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pauta
A documentação pedagógica como estratégia para renovação pedagógica.
Paulo Sérgio Fochi
Documentação Pedagógica
- Criar estratégias que contribuam para que os atores pedagógicos da escolas estejam
constantemente percebendo, refletindo, projetando e desenvolvendo o cotidiano
pedagógico.
- documentação pedagógica como um conceito que atua no sentido de nos ajudar a ver,
a refletir, a projetar e a narrar se coloca como uma estratégia potente para a
renovação pedagógica e para a construção de significados.
O que é documentação pedagógica?
• Documentar (ato de produzir registro) é diferente de Documentação (O produto
comunicado)
• Assim como o simples ato de produzir registros (documentar) não se basta em si mesmo,
o produto (ou seja, a documentação) também não. O conceito documentação pedagógica
envolve um modo de olhar, de refletir, de fazer, de pensar e de narrar o cotidiano
pedagógico e as aprendizagens das crianças e dos adultos.
- São dois os processos coexistentes que envolvem a estratégia da documentação
pedagógica: um está relacionado com o modo como o professor planeja, organiza e cria
possibilidades de aprendizagem (DOCUMENTAR) e o outro está relacionado com a forma
como torna visíveis as aprendizagens das crianças e o cotidiano pedagógico
(DOCUMENTAÇÃO).
“Processos, pois o que interessa comunicar não é o que as crianças aprendem, mas como as
crianças operam para construir seus saberes, quais as estratégias utilizadas ou construídas por elas
para alcançar seus desejos. Provisoriedade, visto que implica assumir que o conhecimento é
provisório e parcial — não estamos falando de verdades únicas e absolutas sobre as crianças,
tampouco se deseja que o processo comunicado seja compreendido como um retrato da realidade;
ao contrário, é sempre uma forma de interpretação que adultos estão construindo sobre os percursos
dos meninos e das meninas na escola como uma construção de significados. Resultado, pois existe
um compromisso de dar testemunho aos caminhos que resultaram da ação das crianças em seus
projetos pessoais ou em grupos e do próprio cotidiano pedagógico. Mesmo que parcial ou
provisório, existe algo a ser compartilhado, se entendermos o percurso que as crianças vão
traçando também como resultado de sua experiência educativa.” (p.150)
• Documentar e documentação funcionam ainda como duas ferramentas
diferentes no trabalho do professor:
“Como tenho argumentado ao longo deste texto, acredito que há dois níveis focais
do trabalho na documentação pedagógica: o primeiro, interno, em que são gerados
os processos documentais da construção de uma prática observada, registrada e
interpretada para a sua retroalimentação e para a identificação das zonas de
construção de conhecimento das crianças, dos profissionais e da instituição. O
segundo nível, externo, trata da comunicação das crenças e dos valores que a
instituição construiu, da comunicação dos percursos de aprendizagem das crianças
e do modo como elas interpretam e elaboram sentidos para si mesmas, para os
outros e para o mundo, ou seja, é um nível de compartilhamento e diálogo
democrático com a comunidade.” (p.151)
- As reflexões desses dois níveis focais são sustentadas por aquilo que tenho
chamado de pilares da documentação pedagógica: observar, registrar e
interpretar.
Observar – colocar em suspensão nossas ideias prefixadas a respeito
das crianças para querer conhecê-las, compreender seus processos de
aprendizagem e criar a temporalidade necessária para refletir sobre a
própria relação com os meninos e as meninas.
• b) as diversas camadas das interações entre as crianças ou das crianças com os adultos, da
constituição das amizades entre elas, de como se tornam grupo no cotidiano das instituições
e de como interagem com o seu entorno;
Uso de fotografias;
Legendas;
Descrições;
Tentativas de escrita de mini-histórias;
Variedade nos formatos e códigos de comunicação;
Diminuição significativa do uso de fichas contendo letras, números e
desenhos estereotipados (na nossa realidade isso já não é mais
cosnsiderado).
Ainda sobre a documentação:
REFLEXÃO
• A documentação considera e proporciona contextos de
escuta de si e do outro.
INTENCIONALIDADE
• Por que propor determinado registro?
CLAREZA
Qual a melhor linguagem a ser utilizada e por quê?
Precisamos ter sempre em mente que os registros não são solicitados para
ocupar o tempo das crianças ou para encher a pasta de atividades. Da
mesma forma, a infinidade de vídeos ou fotografias que produzimos não
podem ter como objetivo principal, a construção de um acervo de imagens
que utilizaremos ocasionalmente, ao final de cada período para compor
com as demandas de registros solicitadas aos professores – relatórios,
portfólios, vídeos etc. -.
(ARAÚJO, s.d., p.15)
Formas de Documentar
• Reflexões coletivas sobre a documentação e a Pedagogia
Freinet;
• Portfólio;
• Livro da Vida;
• Mini-História;
• Outras formas? Quais?