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CARACTERIZAÇÃO

UNIVERSIDADEQUÍMICA
FEDERALEDO
AVALIAÇÃO DOUFMA
MARANHÃO- POTENCIAL
CENTRO DE CIÊNCIAS
ANTIOXIDANTE EXATAS E TECNOLOGIA-
E ANTIMICROBIANO CCET
DE Clusia grandiflora
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
(Clusiaceae)

BOLSISTA PIBIC/CNPq: Isanna Myllena Borba Guimarães Bezerra

ORIENTADORA: Profª. Drª Cláudia Quintino da Rocha

SÃO LUÍS-MA
2022 1
INTRODUÇÃO:
Clusia grandiflora:

Características gerais:

● Região neotropical;

PAUL, 2002
● 250+ espécies (67 no Brasil);
CARMO,2002

● Semi-epífitas, arbustivas e
arbóreas;
● Presença de benzofenonas
polipreniladas.

Uso tradicional do fruto:

AMETHYST,2006
● Carminativo;
ANTONELLI, A.(2011)

● Antiinflamatório;
● Antiulceroso;
● Cicatrizante;
● Tratamento de dores no
peito e sífilis;

(BITTRICH & AMARAL 1996, 1997) 2


INTRODUÇÃO:

Antimicrobianos

(TAVARES,2001) 3
OBJETIVOS:
Geral:
❖ Caracterizar os metabólitos secundários presentes no extrato da Clusia grandiflora e
avaliar seu potencial antioxidante e antimicrobiano.

Específicos:
❖ Obter o extrato hidroetanólico 70%, padronizado pela farmacopeia brasileira e
caracterizá-la por LC-ESI-IT/MS;

❖ Realizar partição líquido-líquido do extrato, para obtenção de frações de diferentes


polaridades;

❖ Analisar o potencial antioxidante do extrato de Clusia grandiflora;

❖ Avaliar o potencial antimicrobiano do extrato e das suas frações;

❖ Investigar o efeito citotóxico do extrato de Clusia grandiflora

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METODOLOGIA:

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RESULTADOS: Caracterização Química:

❖ A análise por HPLC-PDA demonstrou 10 compostos elucidados entre as bandas de 254


e 365nm.
Tabela 1: Tempo de retenção dos compostos isolados:
Número [M-H] TR Msn Substâncias
+ Fragmentos propostas

1 553 11,2 min 535; 399; 381;327 propolona B

2 1037 22,6 min 519; 451;327 dímero da


propolona C

3 519 23,9 min 501; 383; 327 propolona D

4 519 24,5 min 501; 451;435;327 garcinielipitona I

5 503 29,9 min 435; 379;343;311 nemorosona

6 603 31,0 min 585; 467; 411;343 garcinol

7 503 39,0 min 435;311;255 propolona A

8 603 43,2 min 585; 549; 481; 411 gutiferona E

9 603 43,3 min 585; 481; 411 xantocimol

10 603 43,9 min 585; 571; 503; gutiferona A


435; 411;
379; 311

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RESULTADOS:
Avaliação do potencial antioxidante:

❖ Avaliado por outros colaboradores;

❖ Em uma concentração de 1000 µg/mL obteve- se um percentual de 94,27%


do potencial de inibição.

Tabela 2: Valores de IC50 do extrato e suas frações


do ensaio de DPPH

Amostras IC50 (g/mL)

Extrato 22 ± 1,106

Fração diclorometano 542 ± 1,112

Fração aquosa IC50 não encontrado

Quercertina 9 ± 1,661

(BUTTERWECK, 2017)
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RESULTADOS: Avaliação do potencial citotóxico:
❖ O extrato bruto mostrou uma citotoxicidade a partir da concentração de 10 mg/mL, com percentual
de hemólise próximo a 100%.

(KUNDISHORA; SITHOLE; MUKANGANYAMA, 2020) 8


RESULTADOS:
Avaliação do potencial antimicrobiano:

❖ A atividade antibacteriana foi avaliada, contra bactéria gram positiva (Staphylococcus


aureus) e bactéria gram negativa (Escherichia coli) e a antifúngica, contra (Candida
albicans).

❖ O extrato e a fração diclorometano apresentaram uma diferença significativa para os


três microorganismos em relação aos controles positivos, apresentando concentrações
inibitória menor ou igual aos controles.

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(PORTO et al., 2000)
RESULTADOS:
Avaliação do potencial antimicrobiano:

Tabela 3: Concentração Inibitória Mínima (CIM) do EBCG, FDCG e FACG, antibiótico Imipenem (IMP) e
Fluconazol (FLZ). Os valores experimentais foram expressos em média e desvio padrão (±) dados em triplicata
(n=3). *Denotam diferenças significativas entre os grupos (Teste ANOVA p<0,05)

Microrganismos Cepa EBCG FACG FDCG IMP FLZ


Padrão
S. aureus 4,17 ± 12,5 ± 10,4 ± 10,4 ± -
ATCC®
Gram (+) 1,80* 0,00 3,61* 3,61

Gram (-) E. coli 2,08 ± 66,7 ± 16,7 ± 41,7 ± -


ATCC®
0,90* 28,9 7,22* 14,4

Levedura C Albicans 20,8 ± 66,7 ± 4,17 ± - 42,7 ±


ATCC®
7,22* 28,9 1,80* 18,5

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RESULTADOS:
Ensaio Ágar difusão:

❖ As zonas de inibição do extrato bruto (EBCG) contra


S.aureus (ATCC®25923TM) mostrou atividade para este
ensaio nas concentrações testes de 100, 50 e 25 µg/mL .

❖ Em relação a fração diclorometano (FDCG), para a cepa


S.aureus houve diferença significativa nas concentrações
de 100 µg/mL, 50 µg/mL, 25 µg/mL e 12,5, mostrando uma
melhor atividade em comparação ao extrato bruto de
Clusia grandiflora.

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CONCLUSÃO:
❖ Foi possível elucidar 10 compostos advindos dos frutos da Clusia grandiflora, com destaque para
as benzofenonas polipreniladas.

❖ A gutiferona A, um dos compostos elucidados possui atividade antimicrobiana contra cepas de


S.aureus e C.albicans.

❖ Ao realizar o ensaio hemolítico in vitro com sangue de carneiro, o extrato bruto de C. grandiflora
(EBCG) apresentou atividade citotóxica a partir de concentrações 10g/mL.

❖ A fração aquosa de C.grandiflora não apresentou atividade antioxidante, no entanto, a fração


diclorometânica apresentou um potencial de IC 50 entre 542 e 1,112g/mL.

❖ Os objetivos deste estudo foram atingidos com êxito, ao executar os experimentos e compará-los
com os dados levantados anteriormente na revisão bibliográfica.

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REFERÊNCIAS:
● BITTRICH, V. & AMARAL, M.C.E. 1997. Floral biology of some Clusia species from
Central Amazonia. Kew Bulletin 52:617-635.
● BUTTERWECK, Verônika; HAMBURGER, M. Abstracts of the 65th Annual Meeting of
the Society for Medicinal Plant and Natural Product Research (GA). Thieme. 2017.
Disponível em: DOI: 10.1055/s-0037-1608011.

● KUNDISHORA, Anesu; SITHOLE, Simbarashe; MUKAGANYAMA, Stanley .


Determinação do efeito citotóxico de diferentes extratos foliares de Parinari
curatellifolia (Chrysobalanaceae). Hindawi. 2020. Disponível em:
https://www.hindawi.com/journals/jt/2020/8831545/.
● PORTO, André LM et al. Benzofenonas poliisopreniladas de Clusiaresinas florais.
Science Direct. 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0031-9422(00)00292-2.

● TAVARES, W. Manual de antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos. 3 ed. São


Paulo. Atheneu, 2001.

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