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ESCOLA POLITÉCNICA DA USP

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
HIDRÁULICA E AMBIENTAL
PHA 3411 – TRATAMENTO DE ÁGUAS
DE ABASTECIMENTO

TRATAMENTO DE ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
FILTRAÇÃO

Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho


Prof. Dr. José Carlos Mierzwa
FILTRAÇÃO

 Introdução
 Classificação de um sistema de
filtração
 Materiais filtrantes e suas principais
características
 Partes constitutivas de um sistema de
filtração
FILTRAÇÃO

 Visão microscópica do sistema de


filtração
 Perda de carga em sistemas de
filtração
 Fluidização e expansão de meios
filtrantes
 Lavagem de meios filtrantes
 Roteiro de cálculo
TRATAMENTO CONVENCIONAL DE ÁGUAS
DE ABASTECIMENTO

Agente oxidante
Agente oxidante

Alcalinizante
Coagulante

Polímero
CAP

Coagulaçã Floculaçã Sedimentaçã


Manancial
o o o

Polímero Agente oxidante

Correção de Fluoretaçã Desinfecçã Filtraçã


pH o o o
Alcalinizante Agente oxidante
Flúor

Água
Final
FILTRAÇÃO

Definição: Processo de separação


sólido-líquido utilizado para
promover a remoção de material
particulado presente na fase líquida.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
DE FILTRAÇÃO

 Com relação ao tipo de filtração


 Com relação ao tratamento
 Com relação ao meio filtrante
 Com relação ao sentido de
escoamento
 Com relação ao seu controle hidráulico
Tipos de Filtros Disponíveis

 Filtros rápidos por gravidade:


◦ Taxa de filtração constante;
◦ Taxa de filtração declinante.
 Filtros lentos por gravidade;
 Filtros de pressão.
FILTRAÇÃO EM MEIO GRANULAR
FILTROS RÁPIDOS POR GRAVIDADE
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO
DE FILTRAÇÃO
 Com relação ao sentido de escoamento

Filtração descendente Filtração ascendente


CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO
DE FILTRAÇÃO
 Com relação ao meio filtrante

Antracito ou CAG Antracito ou CAG


Areia, antracito
ou CAG

Areia
Areia
Granada

Camada simples Dupla camada Tripla camada


FILTRAÇÃO EM MEIO GRANULAR
FILTROS RÁPIDOS POR GRAVIDADE
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO
DE FILTRAÇÃO
 Com relação ao seu controle hidráulico
Q
Taxa de filtração q  A
filtração

h Altura do nível d’água acima do meio


filtrante
Antracito
• Taxa de filtração constante
Com variação de nível
Areia
Sem variação de nível
• Taxa declinante
Características dos Materiais
Filtrantes
 Esfericidade (ψ ) Relação entre a área
superficial de uma esfera com volume
equivalente ao da partícula e a área superficial
da partícula.
◦ ψ = (Área da esfera / Volume esfera) / (Área
da partícula / Volume da partícula)

Ap 6

V p  .d
Características dos Materiais
Filtrantes
 Porosidade (e)  Relação entre o volume de
vazios de um meio de filtração e o volume total
desse meio:
◦ e = Volume de vazios / volume do leito
Tamanho de Grão e
Distribuição Granulométrica
 Distribuição granulométrica  obtida por
análise de separação em peneiras;
 Obtenção dos parâmetros necessários para

caracterizar o material filtrante:


◦ Tamanho Efetivo (TE)  diâmetro da abertura da
peneira (partícula), através da qual apenas 10 % em
massa do material filtrante passa;
◦ Coeficiente de Uniformidade (U)  relação entre o
diâmetro da abertura da peneira através da qual 60%
em massa do material filtrante passa e tamanho
efetivo do material. (U = dp60 / dp10)
MATERIAIS FILTRANTES
  1,67.𝐶 𝑢
𝑑 90 =𝑑 10 . 10
Porcentagem que passa (%)

d 60
U
d10
dmenor grão d10 d60 dmaior grão Diâmetro
FILTRAÇÃO EM MEIO GRANULAR
FILTROS RÁPIDOS POR GRAVIDADE
MATERIAIS FILTRANTES

Taxa de
Meio filtrante d10 (mm) U Altura (m) filtração
(m3/m2.dia)

Filtros rápidos por gravidade de camada simples (Tipo A)


Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,6 a 0,8 120
1,6
Filtros rápidos por gravidade de dupla camada (Tipo B)
Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,2 a 0,3
1,6
240 a 360
Menor do que
Antracito 0,9 a 1,1 0,4 a 0,6
1,6
MATERIAIS FILTRANTES

Taxa de
Meio filtrante d10 (mm) Cu Altura (m) filtração
(m3/m2.dia)

Filtros rápidos por gravidade de camada simples (Tipo A)


Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,6 a 0,8 120
1,6
Filtros rápidos por gravidade de dupla camada (Tipo B)
Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,2 a 0,3
1,6
240 a 360
Menor do que
Antracito 0,9 a 1,1 0,4 a 0,6
1,6
MATERIAIS FILTRANTES
Taxa de
Meio filtrante d10 (mm) Cu Altura (m) filtração
(m3/m2.dia)
Filtros rápidos por gravidade de tripla camada (Tipo C)
Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,2 a 0,3
1,6
Menor do que
Antracito 0,9 a 1,1 0,4 a 0,6 240 a 360
1,6
Menor do que
Granada 0,2 a 0,3 0,10 a 0,15
1,6
Filtros rápidos por gravidade monocamada de alta taxa (Tipo D)
Menor do que
Areia 1,2 a 1,5 1,5 a 1,8 400 a 600
1,5
Menor do que
Antracito 1,2 a 1,5 1,5 a 1,8 400 a 600
1,5
MATERIAIS FILTRANTES
Taxa de
Meio filtrante d10 (mm) Cu Altura (m) filtração
(m3/m2.dia)
Filtros rápidos por gravidade de tripla camada (Tipo C)
Menor do que
Areia 0,45 a 0,55 0,2 a 0,3
1,6
Menor do que
Antracito 0,9 a 1,1 0,4 a 0,6 240 a 360
1,6
Menor do que
Granada 0,2 a 0,3 0,10 a 0,15
1,6
Filtros rápidos por gravidade monocamada de alta taxa (Tipo D)
Menor do que
Areia 1,2 a 1,5 1,5 a 1,8 400 a 600
1,5
Menor do que
Antracito 1,2 a 1,5 1,5 a 1,8 400 a 600
1,5
MATERIAIS FILTRANTES: COMPOSIÇÃO,
GRANULOMETRIA E ALTURA

1.000 (Camada simples de areia


e dupla camada areia-antracito)

1.250 (Camada tripla areia,


antracito e granada)
h2, def2   1.250 a 1500 (Filtros de camada
profunda e constituídos de um
único material filtrante)
h1, def1 * (1,2 mm  def  1,4 mm)

1.500 a 2.000 (Filtros de camada


profunda e constituídos de um
único material filtrante)
* (1,5 mm  def  2,0 mm)
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA JURUBATUBA
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA JURUBATUBA
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP - ETA JURUBATUBA
VISÃO MICROSCÓPICA DO
PROCESSO DE FILTRAÇÃO
Partícula (dp)
Transporte

Adesão Linha de
corrente

Coletor (dc)
Liberação

Fonte: Amirtharajah, A
MECANISMOS DE TRANSPORTE E
ADERÊNCIA
•Virus
dp
0,01 -0,025 μm
•Bacterias
0,2 - 1 μm
dc dc dc
•Crypto
3 - 5 μm
•Giardia
Difusão Sedimentação Interceptação 6 - 10 μm
dp < 1 mm dp > 1 μm

Fonte: Amirtharajah, A
HIDRÁULICA DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

 Hidráulica
do processo de filtração:
modo de operação em filtração

 Hidráulicado processo de filtração:


modo de operação em
retrolavagem
COMPORTAMENTO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO
Perda de carga

H imp
H t  H 0  H imp
H 0
Tempo
Etapa intermediária
Turbidez efluente

Etapa inicial

Tempo
Traspasse
Perda de Carga nos
Filtros
 É função:
◦ Taxa de fluxo (filtração);
◦ Pressão;
◦ Concentração de sólidos suspensos na alimentação;
◦ Características do meio filtrante;
◦ Estruturas de entrada e saída de água.
 À medida que a filtração ocorre, a taxa de
filtração varia, ou o nível do filtro aumenta.
Determinação da Perda de Carga
em um Meio Filtrante
 A partir da expressão de Darcy-Weisback, para
perda de carga em canalizações forçadas;
 No processo de filtração o fluxo é sob pressão;
 O desafio é adaptar a expressão de cálculo da
perda de carga em tubulações para o meio
filtrante:
◦ Deve-se utilizar características que sejam facilmente
determinadas.
Abordagem para a Solução do
Problema
 Na equação de Darcy-Weisbach, substitui-se o
diâmetro do escoamento pelo raio hidráulico;
 Relacionar o raio hidráulico com características
do meio filtrante.
◦ Raio Hidráulico = Área molhada / perímetro molhado.
◦ Caso o numerador e o denominador sejam
multiplicados por parâmetros de comprimento, a
dimensionalidade do raio hidráulico fica inalterada.
◦ Raio hidráulico = Volume (disponível para o fluxo) /
Área superficial total das partículas.
◦ Esta expressão pode ser relacionada com os
parâmetros que caracterizam o meio filtrante.
Relações

Perda de Carga Características do Meio

L v 2 VTp  N .V p ; ATp  N . Ap
hL  f . .
DH 2.g volume de vazios
e
DH  4 * RH volume do filtro
2
L v Volume de partículas
hL  f . . 1 e 
RH 8.g volume do filtro
Relações

N .V p  e  Vp
V filtro  RH   .
1 e  1  e  Ap
e.N .V p Vp dp
Vvazios   .
Ap 6
1 e
Relações

h|L 3.(1  e).v 2 Na expressão, a constante

 f. numérica foi incorporada ao fator


de atrito do filtro.
L 4.g . .d .e O fator de atrito depende de Re.

v0  v.e Re 
 .v0 . .d
2

h|L  1 e  v0 1 e
 f f . 3 . f f  150. k
L  e   .g .d k  1,75
Re
Expressão de Ergun
hL 150. 1  e 
2
 1  e  v0
2
v0
 . .  1,75. 3 .
L  .g e 3
 .d  2
 e   .d .g
• Cálculo para meio filtrante com variação do diâmetro de
partículas
 xi  1,0
li  xi .L; e não var ia
 1  e  v0
2
l
hli   3 . . f fi . i
 e   .g di
 1  e  v0 .L
2
x
hL   hli   3 . . f fi i
 e   .g di
COMPORTAMENTO DO
Perda de Carga (m)
PROCESSO DE FILTRAÇÃO

0.80
Perda de Carga - Areia (m)
0.70 Perda de Carga - Antracito (m)
Perda de Carga Total (m)
0.60
Meio filtrante duplo
Material: Areia e Antracito
0.50 Diâmetro efetivo: 0,50 mm e 1,00 mm
CU: 1,5
Porosidade: 0,43 e 0,55
Coef. Esfericidade: 0,80 e 0,50
0.40

0.30

0.20

0.10

0.00
0 100 200 300 400 500 600
Taxa de Filtração (m3/m2/dia)
COMPORTAMENTO DO
PROCESSO DE FILTRAÇÃO
Turbidez (UNT)

4.0
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
F1-Areia
0.0 eeAntracito
F1-Areia Antracito
13 horas
15 horas
11 horas

17 horas
19 horas
21 horas
23 horas
25 horas
27 horas
29 horas
31 horas
33 horas
35 horas
37 horas
39 horas
3 horas
5 horas
7 horas
9 horas
30 min
60 min
0 min

F2-Antracito
F2-Antracito1,3
1,3mm
mm
F3-Antracito
F3-Antracito0,76
0,76mm
mm
F4-Areia
F4-Areia0,74
0,74mm
mm Tempo (horas)

Turbidez da água bruta (UNT) Turbidez da água decantada (UNT)


Turbidez (UNT) - F1 Turbidez (UNT) - F2
Turbidez (UNT) - F3 Turbidez (UNT) - F4
COMPORTAMENTO DO
PROCESSO DE FILTRAÇÃO
Perda de carga (m)

3.5

2.5

1.5
Perda de carga - F1
1
Perda de carga - F2
Perda de carga - F3
0.5
Perda de carga - F4
0
10 horas

14 horas
16 horas
18 horas

22 horas

30 horas
32 horas
34 horas
12 horas

20 horas

24 horas
26 horas
28 horas

36 horas
38 horas
40 horas
2 horas
4 horas
6 horas
8 horas
0 hora

F1-Areia
F1-AreiaeeAntracito
Antracito
F2-Antracito
F2-Antracito1,3
1,3mm
mm
F3-Antracito
F3-Antracito0,76
0,76mm
mm Tempo (horas)
F4-Areia
F4-Areia0,74
0,74mm
mm
CRITÉRIOS PARA O
ENCERRAMENTO DA
CARREIRA DE FILTRAÇÃO
 Turbidez da água filtrada superior a um valor
pré-determinado (Geralmente superior a 0,5
UNT)
 Perda de carga igual ou superior a carga

hidráulica máxima disponível (Geralmente da


ordem de 2,0 a 3,0 metros)
 Carreira de filtração com duração superior a 40

horas
HIDRÁULICA DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

 Hidráulica
do processo de filtração:
modo de operação em filtração

 Hidráulicado processo de filtração:


modo de operação em
retrolavagem
HIDRÁULICA DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO - FLUIDIZAÇÃO
Perda de Carga e Expansão de Meios Filtrantes (Areia-Antracito)
Perda de Carga (m)

0.5

0.45

0.4

0.35

0.3
Velocidade mínima
0.25
de fluidificação
0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Velocidade Ascensional (cm/s)
HIDRÁULICA DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO - FLUIDIFICAÇÃO
Perda de Carga e Expansão de Meios Filtrantes (Areia-CAG)
Perda de Carga (m)

0.35

0.3

0.25

0.2
Velocidade mínima
0.15 de fluidificação
0.1

0.05

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
Velocidade Ascencional (cm/s)
HIDRÁULICA DO PROCESSO
DE FILTRAÇÃO - EXPANSÃO

• Relação entre porosidade e altura do meio filtrante


L 1  0 

L0  1   exp 
• Perda de carga em meios filtrantes expandidos
L0 . 1   0  .  P   
H 

L0=altura inicial do meio
filtrante
0 =porosidade inicial do meio filtrante
Velocidade Mínima de Fluidização do
Leito
 No início da fluidização o leito ainda está fixo, de
forma que a equação de Ergun pode ser igualada à
equação de perda de carga no leito:

hL 150. 1  e 
 .
2
.
vmf  1 
 1,75. 3 .
e v
 mf
2


 p  
.1  e 
L  .g e 3
 .d  2
 e   .d .g 
150.  1  e   1   2
. 2 3 .vmf  1,75. . .v mf  .  p   .g
3 
d   .e 
2
  .e  d
Segundo Wen e Yu :
1 e 1
 11 e  14
 .e
2 3
 .e 3
Velocidade Mínima de Fluidização do
Leito
 Rearranjando-se a expressão com os valores de Wen e
Yu para que a mesma seja expressa em função do
número de Reynolds:
1650.  2
.v mf  24,5 . .v  .  p   .g
d2 d mf
d 3 . Para meios filtrantes com
Multiplicando os dois lados por :
2 partículas de diâmetro
  .vmf .d  d . .  p   .g
d90.
2
  .vmf .d 
3

24,5.   1650.   0 variado, utiliza-se o


       2

d 3 . .  p   .g   .vmf .d  A velocidade de lavagem


Ga  ; Re mf   
 2
   deve ser 1,3*vmf.
  
vmf   
. 1.133,9  0,0408.Ga  2  33,7
  .d 
1

HIDRÁULICA DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO - FLUIDIZAÇÃO
x21 , 69
 Vmf 2 
Vmf  Vmf 1 . 

V
 mf 1 
Vmf1= velocidade mínima de fluidização das
partículas mais pesadas.
Vmf2= velocidade mínima de fluidização das
partículas mais leves.
x2=fração mássica do meio filtrante associado à
Vmf2
HIDRÁULICA DO PROCESSO
DE FILTRAÇÃO - EXPANSÃO
Velocidade A scencional (cm /s)

Expansão de Meios Filtrantes

1.8

1.6

1.4

1.2

0.8
Areia-Antracito
0.6 Areia-CAG

0.4

0.2

0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Expansão (%)
Expansão do Leito e Taxa de
Contralavagem
 Pode ser obtida pela equação que relaciona o
número de Reynolds com as características do meio
filtrante e a perda de carga dada pela equação de
Carman-Kozeny.
 .vb . .d
Re f  ; (1)
6. .1  ee 

ff 
  s    ee3 . .d .g
. ; (2)
 v2
b

e 3
  3

  Re f . f f 
2 e
. Ga. ; (3)
2 
1  ee   36 
Expansão do Leito e Taxa de
Contralavagem
 Para Ref ≤ 0,2  Φ = 18,1 x Ref
 Para Ref > 0,2:
 
log   0,56543  1,09348. log Re f  0,17979. log Re f   0,00392. log Re f   1,5. log  ; (4)
2 4 2

6

 As expressões apresentadas resultam em


valores adequados para uma ampla variedade
de meios porosos, em diferentes porosidades
expandidas, para expansões acima de 10%.
Taxa de Contralavagem
 O procedimento para a utilização da expressão
(4) em função de Ref, consiste:
◦ Seleção de uma velocidade vb, acima de vmf;
◦ Por tentativa e erro determinar a porosidade e altura
do leito expandido;
◦ q deve ser calculado pela expressão (3);
◦ Ref deve ser calculado pela expressão (1);
◦ Verificar o valor de q pela expressão (4).
 Para meios filtrantes estratificados ou com
distribuição granulométrica de partículas
conhecida, o cálculo é feito para cada camada,
da mesma forma que a perda de carga.
HIDRÁULICA DE FILTRAÇÃO
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES

Lavagem exclusivamente com água


• Tempo de lavagem: 8 a
Vazão
15 minutos
água ascensional
• Expansão do material
filtrante: 20% a 30%

Tempo
HIDRÁULICA DE FILTRAÇÃO
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
Lavagem com água e sistema de lavagem
superficial
• Tempo de lavagem
Vazão
com água em contra-
água ascensional corrente: 8 a 15
• minutos
Lavagem superficial
água superficial somente: 1min a 2 min
• Expansão do material
filtrante: 20% a 30%
Tempo

1,5 l/s/m2 a 3,0 l/s/m2


LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM ÁGUA E SUPERFICIAL
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM ÁGUA E SUPERFICIAL
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM ÁGUA E SUPERFICIAL
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM ÁGUA E SUPERFICIAL
HIDRÁULICA DE FILTRAÇÃO
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
Lavagem com ar unicamente seguido de
água • Tempo de lavagem
com ar: 2 a 3 minutos
Vazão ar • Tempo de lavagem
água ascensional com água em contra-
corrente: 8 a 15
minutos
• Expansão do material
Tempo filtrante: 20% a 30%

10 l/s/m2 a 20 l/s/m2
HIDRÁULICA DE FILTRAÇÃO
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
Lavagem com ar e água simultâneamente
• Tempo de lavagem com
ar
Vazão água ascencional ar e água
simultaneamente: 2 a 4
minutos
• Tempo de lavagem
com água em contra-
corrente: 8 a 15
minutos
Tempo
• Expansão do material
filtrante: 20% a 30%
4 l/s/m2 a 8 l/s/m2
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM AR E ÁGUA
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM AR E ÁGUA
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES
LAVAGEM COM AR E ÁGUA
SISTEMA DE COLETA DE ÁGUA DE
LAVAGEM
 0,5.L  D   H   L  D 
0

S 1,5 H  S  2,5 H
0 0

H0=Altura entre a borda superior


D
da calha de água de lavagem
H0 e o topo do material filtrante
S=Espaçamento entre as calhas
L L=Espessura da camada filtrante
D=altura da calha de água de
lavagem
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição da concepção do sistema


de filtração (simples, dupla camada
ou tripla camada)

 Definiçãoda granulometria dos


materiais filtrantes e sua respectiva
espessura
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição da concepção do sistema


de filtração (simples, dupla camada
ou tripla camada)

 Definiçãoda granulometria dos


materiais filtrantes e sua respectiva
espessura
MATERIAIS FILTRANTES: COMPOSIÇÃO,
GRANULOMETRIA E ALTURA

1.000 (Camada simples de areia


e dupla camada areia-antracito)

1.250 (Camada tripla areia,


antracito e granada)
h2, def2   1.250 a 1500 (Filtros de camada
profunda e constituídos de um
único material filtrante)
h1, def1 * (1,2 mm  def  1,4 mm)

1.500 a 2.000 (Filtros de camada


profunda e constituídos de um
único material filtrante)
* (1,5 mm  def  2,0 mm)
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição do controle hidráulico do


sistema de filtração (Taxa de
filtração constante (com variação ou
não de nível) ou taxa de filtração
declinante)
 Concepçãodo fundo falso e sistema
de drenagem
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição do controle hidráulico do


sistema de filtração (Taxa de
filtração constante (com variação ou
não de nível) ou taxa de filtração
declinante)
 Concepçãodo fundo falso e sistema
de drenagem
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO
Taxas de Filtração
 Relação entre a vazão de água a ser filtrada e a
área superficial do filtro:
◦ Filtros de camada única  120 a 360 m/d;
◦ Filtros de dupla camada  240 a 600 m/d;
 Pela ABNT os valores recomendados são:
◦ Filtros de camada única  180 m/d;
◦ Filtros de dupla camada  360 m/d.
CAMADA SUPORTE
GRANULOMETRIA E ALTURA

 Cadacamada componente do meio


suporte deve ser a mais uniforme
possível. dmax/dmín = 2
O diâmetro do menor grão da camada
inferior do meio suporte deve ser cerca
de 2 a 3 vezes o diâmetro do orifício
do sistema de drenagem
CAMADA SUPORTE
GRANULOMETRIA E ALTURA

Odiâmetro do menor grão da


camada superior do meio suporte
deve ser cerca de 4 a 4,5 vezes o
valor do diâmetro efetivo do
material filtrante
CAMADA SUPORTE
GRANULOMETRIA E ALTURA

 Entre
as camadas que compõem o
meio suporte, a relação entre o
diâmetro do maior grão e o diâmetro
do menor grão da camada adjacente
deve ser igual a 4
CAMADA SUPORTE
GRANULOMETRIA E ALTURA

Aespessura mínima de cada camada


componente do meio suporte deve
ser igual a 7,5 cm ou três vezes o
diâmetro máximo do grão.
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Cálculo da área total de filtração


Q
q
A filtração
 Cálculo aproximado do número de
filtros
N  1,2.Q 0 , 5
Q = vazão em mgd
1 mgd = 3.785 m3/d
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Cálculo da área total de filtração


Q
q
A filtração
 Cálculo aproximado do número de
filtros
N  1,2.Q 0 , 5
Q = vazão em mgd
1 mgd = 3.785 m3/d
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição do número de filtros


 Determinação da área individual de
cada filtro. Recomendável (25 m2 a 100
m2) Atotal
Af 
N
 Definição das dimensões de cada filtro.

Recomendável que seja efetuado em


função do lay-out da ETA
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição do método e sistema de


lavagem

 Cálculo da velocidade mínima de


fluidificação e velocidade ascensional
de água de lavagem para valores
pré-determinados de expansão do
meio filtrante
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Definição do método e sistema de


lavagem

 Cálculo da velocidade mínima de


fluidificação e velocidade ascencional
de água de lavagem para valores
pré-determinados de expansão do
meio filtrante
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Dimensionamento do sistema de
lavagem (Tubulações, válvulas
demais e acessórios)
 Dimensionamento das calhas de
coleta de água de lavagem

 Definiçãoda carga hidráulica


disponível e cálculo do perfil hidráulico
Outras Características de
Projeto
 Velocidades nos dispositivos de veiculação de
água:
◦ Alimentação do filtro  0,6 a 1,8 m/s;
◦ Tubulação de água filtrada  0,9 a 1,8 m/s;
◦ Drenagem da água de lavagem  1,2 a 2,4 m/s;
◦ Alimentação de água de lavagem  2,4 a 3,7 m/s;
◦ Drenagem do filtro  3,7 a 4,8 m/s.
FILTROS RÁPIDOS POR
GRAVIDADE
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Dimensionamento do sistema de
lavagem (Tubulações, válvulas
demais e acessórios)
 Dimensionamento das calhas de
coleta de água de lavagem

 Definiçãoda carga hidráulica


disponível e cálculo do perfil hidráulico
SISTEMAS DE FILTRAÇÃO
ROTEIRO DE CÁLCULO

 Dimensionamento do sistema de
lavagem (Tubulações, válvulas
demais e acessórios)
 Dimensionamento das calhas de
coleta de água de lavagem

 Definiçãoda carga hidráulica


disponível e cálculo do perfil hidráulico
Muito
Obrigado !!!

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