MODELO E ESTRUTURA DE

DADOS ESPACIAIS
Profª Dra Luziane Ribeiro Indjai
Engenheira Agrimensora
Universidade Federal de Uberlândia
31/12/2022 1
luziane@ufu.br
MODELOS DE DADOS
ESPACIAIS
Profª Dra Luziane Ribeiro Indjai
luziane@ufu.br
Compilado de
MIRANDA, J.I.
Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas.
2.ed.rev.atual.-Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnologia, 2010. 425p.

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 Tradução da informação
geográfica para o mental

computador conceitual

gráfico

físico
mundo real

modelo
matemático

Interface usuário

Matemático
(conceitual)

representação

implementação

univers
PC
o
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Modelos...

• mentais: percepção
do mundo, controle e
pensamento sobre
coisas e corpos;

• conceituais: descrição
da relação entre
componentes de um
sistema – diagramas;

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/fisica/ajustes-exponencial

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Modelos...

• gráficos: compilação e amostragem de dados

em padrões significativos;
• físicos: maquetes – representação de projetos
e ideias;
• matemáticos: equação(ões) para descrição do
comportamento de um sistema;
– predição, experimentação, projeção

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/fisica/ajustes-exponencial

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Modelos...
• matemáticos
– Aproximações imperfeitas da realidade
– Modelo deve ser testado e calibrado
– Respondem questões como “Se-Então”

“ Se procede-se assim e assim, então o que é provável

que aconteça agora e no futuro?”

– Exemplo: simulação de processos em microbacias

• Podem ser simples ou complexos
• limitação: simular cenário de manejo real
• desafio: alimentação com dados espaciais precisos para o modelo
(topografia, solo, uso, cobertura vegetal, precipitação, ...)

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 Modelos de dados são quase
subjetivos

fenômeno
usuários aplicações
modelos

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Exemplos de modelagem

• Um sociólogo deseja utilizar um SIG para

entender e quantificar o fenômeno da exclusão
social numa grande cidade brasileira.

• Um ecólogo usa o SIG com o objetivo de

compreender os remanescentes florestais da Mata
Atlântica, através do conceito de fragmento típico
de Ecologia da Paisagem.

• Um geólogo pretende usar um SIG para

determinar a distribuição de um mineral numa área
de prospecção, a partir de um conjunto de amostras
de campo.
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ABSTRAÇÃO – modelo da cebola

• Representa a
realidade com um
grau variado de
informações

• A característica básica de um modelo de

dados é ser uma abstração da realidade
(PEUQUET, 1990)

• Como definir quantos níveis de abstração são

necessários?
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NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO (PEUQUET, 1990)

NÍVEL ABSTRAÇÃO SIGNIFICADO

O fenômeno como ele é, inclusive todos os aspectos que
1. Realidade podem ou não ser percebidos por indivíduos

Abstração do mundo real que incorpora propriedades

relevantes à aplicação em mão; conceito humano da
2. Modelo de dados realidade; interpretação

Representação do modelo de dados, frequentemente

expressa em termos de diagramas, listas (estrutura de
3. Estrutura de dados armazenamento computacional) e arranjos designados para
refletir o registro dos dados no computador

Representação do dado em arquivos físicos do computador

4. Estrutura de arquivos

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 https://webwriting14.blogspot.com/2014/06/texto-web-e-como-as-camadas-da-cebola.html
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NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO (PEUQUET, 1990)

arranjo 2D

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lista 12
NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO (PEUQUET, 1990)

Em se tratando de relações
espaciais entre objetos
geográficos, o modelo de
dados é um objeto espacial.

Exemplos:
Área de um bosque,
fenômeno de mudanças
climáticas

ENTIDADE

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NÍVEIS DE ABSTRAÇÃO (PEUQUET, 1990)

• Permite discussão
conceitual organizada
do fenômeno espacial

• Critério que diferencia

classes = dimensão

• Distância = dimensão geográfica fundamental – diferencia as classes

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ENTIDADE OU COMPONENTE BÁSICO

• Representação de fenômenos geográficos

• Carrega informação do fenômeno do

mundo real não divisível em fenômenos do
mesmo tipo

ENTIDADE

TIPO ATRIBUTO RELAÇÕES

(BURROUGH; MCDONNELL, 1998; BERNHARDSEN, 1999)

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 AN
ÁLI
ENTIDADE: tipo, atributo, relações SE
ES
PA
Classifica a entidade de maneira única, evitando CIA
TIPO ambiguidades. Ex.: área agrícola x área urbana L
Pode ter subcategorias.
Ex.: área agrícola = {de trigo, café, soja, ...}

Modelo de dados simples de uma entidade = localização

ATRIBUTO geográfica + atributo
Atributo = dado não-espacial
Subcategorias: quali ou quantitativo de acordo com uma
escala {nominal, ordinal, intervalo ou razão}
Ex.: entidade = poço artesiano  {profundidade, pH,
salinidade, ...}

Entidades: Pertinência, localização ou vizinhança

RELAÇÕES Intuitivas para os humanos, não para o computador
Precisam ser programadas, implementadas
Ex.: poço artesiano – proximidade ou vizinhança com
uma área para irrigação
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Atributo - subcategorias
Escala
1. Nominal:
• diferenciação entre objetos segundo classes distintas sem ordem
inerente
• Nível temático - medida que não determina magnitude
• não usado diretamente em expressões matemáticas
• Ex.: classes de solo, classes de rocha, classes de uso
2. Ordinal:
• Ordenação, classes distintas com ordem natural
• Nível temático - medida que não determina magnitude
• não usado diretamente em expressões matemáticas
• atribui valores ou nomes para as amostras
• Ex.: tamanho (maior do que, menor do que), altura ( 1 = baixo, 2 =
médio, 3 = alto)

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Atributo - subcategorias
Escala
3. Intervalo
• dados numéricos agrupados – nível numérico (determina magnitude)
• ponto de referência zero definido de forma arbitrária
• permite a atribuição de valores negativos e positivos
• não usado para estimar proporções ou diretamente em expressões
matemáticas
• Ex.: equador e o meridiano de Greenwich; idade, nível de renda
4. Razão
• medidas precisas
• o ponto de referência zero não é arbitrário
• não faz sentido físico valores negativos
• Ex.: peso, a distância entre dois pontos, a área e o volume

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ESTRUTURA DE
DADOS ESPACIAIS
Profª Dra Luziane Ribeiro Indjai
luziane@ufu.br
Compilado de
MIRANDA, J.I.
Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas.
2.ed.rev.atual.-Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnologia, 2010. 425p.

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tipos
matricial
partição regular ou irregular exaustiva do espaço
visualização da classe/coleção
baseado em localização
vetorial
pontos, linhas, polígonos
visualização do objeto
baseado em objetos

‣ linha (arco): sequência de

pares x,y

‣ nó: pontos extremos das

linhas

‣ vértices: pontos intermediários

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Modelo vetorial

• Um arquivo armazena as coordenadas,

enquanto outro armazena os atributos

• O espaço existente entre as entidades gráficas

não precisa ser armazenado

• Todas as posições, comprimentos e dimensões

são definidos precisamente

• usa relações implícitas que permite armazenar

dados complexos em espaço mínimo

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Modelo vetorial de Spaghetti

Cada ponto, linha ou polígono é armazenado

como um registro em um arquivo que
consiste no ID dessa entidade
e uma lista de coordenadas que
definem geometria

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Modelo vetorial de Spaghetti
‣ Ponto gravado como par de coordenadas x,y

‣ Linha é série de pares x,y

‣ Polígono = série de pares, com último igual

ao primeiro (fechamento)

‣ simples

‣ fácil de manipular

‣ sem topologia

‣ duplicação de dados

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topologia
• ramo da matemática que lida com propriedades geométricas
invariáveis sob certas transformações (Ex.: alongamento, dobra)

• é o que distingue os modelos vetoriais mais complexos

• Relações de vizinhança se mantém depois de transformações

• Registra coordenadas x, y e códigos de relações espaciais

• Arco: linha com sentido

• Nó: ponto inicial ou final
• Vértice: ponto intermediário

• Pode responder a perguntas:

 Quais estradas conectam com a praça central ?
 Quais rios cruzam uma determinada área ?
 Quais unidades geológicas fazem contato com esta ?

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Figura 5.7. Estrutura topológica
MIRANDA (2010), pág.163
Vetor no modelo Topológico x no modelo Spaghetti

Spaghetti: pode codificar

como 2 ou 3 polígonos (e ter 2
ou 3 registros na tabela de
atributos)

Topológico: deve ser

codificado como 3 polígonos
(e ter 3 registros na tabela de
atributos)
Classes de abstração quanto à dimensão
Classe Dimensão Exemplo
Ponto 0D (x, y) Poço artesiano
Linha 1D [2(x, y), Ângulo] Curva de nível
Polígono/área 2D {3 [2(x, y), Ângulo]} Lago
Superfície 3D (x, y, z) Relevo
Espaço-temporal 4D (x, y, z, t) Assentamento humano
• Permite discussão conceitual organizada do fenômeno espacial

• Critério que diferencia classes = dimensão

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Dimensionalidade

Classifica os objetos em discretos ou

contínuos

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Dimensionalidade

• Objetos discretos: podem ser contados

individualmente sem perda de sentido em
escala grande

• Limites bem definidos

• Individualmente relevante

• Descrito por um de seus atributos

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Dimensionalidade

• Campos contínuos: conjunto de variáveis

de variação contínua, cujo valor pode ser
medido em qualquer ponto de uma
superfície
– Exemplo:
• Densidade populacional:
apesar de ser contabilizada em habitante por
unidade de área, perde
sentido se examinado
em escala de detalhe

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Triangulated Irregular Network (TIN)

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GAC041 – Sistema de Informação Geográfica
Notas de Aula - compilação
Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Geografia
Bacharelado em Engª de Agrimensura e Cartográfica

by
Profª Dra Luziane Ribeiro Indjai
luziane@ufu.br
Engª Agrimensora
Universidade Federal de Uberlândia

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