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Saúde Aula 5
a) b) c)
Figura 5.7 - Posicionamento de um paciente na cabeceira da cama
(Alexandre e Rogante, 2000).
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
Tendo em conta que os serviços de medicina dispõem de camas reguláveis em altura (camas
elétricas) poderá também ser efetuado o seguinte procedimento:
- Baixar a cama de forma a que cada um dos enfermeiros/assistentes operacionais (são
necessários dois trabalhadores neste procedimento) coloquem um joelho sobre a cama,
mantendo a outra perna no chão;
- Os trabalhadores devem segurar o plástico e, simultaneamente, deverão ambos em cima dos
seus calcanhares, movendo assim o paciente. A figura 5.8 diz respeito ao posicionamento de um
doente na cabeceira de uma cama com altura regulável.
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
c) d)
Figuras 5.9 c) e d) - Posicionamento de um doente, sentado,
na cabeceira da cama, com ajuda de dois profissionais
(Alexandre e Rogante, 2000).
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
Para sentar o doente na cama:
- Em primeiro lugar o doente deve ser motivado a sentar-se sem auxílio;
- Para o doente se sentar sem ajuda, poderão ser usados materiais, como por exemplo uma
trança de lençóis (é usado nos serviços de medicina 1 e 2) ou, poderá mesmo ser adotado o uso
de uma corda com nós ou eventualmente uma escada de cordas fixa na cama. A figura 5.10
refere-se à utilização de uma escada de cordas.
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
a) b)
Figuras 5.11 a) e b) - Sentar o doente
na cama, com ajuda de dois profissionais
(Alexandre e Rogante, 2000).
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
Poderá também ser realizado o seguinte procedimento, com a ajuda de dois profissionais:
- Cada profissional deve sentar-se de cada lado da cama, ajoelhando uma das pernas;
- Mover o doente para a frente, com a ajuda de uma toalha, segurando-lhe nos cotovelos. A
figura 5.11 c) refere-se a esta situação.
2.2.1.4 - A Movimentação de Doentes na Cama
a) b)
Figuras 5.18 a), b) - Transferência da cama para a
cadeira, utilizando o cinto de transferência
(Alexandre e Rogante, 2000).
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
A Directiva Europeia 90/269/CEE do Conselho de 29/5/1990 é uma das directivas que trata a
segurança e a saúde no trabalho: refere as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a
movimentação manual de cargas e que foi transposta por Portugal através do Decreto-Lei n.º
330/93, de 25/9. A Directiva em causa aplica-se portanto, às tarefas que causam riscos
(sobretudo dorso-lombares), nomeadamente: empurrar, levantar e puxar. A referida fonte refere
ainda que a entidade empregadora deverá evitar a movimentação manual de cargas por parte
dos trabalhadores (art.º 4.º).
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
A prática quotidiana dos assistentes operacionais e dos enfermeiros, em particular, caracteriza-
se por tarefas que se traduzem em factores de risco para a coluna vertebral. Sendo de referir,
entre essas tarefas:
- A repetição e/ou manutenção de posições e/ou movimentos, muitas vezes prolongados. Refira-
se por exemplo que na posição vertical as pressões e as tensões que ocorrem ao nível do disco e
dos ligamentos revelam-se mais fracas.
Os movimentos repetidos ou que são mantidos durante algum tempo são perigosos sobretudo
para a zona lombar. De entre estes contam-se:
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
- o inclinar-se para a frente, arredondando a coluna,
- o virar-se para o lado com inclinação para a frente,
- o acto de segurar uma carga e esticar-se para trás,
- o facto de ficar muito tempo sentado numa cadeira (mais frequente no caso do trabalho
administrativo),
- o permanecer agachado.
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
No que diz respeito à movimentação de cargas, em si, esta tarefa pode complicar-se devido a
várias características, sendo de referir:
- Nas especificidades relacionadas com a movimentação de uma carga:
a instabilidade da mesma,
a diferente distribuição do peso,
a falta de puxadores, o que dificulta assim o agarrar,
a superfície escorregadia.
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
- Nas especificidades relacionadas com o transporte de doentes:
o estado agitado do doente,
o facto do doente não participar,
o facto de ser difícil calcular o peso do doente,
a dificuldade em agarrar.
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
Entre as múltiplas tarefas desempenhadas diariamente pelos profissionais de saúde, está pois a
movimentação manual dos doentes, que pode ser considerada como uma movimentação
manual de cargas uma vez que ocorre o transporte e/ou sustentação de uma carga (o doente)
por um ou mais trabalhadores.
As lesões podem agravar-se conduzindo, em casos extremos, à invalidez do profissional e/ou
incapacidade permanente para o trabalho.
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
Como medidas de prevenção são de referir:
- A eliminação do risco e
- A redução do risco.
Por eliminação do risco entende-se o evitar da exposição dos profissionais de saúde ao risco e, deste
modo, evitar as movimentações manuais. Para atingir esse objetivo a tarefa de movimentação deverá
ser mecanizada ou automatizada. As diversas transferências de doentes que os profissionais de saúde
realizam diariamente (cama inclinável, cama-maca, cama-banheira, etc.) são fatores de risco para a
coluna vertebral, devido, não só, ao peso do doente, mas também às posições adotadas. Estas
movimentações podem ser evitadas através do uso de elevador ou de calhas de transferência.
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
A figura 5.19 diz respeito à utilização de um elevador para doentes, enquanto que a figura 5.20
se refere à utilização de calhas de transferência.
a) b) c)
Figura 5.19 - a) Elevador existente no serviço de medicina 1;
b) e c) Utilização de um elevador para doentes
(Inspecção-Geral do Trabalho, 2007).
2.2.1.5 - O Transporte de Doentes
Inspecção-Geral do Trabalho (2007). Alivie a carga! Prevenção das lombalgias no sector dos
cuidados de saúde. Campanha europeia de inspecção e de comunicação do CARIT:
Movimentação manual das cargas na Europa nos sectores dos Transportes e dos Cuidados de
Saúde.