade.
É necessário rever a atuação do
magistrado
PROVA ILÍCITA NO
PROCESSO PENAL
CPP, em seu art. 157, com redação dada pela Lei
11.690/08, determina: "São inadmissíveis, devendo
ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a
normas constitucionais ou legais".
A prova ilícita configura-se quando sua obtenção
infringir direito material ou princípio
constitucional, como por exemplo a prática de
tortura para conseguir alguma informação, a
escuta telefônica ou a quebra de sigilo bancário
sem autorização judicial.
TEORIA DOS FRUTOS DA
ÁRVORE ENVENENADA
Além da prova ilícita em si, há também a
que decorre dela chamada prova ilícita por
derivação, existente no processo penal
brasileiro, inspirada no direito norte-
americano que criou a teoria fruits of the
poisonous tree (frutos da árvore
envenenada). A construção doutrinária
consiste na inadmissão de prova, ainda
que produzida licitamente, mas que decorra
de uma prova considerada ilícita.
Tal teoria encontra-se positivada no § 1º do art.
157, do CPP que dispõe que "São também
inadmissíveis as provas derivadas das provas
ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras". Havendo prova ilícita
esta deve ser inadmitida, sem obstaculizar a
continuidade regular do processo criminal que
contenha provas livres de ilicitude e que não
tenham sido contaminadas por aquela.
PRINCÍPIO DA
FUNDAMENTAÇÃO DAS
DECISÕES JUDICIAIS
Art. 93, IX da CF e 489 do NCPC.

Overruling
Distinguishing
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes,
a identificação do caso, com a suma do pedido e
da contestação, e o registro das principais
ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as
questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as
questões principais que as partes lhe
submeterem.
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que
o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o
objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada,
enunciando as razões que autorizam a interferência na
norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a
conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da
conjugação de todos os seus elementos e em conformidade
com o princípio da boa-fé.

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