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FACULDADE DE VETERINÁRIA

Curso de Licenciatura em Ciência e Tecnologia de


Alimentos

TRABALHO DE CULMINAÇÃO DE ESTUDOS

Tema: Avaliação de hábitos alimentares de estudantes universitários da


Universidade Eduardo Mondlane na Cidade de Maputo

Supervisora:
Dra. Iolanda Cavaleiro Tinga
Co- supervisor
Estudante: Dr. Ramos Jorge Tséu
Armando Mateus Moiana
Maputo, Janeiro de 2021
carmandomateus@gmail.com +258846733455
ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO

A alimentação Acto de se alimentar Hábitos alimentares (Souza, 2017)

 Mudança de atitudes, superação, entendimento e aceitação das


Alterações formas de convívio com alimento (Aquino et al., 2015)
nos HA
 Ambiente Universitário

Que implicações que o ambiente universitário pode trazer


para a alimentação e saúde dos estudantes?

 Ambiente universitário Hábitos alimentares inadequados


(Marconato et al. (2016)
INTRODUÇÃO

 Hábitos alimentares inadequados

 Trabalho e estudo, falta de tempo, custo de alimentos, residência fora


do ambiente familiar, vida solitária ou na companhia de amigos

 Realização de refeições incompletos, preocupação com bom


aproveitamento pedagógico (Marconato et al., 2016)
INTRODUÇÃO
 Refeições incompletos: Não tomada de pelo menos das três principais refeições
diárias, e dois lanches saudáveis (Silva, 2015)

 Produtos industrializados: Alta densidade energética e menor concentração de


vitaminas e minerais (Silva, 2015)

 Hipertensão arterial, obesidade, diabetes, anemia ferropénica,


hipercolesterolemia, cardiopatias, câncer e diabetes. (Marconato, et al., 2016)
 DCNT: Problemas de saúde pública-afecta >população >preocupação para
famílias e governo fraco desenvolvimento socioeconómico
OBJECTIVOS

Geral
 Avaliar os hábitos alimentares de estudantes universitários da Universidade
Eduardo Mondlane na Cidade de Maputo
Específicos

 Caracterizar o perfil socioeconómico dos estudantes;


 Examinar os conhecimentos dos estudantes a respeito da alimentação saudável;
 Descrever a prática do consumo alimentar dos estudantes;
 Identificar factores que influenciam os estudantes nas suas preferências
alimentares.
MATERIAL E MÉTODOS
Local e tipo de estudo

 FAVET-UEM
 Estudo transversal, descritivo e quantitativo.

Amostragem e tamanho de amostra


 Amostragem não probabilística, por conveniência
 O tamanho da amostra foi de cerca de ≥10% da população total
Instrumentos de recolha de dados

 Questionário contendo perguntas fechadas

 Perfil socioeconómico e Preferências alimentares dos estudantes-questionário


adaptado.
 Conhecimentos dos estudantes sobre a alimentação saudável e Prática do consumo
alimentar-Questionário adaptado por Dayes (2010) e Guia proposto pelo MS do
brasil (2007)
Procedimento para recolha de dados

 Via online acessando-se num link do questionário.


 Redes sociais (Grupos de Whatsapp das turmas) e nos correios electrónicos das
turmas dos estudantes
Análise de dados

 Perfil socioeconómico e influências para as preferências alimentares-comparativo.


 Conhecimentos do conceito da alimentação saudável-“tem conhecimento” ou “não
tem conhecimento”.
 Consumo alimentar -“adequado” ou “inadequado”

 Estatística descritiva simples


 Cálculo da % das respostas, sistematizados e apresentados em forma de tabelas e
gráficos
 Ms. Office Excel® 2013
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dados sociodemográficos

 Amostra total 48 estudantes , sendo e 26 do sexo M e 22 do sexo F


Idade média 21
Idade mínima 18
Idade máxima 40

Sexo
Estado civil

4%

46%
54%
96%

solteiro casado
Masculino Feminino
Perfil socioeconómico dos estudantes universitários
Benefeciário/não de bolsa de estudo Renda familiar

6%
13%
33%
56%
25%
67%

Nao Sim < 1 salario minimo 1-2 salario minimo


3-4 salario minimo >5 salario minimo
=Conceição (2018): 61,9%
UEM (2015) INE,2017
Conhecimentos sobre alimentação saudável
Conhecimento do conceito da alimentação saudável

69%,0
31%,0

Tem conhecimento Não tem conhecimento

≠ Conceição (2018):32% MS do Brasil (2014; 2007)


Consumo Alimentar
Tabela 2: Percentagem do consumo alimentar em função do tipo de refeições

Frequência do consumo Refeições realizadas %


alimentar

Pequeno-almoço 46,0

Lanche da manhã 17,0

Almoço 79,0

Lanche ou café da tarde 19,0

Jantar 75,0

Lanche antes de dormir 8,0


% de estudantes que possuem a frequência de consumo alimentar em
adequação ou inadequação
Alimentação Adequado Inadequado
Realização de 5 a 6 refeições 6,0 94,00 =Basaglia e Freitas
(2015):39,5% de
Cereais, tubérculos e raízes 13,0 87, 0
cereais e 5% de
legumes.
≠ Carneiro (2016)
Legumes, verduras e frutas 33,0 67, 0
+ de feijões
Feijão e outras leguminosas 10,0 90, 0
Basaglia e Freitas
(2015): 2,3% de
Leite e derivados, carnes e ovos 28,0 72, 0
leite e derivados,
carnes
Óleos 33,0 67, 0
Água 27,0 73, 0

MS do Brasil do (2007); FAO/OMS/ONU (1985), Decreto n.º 9/2016


% de estudantes que possuem a frequência de consumo alimentar e prática de actividade física
em adequação ou inadequação

Frequência e prática alimentar Adequado Inadequado

Adição de mais sal nos alimentos já servidos 52,0 48,0

Consumo frequente de doces, refrigerantes e sucos industrializados 17,0 83,0

Consumo de frituras, salgados, hambúrgueres, enchidos, etc. 21,0 79,0

Consumo de bebidas alcoólicas por semana 60,0 40,0

Realização de actividades extras no acto de realização de refeições 4,0 96,0

Leitura da informação nutricional presente no rótulo de alimentos 29,0 71,0


industrializados antes de compra

Prática de pelo menos 30 minutos de actividade física diariamente 8,0 92,0

MS do Brasil (2007)
(Morzarotto e Alves, 2017); =Oliveira (2017)-falta de act fisica ≠Wernik (2017): 49,6% -álcool;
Influência nas preferências alimentares
1. Factores que determinam nas escolhas alimentares %
Económicos, qualidade higiénico-sanitária de alimento, cultura e 100, 0
religião
2. Mudança da alimentação após a entrada na universidade
Sim 87, 5
3. Com o que mudou na sua alimentação
Com entrada na universidade passou a tomar refeições na cantina, 30, 7
refeitório universitário
Já há falta de escolhas alimentares 23, 8
Relação interpessoal 13, 6
Stress entre estudantes causada pela vida académica 9,1
A falta de tempo para fazer as preparações dos alimentos em casa 22, 7

Vaz e Bennemann (2014)-todos; Matias e Fiore (2010)


Cont…

4. Local de tomada das refeições quando estando na faculdade


No canto isolado (traz de casa) 12,5
Na Cantina da faculdade 25,0
No refeitório da direcção dos serviços sociais da universidade 52,1

Na rua 8,1
Em lanchonete 2,1
5. Geralmente com quem faz as refeições
Faz sozinho (a) 33, 2
Faz acompanhado (a) 66,7

= Proença (2010), Busato et al. (2015)


Cont…
6. Motivação para a escolha destes alimentos
Influências familiares 25,0
Colegas e amigos 19,0
Falta de tempo para preparar variedade de refeições 26,0

Sobrecarga da faculdade 15,0


Fácil de preparo 15,0
7. Possibilidade de melhoria na alimentação
Melhoria após a conclusão do curso com o aumento da renda 69,0
familiar
Manterá com esta alimentação 10,0
Porventura melhorará 4,0
Dependerá da área de actuação 3,0
Melhorará, não terá mais sobrecarga académica 14,0

Wernik (2017) e Conceição (2018)-mudarão


CONCLUSÃO

 Os HA foram inadequados e influenciados pela baixa renda familiar.

 Os estudantes universitários têm conhecimentos gerais da alimentação saudável.

 A maioria dos estudantes, somente toma o almoço e o jantar, e consome


alimentos em porções/quantidades inadequadas, realizando actividades extras no
acto tomada de refeições e não lêem informação nutricional presente no rótulo
de alimentos industrializados antes de adquri-los, e a não pratica actividade
física adequadamente.
CONCLUSÃO

 Entretanto, a maioria dos estudantes não adiciona sal após de ter servido a

refeição na mesa e não consume bebidas alcoólicas

 Factores socioeconómicos, qualidade higiénico-sanitária de alimentos, cultura e

religião, entrada na universidade, companhia de colegas e a falta de tempo são

tidos como determinantes nas escolhas alimentares.

 Os estudantes apresentaram hábitos alimentares inadequados, mas reportaram a

intenção de alterar a sua alimentação após a conclusão de curso, com a

perspetiva de aumento da renda familiar.


RECOMENDAÇÕES

 Para a comunidade académica: Estudos de avaliação de estado nutricional dos


estudantes universitários;

 Para a faculdade: Implementar programas de educação alimentar;

 Para a Universidade: A concessão de mais bolsas de estudos;

 Para o MISAU: Revisão da Guia Alimentar para a população Moçambicana, com a


menção das porções a consumir de cada grupo e porção dos alimentos
equivalentes dentro dos grupos, assim como informações mais concretas sobre
alimentação saudável.
AGRADECIMENTOS
 Quero expressar aqui o mais sincero agradecimento a todos aqueles que ao longo desta caminhada
nunca me deixaram baixar os braços e sempre me ensinaram a instigar. Lembro-me quão grande é
o número de pessoas que contribuíram para que esse momento chegasse. Por conseguinte serei
injusto ao citar nomes, todavia, creio que todos sentem a minha gratidão diariamente. É sim, a
todos que agradeço por toda a confiança que depositaram em mim.
 Em primeiro lugar congratulo a Deus todo-poderoso, pela dádiva da vida e pelo privilégio de poder
vivê-la em sua presença, ainda por me fazer chegar a esse mundo, me criar com inspiração e me
agraciar com esta chuva de vitória tão sonhada, tão esperada, tão almejada e tão preponderante
para mim. É daqui que posso dizer que foi um “culminar dos sonhos”, revigorando a minha pujança
motriz para que eu pudesse superar os obstáculos e continuar a minha jornada, sempre me dando
a certeza de que nunca estive sozinho em todo percurso académico.
 De modo inquestionável e merecido agradeço à Universidade Eduardo Mondlane pela concessão de
“Bolsa de Estudos” pois que, foi em razão deste benefício que o meu sonho se tornou realidade, ao
Instituto Superior de Ciências de Saúde, através do memorando de entendimento assinado foi
possível a supervisão deste trabalho e a todos os estudantes que participaram no processo de
recolha de dados da pesquisa meu muitíssimo obrigado.
AGRADECIMENTOS

 Com toda a minha pujança motriz do mundo e do meu coração agradeço à minha supervisora
Mestre Iolanda Cavaleiro Tinga e ao meu Co-supervisor Mestre Ramos Jorge Tséu, por
dedicarem uma parcela do seu tempo a supervisionar este trabalho.
 Em linhas gerais agradeço a todos os Docentes da Universidade Eduardo Mondlane, com
destaque para os docentes da Faculdade de Veterinária na Secção de Higiene e Tecnologia de
Alimentos que contribuíram de forma directa e indirecta para a minha formação académica,
pois que, de forma muito paciente e incansavelmente, me transmitiram uma parte de seus
conhecimentos técnicos e científicos.
 À Direcção dos Serviços Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, em particular à Prof.
Doutora Dácia Correia pelos poderosos ensinamentos que me transmitiu aquando da minha
chegada na Universidade Eduardo Mondlane ao Doutor Ilídio Manjate pelo apoio prestado no
período da execução deste trabalho. Por conseguinte sempre estarei eternamente grato.
AGRADECIMENTOS

 Mando um agradecimento a todos colegas da 2ª turma do curso em questão, geração 2016


especialmente ao colega Juvêncio Fernando em memória. Em comum, compartilhamos momentos
de realce e instigamos com a mesma visão. Há vista disso, sentirei eterna saudade. Realçando
Carlos Mimbir e Fernando Amade, pois além de serem meus colegas de carteira, foram meus
amigos, cúmplices e companheiros acima de tudo. Uma vez que, durante essa longa caminhada
que “só vence quem chega ao fim” souberam-me encorajar e me compreender nos bons e maus
momentos com esperança e perseverança. Deste modo digo de uma vez por toda que fácil foi
conhecê-los e difícil será esquecê-los como amigos que eu nunca tinha visto durante toda a minha
vida.
 Agradeço a todos aqueles que deram o seu apoio nos momentos de necessidades, de entretimento,
de enfermidade, de felicidade, da solidão, da angústia, do desespero e do estresse, especialmente
aos amigos e colegas das residências universitária da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo.
AGRADECIMENTOS
 Dignamente, incomparavelmente, com toda a minha delicadeza e cegamente agradeço a cinco
pessoas importantes na minha vida, ao meu pai Mateus Paulo Mubango Castigo Moiana e à minha
irmã Julieta Jéssica que não estão mais entre nós, a minha mãe Luísa Mugadui, ao meu tio
Gonçalves Mugadui e à minha tia Cecília Mugadui, por me darem a educação tradicional e primária
merecida baseando no, “do pequenino é que se torce o pepino” e que serviu de alicerce para a
minha vida cotidiana, académica e profissional. Acima de tudo, enfatizando a minha mãe Luísa,
pois ela é a minha escola e mestra da minha vida e através das suas variantes básicas metódicas
me ensinou a língua desde o meu meninice.
 Agradeço aos meus irmãos, Fernando, Ilda, Isabel da Rute, Sara e ao meu primo Zacarias Viano
Moiana por apoio material e moral, aos meus sobrinhos Zacarias Jossias Chamusse e Inácio
Nhangara, ao meus amigos da infância e adolescência, Armando Bande, Alberto Domingos, Mateus
Sibanda, Simão Tomás, Abel Gastão, Amós Elias, Manuel Domingos, Fátima Bande, Lurdes Gastão,
e Pita Mateus e Clemência Bande em memória, por diferentes apoios prestados dentro do meu
processo de ensino e aprendizagem me instigando a ser “amigo de livros”, e que lado a lado
cultivamos o espaço social a procura de melhores condições de vida. Ainda agradeço a todos
irmãos em cristo e aqueles que não vêm aqui mencionados e que deram o seu apoio para o sucesso
deste trabalho e que me apoiaram em todos os momentos.
 Deus esteja convosco.
Grato pela atenção dispensada

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