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Quando criança, achava que o mundo era deficiente, em oposição à sua própria casa,
onde todos eram normais. Sendo Libras a sua língua materna, na rua, ficava com dó das
outras crianças, pois elas não falavam com as mãos. Os pais lhe diziam: não falam com
as mãos porque ouvem (apontavam para o ouvido), mas Sueli achava (como é comum a
crianças com surdez profunda de nascença) que ouvido não tinha função, pois o surdo
profundo não entende o conceito de som, sendo que apenas sente vibrações. Ensinava
às amigas o alfabeto de sinais, para poderem se entender. Assim aprendeu que todas as
coisas têm nome (para os surdos, todas as coisas têm um sinal, ou nome gestual).
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