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Desenvolvimento inicial de organismos

multicelulares:

Mecanismos universais de desenvolvimento e gênese do plano


corporal

Fátima Carolina Recalde Ruiz


São as transformações suscesivas dos seres vivos desde o zigoto até o
padrão complexo final do corpo
ZIGOTO reo
rga
niza
ção
do cito
plas
Fertilização ma
ZIGOTO
reo
rga
niza
ção
do cito
plas
Fertilização ma

eixo animal - vegetativo do embrião


VITELO

Ovo de rã Xenopus
ZIGOTO
reo
rga
niza
ção
do cito
plas
Fertilização ma

Estabelece a polaridade do
eixo animal - vegetativo do embrião embrião.
VITELO
Fornece o ponto de referência
do embrião.

Ovo de rã Xenopus
ZIGOTO
reo
rga
niza
ção
do cito
plas
Fertilização ma

Estabelece a polaridade do
eixo animal - vegetativo do embrião embrião.
VITELO
Fornece o ponto de referência
do embrião.

Zigotos:
Isolécitos: pouco vitelo
Mesolécitos: quantidade moderada
Telolécitos: quantidade grande

Ovo de rã Xenopus
ZIGOTO
reo
rga
niza
ção
do cito
plas
Fertilização ma

Estabelece a polaridade do
eixo animal - vegetativo do embrião embrião.
VITELO
Fornece o ponto de referência
do embrião.

Zigotos:
Isolécitos: pouco vitelo
Mesolécitos: quantidade moderada
Telolécitos: quantidade grande

SER HUMANO

Ovo de rã Xenopus
CLIVAGEM

Divisão celular no qual o zigoto é dividido em várias células menores,


sem ocorrer crescimento do embrião.
CLIVAGEM

ou Blastocisto, em mamíferos

Divisão celular no qual o zigoto é dividido em várias células menores,


sem ocorrer crescimento do embrião.
CLIVAGEM
blastômeros

ou Blastocisto, em mamíferos

Divisão celular no qual o zigoto é dividido em várias células menores,


sem ocorrer crescimento do embrião.

As células menores são chamadas de blastómeros


CLIVAGEM
blastômeros

ou Blastocisto, em mamíferos

Divisão celular no qual o zigoto é dividido em várias células menores,


sem ocorrer crescimento do embrião.

Os zigotos isolécitos clivam mais fácilmente


(pouco vitelo = maior facilidade para dividir)
CLIVAGEM

Antes da formação do blastocisto humano, o embrião se divide e chega a uma


etapa de 16 células, a mórula
CLIVAGEM

Antes da formação do blastocisto humano, o embrião se divide e chega a uma


etapa de 16 células, a mórula
CLIVAGEM

Antes da formação do blastocisto humano, o embrião se divide e chega a uma


etapa de 16 células, a mórula

Massa celular interna = células internas da mórula


FORMA OS TECIDOS DO EMBRIÃO EM SI
CLIVAGEM

Antes da formação do blastocisto humano, o embrião se divide e chega a uma


etapa de 16 células, a mórula

Massa celular interna = células internas da mórula


FORMA OS TECIDOS DO EMBRIÃO EM SI

Massa celular externa = células externas da mórula


FORMA LA PLACENTA → nutrição do embrião
CLIVAGEM
Blastocisto

Antes da formação do blastocisto humano, o embrião se divide e chega a uma


etapa de 16 células, a mórula

Massa celular interna = células internas da mórula


FORMA OS TECIDOS DO EMBRIÃO EM SI

Massa celular externa = células externas da mórula


FORMA LA PLACENTA → nutrição do embrião
CLIVAGEM
CLIVAGEM

inicio da gastrulação
GASTRULAÇÃO

Estágio importante na embriogênese animal durante o qual o embrião se


transforma de uma bola de células em uma estrutura com uma cavidade
abdominal rudimentar, a gástrula.
GASTRULAÇÃO

Estágio importante na embriogênese animal durante o qual o embrião se


transforma de uma bola de células em uma estrutura com uma cavidade
abdominal rudimentar, a gástrula.

ou Blastocisto
GASTRULAÇÃO

Ectoderme: epiderme e sistema nervoso


GASTRULAÇÃO

Ectoderme: epiderme e sistema nervoso

Endoderme: Tubo digestivo e seus apêndices (e.g.,


pulmões, páncreas, fígado)
GASTRULAÇÃO

Ectoderme: epiderme e sistema nervoso

Endoderme: Tubo digestivo e seus apêndices (e.g.,


pulmões, páncreas, fígado)

Mesoderme: músculos, tecido conectivo, sangue,


rins, e outros
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR

A determinação das células inicia cedo no desenvolvimento (na estapa de gástrula), e


termina na diferenciação terminal, originando um tipo celular altamente
especializado.
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR

A determinação das células inicia cedo no desenvolvimento (na estapa de gástrula), e


termina na diferenciação terminal, originando um tipo celular altamente
especializado.
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR
células totipotenciais
ou pluripotenciais
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR
células totipotenciais
ou pluripotenciais

Células que são capazes de dar origem a todos (ou quase todos) os diferentes
tipos de células em um organismo
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR
células totipotenciais células determinadas
ou pluripotenciais
RESTRIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CELULAR
células totipotenciais células determinadas
ou pluripotenciais

Determinadas para dar origem a um tipo especial de célula. Por exemplo, a


endoderme já não tem o potencial de formar estruturas derivadas da
mesoderme, ou da ectoderme.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Pode começar incluso antes da gastrulação


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Pode começar incluso antes da gastrulação

Eixo animal - vegetativo

polo animal

polo vegetativo
ovo da rã Xenopus
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Pode começar incluso antes da gastrulação

Eixo animal - vegetativo

polo animal

Determina quais partes se


tornarão internas, e quais
permanecerão externas

polo vegetativo
ovo da rã Xenopus
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo animal - vegetativo
O exemplo de Xenopus
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo animal - vegetativo
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Polo vegetativo
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo animal - vegetativo
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Moléculas de mRNA que darão origem a


proteinas

Polo vegetativo
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo animal - vegetativo
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Moléculas de mRNA que darão origem a


proteinas

Polo vegetativo

Após a fertilização, o mRNA confere especialização às células do vitelo.


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo animal - vegetativo
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Polo vegetativo

Após a fertilização, o mRNA confere especialização às células do vitelo.


Por exemplo o mRNA é traduzido dando lugar à proteína VegT que ativa genes para a formação do mesoderme e endoderme.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

O exemplo de Xenopus

Polo animal

Eixo dorso - ventral

Polo vegetativo
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo dorso - ventral
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Polo vegetativo

O ponto de entrada do espermatozoide determina a direção da rotação que sobre o córtex em relação ao núcleo. Iniciando o
que sería o eixo dorso - ventral do embrião de Xenopus.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo dorso - ventral
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Polo vegetativo

Tal reorganização dá origem a um transporte de componentes citoplasmáticos, incluindo moléculas de mRNA que codificam
Wnt11.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo dorso - ventral
O exemplo de Xenopus

Polo animal

Polo vegetativo

Tal reorganização dá origem a um transporte de componentes citoplasmáticos, incluindo moléculas de mRNA que codificam
Wnt11. A proteína Wnt11 traduzida ativa a via Wnt de sinalização que posibilita a organização do eixo dorso - ventral do
organismo.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo antero - posterior


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo antero - posterior

Os genes do desenvolvimento dos vertebrados e de muitos outros animais são


semelhantes àqueles da Drosophila, um organismo modelos no estudo do
desenvolvimento.

Os genes que determinam o eixo antero - posterior na mosca, são os mesmos que
nos vertebrados.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila

Antes da fertilização, o eixo anteroposterior é definido por genes de polaridade do ovo, que geram
marcadores – mRNA ou proteína – no oócito em desenvolvimento.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila

Antes da fertilização, o eixo anteroposterior é definido por genes de polaridade do ovo, que geram
marcadores – mRNA ou proteína – no oócito em desenvolvimento.

Após a fertilização, cada ponto de referência fornece um sinal que organiza o processo de
desenvolvimento na sua vizinhança.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila
Genes de polaridade do ovo
Bicoid - resposável pelo sinal que organiza a extremidade anterior do embrião
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila
Genes de polaridade do ovo
Bicoid - resposável pelo sinal que organiza a extremidade anterior do embrião

(antes da fertilização)

(após a fertilização)
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila
Genes de polaridade do ovo
Bicoid - resposável pelo sinal que organiza a extremidade anterior do embrião
Nanos - especifica a região posterior do embrião

(antes da fertilização)

(após a fertilização)
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados
Eixo antero - posterior
O exemplo de Drosophila
Genes de polaridade do ovo
Bicoid - resposável pelo sinal que organiza a extremidade anterior do embrião
Nanos - especifica a região posterior do embrião

(antes da fertilização)

(após a fertilização)
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo

fator de crescimento de fibroblasto 8


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo


FGF8 induz a expresão do gen Nodal que aumenta a expresão de uma
quantidade de genes responsáveis pela determinação dos eixos.
E do gen LEFTY2 , que junto com Nodal, regulam positivamente o PITX2.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo


FGF8 induz a expresão do gen Nodal que aumenta a expresão de uma
quantidade de genes responsáveis pela determinação dos eixos.
E do gen LEFTY2 , que junto com Nodal, regulam positivamente o PITX2.

PITX2 - fator de transcrição responsável pelo estabelecimento da


lateralidade esquerda.
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo


GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Eixo direito - esquerdo

barreira que evita que


sinais vindosda
esquerda atravessem
GÊNESE DO PLANO CORPORAL em vertebrados

Ainda não estão bem definidos


Eixo direito - esquerdo os genes que regulam o
desenvolvimento do lado
direito

barreira que evita que


sinais vindosda
esquerda atravessem
PLANO CORPORAL
PLANO CORPORAL dorsal

r
rio
e
ost
p

direi
t a

esqu
erda

i o r
t er
an

ventral
PLANO CORPORAL
O plano e o eixo corporal básicos estabelecidos na escala reduzida do embrião durante a
gastrulação são preservados na vida adulta

dorsal

direita

t e r ior
pos

er i or
ant

ventral esquerda
Bibliografia

Alberts, B. et al. (2017) Biologia Moleculas da Célula. Sexta edição. ARTMED, Porto Alegre.
Págs. 1146 - 1169

Hickman, C. et al. (2016) Princípios integrados de Zoologia. Décima sexta edição.


Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

Sadler, T. W. (2013) Langman, Embriologia Médica. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.


Págs. 31 - 49

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