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Fisiologia da Circulação Fetal e Neonatal – aula 28/11 – p3

Crescimento e desenvolvimento funcional: nas primeiras semanas (2 e 3), basicamente, o desenvolvimento maior é
da placenta e das membranas proporcionalmente. Desenvolve mais o que vai dar nutrição ao embrião para permitir
que ele desenvolva rápido. Esse crescimento, geralmente, é proporcional à idade gestacional em semanas. (ex: 10
semanas, o embrião tem 10cm; 40 semanas, tem 50cm). O embrião cresce pouco mais que a idade gestacional dele
em semanas. Geralmente tem como calcular a idade gestacional pelo tamanho. Obstetra mede até o fundo do útero,
que tem relação indireta para saber a idade gestacional. O peso aumenta na proporção de “ao cubo” (volume).

Nesse gráfico o bebe ganha muito em comprimento no começo e na segunda


fase ele vai ganhando peso. No começo cresce e depois ganha o peso. O bebe
está praticamente formado nos primeiros 2 ou 3 meses, tem todas as
estruturas importantes. Alguns orgãos precisam ainda de um
amadurecimento, mas já tem condições de estar praticamente formado.

Desenvolvimento de Orgãos: as características funcionais começam no início,


o coração por exemplo, e a maior parte já está funcionando relativamente
bem no primeiro trimestre. No 4 mês já tem muita similaridade com o recém-
nascido, mas requer amadurecimento das estruturas para que possa estar
apto ao ambiente externo. Os últimos órgãos a amadurecer são rins, fígado e
SNC, o pulmão também entra ali. O bebe prematuro tem dificuldade de
respiração, o pulmão tem capacidade de troca gasosa mas não tem muita capacidade de expansão pela deficiência de
surfactante produzido pelos pneumocitos do tipo 2 (Doença da membrana hialina). A mãe pode usar corticoide
exógeno para expandir o pulmão pela indução do surfactante, adianta um pouco no processo de amadurecimento
quando tem um parto prematuro. Se você pegar uma mãe, com gestação de 20 semanas, e der corticoide pra ela
provavelmente o bebe não vai produzir surfactante. No trabalho de parto libera cortisol, que é o hormônio do estresse,
e isso ajuda na produção do surfactante, o trabalho de parto começa dias antes da hora do nascimento. Quando a
mãe está de 36 semanas, na verdade você não sabe se é 38 ou 34, não tem muita certeza desse período, se entrar em
trabalho de parto a obstetra dá o corticoide para garantir.

Rim não é só para filtração, o bebe não tem capacidade de concentração de urina na vida intrauterina. Ele precisa de
mais liquido para eliminar soluto. O fígado, tem uma certa incapacidade. O SNC é o último a se desenvolver. A
mielinização ocorre quase completa no primeiro ano de vida, mas muitos reflexos estão prontos no primeiro trimestre
de gestação. Por isso esse é o período da gestação que é o mais importante, ocorrem má formações mais importantes
nesse período. Pode até descobrir mais pra frente essa má formação, mas geralmente ocorre no primeiro trimestre.

Desenvolvimento: coração começa a bater com 4 semanas, geralmente com 6 ou 8 semanas já é detectável no
ultrassom transvaginal, as hemáceas são produzidas na terceira semana, primeiro no saco vitelínico e placenta, depois
pelo mesênquima fetal, endotélio, baço, saco linfoide, e fígado (com 6 semanas). Depois a própria medula assume a
função hematopoiética (a partir do 3º mês). Lembrar que o fígado é um órgão que tem função de hematopoiese
também. Doenças como leucemina mieloide, mielofibrose, são ocasionadas por disfunção da medula, o fígado começa
a aumentar e assume novamente o papel de hematopoiese.

Respiração geralmente não ocorre intrauterino. O que tem, as vezes, durante a gestação é como se fossem pequenos
espasmos, como soluços. O bebe engole o líquido, mas o pulmão está repleto, mas não fica colocando o líquido para
dentro e para fora (liquido amniótico), inspirando aquele líquido continuamente. Os movimentos de contração
respiratória ficam mais plenos a partir do 3º mês de gestação, melhora a capacidade urinária. No fim da gestação o
líquido contem surfactante, que promover uma menor tensão superficial do alvéolos, maior facilidade de expansão
desses alvéolos.

Maior parte dos reflexos estão desenvolvidas no 3 mês, o cortex está imaturo, a mielinização ocorre até o 1 ano de
vida. Quando a criança faz acompanhamento pediátrico após o nascimento e durante o primeiro ano de vida, o
pediatra faz a medição da circunferência encefálica para acompanhar esse desenvolvimento. Na metade da gestação
o bebe começa a engolir o líquido amniótico, que é absorvido pelo sistema gastrointestinal já capacitado para isso no
último trimestre, e ele urina, uma urina pouco diluída – não tem capacidade de concentração, na cavidade amniótica.
Ou seja, esse líquido tem uma circulação. Fora que esse líquido é produzido pelas membranas que revestem o bebe
(cerca de 30%). Quando bebe nasce, ele evacua verde, é um suco entérico concentrado rico em células, que chama
mecônio. O bebe não elimina mecônio no líquido, geralmente. Mas se estiver presente pode ser um sinal de
sofrimento fetal. NÃO é tão normal ter mecônio na cavidade amniótica. Sem contar que, se a criança em trabalho de
parto mais complicado elimina mecônio e a criança aspira, dá uma pneumonite química. Prejudica o trato respiratório
da criança.

O rim começa a excretar urina no segundo trimestre, que representa uma parte do líquido amniótico (70 a 80%), mas
o controle ácido básico do rim é limitado, quem excreta as substâncias indesejadas e faz o controle ácido básico é a
mãe. O rim só fica nessa recirculação.

Metabolismo: Feto é um grande consumir de glicose. Gestante tem característica hiperglicemiante, para poder
disponibilizar o carboidrato, e o feto armazena muita proteína e gordura, essa última ocorre principalmente do 2
trismestre. Acumula cálcio e de fosfato, que em relação à reserva materna é pequena, não tem repercussão. A grande
calcificação ocorre no último trimestre, no começo os ossos tem pouca calcificação (até o 4 mês), aparece pouco no
raio x no inicio, mas depois sim. Isso representa muito pouco (2%) a reserva mineral dos ossos maternos. O feto tem
uma reserva de ferro no fígado, que é retirado da mãe, ele nasce geralmente com reserva de ferro pros primeiros
meses de vida dele, fica na forma de ferritina.

No gráfico: a reserva de ferro é maior que a de cálcio e fosfato. Quando bebe


começa a se alimentar, hoje em dia tem reposição de ferro e vitamina D quando a
criança está desmamando, porque pode entrar em deficiência, mas essa reserva
garante os primeiros meses, associados à amamentação.

Pergunta: a mãe com anemia ferropriva vai precisar dar suplementação? Em geral
sim. Em geral tudo o que tem no corpo da mãe tem no do bebe. O organismo busca
o equilíbrio, ele pode acentuar um pouco mais a anemia ferropriva da mãe pra
disponibilizar para o feto mas se for um quadro acentuado, o organismo prioriza a
vida da mãe, o bebe pode ter algum problema decorrente disso. Mas em geral só
se for grave para repercutir no bebe.

Vitaminas: organismo do bebe está em alta velocidade de formação celular, então tem necessidade de estoque grande
de vitamina – tanto ou até mais que um adulto. Mas a mãe com alimentação balanceada não chega a ter déficit na
gestação, mas pode ter suplementação. São necessários para formação dos tecidos, não só sanguíneo e nervoso, mas
todos os tecidos do organismo.
 VIT B E ACIDO FÓLICO NECESSÁRIOS PARA FORMÇÃO DE HEMÁCIAS, TECIDO NERVOSO E CRESCIMENTO

 VIT C NA FORMAÇÃO DE MATRIZ ÓSSEA, SUBSTÂNCIAS INTERCELULARES E FIBRAS DE TECIDO CONJUNTIVO

 VIT D PARA DESENVOLVIMENTO ÓSSEO

 VIT E NECESSÁRIA NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DO EMBRIÃO

 VIT K USADA PARA FORMAÇÃO DE FATOR VII (DERIVADA DA MÃE)

vitamina K ,vem do organismo materno, é usada para o Fator VII de coagulação além de outros 3 fatores, são
dependentes dessa vitamina. Quando a vitamina K é oxidada e forma os fatores de coagulação, existe uma enzima
que reduz essa vitamina K, ela faz mais efeito com essa enzima íntegra. Existem alguns remédios, por exemplo a
varfarina, anticoagulantes orais que fazem a inibição dessa enzima, então quando a vitamina K oxidada, ela não volta
mais pra forma reduzida e não é oxidada novamente. Tem diminuição dos fatores de coagulação relacionada à
deficiência de vitamina K. (OBS APENAS).

Ajustes do bebe para a vida extrauterina:

Após o nascimento tem a perda do suporte metabólico e respiratório. Inicia antes de 1 minuto após o nascimento,
estimulada por estado levemente asfixiado. O bebe vai começar a respirar, o que faz isso? Acabou o suprimento da
placenta. Entra no estado levemente asfixiado, estimulando o centro respiratório dele, e alguns impulsos da pele
levemente resfriada faz com que ele comece a respirar. Geralmente antes de um minuto de vida.
Lembrar que o bebe tem tolerância grande à hipóxia, mas ate ter sequela disso geralmente é preciso de um período
prolongado, maior e mais intensa que no adulto – suporta até 10min. Mas pode ocorrer lesões no tálamo, colículos
inferiores e podem afetar o tronco cefálico. Geralmente são sequelas motoras, e não afetam tanto a parte cognitiva
(ex. paralisia cerebral).

O bebe nasce com o pulmão colabado, o pulmão tem líquido, tem surfactante mas a
pressão superficial é maior que no nosso pulmão, precisa fazer uma pressão negativo
de 25mmHg, isso é muito. Mas necessário para expandir o pulmão de forma
adequada. A primeira respiração é maior que 25mmHg. Pode ate -60mmHg, no
gráfico de complacência a gente vê essa variação de pressão e volume.

No primeiro gráfico começa em pressão 0, igual do ambiente, começa a puxar o


embulo, vai pra -20 onde já estaria entrando no adulto mas no bebe ainda não entra.
Chega a -40 começa a entrar o ar, depois o bebe começa a expirar e o ar a sair. Depois
inverte a pressão de negativa para positiva e começa a subir o volume. Esse é o
primeiro de inspiração e o mais importante. Depois dele a necessidade de pressão
diminui. A primeira é mais difícil, nas subsequentes essa necessidade vai diminuindo
e na primeira meia hora o bebe já está com a mesma pressão que a gente sem muito
esforço. A primeira inspiração é a mais difícil. Depois começa a trabalhar muito perto
do fisiológico.

Membrana hialina, é uma deficiência do surfactante – substência produzida pelos pneumócitos do tipo 2. Nesse caso
tem pouca produção do surfactante que reduz a tensão superficial. No líquido temos presença de proteínas
semelhantes ao plasma e ele começa a ser secretado no último trimestre. Se tiver suspeita de prematuridade na hora
do parto pode ser antecipada pelo uso de corticoide de forma exógena, mesmo que a produção só ocorra daí a 12 ou
18 horas, já ajuda.

Ajustes circulatórios: durante a vida fetal ocorre pouca circulação para o fígado e pulmão. Geralmente fígado e pulmão
não tem tanta importância porque são substituídos pelos órgãos maternos, e placenta assume esse papel. Em relação
à circulação materno-fetal, a veia umbilical (somente uma) e as artérias (duas) umbilicais são invertidas em relação à
circulação que conhecemos: a veia leva sangue mais oxigenado e as artérias levam o sangue menos oxigenado. É ao
contrario da nossa. A circulação pulmonar também é assim: artéria leva o sangue menos oxigenado e a veia o sangue
mais oxigenado. (conceito: artéria é o que leva do coração e a veia é o que traz para o coração).

O sangue da mãe passa pela placenta para a veia umbilical, pelo ducto venoso
vai pra veia cava inferior (VCI), disso vai pro átrio direito (AD), e pela posição
da veia cava ele passa preferencialmente para o átrio esquerdo (AE) pelo
forame oval, pela valva de Eustáquio (estrutura que ajuda na condução do
sangue para o AE). Depois vai pro ventrículo esquerdo (VE) passando pela
válvula mitral e para a aorta. De todo o sangue esse é o melhor, mais rico em
oxigenação e nutrientes. Por isso vai para a parte superior (cérebro). O sangue
que vem da veia cava superior (VCS), vai para o AD, desce preferencialmente
para o ventrículo direito (VD) pela válvula tricúspede e segue para a artéria
pulmonar. O pulmão está colabado, muita resistência vascular, o sangue
segue pelo ducto arterioso para a aorta e se mistura abaixo de onde o que
veio do VD. E vai irrigar o restante do corpo do feto. Depois que nasce, inverte
a pressão das câmaras cardíacas, o que faz com que a válva de Eustáquio se
feche e “cola” no musculo, mas em algumas pessoas pode não colar e se tiver
doença que aumente a pressão do lado direito pode até abrir. É comum ter
resistência, e manter a comunicação intratrial (“CIA”). Na maioria das vezes
não é patológico, não consegue ver no ECG e nem tem indicação de cirurgia.
Mas é comum de ter essa comunicação.
O sangue volta pelas artérias umbilicais para a placenta. Elas viram os ligamentos umbilicais mediais, ao lado do uraco,
vão obliterar depois do nascimento, assim como a veia umbilical que vira o ligamento redondo do fígado. Em situações
patológicas podem ate reperfundir como na cirrose, pela hipertensão portal. Grande leito vascular na placenta (55%)
e uma pequena parte no pulmão (12%).

Mudanças circulatórias ao nascimento:


 PERDA DO FLUXO PLACENTÁRIO O QUE DUPLICA A RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA (AUMENTA PRESSÃO AÓRTICA, VENTRICULAR
E E ATRIAL ESQUERDA)

 DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR NOS PULMÕES EXPANDIDOS E SEM HIPOXIA (DIMINUI PRESSÃO ART.
PULMONAR, VENTRICULAR D E ATRIAL D)

Ocorre o fechamento do forame oval pela inversão da pressão das câmaras cardíacas. Lembrar que pode não aderir
essa membrana em algumas pessoas. A aorta passa a ter pressão maior que a artéria pulmonar, isso induz a contração
ducto arterioso de forma gradual (1 a 8 dias ele se fecha). Se não fechar vai ter persistência do canal arterioso -> PCA.
Normalmente se fecha com alguns dias de vida. O ducto venoso, geralmente, se fecha mais rápido que o arterioso.
Quando ele se fecha obrigatoriamente o sangue segue o sistema da veia porta, a via hepática, e vai forçar pelos
sinusóides hepáticos sua passagem e o fígado se expande. Se o ducto não se fecha pode ser causa de hipertensão
pulmonar.

Nutrição: geralmente o bebe quando nasce tem gordura mas pouca reserva de glicose disponível. Não tem
armazenamento de glicogênio como nós, o fígado não é tão maduro. O bebe vai amamentando por isso, entre outras
coisas. Pode fazer gliconeogênese também com o tempo. Proporcionalmente ao peso a renovação de líquido do bebe
é muito maior (7x mais) que o adulto. Ingere muito mais líquido e perde muito mais também. Isso gera um desequilíbrio
muito grande, tem mais facilidade à distúrbio hídrico.

Alterações funcionais: ocorrem devido à instabilidade por imaturidade ou falta de ajuste. O ponto de ajuste é
deficitário, o controle de temperatura é muito labil, a proporção da superfície corpória é maior que a do adulto, tende
à hipotermia. Sistema respiratório é duas vezes maior que o do adulto em relação ao peso corporal, o volume corrente
é maior. Se o bebe respirar pouco a mais ou pouco a menos tem tendência a fazer alteração gasométricas. O volume
residual é pequeno e ventilação corrente grande. Ele é o sistema tampão de gases, evita a variação muito abrupta.
Tem uma concentração relativamente estável de gases e dá um amortecimento dessas variações. O bebe tem volume
residual pequeno e ventilação corrente grande, ou seja é mais suscetível a alterações gasométricas.
 OCORREM DEVIDO A INSTABILIDADE POR IMATURIDADE OU FALTA DE AJUSTE

 SISTEMA RESPIRATÓRIO (16CC EM CADA RESPIRAÇÃO- 640mL/MIN O QUE É DUAS VEZES MAIOR QUE O ADULTO EM RELAÇÃO AO
PESO CORPORAL)

 PEQUENO VOLUME RESIDUAL

Volume sanguíneo é de 300ml. O debito cardíaco é proporcionalmente maior que do adulto, e a pressão tende a ser
mais baixa, os limites de considerar hipertenso uma criança é menor que do adulto. PA sistólica é 70mmHg e a pressão
diastólica é de 50mmHg. Sangue extra pulmonar pode causar edema pulmonar. O débito cardíaco, proporcionalmente,
é 2x maior que a do adulto, é de 500ml/min.

Hemaceas 4 milhões por ml, Leucócitos é de 45.000/ml, o recém nascido tende a ter leucocitose, depois normaliza e
tem mais leucócito por ml do que o adulto. A bilirrubina, ela altera no começa, tem uma hiperbilirrubinemia fisiológica.
O bebe tem bilirrubina mais alta, principalmente a indireta. O pediatra acompanha, o bebe vai pra casa, toma banho
de sol, e melhora. Mas se subir demais vai ficar hospitalizada. Se a criança tiver alguma doença hemolítica, a
eritroblastose fetal (mãe Rh+ e o bebe Rh-) é clássica, somada à incapacidade hepática tem maior chance de ter
bilirrubina. Aí ela tem maior chance de fazer icterícia com Kern – com sequelas. A hiperbilirrubinemia ocorre por
bilirrubina direta, que é lipossolúvel, e pela ausência de mielinização do bebe, isso causa deficiência nos núcleos da
base, causando sequelas neurológicas irreversíveis. É muito raro de se ver.
Gráfico com contagem de hemáceas e bilirrubinas, quando nasce, aumenta e
depois cai. Leucócitos também. O primeiro trimestre de vida é o quarto trimestre de gestação, tem adaptação ao
ambiente externo.

Balanço hídrico e Equilíbrio acido básico:


 NECESSIDADE 7 VEZES MAIOR QUE O ADULTO

 FORMAÇÃO 2 VEZES MAIOR DE NO ADULTO

 RINS CONCENTRA ATÉ 1,5 VEZ A OSMOLARIDADE

 TENDÊNCIA A ACIDOSE, DESIDRATAÇÃO

Balanço hídrico esta maior proporcionalmente do que do adulto, concentra mais a urina, existe uma concentração de
substancia indesejadas, principalmente substâncias ácidas. Então precisa de muito mais liquido que o adulto pra
eliminar isso. Tem tendência à acidose e desidratação.

Função hepática:
 CONJUGA MAL A BILIRRUBINA

 DEFICIENTE NA FORMAÇÃO DE PROTEÍNAS

 GLICONEOGÊNESE INSUFICIENTE – apesar de fazer não tem a mesma agilidade, por isso tem que amamentar, para repor glicose.

 FORMA MENOS FATORES DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA

Tem deficiência relativa (imaturidade hepática) na formação de proteínas, são só nos primeiros dias, fica dependente
das reservas e de leite materno, mas depois passa. O bebe tem que se alimentar o tempo todo pq não tem de onde
tirar a glicose. Para os fatores de coagulação sanguínea, o bebe tem uma reserva hepática, que é satisfatória, e depois
ele vai colonizar o TGI dele e vai ter a formação da vitamina K, que servirá para formar os pro fatores de coagulação.

Digestório e absorção:

 CARACTERÍSTICAS SEMELHANTES A DE CRIANÇAS MAIORES

 AMILASE PANCREÁTICA DO RN É DEFICIENTE- USA MENOS AMIDOS

 ABSORÇÃODE GORDURAS É MENOR

 CONCETRAÇÃO DE GLICOSE NA PRIMEIRA SEMANA É INSTÁVEL

 ESPECIALMENTE CAPAZ DE SINTETIZAR E ARMAZENAR PTN (ALTA ABSORÇÃO DE AA)

Amilase não é totalmente desenvolvida, mas absorve amido com relativa facilidade. Absorção de gordura é um pouco
menor. E por conta dessas deficiências da absorção do TGI, da gliconeogênese, são mais suscetíveis à alterações de
índice glicêmico nas primeiras semanas de vida. Consegue absorver aminoácidos com maior facilidade

Metabolismo:
 METABOLISMO AUMENTADO 2 VEZES EM RELAÇÃO AO PESO

 DÉBITO CARDÍACO AUMENTADO

 ÁREA CORPORAL MAIOR E MAIOR PERDA DE CALOR ALÉM DE IMATURIDADE DO CONTROLE DA TEMPERATURA
Metabolismo é aumentado em relação ao peso. Na criança o metabolismo é maior. Com a idade isso vai diminuindo a
proporção, o debito cardíaco é alimentado para dar conta desse metabolismo. Área corporal é maior e associado à
imaturidade de controle de temperatura faz ele ficar dependente do controle comportamental, que se dá pela mãe
para esse controle.

Gráfico: temperatura

Nutricao:
 TOTAL EQUILÍBRIO NUTRICIONAL AO NASCER

 NECESSIDADE E CÁLCIO E VIT D

 NECESSIDADE DE FERRO (ADMINISTRAÇÃO A PARTIR DO TERCEIRO MÊS DE VIDA)

 VIT C (IMPORTANTE NO CRESCIMENTO DE CARTILAGENS, OSSOS E ESTRUTURAS INTERCELULARES)

Quando nasce, do ponto de vista nutricional, está equilibrado e está apto a se alimentar por conta própria, geralmente
a amamentação é mais que o suficiente. Tem uma necessidade grande de cálcio, tem depleção grande por parte da
mãe, é importante vitamina D (tomar sol pelo menos 15min por dia), necessidade de ferro que é suplementada a partir
do momento de desmame, em geral, e outras vitaminas que não são tão faladas.

Imunidade:
 ANTICORPOS MATERNOS PROTEGEM POR ATÉ 6 MESES

 GAMAGLOBULINAS CAEM NO PRIMEIRO MÊS

 ALERGIAS PODEM SE DESENVOLVER QUANDO COMEÇA PRODUÇÃO EFETIVA DE ANTICORPOS

Os anticorpos maternos protegem o bebe ate 6 meses dependendo das doenças. Vacinas são, em geral, depois desse
período, tem imunidade passiva ao anticorpos maternos além do que são passados pela amamentação. O bebe tem
leucocitose ao nascer, mas apesar disso, é um ser imunossuprimido pq não é igual a nossa imunidade, mas vai
equilibrando ao longo dos meses.

Alterações endócrinas:

geralmente bem desenvolvido, não tem deficiência no geral. Lembrar das importâncias dos hormônios sexuais para o
desenvolvimento sexual do bebe. Se o bebe feminino for exposto ao androgênio pode ter caracteres sexuais primários
masculinos ou mesmo misturado. Os altos níveis de hormônio maternos durante a gestação podem desenvolver
glândula mamaria no bebe, pode até ter galatorréia (produção de leite), não é comum e geralmente depois de um
tempo regride. O bebe tem suporte de glicose alta na gestação e isso muda ao nascer, então eles fazem muita
hipoglicemia.

Bebe de mãe diabética tem maior tendência à doença da membrana hialina, distúrbio hormonal. Diabetes do tipo 1
tem controle pior. Do diabetes tipo 2 tem aumento da glicemia e da insulinemia. DM do tipo 1, eventualmente, apesar
dos bebes de mais diabetes terem desenvolvimento maior, eles nascem “giga”. A mães diabética tipo 1 pode ter um
desenvolvimento menor, porque a placenta não supre tudo que o bebe precisa – não corre muito na prática. É mais
literatura.

Lembrar que Hipotireoidismo e Hipertireoidismo materno pode repercutir na função tireoidiana do bebe, inclusive no
começo ele depende dos hormônios maternos para que ocorra um desenvolvimento pleno do desenvolvimento do
SNC. Se a mae tiver hipertireoidismo, o bebe pode fazer um hipotireoidismo quando nasce, mas geralmente isso é
transitório, a não ser que ele tenha uma agenesia da tireoide. Falta de hormônio tireoidiano pode causar Cretinismo,
que é o retardo mental com sequelas. Pode ocorrer intrautero ou quando nasce. Se não tratar vai ter sequela
geralmente irreversível. (sempre do hipotireoidismo)

Prematuridade:
 RESPIRAÇÃO (CAPACIDADE VITAL E FUNCIONAL RESIDUAL DIMINUÍDA)

 TGI (PODE TER DIFICULDADE DE ABSORÇÃO DE GORDURAS E CÁLCIO) – pode necessitar de dietas específicas, e até nutrição parenteral.

 HEPÁTICO ( PTNS DE COAGULAÇÃO) – conjugação de bilirrubina, proteínas do sangue.

 RENAL ( PREDISPOSIÇÃO A ACIDOSE E ALTERAÇÕES DE BALANÇO HÍDRICO)

 MEDULA ÓSSEA – quanto mais cedo, menor a produção de sangue. Outros órgãos é que são reponsáveis pela hematopoiese.

 FORMAÇÃO DEFICIENTE DE GAMAGLOBULONAS - imunossuprimida

 INSTABILIDADE DOS MECANISMOS HOMEOSTÁTICOS: -EQUILÍBRIO ÁCIDOBÁSICO -HIPOPROTEINEMIA -TETANIA (níveis de cálcio,
principalmente na hipocalcemia) -HIPOGLICEMIA -CONTROLE DE TEMPERATURA CORPORAL – EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO

 CEGUEIRA POR OXIGENIOTERAPIA (FIBROPLASIA DA CÂMARA POSTERIOR)

Instabilidade dos mecanismos omeostaticos, do equilíbrio, quanto mais prematuro maior a instabilidade. Pode correr:
tetania pela hipocalcemia, hipoglicemia, controle do equilíbrio hidroeletrolítico,

Cegueira por oxigenioterapia – sequela por prematuridade, sequela pulmonar, tem maior chance de ter alteração de
comportamento. Tem tradicionalmente alteração retiniana, que gera fibroplasia da câmara posterior do olho,
estimulada pela câmara de oxigenação o aparecimento de vascularização do olho, pode cursar com cegueira. (SÓ
EXEMPLO PQ TA NO LIVRO).

Gráfico de crescimento.

Sexo masculino e feminino são muito parecidos. Na adolescência a menina para primeiro de crescer que os meninos.
 MIELINIZAÇÃO COMPLETA ATÉ O PRIMEIRO ANO

 MASSA CEREBRAL É DE 23% AO NASCER, 55% NO PRIMEIRO ANO

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