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UMA

UMA DANÇA
DANÇA
PARA
PARA A MÚSICA
MÚSICA
DO TEMPO
Nicolas Poussin
A PINTURA BARROCA
A pintura barroca, em Itália, enquadrou-se num vasto programa cultural e
artístico desencadeando pela contrarreforma.
 A pintura desenvolveu uma tendência para romper o plano da imagem,
acentuando a sensação de profundidade, jogando com as formas fluidas e
ondulantes.
A pintura barroca apresenta diversos temas e tipologias

Poussin converte se no mais genial representante de um ideal clássico, as suas


composições, configuradas sobre formas geométricas básicas, caracterizam-se
por um equilíbrio absoluto dos meios formais. A isso acrescenta-se um sentido de
medida e dignidade que penetra todas as figuras, arquiteturas e paisagens.
NICOLAS POUSSIN
 

O quadro possui técnica precisa e composição calculada. Subjacente a


todas as pinturas de Poussin há uma estrutura geométrica complexa, mas
totalmente racional e elaborada com o máximo cuidado. Um dos prazeres
de olhar para seus trabalhos é descobrir essa geometria oculta. Neste caso,
o movimento circular da dança está colocado dentro de um triângulo.
 
Os quatro dançarinos são
figuras alegóricas: a
Riqueza, o Prazer, o
Trabalho e a Pobreza.
  A figura de duas cabeças sobre o
pilar de pedra, à esquerda, é o deus
romano Jano, que olhava em duas
direções ao mesmo tempo. O rosto
jovem olha para o futuro; o rosto
velho olha para o passado. Os
romanos rogavam a Jano para
abençoar o início de qualquer novo
empreendimento ou novo ciclo,
como por exemplo um novo mês.
Janeiro, o primeiro mês do ano,
deriva seu nome deste deus de duas
cabeças.
  As bolhas que o menino faz
referem-se ao conceito de homo
bulla – em latim, “homem
bolha”, simbolizando a
brevidade da vida. Tal como uma
bolha, a vida humana dura
apenas um breve instante e logo
desaparece, deixando apenas
uma lembrança.
  O dançarino que usa uma coroa de
louros, folha que não morre e é
símbolo da virtude e da vitória
representa o trabalho e tem os olhos
fixos na figura da Riqueza. A Riqueza
tem uma guirlanda de pérolas no
cabelo. O Prazer segura-lhe a mão
com firmeza, mas ela parece evitar a
mão da pobreza, sem saber se vai
segurá-la ou não. Nem a Riqueza nem
o Prazer dançam descalços.
  A dançarina, à esquerda, com
elegantes sandálias e uma guirlanda
de rosas no cabelo atrai nosso olhar
como nos convidasse a entrar na
dança. Esta figura representa o
prazer, a luxúria e o ócio. A
dançarina à direita está vestida com
modéstia, com um simples pano na
cabeça. Ela representa a Pobreza, e
tenta tocar a fugida mão da Riqueza.
A figura de barba e asas que toca
 
a música para os dançarinos é o
Pai Tempo. Sua presença indica
o fato inescapável de que,
durante toda a dança da vida, a
morte está sempre à espera.
 
A criança complementa a figura
do Pai Tempo. Sua ampulheta
significa a passagem do tempo,
mas há mais areia na metade de
cima – indicando que a dança
ainda vai durar algum tempo.
 

O círculo
As donzelas nas mãos
que do deus
seguem solar,
a carruagem
são as Horas,
Apolo, atendentes
representa do deus
a eternidade.
solar.
ApoloSão deusas das
representa estaçõese eo
a ordem
dançam num eterno
comportamento círculo, paralelo
civilizado, ao
à dança
passo representada no primeiro
que Baco representa o lado
plano do quadro. Aurora, irmã
emocional e irracional da natureza de
Apolo, a deusa do amanhecer, abre o
humana.
caminho para a carruagem. Ela abre
os portões da manhã e afasta as
nuvens negras da noite. Com os
dedos de rosas ela espalha flores por
aonde passa.

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