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EMÍLIA

FERREIRO
Nome: Ana Paula, Daiane, Elza, Isadora e Liziane
EMÍLIA FERREIRO
Emilia Ferreiro (1936) é uma psicóloga, pesquisadora e escritora argentina, radicada
no México. Através da psicolinguística desvendou os mecanismos pelos quais as
crianças aprendem a ler e escrever.
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schavi nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 5 de
maio de 1936. No fim dos anos 60, formou-se em Psicologia pela Universidade de
Buenos Aires.
Emilia fez o doutorado na Suíça, sob a orientação do psicopedagogo Jean Piaget,
dentro da linha de pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, que Piaget chamou de
Psicolinguística Genética.
Em 1971, Emília voltou para a Universidade de Buenos Aires, onde constituiu um
grupo de pesquisa sobre a alfabetização, do qual faziam parte Ana Teberosky, Alícia
Lenzi, Suzana Fernandez, Ana Maria Kaufman e Lílian Tolchinsk.
Em 1977, após o Golpe de Estado que derrubou a presidente Isabel Perón em 1976,
na Argentina, Emilia Ferreiro se exilou na Suíça, levando consigo os dados das
pesquisas que realizou com sua equipe, sobre a psicogénese da língua escrita,
campo não estudado por seu mestre.
COMO FOI SUA FORMA DE
ENSINAR?

Emília Ferreiro afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma
lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo,
a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e
dominá-lo.

Para ela a escrita não resulta da simples cópia de um modelo externo, mas é um processo
de construção pessoal. Emília defende que a alfabetização é um caminho para se apropriar
da escrita e de todos os benefícios que ela pode proporcionar.
QUE MÉTODO ELA DEFENDIA?
Para Emilia Ferreiro, a alfabetização das crianças não provém de métodos de como ensinar a ler e
a escrever. Mas sim, de como as crianças aprendem, elas “(re)constroem o conhecimento sobre a
língua escrita por meio de hipóteses que formulam para compreender o funcionamento desse
objeto de conhecimento” (MELLO, 2015, p.272). 
 Emilia defende a teoria Construtivista sobre o aprendizado, com base nas ideias de Piaget, onde “a
criança ativa constrói seu conhecimento na interação com o meio — neste caso a língua escrita —
e se desenvolve ao longo de estágios” (ANDRADE, 2017, p.1416).
Ferreiro, junto com colaboradores, elaborou a teoria da Psicogênese da Escrita, que segue uma
ordem de evolução natural de aprendizado por estágios, “que parte de uma etapa em que a criança
ainda não compreende que a escrita representa os segmentos sonoros das palavras, […]até
chegar à compreensão de que escrevemos com base em uma correspondência entre fonemas e
grafemas” (BRASIL, 2012, p.7).
A teoria da Psicogênese da Escrita denomina essa ordem de evolução de Níveis de
Desenvolvimento da Escrita, composto por quatro fases descritas abaixo:
 
Pré-Silábica: A criança não compreende a relação da escrita
com o som.
Silábica: a criança percebe que as palavras podem ser divididas em pedacinhos
(sílabas) e estabelece uma letra para cada, mesmo não sendo a letra
correspondente ao som.
Silábica-Alfabética: a criança inicia um processo de percepção de falta de letras
para relacionar sua escrita com sua fala.
Alfabética: a criança começa a compreender que para cada sílaba pronunciada se faz
uso de uma ou mais letras para escrevê-la.
QUAIS FORAM OS DOCUMENTOS
OFICIAIS QUE ELA CONTRIBUIU
Suas contribuições para a Educação são fartas, principalmente se considerarmos seu
envolvimento com o processo de alfabetização e, mais ainda, devido à sua pesquisa, Mello (2007)
esclarece que Emilia Ferreiro promoveu distintas discussões relacionadas à ideia de “que não são
os métodos que alfabetizam, nem os testes que auxiliam o processo de alfabetização, mas são as
crianças que (re)constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de hipóteses que
formulam” (p. 88).
A começar pelo título de sua tese, Les relations temporelles dans le langage de l'enfant (As
relações temporais na linguagem infantil), publicada em 1971, e teve como prefaciador o referido
epistemólogo Jean Piaget, Emília Ferreiro sinalizava os rumos e contribuições que daria ao Brasil
e ao mundo: ela não só desvendou os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e a
escrever, como também levou os educadores a repensarem suas teorias e métodos,
principalmente a partir dos idos anos 80, impactando, consentaneamente, nos últimos 30 anos, ao
introduzir no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetização, resultante de suas pesquisas
sobre a psicogênese da língua escrita.
Suas obras foram tão importantes que influenciaram, inclusive, projetos e propostas
governamentais, uma vez que desvelaram os processos utilizados pelas crianças para a
aprendizagem, influenciando, também, os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, criados em
1997, cujos “objetivos se definem em termos de capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de
relação interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista uma formação ampla”
(BRASIL, 1997, p. 47).
Entre seus livros publicados, destacam-se: A psicogênese da língua escrita (1985), em coautoria
com Ana Teberosky; Alfabetização em processo (1996); Reflexões sobre alfabetização (2000) e
Com todas as letras (2001).
QUAIS AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA
TEORIA DE FAMÍLIA FERREIRO PARA O
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO?

Emília Ferreiro demonstra que existe uma nova maneira de


ensinar a criança a ler e escrever, tendo em vista que o
processo de aprendizagem da leitura e da escrita inicia-se muito
antes do que a escola imagina, pois não é apenas através da
utilização de recursos didáticos que a criança pode adquirir
conhecimento.

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