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Campylobacter

1,5 a 6 µm de comprimento
0,2 a 0,5 µm de largura

Genoma 1,6 – 1,7 Mbp


rico em AT www.cdc.gov
taxa CG (30 a 50%)

São microaerófilos e crescem em temperaturas de 25 a 42⁰C

Móveis, com um flagelo em uma ou ambas extremidades, com


movimento típico.

Taxonomia atual: 16 espécies / 6 subespécies: família


Campylobacteraceae
Epidemiologia da campilobacteriose

Ampla diversidade ecológica


Veículos de transmissão: animais infectados,
alimentos e água contaminada
As aves representam o principal reservatório
(dez milhões de células de Campylobacter por
grama de fezes)
Água poderoso veículo de
transmissão de espécies de Campylobacter

Detecção em corpos d’água


sinal de contaminação fecal recente

sobrevivência menor que


indicadores bacterianos usuais

(Allos & Taylor 1998; Jones 2001; Frost 2001)


Etiologias mais comuns:

nos animais (C. fetus):


abortos espontâneos, infertilidade, gastrenterites

no Homem: gastrenterites, doenças periodontais


A enterite no Homem

•Dose infectante baixa


• Aquisição via fecal-oral
• Período de incubação de 2 a 8 dias
• Sintomas: febre, dor abdominal, vômitos, diarréia
branda ou severa

• Complicações: bacteremia, artrite reativa (Síndrome de


Reiter), Síndrome de Güillain Barré (GBS)
• Espécies envolvidas: Campylobacter jejuni, C. coli,
C. lari, C. upsaliensis, C. fetus
A campilobacteriose no mundo e no Brasil

Em alguns países industrializados: No Brasil:


 Lugar de destaque entre os  Poucos laboratórios clínicos incluem a
enteropatógenos tradicionais, como a investigação de Campylobacter nos
Shigella, a Salmonella e o grupo da E.coli exames de rotina.
(O:157), dentre outros.
 Número pequeno de laboratórios de
Custo infecção: US$225 milhões/ano. pesquisa desenvolvendo trabalhos com
 Estima-se que 2 a 2,5 milhões de esta bactéria.
pessoas se infectem a cada ano. Insuficiência de dados para estimar a
 Programas de Vigilâncias Nacionais. real incidência das infecções humanas.
 Não há notificação compulsória.
 Notificação dos casos.
 Não existem Programas de Vigilância
 Controle das possíveis fontes de
para a campilobacteriose.
infecção e prevenção de novos casos.
 Maior atenção às etiologias em bovinos
 Esclarecimentos à população (educação
e ovinos do que àquelas em humanos
sanitária e ambiental).
(interesse financeiro).
Nova Zelândia (Duignan, 2003)
mortalidade de mamíferos marinhos locais por patógenos
bacterianos:

• salmonelose em cetáceos,
• tuberculose e septicemia por Campylobacter sp. em
focas e leões-marinhos.
campilobacteriose em leões-marinhos:
• surto septicemia hemorrágica em 1998
• epidemia em 2002, com altas taxas de mortalidade

importância dada a esta bactéria patogênica!!


Campylobacter insulaenigrae sp. nov.
• swabs retais coletados de três focas-comuns
(Phoca vitulina)
• intestino delgado da carcaça de um boto-do-porto
(Phocoena phocoena).
(Foster et al. 2004)

• relevância dos mecanismos de transmissão,


da epidemiologia e da biologia do Campylobacter,
• alta freqüência nos países desenvolvidos,
X
• número limitado de investigações no Brasil,
principalmente em relação aos mamíferos aquáticos.
Resultado da pesquisa realizada nas
amostras coletadas de Peixe-boi (Amazonas)
Julho/2004

Total de amostras: 99 (Narina esquerda, Boca, Ânus, Genital)


 
Amostras positivas: 22
 
 
 
Total de animais: 32
 
Animais com amostras positivas: 16
A campilobacteriose pode representar um grande problema
de Saúde Pública em nosso País, tendo em vista as precárias
condições sanitárias com que convive boa parte da
população.

Porém sua real incidência só poderá ser estimada a


partir da investigação criteriosa, por parte dos Laboratórios
e da conscientização dos Órgãos Governamentais ligados à
Saúde, de que esta zoonose está em nosso meio e precisa ser
considerada.

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