Você está na página 1de 7

CIDADE, CONSUMO, E

CLASSE SOCIAL
 Consumo e romantismo
 Pobreza relativa: Consumo de valor e padrão de vida;
A ética romântica e o espírito do consumismo moderno (Colin Campbel, 1987)

 Inspirado em Max Weber.


 Alguns momentos:
 Iluminismo: concebe indivíduos como racionais, trabalhadores e autodisciplinados.
 Romantismo: enxerga as ideias iluministas como negação da essência da
humanidade. A intuição estaria acima da razão na busca pela satisfação dos desejos.
 Emoções e desejos hedonistas (prazer) guiam a cultura do consumo, e foi
influenciado pelas ideias do Romantismo (séc. XIX)
Continuação... (Campbell)
• Cultura consumista  ciclo que se autoperpetua.
Indivíduos projetam desejo e prazer
• Ciclo de consumo, de satisfação passageira leva a desilusão. nos bens de consumo, mas estes
• Desejo  motor do capitalismo logo são ultrapassados por novas
• Sociedade do consumo moderna busca e projeta os desejos sobre bens de consumo mercadorias.
fundamentando nossa autorealização.
Outros autores:
•Indústria da propaganda cega consumidores quanto as suas
vontades (Barthes.)
•A mídia oculta a natureza vazia da moderna sociedade Motor Desejo
capitalismo
•capitalista (Baudrillard).
Consumo
Mercadoria
Satisfação
obsoleta
efêmera
Trecos, troços, e coisas (Daniel Miller, 2010)

Algumas abordagens negativas do consumo:


•Consumo é superficial e repreensivo moralmente;
•Alienante;
•Divisor social (quem tem X quem não tem)
•Pode contribuir para a incidência de crimes (roubos).

 Mas, para Miller, os bens de consumo formam a identidade pessoal, a individualidade


e as interações sociais, que exprimem a materialidade das formas culturais (padrão de
construção, vestimentas, etc).
A teoria da classe ociosa(Thorsteins Veblen,
1899)

 Consumo confere respeito mesmo aquele ocioso da sociedade.


 Sociedade dividida em duas classes:
classe trabalhadora classe dos ociosos

Parasitas do trabalho da classe trabalhadora, não


Produz bens de consumo,
produzem nada de real proveito.
mas tem seu consumo
Adquirem bens de luxo para mostrar riqueza,
limitado pela má distribuição
poder e status. (Ex.: empresários, políticos,
de renda.
advogados, etc.)

 A raiz da propriedade está na emulação/antagonismo.


Continuação...(Veblen, 1899)

 Influencias: darwnismo e marxismo.


 Darwnismo toda vida é uma luta por recursos.
 Capitalismo maior parte do comportamento humano é determinado pela luta
por reconhecimento social, status e poder (padrões de consumo e lazer).
 Consumo conspícuo (distinto) Gastar dinheiro e consumir
bens luxuosos não essenciais
 Ócio conspícuo Ex.: férias exóticas, aprender para mostrar aos outros sua
riqueza econômica e material.
outra cultura conferia status aos europeus (séc. XVIII e XIX) Compra-se não pelo valor
Consumo ócio desperdício conspícuo utilitário, mas pelo valor
significante que ira lhe conferir
respeito e admiração.
Cultura do desperdício de recursos e tempo
Continuação...(Veblen, 1899)
 Tais conceitos (consumo e ócio, conspícuo) são políticos por sua postura moral voltada a ações e
estilos de vida de uma classe dita ociosa, predatória e parasitária.
 Efeitos negativos: desperdício e a emulação pecuniária/imitação.
 Emulação pecuniária classes mais baixas tendem a imitar as práticas de consumo dos que lhe
são socialmente “superiores”. Bens de consumo adquiridos por uma utilidade subjetiva (status,
afiliação a classe social, identidade e estilo de vida de dado grupo).
 Luta por status demonstração de riqueza

Pode ser desaprovado e afastado dos grupos


 Surgimento de novos grupos: “nouveau riche” (atos de consumo conspícuo) desaprovados
dominantes quando
que deseja emular.
consome além de seu poder aquisitivo.

As pessoas se comparam o tempo todo.

Você também pode gostar