Você está na página 1de 24

CAPSULITE ADESIVA

DAISY CARVALHO, CAMILLE, JÉSSICA, MÁRCIO, TUYANE E VICTÓRIA


SUMÁRIO
▪ Introdução

▪ Revisão anatômica do ombro e biomecânica

▪ Capsulite Adesiva

▪ Etiologia

▪ Fisiopatologia

▪ Quadro clínico

▪ Prevenção

▪ Reabilitação

▪ Alongamentos

▪ Métodos associados

▪ Tratamento cirúrgico

▪ Recuperação

▪ Conclusão

▪ Bibliografia
INTRODUÇÃO
▪ A Capsulite Adesiva, ou também conhecida como ombro congelado é uma
enfermidade que causa a incapacitação do indivíduo de realizar os movimentos de
amplitude do ombro de forma dolorosa, abordamos uma breve revisão anatômica
para maior discernimento sobre o conteúdo apresentado.
REVISÃO ANATÔMICA DO OMBRO E
BIOMECÂNICA
A região do ombro é formada por três articulações Sinoviais:
▪ Esternoclavicular
▪ Acromioclavicular
▪ Glenoumeral

E uma articulação fisiológica:


▪ Escapulotorácica.
QUANTO A LOCALIZAÇÃO E MOBILIDADE
▪ Esternoclavicular: única articulação que conecta o complexo do ombro ao tórax,
articulação sinovial com 3 graus de liberdade;
QUANTO A LOCALIZAÇÃO E MOBILIDADE
▪ Acromioclavicular: articulação que conecta a extremidade distal da clavícula à escápula.
Classificada como uma articulação sinovial plana, permitindo o movimento da escápula
em três direções.
QUANTO A LOCALIZAÇÃO E MOBILIDADE
▪ Glenoumeral: Considerada a mais móvel e a menos estável de todas as articulações do
corpo humano. É formada pela cabeça do úmero e pela fossa glenóide. Realiza
movimentos de flexão e extensão, abdução e adução, abdução e adução horizontal,
rotação interna e rotação externa.
QUANTO A LOCALIZAÇÃO E MOBILIDADE
▪ Escapulotorácica: A combinação dos movimentos coordenados das quatro articulações
distintas, os músculos e as estruturas periarticulares envolvidos permitem que o braço e
a mão sejam posicionados no espaço para uma ampla variedade de funções. O
resultado é uma amplitude de movimento que ultrapassa aquela de qualquer outra
articulação do corpo humano.
CAPSULITE ADESIVA:
▪ A capsulite adesiva é uma patologia comum na prática ortopédica geral, que pode levar
a uma severa incapacidade funcional.
▪ Sua história natural e características clínicas semelhantes às da distrofia simpático-
reflexa e principalmente a sua associação com doenças aparentemente sem relação
direta com o ombro.
ETIOLOGIA
▪ Esta ainda é desconhecida, embora
alguns autores pensem que um
componente inflamatório conduza à
rigidez no ombro ou até mesmo uma
fibrose, não se conhece ao certo a
exata natureza e papel da inflamação.
Em geral, qualquer processo que leve
a uma restrição gradual da amplitude
de movimentos poderá causar a
contratura dos tecidos moles, e a
uma rigidez dolorosa.
FISIOPATOLOGIA
▪ A patologia ocorre essencialmente na cápsula articular; ela se encontra espessada,
inelástica e friável. Ocorre fibrose e infiltração perivascular aumentada. O líquido
sinovial é normal. O volume da articulação é sempre diminuído, em torno de 3-15ml, ao
invés de 20-25ml da capacidade articular normal. O fator determinante da alteração
patológica, no entanto, não é ainda conhecido.
QUADRO CLÍNICO
▪ Se caracteriza por dor mal localizada no ombro de início espontâneo, geralmente sem
qualquer história de trauma. Essa dor se torna muito intensa, mesmo em repouso, e à
noite; ela costuma diminuir de intensidade em algumas semanas. A mobilidade do
ombro se torna rapidamente limitada em todas as direções (elevação, rotação interna,
rotação externa, abdução). Uma das características sempre presente é o bloqueio total
da rotação externa e interna, já que esta patologia ocorre especificamente na
articulação glenumeral. Acomete especialmente indivíduos entre 40-60 anos, do sexo
feminino.
QUADRO CLÍNICO
▪ A primeira fase, chamada aguda ou hiperálgica, tem início insidioso, mas em pouco
tempo a dor diuturna no ombro cresce em intensidade, podendo ser acompanhada de
fenómenos vasculares como sudorese palmar e axilar. A dor aumenta durante a noite e
com frequência perturba o sono. A mobilidade do ombro é muito dolorosa e os
movimentos de abdução, de rotação interna e externa rapidamente perdem sua
amplitude. Esta fase pode durar entre 2 a 6 meses (Reeves, Ferreira e Filho).
▪ A segunda fase é chamada de enrijecimento ou congelamento. A dor diminui de
intensidade, deixa de ser contínua, mas persiste à noite e à tentativa de mobilização do
ombro que se apresenta rígido e com bloqueio da abdução e das rotações interna e
externa. Esta fase pode durar 12 meses (Reeves).
▪ A terceira fase, ou de descongelamento, é caracterizada pela libertação progressiva dos
movimentos e pode levar vários meses, entre 9 a 24.
▪ Conforme Neviaser sugere que a capsulite adesiva percorre quatro estágios ao invés de
três.
PREVENÇÃO
Consiste principalmente no controle dos fatores de risco:
▪ Imobilização prolongada possui vinculo com a capsulite adesiva, especialmente após
trauma no ombro, bursite, tendinite e lesão do manguito rotador. Exercícios que
trabalhem a ADM ativa e passiva ajudam a prevenir o aparecimento de capsulite adesiva
nestes pacientes.
▪ Controle da diabetes (visto que de 10-20% de pacientes com diabetes desenvolvem
capsulite adesiva) e o acompanhamento dos níveis hormonais da tireoide também são
medidas de prevenção uteis para a capsulite adesiva secundária.
REABILITAÇÃO
▪ O tratamento é não operatório na maioria dos casos e consegue obter ótimos
resultados quando bem realizado. Existem diversas opções de tratamento para cada
fase da capsulite. A Fisioterapia é a chave do tratamento para recuperar o movimento e
a função de seu ombro. Os tratamentos são direcionados no sentido de
conseguir relaxar os músculos e diminuir a inflamação. Os terapeutas usam o calor e
exercícios e alongamentos e outras técnicas como diversas formas específicas pode
aliviar a dor para alongar a cápsula articular e tecidos musculares do ombro.
REABILITAÇÃO
▪ Infiltrados de corticoesteróides;
▪ Analgésicos;
▪ AINEs
▪ Métodos de fisioterapia para ganho e recuperação da ADM.
▪ Estresse controlado para alongamento dos tecidos restritos.
▪ Ultrassom associado ou não.
ALONGAMENTOS
OUTROS MÉTODOS ASSOCIADOS
▪ Kinesio taping

▪ Acupuntura é indicada como uma alternativa seguida de outra. 


TRATAMENTO CIRÚRGICO
▪ A cirurgia raramente é necessária nessa doença e na fase aguda inflamatória deve
ser evitada. A cirurgia pode ser necessária na fase de rigidez, que pode ser mais
grave e não apresentar melhora com alongamentos.
▪ Recomenda-se no mínimo 3 meses de alongamentos antes de partir para a cirurgia.
▪ Esse procedimento é feito por artroscopia, que permite que a cápsula espessada
seja liberada, com uma melhora imediata dos movimentos.
RECUPERAÇÃO
▪ O processo de recuperação é bastante significativo para o paciente, porém pode ser
frustrante pois o processo é lento, Um erro comum é a de realizar alongamentos de
forte intensidade na fase dolorosa, tentativa essa que pode piorar e prolongar essa fase,
dificultando ainda mais a recuperação.
CONCLUSÃO
▪ Na maior parte dos casos, o diagnóstico chega tardiamente. O sintoma
de dor, na fase inicial, pode ser confundido com o de bursite,
tendinite ou síndrome do impacto. Mas é o relato do paciente
juntamente com exame físico , levam o médico a suspeitar da capsulite
adesiva. As intervenções fisioterapêuticas na fase inicial quando houver dor
forte e/ou perda de movimento do ombro , são assim essenciais  para o
alivio da dor ,  edema e aumento da mobilidade articular do ombro, e à
medida que a amplitude de movimento for aumentado podemos iniciar com
fortalecimento muscular.
BIBLIOGRAFIA

▪ DRAKE, Richard L; VOGL, A Wayne; MITCHELL, Adam W. M.. Gray’s :Anatomia para estudantes . 2. ed. Rio De
Janeiro: Elsevier, 2010.

▪ NETTER, Frank H. Netter : Atlas de Anatomia Humana . 5. ed. Rio De Janeiro: Elsevier, 2011.

▪ OSVANDRÉ LECH; SUDBRACK, GUILHERME; NETO, CESAR VALENZUELA. Capsulite adesiva (“ombro


congelado”): Abordagem multidisciplinar. Revista Brasileira de Ortopedia, São Paulo, v. 28, 09/1993. Disponível
em: http://www.rbo.org.br/PDF/28-6/1993_set_17.pdf. Acesso em: 10/04/2016

▪ CICCONE, Carla de Campos; OLIVEIRA, Marcilene Aparecida Dantas de; HILDEBRAND, Adriano
Schiavinato. Revisão bibliográfica da anatomia de ombro e da Capsulite adesiva para futura abordagem na
terapia manual de Maitland. Sistema Anhanguera de Revistas Eletônicas, São Paulo, v. 1, n. 1 . 01/10/2007.
Disponível em: http://sare.anhanguera.com/index.php/anudo/article/view/770. Acesso em: 10/04/2016

▪ BORGO, Gustavo. Tratamento da Capsulite Adesiva. 2016. Disponível em:


http://gustavoborgo.com.br/tratamento-da-capsulite-adesiva/. Acesso em: 14/04/2016
OBRIGADO!

Você também pode gostar