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Resfriador
Direitos reservados Votorantim Cimentos
2013
Edição: 1
Apresentação
Olá aluno!
Utilize os espaços destinado para anotações e inclua insights, dicas e ideias que
forem discutidas durante o encontro.
Participe, interaja, aproveite ao máximo este material que foi preparado para você.
Bom treinamento!
Sumário
Pilares Estratégicos 8
Regras pela Vida 9
Política Ambiental 10
Regras Verdes 11
1. Resfriadores de Clínquer 12
1.1. Resfriadores 13
1.2. Influência do Resfriamento na Qualidade do Clínquer 14
2. Tipos de Resfriadores de Clínquer 19
2.1. Tipos de Resfriadores 20
2.2. Resfriadores Rotativos 21
2.3. Resfriadores Planetários 22
2.4. Resfriadores tipo Poço (Shaft Cooler) 32
2.5. Grelhas de Movimento Contínuo 33
2.6. Grelhas de Movimento Oscilante – 1ª Geração 34
2.7. Grelhas de Movimento Oscilante – 2ª Geração 41
2.8. Grelhas de Movimento Oscilante – 3ª Geração - IKN 46
2.9. Grelhas de Movimento Oscilante – 3ª Geração – Cross
51
Bar
2.10. Grelhas de Movimento Oscilante – 3ª Geração – Multi
59
Movable Crossbar
2.11. Grelhas de Movimento Oscilante – 3ª Geração –
62
Polytrack
Sumário
Resfriador 08
Responsabilidade Socioambiental
Resfriador 09
Política Ambiental
Impactos Ambientais
Inovação
Resfriador 10
Regras Verdes
1. Preservar a vegetação.
Resfriador 11
1 Resfriadores de
.
Clínquer
Resfriador 12
1.1 Resfriadores
Introdução
Como a temperatura do clínquer que deixa o forno normalmente fica entre 1200°C e
1250°C, as características mineralógicas do clínquer são fortemente influenciadas
pelo seu pré-resfriamento, antes que o mesmo penetre no resfriador, bem como
pela troca térmica de alta intensidade na zona de entrada do resfriador.
Por outro lado, é igualmente importante que a troca de calor entre o clínquer e o ar
seja eficiente para assegurar, uma recuperação máxima de calor para o ar
secundário e o ar terciário relacionada com os requerimentos do processo. Além
disso, um resfriamento adequado evita todas as dificuldades físicas inerentes ao
transportar e estocar grandes massas de clínquer extremamente quente ou
parcialmente fundido.
Resfriador 13
Deste modo, um resfriador moderno de clínquer deve realizar todas estas tarefas
eficiente e simultaneamente:
Resfriador 14
É importante entender que cristais grandes são muito mais difíceis de cominuir do
que um aglomerado de pequenos cristais. Nestes últimos, estão presentes
numerosas interfaces com zonas potenciais de fraqueza nas quais podem ocorrer
efeitos adicionais de tensão. Assim, quanto maiores forem os cristais da alita e da
belita, pior a moabilidade ou seja mais difícil será moer o clínquer.
Assim, um resfriamento rápido previne o crescimento dos cristais que, por sua vez,
influencia diretamente o processo de hidratação e a consequente resistência final
do cimento. Um resfriamento lento e inadequado produz um clínquer com cristais
grandes de alita e belita, dispersos em matriz de granulação grosseira. O clínquer
terá uma moabilidade ruim e baixa reatividade.
Resfriador 15
Cristais de alita que tenham passado por uma queima adequada e um resfriamento
rápido são mantidos em tamanhos pequenos também resultam em maiores
resistências no cimento. Embora dois cimentos analisados apresentassem
composições químicas idênticas, um tinha cristais pequenos de alita (15 mícron)
enquanto o outro cimento com cristais de alita de 40m mícron de diâmetro somente
obteve uma resistência de 293 kg/cm2.
Para comprovar este fato, foi feita uma experiência medindo a expansão de dois
corpos de prova de argamassas, feitos a partir de clínqueres contendo
respectivamente 11% de C3A, estocados em uma solução de sulfato de magnésio.
Resfriador 16
Um problema adicional de qualidade pode surgir se o clínquer tiver um alto
conteúdo de MgO porque um resfriamento lento permite o crescimento de cristais
muito grandes de periclásio que emerge da fase líquida; mesmo hidratado
lentamente no concreto este mineral irá expandir e causar sua ruptura.
Resfriador 17
Anotações
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Resfriador 18
2 Tipos de
.
Resfriadores de
Clínquer
Resfriador 19
2.1 Tipos de Resfriadores
Estes critérios são de interesse imediato para o produtor de cimento que deseja
adquirir um novo resfriador de clínquer. Por outro lado, o fabricante do equipamento
observa tais critérios e procura otimizar seu projeto, dependendo do peso de cada
um destes critérios individuais. Ao longo dos anos, tais critérios têm sido
intensamente usados para selecionar os novos resfriadores a serem instalados.
Resfriador 20
2.2 Resfriadores Rotativos
O resfriador rotativo foi o tipo mais antigo de resfriador de clínquer, construído para
trabalhar em conjunto com o forno. Consiste de um cilindro rotativo, seguindo o
movimento do forno. Fornos de 60 a 90m de comprimento foram fornecidos com
resfriadores de 2 a 5m de diâmetro e 20 a 50m de comprimento e 4 a 7 de
inclinação.
Resfriador 21
A pressão negativa do forno induz uma sucção de ar frio que penetra no resfriador
através de sua extremidade aberta e passa pelo seu interior em contra-fluxo ao
movimento de transporte do clínquer. A temperatura do ar de resfriamento que
penetra no forno fica entre 400 a 750C enquanto o clínquer é descarregado no
resfriador tem 1.300 a 1.350C, deixando-o com 250 a 300C.
A eficiência destes resfriadores fica entre 55 e 75% em forno via seca e em torno de
78% em fornos de via úmida. A capacidade específica é de 2,5 a 3,5t/m3.d. A razão
comprimento/diâmetro de resfriadores rotativos é de 10:1 à 12,1:1. As perdas por
radiação ficam entre 50 e 80kcal/kg.cl. Após a introdução dos resfriadores de
grelhas na indústria do cimento os resfriadores rotativos foram praticamente
esquecidos.
Resfriador 22
Atualmente os projetos alcançaram um alto padrão bem como considerável nível de
perfeição. Unidades de até 5.000 t.p.d são disponíveis no mercado. Entretanto, com
o advento dos fornos com pré-calcinadores, que requerem um duto separado de ar
terciário,a aplicação deste resfriadores caiu significativamente.
Resfriador 23
Processo
Após este primeiro resfriamento no interior do forno, o clínquer cai através dos
chutes de descarga ou cotovelos alcançando o quadro de saída do forno. O
clínquer quente é resfriado por uma contra corrente de ar frio. O tempo de retenção
do clínquer no interior de um resfriador de satélites é de aproximadamente 45
minutos.
Resfriador 24
Considerável quantidade de calor é transferida ao meio ambiente por radiação pois
grande parte do casco dos tubos não é isolada termicamente. Os parâmetros de
projeto mais importantes são o volume específico máximo [vol.esp. = P / n * L* D1,5],
3,65 ton./m2,5.24h, e a carga máxima na seção transversal [ (4 *P) / (n * π * D2)], 70
ton/m². Estes resfriadores atingem eficiências de 60-65% e a razão
comprimento/diâmetro é de 6:1.
São usadas ligas especiais de aço que resistem a altas temperaturas até um
máximo de 1.150°C. Estas ligas são usualmente caracterizadas por uma alto
conteúdo de cromo de aproximadamente 30%. Também podem ser empregados
outros elementos como Ni e Mn em várias proporções.
Resfriador 25
Dispositivos como dentes britadores são normalmente empregados na zona mais
quente. Estes também são capazes de quebrar os pedaços maiores de clínquer
bem como criar um efeito de tombamento da carga que melhora a troca térmica.
Também tem um projeto robusto e são montados em suportes separados.
Resfriador 26
Após o término da zona revestida com os levantadores, o casco do tubo planetário
deve ser protegido contra o desgaste. Isto é normalmente efetuado com placas de
desgaste que também permitem obter certo efeito de isolamento térmico ao se
assentarem sobre material isolante.
a. um sistema externo, onde o casco dos tubos é resfriado por um sistema de
spray de água sobre os mesmos; o consumo de água é de cerca de 100 g/kg; a
taxa de recirculação é de aproximadamente 10 vezes e a temperatura do clínquer
pode ser reduzida em até 110°C.
Resfriador 27
b. um sistema interno de spray de água que consiste de um anel que envolve o
conjunto dos satélites com tubos injetores individuais; a quantidade de água é de 30
a 50 g./kg, ou seja, cerca de 1% da produção para cada 15C de resfriamento; a
temperatura do clínquer é reduzida de 50 a 100°C.
Resfriador 28
Assim, as partículas ainda mais finas penetram no fluxo do ar e criam uma
circulação interna de pó, através da qual é induzida uma quantidade indesejável de
calor transportado que deteriora o padrão de troca térmica em contra corrente do
tubo planetário.
Características de Projeto
Resfriador 29
Os tubos planetários têm um suporte fixo perto de sua entrada e um suporte solto
em sua extremidade final; no caso de resfriadores grandes os tubos podem consistir
de duas seções separadas e são necessários três suportes; neste caso, dois
suportes fixos são colocados perto da entrada e perto da saída em quando um
suporte solto é instalado no ponto intermediário de conexão entre as duas partes.
Resfriador 30
- tensões estáticas e mecânicas sobre o casco do forno resultando em trincas entre
o forno e as aberturas de descarga.
- conexões imperfeitas do forno ao resfriador causando sempre derrame de
clínquer.
- curta durabilidade do revestimento refratário.
- desgaste acentuado nos tubos bem como elementos levantadores devido aos
esforços térmicos excessivos.
- conexão problemática entre tubos de resfriamento longos e o casco do forno em
conjunção às expansões térmicas obrigando a arranjos construtivos especiais.
Resfriador 31
2.4 Resfriadores tipo Poço (Shaft Cooler)
Este resfriador foi desenvolvido por E. Bade, e construído com capacidades de até
3.000 t.p.d pela empresa Walther-Beratherm Company em Köln-Dellbrück,
Alemanha. Como um leito fluidizado cria as melhores condições de troca térmica
possíveis, Bade explorou o conceito para combinar o processo de resfriamento em
contracorrente no resfriador de poço comum leito fluidizado.
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2.5 Grelhas de Movimento Contínuo
Resfriador 33
Como o clínquer permanece estacionário sobre a grelha, pois não é empurrado ou
rolado, a criação de pó sobre a grelha é mínima e o ar de excesso é praticamente
isento de pó. Durante todo o processo de resfriamento o clínquer repousa sobre as
placas de movimento contínuo da grelha. Após descarregar o clínquer em sua
extremidade as placas da grelha são resfriadas em seu caminho de retorno e deste
modo são expostas ao clínquer quente A carga específica é de 35,8t/m².24h em um
leito de clínquer de cerca de 200mm.
A grelha consiste de uma estrutura sobre a qual são montadas vigas paralelas em
fileiras dotadas de placas de aço fundido com perfurações para passagem do ar de
resfriamento. As fileiras se alternam entre fileiras fixas e fileiras móveis, de modo tal
que as fileiras fixas se movem para frente e para trás de modo a transportar o
clínquer através do resfriador.
Resfriador 34
Resfriadores de grelha simples são construídos para capacidades de produção de
até 1.000 ton./dia. Para unidades maiores, duas ou mais grelhas são instaladas em
série, cada qual com seu acionamento próprio. As grelhas podem ser inclinadas ou
horizontais, sendo que o britador de clínquer é normalmente instalado após a
descarga na saída do resfriador ou excepcionalmente em uma posição
intermediária, entre duas grelhas. Desta forma o resfriador pode atingir níveis de
10.000 ton./dia de produção.
Entretanto também surgiam problemas com este resfriador quando o clínquer era
muito fino e começa a fluidizar.
Em resposta aos problemas do resfriador com grelha inclinada a 10° foi introduzido
o resfriador horizontal que apareceu pela primeira vez na metade dos anos 50. Este
novo projeto foi desenvolvido simplesmente baixando-se a grelha de seus 10° de
inclinação até se tornar horizontal. Desta forma, reduziu-se a eficiência de
transporte e alguns destes resfriadores foram severamente danificados por
sobreaquecimento devido ao acúmulo e fluidização de clínquer fino quente na
extremidade de saída.
Resfriador 35
Esta ineficácia do resfriador horizontal levou ao consequente desenvolvimento do
resfriador denominado “combinado”. Este projeto tem uma ou duas grelhas
inclinadas, normalmente com cerca de 3°, seguidas por grelhas horizontais quando
requeridas para capacidades maiores. Obteve-se então um compromisso das
vantagens dos resfriadores de grelhas inclinadas e horizontais.
Um resfriador típico fabricado entre 1970 e 1990 operava de modo tal que do forno
o clínquer caia sobre uma grelha estática de arrefecimento brusco (“quenching”).
Esta grelha podia ser horizontal ou inclinada.
A largura desta grelha era reduzida na entrada (“horse shoe”) de modo a distribuir o
clínquer mais uniformemente. Junto com alto fluxo de ar e a espessa camada de
clínquer isto também auxiliava a prover um leito uniforme de material que por sua
vez resultava em um fluxo uniforme de ar sobre toda a largura da grelha.
Resfriador 36
Todas placas de grelhas, móveis ou fixas, tinham projetos iguais e embora suas
resistências térmicas sejam diferentes em cada grelha, as perfurações das placas
asseguram sempre uma distribuição correta do ar. Normalmente as placas de
grelha possuem furos circulares para permitir a passagem do ar de resfriamento.
As placas fixas são montadas sobre vigas transversais fixadas por parafusos em
vigas longitudinais e estas na estrutura da treliça do resfriador.As placas móveis são
montadas sobre vigas transversais suportadas em uma estrutura que se move
sobre rolos de suporte em conexão com rolos de guia.
Resfriador 37
A parte inferior da carcaça é dividida em câmaras de ar, através de paredes
divisórias. O ar de resfriamento é suprido por ventiladores individuais à cada
câmara com distribuição otimizada para suportar eventuais distúrbios operacionais
do forno. A selagem eficiente entre as câmaras permite a operação com pressões
altas e diferentes.
Os ventiladores são dimensionados para pressões máximas entre 7,3 kPa a 2.9
kPa. Para uma operação isenta de problemas é vantajoso usar mais ar por unidade
de área da grelha na entrada quente do resfriador, cerca de 200 kg/min./m2, e
menos na parte da saída, cerca de 40 kg/min./m2.
Resfriador 38
O fechamento da parte inferior é feito através de tremonhas piramidais, que se
destinam tanto a recolher o material fino passante pela grelha bem como efetuar
uma selagem eficiente através do próprio acúmulo do material. Uma boa selagem é
essencial para uma operação com um leito espesso de material que requer
pressões altas para o ar de resfriamento (cerca de 60 a 80 mbar no primeiro
compartimento).
O material fino coletado na tremonha, após atingir certo nível que é detectado por
um sensor apropriado, é descarregado através de válvulas pendulares duplas e
encaminhado a uma cadeia arrastadora situada sob o resfriador. As tremonhas são
cobertas por uma grade de piso que permite a inspeção ou manutenção da câmara.
Um forno via seca tem ar secundário de combustão suprido pelo ar injetado pelos
ventiladores das câmaras das grelhas e aquecido através da troca térmica com
clínquer. Também é possível dirigir parte deste ar diretamente para o forno ou
parcialmente para o pré-calcinador, por meio de um cabeçote de projeto especial
com uma câmara de assentamento de pó.
Resfriador 39
Um dispositivo de selagem entre o casco do forno e o cabeçote segue o movimento
do forno e previne a entrada de ar falso e o escape de pó. O quadro de saída do
forno é resfriado por um duto de ar em torno do casco do forno e um ventilador
próprio de resfriamento é instalado para atuar também como auxiliar para a primeira
câmara de resfriamento caso haja uma emergência em falta de energia.
Resfriador 40
2.7 Grelhas de Movimento Oscilante – 2ª Geração
Resfriador 41
Este resfriador de grelhas foi dotado de fileiras móveis de placas instaladas já na
entrada do resfriador prevenindo tendências ao crescimento de pilhas de materiais
e formação de homem de neve, melhorando também a recuperação de calor. Esta
grelha compõe a zona de recuperação de calor. O ar de resfriamento desta grelha é
suprido diretamente à placas especialmente projetadas através de um sistema de
vigas ocas ao invés de uma câmara inferior como nos resfriadores tradicionais.
Resfriador 42
A zona de recuperação também é dividida em setores supridos com ventiladores
distintos. Os vários setores são subdivididos em pequenos segmentos cada qual
com sua gelosia própria ajustável no sistema de suprimento de ar. Um pequeno
fluxo de ar de selagem é injetado sob a grelha pela câmara inferior. Assim, toda a
zona de recuperação de calor consiste de um grande compartimento com apenas
um ventilador de selagem, cuja pressão de ar deve ser medida e utilizada para
controlar o processo.
A perda de carga através das placas da primeira grelha é bem maior do que em
placas tradicionais de grelhas pois tem alta resistência ao fluxo de ar devido ao seu
projeto próprio. Isto assegura uma perfeita distribuição do ar através do leito de
clínquer e melhora grandemente a recuperação de calor. Na zona de entrada de
recuperação de calor o ar de resfriamento em alta velocidade fica em contato total
com a superfície interna da placa de grelha que, mesmo exposta ao clínquer
quente, é permanentemente resfriada e é submetida à baixa carga térmica.
Quando o ar deixa a placa seu jato plano em alta velocidade irá manter as ranhuras
totalmente limpas e espalha-se atingindo o leito fixo de clínquer adjacente à grelha,
assegurando uma perfeita distribuição do ar sobre a camada de clínquer
propiciando uma troca de calor otimizada.
Resfriador 43
Além disso, as ranhuras inclinadas previnem que o clínquer mais fino penetre no
interior do sistema. As placas são aparafusadas diretamente aos suportes fechados
da grelha de modo tal que se tornam seladas evitando fuga do ar de resfriamento.
As cargas são transmitidas diretamente ao sistema de vigas de suporte.
As placas tipo Mulden fornecidas pela Claudius Peter tem ranhuras horizontais para
a passagem do ar. Diferentemente das placas convencionais que tem pequenos
furos circulares, a saída do ar pela placa não se faz diretamente em sua superfície,
mas em um rebaixo preenchido por uma camada estática de clínquer que a protege
naturalmente contra o desgaste.
Resfriador 44
Após a zona de recuperação na entrada do resfriador inicia-se a zona de
resfriamento do clínquer onde o mesmo é resfriado de 400° a 500°C para a
temperatura normalmente requerida de 70° acima da temperatura ambiente. Nesta
zona são instala-se uma ou duas grelhas com câmaras comuns de resfriamento,
semelhantes a um resfriador tradicional porém dotadas de placas idênticas a
primeira grelha.
Resfriador 45
Um britador de rolos pode ser instalado entre as grelhas de forma a quebrar
pedaços grandes de clínquer e colagens que são quentes interiormente. Deste
modo, produz-se um material com distribuição granulométrica de partículas
controlada para a zona de pós-resfriamento, assegurando que seja alcançada uma
temperatura baixa e estável para o clínquer na saída do resfriador.
Em 1982 a observação de uma enorme variação no tempo de vida útil bem como
no desempenho dos resfriadores de grelhas fez com que se iniciassem vários
projetos de desenvolvimento de um novo tipo de resfriador. Os projetistas tentaram
variar inúmeros parâmetros tais como inclinação da grelha, divisão dos
compartimentos, design da placa, volume específico de ar de resfriamento, carga
específica de clínquer, etc.
Com isto cada zona terá uma perda de carga própria criada pela passagem da
corrente de ar de resfriamento de modo tal que o material fino terá alta resistência à
passagem do ar e alta perda de carga devido ao pequeno volume de espaços
vazios enquanto o clínquer grosso terá baixa resistência à passagem do ar e baixa
perda de carga devido ao grande volume de espaços vazios.
Resfriador 46
Consequentemente, o clinquer grosso ficará adequadamente resfriado enquanto o
clínquer fino deverá ficar sobre-aquecido gerando o aparecimento de rios vermelhos
ou amarelos. Ao longo do tempo as placas da grelha submetidas ao calor mais
intenso da camada de clínquer fino tenderão a ser altamente prejudicadas em sua
vida útil quando não fundidas.
A solução para tal problema veio através de um novo projeto de placas de grelha,
denominado de bocais Coanda. Nesta nova placa uma abertura estreita inclinada
na direção do transporte produz um jato agudo de ar com alta pressão dinâmica.
Esta pressão mantém o jato adjacente à superfície da placa da grelha. Este
fenômeno é denominado efeito “Coanda”por ter sido descrito pelo físico romeno
Henri Coanda.
Resfriador 47
Como o clínquer consiste de dois produtos, grãos grossos que assumem a carga
do leito de clínquer e os fino fluidizáveis, parece lógico ter somente duas medidas
para o transporte de tais produtos: os fino devem ser transportadas
pneumaticamente enquanto os grãos grossos devem ser empurrados
mecanicamente para a frente.
Por outro lado, o carregamento dos finos fluidizáveis ao topo do leito de clínquer
sem ser carregado para fora pelo ar secundário é sinal de uma distribuição
uniforme do ar de modo que o piso da grelha é varrido e liberto dos mesmos o que
é suportado pelo fato de que não aparecem finos rejeitados por baixo da grelha
durante uma operação normal.
Resfriador 48
O resultado final do resfriamento do clínquer através das placas de bocais Coanda
é que os grãos grossos serão resfriados à temperatura diferencial máxima enquanto
os finos farão que a temperatura do ar secundário suba ao seu valor máximo.
Deste modo, as placas dos bocais Coanda podem ser executadas com material em
liga menos resistente ao calor e mais resistente ao desgaste. A classificação do
clínquer também tem um efeito favorável no consumo de energia elétrica dos
ventiladores de ar de resfriamento e o consumo específico de energia é menor que
4,0 kWh/ton.cli.
Resfriador 49
Na segunda área, suprida por ventiladores separados, o leito de clínquer é
condicionado para formar uma resistência contra a passagem do ar de resfriamento.
Esta área é aerada com alta densidade de ar e pressão deduzida pela combinação
da perda de carga da grelha e o clínquer quente.
Além disso, provê-se uma divisão lateral à direita e à esquerda em cada viga de ar.
Com aeração normal, a pilha desliza para baixo com uma inclinação moderada,
paralela à inclinação da grelha fixa. A uma taxa máxima de aeração o clínquer irá
fluidizar parcialmente formando um leito chato.
Resfriador 50
Área de entrada de um resfriador tradicional (à esquerda)
e um KIDS com clínquer bem distribuído (à direita).
Resfriador 51
Um dispositivo separado de transporte também permite instalar uma única grelha
estática através de todo resfriador obtendo, em consequência, vantagens como
desempenho constante devido à ausência de desgaste abrasivo, inexistência de
selos laterais, aumento da confiabilidade mecânica, completa eliminação da
passagem de clínquer fino, inexistência de expansão térmica da grelha.
Resfriador 52
O resfriador de barras transversais trabalha de acordo com o mesmo princípio de
um resfriador de grelha comum, mas o desgaste gradual das barras transversais
não tem qualquer efeito sobre a operação do equipamento ou sobre sua eficiência
térmica, pois os sistemas de transporte de clínquer e distribuição de ar são
completamente independentes. As barras transversais são mantidas em sua
posição através de suportes próprios. Todas as peças desgaste são fáceis de
serem instaladas e repostas.
Para obter tais requerimentos foi desenvolvido e introduzido um projeto que levou à
tecnologia de válvulas com Fluxo de Regulagem Mecânica (Mechanical Flow
Regulation - MFR). Neste projeto único obtém-se um fornecimento constante da
taxa de fluxo de ar mesmo que surjam variações da resistência do leito de clínquer.
O fluxo de ar é introduzido de modo contínuo, não passivo e auto-regulável.
Como as características do leito de clínquer mudam constantemente, as válvulas
MFR são auto-ajustadas de acordo com a resistência do leito de clínquer sobre a
placa da grelha. Este projeto envolve um pivô pendular mecânico simples
continuamente modulado pelo momento introduzido pela pressão diferencial
através do mesmo e que encontra um equilíbrio relativo ao momento contraposto
pela força da gravidade.
Resfriador 53
O fluxo de ar através da válvula MFR é a soma de três fluxos: primeiro, o fluxo de
ar através dos espaços entre o regulador e a fluxo “tubular” de seção transversal
retangular; segundo, o fluxo de ar através do orifício como descrito anteriormente;
terceiro, e mais importante, o fluxo de ar através da válvula MFR governado pelo
formato e padrão de distribuição dos orifícios localizados no flap de regulagem da
válvula.
Resfriador 54
Deste modo, a válvula MFR atua como um orifício variável, onde sua área é função
da posição do regulador e, deste modo, pode ser projetada para qualquer fluxo
característico. É importante notar que a “distribuição do ar” ocorre nas vizinhanças
de cada placa simples, e não sobre uma seção ou série de fileiras de placas como
nos casos das tecnologias de aeração em vigas ocas ou compartimentos.
Por outro lado, também é importante perceber que a placa MFR é um dispositivo de
baixo consumo de energia, diferentemente das antigas placas (jet ring) que
incorporavam uma resistência interna fixa alta para minimizar os gradientes de fluxo
de ar. Como resultado, o consumo de energia para os ventiladores é reduzido e
mais resfriamento é alcançado com menor consumo de ar.
Praticamente todos resfriadores modernos tem uma zona de entrada fixa e inclinada
para absorver o impacto da descarga do clínquer. A tecnologia MFR também é
particularmente eficaz e aplicável nesta zona de impacto porque fornece uma taxa
constante de fluxo de ar contra as condições de pressões extremamente variáveis
encontradas nesta parte do resfriador.
Resfriador 55
A figura mostra uma possibilidade particular de disposição das válvulas, onde as
válvulas MFR com maiores taxas de fluxo foram aplicadas no ponto de local de
enquanto que válvulas MFR de “fluxo zero” foram aplicadas em áreas onde
normalmente reservadas a instalação da ferradura de concreto (horse-shoe).
Resfriador 56
Esta mudança cíclica no leito de material também causa uma mudança cíclica na
pressão do leito da pilha. A válvula MFR tem a habilidade única de reagir
instantaneamente às mudanças na altura do leito de clínquer, enquanto que as
placas de alta resistência usadas nos resfriadores de segunda geração com vigas
de aeração experimentavam gradientes de fluxo de ar porque sua resistência
própria é fixa.
As placas antigas não conseguiam mudar sua perda de carga sem o uso de
gelosias manuais para balancear o fluxo de ar. Devido a isto, o uso de um
dispositivo para ajuste manual do fluxo de ar tornou-se uma solução comum em
projetos de grelhas fixas tradicionais. Entretanto, o uso de tal dispositivo somente
pode ser considerando, no máximo, como um ajuste “grosseiro” e poderá levar a
ajustes frequentes ou até contínuos para tentar se aproximar dos resultados obtidos
com o sistema de controle das válvulas MFR.
Resfriador 57
A grelha estática do Resfriador de Barras Transversais simplesmente elimina
completamente a perda de ar de resfriamento bem como a queda de clínquer fino
para a região sob a grelha. Por outro lado, isto também elimina a necessidade de
transportadores de material fino e dispositivos de selagem sob o resfriador que
sempre, além do alto custo, também acarretam uma manutenção significativa.
É importante notar que ao criar uma grelha cem por cento estática, protegida por
um leito protetor de clínquer, produzido pela camada estática entre as placas da
grelha e as barras transversais, o desgaste por abrasão e a exposição ao calor
associados com o processo de transporte foram simplesmente transferidos das
placas da grelha apara as barras transversais.
No projeto MMC todas as barras transversais são agora móveis e voltam para trás
de modo a obter uma eficiência de transporte significativamente melhor. Isto torna
possível instalar este resfriador horizontalmente. Adicionalmente, os acionamentos
podem comprimentos e velocidades de impulso individuais para superar qualquer
desafio específico ao trabalhar com leitos de clínquer diferenciados
Resfriador 59
Manutenção
Comparado ao projeto SFC original, o resfriador MMC tem ainda menos peças
desgaste, resultando em uma manutenção mais fácil de menor custo. Todas as
barras transversais são providas com braçadeiras de retenção e são facilmente
acessíveis pela área superior da grelha. Durante a operação, uma camada
protetora de clínquer é mantida entre as placas de distribuição de ar e as barras
transversais móveis, assegurando uma longa vida útil às placas de distribuição de
ar.
Quando uma manutenção se faz necessária, ela não toma mais do que alguns
turnos de trabalho. Normalmente as peças de desgaste duram cerca de duas
campanhas completas do forno, mas os últimos resultados têm demonstrado que
uma vida útil bem maior é possível.
Resfriador 60
Resfriamento Otimizado
Resfriador 61
Seção de Impacto Controlado (CSI: Controlled Impact
Section)
O resfriador MMC é instalado com uma seção de impacto controlado (CSI) que
utiliza os reguladores mecânicos de fluxo (MFR). Esta seção recebe o clínquer
quente do forno, provê o rápido arrefecimento inicial que é critico para o
desempenho total do resto do resfriador e distribui eficazmente o clínquer sobre
toda a largura dos módulos seguintes do resfriador MMC.
Os dispositivos MFRs por sua vez proveem uma distribuição simples e ótima do
fluxo de ar neta área que é particularmente muito agressiva. Adicionalmente, um
sistema de canhões de ar é instalado para minimizar e prevenir a formação de
colagens (snowman) na seção de entrada. Isto assegura uma operação do
resfriador eficiente e confiável ao longo de todo tempo da operação.
Resfriador 62
Este equipamento, uma combinação de um piso estático de aeração e um sistema
de transporte situado imediatamente acima do piso de aeração, oferece, tendo
como base seu princípio de transporte de clínquer extremamente simples, e
separação completa das funções de aeração e transporte, as seguintes vantagens
adicionais:
Resfriador 63
Os trilhos são acionados por cilindros hidráulicos montados nas extremidades das
barras de transporte. Os elementos de aeração para injeção do ar de resfriamento
são localizados entre os trilhos de transporte.
Resfriador 64
A velocidade de transporte do material pode ser ajustada dentro de uma ampla
margem que depende do tempo do ciclo de movimento dos trilhos assim como da
extensão do movimento. Como a extensão do movimento de cada trilho pode ser
ajustada separadamente, pode-se determinar também o perfil de transporte que se
deseja para um determinado material. Por exemplo, os trilhos externos podem ter
uma extensão de transporte de 150 mm e os trilhos centrais uma extensão de 200
mm.
Como o desgaste sofrido por um componente particular não deve afetar a eficiência
e a produção de um determinado equipamento, requerimento essencial a ser
cumprido pelos projetos modernos, este novo resfriador Polytrack também foi
projetado para que os sistemas de distribuição de ar de resfriamento do leito de
clínquer e de transporte do próprio clínquer funcionem absolutamente separados.
Resfriador 65
Desta forma, neste projeto, o ar é distribuído por elementos estáticos de aeração
que ficam localizados entre as fileiras de trilhos de transporte. Caixas largas
integradas aos elementos de aeração são permanentemente preenchidas clínquer
provendo assim uma proteção autógena contra o desgaste.
Conceito Modular
Resfriador 66
Anotações
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Resfriador 67
3 Fluxos de Massa
.
e Calor em
Resfriadores
Resfriador 68
3.1 Calor em Resfriadores
Resfriador 69
Para uma dada necessidade de ar de combustão, para obter a quantidade correta
de ar secundário e terciário maximizando assim a eficiência térmica do resfriador,
as quantidades de ar primário bem como de ar falso tem que ser diminuídas. É
fundamental maximizar a quantidade de ar secundário minimizando as taxas de ar
primário e ar falso bem como maximizar a temperatura do ar secundário
minimizando as perdas térmicas.
Resfriador 70
Uma vez que as temperaturas dos vários fluxos de materiais, seus coeficientes
específicos de calor bem como as perdas de calor tenham sido determinadas o
balanço térmico do resfriador pode ser determinado como no desenho seguinte.
Resfriador 71
Anotações
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Resfriador 72
4 Eficiência de um
.
Resfriador de
Clínquer
Resfriador 73
4.1 Resfriador de Clínquer
Resfriador 74
Eficiência do Resfriador
Mar sec x (Tar sec x cpar sec - Tar amb x cpar amb) – (Qpó cl in - Qpó cli out)
-------------------------------------------------------------------------
Tale in x cycle in - Tar am x car am (Tar am)
onde:
Mar sec x Tar sec x cpar sec - calor sensível do ar secundário para o forno.
Mar sec x Tar amb x cpar amb - calor sensível ar secundário temperatura ambiente.
1 x Tcl in x cpcl in - calor sensível máximo disponível pelo clínquer.
1 x Tar amb x cpcl (Tar amb) - calor sensível do clínquer temperatura ambiente.
Qpó cl in : mpó in*cppó in*Tpó in - calor sensível pó de clínquer – entrada resfriador
Qpó cl out:mpó out*cppó out*Tpó out - calor sensível pó de clínquer - retorno forno
Perda de Calor
A Perda de Calor é definida como a parte do calor disponível pelo clínquer que não
é tomada pelo ar secundário e deste modo é perdida como calor pelo ar de excesso
do resfriador, clínquer na saída do mesmo e radiação. Por esta definição a Perda de
Calor do resfriador também é independente da temperatura de referência utilizada
para o balanço térmico.
(Tcl out x cpcl out -Tar amb x cpcl (Tar amb) ) + Mar exc x ( Tar exc x cpar exc -Tar amb x cpar amb) +
RA
(kcal / kg.cl)
onde:
Resfriador 75
Eficiência do Resfriador e Perda de Calor
Resfriador 76
Calor de Saída
Clínquer 1.000 122 0.193 23.6
Pó – 8% 0.080 1062/770 0.234/0.229 16.8
Ar secundário 0.410 1062 0.261 113.6
Ar terciário 0.790 770 0.255 155.3
Ar de excesso 1.600 251 0.243 97.6
Radiação 7.1
SOMA 414.0
Para a perda de calor aplica-se (kcal/kg.cl):
Resfriador 77
O calor máximo disponível pelo clínquer é (kcal /kg.cl.):
Calor Absorvido
Eficiência do Resfriador: ------------------------------- x 100
Calor Emitido Máximo
Resfriador 78
Para calcular a Eficiência Total do Resfriador é portanto necessário conhecer a
temperatura do clínquer na zona de queima e esta temperatura é impossível de
medir. Desta forma, uma temperatura padronizada de 1.450C é assumida como a
temperatura do clínquer na zona de queima em todos os casos.
onde:
perda de calor:
(Tcl out x cpcl out -Tar amb x cpcl (Tar amb) ) + Mar exc x (Tar exc x cpar exc - Tar amb x cpar amb) +
RA
Resfriador 79
Eficiência de resfriamento do clínquer
Se um resfriador não for contemplado somente como um recuperador de calor, mas
também como um dispositivo que se presta ao resfriamento do clínquer deve-se
definir uma Eficiência de Resfriamento para o clínquer como a seguir:
Resfriamento Real
Eficiência de Resfriamento: ------------------------------------------
Resfriamento Máximo Possível
Portanto:
Resfriador 80
Anotações
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Resfriador 81
5 Otimização
.
da Operação do
Resfriador
Resfriador 82
5.1 Operação do Resfriador
Resfriador 83
Maçarico posicionado no interior do forno.
Resfriador 84
Devido a excelência de torça térmica menos ar de resfriamento será necessário (2,0
a 2,0 kg.ar/kg.cli com o maçarico na saída do forno contra 2,5 a 3,0 kg.ar/kg.cli, com
o maçarico posicionado no interior do forno) aliviando também o sistema de
exaustão do resfriador. Além de se obter considerável economia de energia elétrica
o resfriador passa trabalhar com maior disponibilidade e menor custo de
manutenção. A formação de homem de neve virtualmente desaparece.
Resfriador 85
As lamelas externas são protegidas da tensão térmica severa pelo tecido resistente
ao calor e deste modo não perdem sua resiliência. Este projeto evita que o clínquer
que está sendo descarregado possa abrir o selo diminuindo sua vida útil. Do mesmo
modo, mesmo um cabeçote do forno constantemente pressurizado também não
consegue danificar este tipo de selo quando corretamente ajustado e mantido.
Resfriador 86
Em um resfriador de clínquer, quanto mais uniforme for a distribuição de tamanho
das partículas e a granulometria do clínquer, mais eficaz será a transferência de
calor. Entretanto, o clínquer segrega-se no interior do forno bem como após ser
descarregado do mesmo. Normalmente, sobre a grelha do resfriador sempre há
clínquer fino de um lado da carga e clínquer grosso do outro lado.
Embora, na maioria das vezes, não se possa alterar o tamanho das partículas do
clínquer, a transferência de calor pode ser otimizada por meio de uma distribuição
do leito de clínquer boa e uniforme. O fato que os fornos, especialmente os de
grandes diâmetros, tendem a descarregar clínquer fino de um lado e clínquer
grosso do lado oposto pode tornar difícil obter uma boa distribuição do clínquer.
Um clínquer fino oferece uma resistência muito maior ao fluxo de ar que um clínquer
grosso e o ar tende sempre a fluir pelo caminho de menor resistência. Devido a esta
alta resistência à passagem do ar inevitavelmente forma-se um rio vermelho. O “rio
vermelho” é uma corrente estreita de clínquer fino que continua a fluir ao longo de
um resfriador e tem uma temperatura muito superior ao clínquer que está próximo à
sua região.
Nos casos particulares em que o forno produz um clínquer muito fino (queima de
petrocoque com alto teor de enxofre, por exemplo) inevitavelmente deve surgir um
rio vermelho nos resfriadores tradicionais de grelhas.
Resfriador 87
Estudos também mostram que os “rios vermelhos” podem causar uma variação na
distribuição do ar de até 1:6 entre os lados de clínquer fino e grosso, chegando
mesmo a causar uma obstrução do leito de clínquer fino. “Rios vermelhos” também
causam um aumento na temperatura do clínquer na saída do resfriador e
consequente perda da eficiência da troca térmica e da recuperação do calor.
Resfriador 88
Homem de neve (snow man).
Esta distribuição do ar pode ser feita utilizando, por exemplo, placa especial com a
grelha disposta em um padrão de tabuleiro de xadrez como pode ser visto na
próxima figura. Outro meio bem sucedido para melhorar a situação é estreitar a
área da grelha no lado do clínquer mais fino.
Deste modo o leito de clínquer torna-se mais estreito eliminando a forte segregação
entre clínquer fino e grosso. Recomenda-se que a grelha de entrada do resfriador
não exceda a 2,5 m para fornos com capacidades superiores a 2.500 ton. de
clínquer por dia.
A mesma figura mostra que algumas aberturas para passagem de ar nas placas de
canto foram “cegadas”. Muitas vezes as áreas laterais têm um leito de clínquer com
baixa altura resultando em um forte acanalamento do ar que “by-passa” a carga de
clínquer.
Resfriador 89
As aberturas cegas forçam a introdução do ar de resfriamento no leito de clínquer
com altura maior. Geralmente o aumento do leito de clínquer melhora a distribuição
geral do clínquer bem como a transferência de calor. Bons resultados têm sido
obtidos com leitos de até 1.000 mm de altura. Além disso, a menor velocidade da
gralha tem efeitos secundários positivos em relação ao desgaste das placas das
grelhas.
Resfriador 90
Anotações
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Resfriador 91
6 Distribuição do Ar
.
versus
Eficiência Total
Resfriador 92
6.1 Distribuição do Ar
Resfriador 93
Reduzindo-se ainda mais a temperatura do clínquer na saída com adição de mais
ar irá provocar considerável aumento no consumo de energia elétrica. Dependendo
da quantidade total de ar de resfriamento utilizado, o consumo de energia para os
ventiladores de resfriamento pode chegar a valores entre 3 e 8 kWh/ton. de
clínquer, além do consumo de até 4 kWh/ ton. de clínquer para a exaustão do ar de
excesso.
Para se trabalhar com um leito alto de clínquer e um fluxo definido de are em cada
compartimento, necessita-se de boa selagem em cada compartimento sob a grelha,
especialmente quando se utiliza uma cadeia arrastadora de finos passando entre
os compartimentos.
Resfriador 94
Quando esta cadeia fica posicionada sob o resfriador, obtém-se uma boa selagem
por meio de válvulas tipo flap instalada na tremonha localizada sob cada
compartimento. Deste modo, as válvulas flap somente são acionadas por meio de
sensores de nível quando o nível de material no interior de cada compartimento
atinge determinado nível.
Deste modo, em todos estes casos citados bem como em outros similares, tais
dispositivos acabam por se tornar uma barreira a estabilidade do processo, razão
pela qual foram abandonados ao longo do tempo.
Resfriador 95
Parede em Arco Escudo de Calor
1) entrada inclinada;
2) placa de impacto ajustável, feita em aço e resfriada com água;
3) redução da área da grelha de entrada em padrão de “ferradura (horse-shoe);
4) grelha de arrefecimento estática na parte frontal do resfriador;
5) viga de espalhamento através do resfriador.
Resfriador 96
Nos anos 1990 foi introduzido um novo método interessante. Este consiste de um
leito inclinado fortemente aerado na zona de entrada da grelha. Esta área é provida
com uma série de caixa fixas de aeração dispostas em degraus e equipada com
placas de aço fundido projetadas para evitar completamente a passagem de
partículas finas.
Uma pilha considerável é criada sobre as placas da grelha que contem um sistema
pulsante de ar. O ar expande a pilha e remove o clínquer fino da parte inferior da
pilha misturando-o com o clínquer grosso. Ao mesmo tempo, a parte superior da
pilha é deslocada suavemente em direção à grelha móvel do resfriador, onde é
espalhada constituindo o leito de clínquer.
Resfriador 97
Anotações
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Resfriador 98
7 Controle Automático
.
dos Resfriadores
de Grelhas
Resfriador 99
7.1 Resfriadores de Grelhas
Resfriador 100
Quanto mais fino for o clínquer mais difícil será passar o ar através do leito de
material, o que é indicado pelo aumento na pressão em função do aumento na
resistência do leito. Com o sistema de controle em modo automático, uma
diminuição na granulometria do clínquer irá resultar em um aumento na pressão
sob a grelha até que o controle automático acelere a grelha obtendo uma
diminuição na altura da camada.
Por outro lado, um clínquer muito grosso resulta em um valor de pressão sob a
grelha extremamente baixo. Este valor faz com que a velocidade da grelha seja
diminuída resultando em um leito de altura excessiva podendo até sobrecarregar
o acionamento da grelha. O sistema de controle da grelha deve incluir elementos
que detectem e corrijam estas condições.
Isto deve suavizar a variação do valor de tal pressão bem como conduzir o
resfriador a uma condição mais estável.
Resfriador 101
O controle do fluxo dos ventiladores de ar de resfriamento é complementar ao
controle da velocidade da grelha. Este controle mantém um volume constante de ar
de resfriamento independentemente da pressão sob a grelha. Cada ventilador de ar
de resfriamento é equipado com um medidor piezométrico que reconhece um
aumento ou diminuição do fluxo de ar.
A variação de tal fluxo fará com que fazendo que a gelosia abra ou feche ou que a
velocidade do moto aumente ou diminua (no caso de se operar com motor de
velocidade variável) mantendo constante o fluxo de ar de tal ventilador.
Resfriador 102
A conjunção destes três sistemas de controle automáticos de um resfriador de
clínquer (velocidade da grelha, fluxo de ar de resfriamento e pressão do cabeçote
do forno) melhora crucialmente a operação do forno e permite que o Operador se
concentre em outros problemas.
Resfriador 103
Deste modo, é possível aumentar a quantidade de ar de resfriamento e diminuir a
temperatura do clínquer na saída durante uma operação normal. Neste modo de
controle, o ventilador de ar de excesso é operado em velocidade fixa próxima à
capacidade máxima.
Resfriador 104
Anotações
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Resfriador 105