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Apresentação

Eng. Civil Paulo Fernando Costa Oliveira

• Engenheiro Civil, graduado pela Universidade Estadual o Maranhão – UEMA, pós-graduado em Auditoria,
Avaliações e Perícias de Engenharia pela Instituição IPOG, em Engenharia Diagnóstica pela Instituição INBEC,
especialista em Mediação e Arbitragem de da Construção Civil e Mercado Imobiliário pela Instituição Câmara
Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial – CBAME, Membro Titular do Instituto de Engenharia Legal de
São Paulo.

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• Atua na área de perícia judicial desde 2014, desenvolvendo Laudos Periciais nas áreas de Avaliações Econômicas e
Análises de Investimentos, Avaliações de Máquinas e Equipamentos, Avaliações de Propriedades Rurais, Avaliações
de Imóveis Urbanos, Avaliações de Aluguéis, Auditoria de Custos em Contratos, Patologia das Construções, Perícia
Ambiental, Georreferenciamento de Áreas e Conflitos de Terras, Inspeção Predial.
• Atuou recentemente no Porto do Itaqui como coordenador de planejamento de
engenharia, sendo responsável pela Análise e controle de obras públicas, com planejamento estratégico de atividades
que envolvem implantação de obras de construções, reformas e ampliações de toda a estrutura portuária do Estado
do Maranhão.
Apresentação
Eng. Civil Paulo Fernando Costa Oliveira

• Atualmente exerce a atividade de Perito Judicial no Fórum da Cidade de São Luís


desde o ano de 2014, com nomeações rotineiras nas varas cíveis e fazenda pública da capital, principalmente em
ações coletivas de seguros residenciais, em virtude do reconhecido conhecimento técnico especializado na
elaboração de laudos periciais fundamentados nas normas NBR e ABNT.
• Exerce a atividade de Diretor do Núcleo de Engenharia e Mercado Imobiliário da

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Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem no Estado do Maranhão – CBMAE-MA,
atuando juntamente com o CREA-MA, CAU-MA e CRECI-MA na implantação das
respectivas Câmaras de Arbitragem e Mediação nos próprios conselhos.
Plano de Ensino
Identificação:
• Instituição: BSSP Centro Educacional
• Módulo: Ensaios tecnológicos, Termografia e uso de Vants
• Professor: Paulo Fernando Costa Oliveira
Plano de Ensino
Objetivo:
• A disciplina tem como objetivo principal orientar e mostrar para o aluno as
principais ferramentas utilizadas na engenharia diagnósticas, as quais auxiliam o
profissional para a execução dos serviços de engenharia.
Plano de Ensino
Conteúdo programático:
• Resumo sobre inspeção predial;
• Ensaios tecnológicos;
• Aplicações práticas para os ensaios tecnológicos;
• Termografia na engenharia;
• Uso da termografia;
• Usos práticos da termografia na engenharia;
• Utilização de vants;
Plano de Ensino
Bibliográfica complementar:
• TAKEDA, Othavio Toniasso. Termografia aplicada na investigação de patologias em fachadas –
Princípios e aplicações. Novas Edições Acadêmicas, 2018. ISBN: 978-616-9-62359.Engenharia
diagnostica em edificações - Tito Lívio Ferreira Gomide, Jeronimo Cabral Pereira Fagundes e
AntonioGullo Marco;
• Patologias Das Edificações - Jefferson Luis Alves Marinho, Esequiel Fernandes Teixeira Mesquita;
• Trincas em Edifícios – Causas, Prevenção e Recuperação - Ercio Thomaz;
• Patologia de Estruturas - Fabricio Loghi Bolina, Bernardo Fonseca Tutikian, Paulo Roberto do Lago
Helene;
• Norma de desempenho de edificações - Marcelo Fabiano Costella;
• ABNT NBR 15575/2013 – Norma de desempenho;
• Ensaio Mecânico de Materiais Metálicos – Ed. Blücher – 5ª Edição – Sergio Augusto de Souza;
• Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comum – Ed. Edgard Blücher - Hubertus Copaert;
• Ciência e Engenharia de Materiais–uma Introdução,Willian D.Callister,Jr. - LTC - 5.edição
HORÁRIOS
PREVISTOS Sexta feira
Início: 18:00
Intervalo (20:00 às 20:20)
Término: 23:00

Sábado (Matutino)
Início: 8:00

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Intervalo (10:00 às 10:20)
Término: 12:00

Sábado (Vespertino)
Início: 13:30
Intervalo (16:00 às 16:20)
Término: 19:00

Domingo
Início: 8:00
Intervalo (10:00 às 10:20)
Término: 12:00
Quem está habilitado a
realizar uma inspeção
predial?
O profissional habilitado para realizar as inspeções, é aquele que conhece dos sistemas
que compõe a edificação, ou seja, engenheiros e arquitetos habilitados nos respectivos
conselhos de classe. Quaisquer outros profissionais que as fizerem estarão em
exercício ilegal da profissão
Inspeção predial

Objetivo: Determinação das irregularidades prediais que possam de alguma forma


prejudicar a qualidade da edificação, assim também como apontamento das “doenças”
que as afetam e maus hábitos humanos que prejudicam a “saúde” da edificação.

Início do programa de inspeção: Deve ser iniciado a partir da entrega do


empreendimento, mediante formulação da inspeção de entrega de obras. (Levar em
consideração, durante as inspeções, manual de uso, manutenção e operação)
Inspeção predial
Contratação da inspeção: Deve ser permanente, visando manter o bom desempenho
do empreendimento. Esta deve ser concebida através da formalização de contrato
escrito e assinado pelas partes, o qual deve possuir escopo dos serviços a serem
realizados, equipes que participarão os serviços, limite de responsabilidades, preços,
condições de pagamento, prazos de entrega do laudo dentre outras particularidades.

Profissionais habilitados para inspeção predial: As inspeções prediais devem ser


realizadas apenas por profissionais habilitados, devidamente registrados nos
conselhos profissionais pertinentes e dentro das respectivas atribuições
profissionais contempladas na legislação vigente. Esses profissionais são
aqueles pertencentes aos CAU e CREA.
Inspeção predial
• Conteúdo técnico da inspeção: Deve apresentar as reais condições da “sáude
predial”, por meio de uma visão sistêmica tridimensional. Abaixo será apresentado
o fluxograma de uma inspeção predial
Diligência

Local e Data

Edifício Intuição (análise sensorial)

Técnica – Manutenção – Uso

Análise

Descrição Resultados Ilustração

Laudo
Inspeção predial
Locais e sistemas analisados em inspeções prediais: Todas as áreas comuns internas e
externas assim como todos os sistemas construtivos do empreendimento, instalações e
equipamentos dessas áreas devem ser inspecionados e analisados.
• Áreas comuns externas e internas mais usuais dos edifícios residenciais, comerciais e de
escritórios: Térreo, subsolos, escadarias, cobertura, ático;

Subsolos Escadarias Cobertura Ático


Inspeção predial
Locais e sistemas analisados em inspeções prediais: Todas as áreas comuns internas e
externas assim como todos os sistemas construtivos do empreendimento, instalações e
equipamentos dessas áreas devem ser inspecionados e analisados.
• Sistemas construtivos usualmente analisados: Fundações, estrutura, fechamentos,
esquadrias, revestimentos internos, fachadas e impermeabilizações;

Fundações, Fechamentos Esquadrias


estruturas, Fachadas
impermeabilização
Inspeção predial
Locais e sistemas analisados em inspeções prediais: Todas as áreas comuns internas e
externas assim como todos os sistemas construtivos do empreendimento, instalações e
equipamentos dessas áreas devem ser inspecionados e analisados.
• Instalações usualmente analisadas: Instalação elétrica, instalação SPDA, instalação
hidráulica, instalação de telefonia e instalação de segurança;

SPDA Sistema Sistema de


hidráulico telefonia e de
Sistema segurança
elétrico
Inspeção predial
Locais e sistemas analisados em inspeções prediais: Todas as áreas comuns internas e
externas assim como todos os sistemas construtivos do empreendimento, instalações e
equipamentos dessas áreas devem ser inspecionados e analisados.
• Equipamentos usualmente analisados: Elevadores, pressurização, ar-condicionado e
automação.

Sistema de
pressurização Sistema de ar Sistema de
Sistema de condicionado automação
elevadores
Inspeção predial
Normas técnicas mais utilizadas em inspeções:
ABNT NBR 5674/2012 – Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de
gestão de manutenção;

ABNT NBR 15575/2013 (Norma de desempenho que recomenda inspeções prediais);

ABNT NRB 16747/2020 - Inspeção predial ― Diretrizes, conceitos, terminologia e


procedimento.
Inspeção predial
Poucos são os condomínios que adotam procedimentos recomendados por normas e
manuais ou que desenvolvem planos de manutenção, fato que ocorre pela simples
falta de conscientização e orientação dos usuários. A isso, temos aliado a ausência, no
mercado, de empresas especializadas no atendimento aos edifícios residências e
comerciais de pequeno e médio portes.

A ausência de manutenções preventivas gera um gasto maior posteriormente com


manutenções corretivas.
Inspeção predial
Esse quadro revela uma oportunidade para a realização de tais serviços, assim
também para aqueles relacionados a engenharia diagnóstica, uma vez que antes das
manutenções propriamente ditas é necessário diagnosticar as reais condições técnicas
da edificação, para que assim seja possível definir as ações possíveis para sanar
corretamente a manifestação patológica.
Norma de desempenho – 15575/2013
Para a realização de trabalhos referentes à engenharia diagnostica usa-se com bastante
frequência a norma NBR 15575, a qual foi redigida de acordo com os modelos internacionais
de normalização de desempenho. Logo, para cada necessidade do usuário e condição de
exposição, aparece a sequência de requisitos de desempenho, critérios de desempenho e
respectivos métodos de avaliação. O conjunto normativo compreende seis partes: Parte 1:
Requisitos gerais; Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; Parte 3: Requisitos para os
sistemas de pisos; Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e
externas; Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas; e Parte 6: Requisitos para os
sistemas hidrossanitários.

O foco desta Norma está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus
sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e não na prescrição de como os
sistemas são construídos.
Norma de desempenho – 15575/2013
A NBR 15575 tem como objetivo estabelecer e indicar o desempenho, ou seja, o
comportamento que uma edificação deve ter durante o uso. Esse desempenho envolve
durabilidade, segurança e conforto. No quesito durabilidade, por exemplo, a norma cita qual o
tempo mínimo de durabilidade dos diversos subsistemas que compõem uma edificação.

No quesito segurança, podem ser citados os parâmetros que definem a segurança estrutural e
contra incêndios. Já em relação ao conforto, podem ser citados os parâmetros mínimos de
conforto acústico e térmico.

Entretanto, é importante destacar que a Norma de Desempenho não é uma norma de conforto,
e sim de condições mínimas de habitabilidade.
Ensaios tecnológicos

Os ensaios tecnológicos na construção civil são compostos por muitas etapas. O


desenvolvimento de projetos e ensaios tecnológicos construção civil são aspectos
fundamentais em uma obra de engenharia civil. Eles são responsáveis por demonstrar as
etapas mais adequadas para a implementação do projeto incluindo a testagem técnica de todos
os materiais que serão utilizados na obra.
Ensaios tecnológicos
Os ensaios tecnológicos podem ser divididos em ensaios destrutivos e ensaios não
destrutivos:

Ensaios destrutivos: Ensaio destrutivo são aqueles que deixam algum sinal na peça ou corpo
de prova submetido ao ensaio, mesmo que estes não fiquem inutilizados

Ensaios não destrutivos: Denomina-se ensaio não destrutivo a qualquer tipo de ensaio
praticado a um material que não altere de forma e permanente suas propriedades físicas,
químicas, mecânicas ou dimensionais. Os ensaios não destrutivos implicam um dano
imperceptível ou nulo.
Ensaios tecnológicos
Exemplos de ensaios destrutivos
• Ensaio de fenolftaleína;
• Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão;
• Extração de revestimento cerâmico para determinação de parâmetros construtivos.
Ensaios tecnológicos
Exemplos de ensaios não destrutivos
• Aderímetro (ensaio de arrancamento);
• Pacometria;
• Dinamômetro de teste para ancoragem predial;
• Esclerômetro;
• Fenolftaleína;
• Alicate terrômetro;
• Alicate Amperímetro Multímetro;
• Martelo para percussão;
• DMI (Medidor Energia Telemetria Remota);
• Termógrafo.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

O ensaio de carbonatação com fenolftaleína é considerado um ensaio relativamente simples.


Ele contribui de forma satisfatória na identificação de corrosão.

Além disso, apresenta um baixo custo. No entanto, ele pode causar dano no local do ensaio.
Sendo, portanto, necessário realizar algum tipo de reparo depois de fazer o ensaio.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

Antes de mais nada, vamos compreender melhor o que é a fenolftaleína. Trata-se de um


composto orgânico bastante usado para medir pH, ou seja, para classificar se as substâncias
são ácidas ou básicas.

Ela possui a capacidade de alterar a cor, conforme o pH. Assim, se o pH for menor do que 9,
será incolor. Porém, se o pH for maior, a cor apresentada será magenta.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

Dessa forma, é possível utilizar uma solução desse composto, contendo o etanol como
solvente, como um teste qualitativo, que servirá para detectar o grau de profundidade da
carbonatação no concreto.
Além do mais, por ser um teste mais simples, não é necessário mão de obra especializada para
a sua realização. Portanto, ele também apresenta um baixo custo.
Dessa forma, essa solução será borrifada por cima do concreto que foi exposto recentemente.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

A carbonatação do concreto é uma denominação usada para descrever a reação do CO2


(dióxido de carbono) presente na atmosfera em grautes, argamassas, concreto armado, assim
como também nos sistemas de cimentações.

Desse modo, a carbonatação consiste em um dos principais meios de deteriorar o concreto


armado. Além disso, ele se encontra diretamente relacionado à corrosão de armaduras.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

O dióxido de carbono que se encontra no ar, consegue penetra no concreto. Com isso, ele
reage aos componentes alcalinos presentes na pasta de cimento, principalmente com o
hidróxido de cálcio. Dessa forma, ele forma o carbonato de cálcio.

Por fim, esse fenômeno faz com que o concreto tenha o seu pH reduzido de 13 para 9, em
média. Assim, as armaduras ficam mais suscetíveis à corrosão. Assim, de acordo com que a
profundidade da carbonatação vai aumentando com o passar do tempo, vai acontecendo a
despassivação de armaduras.
Ensaios tecnológicos
Ensaio de fenolftaleína

Exemplos práticos

https://www.youtube.com/watch?v=THl_VBx-4Ss

https://www.youtube.com/watch?v=HDtcO75DkVs
Ensaios tecnológicos
Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão

A extração de corpo de prova, normalmente abordando materiais como concreto e aço, se


configura como uma etapa fundamental para garantir que o material utilizado na execução da
estrutura atenda aos requisitos mínimos de projeto voltado à construção civil. A Masterfuro
dispõe de extratoras de corpos de prova de concreto, assim como alguns demais dispositivos
que servem para a execução de ensaios mecânicos de tração e movimentos semelhantes. Por
isso, a extração de corpo de prova se formata como um processo cada vez mais importante em
todas estas situações.
Ensaios tecnológicos
Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão

Ademais, essa extração pode ser realizada não só para o controle de uma obra nova, mas
também para a determinação da resistência de materiais após passarem por uma determinada
deterioração.

https://www.youtube.com/watch?v=sIhPbCCUnH8

https://www.youtube.com/watch?v=spSxWNxJ8XE
Ensaios tecnológicos
Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão

A resistência à compressão do concreto é conhecida como Fck — uma sigla que em inglês
significa Feature Compression Know (em português significa resistência característica do
concreto à compressão). Ela é medida em megapascal (MPa), e cada 1 mpa corresponde a
uma resistência aproximada de 10 kgf/cm².

O Fck indica, portanto, a qual tensão o concreto tem capacidade de resistir. Essa tensão é a
resultante da divisão entre a força e a área em que ela atuará. Dessa forma, os testes de
resistência no concreto possibilitam confirmar a tensão máxima a que ele resistirá antes de
sofrer ruptura.
Ensaios tecnológicos
Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão

Devem ser retirados corpos de prova cilíndricos padronizados, conforme indicado na NBR
5.738. O armazenamento deve ser em câmera úmida, também de acordo com as prescrições
normativas.

Os ensaios para efeitos de resistência do concreto apresentam dados que certificam a


qualidade da estrutura por meio de informações como capacidade resistente, desempenho em
serviço e durabilidade da estrutura para resistir às influências previstas durante o processo
executivo e uso da edificação.
Ensaios tecnológicos
Extração de corpo de prova para determinação de resistência a compressão

Quando os resultados obtidos nos ensaios são inferiores às resistências especificadas no


projeto estrutural, o corpo de engenharia deve tomar medidas para verificar qual a capacidade
de suporte da estrutura. O primeiro passo para isso é retirar corpos da estrutura que são
denominados testemunhos. Também devem ser realizadas metodologias apropriadas de prova
de carga que verificam a capacidade de recebimento da estrutura.

https://www.youtube.com/watch?v=uTzafHAGI7Q
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

O ensaio de arrancamento pode ser realizado, ainda na fase de construção, em painéis teste
para definir qual é a argamassa mais adequada para determinado substrato nas reais condições
do local de aplicação. Como esse teste avalia a interação substrato/revestimento torna-se,
assim, um instrumento para prevenção de possíveis manifestações patológicas na fachada do
edifício.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

As normas aplicadas para este ensaio são a ABNT NBR 13528 -3 /2019 – Revestimento de
paredes de argamassas inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração –
Parte 3: Aderência Superficial e a ABNT NBR 13749/2013 - Revestimento de paredes e tetos
de argamassas inorgânicas - Especificação.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)
Passo a passo do procedimento
Com uma furadeira acoplada a uma broca serra-copo de 50 mm de diâmetro, são feitos os
furos para retirada do corpo de prova. Ao total, são feitos 12 furos aleatórios, de forma a
abranger diversos pontos de blocos e nas juntas entre eles, onde as resistências da aderência
são diferentes.

Após a limpeza da superfície de recorte, sobre cada furo é colada uma pastilha circular, com
resina epóxi ou de poliéster. A pastilha tem ponto de acoplamento para equipamento de
tração.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)
Passo a passo do procedimento

Depois, o aparelho de arrancamento (dinamômetro de tração), dotado de dispositivo para


leitura de carga, é acoplado, e as pastilhas, então, arrancadas.

Por fim, as amostras são analisadas em laboratório. É calculada a resistência de aderência à


tração de cada corpo de prova, e analisada sua forma de ruptura.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

É importante comentar que as amostras devem possuir um determinado padrão de


arrancamento, caso contrário, são rejeitadas pela ABNT NBR 13528-3 e deve procedê-las
novamente. A seguir serão apresentados os padrões de arrancamento exigidos pela norma.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

11.2 Forma de ruptura dos corpos de prova


A ruptura pode ocorrer entre quaisquer das interfaces ou no interior de uma das camadas
que constituem o revestimento (ver Figura 1). Assim sendo, a forma de ruptura relacionada a
seguir deve ser declarada junto com o valor da resistência de aderência superficial do
sistema, como a seguir:
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)
Tipo A- ruptura no interior do revestimento;
Tipo B - ruptura da superfície do revestimento, onde partes da argamassa são arrancadas;
Tipo C - ruptura na interface cola/revestimento, quando apenas poucos grãos são arrancados;
Tipo D - ruptura na interface pastilha metálica/cola.
As rupturas ocorridas conforme os tipos C e D indicam falha na colagem da pastilha metálica.
Nestes casos, o resultado não corresponde à aderência superficial e um novo corpo de prova
deve ser providenciado. A resistência obtida pela ruptura da cola não pode ser utilizada como
resistência mínima para o corpo de prova em ensaio.
Nos casos da ocorrência de múltiplas formas de ruptura em um mesmo corpo de prova,
deve ser anotada a porcentagem aproximada da área de cada forma de ruptura.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

Por fim, após todas as amostras serem coletadas da forma correta, são definidas as resistências
a tração apresentadas por cada uma delas, sendo que, de acordo com a ABNT NBR 13749, pelo
menos 8 das 12 amostras coletadas deve apresentar resultado maior do que aquele exigido por
este mesma norma para que o sistema seja aceito como eficiente, resultados esses que são
ilustrados na tabela 02 desta NBR, a qual será apresentada a seguir.
Ensaios tecnológicos
Aderímetro (ensaio de arrancamento)

https://www.youtube.com/watch?v=p8cwm23Bk_0

https://www.youtube.com/watch?v=DgqEaDCuhRw
Atividade 1 - Sexta
Os alunos deverão formar grupos, sendo um total de 4, os quais deverão, através de um determinado
caso de manifestação patológica, determinar quais equipamentos deverão ser utilizados e elaborar um
pequeno relatório de inspeção, o qual deverá conter citações normativas ou bibliográficas do que fora
constatado.

Obs: Para cada grupo o professor irá idealizar um pequeno caso prático o qual conterá uma
manifestação patológica, a qual pode necessitar de um ou mais equipamentos paras os ensaios.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Pacometria (Pacômetro)

Pacometria é um ensaio não destrutivo usado para determinar a quantidade de


armadura e o cobrimento de concreto em peças de concreto armado. O ensaio permite
estimar sua dimensão, cobrimento e orientação, o que pode ser útil na realização de
vistorias em peças estruturais.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Pacometria (Pacômetro)

O Pacômetro funciona por meio de indução magnética, é preciso posicionar o


pacômetro na parede ou no elemento estrutural que será alvo da avaliação. Em
seguida, ele deve ser movimentado na vertical e na horizontal. Mas, para isso, é
necessário sempre observar as informações que estão descritas na tela do pacômetro.

https://www.youtube.com/watch?v=U_KGv3bRgv4

https://www.youtube.com/watch?v=a1ifgt0mY0I
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Dinamômetro de teste para ancoragem predial

Os sistemas para teste de ancoragem precisam ser instalados por trabalhadores


especializados e passar por inspeções iniciais e periódicas. A inspeção inicial é
realizada logo após a instalação ou alteração de local. Já a inspeção periódica deve ser
realizada conforme o procedimento operacional, observando-se o projeto do sistema
de ancoragem e montagem e respeitando as normas regulamentadoras técnicas e as
instruções do fabricante.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Dinamômetro de teste para ancoragem predial

É fundamental cumprir a periodicidade de até 12 meses. A execução do teste de


ancoragem é de muita importância para que seja possível obter mais segurança e
cuidados adequados ao funcionário. O teste de ancoragem averigua o desempenho dos
equipamentos, analisando sua capacidade de suportar o máximo de força caso ocorra
quedas durante o momento de suspensão. Assim, a realização do teste de ancoragem
pode ser realizada:
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Dinamômetro de teste para ancoragem predial

• Para averiguar os locais onde ocorrem as atividades de manutenção de janelas,


fachadas e telhados de construções;
• Para analisar os ambientes em que é necessário utilizar a altura para fazer a
higienização;
• Em ambientes em que ocorrem os serviços de manutenção predial e reforma de
fachadas, janelas e outras partes estruturais, além de offshore;
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Dinamômetro de teste para ancoragem predial

• Em ambientes em que é necessário utilizar cordas para acesso aos locais;


• Em situações em que a altura é necessária para executar a manutenção de
equipamentos industriais que possuem uma elevada estrutura.

• A realização do teste de ancoragem também verifica a tração dos equipamentos


instalados e descreve em uma documentação os dados obtidos e o que precisa ser
melhorado, além de ser um modo para auxiliar na solução de problemas e
fatores críticos que podem ser prejudiciais ao longo do tempo.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Dinamômetro de teste para ancoragem predial

A norma que rege este tipo de ensaio é a ABNT NBR 16325-1/2014 – Proteção contra
quedas de altura Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D, a qual dista sobre
os tipos de ancoragem que podem ser utilizados e o procedimento para medição da
carga de suporte das mesmas.

https://www.youtube.com/watch?v=cskBaAcp3-E
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro

O ensaio de esclerometria é um tipo de ensaio não destrutivo, e consiste em um


método utilizado para determinar o valor aproximado da resistência do concreto
endurecido, em relação à compressão superficial que ele apresenta, e também sobre a
sua uniformidade.
De uma forma resumida, é uma maneira de determinar a dureza superficial
apresentada pelo concreto endurecido.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro

A realização do ensaio de esclerometria é feita com uma massa martelo que se choca
com a área que está sendo submetida ao teste. Para isso, essa massa martelo recebe o
impulso de uma mola.

Dessa forma, quanto maior for a dureza da superfície, menor será a deformação
permanente, assim como também será menor a reflexão da massa martelo, ou o seu
recuo.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro

Dessa forma, ele permite uma avaliação das características mecânicas através das
curvas de correlação. Além disso, o ensaio de esclerometria também consegue analisar
as alterações ocorridas ao longo do tempo nas propriedades do concreto.

É necessário realizar esse ensaio 9 vezes na mesma estrutura que está sendo analisada.
Assim, cada um dos resultados apresentados passa por uma análise bem criteriosa. Em
seguida, é feita uma média e também a correção.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro

Execução do ensaio
Superfície do concreto
– Devem ser secas ao ar, limpas e preferencialmente planas . Evitar superfícies
irregulares, ásperas, curvas ou talhadas, pois não fornecem resultados
homogêneos.
– As superfícies confinadas por formas não-absorventes e lisas, verticais o
inclinadas, fornecem índices esclerométricos com boa correlação com a
resistência do concreto.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro

Execução do ensaio
Superfície do concreto
– Superfícies úmidas ou carbonatadas devem ser evitadas. Caso se deseje ensaiá-
las, devem ser adequadamente preparadas e se necessário aplicados coeficientes
de correção, os quais devem ser descritos nos resultados
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Área de ensaio
– As áreas de ensaio devem ser preparadas por meio de polimento enérgico com
prisma ou disco de carborundum através de movimentos circulares. Toda poeira e pó
superficial devem ser removidos a seco
– A área deve estar localizada, nas faces verticais de elementos, componentes e peças
de concreto, como pilares, paredes, cortinas, etc;
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Área de ensaio
– A área de ensaio deve estar convenientemente afastada das regiões afetadas por
segregação, exsudação, concentração excessiva de armadura, juntas de concretagem,
cantos, arestas, etc. assim é conveniente evitar bases e topos de pilares, regiões
inferiores de vigas, quando no meio do vão e regiões próximas dos apoios.
– A área deve estar no mínimo 50mm dos cantos e arestas das peças
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Área de ensaio
– A área deve estar compreendida entre 8000mm e 40000mm
– As áreas devem estar geométrica e uniformemente distribuídas pela região da
estrutura que está sendo analisada. O número mínimo de áreas de ensaio deve ser em
função da própria heterogeneidade do concreto, aumentando com esta;
– Peças com grandes volumes de concreto devem ser avaliadas com pelo menos duas
áreas de ensaio, localizadas em faces opostas
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Impactos:
– Em cada área de ensaio devem ser efetuadas no mínimo nove e no máximo 16
impactos;
– Os impactos devem estar uniformemente distribuídos na área de ensaio. Aconselha-
se desenhar em reticulado e aplicas o esclerômetro nas áreas limitadas por ele,
identificando a área ensaiada;
– A distancia mínima entre os centros de 2 pontos de impacto deve ser de 30mm;
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Impactos:
– Devem ser evitados impactos sobre agregados, armaduras, bolhas, etc;
– Não é permitido mais de um impacto sobre um mesmo ponto. Quando isso ocorrer, o
segundo valos lido não deve ser considerado no cálculo dos resultados.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Resultados
• Calcular a média aritmética dos n (9 a 16) valores individuais dos índices
esclerométricos correspondentes a uma única área de ensaio;
• Desprezar todo índice esclerométrico individual que esteja afastado em mais de 10%
do valor médio obtido e calculara média aritmética.
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Resultados
• O índice esclerométrico médio final deve ser obtido com no mínimo 5 valores
individuais. Quando isso não for possível o ensaio esclerométrico dessa área deve ser
abandonado;
• Nenhum dos índices esclerométricos individuais restantes devem diferir em mais do
que 10% da média final. Se isso ocorrer o ensaio dessa área deve ser abandonado;
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Resultados
• Corrigir se necessário o valor médio do índice esclerométrico obtido de uma área de
ensaio para um índice correspondente à posição horizontal. Os coeficientes de
correção devem ser fornecidos pelo fabricante do esclerômetro.
• O valor obtido denomina-se índice esclerométrico médio da área de ensaio e deve ser
indicado por IE
Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Esclerômetro
Resultados
• Obter o índice esclerométrico médio efetivo de cada área de ensaio, usando a
equação: IEe = k x IE
Onde:
– IEe: Índice esclerométrico médio efetivo
– K: Coeficiente de correção do índice esclerométrico, obtido quando da aferição do
aparelho
– IE : Índice esclerométrico médio
• De cada área de ensaio, obtém-se um único índice esclerométrico médio efetivo
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Esclerômetro

https://www.youtube.com/watch?v=gBwvZVSqfJw

https://www.youtube.com/watch?v=eipGnLUP9sY
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Alicate terrômetro

O terrômetro é um aparelho utilizado por engenheiros e tem a capacidade de medir a


resistência do solo em receber as descargas elétricas. Ou seja, ele mede a eficiência do
aterramento através de sensores. 
O terrômetro é muito utilizado na medição de resistência de indústrias, edifícios e
residências. Ele é um aparelho sensível, pois trabalha com medidas precisas e é
necessário manuseá-lo com cuidado. Pode ser apresentado de diversas formas,
inclusive no modelo de alicate. 
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Alicate Amperímetro Multímetro

O alicate amperímetro é um instrumento que faz a medição das grandezas elétricas,


principalmente a corrente elétrica. Este instrumento permite uma medição segura da
corrente elétrica, sem a interrupção do circuito, como é feita na medição da corrente
por multímetros comuns.

Além da corrente elétrica, o alicate amperímetro consegue mensurar também os


valores da tensão elétrica, resistência elétrica e continuidade. As funções citadas
anteriormente são as que estão presentes nos modelos mais básicos, sendo que alguns
modelos mais elaborados podem apresentar mais funções.
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Alicate Amperímetro Multímetro

O funcionamento do alicate amperímetro tem a ver com o principio da interação


magnética. O fluxo da corrente elétrica no condutor faz surgir um campo
eletromagnético em volta do condutor. O campo eletromagnético tem a sua
intensidade diretamente proporcional com a intensidade da corrente elétrica.
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Alicate Amperímetro Multímetro

Ao colocar um condutor energizado dentro das pinças do alicate amperímetro, o


campo eletromagnético gerado induz uma tensão elétrica em uma bobina que está
instalada nas pinças do alicate amperímetro.

A tensão induzida nesta bobina gera uma corrente induzida. O sistema interno do
alicate amperímetro lê esta corrente induzida e consegue determinar o valor da
corrente que passa pelo condutor. O valor obtido aparece na tela para leitura.
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Martelo para percussão

Conhecido como “bate fofo”, esse teste consiste em mapear toda a fachada,
localizando os pontos através do som.

Realizado por um profissional que faz batidas leves com um martelo de borracha ou
nylon no revestimento, é possível detectar onde o emplacamento e o revestimento
precisa de reparo.
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Martelo para percussão

Pode até parecer simples, mas é necessário que o profissional tenha experiência, tanto
para a realização da análise de toda a superfície a ser observada, quanto em trabalho
em altura, visto que fachadas tem vários metros de comprimento na vertical. Portanto,
não é um trabalho para o zelador fazer!!
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Martelo para percussão

Durante o teste, se o som for cavo, por exemplo, é um sinal de que a fachada pode
estar com ar nas paredes ou um problema de aderência. Caso essas questões não sejam
tratadas, a fachada pode apresentar, mais tarde, rachaduras, infiltrações ou até ocorrer
um descolamento do revestimento.
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Martelo para percussão

https://www.facebook.com/maristaengenharia/videos/ensaio-de-teste-de-percuss%C3
%A3o-em-fachada-realizado-pela-marista-engenhariamarista/1263873313757331
/

https://www.youtube.com/watch?v=0LNR8st4kZ8

https://www.facebook.com/studiumeng/videos/teste-de-percuss%C3%A3o-em-fachad
as-ligue-o-som-e-perceba-a-import%C3%A2ncia-da-utiliza%C3%A7%C3%A3o/6609
76821220484
/
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• DMI (Medidor Energia Telemetria Remota)

Um analisador de energia é usado para medir o fluxo de potência (w) em um sistema


elétrico. Isto se refere à taxa de transferência elétrica entre uma fonte de energia e um
dissipador, daí a expressão alternativa de energia como energia por segundo (J/s). A
medição do fluxo de energia é um processo crítico, ainda que rudimentar, que pode ser
realizado com facilidade usando um analisador de potência convencional. Sistemas
mais avançados adquirem sinais elétricos e realizam cálculos integrados para análises
adicionais e complexas.
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• DMI (Medidor Energia Telemetria Remota)

https://www.youtube.com/watch?v=oW56NHzU4QI

https://www.youtube.com/watch?v=5L5o1zJd9Do
Atividade 2 – Sábado Manhã
Os alunos deverão formar grupos, sendo um total de 4, os quais deverão formular um pequeno laudo de uma
inspeção predial. O laudo deve conter todas as informações pertinentes do imóvel, como por exemplo, tipologia,
data de construção, idade do imóvel, estado de conservação e todas as informações que o grupo achar necessário.
Para a elaboração do laudo, cada grupo deverá escolher uma edificação(Pode ser a casa de alguém do grupo ou
uma edificação encontrada na internet). Após a definição da edificação, os alunos deverão atribuir para esta pelo
menos dois tipos de manifestações patológicas, as quais devem ser apresentadas no laudo, assim também como
deve ser apresentado um prognóstico de cada uma delas. O laudo deve conter registros fotográficos dessas
manifestações (podem ser exemplificativas, como fotos encontradas na internet) e especificar quais equipamentos
foram necessários para constatação da manifestação patológica, assim como devem apresentar os comentários dos
ensaios realizados com cada equipamento.
Sugestões de manifestações: Fissuras, Infiltrações, Eflorescência, Corrosão da armadura de aço, Deterioração do
concreto armado, Descascamento de pintura, Descolamento de revestimento cerâmico, falha em ancoragem
predial, potencial má qualidade de energia, superaquecimento de cabeamentos, etc.
Obs1: O laudo deve conter de 1 a 3 folhas.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Câmera termográfica

Aparelho que possibilita a captura de luz infravermelha com o objetivo de transformá-


la em uma faixa visível do espectro. Através dessa capacidade, é possível sua
utilização para a identificação de infiltrações, sobretensões, etc.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA

Inspeção em quadro de luz e força com câmera termográfica


TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA

De acordo com COSTA (2014), apud. TAKEDA (2018), temos as fachadas como
elementos de extrema importância em uma edificação pelo fato de estes serem o
elemento de transição do ambiente externo para o interno.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Além disso, Tal sistema tem como principais funções: a estética (silhueta, volumes,
formas, cor, entre outros); proteção da ação dos agentes agressivos exteriores
(atmosféricos, acústicos, intrusos, entre outros); comunicação entre o interior e
exterior em termos de iluminação (entrada de luz natural), visual (vistas) e higiene
(ventilação natural). (FLORES-COLEN, 2009, apud., TAKEDA, 2018). Abaixo
podemos ver uma ilustração de alguns agentes que podem vir a interagir com o
SVVIE, sendo estes permanentes ou cíclicos.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Segundo o Instituto de Pesquissas Tecnologicas – IPT (1988), apud TAKEDA, 2018,
existe um entendimento relacionados aos critérios e requisitos do desempenho dos
sistemas construtivos de uma edificação, os quais são classificados como condições
qualitativas (Requisitos) e condições quantitativas (Critérios), as quais um
determinado produto deve atender quando submetido as condições de exposições, de
modo que este satisfaça as exigências dos usuários.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Neste ponto é pertinente relembrar que essas condições só conseguem ser alcançadas
quando há a aplicação dos corretos procedimentos de manutenção de um sistema, de
modo a mantê-lo apto a desempenhar suas funções durante seu período de vida, o que
nos leva ao conceito de Vida útil de projeto, o qual fora apresentado pela norma de
desempenho, a ABNT NBR 15575:2013. Este conceito estabelece, segundo a norma
de desempenho, idades mínimas e máximas para os sistemas construtivos, as quais
podem ser observadas a seguir.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Assim, como já comentado, e também como pode ser observado nas considerações
apresentadas na tabela da ABNT NBR 15575, essa vida útil só pode ser atingida se
forem executados os procedimentos de manutenções adequados. Por isso, a própria
norma apresenta um gráfico o qual apresenta o desempenho em função do tempo em
relação a execução ou não das manutenções do sistema.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Assim, como já comentado, e também como pode ser observado nas considerações
apresentadas na tabela da ABNT NBR 15575, essa vida útil só pode ser atingida se
forem executados os procedimentos de manutenções adequados. Por isso, a própria
norma apresenta um gráfico o qual apresenta o desempenho em função do tempo em
relação a execução ou não das manutenções do sistema.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Através do ensaio comentado nesta aula, a termografia, é possível a identificação de
áreas ou de locais pontuais cuja temperatura esta alterada com base em relação a um
padrão já estabelecido (TAKEDA, 2018). Dessa forma, é possível a identificar de
patologia em fachadas ou em outros elementos, de modo a observar se este vem
atendendo aos requisitos da norma de desempenho.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
As medições realizadas com o termógrafo tomam como base um espectro
eletromagnético, o qual apresenta os comprimentos de ondas de radiação
infravermelha, cujos comprimentos podem ser captados pelos equipamentos
utilizados.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA

Espectro Eletromagnético – Comprimentos de onda da radiação infravermelha


Fonte: Notas de aula – Disciplina de Sensoriamento Remoto (HASHIMOTO, 2003, apud, TAKEDA 2018).
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Uma vez que os olhos humanos não são capazes de enxergar este comprimento de
ondas, para que sejam realizados estes trabalhos, devem utilizadas câmeras
termográficas, as quais geralmente são da da marca FLIR, a qual tem como função
adquirir e processar essas informações, de modo que seja possível apresentar essas em
forma de imagens as quais descrevem as variações térmicas nos objetos alvo (FLIR,
2012, apud, TAKEDA, 2018). Essas informações são captadas e processadas
utilizando as seguintes expressões:

e=
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Onde é a emissividade de um determinado objeto, à qual é encontrada pela razão
entre a energia emitida por um corpo negro perfeito (Wbb) e a de um objeto normal na
mesma temperatura (Wobj). A emissividade de um objeto varia de 0 a 1, sendo que
quanto mais próximo de 1, maior é a emissividade do mesmo.

e=
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Quando temos um objeto cuja emissividade é a mesma em todos os comprimentos de
onda, o chamamos de corpo cinza, o qual tem sua energia de emssicao determinada
pela Lei de Stefan-Bolzmann’s, dada pela seguinte expressão:

W = esT4
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Neste caso temos o  sendo a emissividade, como já apresentado anteriormente, o 
como a constante de Stefan-Boltzmann’s e T como a temperatura.

Logo, a energia de emissão da radiação infravermelha destes corpos é igual a de um


corpo negro perfeito reduzida proporcionalmente ao valor da emissividade do objeto.
Ou seja, na maior parte das vezes, os objetos não são nem corpos negros perfeitos nem
corpos cinzas perfeitos, uma vez que a emissividade varia com o comprimento de
onda.
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Além da emissividade dos corpos, há de se considerar nos cálculos outros fatores,
como as diferentes fontes de radiação que chegam as lentes da câmera, as quais são
refletidas pelos objetos ao redor e captadas pelo equipamento, além disso, há de se
considerar a própria atmosfera, a qual absorve e emite radiação. Portanto, a equação
final, dadas essas premissas, da radiação total recebida pela câmera e dada pela
seguinte expressão, segundo TAKEDA (2018):

Wtot = etWobj + (1-e)tWamb + (1-t)Watm


TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
Onde temos  sendo a emissividade do objeto, t sendo a transmissão através da
atmosfera, Wabm como sendo a energia efetiva do ambiente no entorno do objeto e
Watm como sendo a energia presente na atmosfera entre o objeto e a câmera.

Ilustração 3 – Representação esquemática da situação da medicao termográfica geral. 1 Meio adjacente; 2 Objeto; 3 Atmosfera; 4 Câmera
Fonte: FLIR – The Ultimate Infrared Handbook for R&D Professionals (2014), apud, TAKEDA 2018).
TERMOGRAFIA DA
ENGENHARIA
APRESENTAR CASO PRÁTICO DE TRABALHO REALIZADO COM
TERMOGRAFIA EM CONDOMÍNIO COM 11 TORRES NA CIDADE DE SÃO
LUÍS-MA, O QUAL ESTA LOCALIZADO NO BAIRRO DO GRAND PARK.
Atividade 3 – Sábado a tarde
Os alunos devem formar grupos, sendo um total de 4, os quais deverão pesquisar sobre e
formular situações problemas relacionadas a edificações que possuem problemas os quais
podem ser detectados com a utilização de termografia. Na formulação dessas situações
deve haver registros fotográficos para que possa ser identificado o problema (procurar na
internet), assim também como um breve enredo explicando a situação deste (onde ocorre,
quem ou o que afeta, tempo de recorrência e quaisquer outras informações relevantes).
A partir do enredo criado, deve elaborar relatório técnico, o qual deve conter comentários
técnicos relacionados as imagens termográficas escolhidas pelos alunos, comentários
esses que devem relacionar o problema com a norma de desempenho.

Obs: o relatório deve possuir de 1 a 3 páginas.


Engenharia Diagnóstica -
Equipamentos
Drones

“O termo “drone” é usado popularmente para descrever qualquer aeronave - e até


mesmo outros tipos de veículos - com alto grau de automatismo. De uma forma geral,
toda aeronave “drone” é um aeromodelo ou uma aeronave não tripulada remotamente
pilotada (RPA).”(ANAC).
Esses equipamentos auxiliam nos registros fotográficos de locais de difícil acesso,
como por exemplo as fachadas. Ademais, esses também podem ser equipados com
câmeras termográficas.
Atividade 4 – Domingo
Os alunos devem formar grupos, sendo um total de 4, os quais deverão pesquisar sobre e
formular situações problemas relacionadas a ausência de manutenções em edificações
habitacionais. Na formulação dessas situações deve haver registros fotográficos para que
possa ser identificado o problema, assim também como um breve enredo explicando a
situação deste (onde ocorre, quem ou o que afeta, tempo de recorrência e quaisquer outras
informações relevantes).
Obs: Devem ser apresentados pelo menos 5 sistemas construtivos diferentes com
ausência de manutenção.
Após a criação da situação problema, cada grupo deve criar uma matriz GUT (de acordo
com o que fora apresentado em aula) para sua própria situação problema.
Obrigado

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