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SOLDABILIDADE DOS AÇOS

CARBONO E BAIXA LIGA


AÇOS CARBONO E BAIXA LIGA
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLDAGEM

1. Aços Carbono (sem elementos de liga);


2. Aços ARBL – Alta Resistência Baixa Liga (HSLA – High Strenght Low Alloy);
3. Aços Temperados e Revenidos;
4. Aços Baixa-Liga Tratáveis Termicamente;
5. Aços Cromo-Molibdênio.

Conexão Aço Carbono Corpo de uma válvula em Aço Aço sendo tratado termicamente
Inoxidável 304
ALGUNS TIPOS DE AÇOS
DIMENSÕES, ESPESSURA E TIPO DA JUNTA


Soldagem de tubo
Soldagem Vaso de Pressão

Caminhos do fluxo de calor


PRINCIPAIS PROCESSOS DE
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
SMAW GTAW

SAW GMAW ou FCAW


METAIS DE ADIÇÃO
• Propriedades Mecânicas;
• Composição Química;
• Resistência a Corrosão;
• Tratamento Térmico.
ASME II Parte C
Diferença entre “especificação” e “classificação”

•A especificação indica os requisitos para os


consumíveis de acordo com seu emprego
•Para enquadrarem-se numa especificação AWS,
os consumíveis devem atender a requisitos
específicos, tais como: propriedades mecânicas do
metal depositado (ensaio de tração, de
dobramento, de impacto); composição química do
consumível de soldagem ou do metal depositado;
sanidade do metal depositado, verificada por meio
de exame radiográfico
Especificação ou classificação AWS?

•A classificação AWS refere-se a um consumível e a


respeito do mesmo, fornece, em valores aproximados,
algumas de suas propriedades mecânicas (limite de
resistência, impacto), como também sua composição
química e particularidades relativas ao revestimento,
fornece ao consumível uma designação que permita
identificá-lo mais facilmente e suas características
principais
•A especificação AWS determina de maneira exata as
características de um consumível e dá garantias sobre suas
propriedades , a classificação AWS apresenta uma maneira
lógica de designar um consumível
Especificações de consumíveis para aços ao
carbono e baixa liga
• SFA A5.1/A5.1 – Eletrodos de aço ao carbono para soldagem manual a arco com eletrodo
revestido (SMAW)
• SFA A5.2/A5.2 – Varetas de aço ao carbono para a soldagem oxigás
• SFA A5.5/A5.5 – Eletrodos para aços de baixa liga para soldagem manual a arco com
eletrodo revestido (SMAW)
• SFA A5.17/A5.17 – Arames eletrodo de aço carbono e fluxos para soldagem a arco
submerso
• SFA A5.18/A5.18 – Arames eletrodo e varetas de aço ao carbono para a soldagem por arco
com gás de proteção
• SFA A5.20/A5.20 – Eletrodos de aço ao carbono para soldagem a arco com arame tubular
(substituída por A5.36 à partir de 2016)
• SFA A5.23/A5.23 – Arames eletrodo de aço baixa liga e fluxos para soldagem a arco
submerso
• SFA A5.28/A5.28 – Arames eletrodos e varetas de aço baixa liga para soldagem a arco com
proteção gasosa
• SFA A5.29/A5.29 – Arames eletrodo de aço baixa liga para soldagem a arco com arame
tubular (substituída por A5.36 à partir de 2016)
• SFA A5.36/A5.36 – Classificação de consumíveis do tipo flux cored e metal cored para
soldagem de aço ao carbono e aço de baixa liga
AWS A 5.1 – Eletrodos Revestidos para Aço Carbono

•A classificação genérica de um eletrodo de acordo com o AWS


A5.1 tem a seguinte forma:
E XX X X
1 2 3 4
- dígito 1: a letra E designa um eletrodo revestido
-digito 2: composto por 2 algarismos, indica o limite de
resistência mínima à tração do metal de solda em “ksi” (1 ksi =
1.000 psi)
-digito 3: posição de soldagem (próximo slide)
-dígito 4: este digito pode variar de 0 a 9 , em combinação com
o dígito 3 designam:
- tipo de corrente elétrica, com a qual o eletrodo pode ser usado;
- tipo de revestimento
Significado do digito 3 na classificação AWS A5.1
AWS A 5.1 – Eletrodos Revestidos para Aço Carbono
•Sobre o significado dos dígitos 3 e 4, consultar a tabela a
seguir:
Classificação opcional AWS A5.1

EXXXX – 1 HZ R
5 6 7
-dígito 5 (opcional): especifica que o eletrodo (E7016, E7018, E7024 ou)
[E4916, E4918, ou E4924] atende aos requisitos de resistência ao impacto
melhorada e ductilidade no caso do E7024 [E4924]
-dígito 6 (opcional): Designa que o eletrodo satisfaz os requisitos de teste
de hidrogênio difusível (um teste opcional suplementar para metal de solda
de baixo teor de hidrogênio como – recebido ou condicionado – com uma
média valor não superior a «Z» ml de H2 por 100 g de metal depositado, onde
"Z" é igual a 4, 8 ou 16)
- dígito 7 (opcional): Designa que o eletrodo satisfaz os requisitos de teste
de umidade absorvido [um teste opcional suplementar para todo eletrodo de
baixo o hidrogênio, exceto a classificação E7018M (E4918M), para os quais o
teste é necessário]
AWS A 5.5 – Eletrodos Revestidos para Aço
Carbono e Baixa Liga

•do dígito 1 ao 4 e o dígito 6 e 7 (opcional) do AWS A5.1 , tem


o mesmo significado na especificação AWS A5.5
•digito 5 - é composto de letras e algarismos que indicam a
composição química do metal depositado
•A tabela a seguir mostra o significado do dígito 5 para alguns
eletrodos revestidos enquadrados na especificação AWS A5.5
AWS A 5.17 – Eletrodos e Fluxos para Soldagem de
Aços Carbono Processo Arco Submerso
A classificação de uma combinação genérica de um fluxo com um arame
tem a seguinte forma:
F S X X X- E XXXK
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Onde:
-dígito 1 - a letra F designa um fluxo;
-dígito 2 - a letra S indica se o fluxo em uso foi produzido pela trituração de
uma escória previamente fabricada ou produzido por uma mistura formada por
uma parte triturada e uma parte “virgem”.
A omissão da letra S significa que o fluxo em questão é do tipo “virgem”
-dígito 3 - este dígito refere-se ao limite de resistência à tração mínimo do
metal depositado proveniente de uma combinação entre fluxo e arame
FX7X - EXXX - Faixa do limite de resistência a tração entre 70.000 e 95.000
psi (480 e 660 Mpa), onde o algarismo 7 indicado tem relação com o limite
mínimo da faixa
F S X X X - E X XX K
1 2 3 4 5 6 7 8 9

- digito 4 (FX6X – EXXX) - designa a condição de tratamento térmico na


qual os testes foram conduzidos:
“A” refere-se a condição “como soldado”
“P” ao tratamento térmico após soldagem
- dígito 5 - este dígito refere-se a menor temperatura em que se
efetuou o ensaio de impacto (charpy com entalhe em v), obtendo-se
valores de no mínimo 27 joules para o metal de solda
Exemplos:
FXXXZ - EXXXK - A letra Z refere-se a ensaio de impacto não requerido;
FXXX0 - EXXXK - O algarismo 0 (zero) refere-se a temperatura mínima de
0°c para o ensaio;
FXXX2 - EXXXK - O algarismo 2 refere-se a temperatura mínima de - 20°c
para o ensaio;
FXXX3 - EXXXK - O algarismo 3 refere-se a temperatura mínima de - 30°c
para o ensaio;
F S X X X - E X XX K
1 2 3 4 5 6 7 8 9

-dígito 6 (FXXXZ – EXXXK) - a letra E designa um eletrodo, e as


letras EC indicam eletrodo composto (similar ao arame tubular);
-a omissão da letra “C” indica que o consumível em questão é
um arame sólido;

-dígito 7 (FXXXZ – EXXXK) - as letras L, M e H, que podem


aparecer neste campo, referem-se a:
L (low) - eletrodo com baixo teor de manganês (faixa: 0,25% -
0,60%);
M (medium) - eletrodo com médio teor de manganês (faixa:
0,80% - 1,40%);
H (high) - eletrodo com alto teor de manganês (faixa: 1,30% -
2,20%).
F S X X X - E X XX K
1 2 3 4 5 6 7 8 9

-dígito 8 - (FXXXZ – EXXXK) este dígito, representado por 1 ou


2 algarismos, refere-se ao teor de carbono do eletrodo, quando
os consumíveis são do tipo “sólido”, ou ao teor de carbono do
metal depositado (ou metal de solda não diluído), quando os
consumíveis são do tipo “núcleo fluxado”, conforme tabela do
próximo slide;

-dígito 9 - a letra k indica que o eletrodo foi fabricado com aço


acalmado ao silício.
AWS A5.18 – Arames eletrodo e varetas de aço ao
carbono para a soldagem por arco com gás de proteção
ER XX S – X
1 2 3 4
Onde:
-dígito 1 - as letras ER, quando utilizadas juntas, referem-se ao
consumível na forma de eletrodo, vareta ou arame, aplicável em
processos de soldagem GMAW (MIG / MAG), GTAW (TIG) e PAW
(plasma);
-dígito 2 - estes dígitos indicam o limite de resistência a tração
do metal depositado, em ksi (1 ksi = 1000 psi). Exemplo: ER 70S-X=
70.000 lb/pol2;
-dígito 3 - a letra S designa vareta ou arame sólido;
-dígito 4 - este sufixo indica a composição química do arame ou
vareta.
AWS A5.20 – Eletrodos de aço ao carbono para
soldagem a arco com arame tubular
(substituída por A5.36 à partir de 2016)
EXXT-XXM
1 2 3 4 5 6

Onde:
- dígito 1 - a letra e designa um eletrodo;
- dígito 2 - este dígito indica o limite de resistência à tração mínimo do metal depositado
multiplicado por 10 em ksi (1 ksi = 1.000 psi) nas condições de como soldado;
- dígito 3 - este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é
recomendado;
0 - posição plana e horizontal (solda em ângulo);
1 - todas as posições;
- dígito 4 - indica um eletrodo tubular com núcleo fluxado;
- dígito 5 - indica a utilização e a característica de desempenho;
- dígito 6 - indica se o arame tubular foi homologado com uma mistura gasosa do tipo
75 - 80% Argônio/balanço CO2 ou CO2 puro
AWS A5.23 – Arames eletrodo de aço baixa liga e
fluxos para soldagem a arco submerso
AWS A5.23 – Arames eletrodo de aço baixa liga e
fluxos para soldagem a arco submerso
AWS A 5.25 – Arames Eletrodos e Fluxos Para
Soldagem de Aços Carbono por Processo Eletroescória
AWS A 5.25 – Arames Eletrodos e Fluxos Para
Soldagem de Aços Carbono por Processo Eletroescória
AWS A 5.25 – Arames Eletrodos e Fluxos Para
Soldagem de Aços Carbono por Processo Eletroescória
AWS A 5.28 – Eletrodos Sólidos e Compostos para
Soldagem de Aços Baixa Liga por Processo GMAW
AWS A 5.28 – Eletrodos Sólidos e Compostos para
Soldagem de Aços Baixa Liga por Processo GMAW
AWS A 5.28 – Eletrodos Sólidos e Compostos para
Soldagem de Aços Baixa Liga por Processo GMAW
AWS A 5.29 – Arames Eletrodos Tubulares para
Soldagem de Aços Baixa Liga por Processo FCAW –
(substituída pelo A5.36)
E XX X T X - X X – J HX
1 2 3 4 5 6 7 8 9
- dígito 1: a letra e designa um eletrodo
- dígito 2: este dígito pode ser representado com um ou dois algarismos e se
refere a faixa de valores de resistência a tração do metal de solda multiplicado
por 10 em ksi (1 ksi = 1000 psi) nas condições como soldado
- dígito 3: este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é
recomendado:
0 - posição plana e horizontal
1 - todas as posições
- dígito 4: indica se tratar de um arame tubular com núcleo fluxado
- dígito 5: indica a utilização e o desempenho do consumível
- dígito 6: este dígito designa a composição química do metal depositado ou
metal de solda não diluído, pode ter de 1 a 3 dígitos (G, B1, B3L, ...)
AWS A 5.32 – Gases de Proteção para Soldagem
AWS A 5.32 – Gases de proteção para Soldagem
Classificação de consumíveis do tipo flux cored e metal
cored para soldagem de aço ao carbono e aço de baixa
liga de acordo com a especificação AWS A5.36

-Esta especificação substitui as especificações AWS A5.20 e AWS


A5.29
-Todos os tipos de arames tubulares utilizados nos processos
FCAW e GMAW estão classificados nesta especificação, seguido dos
seus requisitos
-Os consumíveis do tipo “alma metálica”, até então eram
classificados pelo AWS A5.18 e A5.28
Especificação AWS A5.36

Esta especificação utiliza dois sistemas de classificação:

• Sistema de classificação fixa


• Sistema de classificação aberta
AWS A5.36 – Sistema de classificação fixa

-Este sistema trata do que ainda é aplicável e foi transferido do


AWS A5.20 ou do AWS A5.18 (somente aço ao carbono)
-As designações de classificação e requisitos para esses eletrodos
específicos estão inalterados em relação aos anteriormente
especificados no AWS A5.20 ou AWS A5.18
-Estes eletrodos representam a maior parte do que é utilizado do
mercado
-Uma listagem desses eletrodos com seus requisitos é dada na
tabela do próximo slide
AWS A5.36 – Sistema de classificação fixa

Os Arames Tubulares e Alma Metálica classificados pelo


“sistema de classificação fixa” são classificados para múltiplos
passes com base no seguinte:
-As propriedades mecânicas “como soldado” do metal de
solda obtidas com determinada proteção gasosa
-A posição de soldagem para a qual o eletrodo é indicado
-Certas características de aplicação (incluindo a presença de
gás de proteção)
AWS A5.36 – Sistema de classificação aberta

-O sistema de classificação aberta proporciona a flexibilidade


para classificar e aumentar a quantidade de tipos de eletrodos com
uma variedade de gases de proteção (se houver) e diferentes
requisitos resistência mecânica, composição do metal de solda e
condições de tratamento térmico
-Três novos tipos de eletrodos, com base na aplicabilidade, foram
introduzidos no AWS A5.36: (T15, T16 e T17)
AWS A5.36 – Sistema de classificação aberta

Os Arames Tubulares e Alma Metálica classificados pelo “sistema de


classificação aberta” são classificados para múltiplos passes com base no
seguinte:
-Propriedades mecânicas do metal de solda (O documento AWS A5.36
oferece a escolha de oito níveis de resistência diferentes e 11 opções de
resistência ao impacto)
-Posição de soldagem para o qual o eletrodo é indicado
-Certas características de aplicação (incluindo a presença de gás de
proteção)
-Composição nominal do gás de proteção utilizado
-Condição de tratamento térmico pós solda (se houver)
-Composição química do metal de solda
Sistema de classificação aberta AWS A5.36

A classificação mandatória de um Arame Tubular de acordo


com o AWS A5.36 tem a seguinte forma:
E XX X TX – X X X – XXX – X – H X (dígitos opcionais)
1 2 3 4 567 8 9 10
- dígito 1: a letra E significa eletrodo
- dígito 2: este dígito pode ser representado com um ou dois
algarismos e indica a faixa de valores de resistência a tração do
metal de solda multiplicado por 10 em ksi (1 ksi = 1000 psi)
Sistema de classificação aberta AWS A5.36

- dígito 3: indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é


recomendado:
•0 - posição plana e horizontal
•1 - todas as posições
- dígito 4: indica a característica de utilização do consumível, a letra
“T” seguida de um número de 1 a 17 ou a letra “G” (tabela 4 A5.36)
• A letra “T” indica indica que é um eletrodo do tipo flux cored ou metal
cored
• Quando a letra “T” vier acompanhada da letra “G”, indica que as
características de utilização não são especificadas
• A letra “S” aparecerá no final desta designação quando o eletrodo for
desenvolvido para passe simples
Sistema de classificação aberta AWS A5.36

- dígito 5: indica a composição nominal do gás de proteção utilizado


•Caso apareça neste dígito a letra “Z”, estará indicando que o gás de
proteção será definido entre fornecedor e comprador
•Quando não aparecer nenhum dígito nesta posição, significa que o
arame é autoprotegido
- dígito 6: indica a condição de tratamento térmico no qual os testes
foram realizados, podendo aparecer “A”, “P”, ou “G”
• A – Indica como soldado, sem tratamento térmico
• P – Indica a necessidade de tratamento térmico posterior
• G – Indica que o tratamento térmico será definido entre fornecedor e
comprador
• Este dígito é omitido quando o eletrodo é indicado para passe simples
Sistema de classificação aberta AWS A5.36

-dígito 7: indica a temperatura a ser feito o ensaio de impacto à uma


energia de 27J
•O algarismo deste dígito deve ser multiplicado por -10 para se determinar
a temperatura, sendo que no A5.36 esta temperatura é representada em °F e
no A5.36M em °C (tabela 3 item b AWS A5.36)
•Quando este dígito é representado pela letra “Z”, significa que o ensaio de
impacto não é requerido
•Quando este dígito é representado pela letra “G”, significa que o ensaio de
impacto será definido entre fornecedor e comprador
Sistema de classificação aberta AWS A5.36

-dígito 8: indica a composição química do depósito (tabela 6


A5.36)

•Um, dois ou três dígitos podem ser usados para designar a


composição química do metal de solda depositado
•A letra “G” indica que a composição química do depósito não
é especificada
•Quando o eletrodo é indicado para passe simples, este dígito
é suprimido
Sistema de classificação AWS A5.36 – suplemento
adicional

-dígito 9: indica que a metal de solda atenderá requisitos


suplementares de propriedades mecânicas quando depositados
em procedimentos de soldagem especiais conforme especificado
para aplicações sísmicas (designação “D”) ou para aplicações
militares (designação “Q”), é utilizado somente em arames do
tipo “flux cored”

-dígito 10: indica o hidrogênio difusível, podendo ser H2, H4,


H8 ou H16 (tabela 13)
Exemplos de classificação

• E71T1-C1A2-CS1-H4

• E80T5-M21P6-Ni2

• E71T8-A4-Ni1

• E90T15-M22A2-D2

• E80T15S-M20
Classificação dupla – Considerações

Arames Eletrodos de uma classificação não devem ser classificados


sob um outra classificação nesta especificação, com exceção dos
seguintes:
-Arames eletrodos classificados utilizando o sistema de classificação
fixa sob A5.36 (conforme apresentada na tabela) podem também ser
classificados utilizando o sistema de classificação aberta
-Arames Eletrodos podem ser classificados de acordo com
diferentes gases de proteção
-Arames Eletrodos podem ser classificados “como soldado” e com
“tratamento térmico posterior”
Classificação dupla – Considerações

-A atualização da documentação exigida pelos fabricantes,


usuários finais e órgãos certificadores, requerem um período de
transição a partir da classificação antiga.
-Os Arames Tubulares e Alma Metálica podem ser
classificados sob (AWS A5.20/A5.20M ou A5.29/A5.29M), (AWS
A5.18/A5.18M ou AWS A5.28/A5.28M), sob AWS A5.36/A5.36M,
ou em ambas
-Fabricantes, a seu critério, poderá listar ambas as
classificações de arames eletrodos nos rótulos e embalagens
-O prazo para adequação à nova especificação expira no final
do ano de 2015
Soldabilidade dos aços de baixo teor de carbono

•Aços com baixo teor de carbono são aqueles em que os


teores de carbono ficam compreendidos entre 0,10 e 0,25%,
Mn entre 0,25 e 1,5%, máximo P= 0,04% e S= 0,05%
•Têm excelente soldabilidade e normalmente não requerem
cuidados especiais no procedimento de soldagem
•Não há a necessidade do cálculo do carbono equivalente
•Não apresenta o risco de trincas induzidas pelo hidrogênio
•Normalmente são soldados com consumíveis das classes
60 e 70
•Possuem o limite de escoamento entre 44 e 50 ksi (300-350
MPa)
•O pré-aquecimento é recomendado para espessuras acima
de 38mm
Soldabilidade dos aços de médio teor de carbono

•Aços com médio teor de carbono são aqueles em que os


teores de carbono ficam compreendidos entre 0,30 e 0,50% e
manganês entre 0,60 e 1,65%
•Em função do teor de carbono mais elevado, é recomendada
a utilização de consumíveis / processos de baixo hidrogênio,
particularmente para as espessuras maiores
•Um pré-aquecimento entre 150 e 260°C pode ser necessário
•O pós-aquecimento também pode ser realizado em alguns
casos para aliviar as tensões residuais e evitar o endurecimento
devido à um resfriamento rápido
• Os processos e técnicas de soldagem utilizados para os aços
de baixo teor de carbono podem ser utilizados, levando em
consideração os cuidados acima
Soldabilidade dos aços de alto teor de carbono

•Aços com alto teor de carbono são aqueles em que os


teores de carbono ficam compreendidos acima 0,50 até 1,03%
e manganês entre 0,30 e 1,0%
•A soldagem destes aços necessita de cuidados especiais
•Devem ser utilizados consumíveis / processos de baixo
hidrogênio
•Deve ser realizados um pré-aquecimento entre 200 e 320°C
para a soldagem destes aços
•Um tratamento térmico de alívio de tensões ou um
recozimento normalmente é especificado no procedimento de
soldagem
Soldabilidade dos aços de alta resistência e baixa liga
(ARBL ou HSLA)
•Nestes aços, normalmente o teor de carbono varia entre
0,10 e 0,50% e em alguns casos pode chegar até 1,1%
•É necessário o cálculo do carbono equivalente para se
determinar a temperatura de pré-aquecimento
•A probabilidade de trincas por hidrogênio é muito grande e
por isso o procedimento de soldagem qualificado deve ser
rigorosamente seguido
•Normalmente os consumíveis utilizados são das classes 80,
90 ou 100 ksi
•Para cada tipo de aço, normalmente é determinado um
consumível de soldagem conforme tabela a seguir
Influência de alguns elementos de liga
Influência de alguns elementos de liga
Influência de alguns elementos de liga
Influência de alguns elementos de liga
Soldabilidade dos aços de baixa liga

CARBONO EQUIVALENTE

“Expressão empírica utilizada para determinar o efeito combinado de


elementos de liga na temperabilidade de um determinado aço”

% Mn % Ni %Cr %Cu % Mo
CE  %C     
6 15 5 13 4

Carbono Equivalente Temperatura de pré-aquecimento


Até 0,45 Opcional

0,60 205ºC

Acima de 0,60 370ºC

Nota: Fórmula desenvolvida pelo IIW - Internacional Institute of Welding


CARBONO EQUIVALENTE – N-133
AÇOS CARBONO E AÇOS CARBONO-MANGANÊS
PRÉ AQUECIMENTO AÇOS BAIXA LIGA (N-133)
Item 5.2.1.1 – “A maior parte destes aços contém teor de carbono compreendido
entre 0,28 % a 0,45 % de carbono e adição de elementos de liga conferindo
grande temperabilidade”

Item 5.2.1.2 - Para efeito desta norma serão considerados Cromo-Molibdênio os aços AISI 4130/4140 e
Cromo-Niquel-Molibdênio os aços AISI 4340/8630.
Defeitos do metal de solda

Alguns dos defeitos que podem ocorrer no metal de solda


são:
•trincas de solidificação ou trincas a quente
•trincas induzidas por hidrogênio no metal de solda
•porosidade
•inclusões de escória ou outras inclusões
•trincas de cratera
•falta de fusão
•perfil do cordão desfavorável

1 - Trinca longitudinal na ZTA.


2 - Trinca longitudinal na ZF
3 - Trinca de cratera
Trincas de solidificação ou trincas a quente

A maioria dos aços pode ser soldada com um metal de solda de


composição similar à do metal de base. Sendo que aços com alto
teor de liga e as ligas não ferrosas requerem metal de adição
diferentes do metal de base.
Isso torna essas ligas suscetíveis à fissuração de solidificação ou
a quente, que pode ser evitada mediante a escolha de
consumíveis especiais que proporcionam a adição de elementos
que reduzem a faixa de temperatura de solidificação.
(b)

A fissuração a quente também é fortemente influenciada pela


direção de solidificação na solda. Quando grãos de lados opostos
crescem juntos numa forma colunar, impurezas e constituintes de
baixo ponto de fusão podem ser empurrados na frente de
solidificação para formar uma linha fraca no centro da solda.

Soldas em aços de baixo carbono que porventura possam conter


alto teor de enxofre podem se comportar dessa forma, de modo
que pode ocorrer fissuração no centro da solda.
Trincas induzidas por hidrogênio no metal de solda

•Esse modo de fissuração acontece a temperaturas


próximas da temperatura ambiente, sendo mais comumente
observada na ZTA
•O hidrogênio é introduzido na poça de fusão através da
umidade ou do hidrogênio contidos nos compostos dos fluxos ou
nas superfícies dos arames ou do metal de base
•Numa poça de fusão de aço o hidrogênio se difunde do
cordão de solda para as regiões adjacentes da zona
termicamente afetada que foram reaquecidas suficientemente
para formar austenita
•À medida que a solda se resfria a austenita se transforma e
dificulta a difusão posterior do hidrogênio
Defeitos na ZTA

Alguns dos defeitos que podem ocorrer na ZTA são:

•Fissuração por hidrogênio


•Trinca lamelar
•Trincas de reaquecimento
•Fissuração por corrosão sob tensão
•Trincas de liquação ou microfissuração
Fissuração por hidrogênio

•Esse tipo de fissuração pode ocorrer numa microestrutura


temperada suscetível à fissuração como a martensita, aliada à
tensão aplicada
•Para qualquer aço a dureza atingida na ZTA depende
diretamente da taxa de resfriamento e quanto maior a taxa de
resfriamento mais facilmente a estrutura pode trincar
•Um importante fator influenciando a taxa de resfriamento é a
massa de material sendo soldada: quanto maior a espessura da
junta, maior a velocidade de resfriamento
- O tipo de junta também afeta a taxa de resfriamento pelo número
de caminhos ao longo dos quais o calor pode fluir
- Numa junta de topo há dois caminhos. Por outro lado, numa
junta em ângulo há três caminhos, de tal modo que um cordão de
solda de mesmo tamanho nessa junta resfria-se mais rapidamente

Caminhos do fluxo de calor em juntas de topo e em ângulo .


Trincas por hidrogênio na zona termicamente afetada
numa junta em ângulo feita com um eletrodo rutílico.

ESAB, 2004
Trincas por hidrogênio na zona
termicamente afetada

Buschinelli, 2011
Trinca lamelar
•Esse defeito ocorre em chapas grossas como resultado de imperfeições no
metal de base acentuadas pelas deformações de soldagem e projeto de junta
inadequado
•Chapas de aço são provavelmente afetadas devido as suas pobres
propriedades ao longo da espessura provenientes de regiões finas de inclusões
não metálicas dispostas em camadas paralelas à superfície
•Essas são abertas pelas deformações de soldagem, formam trincas próximas à
ZTA e se propagam na forma de degraus.

Trinca lamelar na ZTA de uma junta


de topo multipasse
Buschinelli, 2011
Trincas de reaquecimento

•Esse fenômeno pode acontecer em alguns aços de baixa liga


nos contornos de grão, normalmente na região de granulação
grosseira da ZTA, após a solda ter entrado em serviço a altas
temperaturas ou ter sido tratada termicamente.

•As causas reais para esse fenômeno são complexas e não estão
completamente entendidas, mas o mecanismo pode envolver
endurecimento no interior dos grãos pelos formadores de
carbonetos como cromo, molibdênio e vanádio, concentrando a
deformação nos contornos de grão que, se contiverem impurezas
como enxofre, fósforo, poderá haver colapso nessas regiões
Trincas de reaquecimento
C–Mn steel
weld

Trincas de reaquecimento em aço CrMoV Buschinelli, 2011


Fissuração por corrosão sob tensão - CST

•É uma forma de fissuração que pode ocorrer em muitos


materiais e está usualmente associada à presença de um meio
corrosivo como, por exemplo, sulfeto de hidrogênio (H2S), podendo
atacar a região endurecida da ZTA em tubulações de aço
•Para evitá-la, normalmente uma dureza máxima é determinada
•Precauções gerais contra a CST incluem a seleção cuidadosa do
metal de base e de um tratamento pós-soldagem adequado para
reduzir as tensões e colocar a ZTA em sua condição microestrutural
mais adequada
Corrosão sob tensão

Material
susceptível

CST

Meio Tensõe
agressivo s
tração
Corrosão sob tensão

Corrêa, 2011
Trincas de liquação
Outros possíveis defeitos na ZTA incluem trincas de liquação
causadas pela fusão de constituintes de baixo ponto de fusão
presentes nos contornos de grão, resultando em microtrincas que
podem posteriormente formar sítios de propagação de trincas
maiores.

Microestrutura da zona de ligação


mostrando a formação das
microtrincas de liquação.

Paredes, 2001
AISI 304
Trincas de liquação
Zona fundida e
não misturada
Iconel
625
Liquação no
contorno de grão

Iconel
625

Costa Campos, 2009


Outros tipos de trincas

1- Cratera
2- Transversal
3- Transversal
4- Longitudinal
5- Longitudinal
6- Sob o cordão
7- Longitudinal
8- Raiz
Tratamento térmico:

• Pré-aquecimento;

• Pós-aquecimento;

• Recomendações.
Ciclo Térmico:

• Efeitos Metalúrgicos;

• Efeitos Mecânicos;
REGIÃO COM TENDÊNCIA AO INICIO DA
TRINCA
REDUÇÃO DO RISCO DE FORMAÇÃO DA TRINCA
LAMELAR
COBREJUNTA PARA SOLDA

• Fluxo

• Fita cerâmica

• Blocos cerâmicos

• Barras/chapas/tiras de cobre

• Metal
FITA CERÂMICA
COMPOSIÇÃO E RESISTÊNCIA DE UM AÇO
CARBONO TÍPICO ASTM
COMPOSIÇÃO E RESISTÊNCIA DE UM AÇO
CARBONO TÍPICO ASTM
-vasos de pressão-
COMPOSIÇÃO E RESISTÊNCIA DE UM AÇO
CARBONO TÍPICO ASTM
-TUBOS-
TAXA DE RESFRIAMENTO

Fatores que influenciam a taxa de resfriamento

• Espessura e Geometria;

• Pré-aquecimento;

• Heat Input.
TAXA DE RESFRIAMENTO

Distribuição da temperatura X diagrama ferrro carbono


BIBLIOGRAFIA

• http://www.infosolda.com.br
• APOSTILA METALURGIA E SOLDABILIDADE DOS AÇOS
• APOSTILA CARBON AND LOW-ALLOY STEELS
• www.cigsoldas.com.br/
• Código ASME Ed. 2010
• Ciência e engenharia de materiais uma introdução - Willian D. Calister Jr.
• Apostila Introdução à metalurgia da soldagem - UFMG
• Apostila Metalurgia da soldagem - ESAB
• www.twi.co.uk/easysiteweb
• www.sciencedirect.com/science
• Norma PETROBRAS N-133 Rev. K

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