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LÓGICA DE

COMANDOS
ELÉTRICOS IST/SENAI-AC
Joelson Mendes

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DISPOSITIVOS DE
ACIONAMENTOS

 Botoeiras;
 Chaves de comandos;
 Relés;
 Sinalizadores;
 Fusíveis;
 Contator;
 Disjuntor.

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PAINÉIS DE COMANDO
•Qualquer tipo de máquina industrial que você
imaginar, por exemplo, de envasar (engarrafar)
refrigerantes, de tecer, de fabricar móveis,
possui um painel de comando. O painel de
comando é um conjunto importante, porque
contém os dispositivos eletroeletrônicos que
controlam o funcionamento da máquina. Sua
infraestrutura é composta de:
•caixa;
•trilhos;
•canaletas;
•acessórios
Figura 1 - Painel de comando Fonte: SENAI-SP (2013)

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PAINÉIS DE COMANDO

PLACA DE MONTAGEM ALARANJADA

As placas de montagem são pintadas na cor alaranjada para atender normas. Algumas delas
são:

a) Norma Regulamentadora 10 – NR 10 (2004, p. 6), segurança em instalações e serviços


em eletricidade, no item 10.10.1 cita: “nas instalações e serviços em eletricidade deve ser
adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação,
obedecendo ao disposto na NR 26 – Sinalização de Segurança”.

b) Norma Regulamentadora 26 – NR 26 (2011, p. 1), que trata da sinalização de segurança,


no item 26.1.2 cita: “as cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os
equipamentos de segurança, delimitar áreas [...] e advertir contra riscos, devem atender ao
disposto nas normas técnicas oficiais”.

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PAINÉIS DE COMANDO
PLACA DE MONTAGEM ALARANJADA

c) Norma Brasileira NBR 7195 (1995), da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT), que trata do estudo de cores na segurança do trabalho, menciona que a cor
alaranjada é empregada para indicar perigo. No item 3.1.2 (p. 1-2) desta norma define-se
que “a cor alaranjada deve ser empregada para identificar:

a) partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos;


b) faces e proteções internas de caixas de dispositivos elétricos que possam ser abertas”.

No caso dos painéis, a placa de montagem se enquadra nessa última norma e, de acordo
com o segundo item, há interpretação de que até as laterais internas do painel e parte
interna da porta devem ser pintadas na cor alaranjada.

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PAINÉIS DE COMANDO
PLACA DE MONTAGEM METALIZADA

As placas de montagem com acabamento metalizado são aquelas que possuem


tratamentos do tipo galvanizado1 ou zincado2 .

Os acabamentos metalizados são preferidos por possuir maior capacidade de dissipação


térmica e por serem mais eficientes contra perturbações ou Interferências
Eletromagnéticas (EMI3 ).

O acabamento de tipo metalizado atende à normas internacionais, por isso é um padrão


utilizado por empresas estrangeiras ou que produzem para exportação.

Alguns fabricantes nacionais de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos produzem


máquinas contendo placa de montagem com acabamento metalizado, e as laterais
internas do painel pintadas de alaranjado, visando atender tanto às normas nacionais
quanto às internacionais.

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TIPOS DE TRILHOS
Você pode encontrar, basicamente, quatro padrões de trilho de fixação para a montagem de painéis: o
padrão DIN 35 (que é o mais comum), o DIN 32, o DIN 15 e o DIN 35/15, como verá a seguir.

Figura 2 - Tipos de trilhos


IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2013) 7
CANALETAS

As canaletas servem para acondicionar os


condutores elétricos de forma organizada e
estética em um painel de comando.
São feitas de plástico PVC (cloreto de
polivinila) com propriedade autoextiguível, ou
seja, não propagam chamas.
Figura 3 - Tipos de trilhos
As canaletas podem possuir perfurações Fonte: SENAI-SP (2013)
laterais transversais, destinadas à passagem
dos condutores que vão para os dispositivos
elétricos instalados na placa de montagem.
Possuem tampa plástica que só deve ser
encaixada após a instalação das canaletas e
condutores (fiação) do painel.

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DISJUNTOR-MOTOR
Você já sabe como funcionam o disjuntor termomagnético e o relé térmico. O funcionamento desses
dispositivos é importante para entender o disjuntor-motor. Os disjuntores-motores são dispositivos
que, além de proteger as instalações elétricas contra curtos-circuitos, protegem o motor contra
sobrecargas. A figura, a seguir, apresenta alguns modelos de disjuntores-motores.

Figura 04 - Exemplos de disjuntor-motor Fonte: WEG (2013)

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DISJUNTOR-MOTOR

Eles oferecem uma proteção eficiente, porque incorporam as funções de disjuntor e relé térmico em
um mesmo dispositivo. O símbolo do disjuntor-motor é mostrado na figura, a seguir.

Figura 05 - Simbologias
Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISJUNTOR-MOTOR

Como o disjuntor-motor exerce a função de relé


térmico, possui dispositivo para regulagem de
corrente. Você deve verificar a corrente nominal
indicada na placa de identificação do motor e
regular o mesmo valor de corrente no
disjuntormotor.

Apesar de o disjuntor-motor ser tripolar, você


também poderá instalá-lo em motores monofásicos,
interligando dois polos do disjuntor-motor em série
com um terminal do motor, conectando o último
polo diretamente ao outro terminal do motor.

Veja, na figura, o diagrama de instalação do


disjuntor-motor em motores instalados em redes
monofásicas e bifásicas.

Figura 06 - Instalação do disjuntor-motor em redes trifásica, bifásica e monofásica


Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISJUNTOR-MOTOR

Figura 07 - Instalação do disjuntor-motor em redes trifásica, bifásica e monofásica


Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISJUNTOR-MOTOR
O disjuntor-motor possui também a função de seccionamento do circuito, ou seja, ligar, desligar e
proteger o equipamento diretamente. Por exemplo, no esmeril industrial de bancada encontramos o
disjuntor-motor instalado com essas finalidades.

Os disjuntores-motores também podem ser instalados para proteger motores de corrente contínua,
interligando os terminais dos três polos do disjuntor-motor em série com o motor. Observe, no
diagrama da figura, algumas possibilidades de instalação do disjuntor- motor em motores de
corrente contínua.

Figura 08- Instalação do disjuntor-motor em redes de corrente contínua


Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISPOSITIVOS DE
COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS
INDUSTRIAIS

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DISPOSITIVOS DE COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS INDUSTRIAIS
Agora que você já tem os conhecimentos da instalação, da infraestrutura do painel e dos dispositivos
de proteção elétrica, vai conhecer a instalação dos dispositivos de comandos eletroeletrônicos
industriais presentes em uma máquina.

Os dispositivos de comando são componentes que “ordenam” uma máquina ou um processo a


executar uma determinada operação, ao serem acionados pelo usuário. Vejamos um exemplo:
quando você pressiona um botão no painel de comando dentro do elevador, fornece uma ordem para
ele ir até o andar desejado.

Veremos os seguintes dispositivos de comando: chaves seccionadoras; botões; chaves fim de curso;
sinalizadores sonoros e luminosos; e temporizadores, utilizados no comando de máquinas
industriais. Aprender como instalar esses dispositivos é muito importante, pois são eles que fazem a
máquina realizar os movimentos e executar os processos de produção.

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DISPOSITIVOS DE COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS INDUSTRIAIS
CHAVES SECCIONADORAS As chaves seccionadoras são utilizadas para energizar e desenergizar
equipamentos e máquinas industriais. Exercem a função de chave geral, porque permitem o
desligamento da tensão, normalmente trifásica, do painel elétrico de comando da máquina.

A figura a seguir mostra uma chave geral e seus símbolos

Figura 09 - Chave seccionadora trifásica e simbologia


Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISPOSITIVOS DE COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS INDUSTRIAIS
Atualmente, devido à exigência da NR 10 (2004), encontramos chaves seccionadoras gerais dos painéis
que exercem três funções distintas. Conheça essas funções no quadro a seguir.

Figura 10 - Chave seccionadora trifásica e simbologia


Fonte: SENAI-SP (2013)

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DISPOSITIVOS DE COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS INDUSTRIAIS
Atualmente, devido à exigência da NR 10 (2004), encontramos chaves seccionadoras gerais dos painéis
que exercem três funções distintas. Conheça essas funções no quadro a seguir.

Chave seccionadora geral com aterramento temporário

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DISPOSITIVOS DE COMANDOS
ELETROELETRÔNICOS INDUSTRIAIS
Atualmente, devido à exigência da NR 10 (2004), encontramos chaves seccionadoras gerais dos painéis
que exercem três funções distintas. Conheça essas funções no quadro a seguir.

Figura 11 - Chave seccionadora trifásica e simbologia


IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2013) 19
BOTÕES E CHAVE
FIM DE CURSO

Acionamentos elétricos
BOTÕES E CHAVES FIM DE CURSO
Os botões e as chaves fim de curso são dispositivos que funcionam sob o
mesmo princípio, ou seja, quando acionados movimentam seus contatos
internos.

No botão, o acionamento é feito manualmente, enquanto que as chaves


fim de curso são acionadas por partes da máquina que se movimentam
durante seu funcionamento.

Vejamos cada um deles:

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BOTÕES
Os botões possuem contatos que podem ser: normalmente abertos (NA) e normalmente fechados
(NF):

a) contatos normalmente abertos são conhecidos como contatos NA ou contatos que se fecham
(fechadores). Em inglês, se usa a sigla NO (Normally Open);

b) contatos normalmente fechados são conhecidos como contatos NF ou contatos que se abrem
(abridores). Em inglês, se usa a sigla NC (Normally Closed).

A norma NBR IEC 60947-4 (2008) trata de dispositivos de manobra e comando de baixa tensão e é
utilizada pelos fabricantes para a identificação dos terminais dos dispositivos de comandos elétricos.

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Para identificação dos terminais dos
botões, a norma usa dois dígitos para cada
contato NA ou NF.
O primeiro dígito da identificação, que é a
dezena, significa a sequência, a ordem de
numeração do contato: 1º contato, 2º
contato e assim por diante; o segundo
dígito, a unidade, significa a função, ou
seja, o tipo de contato, se ele é NA ou se é
NF.

Se no segundo dígito tivermos 1 e 2,


significa que o contato é NF e se for 3 e 4,
significa que é NA.

Na figura a seguir, você pode observar a


Figura 12 - Identificação dos terminais dos contatos NA e NF de botões
aplicação das normas de identificação dos Fonte: SENAI-SP (2013)
terminais dos contatos NA e NF.

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O desenho da figura a seguir ilustra internamente a parte mecânica de acionamento de um botão
e seus dois contatos, um NA e outro NF

Figura 13 - Disposição interna dos contatos de um botão de comando


Fonte: SENAI-SP (2013)

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TIPOS DE BOTÕES

Figura 14 – Tipos de botões


Fonte: SENAI-SP (2013)
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TIPOS DE BOTÕES

Figura 15 – Tipos de botões


Fonte: SENAI-SP (2013)

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TIPOS DE BOTÕES

Figura 16 – Tipos de botões


Fonte: SENAI-SP (2013)

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TIPOS DE BOTÕES

Para instalar os botões de comando, você deve medir o diâmetro do corpo e fazer
furos no painel com serra-copo, ou outra ferramenta de furação, de acordo com a
medida do botão. Atualmente, os botões são fabricados com diâmetro de corpo de 22
mm, mas você ainda pode encontrar algum botão mais antigo com 30 mm.

Muitos botões de comando são modulares, de modo que você monta a configuração
de acionador, de contatos e de número de posições de acordo com sua necessidade.

Nesse modelo modular, podemos ter, por exemplo, um botão pulsador com 3 contatos
NA e 1 NF, ou ainda, um botão giratório com retorno por mola com duas posições com
1 NA e 1 NF.

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TIPOS DE BOTÕES

Quando necessitamos de alguns botões em um


local remoto de uma máquina e não dispomos de
um painel de comando, podemos contar com as
chamadas botoeiras, que são caixas que
acomodam vários botões.

Elas são utilizadas em equipamentos de


movimentação de cargas, tais como: pontes
rolantes, pórticos e talhas, comandos remotos para
portão, controle de bomba d’água, entre outras
aplicações. Observe a figura a seguir, de uma
botoeira.

Figura 17 - Botoeira com três botões de comando


Fonte: SENAI-SP (2013

IST/SENAI-AC 29
CHAVES FIM DE CURSO
As chaves de fim de curso, também conhecidas
por interruptor de posição, ou por limite, foram
criadas para “avisarem” ao comando quando o
came1 da máquina atinge uma determinada
posição no curso de deslocamento. As principais
partes das chaves de fim de curso são acionador e
contatos.

O acionador recebe o movimento do processo e o


transmite aos contatos elétricos NA e/ou NF, que
mudam de posição.

O desenho da figura a seguir ilustra uma chave


Figura 18 - Chave de fim de curso – dispositivo e mecanismo dos contatos
de fim de curso, e a mecânica de acionamento de Fonte: SENAI-SP (2013)
seus dois contatos, um NA e outro NF
Existem vários tipos de fins de curso, por exemplo, os que possuem
acionadores como alavanca, pino, rolete, gatilho e haste. O quadro, a
seguir, exemplifica algumas chaves de fim de curso e suas
IST/SENAI-AC
características 30
TIPOS DE FINS DE CURSO

Figura 19 - Chave de fim de curso – dispositivo e mecanismo dos contatos


Fonte: SENAI-SP (2013)
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TIPOS DE FINS DE CURSO

Figura 20 - Chave de fim de curso – dispositivo e mecanismo dos contatos


Fonte: SENAI-SP (2013)
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Sinalizadores sonoros

Figura 21 – Sinalizadores Sonoros


Fonte: SENAI-SP (2013)
IST/SENAI-AC 33
SINALIZADOR
LUMINOSO

Figura 22 – Sinalizadores
Fonte: SENAI-SP (2013)
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TEMPORIZADORES

O temporizador tem a função de temporizar, como o


próprio nome sugere “contar tempo”, ou seja, ele
controla eletronicamente o tempo de abertura ou de
fechamento de seus contatos.

Alguns modelos temporizam quando são energizados,


e outros quando são desenergizados.

Eles possuem os terminais A1 e A2 para conexão dos


condutores que fazem a energização da parte eletrônica
e terminais para conexão dos contatos de comando do
temporizador.
Veja a figura a seguir:

Figura 23 - Temporizador eletrônico com contatos


comutadores
Fonte: SENAI-SP (2013)

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TEMPORIZADORES

Um temporizador possui elemento de comando e contatos de


acionamento.

O elemento de comando do temporizador – que chamaremos aqui de


“bobina eletrônica”, por conter um circuito eletrônico que faz a função
semelhante à de uma bobina de um relé – é a parte eletrônica que é
responsável por fazer a contagem do tempo e a atuação dos contatos do
temporizador.

Os contatos de acionamento, por sua vez, são responsáveis por gerar as


mudanças no comando da máquina.

Os temporizadores são representados por símbolos, sendo que um


temporizador temporizado na energização, por exemplo, tanto na norma
ABNT quanto na IEC, tem suas “bobinas eletrônicas” representadas pelo
mesmo símbolo.

Já os contatos, de acordo com ABNT, são tratados de forma diferenciada e


depende muito da interpretação do usuário.
Figura 24 - Temporizador eletrônico com contatos
comutadores
Fonte: SENAI-SP (2013)
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Nesse sentido, a norma IEC 60617-7 (2012) utiliza uma forma
de mais fácil interpretação: tanto o símbolo da “bobina
eletrônica” quanto o de contato informam se o temporizador é do
tipo que atua na energização ou na desenergização.

Assim, se em um diagrama você ver um contato de um


temporizador qualquer, só pelo símbolo do contato você já
reconhece o tipo de temporização, se na energização ou
desenergização, não importando se esse contato é NA ou NF.

O quadro a seguir resume a simbologia dos temporizadores.

Figura 25 - Temporizador eletrônico com contatos


comutadores
Fonte: SENAI-SP (2013)
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Temporizador
es

Figura 26 -Simbologia do Temporizador


Fonte: SENAI-SP (2013)
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SIMBOLOGIA PARA CONEXÕES ELÉTRICAS

Figura 27 -Simbologia para conexões elétricas


Fonte: SENAI-SP (2013)
IST/SENAI-AC 39
IDENTIFICADORES PARA
CONECTORES
Os identificadores, ou placas de identificação, são
pequenas peças plásticas para identificação dos
conectores. Temos identificadores com letras, com
números e com letras e números, cuja função é
organizar o painel, facilitando sua montagem e a
manutenção.

Observe as fotos da figura a seguir.

Figura 28 -placas de identicação na cartela


Fonte: SENAI-SP (2013)

IST/SENAI-AC 40
Eles são destacados da cartela e fixados na parte superior dos conectores por
encaixe.

Figura 29 - Placas de identificação Fonte: SENAI-SP (2013)

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IDENTIFICADORES PARA CONDUTORES

Os identificadores para condutores são instalados diretamente no condutor. Eles facilitam a montagem e a
manutenção, auxiliando na prevenção de erros durante as conexões. Podem ser encontrados com letras, com
números ou com letras e números. Os tipos mais comuns são: anilha, plaquetas de encaixe e fita adesiva de
identificação. Veja a seguir cada um desses tipos em detalhes.

IDENTIFICADOR TIPO ANILHA


A anilha é uma espécie de anel plástico com identificação na parte lisa exterior. São encontradas em tamanhos
diferentes para condutores de até 16 mm de secção, em tiras tubulares pré-partidas prontas para serem destacadas e
inseridas no condutor, conforme mostra a figura a seguir.

Figura 30 - Anilhas Fonte: SENAI-SP (2013)

IST/SENAI-AC 42
TERMINAIS ELÉTRICOS

Os terminais elétricos são instalados nos condutores para dar melhor acabamento à instalação, melhorar o
contato elétrico, evitar que a identificação se solte do fio e para evitar que alguns pequenos fios de cobre do
cabo escapem do conector, gerando risco de contato com outra superfície condutora. Para instalar esses
terminais nos condutores, utilizamos um alicate manual conhecido por alicate prensa-terminais, que por meio
de compressão ou prensagem, fixa o terminal no condutor.

Existem basicamente dois tipos de alicates para essa finalidade, de acordo com o tipo de terminal a ser
instalado:
a) alicate prensa-terminais para terminais de corpo isolado e não isolado; e
b) alicate prensa-terminais para terminal ilhós (ou tubular). Esses alicates também são conhecidos por
alguns instaladores por alicates crimpadores, devido ao fato de darem nome ao processo de prensagem de
terminais como crimpagem de terminais.
Observe na figura a seguir os tipos de terminais de corpo isolado e não isolado e o alicate prensa-
terminais.

IST/SENAI-AC Figura 31 - Tipos de Terminais Fonte: SENAI-SP (2013) 43


A NUMERAÇÃO DOS CABOS

A numeração dos cabos é feita da seguinte forma: inicia-se pelo circuito de potência numerando as linhas de
alimentação com suas respectivas identificações. Em seguida segue-se uma linha vertical, iniciando pelo
número 1, numerando cada trecho da ligação e ao passar pelo componente o cabo troca de número.

Ao completar a primeira linha horizontal segue-se para a próxima linha do desenho até completar todo o
diagrama elétrico. A numeração dos cabos deve ser feita com uma fonte de tamanho menor que a utilizada na
identificação dos componentes do diagrama e deve ser posicionado no meio da linha que representa o cabo
elétrico e posicionado perpendicular em relação a ele.

Já os conectores de ligação são identificados pela letra X seguido de um número que o identifica na respectiva
régua de bornes.

O painel pode ter apenas uma única régua de bornes e neste caso a identificação fica sendo: X1.1 para o
primeiro conector, X1.2 para o segundo conector, X1.3 para o terceiro conector e assim por diante.

Quando houver mais de uma régua de bornes elas são identificadas como X1.y para a primeira régua, X2.y
para a segunda régua, X3.y para a terceira régua e assim por diante, onde y representa o número do borne na
régua.

IST/SENAI-AC 44
A NUMERAÇÃO DOS CABOS

Observe as figuras a seguir, que


ilustram um diagrama de
comando elétrico que emprega
três réguas de bornes.

Uma para a conexão dos cabos de


alimentação ao painel, outra para
a conexão do motor elétrico ao
circuito de potência e uma
terceira régua para a ligação dos
botões de comando do painel.

Figura 32 - Identificação dos cabos e conectores no circuito de potência


IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2014) 45
Figura 33 - Identificação dos cabos e conectores no circuito de comando
IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2013) 46
OS TERMINAIS DOS
MOTORES
Os terminais dos motores podem ser identificados por números ou por outra forma, dependendo da norma que
o motor atende. A tabela a seguir oferece um exemplo de correspondência entre os números de identificação
das pontas, ou dos cabos de ligação dos motores que foram utilizados, e as outras formas de identificação, de
acordo com cada norma específica.

Figura 34 – Identificação das pontas de motor


IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2013) 47
SENSORES DE PROXIMIDADE

Os sensores de proximidade atuam pela aproximação, presença e distância de um objeto na faixa de seu
alcance, como as portas automáticas, por exemplo.

Existem diversos tipos de sensores de proximidade. Neste capítulo, estudaremos os magnéticos, indutivos,
capacitivos e ópticos, por serem os mais utilizados. A simbologia usada para todos eles e as normas que a
definem você vê na figura a seguir.

Figura 35 - Simbologia do sensor de proximidade


Fonte: SENAI-SP (2013)

IST/SENAI-AC 48
INSTALAÇÃO FÍSICA
Durante a instalação física dos sensores de proximidade, você deve tomar alguns cuidados importantes:
a) seguir o padrão de cores da fiação do fabricante, pois cada um cria o seu;
b) evitar o aperto excessivo das porcas de fixação, usando a ferramenta correta;
c) regular o sensor para não sofrer impactos com partes ou peças da máquina, durante testes e funcionamento;
d) não submeter o cabo de conexão do sensor a esforço mecânico de tração ou torção;
e) evitar instalar a fiação do sensor muito próxima da instalação elétrica de motores, para evitar interferências;
e
f) fazer uma espira para evitar a quebra do cabo e permitir sua livre movimentação, quando instalado em partes
que se movimentam no sentido do seu comprimento.
Observe a figura a seguir.

Figura 36 - Fixação de sensor em superfície móvel


IST/SENAI-AC Fonte: SENAI-SP (2013) 49
Os suportes de fixação possuem furos para inserção e rosqueamento das duas porcas presentes no corpo
dos sensores. Quando o sensor for instalado em estruturas que sofrem vibração mecânica, recomenda-se
utilizar arruela de pressão para evitar que ele se solte. A figura a seguir mostra a instalação de dois sensores
de proximidade, um com apenas duas porcas, e outro com duas porcas e duas arruelas de pressão.

Figura 37 - Instalação de sensor em suporte fixo por meio de porcas e arruelas


Fonte: SENAI-SP (2013)

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INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Os sensores de proximidade indutivo, capacitivo e óptico possuem em comum as seguintes características


elétricas:
a) normalmente, alimentação por tensão contínua - sendo um positivo e o outro negativo ou zero (0) V; e
b) saída de sinal – uma saída ou duas, podendo ser ao relé ou ao transistor.
Aqueles alimentados por tensão contínua utilizam um padrão de cores para identificação de cada fio de
acordo com sua função, conforme apresentado no quadro abaixo.

Figura 37 - Instalação de sensor em suporte fixo por meio de porcas e arruelas


Fonte: SENAI-SP (2013)

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OBRIGADO !
JOELSON MENDES
Coordenador Técnico
IST-SENAI-AC

IST/SENAI-AC 52

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