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Sueli Ramalho Segala

Atriz, escritora, professora de Libras e


intérprete
Sueli Ramalho Segala

Sueli Ramalho Segala nasceu no ano de 1954 no Rio de Janeiro, de uma

família de surdos (mais de 30 pessoas da família, quer paterna, quer

materna, são surdos). É surda de perda bilateral profunda, de nascença.


A surdez

Quando criança, achava que o mundo era deficiente, em oposição à sua própria casa,
onde todos eram normais. Sendo Libras a sua língua materna, na rua, ficava com dó das
outras crianças, pois elas não falavam com as mãos. Os pais lhe diziam: não falam com
as mãos porque ouvem (apontavam para o ouvido), mas Sueli achava (como é comum a
crianças com surdez profunda de nascença) que ouvido não tinha função, pois o surdo
profundo não entende o conceito de som, sendo que apenas sente vibrações. Ensinava
às amigas o alfabeto de sinais, para poderem se entender. Assim aprendeu que todas as
coisas têm nome (para os surdos, todas as coisas têm um sinal, ou nome gestual).
Contato com outros idiomas

• Os pais de Sueli eram surdos, sua mãe frequentou o INES, a primeira


escola, no Rio de Janeiro, para onde vinham surdos de todos os
estados, com sinais diferentes, o que fazia com que aprender sinais
novos fosse relativamente simples.
Contato com outros idiomas

A avó de Sueli era italiana, pelo que lhe possibilitou também


aprender outra língua de sinais. Seu pai era pintor de quadros, em
São Paulo, que na época era um ponto turístico para onde vinham
surdos dos outros países.
Educação formal

Sueli é especialista em Libras, graduada em Letras (português-


espanhol) pelo Centro Universitário Uni Sant'Anna e concluindo Letras-
Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (polo USP). É
professora atuante nos cursos universitários de licenciatura e saúde em
Libras e coordenadora da equipe de intérpretes do projeto Inclusão-
Libras.
Livros

Sueli é co-autora do livro "A Imagem do Pensamento" - juntamente


com Catarina Kiguti Kojima e ABC em Libras - juntamente com Benedita
A. Costa dos Reis.
“A maior dificuldade que as crianças surdas têm é da
comunicação na própria família. É nela a primeira
educação. Muitos pais querem aprender a se
comunicar com seus filhos, mas não sabem como.
Alguns deles "jogam" as crianças na escola achando
que o professor tem que fazer um milagre, como se a
surdez fosse uma doença, por não possuírem a correta
informação”.
Sueli Ramalho Segala

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