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ANTI-INFLAMATÓRIOS

MODIFICAÇÕES MOLECULARES
ALCILENE PEREIRA CARDOSO
SUEANE RODRIGUES DE CARVALHO
MAURIVONE ALEXANDRE MOREIRA
FRANCISCO SAMUEL CARVALHO DE OLIVEIRA
ANACLEIDE PAIXÃO DE SANTANA
PRÓ-FÁRMACO

 O termo pró-fármaco ou pró-agente foi utilizado
primeiramente por Albert, em 1958, para descrever
compostos que necessitavam de biotransformação prévia
para promover efeito farmacológico
 . Em 1959, Harper propôs o termo latenciação de fármacos
para o processo de obtenção de pró-fármacos.
 Entretanto, somente em meados da década de 70, quando
pesquisadores começaram a traçar os destinos dos
fármacos no organismo, compreendendo melhor a
absorção, metabolismo, distribuição e excreção, o
planejamento de fármacos utilizando o processo de
latenciação tomou rumo mais definido.
PRÓ-FÁRMACOS:

 Entre os métodos de introdução de novos fármacos na


terapêutica, os processos de modificação molecular são os
mais promissores.
 Entre eles, merece realce a latenciação - transformação do
fármaco em forma de transporte inativo que, in vivo,
mediante reação química ou enzimática, libera a porção
ativa no local de ação ou próximo dele. Uma das formas
latentes obtidas mediante este processo denomina-se “pró-
fármaco”
PRÓ-FÁRMACO
EXEMPLOS:
CLASSIFICAÇÃO:

PRO-FÁRMACOS :
 CLÁSSICOS
- São obtidos mediante ligação do fármaco matriz a um
transportador adequado, com o objetivo de melhorar as
propriedades físico-químicas e, conseqüentemente, a
atividade terapêutica, graças ao aumento da
biodisponibilidade, da seletividade, à redução da toxicidade e
ao prolongamento da ação
 BIOPRECURSORES
- São fármacos latentes, que não apresentam um
transportador propriamente dito. Exemplo, zidovudina (AZT),
metronidazol, enalapril, aceclofenaco
 MISTOS
- apresentam-se como molécula biologicamente inativa,
que necessita sofrer diversas reações químicas para se
converter na forma ativa, aumentando a concentração do
fármaco ativo em um sítio de ação específico
 DIRIGIDOS
-Esta classe consiste em fármacos acoplados a um
transportador específico para determinados receptores ou
enzimas existentes no sítio de ação específico do fármaco,
reduzindo sua ação inespecífica sobre outros órgãos e/ou
tecidos
PARA QUE MODIFICAR ?

 Muitas razões relacionadas ao fármaco matriz justificam a necessidade de


modificação molecular por meio da latenciação e são:
1. Problemas farmacocinéticos, como a baixa biodisponibilidade oral (devido à
polaridade e/ou solubilidade); distribuição insuficiente no local de ação e/ou
incapacidade de atravessar diversos tipos de barreiras biológicas (mucosa gástrica,
pele, córnea e barreira hematoencefálica), que separam o fármaco de seu local de
ação;
2. Elevada toxicidade;
3. Baixa estabilidade química;
4. Odor e paladar inconvenientes;
5. Dor no local da administração;
6. Formulação farmacêutica de difícil preparo.
Alguns critérios devem ser considerados
durante o planejamento do pró-fármaco:
 existência de grupos funcionais na molécula matriz capazes de
sofrer derivatização;
 existência de mecanismos e/ou sistemas no organismo capazes
de bioativar o pró-fármaco;
 facilidade e simplicidade da síntese e purificação do pró-fármaco;
 estabilidade química do pró-fármaco;
 regeneração, in vivo, da molécula matriz, em quantidades ideais;
 toxicidade do transportador e do pró-fármaco.
ANTI-INFLAMATÓRIOS

 No caso de antiinflamatórios, os pró-fármacos recíprocos


reduzem os riscos de irritação gástrica, permitindo, assim,
sua utilização em casos de tratamento prolongado.
 O fármaco latente é uma espécie de "Cavalo de Tróia",
uma vez que engana o organismo. No entanto,
diferentemente deste, não tem o objetivo de destruí-lo e
sim de ajudá-lo.
 Os AINEs não seletivos da COX inibem a produção de
prostaglandinas na mucosa gastrointestinal, podendo
causar gastroduadinite, úlcera gástrica e sangramento
digestivo.
 Os inibidores seletivos da COX-2 são
indicados nos pacientes que apresentam efeitos
colaterais comprovadamente relacionados ao uso de AINE
não-seletivos, como a intolerância gástrica não controlada
pela associação de medicamentos gastroprotetores
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS MATRICIAIS DE
LIBERAÇÃO MODIFICADA A PARTIR DE DISPERSÕES SÓLIDAS
DE IBUPROFENO

 O desenvolvimento de formas farmacêuticas de liberação


modificada a partir do ibuprofeno apresenta inúmeras
vantagens, tais como:
 a maior adesão do paciente ao tratamento,
 redução da frequência de doses,
 efeito terapêutico prolongado e
 redução dos efeitos tóxicos provocados por superdosagem.
 buprofeno, nome que deriva das iniciais do
ácido isobutilpropanoicofenólico (isobutilfenilpropanóico),
é um fármaco do grupo dos anti-inflamatórios não
esteróides (AINE) utilizado para o tratamento da dor, febre
 e inflamação
 Os inibidores não seletivos são mais antigos e testados,
mas o inibidores seletivos da COX-2 tem menos efeitos
adversos gastrointestinais 
IBUPROFENO
 Este fármaco apresenta baixa solubilidade em água e alta
permeabilidade através da barreira intestinal, sendo classificado como
Classe II no Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), no qual
sua dissolução nos fluidos gastrointestinais é um fator limitante para
absorção, comprometendo a biodisponibilidade.
 Portanto, é necessário inicialmente melhorar sua velocidade de
dissolução para, posteriormente, incorporá-lo em um sistema de
liberação modificada. Dentre diversas tecnologias empregadas para
melhora da dissolução, destaca-se:
-o desenvolvimento de dispersões sólidas por diferentes métodos
 As dispersões foram preparadas pelo método de fusão,
utilizando-se como carreadores os polímeros
polietilenoglicol 4000 (PEG 4000) e polietilenoglicol 6000
(PEG 6000), tendo sido empregadas diferentes proporções
carreador:fármaco.
 Posteriormente, estas foram padronizadas e caracterizadas
segundo fluxo de pós (método indireto), teor, difração de
raios-X (DR-X), espectroscopia na região do infravermelho
com transformada de Fourier (IV-TF) e microscopia
eletrônica de varredura (MEV).
 O conjunto de resultados obtidos na caracterização levou à
escolha das dispersões apresentando PEG 4000 como
carreador para o desenvolvimento dos sistemas matriciais.
 Como polímero modificador da liberação do fármaco,
empregou-se a HPMC de alta viscosidade (HPMC K 4M),
que foi adicionada à cada uma das formulações em
concentrações de 10 %, 17,5% e 25%, juntamente com
outros excipientes
 Estes resultados evidenciam o bom desempenho da HPMC
K 4M como agente formador de matriz, sendo o polímero
bastante eficaz no controle da liberação do fármaco.
CONCLUSÃO:

 Em resumo, a latenciação, como método de


desenvolvimento de novos fármacos, vem merecendo
interesse crescente
 Além da vantagem de economia de tempo e de recursos, a
latenciação permite a reintrodução de fármacos antes
descartados por suas propriedades indesejáveis e o
aprimoramento de novos fármacos antes que sejam
lançados na terapêutica. Assim é que, em algumas
indústrias farmacêuticas, faz parte do fluxograma de
desenvolvimento de novos fármacos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ALLEN, L. S.; RONALD, C. T.; JEROME, C. B.; JAMES, G. D., III; MILOS, S. A. new prodrug
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