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01 Introdução 05 Metodologia
Análise e discussão
02 Justificativa 06 de dados
03 Objetivos 07 Considerações finais
04 Fundamentação teórica 08 Referências
Introdução
Neste trabalho, considerando os aspectos
01
sociais enquanto elementos externos, que se
inserem diretamente na obra, discutiremos
especificamente a forma como se apresenta na
obra O Uraguai, de Basílio da Gama, o
elemento indígena árcade, analisando como as
suas representações estariam vinculadas à
condição sociocultural e ao pensamento
predominante da escola arcádica.
2. Justificativa
A literatura é uma forma de conhecimento, de modo que as realidades abordadas no texto
literário servem não só como ficção mais como formas de pensar nas múltiplas
possibilidades que as relações inter-humanas produziram ao longo do tempo. Neste viés, o
texto literário apresenta simbolismos que implicam em algo além do seu significado
manifesto e imediato. Assim, o presente trabalho tem como justificativa a exposição da
representação indígena na obra “O Uraguai” de Basilio da Gama, e a partir desta
concepção buscaremos demonstrar, especificamente, como se constrói a representação do
índio no poema. Portanto, vale pontuar a dimensão que esta pesquisa possui, visto que,
apoiada no texto de Antônio Candido, “Literatura e Sociedade” (1965), pode-se notar os
aspectos sociais inerentes a esta representação, enquanto elemento externo, mas que se
insere diretamente na obra, apresentando uma interpretação dialética. Destacando-se
ainda, a relação do texto com as temáticas presenciadas no cotidiano e como a figura do
índio permanece em nossa cultura até hoje, com as heranças por ele nos deixada e além
de tudo, o seu impacto e relevância para todos os âmbitos do nosso país (social,
educacional e cultural).
3. Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
A análise literária deve observar como os fatores sociais contribuem para a estética
e criação literária, assim, “o fator social é invocado para explicar a estrutura da obra
e o seu teor de ideias, fornecendo elementos para determinar a sua validade e o seu
efeito sobre nós.” (CANDIDO, 2006, p. 25).
05 Metodologia
Esta pesquisa configura-se como qualitativa
e explicativa de natureza básica e de caráter
exploratório, tendo sido realizada por meio de
procedimentos bibliográficos.
06
Análise e discussão
dos dados
6.1 Autor e obra
6.2 Contexto histórico
6.3 Análise geral
6.4 A representação
árcade dos indígenas
6.1 Autor e obra
6.3
Análise geral A sua estrutura é centrada
no uso de versos
Prefazem o Arcadismo decassílabos brancos, com
Clássico na Europa. ausência de rima. Ao todo,
são cinco cantos em estrofe
longa.
6.4 – A representação árcade dos indígenas
1. O encobrimento dos povos indígenas e a recusa do estranho
“Já para o nosso campo vêm descendo, Eu, desarmado e só, buscar-te venho.
Por mandado dos seus, dous dos mais nobres. Tanto espero de ti. E enquanto as armas
Sem arcos, sem aljavas; mas as testas Dão lugar à razão, senhor, vejamos
De várias e altas penas coroadas, Se se pode salvar a vida e o sangue
E cercadas de penas as cinturas, De tantos desgraçados. Muito tempo
E os pés, e os braços e o pescoço. Entrara Pode ainda tardar-nos o recurso
Sem mostras nem sinal de cortesia Com o largo oceano de permeio,
Sepé no pavilhão. Porém Cacambo Em que os suspiros dos vexados povos
Fez, ao seu modo, cortesia estranha, Perdem o alento. O dilatar-se a entrega
E começou: Ó General famoso, Está nas nossas mãos, até que um dia
Tu tens à vista quanta gente bebe Informados os reis nos restituam
Do soberbo Uraguai a esquerda margem. A doce antiga paz. Se o rei de Espanha
Bem que os nossos avôs fossem despojo Ao teu rei quer dar terras com mão larga
Da perfídia de Europa, e daqui mesmo Que lhe dê Buenos Aires, e Correntes
Co’s não vingados ossos dos parentes E outras, que tem por estes vastos climas;”
Se vejam branquejar ao longe os vales, (GAMA, 2018, p. 57-59)
6.4 – A representação árcade dos indígenas
2.O direito a terra e o etnocídio indígena: A chegada dos índios Sapé e Cacambo.
“Poucos índios no campo mais famosos, Quantas setas da mão voar fazia
Servindo de reparo aos fugitivos, Tantas na nossa gente ensangüentava.
Sustentam todo o peso da batalha, Setas de novo agora recebia,
Apesar da fortuna. De uma parte Para dar outra vez princípio à guerra.
Tatu-Guaçu mais forte na desgraça Quando o ilustre espanhol que governava
Já banhado em seu sangue pertendia Montevidio, alegre, airoso e pronto
Por seu braço ele só pôr termo à guerra. As rédeas volta ao rápido cavalo
Caitutu de outra parte altivo e forte E por cima de mortos e feridos,
Opunha o peito à fúria do inimigo, Que lutavam co’a morte, o índio afronta.
E servia de muro à sua gente.
Sepé, que o viu, tinha tomado a lança
Fez proezas Sepé naquele dia.
E atrás deitando a um tempo o corpo e o braço
Conhecido de todos, no perigo
A despediu. Por entre o braço e o corpo
Mostrava descoberto o rosto e o peito
Ao ligeiro espanhol o ferro passa:
Forçando os seus co’ exemplo e co’as palavras.
Já tinha despejado a aljava toda, Rompe, sem fazer dano, a terra dura
E destro em atirar, e irado e forte E treme fora muito tempo a hástea.
Mas de um golpe a Sepé na testa e peito
6.4 – A representação árcade dos indígenas
3. (RE)Existência: A valentia dos índios na luta pela sua terra e sua história
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: estudos de teoria e história literária. 9. ed. São
Paulo: Nacional, 2006.
Costa, F. L. da, & Sílvio Augusto de Oliveira Holanda. (2019). A crítica sociológica e dialética
de Antonio Candido: entre o fato social e a expressão. Jangada: Crítica | Literatura |
Artes, 1(13), 22–31.
LIMA, Luiz Costa. A Análise sociológica da literatura. In: Teoria da literatura em suas fontes.
Organização, Seleção e Introdução de Luiz Costa Lima. 3.ed. Rio de Janeiro: Civilização
brasileira, 2002, pp. 659-687. 2.v.
Agradecemos sua
atenção!
Discentes: Danielson Venceslau Nunes,
Jhonnathah Xavier de Melo, Karoline
Barbosa de Azevedo, Mateus Campos da
Silva e Waallacy Kennedy R. de Araujo
Silva.
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