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TEMA II.

O Direito e a organização da
sociedade
1. Estado – sociedade politicamente
organizada
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.1 DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

Conceito de Ramos do
Direito

Ramos do Direito – conjunto de normas que regulam as diferentes


áreas ou setores da vida social organizadas em torno de certos
princípios comuns que lhes conferem uma certa especificidade e as
diferenciam de outros grupos de normas.

Tradicionalmente, distingue-se entre Direito público e Direito


privado.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.1 DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

Critérios de
distinção
A distinção entre Direito público e Direito privado tem sido polémica ao
longo dos tempos, sendo vários os critérios propostos pelos vários
autores, de que se destacam:

Critério da natureza dos


interesses
Critério da qualidade dos
sujeitos
Critério da posição dos sujeitos na relação jurídica

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.1 DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

Critérios de
distinção
O critério que reúne maior consenso entre os autores na divisão
tradicional entre o Direito público do Direito privado é o:

RITÉRIO DA POSIÇÃO DOS SUJEITOS NA RELAÇÃO JURÍDICA

Direito público Direito privado

Constituído pelo conjunto de Constituído pelo conjunto de


normas que regulam as relações normas que regulam as relações
em que intervenha o Estado ou que se estabelecem entre os
qualquer ente público, dotado de cidadãos ou entre estes e o Estado
supremacia, isto é, desde que ou qualquer ente público.
investido de imperium.
Tema II – O Direito e a organização da
2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.1 DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

Ramos do Direito

Direito público Direito privado


Direito constitucional Direito civil:
Direito administrativo - Direito das obrigações;
Direito financeiro - Direitos reais;
Direito fiscal - Direito da família;
Direito penal - Direitos das sucessões.
Direito processual: Direito comercial
- civil; Direito do trabalho
- penal; Direito agrário
- trabalho;
- fiscal;
- administrativo.
Tema II – O Direito e a organização da
Exercícios

CRIE DOIS EXEMPLOS ONDE SEJA EVIDENTE O DIREITO PUBLICO E O


DIREITO PRIVADO
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Noção de Estado

Estado – sociedade, fixa num determinado território, onde se


organizou politicamente instituindo um poder político autónomo e
independente.

Entre o Estado e o Direito há uma estreita interdependência, porque,


sendo o Estado uma necessidade, também o é o Direito que
representa, afinal, a disciplina daquele, ou seja, a linguagem de quem
governa.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Noção de Estado

Elementos do Estado

Comunidade ou
Território Poder político
povo

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Comunidade ou
povo

Noção

Comunidade ou povo - conjunto de cidadãos ou nacionais de cada


Estado, isto é, ligados a certo Estado por um vínculo jurídico de
nacionalidade.

O vinculo jurídico que une os cidadãos ao Estado é a cidadania ou


nacionalidade – artigo 4.º da C.R.P.

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Constituição da República Portuguesa

Artigo 4.º - (Cidadania portuguesa)

São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados pela
lei ou por convenção internacional.

Declaração Universal dos Direitos Humanos


Artigo 15
1. Todos os seres humanos têm direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado da sua nacionalidade, nem do direito de
mudar de nacionalidade

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Território

Território
( Artigo 5.º C.R.P.)

Terrestre Marítimo
Aéreo
(solo e subsolo) (12 milhas)

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Decreto de Aprovação da Constituição nº CRP 1976 de 10-04-1976

Princípios fundamentais

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Artigo 5.º - (Território)

1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente


europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
2. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos
de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo de rectificação de fronteiras.
3. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais e os direitos de
Portugal aos fundos marinhos contíguos.
4. O território de Macau, sob administração portuguesa, rege-se por estatuto
adequado à sua situação especial.
Tema IV – As Fontes do Direito
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Poder político

Noção

Poder político - Faculdade exercida por um povo de, por autoridade


própria, instituir órgãos que exerçam com relativa autonomia a
jurisdição sobre um território, nele criando e executando normas
jurídicas usando para o efeito os necessários meios de coação.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.2 NOÇÃO E ELEMENTOS DO ESTADO

Conceito de
Estado

O conceito de Estado pode ter vários sentidos:

Estado em sentido restrito – sociedade politicamente


organizada, fixa em determinado território, que lhe é privativo e
tendo soberania ou independência como características. (Estado
soberano).
Estado em sentido amplo – sociedade politicamente organizada,
fixa em determinado território, que exerce o poder político de
forma soberana ou não. (Estado soberano e Estado não
soberano)

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.3 PODERES E FUNÇÕES DO ESTADO

Separação de
poderes

Princípio da divisão de
poderes
(Locke e Montesquieu – Séc.
XVII e XVIII)

Poder legislativo Poder executivo Poder judicial

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.3 PODERES E FUNÇÕES DO ESTADO

Funções do
Estado

Noção

Funções do Estado - são as atividades que este desenvolve através dos


seus órgãos para atingir os seus fins:

A justiça,
A segurança e
O bem-estar económico e social.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.3 PODERES E FUNÇÕES DO ESTADO

Funções do
estado

Funções do Estado

Político -
Administrativa Legislativa Judicial
governativa

Contudo, a C.R.P. consagra a separação e interdependência entre


estas funções, o que decorre, nomeadamente, do seu artigo 111.º.

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

A função política ou governativa poder-se-á definir como a atividade


exercida pelo Governo e pelos demais órgãos do Estado tendo em
vista a definição e prossecução dos interesses gerais da comunidade,
mediante a livre escolha das opções e soluções consideradas melhores
em cada momento.

A função legislativa consiste na atividade pela qual o Estado cria o


seu Direito positivo, estabelecendo o quadro legal pelo qual se irá
pautar a atuação dos órgãos de soberania, dos restantes órgãos
públicos e dos cidadãos, disciplinando as relações que se estabelecem
entre eles.

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE
A função administrativa tem por fim a execução das leis e a prática de
todos os atos que levem à promoção do desenvolvimento económico e
social e à satisfação das necessidades coletivas que, em virtude das
opções políticas ou legislativas definidas previamente, se entende que
incumbem ao Estado. Os órgãos que exercem esta função
integram-se na chamada Administração Pública.

A função judicial consiste no conjunto de atividades que são exercidas


por órgãos colocados numa posição de imparcialidade e independência,
que são os tribunais, e cujo objetivo é dirimir os conflitos de interesses
públicos e privados, bem como punir a
violação da Constituição e das leis.

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de Soberania

Noção

Órgãos de soberania - são aqueles que se


encontram em posição dominante no Estado, que
decidem independentemente da obediência a ordens
de outros órgãos e é através deles que, num Estado
democrático, o povo exerce a soberania.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

De acordo com o artigo 110.º da C.R.P. são órgãos de soberania:

Presidente da República - artigo 120.º da C.R.P. e segs.

Assembleia da República - artigo 147.º da C.R.P. e segs.

Governo - artigo 182.º da C.R.P. e segs.

Tribunais - artigo 202.º da C.R.P. e segs.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

Presidente da República

É o órgão máximo da nação que representa a República


Portuguesa e garante a independência nacional, a unidade do
Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e
é, por inerência, comandante das Forças Armadas.
( Artigo 120.º da C.R.P.)
É eleito por sufrágio universal, direto e secreto dos cidadãos
portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem
como dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro,
devendo neste caso ter-se em conta a existência de laços de
efetiva ligação à comunidade nacional.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

Presidente da República

São elegíveis para Presidente da República, cidadãos eleitores


portugueses de origem, maiores de 35 anos.

O mandato do Presidente da República tem a duração de cinco


anos e termina com a posse do novo Presidente eleito.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

Assembleia da República

É o órgão representativo de todos os cidadãos portugueses,


detendo poderes político e legislativo e exercendo funções de
fiscalização dos atos do Governo e da Administração.

A Assembleia tem no mínimo 180 e no máximo de 230 deputados


no termos da lei eleitoral.

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE
Competência
A competência do Presidente da República encontra-se estabelecida
na C.R.P. nos:
art.° 133.° (competência quanto a outros órgãos);
art.° 134.° (competência para a prática de atos próprios);
art.° 135.° (competência nas relações internacionais).

Ao Presidente da República compete ainda:

- promulgar as leis e decretos-lei ou exercer o direito de veto – art.°


136.° da C.R.P.;
- proceder à fiscalização preventiva da constitucionalidade de
qualquer norma constante de tratado internacional que lhe tenha sido
submetido para ratificação, podendo exercer o direito de veto nos
termos dos art.os 278.° Tema
e 279.° daFontes
IV – As C.R.P.
do Direito
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

Assembleia da República

As candidaturas para deputado são apresentadas nos termos da


lei, pelos partidos políticos, isoladamente ou em coligação,
podendo as listas integrar cidadãos não inscritos nos respetivos
partidos.
Os deputados representam todo o país e não os círculos por que
são eleitos.

A legislatura tem a duração de quatro sessões legislativas, cada


sessão legislativa tem a duração de um ano e inicia-se a 15 de
setembro. Artigo 174CRP

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

O Governo
O Governo é o órgão de condução da política geral do país e o
órgão superior da administração pública (art.° 182.° da C.R.P.).

Composição
O Governo é constituído:
pelo Primeiro-Ministro;
pelos ministros;
pelos secretários e subsecretários de Estado.

O Governo pode incluir um ou mais Vice-Primeiros-Ministros –


art.° 183.°, n.os 1 e2, da C.R.P.

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Formação
O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos
representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados
eleitorais – art.° 187.°, n.° 1 da C.R.P.

O Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da


República– art.° 190.° da C.R.P.

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

O Governo

O Primeiro Ministro é nomeado pelo Presidente da República,


ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e
tendo em conta os resultados eleitorais.

Os restantes membros do Governo são nomeados pelo


Presidente da República, sob proposta do Primeiro Ministro.

O Governo é politicamente responsável perante o Presidente da


República e a Assembleia da República, o que significa que estes
o podem demitir.

Tema II – O Direito e a organização da


Tribunais
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Órgãos de
Soberania

Tribunais

São os órgãos com competência para administrar a justiça em


nome do povo.
Os tribunais são independentes e apenas estão sujeitos à lei.

As decisões dos tribunais que não sejam de mero expediente são


fundamentadas na forma prevista na lei.

Tema II – O Direito e a organização da


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


2. O CONTROLO DA LEGALIDADE

Tema IV – As Fontes do Direito


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.4 ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Hierarquia dos
Tribunais

Os tribunais judiciais encontram-se hierarquizados, para efeito de


recurso das suas decisões - Art. 27.º da Lei n.º 52/08 e Art. 210.º da C.R.P.
da forma seguinte:
Supremo Tribunal de Justiça – órgão superior dos tribunais judiciais,
sem prejuízo da competência própria do Tribunal Constitucional. Tem
sede em Lisboa e competência em todo o território nacional.
Tribunais da Relação ( Tribunais de 2.ª Instância) – funcionam por
princípio na sede do respetivo distrito judicial, tomando a designação
deste e exercendo aí a sua competência. (Existem tribunais Judiciais em
Lisboa, Coimbra, Porto, Évora, Guimarães e Faro.)
Tribunais Judiciais (Tribunais de 1.ª Instância) – são em regra os
Tribunais de Comarca e designam-se pelo nome da circunscrição em que
se encontram instalados.
Tema II – O Direito e a organização da
Lei 62/2013 de 26/08

Artigo 4.º
Independência dos juízes
1 - Os juízes julgam apenas segundo a Constituição e a lei e não estão sujeitos a quaisquer ordens
ou instruções, salvo o dever de acatamento das decisões proferidas em via de recurso por tribunais
superiores.
2 - Os juízes não podem ser responsabilizados pelas suas decisões, salvas as exceções consignadas
na lei.
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA

Artigo 216.º - (Garantias e incompatibilidades)

1. Os juízes são inamovíveis, não podendo ser transferidos, suspensos, aposentados


ou demitidos senão nos casos previstos na lei.
2. Os juízes não podem ser responsabilizados pelas suas decisões, salvas as excepções
consignadas na lei.
3. Os juízes em exercício não podem desempenhar qualquer outra função pública ou
privada, salvo as funções docentes ou de investigação científica de natureza jurídica, não
remuneradas, nos termos da lei.
4. Os juízes em exercício não podem ser nomeados para comissões de serviço
estranhas à actividade dos tribunais sem autorização do conselho superior competente.
5. A lei pode estabelecer outras incompatibilidades com o exercício da função de juiz.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.5 DO ESTADO DE DIREITO AO ESTADO SOCIAL DE DIREITO

Estado liberal de
direito

O Estado liberal de direito marca a primeira grande tentativa de


institucionalização do Estado de direito e surge como reação ao poder
despótico do absolutismo real e assentava, nomeadamente, nos
seguintes princípios:
Império da lei;

Defesa do princípio da separação de poderes;

Atribuição aos tribunais da competência de zelar pela legalidade;

Possibilidade de recurso dos cidadãos para os tribunais, sempre


que se julguem prejudicados por atos praticados pela
Administração Pública.
Tema II – O Direito e a organização da
1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.5 DO ESTADO DE DIREITO AO ESTADO SOCIAL DE DIREITO

Estado social de
direito

Estado social de direito – procurou evitar as características demasiado


individualistas e abstencionistas do Estado liberal de direito, passando a
intervir em domínios cada vez mais alargados da vida social. Procurou
exercer uma função corretiva das desigualdades e supletiva em relação à
iniciativa privada sem, contudo, deixar de reconhecer a iniciativa e as
liberdades privadas.

A tutela dos direitos, na sua dimensão social, económica e cultural, passa


a ser uma das suas principais preocupações.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.5 DO ESTADO DE DIREITO AO ESTADO SOCIAL DE DIREITO

Estado social de
direito

Tradicionalmente são apontados como requisitos do Estado de direito, os


seguintes:
Império da lei;

Separação de poderes: legislativo, executivo e judicial;

Legalidade da administração;

Direitos, liberdades fundamentais: garantia jurídico formal e


efetiva realização material.

Tema II – O Direito e a organização da


1. ESTADO – SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA
1.5 DO ESTADO DE DIREITO AO ESTADO SOCIAL DE DIREITO

Estado de direito
democrático
Estado de direito democrático – o Estado de direito, hoje em dia, postula
a democracia representativa e pluralista, considerando-se, assim, mais
adequado falar-se em Estado de direito democrático, designação acolhida
pela C.R.P..
ARTIGO 2.º C.R.P.
(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado
na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização
política democráticas, no respeito e na garantia de efetivação dos
direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência
de poderes, visando a realização da democracia económica, social,
cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Tema II – O Direito e a organização da

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