Você está na página 1de 14

UC Gestão Estratégica

de Finanças
GAO – GRAU DE ALAVANCAGEM
OPERACIONAL

GAF – GRAU DE ALAVANCAGEM


FINANCEIRA.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE
 ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO:
 Margem de Contribuição e de Segurança.
 ALAVANCAGEM OPERACIONAL – GAO:
 Conceito, Fórmula e Aplicação prática.
 ALAVANCAGEM FINANCEIRA – GAF:
 Conceito; Fórmulas; Aplicação prática e Índices: ROI – Retorno sobre o
Investimento; ROA ou RsA – Retorno sobre o Ativo; ROE ou RsPL – Retorno sobre
o Patrimônio líquido; CD – Custo da Dívida.
 COMO PREVER FALÊNCIAS:
 Modelo de KANITZ; Fórmula; Aplicação prática do Fator de Insolvência (no
termômetro).
ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO

CONCEITO: Estudo da relação entre o custo, o volume produzido e o lucro


obtido.
FINALIDADE DA ANÁLISE: medir a capacidade da empresa em gerar lucros,
baseado na quantidade (volume) dos produtos fabricados, no preço de venda
e no custo total.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: É o valor que cobrirá a margem que sobra da
receita de venda após deduzir o custo variável, contribuirá para cobrir o
custo fixo até o Ponto de Equilíbrio: excesso será o lucro operacional.
Fórmula: MC.T = RV.T – CDV.T ou MC. u = PV. u – CDV. u
MARGEM DE SEGURANÇA: é o excesso de vendas reais ou orçadas sobre o
volume de vendas no P. Equilíbrio. Fórmula: MS = Vendas reais – Vendas no P.
Equilíbrio
ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Permite prever a variação do lucro a partir de um determinado nível de vendas.


Interpretação: revela quantas vezes* o lucro cresce mais do que as vendas.
 FÓRMULA  GAO = MC.t / LO ou
GAO=(% VARIAÇÃO DO LUCRO)/(% VARIAÇÃO DAS VENDAS)
onde:
GAO = Grau de Alavancagem Operacional,
LO = Lucro Operacional, e
MC. T = Margem de Contribuição Total.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Aplicação Prática: Uma determinada empresa, vendeu em abril, 10.000 lanches a R$ 9,00 cada, com
custo variável unitário de R$ 5,00 e custo fixo mensal de R$ 21.000. Qual o GAO ?

DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO


RECEITA C/ VENDAS TOTAL (10.000 X 9,00) = R$ 90.000,00
(-) CV TOTAL (10.000 X 5,00) = R$ (50.000,00)
= MARGEM DE CONTRINUIÇÃO TOTAL = 40.000,00
(-) CUSTOS FIXOS = (R$ 21.000,00)
= LUCRO OPERACIONAL = 19.000,00

GAO = MC.t / LO
GAO = 40.000 / 19.000,
GAO = 2,11 VEZES* QUE A EMPRESA PRECISA ALAVANCAR SUAS VENDAS PARA CUBRIR SEUS CUSTOS
ALAVANCAGEM FINANCEIRA

CONCEITO (ASSAF): Capacidade que os recursos de terceiros apresentam de elevar os resultados


líquidos dos proprietários.
Fórmula  GAF = LO / (LO – DF)
onde 
GAF = Grau de Alavancagem Financeira,
LO = Lucro Operacional,
DF = Despesas Financeiras
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Aplicação prática: Uma determinada empresa obteve os seguintes resultados:
Lucro Operacional R$ 45;
Ativo Total: R$ 300;
Passivo: Capital R$ 200
Empréstimo R$ 100 (gerou 12% DESP. financeiro = R$ 12).
GAF = LO / (LO – DF)
Cálculo: GAF  45 / (45-12)
GAF = 45 / 33
GAF = 1,36
*Situações: Se GAF > 1 = favorável (o empréstimo é bom para a Cia.X); Se GAF < 1 = desfavorável
(o custo do empréstimo afeta o lucro).
Análise: O GAF apurado de 1,36 significa que se a Cia. X tiver 10% de aumento no lucro
operacional, irá alavancar um acréscimo de 13,6% no lucro líquido (1,36 x 10).
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO *ROI
Mostra quanto (%) a empresa obteve de retorno sobre os investimentos no
período.
O ROI apura-se pela fórmula
[Lucro Operacional / (Investimento – Lucro Líquido)] x100

Exemplo Investimento: Equivalente ao Ativo Total (–) o Passivo de


Funcionamento (Não Oneroso de Custos Financeiros)

Cia. EAB Balanço = AC R$ 8.026 + RLP R$ 76 + AP R$ 8.792 = AT e PT= R$


16.984 Passivo Oneroso R$ 3.310 (sendo R$ 1.432 de financiamento de
curto prazo + R$ 1.878 de longo prazo) + Passivo Não Oneroso R$ 2.976
(fornecedores, salários) + Patr. Líq. R$ 10.608

DRE = Venda bruta R$ 14.213 – CPV R$ 8.311= LB R$ 5.902 – Desp. Op. R$


3.829= Lucro Op. R$ 2.073 – Desp. Financ. R$ 248= Lucro Líq.R$ 1.825
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO *ROI
ATIVO VALOR PASSIVO VALOR DRE VALOR
ATIVO CIRCULANTE 8.026 PASSIVO CIRCULANTE 4.408 VENDA BRUTA 14.213
ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.868 • FORNECEDORES E SALÁRIOS 2.976 CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (8.311)
• REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 76 • FINANCIAMENTO (até 12 m) 1.432 LUCRO BRUTO 5.902
• ATIVO PERMENENTE 8.792 PASSIVO NÃO CIRCULANATE 1.878 DESPESA OPERACIONAL (3.829)
ATIVO TOTAL 16.984 FINANCIAMENTO(a partir 13m) 1.878 LUCRO OPERACIONAL 2.073
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10.608 DESPESA FINANCEIRA (248)
TOTAL PASSIVO 16.984 LUCRO LÍQUIDO 1.825

O ROI apura-se pela fórmula


[Lucro Operacional / (Investimento – Lucro Líquido)] x100
OBS: Investimento: equivalente ao Ativo Total (–) o Passivo de Funcionamento (Não Oneroso de Custos
Financeiros)

ROI = 2.073 / [(16.984 – 2.976) – 1.825] x 100 = ?


ROI = 2.073 / (14.008, - 1.825,) X 100
ROI= 2.073 / 12.183 X 100
RETORNO s/ o ATIVO – RsA *ROA

Representa a taxa de rentabilidade auferida pelo ativo da empresa.


Fórmula (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100
(1.825 / 16.984) x 100 = 10,7454%
Interpretação: A Cia. EAB obteve um retorno de 10,7454% auferido por meio da
utilização do seu Ativo.
RETORNO s/ PATRIMÔNIO LÍQUIDO *ROE

Representa a taxa de rentabilidade auferida pelo capital próprio (PL) da empresa.


Apura-se pela fórmula 
ROE = [ LUCRO LÍQUIDO / (PATRIMONIO LÍQUIDO – LUCRO LÍQUIDO) ] x 100
No exemplo da Cia. EAB, teremos ROE = [1.825 / (10.608 – 1.825)] x100 = 20,78%
ROE = 1.825 / 8.783 X 100
ROE = 20,78%
Análise: O ROE > ROI indica que a Cia. EAB captou recursos
emprestados no mercado a um custo inferior (juros) ao retorno auferido pela
aplicação desse capital.
CUSTO DA DÍVIDA (CD)
Revela se a empresa está utilizando capitais de terceiros para financiar suas
operações.
Fórmula  CD= (despesas financeiras / passivo oneroso)x 100
Na Cia. EAB, teremos CD = (248 / 3310)x 100 = 7,49%
Interpretação: Os recursos levantados pela empresa junto a terceiros
(financiamento bancário) com um custo líquido de 7,49%, foram aplicados
em ativos que renderam 20,78% de retorno. Esse custo financeiro foi
favorável, por ser inferior à taxa de retorno. Seria desfavorável, se a taxa de
juros do financiamento captado com terceiros fosse superior ao retorno que
esses recursos podem gerar nos ativos da Cia. EAB.
COMO PREVER FALÊNCIAS *Kanitz
Tratamento estatístico baseado na análise determinante que indicará se a
empresa está solvente ou insolvente (risco de falir).
Apurado o Fator de Insolvência, verifica- se onde o mesmo caiu no
termômetro, nestas áreas:
• Solvência: intervalo do FI vai de zero a 7+;
• Penumbra: intervalo do FI vai de zero a –3;
• Insolvência: intervalo do FI vai de –3 a –7.
Fórmula (*)  FI = (0,05 . X1) + (1,65 . X2) + (3,55 . X3) – (1,06 . X4) – (0,33 .
X5) onde:
X1 = Rentabilidade do Patrimônio Líquido; X2 = Liquidez Geral; X3 = Liquidez
Seca; X4 = Liquidez Corrente e X5 = Participação de Capital de Terceiros
Exº RECORT: 2009 (FI: 2,9); 2010 (FI: 3,2)  Solvente

Você também pode gostar