1) O documento discute diferentes configurações familiares e suas implicações para a terapia familiar;
2) Famílias de dois membros, três gerações, extensas e com filhos parentais apresentam desafios como dependência excessiva ou papéis familiares mal definidos;
3) Terapeutas devem considerar como a estrutura afeta a função da família e identificar áreas de força e fragilidade para direcionar o tratamento.
1) O documento discute diferentes configurações familiares e suas implicações para a terapia familiar;
2) Famílias de dois membros, três gerações, extensas e com filhos parentais apresentam desafios como dependência excessiva ou papéis familiares mal definidos;
3) Terapeutas devem considerar como a estrutura afeta a função da família e identificar áreas de força e fragilidade para direcionar o tratamento.
1) O documento discute diferentes configurações familiares e suas implicações para a terapia familiar;
2) Famílias de dois membros, três gerações, extensas e com filhos parentais apresentam desafios como dependência excessiva ou papéis familiares mal definidos;
3) Terapeutas devem considerar como a estrutura afeta a função da família e identificar áreas de força e fragilidade para direcionar o tratamento.
TERAPIA E CONFIGURAÇÕES FAMILIARES • Uma fábula: • Se você sobrevoar um bando de pinguins, poderá imaginar que é uma convenção de mordomos; • É sempre um erro, advertiu Sherlock Holmes, teorizar além do que permitem os dados; • Planejar o tratamento é uma atividade que pode ser empreendida somente com uma consciência das suas limitações, como na fábula; • Terapeutas de família aprendem a teorizar além das informações sobre a família, sempre com a consciência de que a estrutura familiar nunca é imediatamente manifestada. Planejamento *Uma hipótese inicial pode ser de valor inestimável para um terapeuta; *Famílias vêm com diferentes configurações e estruturas, a forma afetará a função, elas responderão a tensões segundo modalidades que são impostas por sua configuração; • Indicará áreas funcionais e elos frágeis no seu arranjo estrutural; • O terapeuta forma uma ideia da família como um todo, depois de um primeiro exame de certos aspectos básicos; • Num telefonema marcando a primeira consulta; • Ex: Quantos são os membros e onde moram? Idade? • Pontos que criam dificuldades a toda família? Áreas de possível força ou fraqueza? • O sinal mais imediato é a composição da família; • Certas combinações indicam áreas para exploração. FAMÍLIAS TAX DE DEUX * Família de duas pessoas: mãe e filho, a criança passa muito tempo com adultos, *Poderá ter habilidade verbal avançada, alta porcentagem de interação com adultos, e temas de adultos antes de seus companheiros e parecerá com adultos; * Passará menos tempo com crianças de sua idade, menos coisas em comum com estas e talvez esteja em desvantagem nos jogos fisicos.; • A mãe é livre, se ela escolhe dar mais atenção individual a criança, do que seria possível, se estivesse ocupada com um marido e outros filhos; • Como resultado: ser sagaz para interpretar o talento do filho, satisfazer e responder suas necessidades e perguntas • Estilo de vinculação intenso que alimenta ao mesmo tempo a mútua dependência e ressentimento. *Outro exemplo: Casal mais velho cujos filhos já deixaram o lar. Síndrome do ninho vazio; • Pai e seu filho único adulto, que tenham vivido juntos toda a infância deste; • Qualquer estrutura familiar, tem possíveis dificuldades ou elos fracos na corrente; • A estrutura de duas pessoas tem a possibilidade de uma formação de líquen na qual os indivíduos tornam-se simbioticamente dependentes um do outro; • Possibilidade que o terapeuta vai pesquisar: • União excessiva cerceando o potencial de cada membro? • Intervenções para delinear a fronteira entre os membros? • Abrirá as fronteiras que mantém indivíduos isolados de outras relações? • Fontes de apoio extrafamiliares, desafiar concepção de que “somos uma ilha” FAMILIAS DE TRÊS GERAÇÕES/EXTENSA • Várias gerações que vivem em íntima relação: • Configuração familiar mais típica do mundo; importância de trabalhar com três gerações independente de distâncias geográficas; • Classe média baixa, o terapeuta tenderá a olhar em termos de deficiência em lugar de força adaptativa; • Esse tipo de organização requer um contexto, família e o meio extrafamiliar são contínuos e harmoniosos, precisa de um contexto que complemente suas operações; • Terapeuta deve se guardar contra sua tendência a separação, querer delinear as fronteiras da família nuclear; • Mãe avó e a criança: Quem se encarrega de criar a criança? • Estratégias do terapeuta para que a “mãe real” assuma e avó retroceda; • É importante descobrir o arranjo idiossincrático para esta família em particular. FAMÍLIA EXTENSA • Avó viva com a filha e o neto • Avó seja a cabeça da casa e a mãe e a criança funcionem sob seus cuidados; • Estão os adultos cooperando ou se degladiando por posições de primazia? • Criança em coalisão com uma mulher contra a outra? • Necessário o terapeuta descobrir quantos membros a compõem e qual seu nível de contato com a rede extensa, nunca deverá ser subestimada; • Possível elo de fragilidade é a organização hierárquica; • Portador do sintoma, coalizões transgeracionais/bode expiatório; • Desorganizadas, adultos podem funcionar de modo centrífugo, desapegado, criação das crianças podem ficar mal definidas “e cair nas rachaduras da estrutura” • Familias pobres/carga excessiva trabalho/ esclarecer fronteiras. FAMÍLIAS COM SUPORTE • Familia ampla não é tão comum como já o foi nessa cultura; • Ter muitos filhos era a norma, as crianças eram consideradas um bem da família; • Os tempos mudaram, porém a relação estrutural encontrada em várias famílias amplas não mudou; • Qdo aumentam de tamanho, a autoridade deve ser delegada, geralmente uma ou várias das crianças mais velhas são dadas responsabilidades parentais, tomam sobre si funções de criações dos demais como representante dos pais; • Arranjo funciona bem enquanto as responsabilidades do filho parental são claramente definidas pelos pais e adequadas à sua capacidade e nível de maturidade; • O filho parental é excluído do subsistema fraterno e o eleva até o subsistema parental, tem aspectos atrativos, desde que tenha acesso direto aos pais, e poderá incrementar suas habilidades executivas. FAMÍLIAS COM SUPORTE • Esse modo de relação funcionou bem por milênios. Muitos terapeutas são ex-filhos parentais; • Pode quebrar-se e o filho tornar-se sintomático, quando recebem responsabilidades com as quais não consegue lidar e não recebem autoridade para levar a cabo suas responsabilidades; • São por definição cortados ao meio: excluído do contexto dos irmãos e não aceito realmente pelo holon parental; • Dificuldades para participar do contexto de socialização e pode bloquear o exercícios dos cuidados ternos que os menores necessitam; • Na terapia, empregar técnicas de fixação de fronteiras que reorganizam o subsistema parental e conduzir sessões com os irmãos sozinhos; • Responsabilidade distribuída mais equitativamente entre os irmãos. FAMILIAS ACORDEÃO • Um dos progenitores longe de casa por longos períodos de tempo; • Ex: militares, caminhoneiros... • O cônjuge que permanece tem que assumir funções adicionais de cuidados com as crianças, executivas e de guia; • As crianças podem funcionar para suplementar a separação dos pais, mesmo para cristalizá-los nos papéis de “bom pai e mãe desertora e má”; • Terapia se o trabalho do progenitor muda e se torna permanente na organização familiar, é preciso uma modificação como a família organiza suas funções que incluam o cônjuge ausente; • Nessa transição, a terapia incluirá não somente manobras de reestruturação, mas também educacionais; • A família deverá entender que, de fato são uma “nova família”. FAMÍLIAS FLUTUANTES • Famílias mudam constantemente de domicilio: • Famílias de gueto que se muda quando o aluguel aumenta; • Executivos de grandes empresas que são transferidos pela matriz • Em outras famílias é a composição que flutua: progenitores muda de companheiro várias vezes; • A função do terapeuta será então ajudar a família a definir claramente sua estrutura organizacional, ter em mente que quando a família perde seu contexto por mudança de domicílio, seus membros entrarão em crise e funcionar em nível de competência menor; • É essencial não presumir que a crise é um produto da patologia da família; • O holon familiar é sempre um contexto mais amplo e desmembrada vai evidenciar rupturas. FAMÍILIAS HÓSPEDES • Uma criança hóspede é por definição um membro familiar temporário; • Assistentes sociais deixam claro que a família hóspede não deve se apegar à criança, uma relação pai-filho muitas vezes são estabelecidos, somente quebrados quando a criança se muda para uma nova família, ou volta para a origem; • Um problema potencial nesta configuração é que a família se organiza como se não fora hóspede, é incorporada nos sistema familiar; • Se desenvolve sintomas, terapeuta e família podem presumir que os sintomas da criança são produtos de suas experiências anteriores, ou da patologia internalizada; • É preciso avaliar a relação do sintoma à organização familiar, sintomatologia é crise de transição, ou se obedecem a organização desta e se relacionam com as tensões que outros membros da família manifestam de outros modos; • Agências de famílias hóspede, podem operar de modo que impede a acomodação entre a criança e a família. FAMÍLIAS COM PADRASTO OU MADRASTA
• Quando um padrasto ou madrasta são incluídos numa unidade
familiar, esta deve passar por um processo de integração, que pode ter mais ou menos sucesso; • Pode não se entregar como um compromisso pleno ou a unidade mantê-lo periférico; • As crianças poderão aumentar suas demandas no progenitor natural, exacerbando seu problema com lealdades divididas; • Casos que as crianças viviam longe progenitor natural, devem acomodar-se a ambos. Crises são vistas como normais; • A cultura ocidental postula a formação instantânea da família, podem ser ritual, legal ou não; • Todavia, o tempo ainda não lhes deu legitimidade funcional; • É possível que o terapeuta tenha que ajudar a família, introduzindo esquemas para uma evolução gradual. FAMÍLIAS COM UM FANTASMA • Família que experienciou morte ou deserção, pode ter problemas para redistribuir as tarefas do membro ausente; • Atitude que, se a mãe ainda vivesse, ela saberia o que fazer e assumir as funções da mãe torna-se um ato de deslealdade; • Velhas coalizões devem ser respeitadas como se a mãe ainda fosse viva, questões de luto incompleto; • Do ponto de vista terapêutico, esta é uma família em transição; • Terapeuta reconhece configuração básica, religião, posição econômica ou origem étnica, o quadro conterá o problema; • Se um bebê não prospera, eventuais disfunções, interação mãe- filho, se “não aceita ordens”, aliança dentro da hierarquia familiar que está dando apoio adulto para desobedecer; • Certos sintomas são um indício claro de determinados arranjos estruturais familiares; formação de hipóteses pelo terapeuta. FAMÍLIAS DESCONTROLADAS • Famílias com problema de controle, o terapeuta supõe problemas em determinadas áreas: • Organização hierárquica da família, implementação de funções executivas no subsistema parental e proximidade dos membros; • Famílias com crianças pequenas, clinica e escola, descrita pelos pais como um “monstro” que não obedece regra; • Quando um tirano de vinte cinco quilos aterroriza uma família inteira, deve-se supor que tem um cúmplice, é preciso que tenha subido no ombro de um adulto; • O terapeuta pode supor que os cônjuges se desqualificam um ao outro, o que deixa o tirano numa posição de poder; • O objetivo terapêutico é a reorganização da família, com os pais cooperando entre si e a criança apropriadamente rebaixada de posto, desenvolvimento de uma hierarquia clara, pais tem controle. FAMÍLIAS COM ADOLESCENTES • As questões de controle podem ser relacionadas á inabilidade dos pais para passar do estágio de pais solícitos de crianças pequenas ao de pais respeitosos de jovens adolescentes; • Pode ocorrer, que entre um adolescente e um pai super protetor exista uma relação tão excessiva que nenhuma ação do filho passe inadvertida. Bloquear pode aumentar os choques; • O melhor caminho para o terapeuta é caminhar no meio da estrada, apoiará os direitos dos pais de fazer demandas e requerer respeito e também as demandas de mudança do adolescente; • Em famílias com crianças delinquentes, o controle dos pais depende da sua presença, autoridade existe somente quando os pais estão lá para implementá-la; • A criança aprende que há regras e estas não operam em outros, os pais tendem a emitir um alto numero de respostas controladoras , que muitas vezes são ineficazes/ comunicação caótica FAMÍLIAS COM CRIANÇAS MALTRATADAS • Respostas destrutivas dos pais para com os filhos, os pais carecem de sistemas de apoio; • Respondem as crianças como se fossem uma continuação de si mesmos, a ação das crianças é sentida como se fosse pessoal; • Pais nesta situação não tem seu próprio contexto adulto na qual são competentes, a família é o único campo onde expressa poder e competência, que emerge como agressão; • Díade demasiado unida, um dos pais e uma criança/aliança inimiga, os maus tratos entre os pais transbordam para o filho; • Bebê que não se desenvolve/ efeito por a criança em perigo; • Fobias escolares: Em um grupo, a fobia é manifestação de uma organização delinquente; • No outro, há união excessiva entre a criança e algum membro da família que prende a criança em casa e a faz permanecer companheira. FAMÍLIAS PSICOSSOMÁTICAS • A estrutura inclui uma excessiva ênfase nos papéis de cuidados; • A família parece funcionar melhor quando alguém está doente, incluem superproteção, fuga ou união excessiva entre os membros; • Inabilidade para resolver conflitos, enorme preocupação para manter a paz, evitar conflito e extrema rigidez; • Não é a rigidez do desafio, senão a rigidez da água; • Parecem inteiramente normais, família típica, bons vizinhos, não brigam, leais e protetores, família ideal; • Apresentam ao terapeuta, justamente seu caráter agradável, ansiosos por responder, que pode sentir que estão cooperando com ele, somente para sentir-se frustrado: repetidamente pelos problemas destas famílias, assim como pela facilidade com que o absorvem na doçura de sua atitude de paz a qualquer preço.