Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO | INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO | SÃO CARLOS

Projeto de Tese

GESTÃO COLETIVA DO HABITAT RURAL: TECNOLOGIA construtiva DE


MADEIRA EM PERSPECTIVA

Iole Almança de Morais

Orientação : Profª. Drª. Akemi Ino (IAU-USP)


Prof. Dr. Joelson G. de Carvalho (DCSo-UFSCar)
Mário Lago (MST)

266 lotes Unifamiliares


1 acampamento
24 lotes coletivos
2 grupos organizados

7
Questões centrais

O assentamento Mário Lago possibilitou a reprodução social camponesa pautada na agroecologia e na


coletividade (comuna da terra). O habitat formado possui um reposicionamento político em prol do meio
ambiente, do sujeito social e do modo produtivo.

Quais são os limites e as possibilidades da gestão coletiva de um assentamento rural de


sustentabilidade sociopolítica e econômica? Quais são as estratégias de reivindicação por melhorias e
quais são as formas de autoprodução?
A gestão coletiva condiciona ou é condicionada por determinadas políticas públicas? Quais são as políticas
públicas que governam e influenciam os territórios rurais, como os sujeitos sociais do campo podem contrapor
estes processos e reivindicar políticas públicas específicas para o seu habitat.

1. Ambientais: reflorestamento, baixa emissão de CO2.


2. Agrárias: agroflorestais/agroecológica e coletiva;
3. Infraestrutura: habitação, favelização, tecnologias construtivas;
4. Ação reivindicatória em secretarias municipais, federais e estaduais.

2
Delineamento da pesquisa

Objetivo

Compreender as formas coletivas de organização e gestão do assentamento rural Mário Lago verificando em
que medida, ela pode incorporar as tecnologias construtivas de madeira.

A partir da produção de madeira no assentamento;


A partir melhorias construtivas nos lotes coletivos;
A partir melhorias habitacionais;
A partir da formação de um grupo de trabalho para a
construção de componentes de madeira.
Hipótese

A gestão coletiva do assentamento Mário Lago é capaz de incorporar a tecnologia construtiva de


madeira, produzir componentes pré-fabricados, aplicar os componentes em melhorias habitacionais de
forma coletiva, e por consequência, consolidar a habitação camponesa e o habitat rural de acordo com a
sua identidade (essência cultural).

1
Precariedades habitacionais

Autoconstrução - determinação tecnológica do sistema construtivo em função de características socioculturais.


desigualdades habitacionais
desigualdades habitacionais
justificativa

Organização de outros parâmetros na utilização de materiais, na escolha da tecnologia construtiva e na forma


de produção do espaço (trabalho coletivo, mutirão).
| A gestão coletiva possui a capacidade de outras ações de cooperatividade|

Adequação sociotécnica - tecnologia social ou alternativa


Canteiro-escola como forma de organizar o trabalho, construção feita para os assentados e com a participação
deles.

Utilização da MADEIRA como princípio construtivo.


|Existe um perfil ideal de tecnologia de madeira e o gerenciamento de possíveis adaptações desse sistema |
|Trabalhar o uso de tecnologias que não cause dano às pessoas e ao meio ambiente, minimizando a atração de
técnicas externas – e difundindo as que estão mais ligadas as especificidades dos sujeitos do campo |

3
Organização da tese

TECNOLOGIA
HABITAÇÃO CONSTRUTIVA DE
Como analisar MADEIRA
Como construir
.Organização coletiva – porque?
.Propor projetos de extensão modalidade canteiro –
.Analisar formas de uso da casa
escola;
.Analisar precariedades e demandas por melhorias;
.Desenvolver projetos de elementos leves que possam
.Analisar a tecnologia e formas de trabalho empregada
resolver problemas de cobertura, fechamentos (portas
nas construções;
e janelas), retenção da umidade;
.Analisar formas de diálogo sobre as tecnologias de
. Capacitação de pessoas em construção com
madeira e como elas poderiam ser desenvolvidas no
madeira, a partir da resolução de problemas
assentamento Mário Lago.
habitacionais in loco (on site).

9
MATRIZ TEÓRICA grupo habis

TAVARES. Simone Fernandes. A organização coletiva e as formas de resistência no projeto Sepé Tiaraju – construção das
casas. I Seminário Internacional Ruralidades, Trabalho e Meio Ambiente, São Carlos – SP. 2010.
INO, Akemi (org.) Relatório Final de pesquisa: Produção do PNHR/PMCMV nos assentamentos de reforma agrária do estado de
São Paulo: inserção territorial e avaliação arquitetônica, construtiva e tecnológica. Período: 01/12/2014 a 01/12/2017.
INO, Akemi. SHIMBO, Ioshiaqui (org.) O encontro de famílias e assessores: a organizando grupos para projetos de habitação
rural. Brasília: CAIXA, 2007. 80p. (Coleção cadernos inovarural. Caderno amarelo).
INO, Akemi. SHIMBO, Lúcia Zanin. Habitação rural, tecnologias mais sustentáveis e perspectivas de autogestão: as questões
do Projeto Inovarural. p.127-159 apud BONDUKI, Nabil. CARDOSO, Adauto. Procedimentos Inovadores em gestão habitacional -
Porto Alegre: ANTAC, 2009. – (Coletânea Habitare, 9).
DAGNINO, Renato. (org.) Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade 2. ed. rev. e ampl. Campinas, SP: Komed,
2010.
CASTAÑEDA-RODRIGUEZ, Angel; INO, Akemi. A casa camponesa: adequação do PNHR nos assentamentos de reforma agrária
no estado de São Paulo. Anais XVIII ENANPUR 2019.

Você também pode gostar