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ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP

LEB 1440 – HIDROLOGIA E DRENAGEM

QUALIDADE E
LEGISLAÇÃO DA ÁGUA

Prof. Dr. Fernando Campos Mendonça


Doutoranda: Elizabeth Lima Carnevskis
Haikai Hidrológico

Qualidade da água...
Qualidade pra quê?
Lavar piso, irrigar, cozinhar
Ou banhar o bebê?
Declaração da ONU
(Organização das Nações Unidas)
Todos devem ter acesso universal e equitativo à
água potável, segura e de preço acessível.
Realidade / Risco (?)
Para presidente da Nestlé,
privatização é resposta para
questões da água.
Qualidade da Água
Qualidade da Água
Conceitos
– Consumo humano
 
– Manejo Ambiental
Padrões
- Entupimento
– Irrigação - Salinidade
- Sodicidade
Qualidade para consumo humano

Objetivos:
Evitar doenças de origem hídrica
Análises físicas e organolépticas
Análise químicas

Evitar doenças de transmissão hídrica


Análise microbiológica
ESALQ – Análises organolépticas e químicas

Departamento de Ciências Florestais (LCF)


 Laboratório de Ecologia Aplicada

Procedimentos:
- Volume de água: 2 L (recipiente de polipropileno)
- Lavar recipiente 3 vezes com a própria água a ser analisada
- Recipiente colocado em ambiente refrigerado (gelo)
- Custo: R$ 260,00
ESALQ – Análises microbiológicas

Departamento de Alimentos e Nutrição (LAN)

Procedimentos:
- Embalagem especial – retira Cloro (Cl) residual da água
- Volume: 100 mL
- Custo: R$ 30,00
Portaria 2914/2011 – Ministério da Saúde
Art. 1° Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
água para consumo humano e padrão de potabilidade.
Art. 2° Água destinada ao consumo humano proveniente de
sistema e solução alternativa de abastecimento de água.
Art. 3° Toda água destinada ao consumo humano, distribuída
coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa
coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto de
controle e vigilância da qualidade da água.
Art. 4° Toda água destinada ao consumo humano proveniente de
solução alternativa individual de abastecimento de água,
independentemente da forma de acesso da população,
está sujeita à vigilância da qualidade da água.
Padrões das análises
Análise completa de água

Local: Instituto Adolpho Lutz

Sujeita a análise prévia em outros laboratórios (análises parciais)


Salinidade: Sólidos dissolvidos totais (SDT)

Humanos: SDTmáx = 1000 mg/L

Bovinos: SDTmáx = 1% ou 10000 mg/L


Metais pesados – Doenças
- Mercúrio: Mal de Minamata (Japão)
- Chumbo: Saturnismo
- Nitrato: Doença do Bebê Azul (Blue Baby Disease)
- Cianotoxinas:
- Pesquisa ESALQ (2013)– Cianotoxinas em reservatórios - Pernambuco

- 23 amostras em reservatórios com abastecimento humano

- 22 amostras com microcistinas e 8 com cilindrospermopsina


Mercúrio
Sintomas específicos da neurotoxicidade
Tremores
Labilidade emocional (Estado emocional associado a transtornos mentais)
Insônia
Perda da memória
Alterações neuromusculares
Dores de cabeça

Problemas devido ao acúmulo no organismo:


Renais
Respiratórios
Cardiovasculares
Gastrointestinais e hepáticos
Sobre a glândula tireoide
Sobre a reprodução humana e desenvolvimento do feto
Genotóxicos (danos à informação genética dentro da célula)
Chumbo
Sintomas da intoxicação por chumbo:
Alterações de personalidade
Dores de cabeça
Perda de sensibilidade
Fraqueza
Sabor metálico na boca
Instabilidade na locomoção
Falta de apetite
Vômitos
Prisão de ventre
Cólicas abdominais
Dores em ossos ou articulações
Hipertensão arterial
Anemia
Nitrato
Exposição a altos níveis:
Nocivos à saúde humana
Crianças e mulheres grávidas

Intoxicações agudas e muitas vezes fatais


Causas comuns: água ou alimentos contaminados com esgotos

Crianças (0-6 meses) + água com nitrito/nitrato em excesso


Síndrome do bebê azul
Cianose devido à formação de metahemoglobina
Se não tratada, pode matar

Exposições contínuas/crônicas:
Aumento de risco para câncer do trato gastrointestinal.
Cianotoxinas
• Problemas neurológicos e hepáticos

• Neurotoxinas
– Ação rápida (minutos a poucas horas)
– Agem na transmissão dos impulsos nervosos
– Podem causar a morte por paralisia respiratória

• Hepatotoxinas
– Ação mais lenta (de horas a poucos dias)
– Podem causar morte
– Danos ao fígado
– Efeitos cancerígenos
Manejo Ambiental
Resolução 357 (CONAMA, 2005)
• Classificação dos corpos de água

• Diretrizes ambientais para seu enquadramento

• Estabelece condições e padrões de lançamento de efluentes

• Outras providências
Resolução 357 (CONAMA, 2005)
Classificação da Água - Salinidade

- Doces: até 0,5 g/L SDT


Águas - Salobras: 0,5 a 3,0 g/L SDT
- Salinas: > 3,0 g/L SDT

• SDT = Sólidos Dissolvidos Totais


Resolução 357 (CONAMA, 2005)
Classificação da Água – Águas Doces
Especial – abastecimento doméstico
Desinfecção simples ou sem desinfecção
Classe 1 – Tratamento simplificado
Recreação, irrigação de hortaliças, aquicultura
Classe 2 – Tratamento convencional
Recreação, irrigação de hortaliças, aquicultura
Classe 3 – Tratamento convencional
Dessedentação animal e irrigação de cereais, arbóreas
e forrageiras
Classe 4 – Imprópria para tratamento
Navegação, harmonia paisagística
Usos menos exigentes
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS - Relatório de Situação – BHs PCJ
“O rio que temos e o rio que queremos”
Relatório de Situação – BHs PCJ
Índice de Qualidade de Água (IQA)
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS - Relatório de Situação – BHs PCJ
Índice de Qualidade das Águas Brutas p/ Abastecimento Público- IAP
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS - Relatório de Situação – BHs PCJ
Coleta e Tratamento de Esgoto
Salinidade
a.1. Salinização primária:
-Intemperização de rochas e acúmulo de sais na zona do LF

a.2. Salinização secundária:


- Elevação do LF (evaporação e fluxo ascendente)
- Irrigação sem lixiviação
- Irrigação com água “muito ruim”
Áreas afetadas pela salinização

- Salinização primária (Mundo): 1 bilhão de ha


Obs.: Brasil – Área = 0,85 bilhão de ha

- Salinização secundária: 50 milhões de ha


Obs.: MG – Área = 59 milhões de ha
Caracterização dos Problemas de Salinidade

- Absorção de água pelas plantas


- Ação conjunta dos potenciais osmótico (yos) e matricial (ym)

- Solo bem úmido: absorção passiva


- Baixos valores absolutos de yos + ym

- Solo com pouca umidade: absorção ativa


- Altos valores absolutos de yos + ym
Deficiência de K induzida por excesso de Na
Análise de água– Salinidade(ESALQ – Depto. de Solos)

Excesso de sais:
Período de maior sensibilidade das culturas: germinação
Parâmetro: condutividade elétrica (CE) – condutivímetro
Unidades de medida de CE:
• mmho/cm
• dS/m
Resistividade e resistência elétrica

R – resistência à passagem de corrente elétrica, ohm


r - resistividade do material, ohm/cm
l – comprimento, cm
A – área da seção, cm2
Condutividade Elétrica (CE)

mho/cm

Unidades fracionárias:
mmho/cm = 10-3 mho/cm mmho/cm = 10-6 mho/cm

Unidade atual: Siemens/metro (S/m)


1 S = 1 mho

Unidade fracionária: dS/m


= 1 mmho/cm

1 dS/m = 1 mmho/cm
Dispersão do solo
RAS° – razão de adsorção de sódio ajustada

Ca° – concentração de Ca ajustada, mmolc/L ou mmolc/dm3


Ca° = f (CE, HCO3/Ca)  Tabela

Na e Mg – concentrações em mmolc/L ou mmolc/dm3


Tabela de concentrações de cálcio (Caº, mmolc/L) presentes na água do solo em função da condutividade
elétrica da água de irrigação (CE a , dS/m) e da relação HCO3/Ca (mmolc/L)
HCO3/Ca Condutividade elétrica da água de irrigação (CE a, dS/m)
da água 0,1 0,2 0,3 0,5 0,7 1,0 1,5 2,0 3,0 4,0 6,0 8,0
0,05 13,20 13,61 13,92 14,40 14,79 15,26 15,91 16,43 17,28 17,97 19,07 19,94
0,10 8,31 8,57 8,77 9,07 9,31 9,62 10,02 10,35 10,89 11,32 12,01 12,56
0,15 6,34 6,54 6,69 6,92 7,11 7,34 7,65 7,90 8,31 8,64 9,17 9,58
0,20 5,24 5,40 5,52 5,71 5,87 6,06 6,31 6,52 6,86 7,13 7,57 7,91
0,25 4,51 4,65 4,76 4,92 5,06 5,22 5,44 5,62 5,91 6,15 6,52 6,82
0,30 4,00 4,12 4,21 4,36 4,48 4,62 4,82 4,98 5,24 5,44 5,77 6,04
0,35 3,61 3,72 3,80 3,94 4,04 4,17 4,35 4,49 4,72 4,91 5,21 5,45
0,40 3,30 3,40 3,48 3,60 3,70 3,82 3,98 4,11 4,32 4,49 4,77 4,98
0,45 3,05 3,14 3,22 3,33 3,42 3,53 3,68 3,80 4,00 4,15 4,41 4,61
0,50 2,84 2,93 3,00 3,10 3,19 3,29 3,43 3,54 3,72 3,87 4,11 4,30
0,75 2,17 2,24 2,29 2,37 2,43 2,51 2,62 2,70 2,84 2,95 3,14 3,28
1,00 1,79 1,85 1,89 1,96 2,01 2,09 2,16 2,23 2,35 2,44 2,59 2,71
1,25 1,54 1,59 1,63 1,68 1,73 1,78 1,86 1,92 2,02 2,10 2,23 2,33
1,50 1,37 1,41 1,44 1,49 1,53 1,58 1,65 1,70 1,79 1,86 1,97 2,07
1,75 1,23 1,27 1,30 1,35 1,38 1,43 1,49 1,54 1,62 1,68 1,78 1,86
2,00 1,13 1,16 1,19 1,23 1,26 1,31 1,36 1,40 1,48 1,54 1,63 1,70
2,25 1,04 1,06 1,10 1,14 1,17 1,21 1,26 1,30 1,37 1,42 1,51 1,58
2,50 0,97 1,00 1,02 1,06 1,09 1,12 1,17 1,21 1,27 1,32 1,40 1,47
3,00 0,85 0,89 0,91 0,94 0,96 1,00 1,04 1,07 1,13 1,17 1,24 1,30
3,50 0,78 0,80 0,82 0,85 0,87 0,90 0,94 0,97 1,02 1,06 1,12 1,17
4,00 0,71 0,73 0,75 0,78 0,80 0,82 0,86 0,88 0,93 0,97 1,03 1,07
4,50 0,66 0,68 0,69 0,72 0,74 0,76 0,79 0,82 0,86 0,90 0,95 0,99
5,00 0,61 0,63 0,65 0,67 0,69 0,71 0,74 0,76 0,80 0,83 0,88 0,93
7,00 0,49 0,50 0,52 0,53 0,55 0,57 0,59 0,61 0,64 0,67 0,71 0,74
10,00 0,39 0,40 0,41 0,42 0,43 0,45 0,47 0,48 0,51 0,53 0,56 0,58
20,00 0,24 0,25 0,26 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30 0,32 0,33 0,35 0,37
30,00 0,18 0,19 0,20 0,20 0,21 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,27 0,28
Fonte: Suarez (1981), apresentada pro Ayers & Westcot (1999)
Caº e HCO 3 /Ca são expressos em mmol/L, e CEa em dS/m
Tabela de concentrações de cálcio (Caº, mmolc/L) presentes na água do solo em função da condutividade
elétrica da água de irrigação (CE a , dS/m) e da relação HCO3/Ca (mmolc/L)
HCO3/Ca Condutividade elétrica da água de irrigação (CE a, dS/m)
da água 0,1 0,2 0,3 0,5 0,7 1,0 1,5 2,0 3,0 4,0 6,0 8,0
0,05 13,20 13,61 13,92 14,40 14,79 15,26 15,91 16,43 17,28 17,97 19,07 19,94
0,10 8,31 8,57 8,77 9,07 9,31 9,62 10,02 10,35 10,89 11,32 12,01 12,56
0,15 6,34 6,54 6,69 6,92 7,11 7,34 7,65 7,90 8,31 8,64 9,17 9,58
0,20 5,24 5,40 5,52 5,71 5,87 6,06 6,31 6,52 6,86 7,13 7,57 7,91
0,25 4,51 4,65 4,76 4,92 5,06 5,22 5,44 5,62 5,91 6,15 6,52 6,82
0,30 4,00 4,12 4,21 4,36 4,48 4,62 4,82 4,98 5,24 5,44 5,77 6,04
0,35 3,61 3,72 3,80 3,94 4,04 4,17 4,35 4,49 4,72 4,91 5,21 5,45
0,40 3,30 3,40 3,48 3,60 3,70 3,82 3,98 4,11 4,32 4,49 4,77 4,98
0,45 3,05 3,14 3,22 3,33 3,42 3,53 3,68 3,80 4,00 4,15 4,41 4,61
0,50 2,84 2,93 3,00 3,10 3,19 3,29 3,43 3,54 3,72 3,87 4,11 4,30
0,75 2,17 2,24 2,29 2,37 2,43 2,51 2,62 2,70 2,84 2,95 3,14 3,28
1,00 1,79 1,85 1,89 1,96 2,01 2,09 2,16 2,23 2,35 2,44 2,59 2,71
1,25 1,54 1,59 1,63 1,68 1,73 1,78 1,86 1,92 2,02 2,10 2,23 2,33
1,50 1,37 1,41 1,44 1,49 1,53 1,58 1,65 1,70 1,79 1,86 1,97 2,07
1,75 1,23 1,27 1,30 1,35 1,38 1,43 1,49 1,54 1,62 1,68 1,78 1,86
2,00 1,13 1,16 1,19 1,23 1,26 1,31 1,36 1,40 1,48 1,54 1,63 1,70
Toxidez específica
Concentração de Na, Cl e B
(mmolc/L, mmolc/dm3 ou ppm)
 
Classificação UCCC (1974):
Parâmetros: CE, RASo e concentração de Ca + Mg
Grau da restrição ao uso
Problema potencial Unidades
Nenhuma Moderada Severa
Salinidade        
CE da água de irrigação(CEi) dS m-1 < 0,7 0,7 a 3,0 > 3,0
Total de sólidos solúveis (TST) mg l-1 <450 450 a 2000 >2000
Toxicidade        
Sódio (Na)        
Irrigação por superfície RAS <3 3a9 >9
Irrigação por aspersão m.e. l-1 <3 >3  
Cloro (Cl) .      
Irrigação por superfície m.e. l-1 <4 4 a 10 > 10
Irrigação por aspersão m.e. l-1 <3 >3  
Boro (B) mg l-1 < 0,7 0,7 a 3 >3
Miscelânea        
NO3 - mg l-1 <5 5 a 30 > 30
HCO3- (Irrigação por aspersão) m.e. l-1 < 1,5 1,5 a 8,5 > 8,5
pH normal entre 6,5 a 8,4
Fonte: Boletim 29 (FAO, 1989)
Toxicidade por Íons
Limites dos elementos
Restrição Cloreto Sódio Boro Cloreto Sódio Boro Classe
(mmol/L) ppm
Ausência <4,0 <3,0 <0,06 <141 <70 <0,7 T1
Moderada 4,0 -10,0 3,0 - 9,0 0,06 – 0,27 141- 354 70 -207 0,7-3,0 T2
Severa >10,0 >9,0 >0,27 >354 >207 >3,0 T3

Fonte: Adaptado de Ayres e Westcot ( 1991)


Observação

Água do mar → 40 – 50 dS/m


Mar Morto → 200 dS/m

Água de chuva → 0,5 dS/m


Mistura de águas
% água boa =

Exemplo:
CEruim = 4,20 dS/m
CEmistura = 2,20 dS/m (Alfafa, 90% da produção potencial)
CEboa = 0,15 dS/m

% água boa (qualidade) = = 49,4%

Mistura: 49,4 % boa : 50,6% ruim


Legislação sobre o Uso da Água
Consumo humano: 300 L/hab.dia x 365 dias/ano = 109,5 m3/hab.ano
+ Demais atividades: 200 m3/hab.ano
x5 .
Recomendação OMS: 1000 m3/hab.ano
 
Rios no Mundo:
QTotal = 41 bi de km3/ano / 7 bi de habitantes = 5.800 m3/hab.ano
41 bi km3/ano / 9 bi de habitantes = 4.556 m3/hab.ano

Falsa abundância → Distribuição irregular


Leis mais importantes
Código das Águas (1934)

- Base: antigos códigos de França e Alemanha

Lei das Águas (1997)


- Bases:
Constituição Federal (1988)
Lei das Águas de SP (1991)
Leis atuais
Federais: 9433/1997

Fundamentos:
I - Água = bem de domínio público;
II - Água = recurso natural limitado e com valor econômico;
III – Escassez → uso prioritário = consumo humano + dessedentação
de animais;
IV - Gestão dos recursos hídricos → uso múltiplo das águas;
V - BH = unid. territorial p/ implementação da Política Nac. de Rec.
Hídr. e atuação do SNGRH;
VI - Gestão dos recursos hídricos → descentralizada e participativa
(Poder Público, usuários e comunidades)
Objetivos:
I – Coordenar a ação integrada das Águas;
II – Arbitrar administrativamente os conflitos
relacionados com recursos hídricos;
III – Implementar a Política Nacional de Recursos
Hídricos;
IV – Planejar, regular e controlar o uso, preservação e
recuperação dos recursos hídricos;
V – Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Instrumentos da Política Nacional de
Recursos Hídricos:

I - Planos de Recursos Hídricos;


II - Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo
usos preponderantes;
III - Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - Cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - Compensação a Municípios;
VI - Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH)
Outorga de uso de água
Vazões de referência adotadas por alguns estados brasileiros
Órgão gestor Qmáx outorgável Observações

70% Q95 Pode variar em função das peculiaridades


ANA de cada região. Até 20% para cada usuário.

INEMA – BA 90% Q90 Até 20% para cada usuário.

SECIMA – GO 70% Q95 ---

P/ captação a fio d'água. Em reservatórios


podem ser liberadas vazões maiores,
IGAM - MG 30% Q7,10 mantendo a vazão residual de 70% Q7,10 no
curso d'água durante todo o tempo.

90% Q90 reg Em lagos territoriais, o limite outorgável é


AESA - PB reduzido em 1/3.
Outorga de uso de água
Vazões de referência adotadas por alguns estados brasileiros
Órgão gestor Qmáx outorgável Observações
IPÁGUAS - PR 50% Q95 ---

Depende do risco que o


APAC - PE ---
requerente pode assumir.
80% Q95 (rios)
SEMAR - PI ---
80% Q90 reg (açudes)

90% Q90 reg Em lagos territoriais, o limite


IGARN - RN
outorgável é reduzido em 1/3.

Por bacia. Até 20% Q7,10 para


DAEE - SP 50% Q7,10
cada usuário.

SEMARH - SE 90% Q90 Até 30% Q90 para cada usuário.


Referências
• ONU: https://nacoesunidas.org/acao/agua/
• Água para todos:
http://governoma.blogspot.com/2011/11/agua-para-todos-beneficiara-15.html
• Nestle e a água:https://exame.com/brasil/a-polemica-agua-infinita-da-nestle/
• Charge: http://dongadesenhos.blogspot.com/
• Mercúrio: SILVA, Rafaela Rodrigues da et al. Convenção de Minamata: análise dos
impactos socioambientais de uma solução em longo prazo. Saúde em Debate, v.
41, p. 50-62, 2017.
• Chumbo:https
://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/envenename
nto/intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-chumbo
• Nitrato:
http://www.sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/7394/palestra-04-eliana-su
zuki.pdf
• Cianotoxinas: Neiva, Marcela Cristina Bueno. "Cianotoxinas e suas implicações na
saúde humana." (2013).
• Cianotoxinas Noticias:
http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2013/11/estudo-da-usp-rastreia
-contaminacao-de-alface-e-rucula-por-toxinas-da-agua.html
• BITTENCOURT-OLIVEIRA, MARIA DO CARMO et al . Cyanobacteria, microcystins
and cylindrospermopsin in public drinking supply reservoirs of Brazil. An. Acad.

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